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Com base no conto “O Ensino da Sementeira”, do livro Alvorada Cristã, pelo
Espírito Neio Lúcio. (Momentos de paz Maria Dolores).
Nos conta assim o autor:
Certo fazendeiro, muito rico, chamou o filho de quinze anos e disse-lhe:
- Filho meu, todo homem apenas colherá daquilo que plante. Cuida de fazer
bem a todos, para que sejas feliz.
O rapaz ouviu o conselho e, no dia imediato, muito carinhosamente alojou
minúsculo cajueiro em local não distante da estrada que ligava o vilarejo
próximo à propriedade paternal. Decorrido uma semana, tendo recebido das
mãos paternas um presente em dinheiro, foi à vila e protegeu pequena fonte
natural, construindo-lhe conveniente abrigo com a cooperação de alguns
poucos trabalhadores, aos quais recompensou generosamente.
Reparando que vários mendigos por ali passavam, ao relento, acumulou as
dádivas que recebia dos familiares e, quando completou vinte anos, edificou
reconfortante albergue para asilar viajores sem recursos. Logo após, a vida
lhe impôs amargurosas surpresas. Sua mãezinha morreu num desastre e o pai,
em virtude das perseguições de poderosos inimigos na luta comercial,
empobreceu rapidamente, falecendo em seguida. Duas irmãs mais velhas
casaram-se e tomaram diferentes rumos. O rapaz, agora sozinho, embora
jamais esquecesse os conselhos paternos, revoltou-se contra as ideias nobres e
partiu mundo a fora. Trabalhou, ganhou enorme fortuna e gastou-a, gozando
os prazeres inúteis. Nunca mais cogitou de semear o bem. Os anos se
desdobraram uns sobre os outros.
Entregue à idade madura, dera-se ao vício de jogar e beber. Muita vez, o
Espírito de seu pai se aproximava, rogando-lhe cuidado e arrependimento. O
filho registrava-lhe os apelos em forma de pensamentos, mas negava-se a
atender. Queria somente comer à vontade e beber nas casas ruidosas, até à
madrugada. Acontece, porém, que o equilíbrio do corpo tem limites e sua
saúde se alterou de maneira lamentável. Apareceram-lhe feridas por todo o
corpo. Não podia alimentar-se regularmente. Perdeu a fortuna que possuía,
através de viagens e tratamentos caros. Como não fizera afeições, foi relegado
ao abandono. Branquejaram-se-lhe os cabelos. Os amigos das noitadas
alegres fugiram dele; envergonhado, ausentou-se da cidade a que se acolhera
e transformou-se em mendigo.
Peregrinou por muitos lugares e por muitos climas, até que, um dia, sentiu
imensas saudades do antigo lar e voltou ao pequeno burgo que o vira crescer.
Fez longa excursão a pé. Transcorridos muitos dias, chegou, extenuado, ao
sítio de outro tempo. O cajueiro que plantara convertera-se em árvore
dadivosa. Encantado, viu-lhe os frutos tentadores. Aproveitou-os para matar a
própria fome e seguiu para a vila. Tinha sede e buscou a fonte. A corrente
cristalina bem protegida, afagou-lhe a boca ressequida. Ninguém o
reconheceu, tão abatido estava. Em breve, desceu a noite e sentiu frio. Dois
homens caridosos ofereceram-lhe os braços e conduziram-no ao velho asilo
que ele mesmo construíra. Quando entrou no recinto, derramou muitas
lágrimas, porque seu nome estava gravado na parede com palavras de louvor
e bênção.
Deitou-se, constrangido, e dormiu. Em sonho, viu o espírito do pai, junto a
ele, exclamando:
- Aprendeste a lição, meu filho? Sentiste fome e o cajueiro te alimentou;
tiveste sede e a fonte te saciou; necessitavas de asilo e te acolheste ao lar
que edificas-te em favor dos que passam com destino incerto...
Abraçando-o com ternura, acrescentou:
- Por que deixaste de semear o bem?
O interpelado acordou, muito tempo depois, com o rosto lavado em prantos,
e, quando o encarregado do abrigo lhe perguntou o que desejava, informou
simplesmente: - Preciso tão-somente de uma enxada... Preciso recomeçar a
ser útil, de qualquer modo.
