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undamentado em valores huma-
nos, o ISPGaya dá importante re-
levo à dimensão pessoal e comu-
nitária do indivíduo, formando
os seus alunos para a liberdade respon-
sável, a abertura ao futuro, a flexibilida-
de na mudança, a solidariedade com o
mundo em que está inserido, a respon-
sabilidade participativa, o respeito pelas
ideias e pela consciência dos demais e o
compromisso na construção da fraterni-
dade humana. Não tenhamos dúvidas, o
ISPGaya assume hoje um cartão-de-vi-
sita relevante, onde os pilares da Insti-
tuição, corpo docente, oferta formativa e
fundamentalmente os alunos, retomam,
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Neste âmbito, a Revista Pontos de Vista
deslocou-se às instalações do ISPGaya,
em Vila Nova de Gaia, tendo conversado
com João de Freitas Ferreira, Presiden-
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Lourenço, membros da Direcção da Ins-
tituição e Maria Augusta Gomes Oliveira,
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conversa aprofundada e reflectiva, nos
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ção de excelência, onde os alunos são o
ponto central da sua orgânica, lembran-
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destinos do ISPGaya se encontra virada
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Assumindo que além da preocupação
em formar indivíduos “para entrarem
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passa por uma lógica do que serão as
mudanças e alterações futuras, “para
assim estarmos preparados para essas
transformações”, advoga o nosso entre-
vistado.
Assim, o que tentamos suscitar nos
nossos alunos passa por um espírito de
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porque é este o caminho”, afirma convic-
to, deixando a última palavra ao corpo
docente da instituição. “Os professores
devem interiorizar esta meta, porque se
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mesmos, então todos os projectos, ini-
ciativas e mais-valias não são colocadas
em prática, acabando, invariavelmente,
por condenar qualquer instituição de
ensino ao fracasso. Felizmente temos
conseguido passar esta mensagem e os
nossos professores têm sido fundamen-
tais na concretização desse objectivo”.
Neste sentido o Observatório para a
Qualidade do Centro de Investigação e
Desenvolvimento do ISPGaya (CID_ISP-
Gaya) possui um projecto de análise das
trajectórias profissionais dos diploma-
dos, estando neste momento em curso
o estudo aplicado aos diplomados em
Bolonha (4 primeiros anos). Deste estu-
do resultará uma publicação, tal como já
aconteceu num estudo anterior aplicado
aos diplomados pré-bolonha.
Corpo docente de qualidade insuspeita,
alunos dedicados à essência da filosofia
da instituição e condições ímpares para
a prática do estudo, são características
essenciais do ISPGaya e fundamentais
para o sucesso de qualquer estudante e
por conseguinte de uma Instituição de
Educação. Neste sentido, falta abordar
a vertente da oferta formativa, pois sem
ela, a escola pode ser mais ou menos
atractiva, podendo ainda representar
uma ténue linha que separa os resulta-
dos razoáveis da excelência e da quali-
dade. Assim, segundo João de Freitas
Ferreira, “o ISPGaya promove a apren-
dizagem ao longo da vida, concretizada
através de Cursos de Especialização
Tecnológica (CET’s), Licenciaturas, Pós-
-Graduações e Mestrados”. Outra forma
de promover a qualidade e actualidade
da formação do instituto reside na acção
do Conselho Consultivo, em fase de ac-
tivação e que é formado por personali-
dades distintas de diversas áreas, com o
objectivo primordial de orientar e pro-
mover uma crítica positiva da Institui-
ção, apoiando-nos na elaboração de pla-
nos de futuro que sejam adequados ao
desenvolvimento da instituição”, revela.
Aproximação ao universo
empresarial
“Os nossos alunos são uma garantia de
qualidade”, revela, Nelson Neves e lem-
bra que, aquando da introdução do Pro-
cesso de Bolonha, o ISPGaya intensificou
a aproximação ao universo empresarial,
incutindo essa necessidade de formação
nos alunos, assim como a introdução de
O ISPGaya orienta a sua actividade pedagógica para a promoção do pleno desenvolvimento da personalidade da sua comunidade estudantil,
promovendo um périplo educativo de referência, de credibilidade e de qualidade que aportam à instituição uma chancela de prestígio e de
relevo, indo ao encontro de um dos lemas da instituição: «Futuro com Futuro».
