A safra de grãos na região deve chegar a 3,25 milhões de toneladas. A produção de soja deve ser de 1,85 milhão de toneladas, um aumento em relação à safra anterior. A área plantada de milho foi reduzida, com produção estimada de 1,12 milhão de toneladas.
1. Safra deve chegar a
3,25 mi de toneladas
1,12 milhão de
toneladas de milho
Trigo ganha área
maior de plantio
Feijão das águas
rende 71 mil toneladas
DIÁRIO DOS CAMPOS | CADERNO ESPECIAL - MAIO/2013
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Com Valor Bruto da Produção (VPB) de R$ 5,98 bilhões, os
Campos Gerais abrigam municípios que se destacam nacio-
nalmente como é o caso de Tibagi, maior produtor nacional de
trigo. O que a safra de grãos regional representa pode
ser vista também na movimentação junto aos bancos.
Só o BRDE financiou na safra 2012/2013, volume
34,85% maior que o registrado na anterior.
O Caderno Safra – em sua primeira edição - traz as princi-
pais informações sobre as lavouras, os números do sistema
cooperativista, os programas do governo federal e as tendên-
cias do agronegócio.
2. A
pesar do grande volume
de chuvas nos meses
de dezembro de 2012
e fevereiro deste ano, a safra
de verão (2012/2013) na região
deverá somar 3,25 milhões de
toneladas de grãos. Isto signi-
fica um aumento de 4,83% em
relação à safra passada, quan-
do foram colhidos 3,10 milhões
de toneladas, sendo soja, milho
(normal e safri-
nha) e feijão (pri-
meira e segunda
safra).
A maior área
foi destinada ao
plantio da soja.
Foram aproxi-
madamente 536
mil hectares plantados, 9,5% a
mais que na safra 2011/2012,
período em que os produtores
plantaram em 490 mil hectares.
Segundo o Departamento
de Economia Rural (Deral) do
núcleo regional da Secretaria
de Estado da Agricultura e do
Abastecimento (Seab), a esti-
mativa é uma safra de 1,85
milhão de toneladas (colheita
encerrada na primeira quinze-
na de maio), volume superior
ao colhido na passada, quando
os produtores registraram 1,65
milhão de toneladas.
De acordo com o engenheiro
agrônomodoDeral,JoséRoberto
Tosato, apesar da colheita estar
finalizada, ainda é preciso aguar-
dar o processamento de todas
as informações para então se
chegar a um número preciso
sobre a safra. “A produtividade
média registrada nas lavouras
é de 3.450 qui-
los por hectare
a 3.550 quilos
por hectare, mas
esta é uma esti-
mativa”, diz.
Para o agrô-
nomo, a safra de
2012/2013 pode
ser considerada boa. “Houve
excesso de chuvas em dezem-
bro e em fevereiro e isto fez
aumentar o índice de doenças,
o que reduziu a produtividade
em algumas lavouras”, fala.
Conforme o agrônomo, a
umidade do solo também aca-
bou prejudicando a qualidade do
grão. “O maior volume está com
boa qualidade, mas alguns pro-
dutores perderam um pouco”,
relata. A colheita se iniciou em
março e seguiu os meses de
abril e maio. “O trabalho teve
que ser interrompido várias
vezes por causa das chuvas”,
lembra. A soja foi plantada entre
os meses de outubro (a partir
do dia 10) e dezembro (até a
primeira semana).
Mercado
Entre os motivos que leva-
ram os produtores a elevar a
área plantada nesta safra está
o preço. No ano passado, a
saca de 60 quilos estava sendo
vendida pelo valor médio de R$
64. “As perspectivas eram boas
devido ao mercado internacio-
nal e a quebra da produção
americana, com isto os produ-
tores elevaram a área de plantio
da soja e reduziram a do milho
e feijão”, explica.
Ele relata que a maior parte
da produção foi comercializada
ainda no ano passado, justamen-
te em função do preço no mer-
cado agrícola. Hoje a saca está
cotada entre R$ 54 e R$ 58.
O agrônomo destaca tam-
bém o uso da tecnologia no
campo, como fator que levou ao
aumento da produção, além da
área. “Quanto mais tecnologia
maior é o resultado no campo”,
comenta.
Wilson Oliveira
Diretor Presidente
Ana Virginia Valêncio de Oliveira
Diretora Geral
Jeferson Augusto
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Luciana R. Brick
Reportagem e Edição
Fábio Matavelli e Rodrigo Covolan
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Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Diário dos Campos
Maio/2013
Safra de grãos na região
deve chegar a
3,25 mi de toneladas
Produtores reduziram área plantada de milho e
feijão para aumentar a de soja, que rendeu nesta safra 1,85 milhão de
toneladas. Produção no ano passado foi de 1,65 milhão de toneladas
Boa parte da soja foi vendida antes mesmo do plantio
“A produtividade
média nas lavouras
é de 3.450 quilos
por hectare a 3.550
quilos por hectare”
Caderno Especial
Maio/2013
Das Assessorias
P
rodutores de trigo das
Cooperativas ABC, no
Paraná, apostam na valo-
rização do produto para aumen-
tar a área destinada ao grão na
próxima safra e para incentivar
o plantio, um novo moinho deve
ser inaugurado no início de 2014
em Ponta Grossa.
Está em obras em Ponta
Grossa, o moinho de trigo das
Cooperativas Agroindustriais
Batavo, Castrolanda e Capal,
que será considerado um dos
mais modernos
do País.
As cooperati-
vas estão inves-
tindo mais de R$
85 milhões nas
instalações do
moinho, com 50%
de participação
da Batavo, 27% da Castrolanda
e 23% da Capal. O projeto, que
tem área de 10 mil metros qua-
drados, terá capacidade total de
moagem de 240 mil toneladas
e receita estimada de R$ 200
milhões ao ano no final da segun-
da fase, com geração de 85
postos de trabalho. Totalmente
automatizado, o moinho utiliza
a mais alta tecnologia oferecida
por máquinas e equipamentos
em nível internacional, ofere-
cendo ao mercado consumidor
segurança e garantia alimentar.
