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Conforto Ambiental I 
Trabalho I – Análise Projetual 
Casa Bettega – Curitiba - 1949 
Professora: Rita Saramago 
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Uberlândia, de Novembro de 2014.
A carta bioclimática de Curitiba representada abaixo indica claramente o clima frio predominante na cidade, principalmente nos meses de abril a outubro, sendo que 79% das horas do ano são de desconforto. A maior parte desse desconforto é causada justamente pelo frio, mas também há uma pequena parcela do ano que é calor. Quanto à humidade relativa do ar, ela fica acima de 60% durante o ano todo. 
Para as construções feitas nessa cidade, é necessário que algumas técnicas de adequação climática sejam trabalhadas, principalmente a massa térmica e aquecimento solar, o aquecimento solar passivo, e em algumas situações, aquecimento artificial e ventilação. 
Carta gerada a partir das Normais Climatológicas 
ANÁLISE CLIMÁTICA DA CIDADE
ANÁLISE CLIMÁTICA DA CIDADE 
JANEIRO: »Conforto: 71.95% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 28.06% FEVEREIRO: »Conforto: 69.98% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 30.03% MARÇO: »Conforto: 70.72% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 29.28% ABRIL: »Conforto: 45.27% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 42.10% »Aquecimento Solar Passivo: 12.64% MAIO: »Conforto: 28.44% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 36.69% »Aquecimento Solar Passivo: 32.11% »Aquecimento Artificial: 2.75% JUNHO: »Conforto: 2.87% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 38.09% »Aquecimento Solar Passivo: 33.33% »Aquecimento Artificial: 25.72%
ANÁLISE CLIMÁTICA DA CIDADE 
JULHO: 
»Conforto: 12.39% 
»Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 35.40% 
»Aquecimento Solar Passivo: 30.97% 
»Aquecimento Artificial: 21.25% 
AGOSTO: 
»Conforto: 24.78% 
»Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 34.19% 
»Aquecimento Solar Passivo: 29.92% 
»Aquecimento Artificial: 11.12% 
SETEMBRO: 
»Conforto: 31.43% 
»Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 38.09% 
»Aquecimento Solar Passivo: 30.48% 
OUTUBRO: 
»Conforto: 45.55% 
»Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 39.60% 
»Aquecimento Solar Passivo: 14.86% 
NOVEMBRO: 
»Conforto: 61.90% 
»Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 38.10% 
DEZEMBRO: 
»Conforto: 61.25% 
»Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 38.75%
ANÁLISE CLIMÁTICA DA CIDADE 
Abaixo está representada a carta solar da cidade, que mostra também uma média das temperaturas ao longo dos dias do ano, sendo que os tons de azul mais escuro são os horários mais frios, enquanto os tons de vermelho/amarelo, os horários mais quentes.
ANÁLISE CLIMÁTICA DA CIDADE 
Por fim, a porcentagem da ocorrência dos ventos, bem como suas velocidades médias para as quatro estações do ano estão representadas nos esquemas a seguir. Observa-se que os ventos predominantes seguem a direção leste, com velocidade máxima de 6m/s e mínima de 3m/s:
PROGRAMA 
O cliente era o pneumologista João Luiz Bettega, que tratava pacientes com tuberculose. Sua família era nuclear composta por 8 pessoas: o casal mais seis filhos, sendo 3 meninas e 3 meninos. A residência deveria apresentar também um consultório para atendimentos emergenciais. 
•Programa: 1 suíte (para o casal) 1 quarto (para as meninas) 1 quarto (para os meninos) 1 banheiro (para atender o quarto dos filhos) 1 consultório Sala de Jantar e estar Copa, para refeições diárias Cozinha Quarto da empregada Lavabo
SETORIZAÇÃO 
No pavimento térreo concentra-se a área social e a área de serviço, esta, localizada na porção posterior da casa, incluindo ainda o quarto da empregada que se encontra no nível superior, sendo acessado através da escada helicoidal presente no pátio dos fundos. No nível intermediário encontra-se o consultório, que possui acesso tanto interno quanto externo e caracteriza a única área de serviço da casa. No pavimento superior concentra a área íntima, composta pelo quarto do casal e os dos filhos.
