SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
COESÃO TEXTUAL
DEFINIÇÃO
Forma como os elementos linguísticos
presentes na superfície textual se interligam
por meio de recursos também linguísticos, de
modo a formar um tecido “tessitura”.
1. COESÃO
LEXICAL
DEFINIÇÃO
Elementos que fazem remissão/referência a
outros elementos de forma a garantir
continuação de sentido.
Bicicletai!
Antônio Prata
Um dias desses, evidentemente, tudo há de dar certo, os
automóveis se extinguirão e a superfície da terra será
povoada apenas por bicicletas. Alguns carros, ônibus e
caminhões serão expostos nos museus, feito mamutes,
guilhotinas e outros monstros findos, para divertir a
criançada e alertar os adultos: que o horror jamais se
repita. Sobre selins acolchoados, seremos felizes para
sempre.
É inegável a simpatia das bicicletas. Máquina
desengonçada: se parada, destrambelha-se como um
albatroz em terra, mas ao impulso dos pedais, projeta-
se como uma flecha, esguia, impoluta e silenciosa.
Bicicletas, ninguém pode negar, são irmãs dos guarda-
chuvas, primas das girafas e parentes distantes dos
abacaxis (não me peça para explicar, foi uma ideia que
tive agora).
Durante todo o século XX, muitos artistas aproveitaram-
se de seus encantos. É pedalando que vemos quase todo
o tempo monsieur Hulot, personagem do filme Meu Tio,
utopia lírica de Jacques Tati. Marceu Duchamp, depois
haver exposto um mictório no museu, enfiou uma roda
de bicicleta num banco de madeira e deixou as velhas
noções sobre arte – literalmente – de pernas pro ar.
É impensável um facínora de bicicleta, inconcebível um
ditador pedalando. As “máquinas da paz”, como as
chamou Vinícius de Moraes, em sua Balada das meninas
de bicicleta, são muito mais afeitas aos suaves cuidados
das moças: “Bicicletai, meninada!/ Aos ventos do
Arpoador/ Solta a flâmula agitada/Das cabeleiras em
flor”.
As bicicletas são um indício de civilização.
Recomendadas por ecologistas, urbanistas,
cardiologistas e artistas, têm logo de entrar na agenda
política.
Bicicletai!
Antônio Prata
Um dias desses, evidentemente, tudo há de dar certo, os
automóveis se extinguirão e a superfície da terra será
povoada apenas por bicicletas. Alguns carros, ônibus e
caminhões serão expostos nos museus, feito mamutes,
guilhotinas e outros monstros findos, para divertir a
criançada e alertar os adultos: que o horror jamais se
repita. Sobre selins acolchoados, seremos felizes para
sempre.
É inegável a simpatia das bicicletas. Máquina
desengonçada: se parada, destrambelha-se como um
albatroz em terra, mas ao impulso dos pedais, projeta-
se como uma flecha, esguia, impoluta e silenciosa.
Bicicletas, ninguém pode negar, são irmãs dos guarda-
chuvas, primas das girafas e parentes distantes dos
abacaxis (não me peça para explicar, foi uma ideia que
tive agora).
Expressão nominal
Bicicletai!
Antônio Prata
Um dias desses, evidentemente, tudo há de dar certo, os
automóveis se extinguirão e a superfície da terra será
povoada apenas por bicicletas. Alguns carros, ônibus e
caminhões serão expostos nos museus, feito mamutes,
guilhotinas e outros monstros findos, para divertir a
criançada e alertar os adultos: que o horror jamais se
repita. Sobre selins acolchoados, seremos felizes para
sempre.
É inegável a simpatia das bicicletas. Máquina
desengonçada: se parada, destrambelha-se como um
albatroz em terra, mas ao impulso dos pedais, projeta-
se como uma flecha, esguia, impoluta e silenciosa.
Bicicletas, ninguém pode negar, são irmãs dos guarda-
chuvas, primas das girafas e parentes distantes dos
abacaxis (não me peça para explicar, foi uma ideia que
tive agora).
Elipse
Durante todo o século XX, muitos artistas aproveitaram-
se de seus encantos. É pedalando que vemos quase todo
o tempo monsieur Hulot, personagem do filme Meu Tio,
utopia lírica de Jacques Tati. Marceu Duchamp, depois
haver exposto um mictório no museu, enfiou uma roda
de bicicleta num banco de madeira e deixou as velhas
noções sobre arte – literalmente – de pernas pro ar.
É impensável um facínora de bicicleta, inconcebível um
ditador pedalando. As “máquinas da paz”, como as
chamou Vinícius de Moraes, em sua Balada das meninas