“Sabemos que neste ano de
2012 as projeções para a cultu-
ra foram muito boas, tanto na
produção quanto no preço da
commoditie. Para 2013, acre-
ditamos novamente numa boa
safra e isso é muito importante,
mas desafiante para a indústria.
Porém, no agronegócio temos
momentos de crise, de dificulda-
des, mas é por isso que existem
ascooperativas,paradarsuporte
ao produtor rural e buscar alter-
nativas viáveis na rentabilização
e minimização destes impactos
gerados pelos momentos des-
favoráveis do agronegócio, prin-
cipalmente em
relação a cul-
tura do trigo. A
industrialização,
certamente é a
melhor alternati-
va para o nosso
setor ao cons-
truir marcas for-
tes com produtos de qualidade,
consolidando a participação de
nosso Estado na agroindústria
de ponta, favorecendo a gera-
ção de emprego e renda”, desta-
ca o presidente da Cooperativa
Batavo, Renato Greidanus.
Inicialmente o moinho irá
produzir farinhas industriais
para panifícios e indústrias de
biscoitos e massas no ataca-
do, sem previsão para o varejo.
O empreendimento beneficiará
prioritariamente os coopera-
dos das três cooperativas, que
podem agregar valor à atividade
primária de apenas produzir o
grão. Esse novo projeto envol-
ve o trabalho de pesquisa de
novas variedades com a partici-
pação da Embrapa, Coodetec e
Fundação ABC.
Atualmente, a produção de
trigo dos associados soma algo
próximo a 300 mil toneladas ao
ano, por isso o projeto terá flexi-
bilidade de duplicar a capacida-
de. Além disso, o moinho deverá
consumir para a produção de
farinha, cerca de 20% de trigo
importado, e ainda estimulará
o plantio das áreas dos coope-
rados, pois trará maior liquidez
na venda de sua produção. De
acordo com o gerente agrícola
da Batavo, Anacleto Luis Ferri, o
bom momento para o trigo está
trazendo mais alento ao produ-
tor, já que a área de produção
deve aumentar em 20% na safra
2013. As cooperativas Batavo,
Castrolanda e Capal contam
com mais de 2.700 associados.
“Receita
estimada com o
moinho é de R$ 200 mi
ao ano no final da
segunda fase”
Cooperativas Batavo, Castrolanda e Capal estão investindo mais de R$ 85 milhões na construção
do moinho de trigo em PG. Unidade terá capacidade total de moagem de 240 mil toneladas
O moinho de trigo em Ponta Grossa
será construído em fases. A primeira – já
iniciada – terá capacidade instalada para
beneficiar 120 mil toneladas de trigo por
ano. Nesta etapa, o investimento varia de
R$ 45 milhões a R$ 50 milhões. A conclu-
são está prevista para fevereiro de 2014,
quando a estrutura entrará em operação.
Segundo o presidente da Cooperativa
Batavo, Renato Greidanus, a segunda
fase da construção do moinho será inicia-
da possivelmente ao término da primeira.
“O projeto já prevê a ampliação”, afirma.
O moinho está sendo construído
entre as unidades II e III da Cooperativa
Batavo, às margens da BR-376, o que
facilitará sinergia com o setor de armaze-
nagem e acesso ao Porto de Paranaguá,
sem contar com a disponibilidade de
mão de obra qualificada na região.
Construção será em fases
Moinho está sendo construído às margens da BR-376
Moinho será um dos mais modernos do país
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Caderno Especial
DIÁRIO DOS CAMPOS
3. Diário dos Campos
Maio/2013
Safrinha de soja deve movimentar 19 mil toneladas
A
safrinha de soja foi
plantada em fevereiro
deste ano e a colheita
já começou. “O tempo firme,
sem grandes períodos de chuva
neste mês, está ajudando os
produtores neste período de
colher, mas os dias chuvosos na
época do plantio e também em
março implica-
ram no aumen-
to do índice de
doenças”, conta
o engenheiro
agrônomo do
Departamentode
Economia Rural
do núcleo regio-
nal da Secretaria de Estado da
Agricultura e do Abastecimento
(Deral/Seab) em Ponta Grossa,
José Roberto Tosato.
Segundo ele, a estimativa é
de que os produtores da região
colham em torno de 19 mil tone-
ladas de soja, ou seja, mais do
que o dobro colhido na safra
2011/2012, quando a safrinha
foi de apenas 8.500 toneladas.
De acordo com o agrônomo,
a safrinha é característica de
pequenos e médios produtores.
“Eles aumentaram a área plan-
tada devido aos bons preços
da soja e das perspectivas de
mercado”, diz.
Nesta safri-
nha, a área nas
propriedades
rurais destina-
da ao plantio
corresponde a
6.600 hectares,
enquanto no ano
passado a soja foi plantada ape-
nas em 2.820 hectares.
Quanto à produtividade, o
agrônomo observa que a previ-
são é de 2.900 quilos por hecta-
re, sendo que na última safrinha
a média foi 2.870 quilos por
hectare.
Safra Área plantada (hectares) Produção Produtividade (por hectare)
Fonte: Deral/Seab PG
Safra atual tem área maior de soja
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Nesta safrinha,
a área destinada ao
plantio corresponde
a 6.600 quilos
por hectare
4. Caderno Especial
Maio/2013
Diário dos Campos
Maio/2013
O
s produtores da região
finalizaram na primeira
semana de maio deste
ano a colheita do milho. A esti-
mativa do Departamento de
Economia Rural do núcleo regio-
nal da Secretaria de Estado da
Agricultura e do Abastecimento
(Deral/Seab) em Ponta Grossa é
uma produção de 1,12 milhão de
toneladas. O volume é ligeiramen-
te menor que o obtido na safra
passada, quando foram colhidas
1,24 milhão de toneladas.
De acordo com o engenhei-
ro agrônomo do Deral, José
Roberto Tosato, a área plantada
com milho foi reduzida nesta
safra, passando de 140 mil hec-
tares para 132 mil hectares,
redução de oito mil hectares.
“Os produtores reduziram a área
do milho e do feijão para aumen-
tar a da soja”, explica.