“Os nossos alunos são uma garantia de qualidade”
ISPGaya -Instituto Superior Politécnico Gaya
PV7 // VILA NOVA DE GAIA EM CRESCIMENTO
50 Abril 2011 Pontos de Vista
EQUIPA DO ISPGAYA
temáticas relacionadas com o exterior. O
ISPGaya, como Instituição do Ensino Po-
litécnico, promove um nível superior de
trabalhos e estudos orientados ao nível
prático, embora sem nunca esquecer os
fundamentos teóricos. “Temos de valori-
zar, ainda mais, a componente prática e
foi Bolonha que permitiu a formatação
destes novos conceitos, que nós enquan-
to ISPGaya já desenvolvíamos, embora
não de uma forma parametrizada, mas
por princípios inerentes à natureza da
Instituição”, esclarece Nelson Neves.
Mas como foi realizado este desidera-
to? Praticamente todos os cursos do
ISPGaya possuem unidades curriculares
que promovem e “obrigam” os alunos a
desenvolver contactos com empresas e
instituições externas ao domínio do IS-
PGaya, trazendo-as posteriormente ao
quadro de escola, “para serem enqua-
drados na respectiva unidade curricular.
Essas empresas e instituições aportam
ao interior do ISPGaya e dos alunos um
ponto de vista diferente das necessida-
des, evoluções e tendências do mercado
que permite aos nossos alunos estarem
atentos e preparados para enfrentar as
dificuldades do mesmo”.
Além disso, o ISPGaya possui unidades
curriculares, como Seminários de Eco-
nomia e Gestão, unidades curriculares
de Projecto em Contexto Empresarial,
Seminários de Empregabilidade, entre
outras, focalizados essencialmente na
consumação da vertente Politécnica da
Instituição nas suas dimensões técnicas,
científicas e humanas.
O papel das instituições é também fun-
damental, tal como demonstra a preocu-
pação do ISPGaya que tem vindo a pro-
mover actividades autónomas como as
3ªs Jornadas de Informática de Gestão,
que decorreram no primeiro semestre
deste ano lectivo, e a Semana das En-
genharias que está a decorrer actual-
mente, também já na sua 3ª Edição. “São
outras formas que temos para realizar
a ligação com o mundo empresarial”,
esclarece Nelson Neves. O contacto dos
nossos alunos com a vertente empresa-
rial também se promove através do de-
senvolvimento da “veia” empreendedo-
ra. Neste âmbito, podemos salientar as
actividades desenvolvidas com a Inova.
Gaia, incubadora de empresas de base
tecnológica da Câmara Municipal de
Gaia, na qual o ISPGaya é sócio fundador.
Equilíbrio salutar
do corpo docente
O ISPGaya promove a aproximação do
Instituto às empresas e fomenta uma
formação de cariz mais experimental,
política essa que não é de agora no seio
da Instituição. “Procuramos equilibrar o
corpo docente com professores de per-
fil “mais” académico e com professores
que estejam integrados no meio empre-
sarial”, revela Justino Lourenço, lem-
brando que esta forma de actuar agiliza
as relações entre o Universo Académico
e Mundo Empresarial e pode ser consi-
derada pioneira no panorama do ensino
superior português, pois apenas recen-
temente se procedeu a uma reflexão
sobre esta temática com a introdução
do Processo de Bolonha e com a criação
do título de Especialista instituído pelo
novo Regime Jurídico das Instituições
de Ensino Superior – Lei n.º 62/2007,
de 10 de Setembro.
Actividades de I&D no ISPGaya
As actividades de I&D do ISPGaya pas-
sam pelo CID_ISPGaya e pela Wideskills.