de bicicleta, são muito mais afeitas aos suaves cuidados
das moças: “Bicicletai, meninada!/ Aos ventos do
Arpoador/ Solta a flâmula agitada/Das cabeleiras em
flor”.
As bicicletas são um indício de civilização.
Recomendadas por ecologistas, urbanistas,
cardiologistas e artistas, têm logo de entrar na agenda
política.
Pronome
Durante todo o século XX, muitos artistas aproveitaram-
se de seus encantos. É pedalando que vemos quase todo
o tempo monsieur Hulot, personagem do filme Meu Tio,
utopia lírica de Jacques Tati. Marceu Duchamp, depois
haver exposto um mictório no museu, enfiou uma roda
de bicicleta num banco de madeira e deixou as velhas
noções sobre arte – literalmente – de pernas pro ar.
É impensável um facínora de bicicleta, inconcebível um
ditador pedalando. As “máquinas da paz”, como as
chamou Vinícius de Moraes, em sua Balada das meninas
de bicicleta, são muito mais afeitas aos suaves cuidados
das moças: “Bicicletai, meninada!/ Aos ventos do
Arpoador/ Solta a flâmula agitada/Das cabeleiras em
flor”.
As bicicletas são um indício de civilização.
Recomendadas por ecologistas, urbanistas,
cardiologistas e artistas, têm logo de entrar na agenda
política.
Expressão nominal
COESÃO REFERENCIAL
Bicicleta
Ela [pronome]
O veículo [hiperônimo]
Camelo [sinônimo]
A máquina de paz [expressão nominal]
2. COESÃO
SEQUENCIAL
2. COESÃO SEQUENCIAL
Elementos que estabelecem relações
entre segmentos do texto ou
comentários a eles.
Editorial Folha de S. Paulo
Comerciantes protestaram em diversos pontos da
cidade; moradores de alguns bairros também
reclamaram; e até vereadores da base aliada do prefeito
Fernando Haddad (PT) fizeram críticas à implantação de
ciclovias pelas ruas e avenidas de São Paulo.
Embora capazes de chamar a atenção, esses grupos
representam opinião minoritária entre os moradores da
capital. Como pesquisa Datafolha publicada neste final
de semana deixou claro, a maioria expressiva dos
paulistanos defende a expansão de vias exclusivas para
ciclistas. Ainda bem.
Editorial Folha de S. Paulo
Trata-se, não por acaso, de tendência nas principais
metrópoles do mundo. A bicicleta é um meio de
transporte limpo, que ocupa muito menos espaço do que
um carro (embora não seja "a" solução para os
problemas de mobilidade urbana) e oferece a seus
usuários a possibilidade de não ficar refém das
condições do trânsito.
Numa cidade como São Paulo, porém, nunca foi fácil usar
bicicletas, e não surpreende que apenas 3% dos
paulistanos digam se valer desse transporte com
frequência.
Editorial Folha de S. Paulo
Comerciantes protestaram em diversos pontos da
cidade; moradores de alguns bairros também
reclamaram; e até vereadores da base aliada do prefeito
Fernando Haddad (PT) fizeram críticas à implantação de
ciclovias pelas ruas e avenidas de São Paulo.
Embora capazes de chamar a atenção, esses grupos
representam opinião minoritária entre os moradores da
capital. Como pesquisa Datafolha publicada neste final
de semana deixou claro, a maioria expressiva dos
paulistanos defende a expansão de vias exclusivas para
ciclistas. Ainda bem.
Concessão
Conformidade
Editorial Folha de S. Paulo
Trata-se, não por acaso, de tendência nas principais
metrópoles do mundo. A bicicleta é um meio de
transporte limpo, que ocupa muito menos espaço do que
um carro (embora não seja "a" solução para os
problemas de mobilidade urbana) e oferece a seus
usuários a possibilidade de não ficar refém das
condições do trânsito.
Numa cidade como São Paulo, porém, nunca foi fácil usar
bicicletas, e não surpreende que apenas 3% dos
paulistanos digam se valer desse transporte com
frequência.
Comentário
Oposição
Comentário
2.1. ARTICULADORES
LÓGICOS
=> Estabelecem relações lógicas ou argumentativas
entre segmentos de texto.
Exemplos:
Causa: porque, devido a
Condição: se...então, caso
Explicação: pois, já que, afinal
Conclusão: portanto, dessa forma, assim
2.2. ARTICULADORES DE
COMENTÁRIO
Estabelecem comentários a segmentos textuais.
Exemplos:
Delimitadores: geograficamente, economicamente
Organizadores: Primeiro, segundo, por fim
Comprometimento: evidentemente, aparentemente
Imperatividade: é indispensável que, opcionalmente
Introdutores: a respeito, sobre, quanto a

