O documento discute o Espiritismo como ciência, comparando seus métodos com definições de ciência. Apresenta visões de Kardec de que o Espiritismo não pode ser submetido aos métodos científicos ordinários e de que suas observações requerem condições especiais. Também discute a comprovação mediúnica da Doutrina através de manifestações espontâneas e concordantes em diversos locais.
2. « Le Spiritisme est une science qui
traite de la nature, de l'origine et de
la destinée des Esprits, et de leur
rapports avec le monde corporel. »
Allan Kardec
5. « […] a pergunta que constitui o título desse
livro é enganosa e arrogante. Ela supõe que
exista uma única categoria “ciência” e implica
que várias áreas do conhecimento, a física, a
biologia, a história, a sociologia e assim por
diante se encaixam ou não nessa categoria.»
Alan Chalmers
6. Francis Bacon (séc. XVII): tentou articular o que é o
método da ciência moderna. No início do século
XVII, propôs que a meta da ciência é o
melhoramento da vida do homem na Terra e, para
ele, essa meta seria alcançada através da coleta de fatos
com observação organizada e derivando teorias a partir
daí.
Muitos outros após Bacon extenderam ou refutaram
veementemente seus métodos, caminhando nessa
definição de uma filosofia da Ciência.
7. Alan Chalmers destaca que o positivismo lógico (que diz
que fatos não existem se não puderem ser verificadas
mediante observação) é quase incompatível com os avanços
das ciências modernas, como a física quântica;
As dificuldades da indução e dedução, na lógica, estão
justamente nas medições que são necessárias, com suas
incertezas e máquinas: a comprovação Espírita independe
de terceiros dispositivos;
Ao contrário do que se supõe na visão comum de
ciência, não há restrições sobre a natureza das leis de uma
teoria científica, que podem inclusive ser de caráter
predominantemente metafísico.
10. « Sistemas de pensamento que se
baseiam em pensamentos de origem
"filosófica", "divina" ou "inspirados"
não são considerados pseudociência se
eles não afirmam serem científicos ou
não vão contra a ciência »
12. “As ciências ordinárias assentam nas
propriedades da matéria, que se pode
experimentar e manipular livremente.
Os fenômenos espíritas repousam na
ação de inteligências dotadas de
vontade própria e que nos provam a
cada instante não se acharem
subordinadas aos nossos caprichos.”
13.
14. “As observações não podem, portanto, ser
feitas da mesma forma; requerem condições
especiais e outro ponto de partida. Querer
submetê- las aos processos comuns de
investigação é estabelecer analogias que não
existem. A ciência propriamente
dita, é, pois, como ciência, incompetente para
se pronunciar na questão do Espiritismo: não
tem que se ocupar com isso, e qualquer que
seja o seu julgamento, favorável ou
não, nenhum peso poderá ter.”
19. O primeiro exame comprobativo é, pois, o da razão, ao
qual cumpre se submeta, sem exceção, tudo o que
venha dos Espíritos;
Uma só garantia séria existe para o ensino dos
Espíritos: a concordância que haja entre as revelações
que eles façam espontaneamente, servindo-se de
grande número de médiuns estranhos uns aos outros e
em vários lugares;
Quando um princípio novo tem de ser enunciado, isso
se dá espontaneamente em diversos pontos ao mesmo
tempo e de modo idêntico, senão quanto à
forma, quanto ao fundo.
(KARDEC, Evangelho Segundo o Espiritismo)
20. “De tudo isso ressalta uma verdade capital: a de que
aquele que quisesse opor-se à corrente e ideias
estabelecida e sancionada porderia, é certo, causar
uma pequena perturbação local e momentânea;
nunca, porém, dominar o conjunto, mesmo no
presente, nem, ainda menos, no futuro.”
“Também ressalta que as instruções dadas pelos
Espíritos sobre os pontos ainda não elucidados da
Doutrina não constituirão lei [...]; não devem, por
conseguinte, ser aceitas senão sob todas as reservas e a
título de esclarecimento.”
(KARDEC, Evangelho Segundo o Espiritismo)
21. “Hoje, já não é um espetáculo, mas uma
Doutrina de que não mais riem os que
zombavam das mesas girantes. Esforçando-
nos para levá-lo para esse terreno e aí mantê-
lo [o terreno filosófico], estamos certos de que
lhe conquistaremos mais adeptos úteis, do que
provocando a torto e a direito manifestações
que se prestariam a abusos”
(KARDEC, O livro dos médiuns)
22. O Livro dos Espíritos, Princípios da Doutrina Espírita, publicado em 18 de abril de 1857;
O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores, em janeiro de 1861;
O Evangelho segundo o Espiritismo, em abril de 1864;
O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, em agosto de 1865;
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, em janeiro de 1868.