A sala de estar e a de jantar são sutilmente separadas por uma lareira, permitindo uma fluidez nesses espaços, que, aliado ao plano de vidro que os separam do jardim lateral mais o pé direito duplo da sala de estar, produzem uma relação de amplidão e conforto. Este plano de vidro, na fachada noroeste integra o jardim com a parte interna pela transparência que oferece, além de ser um fator importante na iluminação natural da casa durante o dia. 
FLUXOS 
Fachada Noroeste. Detalhe dos planos de vidro e jardim.
ACESSOS 
As conexões entre os níveis da casa se dão principalmente através de rampas que permitem o usuário passar de um pavimento para o outro sem perceber. Na entrada da casa há uma rampa, dividida em duas subidas e que cujo calçamento realça a amplidão, dando a ilusão de continuidade da rua, ela leva à entrada principal da casa, na face lateral direita. Do nível de entrada da casa, parte outra rampa descendo para um terraço externo, onde há uma escada que conduz o usuário ao consultório. No interior, há outra rampa também dividida em duas subidas, que conecta a área de convívio às partes mais íntimas, sugerindo ainda uma parada através do patamar com piso horizontal situado na porta de entrada do consultório.
A escada helicoidal apresentada no projeto é o elemento arquitetônico mais complexo da obra. Foi colocada nos fundos da casa, dando acesso ao quarto da empregada doméstica, funcionando ainda como uma escultura. Ela atrai o observador, levando este a dar um volta ao seu entorno, já que cria várias perspectivas, parecendo até que cada imagem é uma escada diferente, além de se opor ao volume retangular da casa, criando um encontro de curvas. 
ACESSOS
A circulação se dá de forma integrada, oferecendo vários acessos e maneiras de chegar à um mesmo local, a começar pela entrada principal lateral que possibilita um caminho mais curto, e também a entrada dos fundos, a dos dois corredores que saem da cozinha e desembocam na sala de jantar, o acesso ao consultório, realizado pela escada ou a rampa interna, que também permite o acesso aos quartos. O jardim pode ser acessado pelos fundos, pelo terraço ou pela porta janela da sala de jantar. Possibilita fluidez e mesclagem entre os espaços, não diferenciando o público do privado. 
CIRCULAÇÃO
chaminé 
SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS ADOTADAS - VENTILAÇÃO 
Analisando a carta bioclimática de Curitiba, percebemos que a ventilação corresponde a 5,1% das estratégias necessárias para garantir o conforto das construções, sendo que os ventos predominantes da cidade vem do leste . Neste projeto, a ventilação dentro da casa é permitida através dos sistemas de aberturas indicados abaixo. A chaminé da lareira contribui na circulação do ar, funcionando como escape para o ar quente.
SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS ADOTADAS - VENTILAÇÃO 
Os ventos predominantes na cidade vem do leste. Mas podemos ver que na fachada sudeste e nordeste não há muitas aberturas como na cace noroeste. 
Direção dos ventos 
Planta Pavimento Térreo 
Planta Pavimento Superior
PROGRAMA 
Das estratégias indicadas para o conforto térmico nas edificações de Curitiba, a massa térmica e o aquecimento solar representam juntas 61,2%. Percebemos na residência que essas táticas foram empregadas. Na fachada noroeste, a que recebe maior insolação solar em Curitiba, há superfícies envidraçadas que permitem a entrada de insolação direta, o que aquece o interior da residência. Esse calor é mantido graças ao excelente sistema de vedações empregado na residência. A presença de paredes de alvenaria espessas contribuem para captar e armazenar esse calor durante o dia e libera-lo durante a noite, quando a temperatura cai. 
SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS ADOTADAS - MASSA TÉRMICA E AQUECIMENTO SOLAR 
Alvenaria com maior massa térmica 
Superfícies envidraçadas na fachada noroeste
Mesmo já utilizando outros meios para o conforto térmico, o aquecimento solar complementa o fornecimento de calor nos dias que o frio é mais rigoroso, representando 11,7 % das estratégias climáticas. Na casa, o arquiteto utiliza a lareira para suprir essa necessidade, ela está localizada entre a sala de estar e jantar. 
SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS ADOTADAS - AQUECIMENTO ARTIFICIAL
SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS ADOTADAS – RESFRIAMENTO EVAPORATIVO 
Mesmo não sendo indicado para melhorar o conforto ambiental da residência, o jardim, que ocupa o lado esquerdo do terreno gera uma das estratégias de conforto bioclimático: o resfriamento evaporativo. A vegetação, através da evapotranspiração, ajuda na melhora a umidade do ar. 
Detalhe do jardim
Como podemos observar na análise, Vilanova Artigas garantiu no projeto, as quatro estratégias principais para garantir o conforto no clima presente em Curitiba: Massa térmica para aquecimento, aquecimento solar, aquecimento artificial e ventilação. Como no caso dos panos de vidro da fachada noroeste, que responde tanto ao período frio do ano, estando voltados para a direção que mais recebe luz solar, quanto nos períodos quentes, permitindo assim a ventilação da casa. Segue então, alternativas para as estratégias adotadas. 
No caso de massa térmica para aquecimento, outra alternativa poderia ser a utilização de uma parede de acumulação (Trombe). Esta, orientada ao sol, possui seu lado externo coberto por um painel de vidro afastado da parede, que evita a perca de calor. Também possui uma abertura superior e outra inferior que permite a convecção do ar. 
SUGESTÕES PARA ALTERAÇÃO DO PROJETO 
Esquema do sistema TROMBE
Para aquecimento artificial, outra boa estratégia seria o uso de piso radiante, cujo aquecimento ocorre a partir de um circuito de resistências com cabos aquecedores, colocados sob o revestimento do piso. Ou ainda o uso de aquecedor central, bomba de calor ou convector elétrico. 
SUGESTÕES PARA ALTERAÇÃO DO PROJETO 
Detalhe de piso radiante 
Modelo de convector elétrico
Referências 
PORTELA, Giceli. Casa João Luiz Bettega. Projeto de Vilanova Artigas em Curitiba. Drops, São Paulo, ano 04, n. 008.04, Vitruvius, maio 2004 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/04.008/1623>. SINAL, Blog da TV. (2010, Agosto 27). Essa casa – Vilanova Artigas [Arquivo de vídeo]. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=jN5H4cWE6Dk>. Acesso em: 27 Outubro 2014. HAGAH. A casa modernista de Artigas. Disponível em: <http://wp.hagah.com.br/curitibairros/2010/09/10/a-casa-modernista-de-artigas/ >. Acesso em: 27 Outubro 2014. ARTIGAS, Rosa. Residência João Luiz Bettega, de Vilanova Artigas. A casa, os livros, o calor e a memória. Drops, São Paulo, ano 12, n. 047.04, Vitruvius, ago. 2011 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/12.047/4007>. 
<http://www.g-arquitetura.com.br/acasa2.html> . Acesso em : 01 Novembro 2014. CULTURAL, Coordenação do Patrimônio. Residência João Luiz Bettega. Disponível em <http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo= 232>. Acesso em 28 Outubro 2014 
KAMITA, João Masao. Vilanova Artigas. Cosac & Naify Edições. espaços da arte brasileira, 2000; 
ARTIGAS, João Batista Vilanova. A função social do arquiteto. São Paulo, Nobel/FVA, 1989. 
ROSATTI, Camila Gui. O projeto modernizador de Vilanova Artigas: prática profissional e clientela nos anos 1940. 36° Encontro Anual da ANPOCS / 2012. 
LabEEE – LABORATÓRIO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES. ANALYSIS Bio. Versão 2.1.1. UFSC – ECV – NPC – LabEEE, 2003. Disponível em: <http://www.labeee.ufsc.br>. Acesso em 15 Novembro 2014 
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  • 1. Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design Conforto Ambiental I Trabalho I – Análise Projetual Casa Bettega – Curitiba - 1949 Professora: Rita Saramago Alunos: Geovana Alves de Araújo - Kellen Priscila Ferreira Alves – 11411ARQ002 Lucas Gomes Carolino – 11411ARQ036 Stella Mendes – 11411ARQ003 Uberlândia, de Novembro de 2014.