REFLEXÃO:
Nessa estória, que nos fala do ensino da sementeira, identificamos alguém
que, aprendendo com o pai, começara a caminhar no sentido do bem.
Semeando, construindo, edificando. Mas, como muitos de nós, se sentiu
abandonado com a perda dos entes queridos, enrijecendo o coração para os
valores do amor. Começou a cuidar de seus próprios interesses, adquirindo
fortuna. Mas vindo a aniquilar a sua própria saúde, e a cair moralmente até à
sarjeta, sentindo-se abandonado por tudo e por todos os amigos interesseiros
de outra época. Na volta à sua terra de origem, entretanto, pode presenciar
que as únicas coisas boas que edificara ainda estavam lá, mantendo a
utilidade desejada, o cajueiro, a fonte e o abrigo.
O espírito de seu pai proporcionou-lhe a reflexão e a interiorização da lição,
materializando a colheita daquilo que plantara. O que ganhara com dinheiro e
prazeres, não mais existia, mas aquilo que fizera de bem, ali continuava
presente. Arrependido, queria uma enxada para continuar a arar, e continuar a
ser útil no mundo em que vivia.
Como espíritos encarnados, dotados de livre-arbítrio, e destinados ao
aprendizado constante, através de provas e expiações, oriundas da aplicação
da lei de causa e efeito. Nossas encarnações sucessivas objetivam exercitar
lições que devemos aprender, e correspondentes aos valores essenciais ao
espírito em evolução, e destinam-se a plantar no homem as sementes da
sabedoria, forjando as virtudes eternas para serem utilizadas na obra da
Criação.
Através de experiências sucessivas do fazer e refazer, do ensaio e do erro, o
homem prepara seu futuro, corrigindo seu caminho a partir da dor que retifica
e repara, e da cura de suas fraquezas através do amor, única terapia eficaz
para elevação espiritual. Nossas lições estão continuamente sendo
apresentadas pelos mestres da espiritualidade, encarregados de nos intuir, nos
ajudar, nos orientar para o caminho da virtude. São lições de paciência, de
tolerância, de perdão, de misericórdia e indulgência, de trabalho no plantio do
bem. Para cada lição existe uma prova destinada para a verificação do
aprendizado.
Assim, a lei de causa e efeito atua tanto em nossa saúde física como no nosso
bem-estar moral. Quando o homem aprender a lidar com a adversidade,
percebendo o teor da prova a que está sujeito, harmonizando seus sentimentos
com a vontade de Deus, suas dores serão apagadas, seus males serão extintos
pela virtude que brota em seu espírito, como viajor a caminho da luz.
Uma das lições básicas para o espírito, é a da semeadura e colheita. Tudo que
se planta, se colhe. É a leia de causa e efeito agindo, conforme a vontade de
Deus.
O plantio não sendo adequado, e não havendo amor no trato e na adubação do
que se planta, pode-se não colher o que se espera, ou mesmo colher o que não
desejamos. A felicidade do homem na Terra depende fundamentalmente da
paz e da harmonia que ele conseguir construir à sua volta.
Tudo que é feito deve ter alguma utilidade. O senso de utilidade é básico para
o crescimento do ser. Tudo que é útil agrega valor, harmoniza, equilibra e
pacifica o ambiente do homem, no processo de autoanálise que podemos e
devemos fazer. Temos que ser capazes de responder algumas questões: De
que maneira tenho aprendido minhas lições de vida? Resignado, paciente,
tolerante, determinado ou revoltado, desiludido, desanimado? Quais as
consequências geradas por minhas ações no mundo? Equilíbrio, gratidão,
reconhecimento ou censura, crítica, recriminação, reclamação ou desamor? O
que tenho conseguido semear no meu caminho de aprendizado? Exemplos de
vida, exemplos de fraternidade, de dedicação e de trabalho ou de preguiça,
indolência, inércia e comodidade?
Plantei meus valores em base sólida ou em coisas supérfluas e perecíveis?
Edifiquei para toda a vida ou apenas para situações passageiras? Como sou
visto pelo mundo? Como alguém útil, necessário, fraterno e caridoso ou ainda
não cheguei a ser percebido naquilo que faço? Muitas outras perguntas
podemos fazer para melhor avaliar o nosso plantio, e pelas respostas
poderemos prever aquilo que haveremos de colher. Ninguém neste mundo
pode esperar além daquilo que tiver semeado.
Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho
Segundo o Espiritismo.

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O ensino da sementeira

  • 1.
  • 2. Com base no conto “O Ensino da Sementeira”, do livro Alvorada Cristã, pelo Espírito Neio Lúcio. (Momentos de paz Maria Dolores). Nos conta assim o autor: Certo fazendeiro, muito rico, chamou o filho de quinze anos e disse-lhe: - Filho meu, todo homem apenas colherá daquilo que plante. Cuida de fazer bem a todos, para que sejas feliz. O rapaz ouviu o conselho e, no dia imediato, muito carinhosamente alojou minúsculo cajueiro em local não distante da estrada que ligava o vilarejo próximo à propriedade paternal. Decorrido uma semana, tendo recebido das mãos paternas um presente em dinheiro, foi à vila e protegeu pequena fonte natural, construindo-lhe conveniente abrigo com a cooperação de alguns poucos trabalhadores, aos quais recompensou generosamente.
  • 3. Reparando que vários mendigos por ali passavam, ao relento, acumulou as dádivas que recebia dos familiares e, quando completou vinte anos, edificou reconfortante albergue para asilar viajores sem recursos. Logo após, a vida lhe impôs amargurosas surpresas. Sua mãezinha morreu num desastre e o pai, em virtude das perseguições de poderosos inimigos na luta comercial, empobreceu rapidamente, falecendo em seguida. Duas irmãs mais velhas casaram-se e tomaram diferentes rumos. O rapaz, agora sozinho, embora jamais esquecesse os conselhos paternos, revoltou-se contra as ideias nobres e partiu mundo a fora. Trabalhou, ganhou enorme fortuna e gastou-a, gozando os prazeres inúteis. Nunca mais cogitou de semear o bem. Os anos se desdobraram uns sobre os outros.
  • 4. Entregue à idade madura, dera-se ao vício de jogar e beber. Muita vez, o Espírito de seu pai se aproximava, rogando-lhe cuidado e arrependimento. O filho registrava-lhe os apelos em forma de pensamentos, mas negava-se a atender. Queria somente comer à vontade e beber nas casas ruidosas, até à madrugada. Acontece, porém, que o equilíbrio do corpo tem limites e sua saúde se alterou de maneira lamentável. Apareceram-lhe feridas por todo o corpo. Não podia alimentar-se regularmente. Perdeu a fortuna que possuía, através de viagens e tratamentos caros. Como não fizera afeições, foi relegado ao abandono. Branquejaram-se-lhe os cabelos. Os amigos das noitadas alegres fugiram dele; envergonhado, ausentou-se da cidade a que se acolhera e transformou-se em mendigo.
  • 5. Peregrinou por muitos lugares e por muitos climas, até que, um dia, sentiu imensas saudades do antigo lar e voltou ao pequeno burgo que o vira crescer. Fez longa excursão a pé. Transcorridos muitos dias, chegou, extenuado, ao sítio de outro tempo. O cajueiro que plantara convertera-se em árvore dadivosa. Encantado, viu-lhe os frutos tentadores. Aproveitou-os para matar a própria fome e seguiu para a vila. Tinha sede e buscou a fonte. A corrente cristalina bem protegida, afagou-lhe a boca ressequida. Ninguém o reconheceu, tão abatido estava. Em breve, desceu a noite e sentiu frio. Dois homens caridosos ofereceram-lhe os braços e conduziram-no ao velho asilo que ele mesmo construíra. Quando entrou no recinto, derramou muitas lágrimas, porque seu nome estava gravado na parede com palavras de louvor e bênção.
  • 6. Deitou-se, constrangido, e dormiu. Em sonho, viu o espírito do pai, junto a ele, exclamando: - Aprendeste a lição, meu filho? Sentiste fome e o cajueiro te alimentou; tiveste sede e a fonte te saciou; necessitavas de asilo e te acolheste ao lar que edificas-te em favor dos que passam com destino incerto... Abraçando-o com ternura, acrescentou: - Por que deixaste de semear o bem? O interpelado acordou, muito tempo depois, com o rosto lavado em prantos, e, quando o encarregado do abrigo lhe perguntou o que desejava, informou simplesmente: - Preciso tão-somente de uma enxada... Preciso recomeçar a ser útil, de qualquer modo.