Segundo o agrônomo, o
plantio do milho se iniciou em
setembro e seguiu até outubro
de 2012, já a colheita foi inicia-
da em fevereiro último, porém
foi interrompida em meados de
março. “Os produtores deixaram
o milho para colher a soja, já que
o milho aguenta mais tempo nas
lavouras”, fala.
Conforme o agrônomo, o
milhocolhidonosprimeirosmeses
do ano apresenta umidade, com
índice variando de 20% a 30%.
“Esta umidade ocasionou queda
na qualidade do milho. Parte da
safra tecnificada foi de milho ardi-
do, o que dificulta a comerciali-
zação e faz cair o preço”, diz. O
valor máximo obtido pela saca de
60 quilos do cereal ardido variou
de R$ 18 a R$ 20. “É um milho
que só pode ser utilizado para
ração animal”, observa.
Oferta
O aumento da oferta de milho
no mercado interno e a perspec-
tiva da safrinha – comum em
cidades do Oeste paranaense,
como Cascavel - explicam a
queda na cotação do cereal,
com a saca sendo negociada
entre R$ 22 e R$ 25. “A safra
maior de milho fez com que os
preços da atual safra se reduzis-
sem”, comenta.
Contrato
O agrônomo observa que
em torno de 10% da produção
regional de milho foi vendida no
mercado futuro, como forma de
garantia de preço. “Os produto-
res conseguiram em torno de R$
26 a saca”, calcula ao considerar
que boa parte da safra está esto-
cada nos armazéns. “E deverá
continuar, já que Cascavel terá
uma produção grande o mer-
cado prefere milho mais novo,
como a safrinha que começou a
ser colhido este mês”, fala.
Produtores colhem
1,12 milhão de
toneladas de milho
Cereal ocupou aproximadamente 132 mil hectares das
lavouras da região, nesta safra de verão. Parte do milho
colhido foi vendida no mercado futuro
Do final de dezembro até fevereiro
deste ano, os produtores da região vol-
taram a atenção para o plantio do milho
safrinha. A colheita se iniciou em maio e
seguirá até o próximo mês de julho.
“Asafrinhaécaracterísticodospeque-
nos produtores rurais, que plantam o
milho em áreas colhidas
de feijão e fumo”, expli-
ca o engenheiro agrô-
nomo do Departamento
de Economia Rural
(Deral) do núcleo regio-
nal da Secretaria de
Estado da Agricultura
e do Abastecimento
(Seab) em Ponta Grossa, José Roberto
Tosato.
Segundo ele, a estimativa é que
sejam colhidos na safra 2012/2013 o
equivalente a 72 mil toneladas, volume
menor que o obtido no ano passado,
quando foram retiradas das lavouras
em torno de 89 mil toneladas.
A área destinada ao plantio tam-
bém foi reduzida nesta safra, passan-
do de 21.800 hectares para 17.350
hectares, redução de 18%. “A área
plantada diminuiu por-
que alguns produtores
de Ivaí e Reserva, que
plantam milho e feijão,
optaram pela soja devi-
do aos bons preços e
perspectivas do merca-
do”, explica.
Produtividade
A estimativa do Deral, é que os pro-
dutores obtenham uma produtividade
de 4.100 quilos por hectare de milho
safrinha, praticamente a mesma renta-
bilidade alcançada na safra 2011/2012.
Produtores finalizaram a colheita do milho na primeira quinzena de maio
Tosato: milho ‘perdeu’ área para a soja nesta safra de grãos
Safrinha colocará 72 mil toneladas no mercado
“Parte da safra
tecnificada foi
de milho ardido,
o que dificulta a
comercialização”
A
sétima edição do Sábado
Show & Feira de Peças
e Serviços Macponta -
evento promovido pela Macponta
(concessionária Jonh Deere em
Ponta Grossa e região) – movi-
mentou mais de R$ 60 milhões.
O encontro, que aconteceu no
último dia 18 de maio, recebeu
mais de 2,5 mil produtores rurais
dos Campos Gerias, superando
assim a expectativa dos organiza-
dores. “A expectativa foi superada
tanto em público quanto em volu-
me de negócios. Prevíamos em
torno de R$ 55 milhões”, conta o
diretor da Macponta, José Divalsir
Gondaski (Ferruge).
De acordo com ele, a movi-
mentação financeira resulta do
volume de vendas de merchan-
dising, peças, serviços e equipa-
mentos. “Realizamos o Sábado
Show uma vez no ano, evento
que tem tradição em negócios e
o agricultor conhece o trabalho
que a empresa faz e sabe o que
significa o Sábado Show”, diz.
Ele destaca que o evento se
consagrou como um encontro
para a família do produtor. “O
agricultor vem conhecer as novi-
dades da marca e traz toda a sua
família. Além disto, ele sabe que
se perder os descontos conce-
didos neste dia não encontrará
as mesmas condições no dia
seguinte”, fala.
No Sábado Show, os descon-
tos variam de 5% a 30%, percen-
tuais considerados altos diante
do valor das máquinas e dos
equipamentos. “Trabalhamos
diferente dos nossos concorren-
tes. Oferecemos desconto real
num único dia do ano, então o
agricultor que não aproveita para
comprar neste dia nos demais
sabe que não comprará com as
mesmas condições”, frisa.
Nesta edição, mais de 200
pessoas trabalharam no Sábado
Show para atender os clientes.
“Ano a ano o evento tem crescido
em público e volume de vendas e
isto mostra a força do Sábado
Show”, comenta ao explicar que
quando tem um produto novo no
mercado o lançamento nacional
acontece em Ribeirão Preto, na
feira agropecuária e a apresenta-
ção regional é no Sábado Show.
Safra
Para o diretor, o resultado do
evento está ligado há vários fato-
res, entre eles “o bom momento
em que vive o setor do agro-
negócio e a boa produção da
região nesta safra aliada ao bom
preço das commodities”.
Eleexplicaqueascolheitadei-
ras utilizadas na safra 2012/2013
foram adquiridas pelos produto-
res no ano passado. “Não vende-
mos máquinas em cima da hora.
A venda começou na Coopavel,
em Cascavel, então tem equipa-
mentos que os agricultores utili-
zaram agora, mas adquiriram no
ano passado, como é o caso das
colheitadeiras. Já as aquisições
no Sábado Show serão usadas
no segundo semestre.