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Apresentação adequação à proposta
Apresentação adequação à propostaApresentação adequação à proposta
Apresentação adequação à proposta
lipexleal
 
Leitura e produção de texto gêneros textuais
Leitura e produção de texto   gêneros textuaisLeitura e produção de texto   gêneros textuais
Leitura e produção de texto gêneros textuais
maria das dores
 
Modelo de ficha de leitura
Modelo de ficha de leituraModelo de ficha de leitura
Modelo de ficha de leitura
Sérgio Lagoa
 

Destaque (19)

R3
R3R3
R3
 
Apresentação adequação à proposta
Apresentação adequação à propostaApresentação adequação à proposta
Apresentação adequação à proposta
 
Empirismo
EmpirismoEmpirismo
Empirismo
 
Erros dissertativo argumentativo
Erros dissertativo argumentativoErros dissertativo argumentativo
Erros dissertativo argumentativo
 
Ficha de Leitura
Ficha de LeituraFicha de Leitura
Ficha de Leitura
 
Argumentação em redações do enem
Argumentação em redações do enemArgumentação em redações do enem
Argumentação em redações do enem
 
Pratica livro
Pratica livroPratica livro
Pratica livro
 
Leitura e produção de texto gêneros textuais
Leitura e produção de texto   gêneros textuaisLeitura e produção de texto   gêneros textuais
Leitura e produção de texto gêneros textuais
 
Ficha de Leitura- A Culpa é das Estrelas
Ficha de Leitura- A Culpa é das Estrelas Ficha de Leitura- A Culpa é das Estrelas
Ficha de Leitura- A Culpa é das Estrelas
 
Racionalismo e Empirismo
Racionalismo e EmpirismoRacionalismo e Empirismo
Racionalismo e Empirismo
 
ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)
ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)
ARGUMENTAÇÃO - Enem (Competência 3)
 
Slide elaborado a construção do texto
Slide elaborado   a construção do textoSlide elaborado   a construção do texto
Slide elaborado a construção do texto
 
FICHA DE LEITURA : A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS
FICHA DE LEITURA : A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS FICHA DE LEITURA : A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS
FICHA DE LEITURA : A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS
 
Como elaborar uma ficha de leitura
Como elaborar uma ficha de leituraComo elaborar uma ficha de leitura
Como elaborar uma ficha de leitura
 
Ficha de leitura
Ficha de leituraFicha de leitura
Ficha de leitura
 
Ficha de leitura
Ficha de leituraFicha de leitura
Ficha de leitura
 
Ficha de leitura do livro "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry.
Ficha de leitura do livro "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry.Ficha de leitura do livro "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry.
Ficha de leitura do livro "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry.
 