O CID_ISPGaya é uma unidade orgânica
que se dedica à investigação fundamen-
tal e aplicada nos vários domínios das
áreas científicas do Instituto e promove
a divulgação dos resultados dessa in-
vestigação nas Edições ISPGaya, como
livros publicados e artigos científicos
na revista científica da Instituição, de-
nominada Politécnica. A Wideskills é
uma empresa criada em 2010 pela CEP
PV7 // VILA NOVA DE GAIA EM CRESCIMENTO
– Cooperativa de Ensino Politécnico,
crl, entidade instituidora do ISPGaya, e
constitui uma interface empresarial das
áreas científicas do ISPGaya, promoven-
do a inovação projectos e soluções para
a comunidade.
“Processo de Bolonha aporta
novas formas de enriquecimento”
Em Portugal desde 2006, o Processo de
Bolonha tem vindo a ser defendido por
uns e criticado por outros, embora a
ideia base é que o mesmo veio para ficar.
Interessa lembrar que a ideia base desta
iniciativa é que, salvaguardadas as espe-
cificidades nacionais, seja possível a um
estudante de qualquer estabelecimento
de ensino superior, iniciar a sua forma-
ção académica, continuar os seus estu-
dos, concluir a sua formação superior e
obter um diploma europeu reconhecido
em qualquer universidade de qualquer
Estado-membro. Tal pressupõe que as
instituições de ensino superior passem
a funcionar de modo integrado, num
espaço aberto antecipadamente deline-
ado, e regido por mecanismos de forma-
ção e reconhecimento de graus acadé-
micos homogeneizados à partida.
Em última instância, o Processo de Bo-
lonha baseia-se numa harmonização
generalizada das estruturas educativas,
que asseguram as formações superiores
na Europa. Nesse enquadramento, os
sistemas de ensino superior estão do-
tados de uma organização estrutural de
base idêntica, oferecem cursos e espe-
cializações semelhantes e comparáveis
em termos de conteúdos e de duração,
e conferem diplomas de valor reconhe-
cidamente equivalente tanto académica
como profissionalmente.
Que consequências aportou este mo-
mento para o universo académico por-
tuguês? Interessa lembrar que a geração
dominante actualmente de gestores de
empresas foram pessoas “formatadas”
pelo ensino anterior à implementação
do Processo de Bolonha. Com o Pro-
cesso de Bolonha, houve a necessidade
de transformar licenciaturas e de opti-
mizar conteúdos programáticos, pro-
vocando um sentimento céptico inicial
do mundo empresarial. Recusando a
ideia artificial que com o Processo de
Bolonha comprimiram-se cinco anos em
três anos, Justino Lourenço reconhece
contudo que quando se perde em ter-
mos temporais “temos de ter cuidado
no momento de se optimizar processos”,
reconhece, sublinhado imediatamen-
te por Nelson Neves que esclarece que
esse facto, redução da licenciatura de
cinco para três anos, “não significa que
se possa considerar o actual Processo de
Bolonha como algo com qualidade infe-
rior ao passado. Talvez usando um nome
errado, é apenas uma licenciatura dife-
rente que permite ao aluno um envolvi-
mento totalmente distinto, pois é cha-
mado a colaborar de uma forma mais
pró-activa”, assume Justino Lourenço,
atestando contudo que “Não tenho dúvi-
das que apesar da redução temporal dos
cursos, o Processo de Bolonha aporta
novas formas de enriquecimento”.
Mobilidade assume-se como vital
O paradigma da educação, aos mais di-
versos níveis, mudou em Portugal. A
mobilidade assume-se hoje como uma
importante medida ao nível do conheci-
mento dos alunos, sendo portanto impe-
rioso que se promova conceitos diferen-
tes e alternativos, indo ao encontro de
Instituições de Ensino Superior Abertas
ao Mundo. Ao ISPGaya este conceito não
é estranho, apostando fortemente no
mesmo em prol da valorização dos seus
alunos e corpo docente e da imagem da
instituição além-fronteiras.