Incentivo
O diretor observa que o pro-
dutor está aproveitando a taxa
de juros que o governo federal
vem oferecendo para o financia-
mento voltado à modernização
da lavoura e dos equipamentos.
“É um juro atrativo e importante,
então o agricultor tem mais que
aproveitar este incentivo”, fala.
Sábado Show movimenta mais de R$ 60 mi
Mais de 2,5 mil pessoas circularam pelo maior evento realizado
anualmente pela Macponta, concessionária John Deere em Ponta Grossa e região
Aprincipal novidade preparada para o
sétimo Sábado Show foi o lançamento da
colheitadeira S680, que traz um conceito
inovador, com um grande salto evolutivo
em relação ao que a John Deere já tinha
de melhor. “É uma máquina que traz mui-
tas novidades e certamente os clientes se
surpreenderam”, diz o gerente Comercial
da Macponta, Alyson Gondaski.
Outros destaques do evento ficaram
por conta do pulverizador 4630 naciona-
lizado e das novas opções de configura-
ção para tratores e implementos, como
a pá carregadeira. Outra grande novida-
de, que inclusive tem ganhado espaço na
região, é o foco no trabalho de agricultura
de precisão e demonstração do funciona-
mento dos sistemas envolvidos, através
de experiências. “Realizamos algumas
demonstrações diferenciadas, nas quais
os clientes puderam experimentar a efe-
tividade do nosso produto”, ressalta o
especialista em AMS da Macponta, José
Carlos Corrêa Filho.
Lançamento da colheitadeira S680
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Sábado Show apresenta novidades aos produtores
RODRIGO CZEKALSKI/DIVULGAÇÃO
5. Caderno Especial
Maio/2013
N
o momento em que finaliza
a colheita da safra de verão
o produtor rural começa a
planejar a próxima safra, mas nem
todos têm dinheiro na mão para
investir nas lavouras. Assim, a saída
é recorrer aos financiamentos para o
plantio, mas antes é preciso levantar
exatamente o quanto será preciso
para plantar. Para ajudar os produ-
tores, a Sicredi Campos Gerais e
a Sicredi Capal estão oferecendo
mais de R$ 160 milhões em crédito
rural (para custeio), sendo nas 21
unidades de atendimento que com-
põem a superintendência regional
da cooperativa. “Nosso objetivo é
crescer 20% em valor nesta safra em
comparação com a passada”, conta
o superintendente regional da Sicredi
Campos Gerais, Márcio Zwierewicz.
Juntas, as duas cooperativas ofere-
ceram R$ 130 milhões em crédito
rural na última safra e realizaram 700
operações.
De acordo com o superintenden-
te, a Sicredi possui todas as linhas de
custeio tanto para a safra de inverno
quanto para a de verão 2013/2014.
“Já estamos preparados para receber
as propostas e temos recursos dispo-
níveis para que o produtor possa pla-
nejar o custeio da sua lavoura junto
ao Sicredi, então convido associados
e não associados para que procurem
uma das nossas unidades de atendi-
mento e encaminhem sua proposta
para a safra”, fala.
Segundo o superintendente, a
Sicredi “tem recurso disponível, mas
pede ao produtor que se antecipe
mesmo aquele que acabou de colher
a safra pode reservar, desde já, valor
para o custeio”.
Ele conta que geralmente os pro-
dutores procuram a cooperativa pró-
ximo ao período de plantio, entre os
meses de julho e agosto. “Como já
temos recursos disponíveis os pro-
dutores podem nos procurar. Quem
quiser não precisa pegar o dinheiro
já, mas se procurar antes saberá que
terá o limite aprovado e condições
previamente estabelecidas”, reforça.
Sicredi tem mais de R$ 160 mi para custeio
Crédito rural é maior que o da safra passada, quando 700 operações movimentaram
R$ 130 milhões. Valor foi emprestado pelas cooperativas Sicredi Campos Gerais e Capal
Sicrediagro
As soluções financeiras do Sicredi cooperam para
o produtor rural colher grandes resultados.
Sua colheita pode render muito.
Invista seu dinheiro no Sicredi.
R$
1.
SACSicredi-08007247220/DeficientesAuditivosoudeFala-08007240525.OuvidoriaSicredi-08006462519.SACSicredi-08007247220/DeficientesAuditivosoudeFala-08007240525.OuvidoriaSicredi-08006462519.
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Márcio: “como já temos recursos os
produtores podem nos procurar”
Pré-custeio
Conforme Márcio,
o produtor tem a pos-
sibilidade de liberar o
custeio por volta de
agosto, mas usar o
pré-custeio, entre maio
e junho, para comprar
insumos de forma
antecipada e ter preço
melhor ou desconto
maior. “O pré-custeio
é uma opção do pro-
dutor, mas é importan-
te que ele saiba que
a utilização é possível
e ele pode quitar o
insumo de forma ante-
cipada”, relata.
Conforme Márcio,
ainda não é possível
saber qual a taxa de
juro e o limite dos finan-
ciamentos, uma vez
que o governo federal
divulgará o Plano Safra
no início de julho. “O
que sabemos é que
o Sicredi terá recur-
so maior que no ano
passado e queremos
assegurar que o pro-
dutor nos procure”, diz.
6. E
nquanto na safra 2011/2012 os
produtores da região colheram
em torno de 87 mil toneladas de
feijão (das águas), nesta a estimativa é
uma colheita de aproximadamente 71
mil toneladas, 16 mil toneladas a menos
no mercado.
De acordo com o engenheiro agrôno-
mo do Departamento de Economia Rural
do núcleo regional da Secretaria de
EstadodaAgriculturaedoAbastecimento
(Deral/Seab) em Ponta Grossa, José
Roberto Tosato, de olho na cotação da
soja e nas boas perspectivas de merca-
do, os produtores optaram por plantar
menos feijão e mais soja. Assim, 41.900
hectares foram ocupados com o feijão,
cerca de 20% a menos que na safra
passada, quando foram plantados 53 mil
hectares. “Na época do plantio, a soja
estava mais interessante, inclusive com
mercado internacional, então os produ-
tores com áreas mecanizadas plantaram
menos feijão e mais soja”, explica.