Modelo de ficha de leitura
Modelo de ficha de leituraModelo de ficha de leitura
Modelo de ficha de leitura
 
Artigo 5º Da ConstituiçãO Federal
Artigo 5º Da  ConstituiçãO  FederalArtigo 5º Da  ConstituiçãO  Federal
Artigo 5º Da ConstituiçãO Federal
 

Semelhante a Atividade 10 coesão (11)

Capítulo 6 - Duas rodas, quatro rodas, duas pernas, mobilidade urbana
Capítulo 6 - Duas rodas, quatro rodas, duas pernas, mobilidade urbanaCapítulo 6 - Duas rodas, quatro rodas, duas pernas, mobilidade urbana
Capítulo 6 - Duas rodas, quatro rodas, duas pernas, mobilidade urbana
 
Fiquei pensando como o mundo estava quando eu nasci
Fiquei pensando como o mundo estava quando eu nasciFiquei pensando como o mundo estava quando eu nasci
Fiquei pensando como o mundo estava quando eu nasci
 
O show do_seculo
O show do_seculoO show do_seculo
O show do_seculo
 
Arroio Luiz Rau
Arroio Luiz RauArroio Luiz Rau
Arroio Luiz Rau
 
Arroio Luiz Rau
Arroio Luiz RauArroio Luiz Rau
Arroio Luiz Rau
 
Arroio luiz rau
Arroio luiz rau Arroio luiz rau
Arroio luiz rau
 
Arroio Luiz Rau
Arroio Luiz RauArroio Luiz Rau
Arroio Luiz Rau
 
Caminhar é preciso 07.07.13 Toyolex
Caminhar é preciso 07.07.13 ToyolexCaminhar é preciso 07.07.13 Toyolex
Caminhar é preciso 07.07.13 Toyolex
 
Ebook apocalipse motorizado
Ebook apocalipse motorizadoEbook apocalipse motorizado
Ebook apocalipse motorizado
 
Bogota Design E Participacao
Bogota Design E ParticipacaoBogota Design E Participacao
Bogota Design E Participacao
 
Apocalipse Motorizado
Apocalipse MotorizadoApocalipse Motorizado
Apocalipse Motorizado
 

Último

O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 

Último (20)

Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introd
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Slides 9º ano 2024.pptx- Geografia - exercicios
Slides 9º ano 2024.pptx- Geografia - exerciciosSlides 9º ano 2024.pptx- Geografia - exercicios
Slides 9º ano 2024.pptx- Geografia - exercicios
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 

