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Professora Lorena Padilha
Enfermeira
CH 80 horas = 23 dias de aula teórica;
Duas aulas semanais;
Visita técnica;
Três avaliações escritas.
Raça
Etnia
Gênero
Mistérios
Tabus e preconceitos
Rituais
 A gestação e a fecundação do ser humano
 O que gera um ser humano?
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e a história de cada povo
 Busca do entendimento através do
sobrenatural
 Gravidez extremamente valorizada
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 Religião
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 Gestação = efetivação da união entre casais
 Direito ao dote (aumento de riqueza e poder)
 Geração de mais homens = fortelecimento dos
exércitos
 Destino da mulher definido pela maternidade
 10% morriam de parto e de suas sequelas
 Nem todo parto tinha um final feliz
 Abstinência sexual na gravidez
 Pouca compreensão do fenômeno pelos sábios da
época
 Novas especulações
 Teoria seminista (mulher = caixa vazia)
 Procriação e educação da prole como bens
do casamento
A obrigação da mãe em
relação à prole era a de
colocar no mundo os
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continuamente até a
morte.
 No final da Idade Média, todas as práticas e
conhecimentos acerca da gravidez, do parto
e do puerpério eram de domínio exclusivo
das mulheres.
 Acesso ao quarto das parturientes era vetado
aos homens.
 Os meios de intervenção das parteiras eram
limitados.
 Cesarianas autorizadas em mulheres mortas,
para retirar filho vivo, a partir do século XIII
 Eram desconhecidos: a episiotomia, as
poções para acelerar as contrações e o
fórceps.
 Diagnóstico difícil -> movimentos do feto
 1ª cesárea em vida (ou seu esboço), foi
realizada na Suíça, em 1500, na cidade
de Sigershauferr, pelo cidadão Jacob
Nufer, que não era médico, e vivia de
castrar porcas. Desesperado com o
sofrimento da mulher apelou para as
"parteiras" da época e para os
cirurgiões-barbeiros, que se recusaram
a ajudá-lo. Apelou então para as
autoridades que, sem opções,
permitiram a sua intervenção, ajudado
por duas parteiras.
 Obteve êxito, ao que se sabe.
 Do século XIV ao século XVI, o papel da
mulher na gestação foi pouco considerado.
 No final do século XVI e início do XVII,
porém, alguns intelectuais tentavam
comprovar que ambos os sexos eram
perfeitos, cada um com seu valor intrínseco.
 A mulher era agora vista como um ser
valetudinário*, cabendo ao médico aliviar sua
dor e convencê-la a aceitar, sem revolta, a
sua condição desfavorável e frágil.
 *Valetudinário: indivíduo de compleição muito fraca, doentio,
enfermo, achacadiço, ou até inválido.
 A fecundação foi esclarecida
 Preocupação com os sinais e sintomas de
gravidez e o tempo de duração da mesma.
 A gestação não tinha duração fixa (7 a 11
meses)
 Avanços médicos x Cultura católica do século
XIX
 A elevada mortalidade materno-infantil
tornava a maternidade uma situação de risco
natural e as mulheres grávidas deviam
tornar-se objeto de vigilância ativa e de
respeito religioso.
 Medicina propunha a proteção da mulher:
 Insenção dos trabalhos pesados;
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 Controle da gravidez e da mulher.
 Foram estabelecidos cuidados preventivos,
nessa época.
 A gravidez tornou-se um tabu, quando então
as mulheres não saíam de casa e se
mostravam o menos possível.
 Falar sobre o parto era proibido.
 A medicalização da gestação, iniciada no
século XVIII, impunha-se maciçamente, mas
ainda não havia garantias de diminuição da
mortalidade e do sofrimento materno.
 Estatísticas: mortalidade feminina
 Final do século XIX, mulheres buscam meios
para controlar as gestações e os
nascimentos.
 Gestação ainda era subjugada ao médico!!!
 Mulheres no mercado de trabalho
 Métodos anticoncepcionais
 Lutas feministas
 Reapropriação do corpo e da sexualidade =
domínio da fecundidade.
 Domínio médico sobre a gestação e o
nascimento
 Final do século XX: fertilização in vitro.