  • 2. A carta bioclimática de Curitiba representada abaixo indica claramente o clima frio predominante na cidade, principalmente nos meses de abril a outubro, sendo que 79% das horas do ano são de desconforto. A maior parte desse desconforto é causada justamente pelo frio, mas também há uma pequena parcela do ano que é calor. Quanto à humidade relativa do ar, ela fica acima de 60% durante o ano todo. Para as construções feitas nessa cidade, é necessário que algumas técnicas de adequação climática sejam trabalhadas, principalmente a massa térmica e aquecimento solar, o aquecimento solar passivo, e em algumas situações, aquecimento artificial e ventilação. Carta gerada a partir das Normais Climatológicas ANÁLISE CLIMÁTICA DA CIDADE
  • 3. ANÁLISE CLIMÁTICA DA CIDADE JANEIRO: »Conforto: 71.95% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 28.06% FEVEREIRO: »Conforto: 69.98% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 30.03% MARÇO: »Conforto: 70.72% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 29.28% ABRIL: »Conforto: 45.27% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 42.10% »Aquecimento Solar Passivo: 12.64% MAIO: »Conforto: 28.44% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 36.69% »Aquecimento Solar Passivo: 32.11% »Aquecimento Artificial: 2.75% JUNHO: »Conforto: 2.87% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 38.09% »Aquecimento Solar Passivo: 33.33% »Aquecimento Artificial: 25.72%
  • 4. ANÁLISE CLIMÁTICA DA CIDADE JULHO: »Conforto: 12.39% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 35.40% »Aquecimento Solar Passivo: 30.97% »Aquecimento Artificial: 21.25% AGOSTO: »Conforto: 24.78% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 34.19% »Aquecimento Solar Passivo: 29.92% »Aquecimento Artificial: 11.12% SETEMBRO: »Conforto: 31.43% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 38.09% »Aquecimento Solar Passivo: 30.48% OUTUBRO: »Conforto: 45.55% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 39.60% »Aquecimento Solar Passivo: 14.86% NOVEMBRO: »Conforto: 61.90% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 38.10% DEZEMBRO: »Conforto: 61.25% »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica: 38.75%
  • 5. ANÁLISE CLIMÁTICA DA CIDADE Abaixo está representada a carta solar da cidade, que mostra também uma média das temperaturas ao longo dos dias do ano, sendo que os tons de azul mais escuro são os horários mais frios, enquanto os tons de vermelho/amarelo, os horários mais quentes.
  • 6. ANÁLISE CLIMÁTICA DA CIDADE Por fim, a porcentagem da ocorrência dos ventos, bem como suas velocidades médias para as quatro estações do ano estão representadas nos esquemas a seguir. Observa-se que os ventos predominantes seguem a direção leste, com velocidade máxima de 6m/s e mínima de 3m/s:
  • 7. PROGRAMA O cliente era o pneumologista João Luiz Bettega, que tratava pacientes com tuberculose. Sua família era nuclear composta por 8 pessoas: o casal mais seis filhos, sendo 3 meninas e 3 meninos. A residência deveria apresentar também um consultório para atendimentos emergenciais. •Programa: 1 suíte (para o casal) 1 quarto (para as meninas) 1 quarto (para os meninos) 1 banheiro (para atender o quarto dos filhos) 1 consultório Sala de Jantar e estar Copa, para refeições diárias Cozinha Quarto da empregada Lavabo
  • 8. SETORIZAÇÃO No pavimento térreo concentra-se a área social e a área de serviço, esta, localizada na porção posterior da casa, incluindo ainda o quarto da empregada que se encontra no nível superior, sendo acessado através da escada helicoidal presente no pátio dos fundos. No nível intermediário encontra-se o consultório, que possui acesso tanto interno quanto externo e caracteriza a única área de serviço da casa. No pavimento superior concentra a área íntima, composta pelo quarto do casal e os dos filhos.
