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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
FACULDADE
DE
CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CONTABILIDADE I
Professor Claudio Armani Nunes
1. Introdução
1.1. Conceitos
A Contabilidade, na sua condição de Ciência Social, cujo objetivo é o
Patrimônio, busca, por meio da quantificação, da classificação, do registro, da eventual
sumarização, da demonstração, da análise e relato das mutações sofridas pelo
Patrimônio de uma entidade particularizada, a geração de informações quantitativas e
qualitativas sobre ela, expressas tanto em termos físicos, quanto monetários.
(Resolução CFC 785, de 28/7/95 - NBCT 1)
Contabilidade é a ciência que estuda e registra os atos e fatos administrativos de
uma entidade.
Contabilidade é um Sistema de Informação e Avaliação, cujo objetivo maior é
fornecer informações úteis aos seus usuários internos e externos à empresa, de forma
a apoia-los na tomada de decisões de natureza econômica e financeira ou na
formação de suas avaliações.
1.2. A Evolução da Contabilidade
Costuma-se dizer que a Contabilidade é tão antiga quanto à origem do homem.
Na Bíblia, em seu primeiro Livro, Gênesis, dentre outras passagens que sugerem uma
Contabilidade, observamos uma “competição” no crescimento da riqueza (rebanho de
ovelhas) entre Jacó e seu sogro Labão (± 4.000 a.C.). Se a riqueza de Jacó crescia
mais do que a de Labão, para se conhecer este fato era necessário um controle
quantitativo, por mais rudimentar que fosse.
Também são conhecidos cuneiformes em cerâmicas (±3.000a.C) que relatavam
as transações entre egípcios e babilônicos, destacando-se pagamentos de salários e
impostos.
A Contabilidade, entretanto, vai atingir a sua maturidade entre os Séculos XIII e
XVI D.C. (comércio com as Índias, burguesia, renascimento, mercantilismo, etc.),
consolidando-se pelo trabalho elaborado pelo frade franciscano Frei Luca Pacioli que
publicou na Itália, em 1494, um tratado sobre Contabilidade que ainda hoje é de
grande utilidade no meio contábil. Assim nasceu a Escola Italiana de Contabilidade,
que dominou o cenário mundial até o final do século XIX.
O desenvolvimento da Contabilidade foi notório nos Estados Unidos durante o
século XX, principalmente após a Grande Depressão de 1929, acentuando-se a
2
realização de pesquisas nesta área para melhor informar o usuário da Contabilidade. A
ascensão cultural e econômica dos EUA, o crescimento do Mercado de Capitais e,
consequentemente da Auditoria, a preocupação em tornar a Contabilidade algo útil
para a tomada de decisões, a atuação acentuada do Instituto dos Contadores Públicos
Americanos e a clareza didática da exposição dos autores em Contabilidade foram,
dentre outros, fatores que contribuíram para a formação da Escola Contábil
Americana, que domina o nosso cenário contábil atual.
1.3. A Contabilidade no Brasil
Com a criação, em 1902, da “Escola de Comércio Álvares Penteado”, em São
Paulo, foi adotada a escola européia de contabilidade, basicamente a italiana e a
alemã. Com a inauguração, em 1946, da Faculdade de Economia e Administração –
FEA/USP e com o advento das multinacionais anglo-americanas (e,
consequentemente da Auditoria originária de suas sedes), a escola contábil americana
começou a difundir-se no Brasil.
A difusão da escola contábil americana tornou-se evidente com o advento da Lei
6.404/76, Lei das Sociedades por Ações (a posteriores alterações), “que passa a
adotar uma filosofia nitidamente norte-americana".
O seu atual estágio de desenvolvimento no Brasil é paradoxal: a qualidade de
normas contábeis à disposição ou editadas por órgãos governamentais ou classistas é
claramente superior à qualidade média dos profissionais que implementam estas
normas, devido principalmente, à preocupação quase exclusiva com a legislação
fiscal, com mais de 3.000 normas a serem aplicadas às entidades.
1.4. Campo de atuação da Contabilidade
A contabilidade como metodologia especialmente concebida para captar,
registrar, acumular, resumir e interpretar fenômenos que afetam as situações
patrimoniais, financeiras e econômicas, é aplicável à qualquer entidade, seja esta
pessoa física, jurídica de direito público ou privado, com ou sem fins lucrativos.
1.5 Pessoas físicas e jurídicas que necessitam da informação contábil
Investidores, sócios ou acionistas - é através dos relatórios contábeis que podemos
identificar a situação econômico-financeira da empresa. Desta forma, o investidor
(público externo) ou sócio (público interno), obtém os elementos necessários para
decidir as melhores alternativas de investimentos.
Fornecedores de bens e serviços - usam relatórios para verificar a capacidade de
pagamento da empresa compradora (sua cliente).
3
Bancos - utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limites de crédito,
descontos de duplicatas, etc.
Governo - usa os relatórios com a finalidade de apurar e arrecadar impostos, como
também para dados estatísticos (FGV, IBGE, IPEA, RAIS, etc).
Sindicatos – utilizam-na na determinação da produtividade do setor, para reajustes
de salários e concessão de benefícios nos dissídios coletivos (sindicalismo alemão).
Outros interessados - empregados, órgãos de classe e diversas instituições como
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Bolsas de Valores, etc.
1.6 Contador
É o profissional que exerce as funções contábeis, com formação superior em
Contabilidade (Bacharel em Ciências Contábeis). No Brasil, os cursos de bacharel tem
4 (quatro) de duração, sendo imprescindível o registro no CRC – Conselho Regional
de Contabilidade.
1.7 Tipos de Contabilidade
1.7.1 Contabilidade Financeira: É a contabilidade necessária para todas as
entidades. Fornece informações básicas aos seus usuários e é obrigatória para fins
fiscais, recebendo denominações diversas tais como: Contabilidade Agrícola (aplicada
às empresas agrícolas); Contabilidade Bancária (aplicada aos bancos); Contabilidade
Hospitalar (aplicada aos hospitais) e mais: Contabilidade Imobiliária, Contabilidade
Pública, Contabilidade de Seguros, etc.
1.7.2. Contabilidade de Custos: também denominada Contabilidade Gerencial ou
Industrial, é utilizada para o cálculo e interpretação dos custos dos bens fabricados ou
comercializados, ou dos serviços prestados pelas empresas.
1.7.3. Contabilidade Gerencial: voltada para fins de controles internos da empresa,
procura suprir os gerentes com um elenco maior de informações, exclusivamente para
a tomada de decisões. Diferencia-se das Contabilidades já abordadas, porque não se
prende aos princípios tradicionais aceitos e/ou obrigatórios.
1.8. Auditoria: é o exame e a verificação da exatidão dos procedimentos e normas
contábeis, sendo uma função privativa do Contador.
Auditor independente é o profissional vinculado a uma empresa especializada em
Auditoria (KPMG, Delloite, etc). Já o auditor interno, é aquele que é empregado da
empresa na qual executa os serviços de Auditoria, sendo que somente grandes
4
empresas possuem quadros de auditores.
2. Princípios Fundamentais da Contabilidade
(Resolução CFC 750, de 29/12/93)
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das
doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, conforme o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de nosso País, não sendo iguais
em todos os países.
São Princípios Fundamentais de Contabilidade: o da Entidade, o da
Continuidade, o da Oportunidade, o do Registro pelo Valor Original, o da Atualização
Monetária, o da Competência e o da Prudência.
2.1. Princípio da Entidade
O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade
e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio
particular no universo dos diversos patrimônios existentes, independentemente de
pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta
acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários,
no caso de sociedade ou instituição.
O patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma
ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas
numa unidade de natureza econômico-contábil.
2.2. Princípio da Continuidade
A continuidade ou não da Entidade, bem como sua vida definida ou provável,
devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações
patrimoniais, quantitativas e qualitativas.
A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o
valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade
tem prazo determinado, previsto ou previsível.
A observância do Princípio da Continuidade é indispensável à correta aplicação
do Princípio da Competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação
dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado
importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.
5
2.3. Princípio da Oportunidade
O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este
seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que
as originaram.
Como resultado da observância do Princípio da Oportunidade:
1. desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve
ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua
ocorrência;
2. o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando
os aspectos físicos e monetários;
3. o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no
patrimônio da entidade, num período de tempo determinado, base necessária
para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.
2.4. Princípio do Registro pelo Valor Original
Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais
das transações, expressos na moeda do País e serão mantidos na avaliação das
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou
decomposições no interior da entidade.
Do Princípio do Registro pelo Valor Original resulta:
1. a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores
de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes
externos ou da imposição destes;
2. uma vez integrados no patrimônio, os bens, direitos ou obrigações não poderão
ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão somente, sua
decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros
elementos patrimoniais;
3. o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte
do patrimônio, inclusive quando da saída deste;
4. os Princípios da Atualização Monetária e do Registro pelo Valor Original são
compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e
mantém atualizado o valor de entrada;
5. o uso da moeda corrente do País na tradução do valor dos componentes
patrimoniais, constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
6
2.5. Principio da Atualização Monetária
Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser
reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos
valores dos componentes patrimoniais.
São resultantes da adoção do Princípio da Atualização Monetária:
1. A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa
unidade constante em termos de poder aquisitivo;
2. Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de
que permaneçam corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por
conseqüência, o do patrimônio líquido;
3. A atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente, o
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de
indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da
moeda nacional em um dado período.
2.6. Princípio da Competência
As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período
em que ocorrerem, sempre simultaneamente, quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
Ele determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento
ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das
mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da Oportunidade.
O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é
conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.
As receitas são consideradas como realizadas:
1. nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou
assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade
de bens anteriormente pertencentes à entidade, quer pela fruição dos serviços
prestados por esta;
2. quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo,
sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
3. pela geração natural de novos ativos, independente da intervenção de terceiros;
4. no recebimento efetivo de doações e subvenções.
Consideram-se incorridas as despesas:
1. Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência
7
de sua propriedade para terceiro;
2. Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
3. Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
2.7. Princípio da Prudência
Este Princípio determina a adoção do menor valor para os itens do ativo e do maior
para os do passivo, sempre que houverem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Ele impõe a escolha da hipótese de que resulte o menor patrimônio líquido, quando
se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios e se
aplica também às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à
correta aplicação do Princípio da Competência.
A sua aplicação ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às
variações patrimoniais, são feitas estimativas com incertezas de grau variável.
3. Patrimônio
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma ou mais
pessoas, utilizando na atividade econômica ou social, com finalidade lucrativa ou não.
3.1. Bens = propriedade e posse
Bens - Bem é toda coisa suscetível de avaliação em dinheiro e que tem a qualidade
de satisfazer a uma necessidade humana. Como parte integrante do patrimônio de
empresa ou entidade, os bens podem ser de duas espécies:
Bens tangíveis - tem como característica básica a sua própria existência como coisa,
independentemente do meio em que se situam.
Exemplo: um computador tem existência própria. Ele pode ser visualizado e percebido
pelo tato e, mesmo que seja transferido para a empresa B, ele continuará existindo.
Assim, os imóveis, equipamentos, ferramentas, veículos, móveis, matérias-primas,
materiais de consumo, mercadorias, produtos fabricados, etc., são bens tangíveis.
Bens intangíveis - A principal característica de um bem intangível é a sua inexistência
como coisa, mas assumindo um valor no contexto do patrimônio quando vinculado a
um bem tangível ou a uma determinada situação da empresa ou entidade.
São bens intangíveis (chamados de pré-operacionais) os gastos com a
elaboração do projeto técnico-econômico e da estrutura jurídica, organizacional e
operacional adequada aos objetivos e metas estabelecidas. Na constituição da
empresa também serão incorridas despesas com registro de comércio, repartições
públicas federais, estaduais e municipais, cartórios, etc. Tais despesas são essenciais
8
ao início de operação do negócio e não devem ser deduzidas das receitas, pelo fato
de que a empresa não entrou em operação.
Há outros bens intangíveis que assumem característica específica, tais como as
patentes de invenção e as marcas de indústria e comércio.
Quanto valem as marcas Coca-Cola; Itaipava; Microsoft?
E uma patente do Viagra ou de embalagem Tetra Pak?
Embora não tenham vida física, que é a característica dos bens tangíveis, as
marcas, patentes de invenção, fundo de comércio, podem assumir valor substancial na
formação do patrimônio da empresa.
3.2. Direitos = Propriedade sem posse
Direitos – são os créditos a receber de terceiros e, normalmente, são originários da
venda de mercadorias, produtos ou na prestação de serviços com recebimento a
prazo, que geram um título de crédito denominado “duplicata”.
Há outros direitos creditórios ou negociáveis como: Notas Promissórias, Ações,
Obrigações do Tesouro Nacional, Certificados de Depósito Bancário, etc.
3.3. Obrigações = Posse sem propriedade
Obrigações - São as dívidas de qualquer natureza ou espécie, assumidas perante
terceiros, assumindo a forma de títulos de crédito, tais como: duplicatas de
fornecedores, promissórias emitidas em favor de credores, etc., ou de compromissos
contratuais para o ciclo operacional da empresa, tais como: luz, telefone, água e
esgoto, aluguel, etc.
Se o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações;
► Patrimônio Bruto = Bens + Direitos
► Patrimônio Líquido = Bens + Direitos - Obrigações
► Passivo a Descoberto = Bens + Direitos < Obrigações
Exemplo:
1 - A família Antunes reside em casa própria, no valor de $ 100.000;
2 - Deve $ 30.000 pelo financiamento do imóvel;
3 - A casa está mobiliada e com aparelhos domésticos no valor de $ 40.000;
4 - As dívidas, relativas à aquisição desses bens duráveis, são de $ 5.000;
5 - A caderneta de poupança da família tem um saldo de $ 10.000;
6 - A família possui um veículo adquirido à vista por $ 15.000;
7- O saldo das contas bancárias é de $ 5.000;
8 - Como autônomo, o chefe da família receberá no mês seguinte o valor de $ 20.000,
mediante Nota Promissória.
Em relação ao Patrimônio da Família Antunes, pede-se:
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A - O valor dos Bens;
B - O valor dos Direitos;
C - O valor das Obrigações;
D - O Patrimônio Líquido.
4. Equação fundamental do patrimônio
Patrimônio Líquido = Ativo - Passivo Exigível
Configurações do Patrimônio Líquido / Passivo a Descoberto
Ativo - Passivo Exigível Patrimônio Líquido
3.000 - 1.000 2.000
Ativo - Passivo Exigível Patrimônio Líquido
1.000 - 1.000 0
Ativo - Passivo Exigível Patrimônio Líquido
5.000 0 5.000
Ativo - Passivo Exigível Passivo a Descoberto
100 milhões - 7,2 bilhões - 7,1 bilhões
Esta é a situação da VARIG
5. Documentos
Conceito: são comprovantes hábeis utilizados para que sejam registrados
contabilmente os fatos administrativos.
5.1. Documentos internos
Compreendem um conjunto de formulários padronizados, dotados de
características adequadas ao tipo de atividade exercida pela empresa e destinados ao
registro antecedente de fatos administrativos ocorridos no período, servindo de base
para os registros nos livros contábeis.
Exemplos:
a) Movimento de caixa - para registro de pagamento de pequenas despesas ou
recebimento de receitas eventuais.
b) Relatório de viagem - com descrição de adiantamentos e despesas incorridas,
anexando-se os comprovantes emitidos pelo hotel, passagem aérea, notas fiscais de
refeições, etc.
c) Outros como: folha de pagamento; notas de entrada de matérias-primas ou
mercadorias; demonstrativos de apropriação de custos; adiantamento de viagens;
adiantamento de salários, etc.
5.2. Documentos externos
Correspondem a formulários padronizados, previstos na legislação mercantil,
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fiscal, trabalhista e previdenciária. Esses documentos caracterizam transações ou
operações envolvendo terceiros.
Exemplos:
Cheque; nota fiscal; duplicata; recibo; contrato de serviços; contrato de fornecimento
de materiais; apólice de seguros; nota promissória; letra de câmbio; ações; escritura
de compra e venda de imóvel; contrato de leasing de equipamento; Certificado de
Depósito Bancário; borderô de duplicatas em cobrança ou desconto bancário; aviso de
cobrança bancária; recibo de depósito bancário; extrato de conta bancária; contrato de
locação de prédio ou terreno; conhecimento de frete; guia de recolhimento de
impostos, taxas ou contribuições previdenciárias, etc
5. Atos E Fatos Administrativos
5.1. Atos Administrativos
Atos Administrativos são aqueles que ocorrem na empresa e que não provocam
alterações no Patrimônio. Por exemplo: assinatura de contrato de empregado,
assinatura de contratos de compra e venda, de seguros, fianças, avais de títulos,
emissão de circular sobre redução de horas extras, etc.
Por não provocarem modificações no Patrimônio, eles não precisam ser
contabilizados. Entretanto, alguns deles considerados relevantes e cujos efeitos
possam se traduzir em modificações futuras no Patrimônio da entidade, poderão ser
contabilizados através das Contas de Compensação.
Exemplos:
• remessas de bens a terceiros para industrialização, conserto ou empréstimo;
• recebimento de bens de terceiros para industrialização, conserto ou empréstimo;
• fianças a favor de terceiros;
• avais a favor de terceiros;
• remessa de títulos para cobrança bancária;
• remessa de títulos ao banco para caução;
• entrega de bens como garantia - hipotecas (imóveis), penhor (bens móveis);
• recebimento de bens de terceiros em garantia de dívidas — hipoteca ou penhor;
Ativo Compensado: duplicatas em cobrança; mostruários; consertos; comodatos;
arrendamento mercantil; beneficiamentos; seguros contratados; etc.
Passivo Compensado: cobrança de duplicatas, remessa para mostruários, remessa
para consertos, comodato de bens, arrendamento mercantil, contrato de
beneficiamentos, contrato de seguros; etc.
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5.2. Fatos Administrativos
Fatos Administrativos são aqueles que provocam modificações no patrimônio,
sendo, portanto, objeto de contabilizarão através das contas patrimoniais ou das
contas de resultado, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido.
Podem ser classificados em três grupos:
− permutativos ou compensativos - representam permutas (trocas) entre elementos
ativos, passivos ou entre ambos simultaneamente, sem provocar variações no
Patrimônio Líquido;
− modificativos - provocam variações (modificações) no Patrimônio Líquido;
− mistos - envolvem, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo.
5.3. Fatos Administrativos possíveis
• Fatos Permutativos entre elementos Ativos — envolvem somente contas do ativo.
Os mais comuns são os que representam as compras à vista e as transferências de
contas do Ativo Realizável a Longo Prazo para o Ativo Circulante.
• Fatos Permutativos entre elementos Passivos — envolvem somente contas do
Passivo. Os mais comuns são os que representam as transferências de contas do
Passivo Exigível a Longo Prazo para o Passivo Circulante ou vice-versa.
• Fatos Permutativos entre elementos Ativos e Passivos, envolvem contas do
Ativo e do Passivo ao mesmo tempo, sem interferir no Patrimônio Líquido. Os mais
comuns são os que representam as compras a prazo e pagamento de obrigações.
• Fatos Modificativos aumentativos - envolvem uma conta patrimonial e uma ou
mais contas de receita. Os mais comuns são os que representam recebimentos de
receitas no momento da ocorrência do fato gerador (venda à vista).
• Fatos Modificativos diminutivos — envolvem uma conta patrimonial e uma ou
mais contas de despesa. Os mais comuns são os que representam pagamentos de
despesas na data da ocorrência do seu fato gerador (pagamento de despesa).
• Fatos Mistos aumentativos — envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma
ou mais contas de receita. Os mais comuns são os que representam vendas de bens
com lucro, recebimento de duplicatas com juros e pagamento de obrigações com
desconto.
• Fatos Mistos diminutivos — envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou
mais contas de despesas. Os mais comuns são os que representam vendas de bens
com prejuízo, recebimentos de duplicatas com descontos, pagamentos de
obrigações com juros.
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6. Conta e Plano de Contas
6.1. Conta
É a representação gráfica da relação débito-crédito de um fato administrativo,
podendo ser numérica, alfabética ou alfanumérica. Esta relação chamada de
lançamento contábil, deve ser complementado pelo histórico do fato administrativo, em
linguagem concisa e clara, e o valor monetário do lançamento.
A conta terá um título previsto no Plano de Contas da empresa e deve indicar, de
forma precisa, a natureza dos elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações e
patrimônio líquido) ou do resultado (receitas e despesas).
Exemplo: Compra à vista de um veículo rever marca Ford, modelo Fiesta, ano 2005,
conforme nota fiscal n° 325, de 15/12/2006, da Tec Auto S/A, no valor de R$ 20.000,00
Veículos Caixa/Bancos
20.000 20.000
Pagamento da NF n° 325, de 15/12/2006, da Tec Auto S/A, pela compra de automóvel
marca Ford, modelo Fiesta, ano 2005, cor vermelha, placa LOK 0888, no valor de
R$ 20.000,00.
6.2. Plano de Contas
É o agrupamento ordenado de todas as contas que são utilizadas pela
Contabilidade numa empresa. 0 elenco de contas considerado é indispensável para o
registro de todos os fatos contábeis. Cada empresa, de acordo com sua atividade e
tamanho (micro, pequena, média ou grande), deve ter seu próprio plano de contas. Ao
ser elaborado deve-se levar em consideração determinados aspectos:
a) Não incluir, por exemplo, no plano de contas de uma empresa prestadora de
serviços a conta Estoques de Mercadorias, pois, não realiza operações com
mercadorias.
b) Um plano de contas deve conter as contas que são movimentadas pela
Contabilidade em decorrência das operações da empresa, ou, ainda, contas que,
embora não movimentadas no presente, poderão ser utilizadas no futuro.
c) Quando se planeja o agrupamento de contas de uma indústria de eletrodomésticos,
no que tange a impostos, incluirá as contas ICMS a Pagar (haverá circulação de
mercadorias), IPI a Pagar (haverá industrialização de bens) e, se houver
perspectivas no futuro de prestar serviços de assistência técnica, incluirá ainda,
ISS a Pagar.
d) Um plano de contas com um único título para cada conta, evita que do setor
contábil registrem um mesmo fato ou uma mesma operação com nomenclaturas
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diferentes. Desta forma, com a padronização dos registros contábeis, não ocorrerá
perigo de falta de uniformidade das nomenclaturas.
e) O elenco de contas e o grau de pormenores, dependem do volume e da natureza
dos negócios da empresa.
f) Na estruturação do plano de contas devem ser considerados os interesses dos
usuários (gerentes, sócios, governo, bancos, etc).
g) Para uma grande indústria é necessário destacar, para a tomada de decisões, as
contas de gastos com a fábrica (custos), com as vendas (despesas comerciais),
com a administração (despesas administrativas), despesas financeiras, etc.
h) Para um pequeno comércio, o plano de contas deve ser resumido, pois, não há
necessidade de tantos detalhes.
