2. Globalização e Fragmentação.
Segundo Haesbaert (2001), vivemos uma
época de grandes contradições e
complexidades.
Globalização contemporânea é vista antes de
tudo como um produto da expansão do
capitalismo e da sociedade de consumo.
A globalização se manifesta de formas
diferenciadas ou em “fatias” geográficas dentro
de um mercado mundial, a fragmentação pode
estar intimamente ligada à globalização como
pode contradizê-la e mesma contestá-la.
Podemos definir uma fragmentação “inclusiva”
ou “integradora” e uma fragmentação
“excludente” ou “desintegradora”.
3. a) A proliferação e o fortalecimento dos
blocos de poder ou econômicos:
b) A divisão NORTE X SUL:
c) A D.I.T. – Divisão Internacional do Trabalho:
1 - A fragmentação integradora.
6. d) A fragmentação da produção e
das relações de trabalho:
Subcontratações, terceirização, trabalho tem-
porário, deslocações de empresas (firmas-rede) e
renovação constantes dos produtos.
7. 2 – A fragmentação desintegradora.
Produto da globalização.
Se contrapondo a ela, seja no sentindo de
“correr paralela” a ela, como nos projetos
alternativos a globalização.
Alimentada sobre tudo pela problemática
ambiental ou ecológica.
8. a) As regiões periféricas
“excluídas”.
a.1) África negra ou subsaariana:
- Nessa região, concentram-se alguns dos
principais problemas econômicos e sociais
do planeta.
- Índices alarmantes de desnutrição.
- No ranking do Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH), feito pela ONU, as 27 últimas
colocações, de um total de 173, pertencem a
nações africanas, situadas na maioria ao sul
do Saara.
- Outro flagelo da região são as guerras
civis, que opõem diferentes grupos étnicos,
e os ciclos aparentemente intermináveis de
golpes e contragolpes de Estado.
9. África Negra, palco de guerras civis e
conflitos étno-religiosos.
A maior parte deve-se ao processo de
descolonização do continente, entre as
décadas de 50 e 70.
A África, explorada e dividida entre nações
européias, serviu de apoio ao
desenvolvimento econômico de nações ricas.
Que traçaram novas fronteiras política.
O problema é que não foram respeitadas as
divisões étnicas, religiosas e lingüísticas
que existiam anteriormente, foram mantidas
as fronteiras artificiais dos colonizadores.
10. Desde então, cerca de 20 nações já
entraram em guerra. As disputas envolvem
não apenas divergências filosóficas ou
religiosas, mas também econômicas.
As reservas de minérios, que poderiam
impulsionar o desenvolvimento, também são
objeto de disputas. Resultado: a economia
da região ainda apresenta o mesmo
desempenho da década de 60.
16. b) Regiões periféricas da Ásia
Meridional.
Destaque para a península indostânica e para o
sudeste asiático, regiões da Ásia que sofrem com
profundas desigualdades sociais e econômicas.
Os planos de “ajuda” econômica do FMI e do Banco
Mundial, desde o Plano Colombo (pós-guerra) não
conseguiram amenizar a situação.
Assim como os países da América latina e do leste
europeu endividados, os países da Ásia meridional
passaram por um “plano de Choque” do FMI no início
dos anos 1990, que contribuiu para o “sucateamento”
do Estado, a desestabilização da economia e mazelas
ainda maiores para a sociedade.
Outros fatores estão associados aos conflitos
étnicos-religiosos.
17. O caso da Índia :
Endividamento do Estado.
Somado a isso, foram privatizadas as industriais
indianas, o governo reduziu os gastos públicos
(investimentos em saúde, educação, cultura,
funcionalismo, infra-estrutura, etc.).
A cartilha do FMI para a Índia contava, também, com
a flexibilização das leis trabalhistas (sub-
contratações, mão-de-obra temporária e não
organizada), a exploração das Castas (hierarquia
social da índia) e desvalorização da moeda.
21. c) A Proliferação de redes ilegais
● As redes do narcotráfico:cada vez mais globalizadas e que se
vinculam com rede capitalista “oficial”.
● “Paraísos fiscais” internacionais (Panamá, Bahamas, Mônaco, ilhas
Cayman, Hong Kong, Emirados Árabes, Uruguai, etc.
● As redes do crime organizado:estão em forte expansão nos países
de legislação e fiscalização fracas, com o antigo bloco soviético, onde o
tráfico de armas e de material nuclear é um questão cada vez mais séria,
e que envolvem contrabando, jogo, informações secretas (militares ou de
Know-how) e terrorismo.
● As redes do tráfico humano:estão relacionadas ao comércio de
bebês, à prostituição, ao tráfico de órgãos e especialmente à migração
clandestina, estando ligada com a rede econômica “legal”, como no caso
do chineses levados praticamente como mão-de-obra escrava para
certas fábricas nos Estados Unidos.