  • 9. A sala de estar e a de jantar são sutilmente separadas por uma lareira, permitindo uma fluidez nesses espaços, que, aliado ao plano de vidro que os separam do jardim lateral mais o pé direito duplo da sala de estar, produzem uma relação de amplidão e conforto. Este plano de vidro, na fachada noroeste integra o jardim com a parte interna pela transparência que oferece, além de ser um fator importante na iluminação natural da casa durante o dia. FLUXOS Fachada Noroeste. Detalhe dos planos de vidro e jardim.
  • 10. ACESSOS As conexões entre os níveis da casa se dão principalmente através de rampas que permitem o usuário passar de um pavimento para o outro sem perceber. Na entrada da casa há uma rampa, dividida em duas subidas e que cujo calçamento realça a amplidão, dando a ilusão de continuidade da rua, ela leva à entrada principal da casa, na face lateral direita. Do nível de entrada da casa, parte outra rampa descendo para um terraço externo, onde há uma escada que conduz o usuário ao consultório. No interior, há outra rampa também dividida em duas subidas, que conecta a área de convívio às partes mais íntimas, sugerindo ainda uma parada através do patamar com piso horizontal situado na porta de entrada do consultório.
  • 11. A escada helicoidal apresentada no projeto é o elemento arquitetônico mais complexo da obra. Foi colocada nos fundos da casa, dando acesso ao quarto da empregada doméstica, funcionando ainda como uma escultura. Ela atrai o observador, levando este a dar um volta ao seu entorno, já que cria várias perspectivas, parecendo até que cada imagem é uma escada diferente, além de se opor ao volume retangular da casa, criando um encontro de curvas. ACESSOS
  • 12. A circulação se dá de forma integrada, oferecendo vários acessos e maneiras de chegar à um mesmo local, a começar pela entrada principal lateral que possibilita um caminho mais curto, e também a entrada dos fundos, a dos dois corredores que saem da cozinha e desembocam na sala de jantar, o acesso ao consultório, realizado pela escada ou a rampa interna, que também permite o acesso aos quartos. O jardim pode ser acessado pelos fundos, pelo terraço ou pela porta janela da sala de jantar. Possibilita fluidez e mesclagem entre os espaços, não diferenciando o público do privado. CIRCULAÇÃO
  • 13. chaminé SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS ADOTADAS - VENTILAÇÃO Analisando a carta bioclimática de Curitiba, percebemos que a ventilação corresponde a 5,1% das estratégias necessárias para garantir o conforto das construções, sendo que os ventos predominantes da cidade vem do leste . Neste projeto, a ventilação dentro da casa é permitida através dos sistemas de aberturas indicados abaixo. A chaminé da lareira contribui na circulação do ar, funcionando como escape para o ar quente.
  • 14. SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS ADOTADAS - VENTILAÇÃO Os ventos predominantes na cidade vem do leste. Mas podemos ver que na fachada sudeste e nordeste não há muitas aberturas como na cace noroeste. Direção dos ventos Planta Pavimento Térreo Planta Pavimento Superior
  • 15. PROGRAMA Das estratégias indicadas para o conforto térmico nas edificações de Curitiba, a massa térmica e o aquecimento solar representam juntas 61,2%. Percebemos na residência que essas táticas foram empregadas. Na fachada noroeste, a que recebe maior insolação solar em Curitiba, há superfícies envidraçadas que permitem a entrada de insolação direta, o que aquece o interior da residência. Esse calor é mantido graças ao excelente sistema de vedações empregado na residência. A presença de paredes de alvenaria espessas contribuem para captar e armazenar esse calor durante o dia e libera-lo durante a noite, quando a temperatura cai. SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS ADOTADAS - MASSA TÉRMICA E AQUECIMENTO SOLAR Alvenaria com maior massa térmica Superfícies envidraçadas na fachada noroeste
