8. Edgar Morin Pesquisador e diretor do Centro Nacional da Pesquisa Científica da França, Edgar Morin, atualmente com 87 anos, se propôs a estudar o fenômeno da indústria cultural a partir do princípio da complexidade . Para ele, compreender a questão da sociedade de massas implica uma série de variáveis e não permite generalizações. O foco de sua preocupação é tanto estética quanto de ordem f ilosóficocognitiva .
36. O princípio da redução anima todos os empreendimentos destinados a dissolver o espírito no cérebro, a reenviar o cérebro ao neurônio, a explicar o humano pelo biológico, o biológico pelo químico ou pelo mecânico. Ele anima todos os empreendimentos que tratam da história e da sociedade humana fazendo economia dos indivíduos, da consciência, dos acontecimentos. (MORIN, p.96, 97)
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43. O complexo é aquilo que é tecido simultaneamente, aí subentendido ordem/desordem, um/múltiplo, todo/partes, objeto/meio ambiente, objeto/sujeito, claro/escuro. A complexidade se reconhece portanto pelos traços negativos: incertezas, insuficiência da lógica. Mas se reconhece também pelos traços positivos: o tecido comum onde se unem o um e o múltiplo, o universal e o singular, a ordem a desordem e a organização.
44. A complexidade é desafio e não solução. O desafio de reunir. O desafio de tratar as incertezas. O desafio lógico: Como tratar os paradoxos? Como aceitar contradições e antagonismos? Como manter a lógica transgredindo-a completamente? Como integrar a indissolubilidade? O desafio do método. Morin,
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46. CIRCULARIDADE Os indivíduos produzem a sociedade. Mas ela mesma, como sua linguagem e cultura retroage sobre os indivíduos transformando-os. Somos produtos e produtores ao mesmo tempo. A parte está dentro do todo, mas o todo está dentro das partes.
47. “ Partindo de um método do conhecimento cheguei em um pensamento e, de certo modo, em uma filosofia. Filosofia que não significa somente o conhecimento isolado da ética e da ação, mas que se prolonga nos diversos campos da existência”. Edgar Morin.