PLANO DE CONTAS
1.0.00.00.00 ATIVO
1.1.0.0.0 - CIRCULANTE
1.1.01.00.00 - DISPONÍVEL
1.1.01.01.00 - Caixa
1.1.01.02.00 - Bancos Conta Movimento
1.1.01.03.00 - Aplicações Financeiras (liquidez imediata)
1.1.2.0.0 - CONTAS A RECEBER
1.1.02.01.00 - Clientes
1.1.2.1.1 - (-)Duplicatas Descontadas
1.2.02.02.00 - Adiantamento a Fornecedores
1.1.02.03.00 - Adiantamento de Salários
1.1.02.04.00 - Aplicações Financeiras (até 360 dias)
1.1.03.00.00 - ESTOQUES
1.1-03.01.00 - Produtos Acabados
1.1.03.02.00 - Produtos em Processo
1.1.03-03.00 - Matérias Primas
1.1.03.04.00 - Material de Escritório
1.1.03.05.00 - Material de Manutenção
1.1.04.00.00 - IMPOSTOS A RECUPERAR
1.1.04.01.00 - ICMS a Recuperar
1.1.04.02.00 - IRRF a recuperar
1.1.05.00.00 - DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE
1.1.05.01.00 - Seguros Antecipados
1.1.05.02.00 - IPTU Antecipado
1.2.00.00.00 - ATIVO NÃO CIRCULANTE (+360 DIAS)
1.2.01.00.00 - ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.2.01.01.00 - Clientes
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1.2.01.02.00 - Empréstimos Compulsórios
1.2.01.03.00 - Empréstimos a Coligadas ou Controladas
1.2.02.00.00 - INVESTIMENTOS
1.2.02.01.00 - Aplicações em Incentivos Fiscais
1.2.02.01.01 - FINOR
1.2.02.01.02 - FINAM
1.2.02.03.00 - Participação em Coligadas Ou Controladas
1.2.03.00.00 IMOBILIZADO
1.2.03.01.00 - Terrenos
1.2.03.02.00 - Prédios
1.2.03.02.01 - Prédios – custo de aquisição
1.2.03.02.02 - (-) Depreciação Acumulada Prédios
1.2.03.03.00 - Veículos
1.2.03.03.01 - Veículos – custo de aquisição
1.2.03.03.02 - (-) Depreciação Acumulada Veículos
1.2.03.04.00 - Mina de Bauxita
1.2.03.04.01 - Mina de Bauxita – custo de aquisição
1.2.03.04.02 - (-) Exaustão Acumulada Mina de Bauxita
1.2.04.00.00 - INTANGÍVEL
1.2.04.01.00 - BENS INTANGÍVEIS
1.2.04.01.01 - Fundos de Comércio
1.2.04.01.02 - Patentes
2.0.00.00.00 - PASSIVO
2.0.00.00.00 - CIRCULANTE
2.1.01.00.00 - FORNECEDORES
2.1.01.01.00 - A. A. Madeiras Ltda
2.1.01.02.00 - Petrobrás S/A
2.1.02.00.00 - FINANCIAMENTOS A PAGAR (ATÉ 360 DIAS)
2.1.02.00.00 - Banco do Brasil
2.1.03.00.00 - Salários a Pagar
2.1.04.00.00 - IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A PAGAR
2.1.04.01.00 - INSS a Pagar
2.1.04.02.00 - FGTS a Pagar
2.1.04.03.00 - PIS a Pagar
2.1.04.04.00 - ICMS a Pagar
2.1.04.05.00 - IRRF a Recolher
2.1.05.00.00 - DIVIDENDOS A PAGAR
2.1.06.00.00 - CONTAS A PAGAR
2.1.06.01.00 - Energia Elétrica a Pagar
2.1.06.02.00 - Telefone a Pagar
2.1.06.03.00 - Alugueis a Pagar
2.2.00.00.00 - PASSIVO NÃO CIRCULANTE (+360 DIAS)
2.2.01.00.00 – FINANCIAMENTOS A PAGAR
2.2.02.00.00 – IMPOSTOS A PAGAR
2.3.00.00.00 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.3.01.00.00 - CAPITAL SOCIAL
2.3.01.01.00 - Capital Subscrito
2.3.01.02.00 - (-) Capital a Integralizar
15
2.3.02.00.00 - RESERVAS DE CAPITAL
2.3.02.01.00 - Reserva de Incentivos Fiscais
2.3.03.00.00 - AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
2.3.04.00.00 - RESERVAS DE LUCROS
2.3.04.01.00 - Reserva Legal
2.3.04.02.00 - Reserva para Contingências
2.3.05.00.00 - AÇÕES EM TESOURARIA
2.3.06.00.00 - LUCROS OU PREJUÍZOS
2.3.07.01.00 - Lucros/ Prejuízos do exercício
2.3.07.02.00 - Lucros/Prejuízos Acumulados
3.0.00.00.00 - RECEITAS
3.1.00.00.00 - RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS
3.1.01.00.00 - Receita de Vendas
3.1.02.00.00 - Receita de Serviços Vendidos
3.2.01.00.00 - DEDUÇÃO DE VENDAS E SERVIÇOS
3.2.01.01.00 - Devolução de Vendas
3.2.01.02.00 - Vendas Canceladas
3.2.01.03.00 - Despesa de ICMS
3.2.01.04.00 - Despesa de ISS
3.2.01.05.00 - Despesa de PIS
3.2.01.06.00 - Despesa de COFINS
4.0.00.00.00 - CUSTOS
4.1.01.00.00 - Custo das Mercadorias Vendidas
4.2.01.00.00 - Custo dos Serviços Vendidos
4.3.01.00.00 - Custo dos Produtos Vendid0s
5.0.00.00.00 - DESPESAS OPERACIONAIS
5.1.00.00.00 - DESPESAS COMERCIAIS
5.1.01.00.00 - DESPESAS COM PESSOAL
5.1.01.01.00 - Salários
5.1.01.02.00 - Horas Extras
5.1.01.03.00 - INSS
5.1.01.04.00 - FGTS
5.1.01.05.00 - Vale Transporte
5.1.01.06.00 - Vale Alimentação
5.1.02.00.00 - DESPESAS DE DEVEDORES DUVIDOSOS
5.1.03.00.00 - DESPESAS TRIBUTÁRIAS
5.1.03.01.00 - Tributos Federais
5.1.03.02.00 - Tributos Estaduais
5.1.03.03.00 - Tributos Municipais
5.1.04.00.00 - DESPESAS GERAIS
5.1.04.01.00 - Comissões
5.1.04.02.00 - Frete nas Vendas
5.1.04.03.00 - Telefone
5.1.04.04.00 - Energia Elétrica
5.1.04.05.00 - Depreciação
5.1.04.06.00 - Propaganda e Publicidade
5.1.04.07.00 - Viagem e Alimentação
5.2.00.00.00 DESPESAS ADMINISTRATIVAS
5.2.01.00.00 - Despesas com Pessoal
16
5.2.01.01.00 - Salários
5.2.01.02.00 - Horas Extras
5.2.01.03.00 - INSS
5.2.01.04.00 - FGTS
5.2.01.05.00 - Vale Transporte
5.2.01.06.00 - Vale Alimentação
5.2.02.00.00 - DESPESAS TRIBUTÁRIAS
5.2.02.01.00 - Tributos Federais
5.2.02.02.00 - Tributos Estaduais
5.2.02.03.00 - Tributos Municipais
5.2.03.00.00 - DESPESAS GERAIS
5.2.03.01.00 - Aluguel
5.2.03.02.00 - Seguros
5.2.03.03.00 - Telefone
5.2.03.04.00 - Energia Elétrica
5.2.03.05.00 - Depreciação
5.2.03.06.00 - Água e Esgoto
5.2.03.07.00 - Conservação e Reparos
5.2.03.08.00 - Postais
5.2.03.09.00 - Material de Escritório
5.3.00.00.00 - RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO
5.3.01.00.00 - DESPESAS FINANCEIRAS
5.3.01.01.00 - Despesas de Juros
5.3.01.02.00 - Despesas Bancárias
5.3.01.03.00 - Descontos Concedidos
5.3.01.04.00 - Variação Monetária Passiva
5.3.02.00.00 - RECEITAS FINANCEIRAS
5.1.02.01.00 - Receita de Juros
5.1.02.02.00 - Descontos Obtidos
5.1.02.03.00 - Variação Monetária Ativa
5.4.00.00.00 - OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS
5.4.01.00.00 - Receita de Aluguel
5.4.02.00.00 - Resultado da Equivalência Patrimonial
5.4.03.00.00 - Recuperação de Devedores Duvidosos
5.5.00.00.00 - DESPESAS E RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
5.5.01.00.00 - DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
5.5.01.01.00 Perdas de Capital
5.5.01.01.01 Prejuízo na Alienação de Investimentos
5.5.01.01.02 Prejuízo na Alienação de Investimentos
5.5.02.00.00 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
5.5.02.01.00 - Ganhos de Capital
5.5.02.01.01 - Lucro na Alienação de Investimentos
5.5.02.01.02 - Lucro na Alienação de Investimentos
6. Método das Partidas Dobradas
O Método das Partidas Dobradas, consagrado universalmente, consiste do
princípio que: para todo DÉBITO em uma conta, há, simultaneamente, CRÉDITO
em outra. Em nenhuma hipótese, pode ser lançado valor a débito de uma conta sem
que se verifique crédito do mesmo valor em outra.
17
Trata-se do princípio da igualdade das contas do ativo em relação às do passivo
e do patrimônio líquido. A soma dos valores debitados será igual à soma dos valores
creditados ou a soma dos saldos devedores será igual à soma dos saldos credores.
O princípio ou axioma contábil pode ser enunciado de varias maneiras:
"Não há débito sem que haja o respectivo crédito."
"Quando se debita uma conta, credita-se o mesmo valor em outra conta."
"Não há registro no débito de uma ou mais contas, sem que haja registro
simultâneo, de igual valor, a crédito de uma ou mais contas."
Esse princípio enuncia, portanto, a igualdade de débito e crédito. Entende-se que
há equilíbrio das contas pelo fato de haver igualdade entre a soma dos débitos e
créditos, ou dos saldos devedores e credores.
Em qualquer momento que se levante um Balanço Patrimonial, tendo a empresa
obtido lucro ou prejuízo, o total do ativo sempre será igual ao somatório do passivo
exigível mais patrimônio líquido.
RESUMO DO MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO
CONTAS
EFETUAR UM LANÇAMENTO A:
DÉBITO CRÉDITO
DE ATIVO PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR
DE PASSIVO PARA DIMINUIR PARA AUMENTAR
DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA DIMINUIR PARA AUMENTAR
DESPESA PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR
RECEITA PARA DIMINUIR PARA AUMENTAR
OU
CONTAS PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR
DE ATIVO DEBITAR CREDITAR
DE PASSIVO CREDITAR DEBITAR
DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO CREDITAR DEBITAR
DESPESA DEBITAR CREDITAR
RECEITA CREDITAR DEBITAR
NÃO ESQUECER
lado esquerdo lado direito
DÉBITO CRÉDITO
Exemplos:
a) Aquisição de mercadorias à vista, pagas com dinheiro: 100.000
Procedimento contábil: a empresa registrará a débito o valor de 100.000 numa conta
do ativo e 100.00 a crédito, também no ativo, traduzindo a redução do disponível:
Estoque de Mercadorias Caixa
18
100.000 150.000 100.000
Nota: Por hipótese, a empresa possuía disponível em caixa 150.000 antes da
realização do fato administrativo exemplificado.
b) Aquisição de Mercadorias, a prazo = 100.000
Procedimento contábil: a empresa registrará a débito o valor de 100.000 numa conta
do ativo denominada Estoque de Mercadorias e a crédito, sua dívida com
fornecedores, para pagamento futuro.
Mercadorias Fornecedores
100.000 100.000
c) Pagamento da obrigação assumida com o fornecedor = 100.000
Procedimento contábil: a empresa registrará a débito da conta Fornecedores o valor
de 100.000, cessando a obrigação contraída pela compra a prazo, e o crédito numa
conta do ativo que traduza a redução do disponível.
Fornecedores Caixa
100.000 100.000
d) Despesa de telefone, paga à vista em dinheiro = 200
Procedimento contábil: a empresa registrará um débito na conta de despesas e um
crédito na conta do ativo pela redução do disponível.
Despesa de telefone Caixa
200 200
e) Receita pela venda de terreno, à vista em dinheiro = 5.000
Procedimento contábil: a empresa registrará um débito na conta de ativo pelo aumento
do disponível e um crédito na conta de receita.
Caixa Receita
5.000 5.000
6.1. Fórmulas das Partidas Dobradas
1ª - um débito para um crédito
Compra de um veiculo à vista = 30.000
Veículos Caixa/Bancos
30.000 30.000
19
2ª - um débito para diversos créditos
Compra de veículo por 30.000, com entrada de 10.000 e o restante para 30 dias.
Veículos Caixa/Bancos Contas a Pagar
30.000 10.000 20.000
3ª - diversos débitos para um crédito
Venda de Veículo 30.000, sendo 10.000 à vista e o restante para 30 dias.
Caixa/Bancos Contas a Receber Receita Venda
10.000 20.000 30.000
4ª - diversos débitos para diversos créditos
Compra de veículo por 30.000 mais 5.000 de peças de manutenção, sendo 15.000 à
vista e o restante para 30 dias.
Veículo Estoque de Peças Contas a Pagar Caixa
30.000 5.000 20.000 15.000
Em situações de registros com vários fatos contábeis diferentes, é preferível o uso das
três primeiras fórmulas, deixando-se de usar a quarta.
7. Livros contábeis
7. 1. Livro Diário
É o livro oficial destinado ao lançamento de todas as transações da empresa
expressas em termos monetários e considerado como "a vida da entidade". O Diário
para ter validade jurídica deve ser registrado na Junta Comercial do Estado, sendo
obrigatório por lei, porque nele são registrados todos os fatos ocorridos na entidade.
As informações básicas que o livro Diário deve registrar, são:
 Em ordem cronológica, a data da transação ou data em que foi registrada.
 Nome das contas que estão sendo debitadas e creditadas.
 Valor dos débitos e créditos em cada conta.
 Histórico da transação, descrito em forma resumida.
A escrituração contábil deve ser executada em ordem cronológica de dia, mês e
ano, com base em documentos que comprovem os fatos e a prática dos atos
administrativos. Contudo, eventualmente, podem ser constatadas irregularidades nos
lançamentos contábeis, via de regra, decorrentes de falha humana e, de certa forma,
20
difíceis de serem evitadas.
0s erros constatados na escrituração devem ser sanados mediante retificação
dos lançamentos efetuados e de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade,
caracteriza-se como retificação de lançamento o processo técnico de correção de um
registro realizado com erro na escrituração contábil das pessoas físicas ou jurídicas.
São formas de retificação de l
Estorno: consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o
totalmente. Esse tipo de lançamento de retificação pode ser utilizado em quase todos
os erros na escrituração contábil, uma vez que tanto o lançamento estornado como o
próprio lançamento de estorno não terão mais efeito, sendo exigido um novo
lançamento a fim de registrar definitiva e corretamente o fato ou ato administrativo.
Complementação: é o lançamento posterior que complementa, aumentando ou
reduzindo, o valor anteriormente registrado.
Transferência: é o lançamento que regulariza a conta indevidamente debitada ou
creditada, mediante transposição de determinado valor para a conta adequada.
Em qualquer dessas modalidades de retificação, o histórico do lançamento deve
identificar, precisamente, o motivo da retificação, a data e a localização do lançamento
de origem. 0s lançamentos efetuados fora da época devida devem consignar, ainda
nos seus históricos, as datas das efetivas ocorrências e a razão do seu atraso.
7.2. Livro Razão
É a transcrição do diário que demonstra todas as movimentações de cada uma
das contas, que formam a escrita contábil de um patrimônio, tendo real importância no
sistema das partidas dobradas, pois, é dele que se levantam os balancetes da posição
das contas para posterior apuração do resultado e encerramento do balanço das
empresas, sendo hoje obrigatório pela legislação do Imposto de Renda para aquelas
empresas que optarem pela tributação com base no lucro real.
No livro ou fichas, abre-se uma folha para cada conta, registrando-se todo o
movimento de débito e crédito de cada uma, apurando-se no final o saldo destinado ao
balancete de verificação.
Saldo - é a diferença entre o débito e o crédito de uma conta.
7. Balancete de Verificação
É a transcrição dos saldos do razão, com o objetivo de verificar a igualdade dos
débitos e créditos. Essa verificação deve ser feita no final de cada período contábil
(ou a cada grupo de lançamentos). Isso é o Balancete de Verificação.
0 balancete não nos fornece prova completa de exatidão do razão, indicando
21
apenas a igualdade entre os débitos e créditos. Todavia, esta prova é valiosa, pois,
freqüentemente, os erros afetam a referida igualdade. Se os dois totais não são iguais,
terão ocorridos provavelmente um ou mais dos seguintes erros:
1 - Na preparação do balancete:
1.1 - houve erro na soma de uma das colunas do balancete;
1.2 - o saldo de uma conta foi incorretamente lançado no Balancete;
1.3 - inclusão um saldo devedor como credor, ou vice-versa, ou omissão de um saldo.
2 - Na apuração dos saldos das contas:
2.1 - inclusão de um saldo incorreto;
2.2 - saldo incluído no lado errado da conta;
2.3 - um dos lados de uma conta incorretamente somado.
3 - Na transcrição dos lançamentos no razão:
3.1 - quantia errada lançada numa conta;
3.2 - um débito considerado como crédito ou vice-versa;
3.3 - omissão no lançamento de um débito ou crédito.
9. Regime de Competência de Exercícios
No regime de competência, as receitas de um exercício são aquelas realizadas
nesse período (não importando que tenham sido recebidas ou não), e as despesas de
um exercício, são aquelas incorridas nesse período (não importando que tenham sido
pagas ou não). Difere, pois, do regime de caixa, onde são consideradas como
receitas e despesas do exercício aquelas efetivamente recebidas e pagas dentro
desse período.
Um dispêndio poderá ser considerado ou não (parcial ou totalmente) como
despesa no exercício em que é pago. Da mesma forma pode-se reconhecer ou não
uma receita, dentro do exercício em que ocorreu o recebimento de caixa.
Uma adequada comparação entre despesas e receitas de cada exercício para
apuração do resultado, é consignada através da adoção do regime de competência,
que refletirá na Demonstração dos Resultados a situação mais próxima do real.
Exemplo: Compra de 1.000 de material de escritório em maio para ser consumido em
junho e ser pago em julho. Não podemos considerar a despesa no mês de aquisição,
nem no de pagamento, mas sim, naquele em que o material foi consumido.
Lançamentos contábeis:
1 - Na compra, em maio:
Estoque Mat. Escritório Fornecedores
22
1.000 1.000
2 - No consumo, em junho:
Despesa Mat. Escritório Estoque Mat. Escritório
1.000 1.000
3 - No pagamento, em julho:
Fornecedores Caixa/Bancos
1.000 1.000
No regime de competência, atenção especial deve ser dada ao reconhecimento
do "fato gerador" da receita e da despesa. Uma despesa a pagar é aquela incorrida (o
fato gerador ocorreu) dentro do período contábil, mas ainda não foi paga. Uma receita
a receber é aquela ganha (o fato gerador ocorreu) dentro do período contábil, mas
ainda não foi recebida. A ocorrência das despesas e receitas, alteram o Patrimônio
Líquido do período contábil a que se referem.
Se uma empresa obteve uma receita (ganhou), mas ainda não recebeu o dinheiro
e tampouco foi feito qualquer registro contábil, debita-se uma conta de ativo e credita-
se uma conta de receita.
a) Exemplo: Receita de aluguel de janeiro para recebimento em fevereiro.
Lançamentos contábeis:
janeiro: Aluguel a Receber Receita de Aluguel
500 500
fevereiro: Caixa/Bancos Aluguel a Receber
500 500
b) Exemplo: despesa de aluguel de janeiro para pagamento em fevereiro.
Lançamentos contábeis:
janeiro: Despesa de Aluguel Aluguel a pagar
500 500
fevereiro: Aluguel a Pagar Caixa/Bancos
500 500
9.1 .Gastos que serão despesas no próximo exercício
A contabilização como despesa da parcela (ou do todo) de um gasto ativado
23
(classificado no ativo), que contribui para a formação do resultado de determinado
período, é realizada, normalmente, no final daquele período e é conhecida como
ajuste. 0 conceito de ajuste é válido também para as receitas antecipadas.
Exemplo 1: A empresa Alfa pagou à vista um seguro contra incêndio, no valor de
12.000, válido por 12 meses, abrangendo o período de 01/07/05 a 30/06/06.
Lançamentos contábeis:
julho: Seguros Antecipados Caixa/Bancos
1.200 1.200
No final de julho haverá um ajuste da parcela referente ao mês –1.200 ÷ 12 = 100, que
será apropriada em despesa de seguros:
julho: Despesa de Seguros Seguros Antecipados
100 100
agosto: Despesa de Seguros Seguros Antecipados
100 100
Assim, sucessivamente, a cada mês será lançado 1/12 em despesa, até ser baixado
todo o valor que foi lançado no ativo como um direito perante a seguradora.