  • 7. REFLEXÃO: Nessa estória, que nos fala do ensino da sementeira, identificamos alguém que, aprendendo com o pai, começara a caminhar no sentido do bem. Semeando, construindo, edificando. Mas, como muitos de nós, se sentiu abandonado com a perda dos entes queridos, enrijecendo o coração para os valores do amor. Começou a cuidar de seus próprios interesses, adquirindo fortuna. Mas vindo a aniquilar a sua própria saúde, e a cair moralmente até à sarjeta, sentindo-se abandonado por tudo e por todos os amigos interesseiros de outra época. Na volta à sua terra de origem, entretanto, pode presenciar que as únicas coisas boas que edificara ainda estavam lá, mantendo a utilidade desejada, o cajueiro, a fonte e o abrigo.
  • 8. O espírito de seu pai proporcionou-lhe a reflexão e a interiorização da lição, materializando a colheita daquilo que plantara. O que ganhara com dinheiro e prazeres, não mais existia, mas aquilo que fizera de bem, ali continuava presente. Arrependido, queria uma enxada para continuar a arar, e continuar a ser útil no mundo em que vivia. Como espíritos encarnados, dotados de livre-arbítrio, e destinados ao aprendizado constante, através de provas e expiações, oriundas da aplicação da lei de causa e efeito. Nossas encarnações sucessivas objetivam exercitar lições que devemos aprender, e correspondentes aos valores essenciais ao espírito em evolução, e destinam-se a plantar no homem as sementes da sabedoria, forjando as virtudes eternas para serem utilizadas na obra da Criação.
  • 9. Através de experiências sucessivas do fazer e refazer, do ensaio e do erro, o homem prepara seu futuro, corrigindo seu caminho a partir da dor que retifica e repara, e da cura de suas fraquezas através do amor, única terapia eficaz para elevação espiritual. Nossas lições estão continuamente sendo apresentadas pelos mestres da espiritualidade, encarregados de nos intuir, nos ajudar, nos orientar para o caminho da virtude. São lições de paciência, de tolerância, de perdão, de misericórdia e indulgência, de trabalho no plantio do bem. Para cada lição existe uma prova destinada para a verificação do aprendizado.
  • 10. Assim, a lei de causa e efeito atua tanto em nossa saúde física como no nosso bem-estar moral. Quando o homem aprender a lidar com a adversidade, percebendo o teor da prova a que está sujeito, harmonizando seus sentimentos com a vontade de Deus, suas dores serão apagadas, seus males serão extintos pela virtude que brota em seu espírito, como viajor a caminho da luz. Uma das lições básicas para o espírito, é a da semeadura e colheita. Tudo que se planta, se colhe. É a leia de causa e efeito agindo, conforme a vontade de Deus. O plantio não sendo adequado, e não havendo amor no trato e na adubação do que se planta, pode-se não colher o que se espera, ou mesmo colher o que não desejamos. A felicidade do homem na Terra depende fundamentalmente da paz e da harmonia que ele conseguir construir à sua volta.
  • 11. Tudo que é feito deve ter alguma utilidade. O senso de utilidade é básico para o crescimento do ser. Tudo que é útil agrega valor, harmoniza, equilibra e pacifica o ambiente do homem, no processo de autoanálise que podemos e devemos fazer. Temos que ser capazes de responder algumas questões: De que maneira tenho aprendido minhas lições de vida? Resignado, paciente, tolerante, determinado ou revoltado, desiludido, desanimado? Quais as consequências geradas por minhas ações no mundo? Equilíbrio, gratidão, reconhecimento ou censura, crítica, recriminação, reclamação ou desamor? O que tenho conseguido semear no meu caminho de aprendizado? Exemplos de vida, exemplos de fraternidade, de dedicação e de trabalho ou de preguiça, indolência, inércia e comodidade?
  • 12. Plantei meus valores em base sólida ou em coisas supérfluas e perecíveis? Edifiquei para toda a vida ou apenas para situações passageiras? Como sou visto pelo mundo? Como alguém útil, necessário, fraterno e caridoso ou ainda não cheguei a ser percebido naquilo que faço? Muitas outras perguntas podemos fazer para melhor avaliar o nosso plantio, e pelas respostas poderemos prever aquilo que haveremos de colher. Ninguém neste mundo pode esperar além daquilo que tiver semeado. Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.