Desde o final do século XIX, uma série
de descobertas científicas e tecnológicas
passaram a abalar os fundamentos
tradicionais da divisão do trabalho e do
poder entre os sexos, fazendo recuar a
mortalidade e diminuindo,
consideravelmente, a parte ocupada
pela gestação e amamentação na vida
das mulheres.
Os riscos de mortalidade e de morbidade
maternas e infantis foram fortemente
reduzidos no decorrer do século XX
(COSTA-LASCOUX, 1990).
 Importância da tecnologia, da monitorização,
da medicina fetal, entre outras, para a
diminuição da mortalidade infantil e
materna.
 Entretanto, é importante estarmos alertas
quanto à medicalização da gestação, para
não tornar a mulher um objeto e fragmentar
suas experiências, na medida em que as
tecnologias e condutas hospitalares podem
criar um ambiente desumano, além de poder
reduzir a mulher a uma incubadora do novo
ser, não a considerando como um ser humano
que gera outro.
Busca pelo
atendimento
humanizado!
 Sem esquecer os avanços tecnológicos,
constata-se que existe uma tendência na
atualidade pela busca de práticas do
cuidado, que valorizem os sentimentos e
significados que envolvem o nascimento.
 É importante organizarmos práticas que
aproximam mais as pessoas, valorizando as
experiências das mulheres em sua
totalidade, complexidade e singularidade.
 O contexto histórico-social da atenção à
saúde materna e neonatal é permeado por
movimentos históricos e sociais.
 Condições de vida e realidades de saúde
diferentes = determinantes sociais de saúde
 A atenção à saúde materna, neonatal e do
lactente é resultante da análise de dados
epidemiológicos e das transformações
demográficas pelas quais a população vem
passando com o decorrer do tempo.
 Há décadas, as mulheres vêm reivindicando para
que a atenção à sua saúde não se restrinja ao
ciclo gravídico puerperal.
 Os serviços de saúde no Brasil, ao longo de sua
história vêm prestando assistência através de
programas sociais a grupos considerados
específicos.
 A mulher e a criança por serem consideradas
pertencentes a um grupo de alta vulnerabilidade
biológica, social e de maior expressão em nível
populacional, sempre receberam assistência
através desses programas.
 Toda a assistência é voltada para a
preservação da capacidade reprodutora da
mulher.
 Reconhecimento institucional pelo Estado
brasileiro, dos direitos das mulheres e da
busca da eliminação da discriminação de
gênero.
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transformadoras de práticas institucionais.
 Não pode haver contato com animais de estimação
durante a gravidez!
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 Azeite de oliva é ótimo para evitar estrias durante
a gravidez.
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machucar a criança.
 Se a grávida carregar medalhas no pescoço, a
criança nasce com marcas na pele.
 Beber cerveja preta ajuda a mulher a ter mais
leite.
MITO!
MITO!
MITO!
MITO!
MITO!
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VERDADE!
VERDADE!
VERDADE!
 As complicações da gestação, parto e
puerpério (período que sucede o parto)
constituem a décima causa de mortes em
mulheres. Com um acompanhamento pré-
natal e atenção ao parto adequados,
consegue-se evitar a maior parte dessas
mortes.
 “A força da maternidade, é maior que as leis
da natureza”. (Barbara Kingsolver)
 “A maternidade tem um efeito muito
humanizador. Tudo se torna reduzido ao
essencial”. (Meryl Streep)
 “Pode-se secar um coração de mulher, a
seiva de todos os amores, mas nunca se
extinguirá o amor materno”. (Júlio Dantas)
 “A maternidade é o magno sacrifício da
mulher, o seu desdobramento incondicional
para a multiplicação da espécie, a
santificação do lar num sofrimento contínuo
e imensurável”. (Francisca Praguer Fróes)
“A maternidade tem o preço
determinado por Deus, preço que
nenhum homem pode ousar diminuir ou
não entender” (Helen Hunt Jackson)
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Aspectos biopsicossociais que interferem na saúde da mulher

  • 2. CH 80 horas = 23 dias de aula teórica; Duas aulas semanais; Visita técnica; Três avaliações escritas.