Exemplo 2: Para aproveitar o desconto, pagamos à vista o IPTU anual no valor de
6.000, válido por 12 meses, abrangendo o período de 01/01/07 a 31/12/07.
Lançamentos contábeis:
janeiro: IPTU Antecipado Caixa/Bancos
6.000 6.000
Ao final dos meses seguintes haverá o ajuste da parcela do mês: 6.000 ÷ 12 = 500,
que será apropriada em despesa:
janeiro: Despesa de IPTU IPTU Antecipado
500 500
fevereiro Despesa de IPTU IPTU Antecipado
500 500
Sucessivamente, a cada mês, será lançado 1/12 em despesa, até ser baixado todo o
valor que foi lançado no ativo como um direito perante a prefeitura.
10. Operações com mercadorias
A principal característica das empresas comerciais é a compra e venda de
24
mercadorias, sendo várias as operações que envolvem suas movimentações, tais
como:
 compra de mercadorias;
 fatos que alteram o valor das compras;
 estoque de mercadorias;
 venda de mercadorias;
 tributos incidentes sobre as vendas;
 custo de mercadorias vendidas (CMV);
 fatos que alteram o valor das vendas;
 resultado com mercadorias;
 confronto entre ICMS a Pagar e ICMS a Recuperar
10.1. Compra de Mercadorias
A compra de mercadorias deve ser contabilizada na conta de estoque pelo seu
valor líquido, isto é, sem os impostos recuperáveis incluídos no preço de compra. O
ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) que é um imposto não
cumulativo e que será pago pelo vendedor, deve ser contabilizado numa conta do ativo
(direitos) denominada ICMS a Recuperar, pois, será deduzido do ICMS a Pagar pela
empresa, quando vender as mercadorias.
A diferença entre o valor de compra e o valor de venda é o valor agregado
(lucro, despesas, comissões, etc.) pela empresa vendedora e, o imposto a ser pago, é
somente aquele referente a esta parcela.
Exemplo: Compra à vista de mercadorias por 40.000, com ICMS de 18%
a) Registro da compra
Mercadorias Caixa/Bancos
32.800 40.000
ICMS a Recuperar
7.200
10.2. Fatos que alteram o valor das compras
O valor de compra das mercadorias se altera em função das chamadas
"despesas acessórias" (frete, seguro, capatazias, desembaraço aduaneiro, impostos
de importação, etc.), que também serão contabilizados na conta de estoque, formando
o custo total das mesmas. A base para formação do preço de venda deve ser o custo
total e não o valor de compra. Na caso do frete, o ICMS também será recuperado.
Exemplo: Frete de 1.000 com ICMS de 18%; seguro de 1.000 e Imposto de Importação
25
de 1.200, todos com pagamento à vista.
Mercadorias Caixa/Bancos
820 3.200
1.000
1.200
ICMS a Recuperar
180
Observação: após a contabilização dos itens anteriores, teríamos um saldo de estoque
de 35.820 e de ICMS a Recuperar de 7.380.
10.3. Devolução de compras de mercadorias
Quando um comerciante recebe uma mercadoria, cujo tipo, qualidade, preço ou
outro fator esteja em desacordo com o seu pedido, pode devolver a mercadoria, total
ou parcialmente. Esta devolução pode ser efetuada com a própria nota fiscal de
compra ou através de nota de sua própria emissão, dependendo das normas fiscais
estabelecidas. O lançamento efetuado será um estorno do lançamento original,
podendo ser pelo valor total ou parcial.
Ex.: devolução de 10.000 de mercadorias referente à compra de 40.000 efetuada
anteriormente, cujo ICMS foi de 18%.
Lançamento original Lançamento de estorno parcial
Mercadorias Caixa/Bancos Caixa/Bancos Mercadorias
32.800 40.000 10.000 8.200
ICMS a Recuperar ICMS a Recuperar
7.200 1.800
10.4. Venda de Mercadorias
A receita de vendas de mercadorias é contabilizada pelo valor total da nota
fiscal, porém, a cada transação de venda, também devem ser contabilizados os
tributos correspondentes e o custo da mercadoria que foi vendida.
Ex.: Venda de mercadorias por 50.000; ICMS = 18%, PIS = 0,65% e COFINS = 3,0%.
a) Registro da venda
1 - Vendas à vista:
Caixa/Bancos Receita de vendas
50.000 50.000
26
2 - Vendas a prazo:
Clientes Receita de Vendas
50.000 50.000
b) Registro dos tributos incidentes sobre as vendas
1 - ICMS de 18%:
Despesa de ICMS ICMS a Pagar
9.000 9.000
2 - PIS (Programa de Integração Social) de 0,65%
Despesa de P I S PIS a Pagar
325 325
3 - COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) de 3%.
Despesa de COFINS COFINS a Pagar
1.500 1.500
10.5. Devolução de vendas de mercadorias
No momento em que um comprador de nossas mercadorias faça uma
devolução, o que para ele se constitui numa "devolução de compras", para nossa
empresa o fato é uma "devolução de vendas", devendo também ser registrado o
estorno total ou parcial. Entretanto, para qualquer tipo de empresa, a devolução de
vendas deverá ser registrada em conta própria e nunca na própria conta de receita, já
que a demonstração de resultados deverá demonstrar a receita bruta e a receita
líquida de vendas.
Ex.: devolução de venda de mercadorias à vista no valor de 10.000, com ICMS de
18%, PIS de 0,65% e COFINS de 3,0%.
Devolução de Vendas Caixa/Bancos ICMS a Pagar Despesa de ICMS
10.000 10.000 1.800 1.800
PIS a Pagar Desp. de PIS COFINS a Pagar Desp. de COFINS
65 65 300 300
10.6. Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
Existem dois métodos para calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas:
Método do Inventário Periódico e Método do Inventário Perpétuo (ou Permanente).
a) Método do Inventário Periódico
27
O método é denominado de periódico, quando efetuamos as vendas sem um
controle paralelo e concomitante das movimentações do estoque (inventário) e,
portanto, sem a possibilidade de apurar o CMV de cada venda realizada.
O valor do estoque final é levantado através de uma contagem física (inventário
físico (fechado para balanço) de tudo aquilo que se encontra no estoque, devidamente
valorado. Por diferença, é então apurado o CMV, através da seguinte equação:
Estoque Inicial
+ Compras
- Estoque Final
= Custo das Mercadorias Vendidas.
Estoque Inicial: representa o estoque ao final do mês anterior ou período anterior.
Compras: representam as compras de mercadorias no período, devendo ser
registradas pelo seu valor líquido, excluindo-se o ICMS pago ao fornecedor.
Estoque Final: representa o estoque ao final do mês atual ou período atual.
Considerando-se os fatos que alteram os valores das compras, se a empresa
devolveu mercadorias ou comprou mercadorias com pagamento de frete, a equação
do Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) ficaria deste modo:
CMV = Estoque inicial + compras - devolução de compras + frete - estoque final
CMV = EI + C - DC + F - EF
Exemplo: Calcular o CMV , considerando: estoque inicial = 3.000; compras = 2.000;
devolução de compras = 500; frete = 30 e estoque final = 3.200
Estoque inicial 3.000
+ Compras 2.000
- Devolução de compras (500)
+ Frete 30
- Estoque final (3.200)
= Custo das Mercadorias Vendidas 1.330
Contabilização do método do inventário periódico
No método periódico, são usadas as contas: compras, estoque de mercadorias e
receita de vendas.
a) Estoque inicial – 500 unidades a 10 cada = 5.000;
b) compra a prazo – 300 unidades a 10 cada = 3.000;
c) venda à vista – 400 unidades a 15 cada = 6.000;
d) compra à vista – 300 unidades a 10 cada = 3.000;
e) venda a prazo – 300 unidades a 15 cada = 4.500.
28
f) encerrar conta de compras;
g) encerrar conta de vendas
h) ajustar estoque de mercadorias
A contagem física apurou 395 unidades a 10 cada = 3.950.
Mercadorias Compras Receita de Vendas
(a) 5.000 5.000 (h) (b) 3.000 6.000 (f) (g) 10.500 6.000 (c)
(h) 3.950 (d) 3.000 4.500 (e)
Caixa Clientes Fornecedores
a) 5.000 (e) 4.500 3.000 (b)
Resultado do período
(f) 6.000 10.500 (g)
(h) 5.000 3.950 (h)
3.450
Resultado com mercadorias no método periódico
Resultado com mercadorias é a diferença entre o total das vendas líquidas (vendas
brutas menos devoluções de vendas, vendas canceladas e Impostos incidentes sobre
as vendas) e o valor do custo das mercadorias vendidas.
Exemplo: Registros contábeis de determinado período:
Receita de vendas 10.000
Devolução de vendas 1.000
ICMS 1.800
PIS s/faturamento 65
COFINS s/ faturamento 300
Estoque inicial 4.000
Estoque final 7.200
Compras 5.000
Devolução de compras 1.500
Fretes s/ compras 180
Calcular o resultado com mercadorias:
Receita de vendas 10.000
– Dedução de vendas (1.000)
ICMS (1.800)
PIS (65)
COFINS (300) (3.165)
= Vendas líquidas 6.835
– Custo de Mercadorias Vendidas (CMV)
Estoque inicial 4.000
+ Compras 5.000
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– Devolução de compras (1.500)
+ Fretes s/ compras 180
– Estoque final (3.200) (4.480)
= Lucro bruto 2.355
b) Método do Inventário Permanente (ou Perpétuo)
O método de controle do inventário é permanente ou perpétuo, quando
controlamos de forma contínua as entradas, as saídas (custo das mercadorias
vendidas), as devoluções de compras e vendas e, por conseqüência, o saldo final do
estoque. Hoje, com o uso dos códigos de barras, a cada compra que efetuamos numa
grande loja, de imediato é apurada a receita bruta (valor da nota fiscal), os tributos e o
CMV, obtendo-se como resultado final a receita líquida da operação. Este método é
utilizado, principalmente, nas médias e grandes empresas, sejam elas comerciais ou
industriais, pela necessidade de um controle contínuo.
Verifica-se então uma inversão na apresentação da movimentação dos
estoques em relação ao método periódico, assim sendo demonstrada:
Estoque inicial 3.000
+ Compras 2.000
- Devolução de compras (500)
+ Frete 30
- Custo das Mercadorias Vendidas (1.330)
= Estoque final 3.200
Contabilização do método do inventário permanente
No método permanente, são usadas as contas: estoque de mercadorias, custo da
mercadoria vendida (CMV) e receita de vendas.
a) Estoque inicial – 500 unidades a 10 cada = 5.000;
b) compra a prazo – 300 unidades a 10 cada = 3.000;
c) venda à vista – 400 unidades a 15 cada = 6.000;
d) compra à vista – 300 unidades a 10 cada = 3.000;
e) venda a prazo – 300 unidades a 15 cada = 4.500.
f) encerrar conta do custos das mercadorias vendidas;
g) encerrar conta de vendas
Mercadorias CMV Receita de Vendas
(a) 5.000 4.000 (c) (c) 4.000 7.000 (f) (g) 10.500 6.000 (c)
(b) 3.000 3.000 (e) (e) 3.000 4.500 (e)
(d) 3.000
4.000
Caixa Clientes Fornecedores
(c) 6.000 3.000 (d) (e) 4.500 3.000 (b)
30
3.000
Resultado do período
(f) 7.000 10.500 (g)
3.500
c) Registros detalhados de estoque
Ao adotar o método do inventário permanente, nos dias atuais, as empresas
utilizam sistemas computadorizados de controle dos estoques de mercadorias,
matérias-primas, produtos acabados, etc., havendo uma "ficha" para cada um deles.
11. Descontos Financeiros
Os descontos financeiros são os prêmios oferecidos por um pagamento antecipado
de obrigações assumidas, seja em transações comerciais, bancárias, prestação de
serviços, etc..
Na realização da transação, normalmente já fica estipulado que determinado
valor, se antecipado seu pagamento para determinada data, gozará o devedor de um
desconto, variando o percentual do mesmo de acordo com o interesse do credor em
receber com antecipação, bem como variam também as condições. Podem ser:
11.1. Descontos Concedidos
► Ocorrem quando uma empresa concede um desconto para seus clientes, por um
pagamento antecipado em relação ao prazo previsto.
Exemplo: Venda de mercadorias no valor de 10.000, ICMS de 18%, com vencimento
para 60 dias, tendo o cliente aproveitado 5% de desconto para pagamento em 30 dias.
a) Na venda
Clientes Receita de Vendas
10.000 10.000
Despesa de ICMS ICMS a Pagar
1.800 1.800
b) No recebimento
Caixa/Bancos Desconto Concedido Clientes
9.500 500 10.000
Observação: descontos concedidos são despesas financeiras da empresa.
11.2. Descontos obtidos
► Ocorrem quando uma empresa ganha um desconto de seus fornecedores, por um
31
pagamento antecipado em relação ao prazo previsto.
Exemplo: Compra de mercadorias no valor de 10.000, ICMS de 18%, com vencimento
para 60 dias, efetuando-se o pagamento em 30 dias com 5% de desconto.
a) Na compra
Estoque de Mercadorias Fornecedores
8.200 10.000
ICMS a Recuperar
1.800
b) No pagamento
Fornecedores Desconto Obtido Caixa/Bancos
10.000 500 9.500
Observação: descontos obtidos são receitas financeiras da empresa.
12. Confronto entre ICMS a Pagar e ICMS a Recuperar
Ao final de cada período, faz-se o confronto entre as duas contas, encerrando-se a de
menor saldo.
Exemplo 1:
1 - Saldo de ICMS a Recuperar = 1.000
2 - Saldo de ICMS a Pagar = 1.500
3 – Encerramento da conta ICMS a Recuperar e pagamento do ICMS
ICMS a Recuperar ICMS A Pagar
1.000 1.500
ICMS a Recuperar ICMS A Pagar Caixa/Bancos
1.000 1.000 1.000 1.500 500
500
Exemplo 2:
1 - Saldo de ICMS a Recuperar = 1.000
2 - Saldo de ICMS a Pagar = 500
3 – Encerramento da conta ICMS a Pagar
ICMS a Recuperar ICMS A Pagar
1.000 500
ICMS a Recuperar ICMS A Pagar
1.000 500 500 500
500
32
13. Critérios de avaliação dos estoques
Os critérios de avaliação dos estoques são combinados com os métodos, sendo
vários os fatores que influenciam os preços de aquisição, tais como: inflação, deflação,
mercado, produto nacional ou importado, escassez do produto, etc. Com isso,
compras em determinado período podem ter preços diferentes, influenciando o CMV e
os resultados da empresa. Os critérios de avaliação dos estoques serão vistos na
Contabilidade de Custos.
14. Duplicatas Descontadas
As duplicatas são títulos emitidos pelas empresas nas vendas de serviços ou
vendas de mercadorias a prazo. Após emitir uma duplicata, a empresa pode adotar
uma das alternativas:
1 - Ficar com o título em seu poder até que o mesmo seja pago pelo devedor, ou seja,
ficar com as Duplicatas em Carteira;
2 - Endossar e enviar o título para que um banco promova sua cobrança em nome da
empresa. Este tipo de operação denomina-se Duplicatas em Cobrança, sendo
cobrada uma taxa de serviços pelo banco. Um conjunto de duplicatas remetidas
chama-se "borderaux".
3 - Endossar e enviar o título para um banco, transferindo ao mesmo sua propriedade
e recebendo em troca o valor do título, deduzidas as despesas e juros incidentes na
operação. Esta operação é denominada Desconto de Duplicatas.
A operação de Desconto de Duplicatas implica na transferência de posse e de
propriedade do título para o banco, sendo a forma mais simples de contabilizar este
fato a baixa do valor do título no ativo, em contrapartida com a entrada do dinheiro.
Todavia, o endosso de uma duplicata não exime a empresa da responsabilidade de
pagar o título na eventualidade de inadimplência do devedor. Assim, sua baixa só deve
ser feita quando da liquidação do mesmo
Exemplo:
1 - Saldo de Clientes 20.000
2 - Saldo de Bancos 10.000
3 - Saldo de Duplicatas Descontadas 5.000
4 - Remessa para o banco de 4.000 de Duplicatas Descontadas, tendo sido creditada
em nossa conta o valor de 3.800, com cobrança de 200 de despesas bancárias.
5 - Aviso do Banco informando o recebimento de 2.000 de Duplicatas Descontadas.
6 - Aviso do Banco debitando 300 de duplicatas descontadas não recebidas, mais
despesas de 30, devolvendo as duplicatas para a empresa.
7 - Aviso do Banco debitando 500 de duplicatas descontadas mais despesa de 80,
33
sendo devolvidas as duplicatas para cobrança simples.
8 – Aviso do Banco pelo recebimento de 500 de duplicatas com juros de 200,
creditando o valor total em nossa conta.
Clientes Bancos Dupl. Descontadas
(1) 20.000 2.000 (5) (2) 10.000 330 (6) (5) 2.000 5.000 (3)
500 (8) (4) 3.800 580 (7) (6) 300 4.000 (4)
_________ (8) 700 (7) 500 _______
17.500 13.590 6.200
Despesas Bancárias Receita de Juros
(4) 200 200 (8)
(6) 30
(7) 80 _____
310 200
O saldo da conta Clientes reflete o montante das duplicatas a receber e o saldo
da conta Duplicatas Descontadas a parcela daquelas duplicatas descontadas pela
empresa. Quando da elaboração do Balanço Patrimonial, a conta Duplicatas
Descontadas deverá ser lançada no Ativo como uma conta redutora de Clientes, da
seguinte forma:
Clientes 17.500
(-) Duplicatas Descontadas ( 6.200)
11.300
15. Créditos Incobráveis
De acordo com a Lei nº 9430/96, art. 9 a 14, regulamentada pela Instrução
Normativa SRF nº 93/97, art. 24 a 28, para efeito de apuração do lucro real, poderão
ser registradas como perdas dedutíveis os créditos:
1 - Em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor em
sentença emanada do poder judiciário;
2 - Sem garantia de valor:
a) até R$ 5.000,00 , por operação, vencidos há mais de 6 meses, independentemente
de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
b) acima de R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um
ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu
recebimento, porém mantida a cobrança administrativa;
c) superior a R$ 30.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e
mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento.
3 - Com garantia, vencidos há mais de 2 anos, desde que iniciados e mantidos os
procedimentos judiciais para o seu recebimento ou arresto das garantias; para esse
34
fim, considera-se crédito garantido o proveniente de vendas com alienação
fiduciária em garantia ou de operações com outras garantias reais;
4 - Contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica concordatária, relativamente à
parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado o
seguinte:
a) a dedução da perda será admitida a partir da data da decretação da falência ou da
concessão da concordata, desde que a credora tenha adotado os procedimentos
judiciais necessários para o recebimento do crédito;
b) a parcela do crédito cujo compromisso de pagar não houver sido honrado pela
empresa concordatária poderá também ser deduzida como perda.
Por operação, no caso de empresas mercantis, entende-se como a emissão da
fatura, mesmo que englobe uma ou diversas notas fiscais.
15.1. Perdas não dedutíveis
Não será admitida a dedução de perdas no recebimento de créditos com
pessoa jurídica que seja controladora, controlada, coligada ou interligada, bem como
com pessoa física que seja acionista controlador, sócio, titular ou administrador da
pessoa jurídica credora, ou parente até o terceiro grau dessas pessoas físicas.
15.2. Registro contábil das perdas
O registro contábil das perdas nas condições estabelecidas, deve ser efetuado
em dois passos: 1°) no momento em que foi levantada a possibilidade da perda,
constituindo-se uma provisão; 2°) no momento da confirmação da perda, com baixa na
conta de clientes.
Exemplo:
1 – um título de 4.500 foi considerado sob risco de não recebimento;
2 – confirmação de que não será recebido.
Despesa Devedores Duvidosos (DDD) Provisão de Devedores Duvidosos (PDD)
(1) 4.500 (2) 4.500 4.500 (1)
Clientes
4.500 (2)
Obs.: A DDD é uma despesa operacional (despesas com vendas).
15.3. Créditos recuperados
Deverá ser computado na determinação do lucro real, o montante dos créditos
deduzidos que tenham sido recuperados, em qualquer época ou a qualquer título,
inclusive nos casos de novação de dívida ou do arresto dos bens recebidos em
35
garantia real. O registro contábil dos créditos recuperados é efetuado a débito das
contas Caixa ou Bancos e a crédito de uma conta de resultado = Recuperação de
Devedores Duvidosos .
Exemplo: recebido 3.000 de duplicatas baixadas como incobráveis, com juros de 200.
Caixa Recuperação Dev. Duvidosos Receita Juros
3.200 3.000 200
Obs.; a RDD é uma receita operacional (outras receitas operacionais).
16. Depreciação, Amortização e Exaustão do Ativo Permanente
O Ativo Permanente é formado por:
Investimentos – representam os bens e direitos por participações permanentes em
outras sociedades (Controladas, Coligadas), obras de arte, imóveis para renda, etc.
Imobilizado – representam os bens destinados à manutenção das atividades da
empresa (ou entidade), ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade
industrial ou comercial. Exemplo: imóveis, veículos, instalações, móveis e utensílios,
máquinas e equipamentos, benfeitorias em bens de terceiros, etc.
Ativo Diferido – representam as aplicações de recursos em despesas que contribuirão
para a formação do resultado em mais de um exercício social. Exemplo: despesas pré-
operacionais, desenvolvimento de novos projetos, etc.
a) Depreciação
Corresponde à perda de valor pelo desgaste dos bens físicos, em decorrência do
uso, ação da natureza ou obsolescência. Na Contabilidade a depreciação é um custo
amortizado. Logo, a depreciação de um período é o custo amortizado nesse período,
bem como a depreciação total de um bem é o custo amortizado durante sua vida útil.
Devem ser depreciados todos os bens tangíveis que compõem o imobilizado de
uma entidade, porém, não podem ser depreciados os terrenos e obras de arte.
b) Amortização
Corresponde à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos cuja
existência ou exercício tenha duração limitada ou bens cuja utilização tenha o prazo
legal ou contratual limitado.