O plantio começou em setembro e
se estendeu até o final de outubro do
ano passado. Já a colheita se iniciou
em dezembro e seguiu até 15 de janei-
ro último. Devido ao excesso de chu-
vas que ocorreu no período em que a
planta se desenvolvia houve aumento
do índice de doenças. “As doenças
surgiram nas fases finais, floração e
frutificação”, conta. “Com isto, os pre-
ços caíram um pouco”, completa.
Apesar da redução, a saca de 60
quilos está cotada no mercado agrícola
entre R$ 130 e R$ 140. “É um excelen-
te preço para o feijão preto”, observa.
Ele calcula que a maioria dos produto-
res já tenha vendido sua produção.
Produtividade
Apesar do período chuvoso, os
produtores registraram produtividade
acima da média alcançada na safra
passada. Das lavouras saíram em torno
de 1.840 quilos por hectare neste ano.
Já no passado foram registrados apro-
ximadamente 1.630 quilos por hectare.
Variedade
Conforme o agrônomo do Deral,
92% dos pequenos produtores
regionais plantam, basicamente, fei-
jão preto. “Esta variedade pode ser
armazenada por mais tempo que o
Carioquinha que precisa ser vendido
no máximo em dez dias para não per-
der a qualidade. Os atacadistas dão
preferência sempre ao feijão novo e
de boa qualidade”, conta.
71 mil toneladas de feijão das águas71 mil toneladas de feijão das águas
Caderno Especial
Maio/2013
Assistência Técnica;
Cultura Subsequente com
Maior Produtividade.
Rentabilidade da
Produção;
Garantia de
Comercialização;
Rotação de Cultura;
Benefícios
em
Plantar
Canola
Canola a soja de invernoCanola a soja de inverno
A Energia
que vem
docampo
A Energia
que vem
docampoDIVULGAÇÃO
Preço da soja e boas perspectivas de mercado fizeram produtores
reduzir área plantada de feijão da primeira safra
7. Caderno Especial
Maio/2013
Diário dos Campos
Maio/2013
O
feijão das secas foi plantado de
15 de dezembro até fevereiro.
A colheita será finalizada até o
final deste mês de maio, sendo que a
estimativa é uma safra de aproximada-
mente 122 mil toneladas, volume maior
que a colhida no ano passado, quando os
produtores obtiveram 108.800 toneladas.
De acordo com o engenheiro agrôno-
mo do Departamento de
EconomiaRuraldonúcleo
regional da Secretaria de
Estado da Agricultura e
do Abastecimento (Deral/
Seab) em Ponta Grossa,
José Roberto Tosato,
houve aumento de 16%
na área plantada. Foram
destinados ao plantio, nesta safra, 64 mil
hectares. Já na passada o cultivo ocor-
reu em 54.650 hectares.
Para o agrônomo, o aumento está
relacionado ao preço desta variedade
de feijão desde novembro e dezembro
de 2012. “Os preços estavam firmes e
o feijão Carioquinha e Juriti é plantado
por médios e grandes produtores rurais,
basicamente 95% da área é cultivada
por médios e grandes”, diz.
Segundo ele, o feijão apresenta boa
qualidade, “porém devido às chuvas de
fevereiro e março houve alto índice de
doenças, o que deve reduzir a produtivi-
dade nas lavouras”, fala. Foram colhidos
na safra passada em torno de 2.020
quilos por hectare, sendo que nesta, por
enquanto, a média, é de
2.100 quilos por hectare.
Conforme o agrôno-
mo, “o Carioquinha tem
menor oferta no mercado
nacional e isto está levan-
do a ótimos preços. Os
produtores estão colhen-
do e já comercializando”,
diz. A saca de 60 quilos está sendo vendi-
da entre R$ 210 e R$ 240.
O Carioquinha e o Juriti são conhe-
cidos como feijão de cor, no entanto,
precisam ser comercializados logo após
a colheita, no máximo, em dez dias,
devido a perda de qualidade. Já o feijão
preto, tem maior resistência, portanto,
pode ficar mais tempo armazenado.
Produtores finalizam colheita
da ‘safra das secas’
Feijão de cor deve ser comercializado rapidamente
Canola está se tornado cultura permanente
Para o pesquisador da Embrapa Trigo
Gilberto Omar Tomm, a canola tem tido
crescimento constante nos últimos anos
graças à união de forças. A Embrapa
Trigo, por exemplo, realiza pesquisas
desde 1980 voltadas à cultura e inves-
te anualmente na introdução e testes
de novos híbridos de canola no Brasil.
Segundo ele, só neste ano experimentos
com 37 híbridos novos foram introduzi-
dos e estão sendo avaliados. Atualmente
a organização possui dois pesquisadores
dedicados à área de manejo de canola
e dois técnicos de apoio. Além disso,
aumentou seu investimento em pesquisa
de R$ 30 mil em 2011 para R$ 48 mil
em 2012 e adquiriu equipamentos per-
manentes, como semeadura-adubadora,
trilhadeira, pulverizador, estufa e equipa-
mentos de suporte digital. “A evolução
da canola sempre contou com a parceria
entre pesquisa, empresas de fomento e
indústria de óleo, além de estudantes de
pós-graduação e produtores que destina-
ram parte da lavoura para experimentos
na cultura”, afirma Tomm.
O grande interesse da indústria de
biodiesel em fomentar o cultivo da canola
é pelo teor de óleo do grão que chega
a 40%, contra 18% do grão de soja.