Assim, decorreu entre 23 de Março e 6
de Abril, na cidade do Porto, no Museu
Nacional Soares dos Reis, uma iniciativa
referente às mobilidades do programa
de Aprendizagem ao Longo da Vida, que
se assume como uma das medidas da
União Europeia e que dinamiza, entre
outros, o Programa Erasmus, do qual o
ISPGaya também faz parte. “Estamos a
coordenar e participar nesse programa
intensivo, relacionado com o ensino in-
tegrado das Artes na Infância, do qual
fazem parte um conjunto vasto de Ins-
tituições de Ensino Superior Europeias
de países como a Bélgica, Holanda, Es-
panha, Inglaterra, Finlândia, Estónia e
Croácia”, assegura Maria Augusta Gomes
Oliveira.
A aposta na mobilidade surgiu há cerca
de dois anos, com a obtenção da carta
Erasmus por parte do ISPGaya, no sen-
tido de promover a internacionalização
do Instituto, através da mobilidade dos
alunos e dos professores, “que o têm fei-
to sobremaneira. Neste momento temos
alunos oriundos da Bélgica, Holanda e
Dinamarca, bem como alunos portugue-
ses em países europeus. É de salientar
que existem alunos que no âmbito dos
estágios destes programas, foram con-
vidados a permanecerem nas empresas
estrangeiras de acolhimento onde ainda
permanecem, fomentando dessa forma
a sua própria internacionalização”, sa-
lienta a nossa entrevistada.
O ISPGaya reconhece que a mobilidade
não é encarada da mesma forma por
todos os alunos, já que havendo no ins-
tituto uma preponderância de alunos
pós-laborais, estes não apresentam a
mesma disponibilidade que os alunos
diurnos. No entanto, o aporte positivo
do intercâmbio internacional de pro-
fessores e alunos constitui-se como
fundamental no reforço da imagem que
possuem da própria instituição. A mobi-
lidade também tem acontecido ao nível
dos docentes, valorizando as institui-
ções que os acolhem pelas práticas ino-
vadoras que levam além fronteiras, bem
como o ISPGaya, pelas sinergias que se
criam no desenvolvimento de projectos
comuns que de momento se encontram
em candidatura à Comissão Europeia.
Por isso mesmo, temos realizado uma
forte aposta neste domínio e pretende-
mos continuar a elevar o desígnio do IS-
PGaya a outros países em prol dos nos-
sos alunos e do nosso corpo docente”,
conclui Maria Augusta Gomes Oliveira.
PV7 // VILA NOVA DE GAIA EM CRESCIMENTO
52 Abril 2011 Pontos de Vista

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ISPGaya orienta formação para promoção do pleno desenvolvimento dos estudantes

  • 1. F undamentado em valores huma- nos, o ISPGaya dá importante re- levo à dimensão pessoal e comu- nitária do indivíduo, formando os seus alunos para a liberdade respon- sável, a abertura ao futuro, a flexibilida- de na mudança, a solidariedade com o mundo em que está inserido, a respon- sabilidade participativa, o respeito pelas ideias e pela consciência dos demais e o compromisso na construção da fraterni- dade humana. Não tenhamos dúvidas, o ISPGaya assume hoje um cartão-de-vi- sita relevante, onde os pilares da Insti- tuição, corpo docente, oferta formativa e fundamentalmente os alunos, retomam, dia após dia, aquilo que deve ser o para- digma da Educação de excelência. Neste âmbito, a Revista Pontos de Vista deslocou-se às instalações do ISPGaya, em Vila Nova de Gaia, tendo conversado com João de Freitas Ferreira, Presiden- te do ISPGaya, Nelson Neves e Justino Lourenço, membros da Direcção da Ins- tituição e Maria Augusta Gomes Oliveira, Secretária Geral do ISPGaya, que numa conversa aprofundada e reflectiva, nos deram a conhecer os principais desafios impostos à Instituição, à sua forma de estar e de actuar em prol de uma educa- ção de excelência, onde os alunos são o ponto central da sua orgânica, lembran- do ainda que a visão de quem rege os destinos do ISPGaya se encontra virada para o futuro, mesmo o que é realizado no presente. Assumindo que além da preocupação em formar indivíduos “para entrarem no mercado de trabalho”, para João de Freitas Ferreira, a visão do ISPGaya passa por uma lógica do que serão as mudanças e alterações futuras, “para assim estarmos preparados para essas transformações”, advoga