São amortizadas: as patentes, os direitos autorais (direitos de duração limitada),
as despesas pré-operacionais e as benfeitorias em bens de terceiros e, não estão
sujeitos à amortização as marcas de indústria e de comércio (direitos de duração
ilimitada).
36
c) Exaustão
Corresponde à perda do valor decorrente da exploração de recursos naturais,
tais como: minas (cobre, ouro, ferro, prata), florestas, reservas petrolíferas, etc.
16.1. Depreciação - Método da Linha Reta ou Linear
Distribui o custo do bem exclusivamente em função do tempo, com valores iguais
durante sua vida útil, sendo usado universalmente tendo em vista sua grande
simplicidade de cálculo e funcionamento. No Brasil, é o método permitido pela
Legislação do Imposto de Renda.
A depreciação deve ser registrada na escrituração como custo ou despesa
operacional (comerciais ou administrativas) e, será determinada mediante a divisão do
custo de aquisição menos valor residual pelo número de meses de vida útil.
A legislação permite que a depreciação seja iniciada no mês de aquisição ou no
mês seguinte, dispensado o ajuste da taxa para os bens postos em funcionamento no
curso do mês.
16.2. Depreciação de bens usados
A taxa de depreciação de bens adquiridos usados será fixada tendo em vista o maior
dos seguintes prazos: 1) metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo, ou,
2) restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação
Para a depreciação do bem (Decreto 1.041 de 11.01.94), usamos a fórmula:
valor do bem - valor residual
Depreciação mensal = -----------------------------------------------------
vida útil estimada em meses
Valor do bem - O valor do bem inclui todos os desembolsos realizados até que o
mesmo esteja em condições de entrar em atividade no processo operacional da
empresa. Assim, fretes, seguros, custo das instalações, projetos, impostos, etc.,
devem fazer parte de seu custo.
Valor residual – é o valor estimado que será recebido pela venda do bem quando
este não mais for útil, ou a quantia estimada quando após sua vida útil, o bem ainda
permanecer na empresa.
Vida útil estimada – é o tempo estimado de utilização do bem em pleno
funcionamento, sendo fixadas pela Secretaria da Receita Federal, podendo-se citar
como exemplos: veículos = 5 anos; prédios = 25 anos; máquinas e equipamentos = 10
anos; móveis e utensílios = 10 anos, etc.
O lançamento da depreciação tem como débito uma conta de despesa de
depreciação e como crédito uma conta de depreciação acumulada, ambas
identificando o tipo de bem. As contas de depreciação acumulada, amortização
acumulada e exaustão acumulada são chamadas de contas retificadoras do ativo,
37
pois, são de natureza credora entre contas de natureza devedora.
Exemplo 1 – para um veículo no valor de 60.000, com vida útil estimada de 5 anos e
valor residual de 10%, efetuar o lançamento contábil:
60.000 - 6.000
Cálculo da depreciação = -------------------- = 900/mês
60
Lançamento contábil:
Despesa Deprec. Veículos Deprec. Acumulada Veículos
900 900
Exemplo 2 – para uma máquina adquirida em janeiro/2000 por 30.000, vida útil
estimada de 10 anos, valor residual de 10% e início da depreciação no mês de
aquisição, calcular:
1 - Depreciação acumulada em 31/12/2007;
2 – Lançamento da despesa do mês de janeiro de 2008;
3 – Total da despesa de depreciação acumulada até 30/09/2003.
30.000 - 3.000
Cálculo da depreciação = -------------------- = 225
120
1 – Depreciação acumulada = 01/2000 a 12/2007 = 96 meses x 225 = 21.600
2 – Lançamento:
Despesa Deprec. Máquinas Deprec. Acumulada Máquinas
225 225
3 - Despesa acumulada até 30/09/2003
9 x 225 = 2.025
Obs.: as contas de resultado são encerradas a cada final de exercício. Logo, só podem
existir despesas acumuladas do próprio ano de 2003.
Exemplo 3 – para benfeitorias em imóvel de terceiros no valor de 18.000, cujo
contrato de aluguel é de 5 anos, calcular a amortização mensal e fazer o lançamento
contábil.
18.000
Cálculo da amortização = ---------- = 300/mês
60
Lançamento contábil:
Despesa de amortização Amortização acumulada
300 300
A Amortização é um custo ou despesa operacional da empresa.
38
Exemplo 4 – para um pagamento de 7.200 para explorar uma mina de carvão com
vida útil estimada de 6 anos, calcular a exaustão do mês e fazer o lançamento contábil
7.200
Cálculo da exaustão = ---------- = 100/mês
72
Lançamento contábil:
Despesa de exuastão Exaustão acumulada
100 100
A Exaustão é um custo ou despesa operacional da empresa.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: em nossos exercícios calcularemos a depreciação,
amortização e exaustão sempre a partir do mês seguinte da aquisição.
16.3. Venda ou baixa de ativo permanente
Quando da venda ou baixa de um bem do Ativo Permanente, apura-se o
resultado (lucro ou prejuízo), que é um resultado não operacional da empresa.
Nesta apuração, deve ser calculado o valor contábil líquido do bem que é o
custo de aquisição menos a depreciação acumulada. Quando o preço de venda for
maior que o valor contábil líquido a operação deu lucro. Quando o valor contábil líquido
é menor que o preço de venda, a operação deu prejuízo.
No caso deste ativo permanente ter depreciação, amortização ou exaustão,
devem ser contabilizadas as despesas até o mês de sua realização (venda).
Exemplo 1 - um veículo no valor de 50.000, adquirido em 10/2003, com valor residual
de 2.000 e vida útil estimada de 5 anos, foi vendido à vista por 15.000, em setembro
de 2007.
50.000 - 2.000
Cálculo da depreciação = ------------------- = 800/mês
60
Depreciação acumulada: 2003 = 2 m
2004 = 12 m
2005 = 12 m
2006 = 12 m
2007 = 9 m
Total = 47 m x 800 = 37.600
Cálculo do valor contábil líquido:
Custo de aquisição = 50.000
- Depreciação acumulada = (37.600)
Valor contábil líquido = 12.400
Resultado da operação = 15.000 – 12.400 = 2.600 (lucro)
Na venda de bens do permanente, devem ser efetuados os seguintes lançamentos
(considerando-se que a depreciação do mês já está contabilizada:
1 – pela venda
39
2 – pela baixa do bem
3 – pela baixa da depreciação acumulada
4 – na apuração do lucro ou prejuízo
Veículo Depreciação Acumulada
50.000 50.000 -2 3 -37.600 37.600
Caixa Resultado Alienação de Imob.
1- 15.000 2 - 50.000 15.000 – 1
37.600 – 3
2.600
Resultado credor = lucro
Se o resultado fosse devedor, a venda teria dado prejuízo.
40
EXERCÍCIO DE CONT I
SALDOS DO BALANCETE DA CIA ALFA DE TURISMO EM 31.12.2007
CONTAS DÉBITO CRÉDITO
Caixa 4.100
Bancos 1.200
INSS a pagar 180
Veículos 7.270
Fornecedores 480
Capital 8.000
Clientes 600
Empréstimos a pagar 700
Salários a pagar 820
Lucros acumulados 3.280
Material de Escritório
290
TOTAL 13.460 13.460
OPERAÇÕES DO MÊS DE JANEIRO DE 2008:
05 – Comprou material de escritório por 120, pagando no ato 10%
08 – Pagou despesas de telefone do mês no valor de 95
10 – Realizou serviços por 2.000, recebendo no ato 90% através de banco.
12 – Pagou o INSS do mês anterior
15 – Recebeu aluguel do mês no valor de 730
20 – Pagou salários do balancete do mês anterior com cheque
26 – Recebeu o restante da operação do dia 10 com desconto de 5%
28 – Recebeu o saldo de clientes do mês anterior com juros de 10%
29 – Foi debitado na conta corrente 720 para liquidação do empréstimo existente em dez/07
30 – Salários de janeiro para pagamento em fevereiro = 1.000, foi descontado 8% de INSS
31 – Foi consumido em janeiro, 125 de material de escritório.
PEDE-SE: Lançamentos nas contas “T” e Balancete de Verificação em 31/01/08.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
Efetuar os lançamentos dos Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido
41
TÍTULOS VALOR R$
42
1. Duas pessoas formam uma sociedade integralizando o capital com
dinheiro
5.000
2. Compra a prazo de máquina de somar 500
3. Compra à vista de mercadoria para vender 1.000
4. Pagamento da compra (transação nº2) 500
5. Recebimento de dinheiro referente a prestação de serviços 2.000
6. Compra de um veículo à vista 5.000
7. Pagamento de aluguel do mês 100
8. Prestação de serviços a terceiros, que a firma deverá receber
posteriormente.
600
9. Compra de gasolina para o veículo, para pagamento no mês
seguinte
50
10. Recebimento do valor de um empréstimo tomado ao banco 3.000
11. Pagamento da despesa de gasolina (transação nº 9) 50
12. Venda de mercadorias à vista (não levar em consideração o lançamento dos
estoques)
1.500
13. Pagamento de comissão aos vendedores 300
14. Compra a prazo de material de escritório (despesa) 100
15. Pagamento do empréstimo que tomou (transação nº 10) 3.100
16. Aumento em dinheiro do capital da empresa 4.000
17. Pagamento por despesas de telefone 800
18. Compra a prazo de mercadorias para vender 1.300
19. Recebimento do valor pelo serviço prestado (transação nº 8) 650
20. Pagamento da compra (transação nº 18) 1350
ATIVO PASSIVO
BENS OBRIGAÇÕES
DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Saldos dos serviços de lanternagem Zébatido em 30.11.08.
Caixa 1.000, Banco da Praça 500, Clientes 100, Fornecedores 200, Capital 2.000, Material
de Escritório 40, Veículos 1.000, INSS a Pg 25, FGTS a Pg 8, Aluguel a PG 90, Aluguel a
Rec 100, ISS a Pg 10, Material de Limpeza 40, Salários a Pg 92, Aplicações Financeiras
500 – Lucros ou Prejuízos acumulados ?
Operações do mês de dezembro:
43
01 – Prestou serviços por 3.000 rec no ato 70% depositando em Banco
02 – Pg água e esgoto 50
05 – Integralizou o Capital Social c/ dinheiro 900 depositando em Banco e 100 de M. Utensílios
07 – Pg as obrigações do balancete c/ cheque
09 – Credito em C/C do Banco 300 ref a 50% de resgate de Aplicações Financeiras
10 – Rec aluguel do balancete
12 – Pg aluguel do mês 90
14 – Pg despesas postais 20
18 – Compra de material de escritório a prazo 30
20 – Recebeu 50% da operação do dia 01
22 - Pg energia elétrica 48
24 – Transferência da c/ corrente p/ Caderneta de Poupança 1.000
26 – Rec p/ serviços prestados 1.000
28 – Pg telefone 35
29 – Compra de vale transporte p/ empregados 70
Informações Complementares:
a) Aluguel a Receber do mês 90
b) Salários do mês 600 sendo descontado dos empregados 8% INSS e 6% de Vale
transporte
c) S/ Salários há encargos sociais de 25% de INSS e 8% de FGTS respectivamente
d) ISS s/ Serviços Prestados 5%
e) Saldo de Material de Escritório do mês = 15
f) Foi consumido no mês, 25 de Material de Limpeza.
Pede:se em 31.12.2008:
Lançamentos em conta “T” e Balancete de Verificação
EXERCICIO DE CONT I UCP
SALDOS EM 31/07/2008 DE COMERCIAL RIO2016:
CAIXA – 29.600, FORNECEDORES – 14.000, ICMS A RECUPERAR – 1.000,
CLIENTES – 20.000, EQUIP. INFORMÁTICA. – 15.000, EMPRÉSTIMOS A PG. –
4.400, BANCOS – 18.000, CAPITAL – 60.000, MERCADORIAS – 25.200,
MATERIAL DE ESCRITÓRIO – 900, LUCROS ACUMULADOS - ?
44
OPERAÇÕES EM AGOSTO DE 2008:
A – VENDA DE MERCADORIAS À VISTA POR 20.000, ICMS 19%, PIS 0,65%,
COFINS 3% e CUSTO DE 35%.
B – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE ÍTEM ANTERIOR
C – PAGOU 40% DO SALDO DE FORNEC. DE JULHO COM DESC.DE 5%
D – PAGOU SEGUROS POR 6 MESES NO TOTAL DE 600,
E – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 8.000, COM ICMS 12%
F – FOI CONSUMIDO EM AGOSTO, 300 DE MATERIAL DE ESCRITÓRIO
G – PAGOU SALÁRIOS DE AGOSTO NO VR DE 3.000, SENDO DESCONTADO
8% DE INSS DOS EMPREGADOS
H – SOBRE SALÁRIOS, HÁ ENCARGOS DE 25% DE INSS e 8% DE FGTS
I – RECEBEU POR BANCO, 5.000 DE CLIENTES + JUROS DE 8%
J – FOI DEBITADO NO BANCO, 1.000 REFERENTE EMPRÉSTIMO.
.
PEDE-SE EM AGOSTO DE 2008:
RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.
Exerc.cont1.6
EXERCICIO DE CONT I UCP
SALDOS EM 31/12/2009 DE COMERCIAL ELIMIN:
CAIXA – 31.600, FORNECEDORES – 10.000, ICMS A PG – 1.000, CLIENTES –
20.000, MÓVEIS E UTENSÍLIOS. – 23.000, INSS A PG – 1.400, BANCOS – 28.000,
CAPITAL – 50.000, MERCADORIAS – 28.200, MATERIAL DE ESCRITÓRIO – 700,
FGTS A PG – 350, LUCROS ACUMULADOS – 68.750.
45
OPERAÇÕES EM JANEIRO DE 2010:
A – VENDA DE MERCADORIAS POR 40.000, SENDO 50% À VISTA, ICMS 19%,
PIS 0,65%, COFINS 3% e CUSTO DE 30%.
B – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE A PARTE A PRAZO DO ÍTEM “A”
C – PAGOU 30% DO SALDO DE FORNEC. DE DEZEMBRO COM JUROS.DE 5%
D – PAGOU O IPTU DO ANO DE 2010 NO TOTAL DE 1.500.
E – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 20.000, COM ICMS 12%
F – FOI CONSUMIDO EM JANEIRO, 500 DE MATERIAL DE ESCRITÓRIO
G –SALÁRIOS DE JAN PARA PAGAMENTO DE FEV NO VALOR DE 4.000. FOI
DESCONTADO DOS FUNCIONÁRIOS, 8% DE INSS e 2% DE SINDICATO.
H – SOBRE SALÁRIOS, HÁ ENCARGOS DE 25% DE INSS e 8% DE FGTS
I – DEVOLUÇÃO DE 20% REFERENTE O ÍTEM “E”
PEDE-SE EM JANEIRO DE 2010:
RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.
Exerc.cont1.161
EXERCÍCIO DE CONT I
SALDOS EM NOVEMBRO/2007 DE COMERCIAL TRODAT LTDA:
CAIXA 23.500, FORNECEDORES 8.200, CLIENTES 18.000, MERCADORIAS 28.500,
CAPITAL 20.000, ICMS A PAGAR 3.900, PIS A PG 1.950, COFINS A PAGAR
4.000, VEÍCULOS 18.000, BANCOS 14.700, MAT.ESCRITÓRIO 860, LUCROS
ACUMUMLADOS 65.510.
46
OPERAÇÕES EM DEZEMBRO/2007:
A – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 6.000, ICMS 12%
B – PAGOU O SALDO DE FORNECEDORES DE NOVEMBRO COM DESC.DE 5%
C – VENDA DE MERC. POR 10.000, A PRAZO, ICMS 19%, PIS 0,65%, COFINS
3% e CUSTO 40%
D – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE A LETRA “A”
E – PAGOU DESPESAS POSTAIS NO VALOR DE 920
F – RECEBEU 6.000 DE CLIENTES COM JUROS DE 5%
G – FOI CONSUMIDO EM DEZEMBRO, 280 DE MATERIAL DE ESCRITÓRIO
H – PAGOU COM CHEQUE, OS IMPOSTOS DO MÊS ANTERIOR
I – PAGOU DESPESAS DE TELEFONE 570 e ENERGIA ELÉTRICA 430.
PEDE-SE: RESULT.COM MERCADORIAS E BAL.VERIFICAÇÃO EM DEZ/07.
Exerc.cont171
EXERCICIO DE CONT I UCP
SALDOS EM 31/07/2008 DE COMERCIAL DANDARA:
CAIXA – 19.600, FORNECEDORES – 13.000, DUP.DESCONTADAS – 10.000,
CLIENTES – 32.000, EQUIP.INFORMÁTICA. – 12.000, EMPRÉSTIMOS A PG. –
4.600, BANCOS – 8.000, CAPITAL – 50.000, MERCADORIAS – 19.200,
MATERIAL DE ESCRITÓRIO – 800, LUCROS ACUMULADOS - ?
47
OPERAÇÕES EM AGOSTO DE 2008:
A – VENDA DE MERCADORIAS À VISTA POR 20.000, ICMS 19%, PIS 0,65%,
COFINS 3% e CUSTO DE 35%.
B – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE ÍTEM ANTERIOR
C – PAGOU 50% DO SALDO DE FORNEC. DE JULHO COM DESC.DE 5%
D – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 3.300, DE DUP.DESCONTADAS
E – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 10.000, COM ICMS 12%
F – AVISO DO BANCO DEBITANDO 1.200, DE DUP.DESCONT + 100 DE DESP.
G – RECEBEU POR BANCO, 6.000 DE CLIENTES + JUROS DE 2%
H – FOI DEBITADO NO BANCO, 1.200 REFERENTE EMPRÉSTIMO.
I – REMESSA PARA O BANCO DE 5.000, DE DUP.DESCONTADAS. O BANCO
COBROU 5% DE DESPESAS E CREDITOU O LÍQUIDO EM N/CONTA.
.
PEDE-SE EM AGOSTO DE 2008:
RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.
Exerc.cont1.10
EXERCICIO DE CONT I
SALDOS EM 31/10/2008 DE COMERCIAL RETIRO:
CAIXA – 25.600, FORNECEDORES – 12.000, DUP.DESCONTADAS – 10.000,
CLIENTES – 15.000, MÓVEIS E UTENS. – 6.000, DEPREC.S/MOV.UTENS. – 2.400,
BANCOS – 7.600, APLIC.FINANCEIRAS – 25.200, CAPITAL – 30.000, ICMS A
48
PAGAR – 2.500, PIS A PG – 700, COFINS A PG – 1.300, MERCADORIAS – 28.200
LUCROS ACUMULADOS - ?
OPERAÇÕES EM NOVEMBRO DE 2008:
A – VENDA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 40.000, ICMS 12%, PIS 0,65%,
COFINS 3% e CUSTO DE 25%.
B – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 4.000 DE DUP.DESCONTADAS
C – PAGOU COM CHEQUE, O ICMS, PIS E COFINS DE OUTUBRO
D – PAGOU SEGUROS POR 12 MESES NO TOTAL DE 3.000
E – COMPRA DE MERCADORIAS À VISTA POR 6.000, COM ICMS 12%
F – PAGOU 30% DO SALDO DE FORNEC. DE OUTUBRO COM JUROS DE 5%
G – RESGATOU 3.500 DA APLICAÇÃO FINANCEIRA
H – BAIXA COMO INCOBRÁVEL DE 500 DE DUP.DE CLIENTES
I – VIDA ÚTIL MOVÉIS E UTENS. = 10 ANOS.
PEDE-SE EM NOVEMBRO DE 2008:
RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.
Exerc.cont1.7
EXERCICIO DE CONT I UCP
SALDOS EM NOVEMBRO/2005 DE COMERCIAL SARAU LTDA:
CAIXA 18.500, CLIENTES 10.000, DUP.DESC. 5.000, MERCADORIAS 15.500,
CAPITAL 20.000, ICMS A PAGAR 2.800, PIS A PG 950, COFINS A PAGAR 4.000,
VEÍCULOS 9.000, DEP.S/VEÍCULOS 4.600, BANCOS 4.000, LUCROS ACUM.
19.650.
49
OPERAÇÕES EM DEZEMBRO/2005:
DIA 04 – COMPRA DE MERCAD. A PRAZO POR 4.000, ICMS 19%
DIA 07 – VENDA DE MERC. POR 8.000, A PRAZO, ICMS 19%, PIS 0,65%, COFINS
3% e CUSTO 40%
DIA 08 – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE AO DIA 04
DIA 10 – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 4.000 DE DUP.DESCONTADAS
DIA 13 – REMESSA PARA O BCO. DA OPERAÇÃO DO DIA 07, O BCO. COBROU
100 DE DESP. E CREDITOU O LÍQUIDO EM N/CONTA
DIA 17 – BAIXA DE 300 DE DUPLIC. CONSIDERADAS COMO INCOBRÁVEIS
DIA 20 – PAGOU A COMPRA DO DIA 04 COM DESCONTO DE 5%
DIA 23 – COMPRA À VISTA DE MÓVEIS E UTENS. POR 1.800, VIDA ÚTIL
ESTIMADA EM 10 ANOS.
DIA 30 – VIDA ÚTIL ESTIMADA VEÍCULOS = 5 ANOS
PEDE-SE: RESULT.COM MERCADORIAS E BAL.VERIFICAÇÃO EM DEZ/05.
Exerc.cont1.8
EXERCÍCIO DE CONT I UCP
SALDOS EM JULHO/2008 DE COMERCIAL SAUÍPE LTDA:
CAIXA 12.500, MATERIAL DE ESCRIT. 500, CLIENTES 8.000, DUP.DESC. 3.000,
MERCADORIAS 9.500, CAPITAL 20.000, ICMS A PAGAR 2.800, PIS A PG 200,
COFINS A PG 600, EQUIP.INFORMÁTICA 9.000, DEP.S/EQUIP.INFORM. 6.000,
VEÍCULOS 8.000, DEP.S/VEÍC 4.600, BANCOS 7.000, LUCROS ACUM. 17.300.