Atividade 10 coesão

  • 2. DEFINIÇÃO Forma como os elementos linguísticos presentes na superfície textual se interligam por meio de recursos também linguísticos, de modo a formar um tecido “tessitura”.
  • 4. DEFINIÇÃO Elementos que fazem remissão/referência a outros elementos de forma a garantir continuação de sentido.
  • 5. Bicicletai! Antônio Prata Um dias desses, evidentemente, tudo há de dar certo, os automóveis se extinguirão e a superfície da terra será povoada apenas por bicicletas. Alguns carros, ônibus e caminhões serão expostos nos museus, feito mamutes, guilhotinas e outros monstros findos, para divertir a criançada e alertar os adultos: que o horror jamais se repita. Sobre selins acolchoados, seremos felizes para sempre. É inegável a simpatia das bicicletas. Máquina desengonçada: se parada, destrambelha-se como um albatroz em terra, mas ao impulso dos pedais, projeta- se como uma flecha, esguia, impoluta e silenciosa. Bicicletas, ninguém pode negar, são irmãs dos guarda- chuvas, primas das girafas e parentes distantes dos abacaxis (não me peça para explicar, foi uma ideia que tive agora).
  • 6. Durante todo o século XX, muitos artistas aproveitaram- se de seus encantos. É pedalando que vemos quase todo o tempo monsieur Hulot, personagem do filme Meu Tio, utopia lírica de Jacques Tati. Marceu Duchamp, depois haver exposto um mictório no museu, enfiou uma roda de bicicleta num banco de madeira e deixou as velhas noções sobre arte – literalmente – de pernas pro ar. É impensável um facínora de bicicleta, inconcebível um ditador pedalando. As “máquinas da paz”, como as chamou Vinícius de Moraes, em sua Balada das meninas de bicicleta, são muito mais afeitas aos suaves cuidados das moças: “Bicicletai, meninada!/ Aos ventos do Arpoador/ Solta a flâmula agitada/Das cabeleiras em flor”. As bicicletas são um indício de civilização. Recomendadas por ecologistas, urbanistas, cardiologistas e artistas, têm logo de entrar na agenda política.
  • 7. Bicicletai! Antônio Prata Um dias desses, evidentemente, tudo há de dar certo, os automóveis se extinguirão e a superfície da terra será povoada apenas por bicicletas. Alguns carros, ônibus e caminhões serão expostos nos museus, feito mamutes, guilhotinas e outros monstros findos, para divertir a criançada e alertar os adultos: que o horror jamais se repita. Sobre selins acolchoados, seremos felizes para sempre. É inegável a simpatia das bicicletas. Máquina desengonçada: se parada, destrambelha-se como um albatroz em terra, mas ao impulso dos pedais, projeta- se como uma flecha, esguia, impoluta e silenciosa. Bicicletas, ninguém pode negar, são irmãs dos guarda- chuvas, primas das girafas e parentes distantes dos abacaxis (não me peça para explicar, foi uma ideia que tive agora). Expressão nominal
  • 8. Bicicletai! Antônio Prata Um dias desses, evidentemente, tudo há de dar certo, os automóveis se extinguirão e a superfície da terra será povoada apenas por bicicletas. Alguns carros, ônibus e caminhões serão expostos nos museus, feito mamutes, guilhotinas e outros monstros findos, para divertir a criançada e alertar os adultos: que o horror jamais se repita. Sobre selins acolchoados, seremos felizes para sempre. É inegável a simpatia das bicicletas. Máquina desengonçada: se parada, destrambelha-se como um albatroz em terra, mas ao impulso dos pedais, projeta- se como uma flecha, esguia, impoluta e silenciosa. Bicicletas, ninguém pode negar, são irmãs dos guarda- chuvas, primas das girafas e parentes distantes dos abacaxis (não me peça para explicar, foi uma ideia que tive agora). Elipse
  • 9. Durante todo o século XX, muitos artistas aproveitaram- se de seus encantos. É pedalando que vemos quase todo o tempo monsieur Hulot, personagem do filme Meu Tio, utopia lírica de Jacques Tati. Marceu Duchamp, depois haver exposto um mictório no museu, enfiou uma roda de bicicleta num banco de madeira e deixou as velhas noções sobre arte – literalmente – de pernas pro ar. É impensável um facínora de bicicleta, inconcebível um ditador pedalando. As “máquinas da paz”, como as chamou Vinícius de Moraes, em sua Balada das meninas de bicicleta, são muito mais afeitas aos suaves cuidados das moças: “Bicicletai, meninada!/ Aos ventos do Arpoador/ Solta a flâmula agitada/Das cabeleiras em flor”. As bicicletas são um indício de civilização. Recomendadas por ecologistas, urbanistas, cardiologistas e artistas, têm logo de entrar na agenda política. Pronome