  • 4.  A gestação e a fecundação do ser humano  O que gera um ser humano?  Mitos que se perpetuam até hoje  Crenças que mudam de acordo com a cultura e a história de cada povo  Busca do entendimento através do sobrenatural
  • 5.  Gravidez extremamente valorizada  Perpetuação da espécie  Mulheres deusas  Religião
  • 6.  Visão masculina  Gestação = efetivação da união entre casais  Direito ao dote (aumento de riqueza e poder)  Geração de mais homens = fortelecimento dos exércitos  Destino da mulher definido pela maternidade  10% morriam de parto e de suas sequelas  Nem todo parto tinha um final feliz  Abstinência sexual na gravidez  Pouca compreensão do fenômeno pelos sábios da época
  • 7.  Novas especulações  Teoria seminista (mulher = caixa vazia)  Procriação e educação da prole como bens do casamento A obrigação da mãe em relação à prole era a de colocar no mundo os filhos e gerar continuamente até a morte.
  • 8.  No final da Idade Média, todas as práticas e conhecimentos acerca da gravidez, do parto e do puerpério eram de domínio exclusivo das mulheres.  Acesso ao quarto das parturientes era vetado aos homens.
  • 9.  Os meios de intervenção das parteiras eram limitados.  Cesarianas autorizadas em mulheres mortas, para retirar filho vivo, a partir do século XIII  Eram desconhecidos: a episiotomia, as poções para acelerar as contrações e o fórceps.  Diagnóstico difícil -> movimentos do feto
  • 10.  1ª cesárea em vida (ou seu esboço), foi realizada na Suíça, em 1500, na cidade de Sigershauferr, pelo cidadão Jacob Nufer, que não era médico, e vivia de castrar porcas. Desesperado com o sofrimento da mulher apelou para as "parteiras" da época e para os cirurgiões-barbeiros, que se recusaram a ajudá-lo. Apelou então para as autoridades que, sem opções, permitiram a sua intervenção, ajudado por duas parteiras.  Obteve êxito, ao que se sabe.
  • 11.  Do século XIV ao século XVI, o papel da mulher na gestação foi pouco considerado.  No final do século XVI e início do XVII, porém, alguns intelectuais tentavam comprovar que ambos os sexos eram perfeitos, cada um com seu valor intrínseco.  A mulher era agora vista como um ser valetudinário*, cabendo ao médico aliviar sua dor e convencê-la a aceitar, sem revolta, a sua condição desfavorável e frágil.  *Valetudinário: indivíduo de compleição muito fraca, doentio, enfermo, achacadiço, ou até inválido.
  • 12.
  • 13.  A fecundação foi esclarecida  Preocupação com os sinais e sintomas de gravidez e o tempo de duração da mesma.  A gestação não tinha duração fixa (7 a 11 meses)
  • 14.  Avanços médicos x Cultura católica do século XIX  A elevada mortalidade materno-infantil tornava a maternidade uma situação de risco natural e as mulheres grávidas deviam tornar-se objeto de vigilância ativa e de respeito religioso.  Medicina propunha a proteção da mulher:  Insenção dos trabalhos pesados;  Limitação de passatempos;  Controle da gravidez e da mulher.
  • 15.  Foram estabelecidos cuidados preventivos, nessa época.  A gravidez tornou-se um tabu, quando então as mulheres não saíam de casa e se mostravam o menos possível.  Falar sobre o parto era proibido.
  • 16.  A medicalização da gestação, iniciada no século XVIII, impunha-se maciçamente, mas ainda não havia garantias de diminuição da mortalidade e do sofrimento materno.  Estatísticas: mortalidade feminina  Final do século XIX, mulheres buscam meios para controlar as gestações e os nascimentos.  Gestação ainda era subjugada ao médico!!!
  • 17.  Mulheres no mercado de trabalho  Métodos anticoncepcionais  Lutas feministas  Reapropriação do corpo e da sexualidade = domínio da fecundidade.  Domínio médico sobre a gestação e o nascimento  Final do século XX: fertilização in vitro.