OPERAÇÕES EM AGOSTO/2008
50
A – COMPRA DE MERCAD. POR 5.000 A PRAZO ICMS 19%
B – VENDA DE MERC. POR 10.000, A PRAZO, ICMS 12%, PIS 0,65%, COFINS 3% e
CUSTO 30%
C – DEVOLUÇÃO DE 10% DO ÍTEM ANTERIOR
D – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 2.000 DE DUP.DESCONTADAS
E – PAGOU O ICMS, PIS E COFINS DE JULHO
F – VENDA DO VEÍCULO DE JULHO À VISTA POR 4.000
G - REMESSA PARA O BCO. DE 3.000 DE DUP.DESC. O BANCO COBROU 5% DE
DESPESAS E CREDITOU O LÍQUIDO EM N/CONTA.
H – AVISO DO BANCO DEBITANDO 900 DE DUP.DESC.+ 20 DE DESPESAS
I – BAIXA DE 300 DE DUPLIC. CONSIDERADAS COMO INCOBRÁVEIS
J – PAGOU COM CHEQUE, 2.000 DE FORNECEDORES COM DESC. DE 5%
K – RECEBEU 200 DE DUP.BAIXADAS COMO INCOB. + 20% DE JUROS
L - EQUIP.INFORMÁTICA: VIDA ÚTIL ESTIMADA EM 5 ANOS
PEDE-SE: BAL.VERIFICAÇÃO E RESULTADO COM MERC. EM AGOSTO/2008.
F:Word:exerc.cont1.9
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Apostila Introdução a Contabilidade I

  • 1. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CONTABILIDADE I
  • 2. Professor Claudio Armani Nunes 1. Introdução 1.1. Conceitos A Contabilidade, na sua condição de Ciência Social, cujo objetivo é o Patrimônio, busca, por meio da quantificação, da classificação, do registro, da eventual sumarização, da demonstração, da análise e relato das mutações sofridas pelo Patrimônio de uma entidade particularizada, a geração de informações quantitativas e qualitativas sobre ela, expressas tanto em termos físicos, quanto monetários. (Resolução CFC 785, de 28/7/95 - NBCT 1) Contabilidade é a ciência que estuda e registra os atos e fatos administrativos de uma entidade. Contabilidade é um Sistema de Informação e Avaliação, cujo objetivo maior é fornecer informações úteis aos seus usuários internos e externos à empresa, de forma a apoia-los na tomada de decisões de natureza econômica e financeira ou na formação de suas avaliações. 1.2. A Evolução da Contabilidade Costuma-se dizer que a Contabilidade é tão antiga quanto à origem do homem. Na Bíblia, em seu primeiro Livro, Gênesis, dentre outras passagens que sugerem uma Contabilidade, observamos uma “competição” no crescimento da riqueza (rebanho de ovelhas) entre Jacó e seu sogro Labão (± 4.000 a.C.). Se a riqueza de Jacó crescia mais do que a de Labão, para se conhecer este fato era necessário um controle quantitativo, por mais rudimentar que fosse. Também são conhecidos cuneiformes em cerâmicas (±3.000a.C) que relatavam as transações entre egípcios e babilônicos, destacando-se pagamentos de salários e impostos. A Contabilidade, entretanto, vai atingir a sua maturidade entre os Séculos XIII e XVI D.C. (comércio com as Índias, burguesia, renascimento, mercantilismo, etc.), consolidando-se pelo trabalho elaborado pelo frade franciscano Frei Luca Pacioli que publicou na Itália, em 1494, um tratado sobre Contabilidade que ainda hoje é de grande utilidade no meio contábil. Assim nasceu a Escola Italiana de Contabilidade, que dominou o cenário mundial até o final do século XIX. O desenvolvimento da Contabilidade foi notório nos Estados Unidos durante o século XX, principalmente após a Grande Depressão de 1929, acentuando-se a 2
  • 3. realização de pesquisas nesta área para melhor informar o usuário da Contabilidade. A ascensão cultural e econômica dos EUA, o crescimento do Mercado de Capitais e, consequentemente da Auditoria, a preocupação em tornar a Contabilidade algo útil para a tomada de decisões, a atuação acentuada do Instituto dos Contadores Públicos Americanos e a clareza didática da exposição dos autores em Contabilidade foram, dentre outros, fatores que contribuíram para a formação da Escola Contábil Americana, que domina o nosso cenário contábil atual. 1.3. A Contabilidade no Brasil Com a criação, em 1902, da “Escola de Comércio Álvares Penteado”, em São Paulo, foi adotada a escola européia de contabilidade, basicamente a italiana e a alemã. Com a inauguração, em 1946, da Faculdade de Economia e Administração – FEA/USP e com o advento das multinacionais anglo-americanas (e, consequentemente da Auditoria originária de suas sedes), a escola contábil americana começou a difundir-se no Brasil. A difusão da escola contábil americana tornou-se evidente com o advento da Lei 6.404/76, Lei das Sociedades por Ações (a posteriores alterações), “que passa a adotar uma filosofia nitidamente norte-americana". O seu atual estágio de desenvolvimento no Brasil é paradoxal: a qualidade de normas contábeis à disposição ou editadas por órgãos governamentais ou classistas é claramente superior à qualidade média dos profissionais que implementam estas normas, devido principalmente, à preocupação quase exclusiva com a legislação fiscal, com mais de 3.000 normas a serem aplicadas às entidades. 1.4. Campo de atuação da Contabilidade A contabilidade como metodologia especialmente concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas, é aplicável à qualquer entidade, seja esta pessoa física, jurídica de direito público ou privado, com ou sem fins lucrativos. 1.5 Pessoas físicas e jurídicas que necessitam da informação contábil Investidores, sócios ou acionistas - é através dos relatórios contábeis que podemos identificar a situação econômico-financeira da empresa. Desta forma, o investidor (público externo) ou sócio (público interno), obtém os elementos necessários para decidir as melhores alternativas de investimentos. Fornecedores de bens e serviços - usam relatórios para verificar a capacidade de pagamento da empresa compradora (sua cliente). 3
  • 4. Bancos - utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limites de crédito, descontos de duplicatas, etc. Governo - usa os relatórios com a finalidade de apurar e arrecadar impostos, como também para dados estatísticos (FGV, IBGE, IPEA, RAIS, etc). Sindicatos – utilizam-na na determinação da produtividade do setor, para reajustes de salários e concessão de benefícios nos dissídios coletivos (sindicalismo alemão). Outros interessados - empregados, órgãos de classe e diversas instituições como Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Bolsas de Valores, etc. 1.6 Contador É o profissional que exerce as funções contábeis, com formação superior em Contabilidade (Bacharel em Ciências Contábeis). No Brasil, os cursos de bacharel tem 4 (quatro) de duração, sendo imprescindível o registro no CRC – Conselho Regional de Contabilidade. 1.7 Tipos de Contabilidade 1.7.1 Contabilidade Financeira: É a contabilidade necessária para todas as entidades. Fornece informações básicas aos seus usuários e é obrigatória para fins fiscais, recebendo denominações diversas tais como: Contabilidade Agrícola (aplicada às empresas agrícolas); Contabilidade Bancária (aplicada aos bancos); Contabilidade Hospitalar (aplicada aos hospitais) e mais: Contabilidade Imobiliária, Contabilidade Pública, Contabilidade de Seguros, etc. 1.7.2. Contabilidade de Custos: também denominada Contabilidade Gerencial ou Industrial, é utilizada para o cálculo e interpretação dos custos dos bens fabricados ou comercializados, ou dos serviços prestados pelas empresas. 1.7.3. Contabilidade Gerencial: voltada para fins de controles internos da empresa, procura suprir os gerentes com um elenco maior de informações, exclusivamente para a tomada de decisões. Diferencia-se das Contabilidades já abordadas, porque não se prende aos princípios tradicionais aceitos e/ou obrigatórios. 1.8. Auditoria: é o exame e a verificação da exatidão dos procedimentos e normas contábeis, sendo uma função privativa do Contador. Auditor independente é o profissional vinculado a uma empresa especializada em Auditoria (KPMG, Delloite, etc). Já o auditor interno, é aquele que é empregado da empresa na qual executa os serviços de Auditoria, sendo que somente grandes 4
  • 5. empresas possuem quadros de auditores. 2. Princípios Fundamentais da Contabilidade (Resolução CFC 750, de 29/12/93) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, conforme o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País, não sendo iguais em todos os países. São Princípios Fundamentais de Contabilidade: o da Entidade, o da Continuidade, o da Oportunidade, o do Registro pelo Valor Original, o da Atualização Monetária, o da Competência e o da Prudência. 2.1. Princípio da Entidade O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos diversos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. O patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. 2.2. Princípio da Continuidade A continuidade ou não da Entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível. A observância do Princípio da Continuidade é indispensável à correta aplicação do Princípio da Competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. 5
  • 6. 2.3. Princípio da Oportunidade O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. Como resultado da observância do Princípio da Oportunidade: 1. desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência; 2. o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários; 3. o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da entidade, num período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 2.4. Princípio do Registro pelo Valor Original Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações, expressos na moeda do País e serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade. Do Princípio do Registro pelo Valor Original resulta: 1. a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes; 2. uma vez integrados no patrimônio, os bens, direitos ou obrigações não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais; 3. o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste; 4. os Princípios da Atualização Monetária e do Registro pelo Valor Original são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada; 5. o uso da moeda corrente do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais, constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos. 6
  • 7. 2.5. Principio da Atualização Monetária Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. São resultantes da adoção do Princípio da Atualização Monetária: 1. A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos de poder aquisitivo; 2. Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência, o do patrimônio líquido; 3. A atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente, o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. 2.6. Princípio da Competência As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente, quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. Ele determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da Oportunidade. O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. As receitas são consideradas como realizadas: 1. nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, quer pela fruição dos serviços prestados por esta; 2. quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 3. pela geração natural de novos ativos, independente da intervenção de terceiros; 4. no recebimento efetivo de doações e subvenções. Consideram-se incorridas as despesas: 1. Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência 7
  • 8. de sua propriedade para terceiro; 2. Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 3. Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 2.7. Princípio da Prudência Este Princípio determina a adoção do menor valor para os itens do ativo e do maior para os do passivo, sempre que houverem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Ele impõe a escolha da hipótese de que resulte o menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios e se aplica também às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da Competência. A sua aplicação ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, são feitas estimativas com incertezas de grau variável. 3. Patrimônio Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma ou mais pessoas, utilizando na atividade econômica ou social, com finalidade lucrativa ou não. 3.1. Bens = propriedade e posse Bens - Bem é toda coisa suscetível de avaliação em dinheiro e que tem a qualidade de satisfazer a uma necessidade humana. Como parte integrante do patrimônio de empresa ou entidade, os bens podem ser de duas espécies: Bens tangíveis - tem como característica básica a sua própria existência como coisa, independentemente do meio em que se situam. Exemplo: um computador tem existência própria. Ele pode ser visualizado e percebido pelo tato e, mesmo que seja transferido para a empresa B, ele continuará existindo. Assim, os imóveis, equipamentos, ferramentas, veículos, móveis, matérias-primas, materiais de consumo, mercadorias, produtos fabricados, etc., são bens tangíveis. Bens intangíveis - A principal característica de um bem intangível é a sua inexistência como coisa, mas assumindo um valor no contexto do patrimônio quando vinculado a um bem tangível ou a uma determinada situação da empresa ou entidade. São bens intangíveis (chamados de pré-operacionais) os gastos com a elaboração do projeto técnico-econômico e da estrutura jurídica, organizacional e operacional adequada aos objetivos e metas estabelecidas. Na constituição da empresa também serão incorridas despesas com registro de comércio, repartições públicas federais, estaduais e municipais, cartórios, etc. Tais despesas são essenciais 8
  • 9. ao início de operação do negócio e não devem ser deduzidas das receitas, pelo fato de que a empresa não entrou em operação. Há outros bens intangíveis que assumem característica específica, tais como as patentes de invenção e as marcas de indústria e comércio. Quanto valem as marcas Coca-Cola; Itaipava; Microsoft? E uma patente do Viagra ou de embalagem Tetra Pak? Embora não tenham vida física, que é a característica dos bens tangíveis, as marcas, patentes de invenção, fundo de comércio, podem assumir valor substancial na formação do patrimônio da empresa. 3.2. Direitos = Propriedade sem posse Direitos – são os créditos a receber de terceiros e, normalmente, são originários da venda de mercadorias, produtos ou na prestação de serviços com recebimento a prazo, que geram um título de crédito denominado “duplicata”. Há outros direitos creditórios ou negociáveis como: Notas Promissórias, Ações, Obrigações do Tesouro Nacional, Certificados de Depósito Bancário, etc. 3.3. Obrigações = Posse sem propriedade Obrigações - São as dívidas de qualquer natureza ou espécie, assumidas perante terceiros, assumindo a forma de títulos de crédito, tais como: duplicatas de fornecedores, promissórias emitidas em favor de credores, etc., ou de compromissos contratuais para o ciclo operacional da empresa, tais como: luz, telefone, água e esgoto, aluguel, etc. Se o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações; ► Patrimônio Bruto = Bens + Direitos ► Patrimônio Líquido = Bens + Direitos - Obrigações ► Passivo a Descoberto = Bens + Direitos < Obrigações Exemplo: 1 - A família Antunes reside em casa própria, no valor de $ 100.000; 2 - Deve $ 30.000 pelo financiamento do imóvel; 3 - A casa está mobiliada e com aparelhos domésticos no valor de $ 40.000; 4 - As dívidas, relativas à aquisição desses bens duráveis, são de $ 5.000; 5 - A caderneta de poupança da família tem um saldo de $ 10.000; 6 - A família possui um veículo adquirido à vista por $ 15.000; 7- O saldo das contas bancárias é de $ 5.000; 8 - Como autônomo, o chefe da família receberá no mês seguinte o valor de $ 20.000, mediante Nota Promissória. Em relação ao Patrimônio da Família Antunes, pede-se: 9
  • 10. A - O valor dos Bens; B - O valor dos Direitos; C - O valor das Obrigações; D - O Patrimônio Líquido. 4. Equação fundamental do patrimônio Patrimônio Líquido = Ativo - Passivo Exigível Configurações do Patrimônio Líquido / Passivo a Descoberto Ativo - Passivo Exigível Patrimônio Líquido 3.000 - 1.000 2.000 Ativo - Passivo Exigível Patrimônio Líquido 1.000 - 1.000 0 Ativo - Passivo Exigível Patrimônio Líquido 5.000 0 5.000 Ativo - Passivo Exigível Passivo a Descoberto 100 milhões - 7,2 bilhões - 7,1 bilhões Esta é a situação da VARIG 5. Documentos Conceito: são comprovantes hábeis utilizados para que sejam registrados contabilmente os fatos administrativos. 5.1. Documentos internos Compreendem um conjunto de formulários padronizados, dotados de características adequadas ao tipo de atividade exercida pela empresa e destinados ao registro antecedente de fatos administrativos ocorridos no período, servindo de base para os registros nos livros contábeis. Exemplos: a) Movimento de caixa - para registro de pagamento de pequenas despesas ou recebimento de receitas eventuais. b) Relatório de viagem - com descrição de adiantamentos e despesas incorridas, anexando-se os comprovantes emitidos pelo hotel, passagem aérea, notas fiscais de refeições, etc. c) Outros como: folha de pagamento; notas de entrada de matérias-primas ou mercadorias; demonstrativos de apropriação de custos; adiantamento de viagens; adiantamento de salários, etc. 5.2. Documentos externos Correspondem a formulários padronizados, previstos na legislação mercantil, 10
  • 11. fiscal, trabalhista e previdenciária. Esses documentos caracterizam transações ou operações envolvendo terceiros. Exemplos: Cheque; nota fiscal; duplicata; recibo; contrato de serviços; contrato de fornecimento de materiais; apólice de seguros; nota promissória; letra de câmbio; ações; escritura de compra e venda de imóvel; contrato de leasing de equipamento; Certificado de Depósito Bancário; borderô de duplicatas em cobrança ou desconto bancário; aviso de cobrança bancária; recibo de depósito bancário; extrato de conta bancária; contrato de locação de prédio ou terreno; conhecimento de frete; guia de recolhimento de impostos, taxas ou contribuições previdenciárias, etc 5. Atos E Fatos Administrativos 5.1. Atos Administrativos Atos Administrativos são aqueles que ocorrem na empresa e que não provocam alterações no Patrimônio. Por exemplo: assinatura de contrato de empregado, assinatura de contratos de compra e venda, de seguros, fianças, avais de títulos, emissão de circular sobre redução de horas extras, etc. Por não provocarem modificações no Patrimônio, eles não precisam ser contabilizados. Entretanto, alguns deles considerados relevantes e cujos efeitos possam se traduzir em modificações futuras no Patrimônio da entidade, poderão ser contabilizados através das Contas de Compensação. Exemplos: • remessas de bens a terceiros para industrialização, conserto ou empréstimo; • recebimento de bens de terceiros para industrialização, conserto ou empréstimo; • fianças a favor de terceiros; • avais a favor de terceiros; • remessa de títulos para cobrança bancária; • remessa de títulos ao banco para caução; • entrega de bens como garantia - hipotecas (imóveis), penhor (bens móveis); • recebimento de bens de terceiros em garantia de dívidas — hipoteca ou penhor; Ativo Compensado: duplicatas em cobrança; mostruários; consertos; comodatos; arrendamento mercantil; beneficiamentos; seguros contratados; etc. Passivo Compensado: cobrança de duplicatas, remessa para mostruários, remessa para consertos, comodato de bens, arrendamento mercantil, contrato de beneficiamentos, contrato de seguros; etc. 11