Além delas, como Kardec, publicou mais cinco obras complementares:
Revista Espírita (periódico de estudos psicológicos), publicada mensalmente de 1 de
janeiro de 1858 a 1869; (12 volumes, um para cada ano)
O que é o Espiritismo (resumo sob a forma de perguntas e respostas), em 1859;
Instrução prática sobre as manifestações espíritas (substituída pelo Livro dos Médiuns; publicada no
Brasil pela editora O Pensamento)
O Espiritismo em sua expressão mais simples, em 1862;
Viagem Espírita de 1862 (publicada no Brasil pela editora O Clarim).
Após o seu falecimento, viria à luz:
Obras Póstumas, em 1890.
Outras obras menos conhecidas foram também publicadas no Brasil:
O principiante espírita (pela editora O Pensamento)
A Obsessão (pela editora O Clarim)
23. Negar não é provar
Todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente
A existência dos Espíritos é [...] o resultado de
observações e consequência natural da existência da
alma
Os que atacam o Espiritismo [...] negando qualquer
efeito extramaterial , negam, automaticamente, a
existência da alma
24. Tudo começou quando o cientista decidiu acabar de
vez com aquela idéia absurda de que "espíritos"
poderiam se materializar.
"Vou provar tratar-se
de uma ilusão vulgar"
Mais de 3 anos de pesquisa até Florence Cook se oferecer para ajudá-lo
Relato minucioso, até mesmo com a pulsação de Florence e Katie King
48 fotos anexadas
25.
26.
27. “Porque, senhores, o Espiritismo não é uma
religião, mas uma ciência, da qual apenas
conhecemos o ABC. O tempo dos dogmas terminou.
A Natureza abarca o Universo. O próprio Deus, que
outrora foi feito à imagem do homem, não pode ser
considerado pela Metafísica moderna senão como um
espírito na Natureza. O sobrenatural não existe.”
28. “Amigos, a materialização é fenômeno que pode
deslumbrar alguns companheiros e até beneficiá-los
com a cura física. Mas o livro é chuva que fertiliza
lavouras imensas, alcançando milhões de almas. Rogo
aos amigos a suspensão destas reuniões a partir desse
momento.”
Fato ocorrido em 1953, ao fim de sessão de
materialização e relatado no livro
“Mandato de Amor”
29. « Logo compreendi a gravidade da
exploração que ia empreender; entrevi
naqueles fenômenos a chave do problema
tão obscuro e tão controvertido do passado
e do futuro da Humanidade, a solução do
que eu havia procurado durante toda a
minha vida; era, numa palavra, toda uma
revolução nas idéias e nas crenças (...) »
Allan Kardec
30. Áreas de estudo científico do Espiritismo
Evolução do espírito: o elemento espiritual dos seres dos
reinos inferiores; origem dos espíritos humanos;
encarnação e reencarnação; pluralidade dos mundos
habitados.
O mundo espiritual.
Interação espírito-corpo: perispírito, efeitos
psicossomáticos, mediunidade.
Implicações morais (uma área científica e filosófica):
livre-arbítrio, lei de causa e efeito.
31. « Nós começamos confusos, e
terminamos confusos num nível
mais elevado »
Alan Chalmers
32. « Quantos ainda supõem que é possível
ser Espírita sem ajustar a própria
existência aos preceitos da
codificação, enganados por essa
suposição! »
Silvino Canuto de Abreu, psicografado por Raul Teixeira em 2004
33. http://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/ciencia.pdf
CHALMERS, A. F. Que é ciência afinal. Ed. Brasiliense. São
Paulo, 1993.
KARDEC, A. O livro dos espíritos. 2ª edição. FEB. Rio de
Janeiro, 2010.
KARDEC, A. Obras póstumas. FEB. Rio de Janeiro, 2010.
KARDEC, A. O Evangelho segundo o Espiritismo. 2ª edição. FEB.
Rio de Janeiro, 2010.
Grupo de estudos espíritas da Unicamp.
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geeu/ciencia-espirita.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pseudoci%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADfico
http://www.guia.heu.nom.br/comprovacao_mediunica.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Crookes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Allan_Kardec#Obras
Notas do Editor
Tem sido uma característica do desenvolvimento moderno nas teorias do método científico que uma atenção crescente venha sendo prestada à história da ciência
, anunciou. Mais de três anos após o início de suas pesquisas, Florence Cook - uma médium de 17 anos considerada um fenômeno na sua época, mas que havia sofrido denúncia de fraude - ofereceu-se a Crookes e sua esposa para ser pesquisada, aceitando quaisquer condições. O relatório escrito pelo cientista era quase uma heresia. A adolescente, quando em transe, liberava tanto ectoplasma que dava vida a uma outra forma feminina: Kate King, capaz de andar e falar por mais de duas horas seguidas. Florence era baixa e morena. Kate era alta, loura e aparentava ter 35 anos. O relato era minucioso e apresentava até as pulsações, completamente diferentes, da viva e da morta. Para arrematar, Crookes, anexou à sua narrativa 48 fotografias.