  • 18. Desde o final do século XIX, uma série de descobertas científicas e tecnológicas passaram a abalar os fundamentos tradicionais da divisão do trabalho e do poder entre os sexos, fazendo recuar a mortalidade e diminuindo, consideravelmente, a parte ocupada pela gestação e amamentação na vida das mulheres. Os riscos de mortalidade e de morbidade maternas e infantis foram fortemente reduzidos no decorrer do século XX (COSTA-LASCOUX, 1990).
  • 19.  Importância da tecnologia, da monitorização, da medicina fetal, entre outras, para a diminuição da mortalidade infantil e materna.  Entretanto, é importante estarmos alertas quanto à medicalização da gestação, para não tornar a mulher um objeto e fragmentar suas experiências, na medida em que as tecnologias e condutas hospitalares podem criar um ambiente desumano, além de poder reduzir a mulher a uma incubadora do novo ser, não a considerando como um ser humano que gera outro.
  • 21.  Sem esquecer os avanços tecnológicos, constata-se que existe uma tendência na atualidade pela busca de práticas do cuidado, que valorizem os sentimentos e significados que envolvem o nascimento.  É importante organizarmos práticas que aproximam mais as pessoas, valorizando as experiências das mulheres em sua totalidade, complexidade e singularidade.
  • 22.  O contexto histórico-social da atenção à saúde materna e neonatal é permeado por movimentos históricos e sociais.  Condições de vida e realidades de saúde diferentes = determinantes sociais de saúde  A atenção à saúde materna, neonatal e do lactente é resultante da análise de dados epidemiológicos e das transformações demográficas pelas quais a população vem passando com o decorrer do tempo.
  • 23.  Há décadas, as mulheres vêm reivindicando para que a atenção à sua saúde não se restrinja ao ciclo gravídico puerperal.  Os serviços de saúde no Brasil, ao longo de sua história vêm prestando assistência através de programas sociais a grupos considerados específicos.  A mulher e a criança por serem consideradas pertencentes a um grupo de alta vulnerabilidade biológica, social e de maior expressão em nível populacional, sempre receberam assistência através desses programas.
  • 24.  Toda a assistência é voltada para a preservação da capacidade reprodutora da mulher.  Reconhecimento institucional pelo Estado brasileiro, dos direitos das mulheres e da busca da eliminação da discriminação de gênero.  Luta por políticas públicas igualitárias e transformadoras de práticas institucionais.
  • 25.
  • 26.  Não pode haver contato com animais de estimação durante a gravidez!  Pintar o cabelo faz mal para a saúde do bebê.  Banho quente durante a gestação é prejudicial.  Bebidas alcoólicas devem ser evitadas na gravidez.  Azeite de oliva é ótimo para evitar estrias durante a gravidez.  Os seios ficam flácidos após a amamentação.  É arriscado sexo na gravidez porque pode machucar a criança.  Se a grávida carregar medalhas no pescoço, a criança nasce com marcas na pele.  Beber cerveja preta ajuda a mulher a ter mais leite. MITO! MITO! MITO! MITO! MITO! MITO! VERDADE! VERDADE! VERDADE!
  • 27.  As complicações da gestação, parto e puerpério (período que sucede o parto) constituem a décima causa de mortes em mulheres. Com um acompanhamento pré- natal e atenção ao parto adequados, consegue-se evitar a maior parte dessas mortes.
  • 28.  “A força da maternidade, é maior que as leis da natureza”. (Barbara Kingsolver)  “A maternidade tem um efeito muito humanizador. Tudo se torna reduzido ao essencial”. (Meryl Streep)  “Pode-se secar um coração de mulher, a seiva de todos os amores, mas nunca se extinguirá o amor materno”. (Júlio Dantas)  “A maternidade é o magno sacrifício da mulher, o seu desdobramento incondicional para a multiplicação da espécie, a santificação do lar num sofrimento contínuo e imensurável”. (Francisca Praguer Fróes)
  • 29. “A maternidade tem o preço determinado por Deus, preço que nenhum homem pode ousar diminuir ou não entender” (Helen Hunt Jackson)
  • 30. That´s all folks! É um K! É um B! É um ôsse!