  • 12. 5.2. Fatos Administrativos Fatos Administrativos são aqueles que provocam modificações no patrimônio, sendo, portanto, objeto de contabilizarão através das contas patrimoniais ou das contas de resultado, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido. Podem ser classificados em três grupos: − permutativos ou compensativos - representam permutas (trocas) entre elementos ativos, passivos ou entre ambos simultaneamente, sem provocar variações no Patrimônio Líquido; − modificativos - provocam variações (modificações) no Patrimônio Líquido; − mistos - envolvem, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo. 5.3. Fatos Administrativos possíveis • Fatos Permutativos entre elementos Ativos — envolvem somente contas do ativo. Os mais comuns são os que representam as compras à vista e as transferências de contas do Ativo Realizável a Longo Prazo para o Ativo Circulante. • Fatos Permutativos entre elementos Passivos — envolvem somente contas do Passivo. Os mais comuns são os que representam as transferências de contas do Passivo Exigível a Longo Prazo para o Passivo Circulante ou vice-versa. • Fatos Permutativos entre elementos Ativos e Passivos, envolvem contas do Ativo e do Passivo ao mesmo tempo, sem interferir no Patrimônio Líquido. Os mais comuns são os que representam as compras a prazo e pagamento de obrigações. • Fatos Modificativos aumentativos - envolvem uma conta patrimonial e uma ou mais contas de receita. Os mais comuns são os que representam recebimentos de receitas no momento da ocorrência do fato gerador (venda à vista). • Fatos Modificativos diminutivos — envolvem uma conta patrimonial e uma ou mais contas de despesa. Os mais comuns são os que representam pagamentos de despesas na data da ocorrência do seu fato gerador (pagamento de despesa). • Fatos Mistos aumentativos — envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de receita. Os mais comuns são os que representam vendas de bens com lucro, recebimento de duplicatas com juros e pagamento de obrigações com desconto. • Fatos Mistos diminutivos — envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de despesas. Os mais comuns são os que representam vendas de bens com prejuízo, recebimentos de duplicatas com descontos, pagamentos de obrigações com juros. 12
  • 13. 6. Conta e Plano de Contas 6.1. Conta É a representação gráfica da relação débito-crédito de um fato administrativo, podendo ser numérica, alfabética ou alfanumérica. Esta relação chamada de lançamento contábil, deve ser complementado pelo histórico do fato administrativo, em linguagem concisa e clara, e o valor monetário do lançamento. A conta terá um título previsto no Plano de Contas da empresa e deve indicar, de forma precisa, a natureza dos elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido) ou do resultado (receitas e despesas). Exemplo: Compra à vista de um veículo rever marca Ford, modelo Fiesta, ano 2005, conforme nota fiscal n° 325, de 15/12/2006, da Tec Auto S/A, no valor de R$ 20.000,00 Veículos Caixa/Bancos 20.000 20.000 Pagamento da NF n° 325, de 15/12/2006, da Tec Auto S/A, pela compra de automóvel marca Ford, modelo Fiesta, ano 2005, cor vermelha, placa LOK 0888, no valor de R$ 20.000,00. 6.2. Plano de Contas É o agrupamento ordenado de todas as contas que são utilizadas pela Contabilidade numa empresa. 0 elenco de contas considerado é indispensável para o registro de todos os fatos contábeis. Cada empresa, de acordo com sua atividade e tamanho (micro, pequena, média ou grande), deve ter seu próprio plano de contas. Ao ser elaborado deve-se levar em consideração determinados aspectos: a) Não incluir, por exemplo, no plano de contas de uma empresa prestadora de serviços a conta Estoques de Mercadorias, pois, não realiza operações com mercadorias. b) Um plano de contas deve conter as contas que são movimentadas pela Contabilidade em decorrência das operações da empresa, ou, ainda, contas que, embora não movimentadas no presente, poderão ser utilizadas no futuro. c) Quando se planeja o agrupamento de contas de uma indústria de eletrodomésticos, no que tange a impostos, incluirá as contas ICMS a Pagar (haverá circulação de mercadorias), IPI a Pagar (haverá industrialização de bens) e, se houver perspectivas no futuro de prestar serviços de assistência técnica, incluirá ainda, ISS a Pagar. d) Um plano de contas com um único título para cada conta, evita que do setor contábil registrem um mesmo fato ou uma mesma operação com nomenclaturas 13
  • 14. diferentes. Desta forma, com a padronização dos registros contábeis, não ocorrerá perigo de falta de uniformidade das nomenclaturas. e) O elenco de contas e o grau de pormenores, dependem do volume e da natureza dos negócios da empresa. f) Na estruturação do plano de contas devem ser considerados os interesses dos usuários (gerentes, sócios, governo, bancos, etc). g) Para uma grande indústria é necessário destacar, para a tomada de decisões, as contas de gastos com a fábrica (custos), com as vendas (despesas comerciais), com a administração (despesas administrativas), despesas financeiras, etc. h) Para um pequeno comércio, o plano de contas deve ser resumido, pois, não há necessidade de tantos detalhes. PLANO DE CONTAS 1.0.00.00.00 ATIVO 1.1.0.0.0 - CIRCULANTE 1.1.01.00.00 - DISPONÍVEL 1.1.01.01.00 - Caixa 1.1.01.02.00 - Bancos Conta Movimento 1.1.01.03.00 - Aplicações Financeiras (liquidez imediata) 1.1.2.0.0 - CONTAS A RECEBER 1.1.02.01.00 - Clientes 1.1.2.1.1 - (-)Duplicatas Descontadas 1.2.02.02.00 - Adiantamento a Fornecedores 1.1.02.03.00 - Adiantamento de Salários 1.1.02.04.00 - Aplicações Financeiras (até 360 dias) 1.1.03.00.00 - ESTOQUES 1.1-03.01.00 - Produtos Acabados 1.1.03.02.00 - Produtos em Processo 1.1.03-03.00 - Matérias Primas 1.1.03.04.00 - Material de Escritório 1.1.03.05.00 - Material de Manutenção 1.1.04.00.00 - IMPOSTOS A RECUPERAR 1.1.04.01.00 - ICMS a Recuperar 1.1.04.02.00 - IRRF a recuperar 1.1.05.00.00 - DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 1.1.05.01.00 - Seguros Antecipados 1.1.05.02.00 - IPTU Antecipado 1.2.00.00.00 - ATIVO NÃO CIRCULANTE (+360 DIAS) 1.2.01.00.00 - ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.2.01.01.00 - Clientes 14
  • 15. 1.2.01.02.00 - Empréstimos Compulsórios 1.2.01.03.00 - Empréstimos a Coligadas ou Controladas 1.2.02.00.00 - INVESTIMENTOS 1.2.02.01.00 - Aplicações em Incentivos Fiscais 1.2.02.01.01 - FINOR 1.2.02.01.02 - FINAM 1.2.02.03.00 - Participação em Coligadas Ou Controladas 1.2.03.00.00 IMOBILIZADO 1.2.03.01.00 - Terrenos 1.2.03.02.00 - Prédios 1.2.03.02.01 - Prédios – custo de aquisição 1.2.03.02.02 - (-) Depreciação Acumulada Prédios 1.2.03.03.00 - Veículos 1.2.03.03.01 - Veículos – custo de aquisição 1.2.03.03.02 - (-) Depreciação Acumulada Veículos 1.2.03.04.00 - Mina de Bauxita 1.2.03.04.01 - Mina de Bauxita – custo de aquisição 1.2.03.04.02 - (-) Exaustão Acumulada Mina de Bauxita 1.2.04.00.00 - INTANGÍVEL 1.2.04.01.00 - BENS INTANGÍVEIS 1.2.04.01.01 - Fundos de Comércio 1.2.04.01.02 - Patentes 2.0.00.00.00 - PASSIVO 2.0.00.00.00 - CIRCULANTE 2.1.01.00.00 - FORNECEDORES 2.1.01.01.00 - A. A. Madeiras Ltda 2.1.01.02.00 - Petrobrás S/A 2.1.02.00.00 - FINANCIAMENTOS A PAGAR (ATÉ 360 DIAS) 2.1.02.00.00 - Banco do Brasil 2.1.03.00.00 - Salários a Pagar 2.1.04.00.00 - IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A PAGAR 2.1.04.01.00 - INSS a Pagar 2.1.04.02.00 - FGTS a Pagar 2.1.04.03.00 - PIS a Pagar 2.1.04.04.00 - ICMS a Pagar 2.1.04.05.00 - IRRF a Recolher 2.1.05.00.00 - DIVIDENDOS A PAGAR 2.1.06.00.00 - CONTAS A PAGAR 2.1.06.01.00 - Energia Elétrica a Pagar 2.1.06.02.00 - Telefone a Pagar 2.1.06.03.00 - Alugueis a Pagar 2.2.00.00.00 - PASSIVO NÃO CIRCULANTE (+360 DIAS) 2.2.01.00.00 – FINANCIAMENTOS A PAGAR 2.2.02.00.00 – IMPOSTOS A PAGAR 2.3.00.00.00 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.01.00.00 - CAPITAL SOCIAL 2.3.01.01.00 - Capital Subscrito 2.3.01.02.00 - (-) Capital a Integralizar 15
  • 16. 2.3.02.00.00 - RESERVAS DE CAPITAL 2.3.02.01.00 - Reserva de Incentivos Fiscais 2.3.03.00.00 - AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 2.3.04.00.00 - RESERVAS DE LUCROS 2.3.04.01.00 - Reserva Legal 2.3.04.02.00 - Reserva para Contingências 2.3.05.00.00 - AÇÕES EM TESOURARIA 2.3.06.00.00 - LUCROS OU PREJUÍZOS 2.3.07.01.00 - Lucros/ Prejuízos do exercício 2.3.07.02.00 - Lucros/Prejuízos Acumulados 3.0.00.00.00 - RECEITAS 3.1.00.00.00 - RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS 3.1.01.00.00 - Receita de Vendas 3.1.02.00.00 - Receita de Serviços Vendidos 3.2.01.00.00 - DEDUÇÃO DE VENDAS E SERVIÇOS 3.2.01.01.00 - Devolução de Vendas 3.2.01.02.00 - Vendas Canceladas 3.2.01.03.00 - Despesa de ICMS 3.2.01.04.00 - Despesa de ISS 3.2.01.05.00 - Despesa de PIS 3.2.01.06.00 - Despesa de COFINS 4.0.00.00.00 - CUSTOS 4.1.01.00.00 - Custo das Mercadorias Vendidas 4.2.01.00.00 - Custo dos Serviços Vendidos 4.3.01.00.00 - Custo dos Produtos Vendid0s 5.0.00.00.00 - DESPESAS OPERACIONAIS 5.1.00.00.00 - DESPESAS COMERCIAIS 5.1.01.00.00 - DESPESAS COM PESSOAL 5.1.01.01.00 - Salários 5.1.01.02.00 - Horas Extras 5.1.01.03.00 - INSS 5.1.01.04.00 - FGTS 5.1.01.05.00 - Vale Transporte 5.1.01.06.00 - Vale Alimentação 5.1.02.00.00 - DESPESAS DE DEVEDORES DUVIDOSOS 5.1.03.00.00 - DESPESAS TRIBUTÁRIAS 5.1.03.01.00 - Tributos Federais 5.1.03.02.00 - Tributos Estaduais 5.1.03.03.00 - Tributos Municipais 5.1.04.00.00 - DESPESAS GERAIS 5.1.04.01.00 - Comissões 5.1.04.02.00 - Frete nas Vendas 5.1.04.03.00 - Telefone 5.1.04.04.00 - Energia Elétrica 5.1.04.05.00 - Depreciação 5.1.04.06.00 - Propaganda e Publicidade 5.1.04.07.00 - Viagem e Alimentação 5.2.00.00.00 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 5.2.01.00.00 - Despesas com Pessoal 16
  • 17. 5.2.01.01.00 - Salários 5.2.01.02.00 - Horas Extras 5.2.01.03.00 - INSS 5.2.01.04.00 - FGTS 5.2.01.05.00 - Vale Transporte 5.2.01.06.00 - Vale Alimentação 5.2.02.00.00 - DESPESAS TRIBUTÁRIAS 5.2.02.01.00 - Tributos Federais 5.2.02.02.00 - Tributos Estaduais 5.2.02.03.00 - Tributos Municipais 5.2.03.00.00 - DESPESAS GERAIS 5.2.03.01.00 - Aluguel 5.2.03.02.00 - Seguros 5.2.03.03.00 - Telefone 5.2.03.04.00 - Energia Elétrica 5.2.03.05.00 - Depreciação 5.2.03.06.00 - Água e Esgoto 5.2.03.07.00 - Conservação e Reparos 5.2.03.08.00 - Postais 5.2.03.09.00 - Material de Escritório 5.3.00.00.00 - RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO 5.3.01.00.00 - DESPESAS FINANCEIRAS 5.3.01.01.00 - Despesas de Juros 5.3.01.02.00 - Despesas Bancárias 5.3.01.03.00 - Descontos Concedidos 5.3.01.04.00 - Variação Monetária Passiva 5.3.02.00.00 - RECEITAS FINANCEIRAS 5.1.02.01.00 - Receita de Juros 5.1.02.02.00 - Descontos Obtidos 5.1.02.03.00 - Variação Monetária Ativa 5.4.00.00.00 - OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS 5.4.01.00.00 - Receita de Aluguel 5.4.02.00.00 - Resultado da Equivalência Patrimonial 5.4.03.00.00 - Recuperação de Devedores Duvidosos 5.5.00.00.00 - DESPESAS E RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 5.5.01.00.00 - DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 5.5.01.01.00 Perdas de Capital 5.5.01.01.01 Prejuízo na Alienação de Investimentos 5.5.01.01.02 Prejuízo na Alienação de Investimentos 5.5.02.00.00 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 5.5.02.01.00 - Ganhos de Capital 5.5.02.01.01 - Lucro na Alienação de Investimentos 5.5.02.01.02 - Lucro na Alienação de Investimentos 6. Método das Partidas Dobradas O Método das Partidas Dobradas, consagrado universalmente, consiste do princípio que: para todo DÉBITO em uma conta, há, simultaneamente, CRÉDITO em outra. Em nenhuma hipótese, pode ser lançado valor a débito de uma conta sem que se verifique crédito do mesmo valor em outra. 17
  • 18. Trata-se do princípio da igualdade das contas do ativo em relação às do passivo e do patrimônio líquido. A soma dos valores debitados será igual à soma dos valores creditados ou a soma dos saldos devedores será igual à soma dos saldos credores. O princípio ou axioma contábil pode ser enunciado de varias maneiras: "Não há débito sem que haja o respectivo crédito." "Quando se debita uma conta, credita-se o mesmo valor em outra conta." "Não há registro no débito de uma ou mais contas, sem que haja registro simultâneo, de igual valor, a crédito de uma ou mais contas." Esse princípio enuncia, portanto, a igualdade de débito e crédito. Entende-se que há equilíbrio das contas pelo fato de haver igualdade entre a soma dos débitos e créditos, ou dos saldos devedores e credores. Em qualquer momento que se levante um Balanço Patrimonial, tendo a empresa obtido lucro ou prejuízo, o total do ativo sempre será igual ao somatório do passivo exigível mais patrimônio líquido. RESUMO DO MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO CONTAS EFETUAR UM LANÇAMENTO A: DÉBITO CRÉDITO DE ATIVO PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR DE PASSIVO PARA DIMINUIR PARA AUMENTAR DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA DIMINUIR PARA AUMENTAR DESPESA PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR RECEITA PARA DIMINUIR PARA AUMENTAR OU CONTAS PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR DE ATIVO DEBITAR CREDITAR DE PASSIVO CREDITAR DEBITAR DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO CREDITAR DEBITAR DESPESA DEBITAR CREDITAR RECEITA CREDITAR DEBITAR NÃO ESQUECER lado esquerdo lado direito DÉBITO CRÉDITO Exemplos: a) Aquisição de mercadorias à vista, pagas com dinheiro: 100.000 Procedimento contábil: a empresa registrará a débito o valor de 100.000 numa conta do ativo e 100.00 a crédito, também no ativo, traduzindo a redução do disponível: Estoque de Mercadorias Caixa 18
  • 19. 100.000 150.000 100.000 Nota: Por hipótese, a empresa possuía disponível em caixa 150.000 antes da realização do fato administrativo exemplificado. b) Aquisição de Mercadorias, a prazo = 100.000 Procedimento contábil: a empresa registrará a débito o valor de 100.000 numa conta do ativo denominada Estoque de Mercadorias e a crédito, sua dívida com fornecedores, para pagamento futuro. Mercadorias Fornecedores 100.000 100.000 c) Pagamento da obrigação assumida com o fornecedor = 100.000 Procedimento contábil: a empresa registrará a débito da conta Fornecedores o valor de 100.000, cessando a obrigação contraída pela compra a prazo, e o crédito numa conta do ativo que traduza a redução do disponível. Fornecedores Caixa 100.000 100.000 d) Despesa de telefone, paga à vista em dinheiro = 200 Procedimento contábil: a empresa registrará um débito na conta de despesas e um crédito na conta do ativo pela redução do disponível. Despesa de telefone Caixa 200 200 e) Receita pela venda de terreno, à vista em dinheiro = 5.000 Procedimento contábil: a empresa registrará um débito na conta de ativo pelo aumento do disponível e um crédito na conta de receita. Caixa Receita 5.000 5.000 6.1. Fórmulas das Partidas Dobradas 1ª - um débito para um crédito Compra de um veiculo à vista = 30.000 Veículos Caixa/Bancos 30.000 30.000 19
  • 20. 2ª - um débito para diversos créditos Compra de veículo por 30.000, com entrada de 10.000 e o restante para 30 dias. Veículos Caixa/Bancos Contas a Pagar 30.000 10.000 20.000 3ª - diversos débitos para um crédito Venda de Veículo 30.000, sendo 10.000 à vista e o restante para 30 dias. Caixa/Bancos Contas a Receber Receita Venda 10.000 20.000 30.000 4ª - diversos débitos para diversos créditos Compra de veículo por 30.000 mais 5.000 de peças de manutenção, sendo 15.000 à vista e o restante para 30 dias. Veículo Estoque de Peças Contas a Pagar Caixa 30.000 5.000 20.000 15.000 Em situações de registros com vários fatos contábeis diferentes, é preferível o uso das três primeiras fórmulas, deixando-se de usar a quarta. 7. Livros contábeis 7. 1. Livro Diário É o livro oficial destinado ao lançamento de todas as transações da empresa expressas em termos monetários e considerado como "a vida da entidade". O Diário para ter validade jurídica deve ser registrado na Junta Comercial do Estado, sendo obrigatório por lei, porque nele são registrados todos os fatos ocorridos na entidade. As informações básicas que o livro Diário deve registrar, são:  Em ordem cronológica, a data da transação ou data em que foi registrada.  Nome das contas que estão sendo debitadas e creditadas.  Valor dos débitos e créditos em cada conta.  Histórico da transação, descrito em forma resumida. A escrituração contábil deve ser executada em ordem cronológica de dia, mês e ano, com base em documentos que comprovem os fatos e a prática dos atos administrativos. Contudo, eventualmente, podem ser constatadas irregularidades nos lançamentos contábeis, via de regra, decorrentes de falha humana e, de certa forma, 20
  • 21. difíceis de serem evitadas. 0s erros constatados na escrituração devem ser sanados mediante retificação dos lançamentos efetuados e de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, caracteriza-se como retificação de lançamento o processo técnico de correção de um registro realizado com erro na escrituração contábil das pessoas físicas ou jurídicas. São formas de retificação de l Estorno: consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente. Esse tipo de lançamento de retificação pode ser utilizado em quase todos os erros na escrituração contábil, uma vez que tanto o lançamento estornado como o próprio lançamento de estorno não terão mais efeito, sendo exigido um novo lançamento a fim de registrar definitiva e corretamente o fato ou ato administrativo. Complementação: é o lançamento posterior que complementa, aumentando ou reduzindo, o valor anteriormente registrado. Transferência: é o lançamento que regulariza a conta indevidamente debitada ou creditada, mediante transposição de determinado valor para a conta adequada. Em qualquer dessas modalidades de retificação, o histórico do lançamento deve identificar, precisamente, o motivo da retificação, a data e a localização do lançamento de origem. 0s lançamentos efetuados fora da época devida devem consignar, ainda nos seus históricos, as datas das efetivas ocorrências e a razão do seu atraso. 7.2. Livro Razão É a transcrição do diário que demonstra todas as movimentações de cada uma das contas, que formam a escrita contábil de um patrimônio, tendo real importância no sistema das partidas dobradas, pois, é dele que se levantam os balancetes da posição das contas para posterior apuração do resultado e encerramento do balanço das empresas, sendo hoje obrigatório pela legislação do Imposto de Renda para aquelas empresas que optarem pela tributação com base no lucro real. No livro ou fichas, abre-se uma folha para cada conta, registrando-se todo o movimento de débito e crédito de cada uma, apurando-se no final o saldo destinado ao balancete de verificação. Saldo - é a diferença entre o débito e o crédito de uma conta. 7. Balancete de Verificação É a transcrição dos saldos do razão, com o objetivo de verificar a igualdade dos débitos e créditos. Essa verificação deve ser feita no final de cada período contábil (ou a cada grupo de lançamentos). Isso é o Balancete de Verificação. 0 balancete não nos fornece prova completa de exatidão do razão, indicando 21
  • 22. apenas a igualdade entre os débitos e créditos. Todavia, esta prova é valiosa, pois, freqüentemente, os erros afetam a referida igualdade. Se os dois totais não são iguais, terão ocorridos provavelmente um ou mais dos seguintes erros: 1 - Na preparação do balancete: 1.1 - houve erro na soma de uma das colunas do balancete; 1.2 - o saldo de uma conta foi incorretamente lançado no Balancete; 1.3 - inclusão um saldo devedor como credor, ou vice-versa, ou omissão de um saldo. 2 - Na apuração dos saldos das contas: 2.1 - inclusão de um saldo incorreto; 2.2 - saldo incluído no lado errado da conta; 2.3 - um dos lados de uma conta incorretamente somado. 3 - Na transcrição dos lançamentos no razão: 3.1 - quantia errada lançada numa conta; 3.2 - um débito considerado como crédito ou vice-versa; 3.3 - omissão no lançamento de um débito ou crédito. 9. Regime de Competência de Exercícios No regime de competência, as receitas de um exercício são aquelas realizadas nesse período (não importando que tenham sido recebidas ou não), e as despesas de um exercício, são aquelas incorridas nesse período (não importando que tenham sido pagas ou não). Difere, pois, do regime de caixa, onde são consideradas como receitas e despesas do exercício aquelas efetivamente recebidas e pagas dentro desse período. Um dispêndio poderá ser considerado ou não (parcial ou totalmente) como despesa no exercício em que é pago. Da mesma forma pode-se reconhecer ou não uma receita, dentro do exercício em que ocorreu o recebimento de caixa. Uma adequada comparação entre despesas e receitas de cada exercício para apuração do resultado, é consignada através da adoção do regime de competência, que refletirá na Demonstração dos Resultados a situação mais próxima do real. Exemplo: Compra de 1.000 de material de escritório em maio para ser consumido em junho e ser pago em julho. Não podemos considerar a despesa no mês de aquisição, nem no de pagamento, mas sim, naquele em que o material foi consumido. Lançamentos contábeis: 1 - Na compra, em maio: Estoque Mat. Escritório Fornecedores 22