De acordo com a Associação Brasileira
dos Produtores de Canola (Abrascanola),
existe enorme demanda por óleo de
canola no mercado nacional e interna-
cional. Para atender apenas uma solici-
tação recebida recentemente da Europa,
seria necessária uma área 200 vezes
maior que a área cultivada atualmente
no Brasil. “As empresas, as cooperativas
e o governo estão trabalhando para a
expansão da produção de canola para
que a quantidade de óleo disponível no
Brasil viabilize seu emprego na produção
de biodiesel. Isto permitiria a exportação
para países, como os da Europa, onde
o biodiesel, produzido com óleo de soja
e sebo não atende as especificações”,
afirma o diretor presidente da BSBIOS,
Erasmo Carlos Battistella. Enquanto isso,
toda a canola produzida no Brasil é des-
tinada à alimentação humana. Assim, os
brasileiros estão consumindo óleo mais
saudável enquanto o óleo de soja é des-
tinado à produção de biodiesel, um com-
bustível limpo e renovável que não agride
ao meio ambiente. (Sarah Ribeiro)
Áreas experimentais
traçarão perfil
da canola no Paraná
Pesquisas serão conduzidas pela BSBIOS em parceria com
universidades nas regiões Noroeste, Oeste e Campos Gerais
Das Assessorias
T
rês áreas de plantio expe-
rimental de canola pode-
rão auxiliar os produtores
do Estado do Paraná na próxima
safra a conseguirem rendimentos
ainda melhores. Esse é o objetivo
da indústria de biodiesel BSBIOS
que fomenta desde 2007 a cultu-
ra de inverno nos estados do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná e São Paulo.
As áreas experimentais serão
localizadas nas regiões Noroeste,
em convênio com o Unicesumar
(Centro Universitário Cesumar)
e Universidade Estadual de
Maringá (UEM), Oeste, em par-
ceria com a PUC Toledo e nos
Campos Gerais, onde estão
sendo finalizadas parcerias.
“Nosso objetivo é testar diversos
materiais genéticos da canola
disponíveis no mercado em cada
região e identificar suas principais
características agronômicas, bem
como possíveis doenças e pra-
gas, com a finalidade de assim
gerar maior produtividade e resul-
tados aos produtores”, explica
o coordenador de Fomento da
BSBIOS, engenheiro agrônomo,
Raul Trevizan.
Segundo Trevizan, todos os
resultados obtidos com as áreas
experimentais serão disponibili-
zadosaosprodutorespormeiode
eventos realizados no segundo
semestre em diversas regiões do
Paraná. “Vamos sempre à busca
de novidades que tragam bene-
fícios ao produtor. Estamos nos
campos experimentais com dois
novos materiais genéticos dispo-
níveis no mercado a partir deste
ano, o híbrido HYOLLA 571CL,
que é um material australiano
com tecnologia CLEARFIELD
da BASF, e também o mate-
rial ALHT-1000 da empresa
argentina ALL
HIGH TECH,
que possuem
diversas novas
características
agronômicas que
serão analisadas
na prática pela
BSBIOS e divul-
gadas em nossos eventos de
capacitação e difusão de tecno-
logia, quando findados os traba-
lhos”, explica o agrônomo.
Trevizan afirma, ainda, que
outro fator importante para o
estudo de novos híbridos de
canola é a busca pela diversifi-
cação de fornecedores, evitan-
do a falta de sementes como
ocorreu na safra deste ano,
devido a uma forte estiagem
nos campos de multiplicação
na Argentina, de onde provém a
maior parte dos
híbridos. O
resultado disso
foi a redução de
4,4% de área
plantada no
Paraná, se com-
parada à safra
passada, con-
forme Levantamento de Safra
apresentado pela Companhia
Nacional de Abastecimento
(Conab) em abril deste ano.
Contudo, apesar da área redu-
zida pela falta de sementes, a
produtividade foi 44,7% maior
e a produção também cresceu,
passando de 15,6 mil toneladas
para 21,5 mil toneladas.
Na avaliação do gerente de
Tecnologia Agrícola da BSBIOS,
Fábio Júnior Benin, a canola
está deixando de ser uma “cul-
tura alternativa” para ser uma
“cultura permanente” nos siste-
mas produtivos da Região Sul e
Centro-Oeste do Brasil. “Nos últi-
mos anos, importantes fatores
que tem ligação direta com o cul-
tivo da canola foram ajustados
como, por exemplo, a publicação
do zoneamento agroclimático, a
consolidação do mercado pro-
dutor de biodiesel, a profissio-
nalização da produção com a
capacitação de profissionais com
conhecimento específico para a
cultura da canola e um mercado
consumidor de óleo vegetal em
franca expansão”, avalia Benin.
(Sarah Ribeiro)
“Vamos
sempre à busca
de novidades que
tragam benefícios
ao produtor”
O Carioquinha
e o Juriti são
conhecidos como
feijão de cor pela
população
Experimentos com 37 híbridos estão sendo avaliados
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
8. Caderno Especial
Maio/2013
Diário dos Campos
Maio/2013
D
esde dezembro, os produ-
tores de batata da região
estão trabalhando na
colheita, atividade que segue até
o início de junho próximo. Diante
do volume colhido até o momento,
cerca de 40%, o Departamento de
Economia Rural do núcleo regio-
nal da Secretaria de Estado da
Agricultura e do Abastecimento
(Deral/Seab) em Ponta Grossa
estima que a safra 2012/2013
(das águas) será de 86.200 tone-
ladas, 400 toneladas a mais que a
obtida no ano passado.
Segundo o engenheiro agrô-
nomo do Deral, José Roberto
Tosato, houve aumento de área
plantada. Nesta safra, foram
2.915 hectares destinados para
a batata. Já na passada a área
correspondeu a 2.770 hectares.
O plantio aconteceu do final de
agosto a 15 de novembro de
2012.
Oagrônomodestacaqueestá
sendo registrada menor produti-
vidade nas lavouras. Enquanto
no passado os produtores colhe-
ram em média 30.900 quilos por
hectare, agora a rentabilidade
gira em torno de 29.500 quilos
por hectares. “A produtividade
está caindo devido ao excesso
de chuvas nos meses de feve-
reiro e março”, explica.
De acordo com o agrônomo,
produtores dos municípios de
Palmeira, Porto Amazonas, São
João do Triunfo e parte de Ponta
Grossa, na sua grande maioria,
plantam a batata comum, sendo
as variedades denominadas de
Monalisa e Ághata.
Já nos demais municípios a
batata é cultivada em áreas tec-
nificadas e com irrigação. “Estes
produtores firmam contratos
com as grandes indústrias de ali-
mentação. A produção é exclu-
sivamente voltada para a fritura
e quem compra são empresas
como a Elma Chips”, conta.