  • 16. Mesmo já utilizando outros meios para o conforto térmico, o aquecimento solar complementa o fornecimento de calor nos dias que o frio é mais rigoroso, representando 11,7 % das estratégias climáticas. Na casa, o arquiteto utiliza a lareira para suprir essa necessidade, ela está localizada entre a sala de estar e jantar. SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS ADOTADAS - AQUECIMENTO ARTIFICIAL
  • 17. SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS ADOTADAS – RESFRIAMENTO EVAPORATIVO Mesmo não sendo indicado para melhorar o conforto ambiental da residência, o jardim, que ocupa o lado esquerdo do terreno gera uma das estratégias de conforto bioclimático: o resfriamento evaporativo. A vegetação, através da evapotranspiração, ajuda na melhora a umidade do ar. Detalhe do jardim
  • 18. Como podemos observar na análise, Vilanova Artigas garantiu no projeto, as quatro estratégias principais para garantir o conforto no clima presente em Curitiba: Massa térmica para aquecimento, aquecimento solar, aquecimento artificial e ventilação. Como no caso dos panos de vidro da fachada noroeste, que responde tanto ao período frio do ano, estando voltados para a direção que mais recebe luz solar, quanto nos períodos quentes, permitindo assim a ventilação da casa. Segue então, alternativas para as estratégias adotadas. No caso de massa térmica para aquecimento, outra alternativa poderia ser a utilização de uma parede de acumulação (Trombe). Esta, orientada ao sol, possui seu lado externo coberto por um painel de vidro afastado da parede, que evita a perca de calor. Também possui uma abertura superior e outra inferior que permite a convecção do ar. SUGESTÕES PARA ALTERAÇÃO DO PROJETO Esquema do sistema TROMBE
  • 19. Para aquecimento artificial, outra boa estratégia seria o uso de piso radiante, cujo aquecimento ocorre a partir de um circuito de resistências com cabos aquecedores, colocados sob o revestimento do piso. Ou ainda o uso de aquecedor central, bomba de calor ou convector elétrico. SUGESTÕES PARA ALTERAÇÃO DO PROJETO Detalhe de piso radiante Modelo de convector elétrico
  • 20. Referências PORTELA, Giceli. Casa João Luiz Bettega. Projeto de Vilanova Artigas em Curitiba. Drops, São Paulo, ano 04, n. 008.04, Vitruvius, maio 2004 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/04.008/1623>. SINAL, Blog da TV. (2010, Agosto 27). Essa casa – Vilanova Artigas [Arquivo de vídeo]. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=jN5H4cWE6Dk>. Acesso em: 27 Outubro 2014. HAGAH. A casa modernista de Artigas. Disponível em: <http://wp.hagah.com.br/curitibairros/2010/09/10/a-casa-modernista-de-artigas/ >. Acesso em: 27 Outubro 2014. ARTIGAS, Rosa. Residência João Luiz Bettega, de Vilanova Artigas. A casa, os livros, o calor e a memória. Drops, São Paulo, ano 12, n. 047.04, Vitruvius, ago. 2011 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/12.047/4007>. <http://www.g-arquitetura.com.br/acasa2.html> . Acesso em : 01 Novembro 2014. CULTURAL, Coordenação do Patrimônio. Residência João Luiz Bettega. Disponível em <http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo= 232>. Acesso em 28 Outubro 2014 KAMITA, João Masao. Vilanova Artigas. Cosac & Naify Edições. espaços da arte brasileira, 2000; ARTIGAS, João Batista Vilanova. A função social do arquiteto. São Paulo, Nobel/FVA, 1989. ROSATTI, Camila Gui. O projeto modernizador de Vilanova Artigas: prática profissional e clientela nos anos 1940. 36° Encontro Anual da ANPOCS / 2012. LabEEE – LABORATÓRIO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES. ANALYSIS Bio. Versão 2.1.1. UFSC – ECV – NPC – LabEEE, 2003. Disponível em: <http://www.labeee.ufsc.br>. Acesso em 15 Novembro 2014 LabEEE – LABORATÓRIO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES. ANALYSIS SOL-AR. Disponível em: <http://www.labeee.ufsc.br>. Acesso em 15 Novembro 2014