  • 23. 1.000 1.000 2 - No consumo, em junho: Despesa Mat. Escritório Estoque Mat. Escritório 1.000 1.000 3 - No pagamento, em julho: Fornecedores Caixa/Bancos 1.000 1.000 No regime de competência, atenção especial deve ser dada ao reconhecimento do "fato gerador" da receita e da despesa. Uma despesa a pagar é aquela incorrida (o fato gerador ocorreu) dentro do período contábil, mas ainda não foi paga. Uma receita a receber é aquela ganha (o fato gerador ocorreu) dentro do período contábil, mas ainda não foi recebida. A ocorrência das despesas e receitas, alteram o Patrimônio Líquido do período contábil a que se referem. Se uma empresa obteve uma receita (ganhou), mas ainda não recebeu o dinheiro e tampouco foi feito qualquer registro contábil, debita-se uma conta de ativo e credita- se uma conta de receita. a) Exemplo: Receita de aluguel de janeiro para recebimento em fevereiro. Lançamentos contábeis: janeiro: Aluguel a Receber Receita de Aluguel 500 500 fevereiro: Caixa/Bancos Aluguel a Receber 500 500 b) Exemplo: despesa de aluguel de janeiro para pagamento em fevereiro. Lançamentos contábeis: janeiro: Despesa de Aluguel Aluguel a pagar 500 500 fevereiro: Aluguel a Pagar Caixa/Bancos 500 500 9.1 .Gastos que serão despesas no próximo exercício A contabilização como despesa da parcela (ou do todo) de um gasto ativado 23
  • 24. (classificado no ativo), que contribui para a formação do resultado de determinado período, é realizada, normalmente, no final daquele período e é conhecida como ajuste. 0 conceito de ajuste é válido também para as receitas antecipadas. Exemplo 1: A empresa Alfa pagou à vista um seguro contra incêndio, no valor de 12.000, válido por 12 meses, abrangendo o período de 01/07/05 a 30/06/06. Lançamentos contábeis: julho: Seguros Antecipados Caixa/Bancos 1.200 1.200 No final de julho haverá um ajuste da parcela referente ao mês –1.200 ÷ 12 = 100, que será apropriada em despesa de seguros: julho: Despesa de Seguros Seguros Antecipados 100 100 agosto: Despesa de Seguros Seguros Antecipados 100 100 Assim, sucessivamente, a cada mês será lançado 1/12 em despesa, até ser baixado todo o valor que foi lançado no ativo como um direito perante a seguradora. Exemplo 2: Para aproveitar o desconto, pagamos à vista o IPTU anual no valor de 6.000, válido por 12 meses, abrangendo o período de 01/01/07 a 31/12/07. Lançamentos contábeis: janeiro: IPTU Antecipado Caixa/Bancos 6.000 6.000 Ao final dos meses seguintes haverá o ajuste da parcela do mês: 6.000 ÷ 12 = 500, que será apropriada em despesa: janeiro: Despesa de IPTU IPTU Antecipado 500 500 fevereiro Despesa de IPTU IPTU Antecipado 500 500 Sucessivamente, a cada mês, será lançado 1/12 em despesa, até ser baixado todo o valor que foi lançado no ativo como um direito perante a prefeitura. 10. Operações com mercadorias A principal característica das empresas comerciais é a compra e venda de 24
  • 25. mercadorias, sendo várias as operações que envolvem suas movimentações, tais como:  compra de mercadorias;  fatos que alteram o valor das compras;  estoque de mercadorias;  venda de mercadorias;  tributos incidentes sobre as vendas;  custo de mercadorias vendidas (CMV);  fatos que alteram o valor das vendas;  resultado com mercadorias;  confronto entre ICMS a Pagar e ICMS a Recuperar 10.1. Compra de Mercadorias A compra de mercadorias deve ser contabilizada na conta de estoque pelo seu valor líquido, isto é, sem os impostos recuperáveis incluídos no preço de compra. O ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) que é um imposto não cumulativo e que será pago pelo vendedor, deve ser contabilizado numa conta do ativo (direitos) denominada ICMS a Recuperar, pois, será deduzido do ICMS a Pagar pela empresa, quando vender as mercadorias. A diferença entre o valor de compra e o valor de venda é o valor agregado (lucro, despesas, comissões, etc.) pela empresa vendedora e, o imposto a ser pago, é somente aquele referente a esta parcela. Exemplo: Compra à vista de mercadorias por 40.000, com ICMS de 18% a) Registro da compra Mercadorias Caixa/Bancos 32.800 40.000 ICMS a Recuperar 7.200 10.2. Fatos que alteram o valor das compras O valor de compra das mercadorias se altera em função das chamadas "despesas acessórias" (frete, seguro, capatazias, desembaraço aduaneiro, impostos de importação, etc.), que também serão contabilizados na conta de estoque, formando o custo total das mesmas. A base para formação do preço de venda deve ser o custo total e não o valor de compra. Na caso do frete, o ICMS também será recuperado. Exemplo: Frete de 1.000 com ICMS de 18%; seguro de 1.000 e Imposto de Importação 25
  • 26. de 1.200, todos com pagamento à vista. Mercadorias Caixa/Bancos 820 3.200 1.000 1.200 ICMS a Recuperar 180 Observação: após a contabilização dos itens anteriores, teríamos um saldo de estoque de 35.820 e de ICMS a Recuperar de 7.380. 10.3. Devolução de compras de mercadorias Quando um comerciante recebe uma mercadoria, cujo tipo, qualidade, preço ou outro fator esteja em desacordo com o seu pedido, pode devolver a mercadoria, total ou parcialmente. Esta devolução pode ser efetuada com a própria nota fiscal de compra ou através de nota de sua própria emissão, dependendo das normas fiscais estabelecidas. O lançamento efetuado será um estorno do lançamento original, podendo ser pelo valor total ou parcial. Ex.: devolução de 10.000 de mercadorias referente à compra de 40.000 efetuada anteriormente, cujo ICMS foi de 18%. Lançamento original Lançamento de estorno parcial Mercadorias Caixa/Bancos Caixa/Bancos Mercadorias 32.800 40.000 10.000 8.200 ICMS a Recuperar ICMS a Recuperar 7.200 1.800 10.4. Venda de Mercadorias A receita de vendas de mercadorias é contabilizada pelo valor total da nota fiscal, porém, a cada transação de venda, também devem ser contabilizados os tributos correspondentes e o custo da mercadoria que foi vendida. Ex.: Venda de mercadorias por 50.000; ICMS = 18%, PIS = 0,65% e COFINS = 3,0%. a) Registro da venda 1 - Vendas à vista: Caixa/Bancos Receita de vendas 50.000 50.000 26
  • 27. 2 - Vendas a prazo: Clientes Receita de Vendas 50.000 50.000 b) Registro dos tributos incidentes sobre as vendas 1 - ICMS de 18%: Despesa de ICMS ICMS a Pagar 9.000 9.000 2 - PIS (Programa de Integração Social) de 0,65% Despesa de P I S PIS a Pagar 325 325 3 - COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) de 3%. Despesa de COFINS COFINS a Pagar 1.500 1.500 10.5. Devolução de vendas de mercadorias No momento em que um comprador de nossas mercadorias faça uma devolução, o que para ele se constitui numa "devolução de compras", para nossa empresa o fato é uma "devolução de vendas", devendo também ser registrado o estorno total ou parcial. Entretanto, para qualquer tipo de empresa, a devolução de vendas deverá ser registrada em conta própria e nunca na própria conta de receita, já que a demonstração de resultados deverá demonstrar a receita bruta e a receita líquida de vendas. Ex.: devolução de venda de mercadorias à vista no valor de 10.000, com ICMS de 18%, PIS de 0,65% e COFINS de 3,0%. Devolução de Vendas Caixa/Bancos ICMS a Pagar Despesa de ICMS 10.000 10.000 1.800 1.800 PIS a Pagar Desp. de PIS COFINS a Pagar Desp. de COFINS 65 65 300 300 10.6. Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) Existem dois métodos para calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas: Método do Inventário Periódico e Método do Inventário Perpétuo (ou Permanente). a) Método do Inventário Periódico 27
  • 28. O método é denominado de periódico, quando efetuamos as vendas sem um controle paralelo e concomitante das movimentações do estoque (inventário) e, portanto, sem a possibilidade de apurar o CMV de cada venda realizada. O valor do estoque final é levantado através de uma contagem física (inventário físico (fechado para balanço) de tudo aquilo que se encontra no estoque, devidamente valorado. Por diferença, é então apurado o CMV, através da seguinte equação: Estoque Inicial + Compras - Estoque Final = Custo das Mercadorias Vendidas. Estoque Inicial: representa o estoque ao final do mês anterior ou período anterior. Compras: representam as compras de mercadorias no período, devendo ser registradas pelo seu valor líquido, excluindo-se o ICMS pago ao fornecedor. Estoque Final: representa o estoque ao final do mês atual ou período atual. Considerando-se os fatos que alteram os valores das compras, se a empresa devolveu mercadorias ou comprou mercadorias com pagamento de frete, a equação do Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) ficaria deste modo: CMV = Estoque inicial + compras - devolução de compras + frete - estoque final CMV = EI + C - DC + F - EF Exemplo: Calcular o CMV , considerando: estoque inicial = 3.000; compras = 2.000; devolução de compras = 500; frete = 30 e estoque final = 3.200 Estoque inicial 3.000 + Compras 2.000 - Devolução de compras (500) + Frete 30 - Estoque final (3.200) = Custo das Mercadorias Vendidas 1.330 Contabilização do método do inventário periódico No método periódico, são usadas as contas: compras, estoque de mercadorias e receita de vendas. a) Estoque inicial – 500 unidades a 10 cada = 5.000; b) compra a prazo – 300 unidades a 10 cada = 3.000; c) venda à vista – 400 unidades a 15 cada = 6.000; d) compra à vista – 300 unidades a 10 cada = 3.000; e) venda a prazo – 300 unidades a 15 cada = 4.500. 28
  • 29. f) encerrar conta de compras; g) encerrar conta de vendas h) ajustar estoque de mercadorias A contagem física apurou 395 unidades a 10 cada = 3.950. Mercadorias Compras Receita de Vendas (a) 5.000 5.000 (h) (b) 3.000 6.000 (f) (g) 10.500 6.000 (c) (h) 3.950 (d) 3.000 4.500 (e) Caixa Clientes Fornecedores a) 5.000 (e) 4.500 3.000 (b) Resultado do período (f) 6.000 10.500 (g) (h) 5.000 3.950 (h) 3.450 Resultado com mercadorias no método periódico Resultado com mercadorias é a diferença entre o total das vendas líquidas (vendas brutas menos devoluções de vendas, vendas canceladas e Impostos incidentes sobre as vendas) e o valor do custo das mercadorias vendidas. Exemplo: Registros contábeis de determinado período: Receita de vendas 10.000 Devolução de vendas 1.000 ICMS 1.800 PIS s/faturamento 65 COFINS s/ faturamento 300 Estoque inicial 4.000 Estoque final 7.200 Compras 5.000 Devolução de compras 1.500 Fretes s/ compras 180 Calcular o resultado com mercadorias: Receita de vendas 10.000 – Dedução de vendas (1.000) ICMS (1.800) PIS (65) COFINS (300) (3.165) = Vendas líquidas 6.835 – Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) Estoque inicial 4.000 + Compras 5.000 29
  • 30. – Devolução de compras (1.500) + Fretes s/ compras 180 – Estoque final (3.200) (4.480) = Lucro bruto 2.355 b) Método do Inventário Permanente (ou Perpétuo) O método de controle do inventário é permanente ou perpétuo, quando controlamos de forma contínua as entradas, as saídas (custo das mercadorias vendidas), as devoluções de compras e vendas e, por conseqüência, o saldo final do estoque. Hoje, com o uso dos códigos de barras, a cada compra que efetuamos numa grande loja, de imediato é apurada a receita bruta (valor da nota fiscal), os tributos e o CMV, obtendo-se como resultado final a receita líquida da operação. Este método é utilizado, principalmente, nas médias e grandes empresas, sejam elas comerciais ou industriais, pela necessidade de um controle contínuo. Verifica-se então uma inversão na apresentação da movimentação dos estoques em relação ao método periódico, assim sendo demonstrada: Estoque inicial 3.000 + Compras 2.000 - Devolução de compras (500) + Frete 30 - Custo das Mercadorias Vendidas (1.330) = Estoque final 3.200 Contabilização do método do inventário permanente No método permanente, são usadas as contas: estoque de mercadorias, custo da mercadoria vendida (CMV) e receita de vendas. a) Estoque inicial – 500 unidades a 10 cada = 5.000; b) compra a prazo – 300 unidades a 10 cada = 3.000; c) venda à vista – 400 unidades a 15 cada = 6.000; d) compra à vista – 300 unidades a 10 cada = 3.000; e) venda a prazo – 300 unidades a 15 cada = 4.500. f) encerrar conta do custos das mercadorias vendidas; g) encerrar conta de vendas Mercadorias CMV Receita de Vendas (a) 5.000 4.000 (c) (c) 4.000 7.000 (f) (g) 10.500 6.000 (c) (b) 3.000 3.000 (e) (e) 3.000 4.500 (e) (d) 3.000 4.000 Caixa Clientes Fornecedores (c) 6.000 3.000 (d) (e) 4.500 3.000 (b) 30
  • 31. 3.000 Resultado do período (f) 7.000 10.500 (g) 3.500 c) Registros detalhados de estoque Ao adotar o método do inventário permanente, nos dias atuais, as empresas utilizam sistemas computadorizados de controle dos estoques de mercadorias, matérias-primas, produtos acabados, etc., havendo uma "ficha" para cada um deles. 11. Descontos Financeiros Os descontos financeiros são os prêmios oferecidos por um pagamento antecipado de obrigações assumidas, seja em transações comerciais, bancárias, prestação de serviços, etc.. Na realização da transação, normalmente já fica estipulado que determinado valor, se antecipado seu pagamento para determinada data, gozará o devedor de um desconto, variando o percentual do mesmo de acordo com o interesse do credor em receber com antecipação, bem como variam também as condições. Podem ser: 11.1. Descontos Concedidos ► Ocorrem quando uma empresa concede um desconto para seus clientes, por um pagamento antecipado em relação ao prazo previsto. Exemplo: Venda de mercadorias no valor de 10.000, ICMS de 18%, com vencimento para 60 dias, tendo o cliente aproveitado 5% de desconto para pagamento em 30 dias. a) Na venda Clientes Receita de Vendas 10.000 10.000 Despesa de ICMS ICMS a Pagar 1.800 1.800 b) No recebimento Caixa/Bancos Desconto Concedido Clientes 9.500 500 10.000 Observação: descontos concedidos são despesas financeiras da empresa. 11.2. Descontos obtidos ► Ocorrem quando uma empresa ganha um desconto de seus fornecedores, por um 31
  • 32. pagamento antecipado em relação ao prazo previsto. Exemplo: Compra de mercadorias no valor de 10.000, ICMS de 18%, com vencimento para 60 dias, efetuando-se o pagamento em 30 dias com 5% de desconto. a) Na compra Estoque de Mercadorias Fornecedores 8.200 10.000 ICMS a Recuperar 1.800 b) No pagamento Fornecedores Desconto Obtido Caixa/Bancos 10.000 500 9.500 Observação: descontos obtidos são receitas financeiras da empresa. 12. Confronto entre ICMS a Pagar e ICMS a Recuperar Ao final de cada período, faz-se o confronto entre as duas contas, encerrando-se a de menor saldo. Exemplo 1: 1 - Saldo de ICMS a Recuperar = 1.000 2 - Saldo de ICMS a Pagar = 1.500 3 – Encerramento da conta ICMS a Recuperar e pagamento do ICMS ICMS a Recuperar ICMS A Pagar 1.000 1.500 ICMS a Recuperar ICMS A Pagar Caixa/Bancos 1.000 1.000 1.000 1.500 500 500 Exemplo 2: 1 - Saldo de ICMS a Recuperar = 1.000 2 - Saldo de ICMS a Pagar = 500 3 – Encerramento da conta ICMS a Pagar ICMS a Recuperar ICMS A Pagar 1.000 500 ICMS a Recuperar ICMS A Pagar 1.000 500 500 500 500 32
  • 33. 13. Critérios de avaliação dos estoques Os critérios de avaliação dos estoques são combinados com os métodos, sendo vários os fatores que influenciam os preços de aquisição, tais como: inflação, deflação, mercado, produto nacional ou importado, escassez do produto, etc. Com isso, compras em determinado período podem ter preços diferentes, influenciando o CMV e os resultados da empresa. Os critérios de avaliação dos estoques serão vistos na Contabilidade de Custos. 14. Duplicatas Descontadas As duplicatas são títulos emitidos pelas empresas nas vendas de serviços ou vendas de mercadorias a prazo. Após emitir uma duplicata, a empresa pode adotar uma das alternativas: 1 - Ficar com o título em seu poder até que o mesmo seja pago pelo devedor, ou seja, ficar com as Duplicatas em Carteira; 2 - Endossar e enviar o título para que um banco promova sua cobrança em nome da empresa. Este tipo de operação denomina-se Duplicatas em Cobrança, sendo cobrada uma taxa de serviços pelo banco. Um conjunto de duplicatas remetidas chama-se "borderaux". 3 - Endossar e enviar o título para um banco, transferindo ao mesmo sua propriedade e recebendo em troca o valor do título, deduzidas as despesas e juros incidentes na operação. Esta operação é denominada Desconto de Duplicatas. A operação de Desconto de Duplicatas implica na transferência de posse e de propriedade do título para o banco, sendo a forma mais simples de contabilizar este fato a baixa do valor do título no ativo, em contrapartida com a entrada do dinheiro. Todavia, o endosso de uma duplicata não exime a empresa da responsabilidade de pagar o título na eventualidade de inadimplência do devedor. Assim, sua baixa só deve ser feita quando da liquidação do mesmo Exemplo: 1 - Saldo de Clientes 20.000 2 - Saldo de Bancos 10.000 3 - Saldo de Duplicatas Descontadas 5.000 4 - Remessa para o banco de 4.000 de Duplicatas Descontadas, tendo sido creditada em nossa conta o valor de 3.800, com cobrança de 200 de despesas bancárias. 5 - Aviso do Banco informando o recebimento de 2.000 de Duplicatas Descontadas. 6 - Aviso do Banco debitando 300 de duplicatas descontadas não recebidas, mais despesas de 30, devolvendo as duplicatas para a empresa. 7 - Aviso do Banco debitando 500 de duplicatas descontadas mais despesa de 80, 33
  • 34. sendo devolvidas as duplicatas para cobrança simples. 8 – Aviso do Banco pelo recebimento de 500 de duplicatas com juros de 200, creditando o valor total em nossa conta. Clientes Bancos Dupl. Descontadas (1) 20.000 2.000 (5) (2) 10.000 330 (6) (5) 2.000 5.000 (3) 500 (8) (4) 3.800 580 (7) (6) 300 4.000 (4) _________ (8) 700 (7) 500 _______ 17.500 13.590 6.200 Despesas Bancárias Receita de Juros (4) 200 200 (8) (6) 30 (7) 80 _____ 310 200 O saldo da conta Clientes reflete o montante das duplicatas a receber e o saldo da conta Duplicatas Descontadas a parcela daquelas duplicatas descontadas pela empresa. Quando da elaboração do Balanço Patrimonial, a conta Duplicatas Descontadas deverá ser lançada no Ativo como uma conta redutora de Clientes, da seguinte forma: Clientes 17.500 (-) Duplicatas Descontadas ( 6.200) 11.300 15. Créditos Incobráveis De acordo com a Lei nº 9430/96, art. 9 a 14, regulamentada pela Instrução Normativa SRF nº 93/97, art. 24 a 28, para efeito de apuração do lucro real, poderão ser registradas como perdas dedutíveis os créditos: 1 - Em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor em sentença emanada do poder judiciário; 2 - Sem garantia de valor: a) até R$ 5.000,00 , por operação, vencidos há mais de 6 meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento; b) acima de R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém mantida a cobrança administrativa; c) superior a R$ 30.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento. 3 - Com garantia, vencidos há mais de 2 anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou arresto das garantias; para esse 34
  • 35. fim, considera-se crédito garantido o proveniente de vendas com alienação fiduciária em garantia ou de operações com outras garantias reais; 4 - Contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica concordatária, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado o seguinte: a) a dedução da perda será admitida a partir da data da decretação da falência ou da concessão da concordata, desde que a credora tenha adotado os procedimentos judiciais necessários para o recebimento do crédito; b) a parcela do crédito cujo compromisso de pagar não houver sido honrado pela empresa concordatária poderá também ser deduzida como perda. Por operação, no caso de empresas mercantis, entende-se como a emissão da fatura, mesmo que englobe uma ou diversas notas fiscais. 15.1. Perdas não dedutíveis Não será admitida a dedução de perdas no recebimento de créditos com pessoa jurídica que seja controladora, controlada, coligada ou interligada, bem como com pessoa física que seja acionista controlador, sócio, titular ou administrador da pessoa jurídica credora, ou parente até o terceiro grau dessas pessoas físicas. 15.2. Registro contábil das perdas O registro contábil das perdas nas condições estabelecidas, deve ser efetuado em dois passos: 1°) no momento em que foi levantada a possibilidade da perda, constituindo-se uma provisão; 2°) no momento da confirmação da perda, com baixa na conta de clientes. Exemplo: 1 – um título de 4.500 foi considerado sob risco de não recebimento; 2 – confirmação de que não será recebido. Despesa Devedores Duvidosos (DDD) Provisão de Devedores Duvidosos (PDD) (1) 4.500 (2) 4.500 4.500 (1) Clientes 4.500 (2) Obs.: A DDD é uma despesa operacional (despesas com vendas). 15.3. Créditos recuperados Deverá ser computado na determinação do lucro real, o montante dos créditos deduzidos que tenham sido recuperados, em qualquer época ou a qualquer título, inclusive nos casos de novação de dívida ou do arresto dos bens recebidos em 35