o nosso entre- vistado. Assim, o que tentamos suscitar nos nossos alunos passa por um espírito de pro-actividade e de empreendedorismo, porque é este o caminho”, afirma convic- to, deixando a última palavra ao corpo docente da instituição. “Os professores devem interiorizar esta meta, porque se a instituição não puder contar com os mesmos, então todos os projectos, ini- ciativas e mais-valias não são colocadas em prática, acabando, invariavelmente, por condenar qualquer instituição de ensino ao fracasso. Felizmente temos conseguido passar esta mensagem e os nossos professores têm sido fundamen- tais na concretização desse objectivo”. Neste sentido o Observatório para a Qualidade do Centro de Investigação e Desenvolvimento do ISPGaya (CID_ISP- Gaya) possui um projecto de análise das trajectórias profissionais dos diploma- dos, estando neste momento em curso o estudo aplicado aos diplomados em Bolonha (4 primeiros anos). Deste estu- do resultará uma publicação, tal como já aconteceu num estudo anterior aplicado aos diplomados pré-bolonha. Corpo docente de qualidade insuspeita, alunos dedicados à essência da filosofia da instituição e condições ímpares para a prática do estudo, são características essenciais do ISPGaya e fundamentais para o sucesso de qualquer estudante e por conseguinte de uma Instituição de Educação. Neste sentido, falta abordar a vertente da oferta formativa, pois sem ela, a escola pode ser mais ou menos atractiva, podendo ainda representar uma ténue linha que separa os resulta- dos razoáveis da excelência e da quali- dade. Assim, segundo João de Freitas Ferreira, “o ISPGaya promove a apren- dizagem ao longo da vida, concretizada através de Cursos de Especialização Tecnológica (CET’s), Licenciaturas, Pós- -Graduações e Mestrados”. Outra forma de promover a qualidade e actualidade da formação do instituto reside na acção do Conselho Consultivo, em fase de ac- tivação e que é formado por personali- dades distintas de diversas áreas, com o objectivo primordial de orientar e pro- mover uma crítica positiva da Institui- ção, apoiando-nos na elaboração de pla- nos de futuro que sejam adequados ao desenvolvimento da instituição”, revela. Aproximação ao universo empresarial “Os nossos alunos são uma garantia de qualidade”, revela, Nelson Neves e lem- bra que, aquando da introdução do Pro- cesso de Bolonha, o ISPGaya intensificou a aproximação ao universo empresarial, incutindo essa necessidade de formação nos alunos, assim como a introdução de O ISPGaya orienta a sua actividade pedagógica para a promoção do pleno desenvolvimento da personalidade da sua comunidade estudantil, promovendo um périplo educativo de referência, de credibilidade e de qualidade que aportam à instituição uma chancela de prestígio e de relevo, indo ao encontro de um dos lemas da instituição: «Futuro com Futuro». “Os nossos alunos são uma garantia de qualidade” ISPGaya -Instituto Superior Politécnico Gaya PV7 // VILA NOVA DE GAIA EM CRESCIMENTO 50 Abril 2011 Pontos de Vista EQUIPA DO ISPGAYA
  • 2. temáticas relacionadas com o exterior. O ISPGaya, como Instituição do Ensino Po- litécnico, promove um nível superior de trabalhos e estudos orientados ao nível prático, embora sem nunca esquecer os fundamentos teóricos. “Temos de valori- zar, ainda mais, a componente prática e foi Bolonha que permitiu a formatação destes novos conceitos, que nós enquan- to ISPGaya já desenvolvíamos, embora não de uma forma parametrizada, mas por princípios inerentes à natureza da Instituição”, esclarece Nelson Neves. Mas como foi realizado este desidera- to? Praticamente todos os cursos do ISPGaya possuem unidades curriculares que promovem e “obrigam” os alunos a desenvolver contactos com empresas e instituições externas ao domínio do IS- PGaya, trazendo-as posteriormente ao quadro de escola, “para serem enqua- drados na respectiva unidade curricular. Essas empresas e instituições aportam ao interior do ISPGaya e dos alunos um ponto de vista diferente das necessida- des, evoluções e tendências do mercado que permite aos nossos alunos estarem atentos