Segundo o agrônomo, o
preço pelo qual esta batata é
negociada pelos produtores é
mantido em sigilo, já que envol-
ve companhias alimentícias.
A região é grande produto-
ra de batata do Paraná, fican-
do atrás apenas de Curitiba e
Guarapuava.
Secas
A batata das secas, com
plantio a partir de 15 de dezem-
bro até final de fevereiro e
colheita de abril até o início de
junho, terá safra regional menor
que a do ano passado. Nesta
(2012/2013), a produção está
estimada em 50.500 tonela-
das, ou seja, 20.300 toneladas
a menos que a registrada em
2011/2012, quando foram colhi-
das 70.800 toneladas.
A área destinada ao plantio
também foi reduzida, passando
de 2.175 hectares para 2.080 hec-
tares. A produtividade está menor
nesta safra. A média chegou a 32
mil quilos por hectare no ano pas-
sado e agora está em torno de 25
mil quilos por hectare.
O agrônomo explica que a
safra das secas é plantada – na
maioria - por grandes produtores.
“Eles já têm área definida para
esta batata e plantam para fazer
a rotação de culturas, como soja
e milho”, esclarece. A produção é
vendida para a indústria.
Em Palmeira, Porto
Amazonas, São João do Triunfo
e parte de Ponta Grossa – onde
estão pequenos produtores – a
batata é vendida para o merca-
do interno. As variedades são
Monalisa e Ághata.
Safra Área plantada (hectares) Produção Produtividade (por hectare)
Safra Área plantada (hectares) Produção Produtividade (por hectare)
Fonte: Deral/Seab PG
Produtores elevam
produção deprodução de
batata das águas
Batata é produzida para grandes indústrias
alimentícias. Área e produtividade também
aumentaram em relação à safra passada
Colheita da batata será finalizada no próximo mês de junho
Unidade em Ponta Grossa fica às margens da BR-376
Das Assessorias
P
resente no mercado a mais de
40 anos, a marca de sementes
Batavo inicia uma nova fase.
Para atender a crescente demanda
externa, a Cooperativa Batavo saltará
de uma produção anual de 360 mil
sacas de 40 quilos de sementes de
soja para mais de 500 mil sacas ao
ano até 2014, sem contabilizar as
sementes produzidas de trigo, que
somam mais de 180 mil ao ano. Este
crescimento está na confiança do pro-
dutor rural no produto. A tradição de
semente de qualidade, aliada a cons-
tante inovação, são quesitos impor-
tantes para uma boa safra. O resul-
tado tem refletido na lavoura, com
níveis de rendimento crescentes.
Os constantes investimentos tam-
bém aprovam a crescente demanda.
Há seis anos, a Cooperativa Batavo
adquiriu uma unidade em Ponta
Grossa, às margens da BR-376,
e investiu em sua ampliação para
segregar as variedades de semen-
tes produzidas. Agora, anuncia um
novo investimento numa Unidade
de Beneficiamento de Sementes em
Tibagi, a cidade que mais produz trigo
no Brasil. Além de concentrar um
número expressivo de associados da
Batavo, o município tem uma grande
vocação para o cultivo de sementes,
uma tradição histórica na cooperativa.
Todo este trabalho em função
de produtos de qualidade vem de
assistência técnica profissionalizada
e atuante, aliada ao amparo tecnoló-
gico da Fundação ABC, com matriz
no município de Castro, que apre-
senta alternativas de produção e os
avanços tecnológicos desenvolvidos
através de pesquisas que faz com
seus parceiros.
Sementes
As Sementes Batavo são con-
sideradas no mercado como “as
Sementes do Plantio Direto”. Isto sur-
giu pelo pioneirismo da Cooperativa
Batavo na adoção da prática do
plantio direto nos Campos Gerais.
Desenvolvido na região na déca-
da de 70, este sistema refletiu na
sustentabilidade das atividades no
campo, tendo a Fundação ABC como
apoiadora e sustentadora na assis-
tência técnica para melhoramentos
de qualidade e produtividade.
Batavo expande unidade de sementesBatavo expande unidade de sementes
Investimento da Cooperativa Batavo será realizado em Tibagi,
município que mais produz trigo no Brasil
Caderno
SafrasSafras
2012/13
Caderno
SafrasSafras
2012/13
agro
BENEFICIAMENTO E ARMAZENAGEM
SOJA - MILHO - TRIGO
( )BR 376, KM 510 - 42 3223-0999
pecialCaderno Es
Maiooo/////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////22222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222200000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000011111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111133333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333
Colheita da batata será finalizada no próximo mês de junho
9. PONTA GROSSA
- Rua Dom Pedro II, 283
(em frente ao Shopping Total)
42 3028-2900
- Av. Senador Flávio Carvalho Guimarães km 324
42 3239-2200
PRUDENTÓPOLIS
- Rua Mal. Deodoro, 1333 - 42 3446-1991
10. D
e olho na rentabilida-
de do trigo no mercado
interno, com a saca de
60 quilos sendo negociada entre
R$ 42 e R$ 45, os produtores
estão dispostos a investir no
plantio. Para tanto, a área plan-
tada com o cereal nos Campos
Gerais deve passar de 133 mil
hectares para 150 mil hectares.
A estimativa é do Departamento
de Economia Rural (Deral) do
núcleo regional da Secretaria
de Estado da Agricultura e do
Abastecimento (Seab) em Ponta
Grossa. A safra já começou a ser
plantada.
De acordo com o engenhei-
ro agrônomo do Deral, José
Roberto Tosato, o principal
cereal de inverno começou
a ser plantado neste mês de
maio em municípios mais ao
Norte como Arapoti, Sengés e
Tibagi. “Os produtores inicia-
ram o plantio mesmo preocu-
pados com o clima. No começo
de maio o solo estava muito
seco, pois não chove desde a
segunda quinzena de abril, e
as temperaturas estavam muito
elevadas”, lembra o agrônomo.
“Mesmo assim
prevemos um
aumento entre
15% e 20% na
área plantada
em relação à
safra passada
devido aos bons
preços do trigo”,
completa.