  • 36. garantia real. O registro contábil dos créditos recuperados é efetuado a débito das contas Caixa ou Bancos e a crédito de uma conta de resultado = Recuperação de Devedores Duvidosos . Exemplo: recebido 3.000 de duplicatas baixadas como incobráveis, com juros de 200. Caixa Recuperação Dev. Duvidosos Receita Juros 3.200 3.000 200 Obs.; a RDD é uma receita operacional (outras receitas operacionais). 16. Depreciação, Amortização e Exaustão do Ativo Permanente O Ativo Permanente é formado por: Investimentos – representam os bens e direitos por participações permanentes em outras sociedades (Controladas, Coligadas), obras de arte, imóveis para renda, etc. Imobilizado – representam os bens destinados à manutenção das atividades da empresa (ou entidade), ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial. Exemplo: imóveis, veículos, instalações, móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, benfeitorias em bens de terceiros, etc. Ativo Diferido – representam as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado em mais de um exercício social. Exemplo: despesas pré- operacionais, desenvolvimento de novos projetos, etc. a) Depreciação Corresponde à perda de valor pelo desgaste dos bens físicos, em decorrência do uso, ação da natureza ou obsolescência. Na Contabilidade a depreciação é um custo amortizado. Logo, a depreciação de um período é o custo amortizado nesse período, bem como a depreciação total de um bem é o custo amortizado durante sua vida útil. Devem ser depreciados todos os bens tangíveis que compõem o imobilizado de uma entidade, porém, não podem ser depreciados os terrenos e obras de arte. b) Amortização Corresponde à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada ou bens cuja utilização tenha o prazo legal ou contratual limitado. São amortizadas: as patentes, os direitos autorais (direitos de duração limitada), as despesas pré-operacionais e as benfeitorias em bens de terceiros e, não estão sujeitos à amortização as marcas de indústria e de comércio (direitos de duração ilimitada). 36
  • 37. c) Exaustão Corresponde à perda do valor decorrente da exploração de recursos naturais, tais como: minas (cobre, ouro, ferro, prata), florestas, reservas petrolíferas, etc. 16.1. Depreciação - Método da Linha Reta ou Linear Distribui o custo do bem exclusivamente em função do tempo, com valores iguais durante sua vida útil, sendo usado universalmente tendo em vista sua grande simplicidade de cálculo e funcionamento. No Brasil, é o método permitido pela Legislação do Imposto de Renda. A depreciação deve ser registrada na escrituração como custo ou despesa operacional (comerciais ou administrativas) e, será determinada mediante a divisão do custo de aquisição menos valor residual pelo número de meses de vida útil. A legislação permite que a depreciação seja iniciada no mês de aquisição ou no mês seguinte, dispensado o ajuste da taxa para os bens postos em funcionamento no curso do mês. 16.2. Depreciação de bens usados A taxa de depreciação de bens adquiridos usados será fixada tendo em vista o maior dos seguintes prazos: 1) metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo, ou, 2) restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação Para a depreciação do bem (Decreto 1.041 de 11.01.94), usamos a fórmula: valor do bem - valor residual Depreciação mensal = ----------------------------------------------------- vida útil estimada em meses Valor do bem - O valor do bem inclui todos os desembolsos realizados até que o mesmo esteja em condições de entrar em atividade no processo operacional da empresa. Assim, fretes, seguros, custo das instalações, projetos, impostos, etc., devem fazer parte de seu custo. Valor residual – é o valor estimado que será recebido pela venda do bem quando este não mais for útil, ou a quantia estimada quando após sua vida útil, o bem ainda permanecer na empresa. Vida útil estimada – é o tempo estimado de utilização do bem em pleno funcionamento, sendo fixadas pela Secretaria da Receita Federal, podendo-se citar como exemplos: veículos = 5 anos; prédios = 25 anos; máquinas e equipamentos = 10 anos; móveis e utensílios = 10 anos, etc. O lançamento da depreciação tem como débito uma conta de despesa de depreciação e como crédito uma conta de depreciação acumulada, ambas identificando o tipo de bem. As contas de depreciação acumulada, amortização acumulada e exaustão acumulada são chamadas de contas retificadoras do ativo, 37
  • 38. pois, são de natureza credora entre contas de natureza devedora. Exemplo 1 – para um veículo no valor de 60.000, com vida útil estimada de 5 anos e valor residual de 10%, efetuar o lançamento contábil: 60.000 - 6.000 Cálculo da depreciação = -------------------- = 900/mês 60 Lançamento contábil: Despesa Deprec. Veículos Deprec. Acumulada Veículos 900 900 Exemplo 2 – para uma máquina adquirida em janeiro/2000 por 30.000, vida útil estimada de 10 anos, valor residual de 10% e início da depreciação no mês de aquisição, calcular: 1 - Depreciação acumulada em 31/12/2007; 2 – Lançamento da despesa do mês de janeiro de 2008; 3 – Total da despesa de depreciação acumulada até 30/09/2003. 30.000 - 3.000 Cálculo da depreciação = -------------------- = 225 120 1 – Depreciação acumulada = 01/2000 a 12/2007 = 96 meses x 225 = 21.600 2 – Lançamento: Despesa Deprec. Máquinas Deprec. Acumulada Máquinas 225 225 3 - Despesa acumulada até 30/09/2003 9 x 225 = 2.025 Obs.: as contas de resultado são encerradas a cada final de exercício. Logo, só podem existir despesas acumuladas do próprio ano de 2003. Exemplo 3 – para benfeitorias em imóvel de terceiros no valor de 18.000, cujo contrato de aluguel é de 5 anos, calcular a amortização mensal e fazer o lançamento contábil. 18.000 Cálculo da amortização = ---------- = 300/mês 60 Lançamento contábil: Despesa de amortização Amortização acumulada 300 300 A Amortização é um custo ou despesa operacional da empresa. 38
  • 39. Exemplo 4 – para um pagamento de 7.200 para explorar uma mina de carvão com vida útil estimada de 6 anos, calcular a exaustão do mês e fazer o lançamento contábil 7.200 Cálculo da exaustão = ---------- = 100/mês 72 Lançamento contábil: Despesa de exuastão Exaustão acumulada 100 100 A Exaustão é um custo ou despesa operacional da empresa. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: em nossos exercícios calcularemos a depreciação, amortização e exaustão sempre a partir do mês seguinte da aquisição. 16.3. Venda ou baixa de ativo permanente Quando da venda ou baixa de um bem do Ativo Permanente, apura-se o resultado (lucro ou prejuízo), que é um resultado não operacional da empresa. Nesta apuração, deve ser calculado o valor contábil líquido do bem que é o custo de aquisição menos a depreciação acumulada. Quando o preço de venda for maior que o valor contábil líquido a operação deu lucro. Quando o valor contábil líquido é menor que o preço de venda, a operação deu prejuízo. No caso deste ativo permanente ter depreciação, amortização ou exaustão, devem ser contabilizadas as despesas até o mês de sua realização (venda). Exemplo 1 - um veículo no valor de 50.000, adquirido em 10/2003, com valor residual de 2.000 e vida útil estimada de 5 anos, foi vendido à vista por 15.000, em setembro de 2007. 50.000 - 2.000 Cálculo da depreciação = ------------------- = 800/mês 60 Depreciação acumulada: 2003 = 2 m 2004 = 12 m 2005 = 12 m 2006 = 12 m 2007 = 9 m Total = 47 m x 800 = 37.600 Cálculo do valor contábil líquido: Custo de aquisição = 50.000 - Depreciação acumulada = (37.600) Valor contábil líquido = 12.400 Resultado da operação = 15.000 – 12.400 = 2.600 (lucro) Na venda de bens do permanente, devem ser efetuados os seguintes lançamentos (considerando-se que a depreciação do mês já está contabilizada: 1 – pela venda 39
  • 40. 2 – pela baixa do bem 3 – pela baixa da depreciação acumulada 4 – na apuração do lucro ou prejuízo Veículo Depreciação Acumulada 50.000 50.000 -2 3 -37.600 37.600 Caixa Resultado Alienação de Imob. 1- 15.000 2 - 50.000 15.000 – 1 37.600 – 3 2.600 Resultado credor = lucro Se o resultado fosse devedor, a venda teria dado prejuízo. 40
  • 41. EXERCÍCIO DE CONT I SALDOS DO BALANCETE DA CIA ALFA DE TURISMO EM 31.12.2007 CONTAS DÉBITO CRÉDITO Caixa 4.100 Bancos 1.200 INSS a pagar 180 Veículos 7.270 Fornecedores 480 Capital 8.000 Clientes 600 Empréstimos a pagar 700 Salários a pagar 820 Lucros acumulados 3.280 Material de Escritório 290 TOTAL 13.460 13.460 OPERAÇÕES DO MÊS DE JANEIRO DE 2008: 05 – Comprou material de escritório por 120, pagando no ato 10% 08 – Pagou despesas de telefone do mês no valor de 95 10 – Realizou serviços por 2.000, recebendo no ato 90% através de banco. 12 – Pagou o INSS do mês anterior 15 – Recebeu aluguel do mês no valor de 730 20 – Pagou salários do balancete do mês anterior com cheque 26 – Recebeu o restante da operação do dia 10 com desconto de 5% 28 – Recebeu o saldo de clientes do mês anterior com juros de 10% 29 – Foi debitado na conta corrente 720 para liquidação do empréstimo existente em dez/07 30 – Salários de janeiro para pagamento em fevereiro = 1.000, foi descontado 8% de INSS 31 – Foi consumido em janeiro, 125 de material de escritório. PEDE-SE: Lançamentos nas contas “T” e Balancete de Verificação em 31/01/08. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS Efetuar os lançamentos dos Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido 41
  • 43. 1. Duas pessoas formam uma sociedade integralizando o capital com dinheiro 5.000 2. Compra a prazo de máquina de somar 500 3. Compra à vista de mercadoria para vender 1.000 4. Pagamento da compra (transação nº2) 500 5. Recebimento de dinheiro referente a prestação de serviços 2.000 6. Compra de um veículo à vista 5.000 7. Pagamento de aluguel do mês 100 8. Prestação de serviços a terceiros, que a firma deverá receber posteriormente. 600 9. Compra de gasolina para o veículo, para pagamento no mês seguinte 50 10. Recebimento do valor de um empréstimo tomado ao banco 3.000 11. Pagamento da despesa de gasolina (transação nº 9) 50 12. Venda de mercadorias à vista (não levar em consideração o lançamento dos estoques) 1.500 13. Pagamento de comissão aos vendedores 300 14. Compra a prazo de material de escritório (despesa) 100 15. Pagamento do empréstimo que tomou (transação nº 10) 3.100 16. Aumento em dinheiro do capital da empresa 4.000 17. Pagamento por despesas de telefone 800 18. Compra a prazo de mercadorias para vender 1.300 19. Recebimento do valor pelo serviço prestado (transação nº 8) 650 20. Pagamento da compra (transação nº 18) 1350 ATIVO PASSIVO BENS OBRIGAÇÕES DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO Saldos dos serviços de lanternagem Zébatido em 30.11.08. Caixa 1.000, Banco da Praça 500, Clientes 100, Fornecedores 200, Capital 2.000, Material de Escritório 40, Veículos 1.000, INSS a Pg 25, FGTS a Pg 8, Aluguel a PG 90, Aluguel a Rec 100, ISS a Pg 10, Material de Limpeza 40, Salários a Pg 92, Aplicações Financeiras 500 – Lucros ou Prejuízos acumulados ? Operações do mês de dezembro: 43
  • 44. 01 – Prestou serviços por 3.000 rec no ato 70% depositando em Banco 02 – Pg água e esgoto 50 05 – Integralizou o Capital Social c/ dinheiro 900 depositando em Banco e 100 de M. Utensílios 07 – Pg as obrigações do balancete c/ cheque 09 – Credito em C/C do Banco 300 ref a 50% de resgate de Aplicações Financeiras 10 – Rec aluguel do balancete 12 – Pg aluguel do mês 90 14 – Pg despesas postais 20 18 – Compra de material de escritório a prazo 30 20 – Recebeu 50% da operação do dia 01 22 - Pg energia elétrica 48 24 – Transferência da c/ corrente p/ Caderneta de Poupança 1.000 26 – Rec p/ serviços prestados 1.000 28 – Pg telefone 35 29 – Compra de vale transporte p/ empregados 70 Informações Complementares: a) Aluguel a Receber do mês 90 b) Salários do mês 600 sendo descontado dos empregados 8% INSS e 6% de Vale transporte c) S/ Salários há encargos sociais de 25% de INSS e 8% de FGTS respectivamente d) ISS s/ Serviços Prestados 5% e) Saldo de Material de Escritório do mês = 15 f) Foi consumido no mês, 25 de Material de Limpeza. Pede:se em 31.12.2008: Lançamentos em conta “T” e Balancete de Verificação EXERCICIO DE CONT I UCP SALDOS EM 31/07/2008 DE COMERCIAL RIO2016: CAIXA – 29.600, FORNECEDORES – 14.000, ICMS A RECUPERAR – 1.000, CLIENTES – 20.000, EQUIP. INFORMÁTICA. – 15.000, EMPRÉSTIMOS A PG. – 4.400, BANCOS – 18.000, CAPITAL – 60.000, MERCADORIAS – 25.200, MATERIAL DE ESCRITÓRIO – 900, LUCROS ACUMULADOS - ? 44
  • 45. OPERAÇÕES EM AGOSTO DE 2008: A – VENDA DE MERCADORIAS À VISTA POR 20.000, ICMS 19%, PIS 0,65%, COFINS 3% e CUSTO DE 35%. B – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE ÍTEM ANTERIOR C – PAGOU 40% DO SALDO DE FORNEC. DE JULHO COM DESC.DE 5% D – PAGOU SEGUROS POR 6 MESES NO TOTAL DE 600, E – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 8.000, COM ICMS 12% F – FOI CONSUMIDO EM AGOSTO, 300 DE MATERIAL DE ESCRITÓRIO G – PAGOU SALÁRIOS DE AGOSTO NO VR DE 3.000, SENDO DESCONTADO 8% DE INSS DOS EMPREGADOS H – SOBRE SALÁRIOS, HÁ ENCARGOS DE 25% DE INSS e 8% DE FGTS I – RECEBEU POR BANCO, 5.000 DE CLIENTES + JUROS DE 8% J – FOI DEBITADO NO BANCO, 1.000 REFERENTE EMPRÉSTIMO. . PEDE-SE EM AGOSTO DE 2008: RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO. Exerc.cont1.6 EXERCICIO DE CONT I UCP SALDOS EM 31/12/2009 DE COMERCIAL ELIMIN: CAIXA – 31.600, FORNECEDORES – 10.000, ICMS A PG – 1.000, CLIENTES – 20.000, MÓVEIS E UTENSÍLIOS. – 23.000, INSS A PG – 1.400, BANCOS – 28.000, CAPITAL – 50.000, MERCADORIAS – 28.200, MATERIAL DE ESCRITÓRIO – 700, FGTS A PG – 350, LUCROS ACUMULADOS – 68.750. 45
  • 46. OPERAÇÕES EM JANEIRO DE 2010: A – VENDA DE MERCADORIAS POR 40.000, SENDO 50% À VISTA, ICMS 19%, PIS 0,65%, COFINS 3% e CUSTO DE 30%. B – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE A PARTE A PRAZO DO ÍTEM “A” C – PAGOU 30% DO SALDO DE FORNEC. DE DEZEMBRO COM JUROS.DE 5% D – PAGOU O IPTU DO ANO DE 2010 NO TOTAL DE 1.500. E – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 20.000, COM ICMS 12% F – FOI CONSUMIDO EM JANEIRO, 500 DE MATERIAL DE ESCRITÓRIO G –SALÁRIOS DE JAN PARA PAGAMENTO DE FEV NO VALOR DE 4.000. FOI DESCONTADO DOS FUNCIONÁRIOS, 8% DE INSS e 2% DE SINDICATO. H – SOBRE SALÁRIOS, HÁ ENCARGOS DE 25% DE INSS e 8% DE FGTS I – DEVOLUÇÃO DE 20% REFERENTE O ÍTEM “E” PEDE-SE EM JANEIRO DE 2010: RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO. Exerc.cont1.161 EXERCÍCIO DE CONT I SALDOS EM NOVEMBRO/2007 DE COMERCIAL TRODAT LTDA: CAIXA 23.500, FORNECEDORES 8.200, CLIENTES 18.000, MERCADORIAS 28.500, CAPITAL 20.000, ICMS A PAGAR 3.900, PIS A PG 1.950, COFINS A PAGAR 4.000, VEÍCULOS 18.000, BANCOS 14.700, MAT.ESCRITÓRIO 860, LUCROS ACUMUMLADOS 65.510. 46
  • 47. OPERAÇÕES EM DEZEMBRO/2007: A – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 6.000, ICMS 12% B – PAGOU O SALDO DE FORNECEDORES DE NOVEMBRO COM DESC.DE 5% C – VENDA DE MERC. POR 10.000, A PRAZO, ICMS 19%, PIS 0,65%, COFINS 3% e CUSTO 40% D – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE A LETRA “A” E – PAGOU DESPESAS POSTAIS NO VALOR DE 920 F – RECEBEU 6.000 DE CLIENTES COM JUROS DE 5% G – FOI CONSUMIDO EM DEZEMBRO, 280 DE MATERIAL DE ESCRITÓRIO H – PAGOU COM CHEQUE, OS IMPOSTOS DO MÊS ANTERIOR I – PAGOU DESPESAS DE TELEFONE 570 e ENERGIA ELÉTRICA 430. PEDE-SE: RESULT.COM MERCADORIAS E BAL.VERIFICAÇÃO EM DEZ/07. Exerc.cont171 EXERCICIO DE CONT I UCP SALDOS EM 31/07/2008 DE COMERCIAL DANDARA: CAIXA – 19.600, FORNECEDORES – 13.000, DUP.DESCONTADAS – 10.000, CLIENTES – 32.000, EQUIP.INFORMÁTICA. – 12.000, EMPRÉSTIMOS A PG. – 4.600, BANCOS – 8.000, CAPITAL – 50.000, MERCADORIAS – 19.200, MATERIAL DE ESCRITÓRIO – 800, LUCROS ACUMULADOS - ? 47
  • 48. OPERAÇÕES EM AGOSTO DE 2008: A – VENDA DE MERCADORIAS À VISTA POR 20.000, ICMS 19%, PIS 0,65%, COFINS 3% e CUSTO DE 35%. B – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE ÍTEM ANTERIOR C – PAGOU 50% DO SALDO DE FORNEC. DE JULHO COM DESC.DE 5% D – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 3.300, DE DUP.DESCONTADAS E – COMPRA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 10.000, COM ICMS 12% F – AVISO DO BANCO DEBITANDO 1.200, DE DUP.DESCONT + 100 DE DESP. G – RECEBEU POR BANCO, 6.000 DE CLIENTES + JUROS DE 2% H – FOI DEBITADO NO BANCO, 1.200 REFERENTE EMPRÉSTIMO. I – REMESSA PARA O BANCO DE 5.000, DE DUP.DESCONTADAS. O BANCO COBROU 5% DE DESPESAS E CREDITOU O LÍQUIDO EM N/CONTA. . PEDE-SE EM AGOSTO DE 2008: RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO. Exerc.cont1.10 EXERCICIO DE CONT I SALDOS EM 31/10/2008 DE COMERCIAL RETIRO: CAIXA – 25.600, FORNECEDORES – 12.000, DUP.DESCONTADAS – 10.000, CLIENTES – 15.000, MÓVEIS E UTENS. – 6.000, DEPREC.S/MOV.UTENS. – 2.400, BANCOS – 7.600, APLIC.FINANCEIRAS – 25.200, CAPITAL – 30.000, ICMS A 48
  • 49. PAGAR – 2.500, PIS A PG – 700, COFINS A PG – 1.300, MERCADORIAS – 28.200 LUCROS ACUMULADOS - ? OPERAÇÕES EM NOVEMBRO DE 2008: A – VENDA DE MERCADORIAS A PRAZO POR 40.000, ICMS 12%, PIS 0,65%, COFINS 3% e CUSTO DE 25%. B – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 4.000 DE DUP.DESCONTADAS C – PAGOU COM CHEQUE, O ICMS, PIS E COFINS DE OUTUBRO D – PAGOU SEGUROS POR 12 MESES NO TOTAL DE 3.000 E – COMPRA DE MERCADORIAS À VISTA POR 6.000, COM ICMS 12% F – PAGOU 30% DO SALDO DE FORNEC. DE OUTUBRO COM JUROS DE 5% G – RESGATOU 3.500 DA APLICAÇÃO FINANCEIRA H – BAIXA COMO INCOBRÁVEL DE 500 DE DUP.DE CLIENTES I – VIDA ÚTIL MOVÉIS E UTENS. = 10 ANOS. PEDE-SE EM NOVEMBRO DE 2008: RESULTADO COM MERCADORIAS E BALANCETE DE VERIFICAÇÃO. Exerc.cont1.7 EXERCICIO DE CONT I UCP SALDOS EM NOVEMBRO/2005 DE COMERCIAL SARAU LTDA: CAIXA 18.500, CLIENTES 10.000, DUP.DESC. 5.000, MERCADORIAS 15.500, CAPITAL 20.000, ICMS A PAGAR 2.800, PIS A PG 950, COFINS A PAGAR 4.000, VEÍCULOS 9.000, DEP.S/VEÍCULOS 4.600, BANCOS 4.000, LUCROS ACUM. 19.650. 49
  • 50. OPERAÇÕES EM DEZEMBRO/2005: DIA 04 – COMPRA DE MERCAD. A PRAZO POR 4.000, ICMS 19% DIA 07 – VENDA DE MERC. POR 8.000, A PRAZO, ICMS 19%, PIS 0,65%, COFINS 3% e CUSTO 40% DIA 08 – DEVOLUÇÃO DE 10% REFERENTE AO DIA 04 DIA 10 – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 4.000 DE DUP.DESCONTADAS DIA 13 – REMESSA PARA O BCO. DA OPERAÇÃO DO DIA 07, O BCO. COBROU 100 DE DESP. E CREDITOU O LÍQUIDO EM N/CONTA DIA 17 – BAIXA DE 300 DE DUPLIC. CONSIDERADAS COMO INCOBRÁVEIS DIA 20 – PAGOU A COMPRA DO DIA 04 COM DESCONTO DE 5% DIA 23 – COMPRA À VISTA DE MÓVEIS E UTENS. POR 1.800, VIDA ÚTIL ESTIMADA EM 10 ANOS. DIA 30 – VIDA ÚTIL ESTIMADA VEÍCULOS = 5 ANOS PEDE-SE: RESULT.COM MERCADORIAS E BAL.VERIFICAÇÃO EM DEZ/05. Exerc.cont1.8 EXERCÍCIO DE CONT I UCP SALDOS EM JULHO/2008 DE COMERCIAL SAUÍPE LTDA: CAIXA 12.500, MATERIAL DE ESCRIT. 500, CLIENTES 8.000, DUP.DESC. 3.000, MERCADORIAS 9.500, CAPITAL 20.000, ICMS A PAGAR 2.800, PIS A PG 200, COFINS A PG 600, EQUIP.INFORMÁTICA 9.000, DEP.S/EQUIP.INFORM. 6.000, VEÍCULOS 8.000, DEP.S/VEÍC 4.600, BANCOS 7.000, LUCROS ACUM. 17.300. OPERAÇÕES EM AGOSTO/2008 50
  • 51. A – COMPRA DE MERCAD. POR 5.000 A PRAZO ICMS 19% B – VENDA DE MERC. POR 10.000, A PRAZO, ICMS 12%, PIS 0,65%, COFINS 3% e CUSTO 30% C – DEVOLUÇÃO DE 10% DO ÍTEM ANTERIOR D – AVISO DO BANCO PELA COBRANÇA DE 2.000 DE DUP.DESCONTADAS E – PAGOU O ICMS, PIS E COFINS DE JULHO F – VENDA DO VEÍCULO DE JULHO À VISTA POR 4.000 G - REMESSA PARA O BCO. DE 3.000 DE DUP.DESC. O BANCO COBROU 5% DE DESPESAS E CREDITOU O LÍQUIDO EM N/CONTA. H – AVISO DO BANCO DEBITANDO 900 DE DUP.DESC.+ 20 DE DESPESAS I – BAIXA DE 300 DE DUPLIC. CONSIDERADAS COMO INCOBRÁVEIS J – PAGOU COM CHEQUE, 2.000 DE FORNECEDORES COM DESC. DE 5% K – RECEBEU 200 DE DUP.BAIXADAS COMO INCOB. + 20% DE JUROS L - EQUIP.INFORMÁTICA: VIDA ÚTIL ESTIMADA EM 5 ANOS PEDE-SE: BAL.VERIFICAÇÃO E RESULTADO COM MERC. EM AGOSTO/2008. F:Word:exerc.cont1.9 51