e preparados para enfrentar as dificuldades do mesmo”. Além disso, o ISPGaya possui unidades curriculares, como Seminários de Eco- nomia e Gestão, unidades curriculares de Projecto em Contexto Empresarial, Seminários de Empregabilidade, entre outras, focalizados essencialmente na consumação da vertente Politécnica da Instituição nas suas dimensões técnicas, científicas e humanas. O papel das instituições é também fun- damental, tal como demonstra a preocu- pação do ISPGaya que tem vindo a pro- mover actividades autónomas como as 3ªs Jornadas de Informática de Gestão, que decorreram no primeiro semestre deste ano lectivo, e a Semana das En- genharias que está a decorrer actual- mente, também já na sua 3ª Edição. “São outras formas que temos para realizar a ligação com o mundo empresarial”, esclarece Nelson Neves. O contacto dos nossos alunos com a vertente empresa- rial também se promove através do de- senvolvimento da “veia” empreendedo- ra. Neste âmbito, podemos salientar as actividades desenvolvidas com a Inova. Gaia, incubadora de empresas de base tecnológica da Câmara Municipal de Gaia, na qual o ISPGaya é sócio fundador. Equilíbrio salutar do corpo docente O ISPGaya promove a aproximação do Instituto às empresas e fomenta uma formação de cariz mais experimental, política essa que não é de agora no seio da Instituição. “Procuramos equilibrar o corpo docente com professores de per- fil “mais” académico e com professores que estejam integrados no meio empre- sarial”, revela Justino Lourenço, lem- brando que esta forma de actuar agiliza as relações entre o Universo Académico e Mundo Empresarial e pode ser consi- derada pioneira no panorama do ensino superior português, pois apenas recen- temente se procedeu a uma reflexão sobre esta temática com a introdução do Processo de Bolonha e com a criação do título de Especialista instituído pelo novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior – Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro. Actividades de I&D no ISPGaya As actividades de I&D do ISPGaya pas- sam pelo CID_ISPGaya e pela Wideskills. O CID_ISPGaya é uma unidade orgânica que se dedica à investigação fundamen- tal e aplicada nos vários domínios das áreas científicas do Instituto e promove a divulgação dos resultados dessa in- vestigação nas Edições ISPGaya, como livros publicados e artigos científicos na revista científica da Instituição, de- nominada Politécnica. A Wideskills é uma empresa criada em 2010 pela CEP PV7 // VILA NOVA DE GAIA EM CRESCIMENTO
  • 3. – Cooperativa de Ensino Politécnico, crl, entidade instituidora do ISPGaya, e constitui uma interface empresarial das áreas científicas do ISPGaya, promoven- do a inovação projectos e soluções para a comunidade. “Processo de Bolonha aporta novas formas de enriquecimento” Em Portugal desde 2006, o Processo de Bolonha tem vindo a ser defendido por uns e criticado por outros, embora a ideia base é que o mesmo veio para ficar. Interessa lembrar que a ideia base desta iniciativa é que, salvaguardadas as espe- cificidades nacionais, seja possível a um estudante de qualquer estabelecimento de ensino superior, iniciar a sua forma- ção académica, continuar os seus estu- dos, concluir a sua formação superior e obter um diploma europeu reconhecido em qualquer universidade de qualquer Estado-membro. Tal pressupõe que as instituições de ensino superior passem a funcionar de modo integrado, num espaço aberto antecipadamente deline- ado, e regido por mecanismos de forma- ção e reconhecimento de graus acadé- micos homogeneizados à partida. Em última instância, o Processo de Bo- lonha baseia-se numa harmonização generalizada das estruturas educativas, que asseguram as formações superiores na Europa. Nesse enquadramento, os sistemas de ensino superior estão do- tados de uma organização estrutural de base idêntica, oferecem cursos e espe- cializações semelhantes e comparáveis em termos de conteúdos e de duração, e conferem diplomas de valor reconhe- cidamente equivalente tanto académica como profissionalmente. Que consequências aportou este mo- mento