  • 10. Durante todo o século XX, muitos artistas aproveitaram- se de seus encantos. É pedalando que vemos quase todo o tempo monsieur Hulot, personagem do filme Meu Tio, utopia lírica de Jacques Tati. Marceu Duchamp, depois haver exposto um mictório no museu, enfiou uma roda de bicicleta num banco de madeira e deixou as velhas noções sobre arte – literalmente – de pernas pro ar. É impensável um facínora de bicicleta, inconcebível um ditador pedalando. As “máquinas da paz”, como as chamou Vinícius de Moraes, em sua Balada das meninas de bicicleta, são muito mais afeitas aos suaves cuidados das moças: “Bicicletai, meninada!/ Aos ventos do Arpoador/ Solta a flâmula agitada/Das cabeleiras em flor”. As bicicletas são um indício de civilização. Recomendadas por ecologistas, urbanistas, cardiologistas e artistas, têm logo de entrar na agenda política. Expressão nominal
  • 11. COESÃO REFERENCIAL Bicicleta Ela [pronome] O veículo [hiperônimo] Camelo [sinônimo] A máquina de paz [expressão nominal]
  • 13. 2. COESÃO SEQUENCIAL Elementos que estabelecem relações entre segmentos do texto ou comentários a eles.
  • 14. Editorial Folha de S. Paulo Comerciantes protestaram em diversos pontos da cidade; moradores de alguns bairros também reclamaram; e até vereadores da base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT) fizeram críticas à implantação de ciclovias pelas ruas e avenidas de São Paulo. Embora capazes de chamar a atenção, esses grupos representam opinião minoritária entre os moradores da capital. Como pesquisa Datafolha publicada neste final de semana deixou claro, a maioria expressiva dos paulistanos defende a expansão de vias exclusivas para ciclistas. Ainda bem.
  • 15. Editorial Folha de S. Paulo Trata-se, não por acaso, de tendência nas principais metrópoles do mundo. A bicicleta é um meio de transporte limpo, que ocupa muito menos espaço do que um carro (embora não seja "a" solução para os problemas de mobilidade urbana) e oferece a seus usuários a possibilidade de não ficar refém das condições do trânsito. Numa cidade como São Paulo, porém, nunca foi fácil usar bicicletas, e não surpreende que apenas 3% dos paulistanos digam se valer desse transporte com frequência.
  • 16. Editorial Folha de S. Paulo Comerciantes protestaram em diversos pontos da cidade; moradores de alguns bairros também reclamaram; e até vereadores da base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT) fizeram críticas à implantação de ciclovias pelas ruas e avenidas de São Paulo. Embora capazes de chamar a atenção, esses grupos representam opinião minoritária entre os moradores da capital. Como pesquisa Datafolha publicada neste final de semana deixou claro, a maioria expressiva dos paulistanos defende a expansão de vias exclusivas para ciclistas. Ainda bem. Concessão Conformidade
  • 17. Editorial Folha de S. Paulo Trata-se, não por acaso, de tendência nas principais metrópoles do mundo. A bicicleta é um meio de transporte limpo, que ocupa muito menos espaço do que um carro (embora não seja "a" solução para os problemas de mobilidade urbana) e oferece a seus usuários a possibilidade de não ficar refém das condições do trânsito. Numa cidade como São Paulo, porém, nunca foi fácil usar bicicletas, e não surpreende que apenas 3% dos paulistanos digam se valer desse transporte com frequência. Comentário Oposição Comentário
  • 18. 2.1. ARTICULADORES LÓGICOS => Estabelecem relações lógicas ou argumentativas entre segmentos de texto. Exemplos: Causa: porque, devido a Condição: se...então, caso Explicação: pois, já que, afinal Conclusão: portanto, dessa forma, assim
  • 19. 2.2. ARTICULADORES DE COMENTÁRIO Estabelecem comentários a segmentos textuais. Exemplos: Delimitadores: geograficamente, economicamente Organizadores: Primeiro, segundo, por fim Comprometimento: evidentemente, aparentemente Imperatividade: é indispensável que, opcionalmente Introdutores: a respeito, sobre, quanto a