para o universo académico por- tuguês? Interessa lembrar que a geração dominante actualmente de gestores de empresas foram pessoas “formatadas” pelo ensino anterior à implementação do Processo de Bolonha. Com o Pro- cesso de Bolonha, houve a necessidade de transformar licenciaturas e de opti- mizar conteúdos programáticos, pro- vocando um sentimento céptico inicial do mundo empresarial. Recusando a ideia artificial que com o Processo de Bolonha comprimiram-se cinco anos em três anos, Justino Lourenço reconhece contudo que quando se perde em ter- mos temporais “temos de ter cuidado no momento de se optimizar processos”, reconhece, sublinhado imediatamen- te por Nelson Neves que esclarece que esse facto, redução da licenciatura de cinco para três anos, “não significa que se possa considerar o actual Processo de Bolonha como algo com qualidade infe- rior ao passado. Talvez usando um nome errado, é apenas uma licenciatura dife- rente que permite ao aluno um envolvi- mento totalmente distinto, pois é cha- mado a colaborar de uma forma mais pró-activa”, assume Justino Lourenço, atestando contudo que “Não tenho dúvi- das que apesar da redução temporal dos cursos, o Processo de Bolonha aporta novas formas de enriquecimento”. Mobilidade assume-se como vital O paradigma da educação, aos mais di- versos níveis, mudou em Portugal. A mobilidade assume-se hoje como uma importante medida ao nível do conheci- mento dos alunos, sendo portanto impe- rioso que se promova conceitos diferen- tes e alternativos, indo ao encontro de Instituições de Ensino Superior Abertas ao Mundo. Ao ISPGaya este conceito não é estranho, apostando fortemente no mesmo em prol da valorização dos seus alunos e corpo docente e da imagem da instituição além-fronteiras. Assim, decorreu entre 23 de Março e 6 de Abril, na cidade do Porto, no Museu Nacional Soares dos Reis, uma iniciativa referente às mobilidades do programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, que se assume como uma das medidas da União Europeia e que dinamiza, entre outros, o Programa Erasmus, do qual o ISPGaya também faz parte. “Estamos a coordenar e participar nesse programa intensivo, relacionado com o ensino in- tegrado das Artes na Infância, do qual fazem parte um conjunto vasto de Ins- tituições de Ensino Superior Europeias de países como a Bélgica, Holanda, Es- panha, Inglaterra, Finlândia, Estónia e Croácia”, assegura Maria Augusta Gomes Oliveira. A aposta na mobilidade surgiu há cerca de dois anos, com a obtenção da carta Erasmus por parte do ISPGaya, no sen- tido de promover a internacionalização do Instituto, através da mobilidade dos alunos e dos professores, “que o têm fei- to sobremaneira. Neste momento temos alunos oriundos da Bélgica, Holanda e Dinamarca, bem como alunos portugue- ses em países europeus. É de salientar que existem alunos que no âmbito dos estágios destes programas, foram con- vidados a permanecerem nas empresas estrangeiras de acolhimento onde ainda permanecem, fomentando dessa forma a sua própria internacionalização”, sa- lienta a nossa entrevistada. O ISPGaya reconhece que a mobilidade não é encarada da mesma forma por todos os alunos, já que havendo no ins- tituto uma preponderância de alunos pós-laborais, estes não apresentam a mesma disponibilidade que os alunos diurnos. No entanto, o aporte positivo do intercâmbio internacional de pro- fessores e alunos constitui-se como fundamental no reforço da imagem que possuem da própria instituição. A mobi- lidade também tem acontecido ao nível dos docentes, valorizando as institui- ções que os acolhem pelas práticas ino- vadoras que levam além fronteiras, bem como o ISPGaya, pelas sinergias que se criam no desenvolvimento de projectos comuns que de momento se encontram em candidatura à Comissão Europeia. Por isso mesmo, temos realizado uma forte aposta neste domínio e pretende- mos continuar a elevar o desígnio do IS- PGaya a outros países em prol dos nos- sos alunos e do nosso corpo docente”, conclui Maria Augusta Gomes Oliveira. PV7 // VILA NOVA DE GAIA EM CRESCIMENTO 52 Abril 2011 Pontos de Vista