A oferta reduzida do trigo
fora do mercado brasileiro é
outro fator que está pesando na
decisão dos produtores. “Temos
boas perspectivas internacionais
para o nosso trigo. A safra nos
outros países não foi a espera-
da”, conta. O plantio em Ponta
Grossa e em Castro deverá se
intensificar a partir do próximo
dia 10 de junho, seguindo até a
primeira semana de julho. “Mas
isto dependerá do clima. É pre-
ciso chuva e frio para que as
culturas de inverno se desenvol-
vam”, explica.
Se as condições climáticas
forem dentro da normalidade
para o inverno, os produtores
irão colher em torno de 505 mil
toneladas, volume maior que a
obtida na safra passada, quan-
do foram colhidas 410 mil tone-
ladas. “Foi uma ótima safra.
As condições climáticas foram
favoráveis à boa produtivida-
de”, comenta.
Já a produtividade prevista
para a safra varia de 3.200 qui-
los por hectare a 3.500 quilos
por hectare. “O início do plantio
foi prejudicado pela estiagem
da segunda quinzena de abril,
mas se houver chuva regular
nas áreas plantadas certamen-
te a cultura se desenvolverá
como o espe-
rado”, diz. No
ano passado,
a produtivida-
de média foi de
3.350 quilos por
hectare. “Além
do clima, a tec-
nologia utilizada
nas lavouras também é muito
importante. A região tem poten-
cial para produzir mais”, avalia.
Contrato
Segundo o agrônomo, a
exemplo das últimas safras,
nesta os produtores farão a
venda futura. “Estão sendo fir-
mados contratos antecipados
de opção com variedades defi-
nidas”, conta ao observar que
há uma grande expectativa em
torno desta safra, já que um
novo moinho de trigo entrará
em funcionamento em fevereiro
do ano que vem. A unidade
está sendo construída pelas
Cooperativas Batavo, Capal e
Castrolanda, em Ponta Grossa.
“Este moinho traz esperança
aos produtores”, finaliza.
Plantio
O gerente geral da Fazenda
Boa Vista, em Ponta Grossa,
Renato Sterling, conta que a
propriedade já iniciou o plantio
do trigo, mas optou por não
aumentar a área, mesmo às
expectativas para a safra sendo
favoráveis.
Caderno Especial
Maio/2013
Diário dos Campos
Maio/2013
Produtores nos Campos Gerais já iniciaram o plantio do trigo
Preço do trigo leva ao
aumento da área plantada
Produtores da região iniciaram plantio
em área de 150 mil hectares. Na safra passada,
principal cereal de inverno ocupou 133 mil
hectares nos Campos Gerais
É preciso
chuva e frio para
que as culturas
de inverno se
desenvolvam”
Ano Área plantada Safra Produtividade nas lavouras
Fonte: Deral/SeabFonte: Deral/Seab
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Agência Estadual
No Paraná a safra
de grãos de verão
2012/13 caminha para
o final do ciclo e o resul-
tado estimado aponta
para um recorde de
produção liderado
pela soja. A Secretaria
da Agricultura e do
Abastecimento divul-
gou levantamento
do Departamento de
Economia Rural (Deral)
que revela uma colhei-
ta de 23,35 milhões
de toneladas duran-
te a safra de verão,
que corresponde a um
aumento de 30% sobre
a safra passada.
Esse desempenho
induz à projeção de uma
safra recorde de grãos
em 2013 com um volu-
me de 38,77 milhões de
toneladas, consideran-
do a produção do ano
inteiro incluindo a safra
de verão, a safrinha e a
safra de inverno, em andamento
no Paraná. Esse resultado pode-
rá ser confirmado se não houver
problemas com o clima daqui
para frente.
Na safra de verão, o culti-
vo de soja liderou a produção
e está sendo colhido o maior
volume de produção, avaliado
em 15,68 milhões de tonela-
das do grão. Esse resultado
é recorde e representa um
aumento de 45% sobre a soja
produzida no ano passado, que
sofreu os efeitos do clima como
a estiagem durante o período
de desenvolvimento.
O aumento na produção de
soja esse ano foi decorrente do
aumento de área plantada, da
ordem de 6%, e do clima favo-
rável durante o ciclo de desen-
volvimento. Para o diretor do
Deral, Francisco Carlos Simioni,
esse avanço na produção agrí-
cola paranaense deve ser cre-
ditado também ao esforço do
produtor rural,
que vem aces-
sando com muita
competência os
ensinamentos da
assistência técni-
ca e da pesquisa
pública e privada,
que têm propor-
cionado o uso de tecnologia de
ponta no meio rural. “A evolução
do produtor e o bom desempe-
nho do clima está permitindo um
aumento de produtividade para
todas as culturas da safra de
verão”, disse.
Milho
O milho da primeira safra
também teve um bom desem-
penho, com uma colheita de
7,16 milhões de toneladas, volu-
me 9% acima
da produção em
igual período
do ano passa-
do. A técnica do
Deral, engenhei-
ra agrônoma
Juliana Tieme
Yagushi, tam-
bém atribui o bom resultado
ao clima favorável e ao uso de
tecnologia por parte do produ-
tor. Ela chama a atenção para
o bom desempenho da cultura,
considerando que na primeira
safra de milho o resultado foi
maior em relação ao ano pas-
sado, mesmo com redução de
10% na área plantada, que caiu
de 975.789 hectares plantados
na safra 2011/12 para 878.090
plantados na safra 2012/13.
O milho da segunda safra
concluiu o plantio e a área
ocupada com a cultura cresceu
5%, passando de 2,04 milhões
de hectares plantados no ano
passado para 2,14 milhões de
hectares plantados esse ano.
O potencial produtivo da cultu-
ra aponta para 11,5 milhões de
toneladas, se não for afetada
pelo clima.
Feijão
A segunda safra de feijão
também apresenta resultados
animadores com a colheita de
453.913 toneladas, volume
32% acima da safra cultivada
em igual período do ano passa-
do. “É o maior volume colhido
nesse período nos últimos seis
anos”, disse o técnico Carlos
Alberto Salvador.
Trigo
O trigo está em período de
plantio e a área ocupada está
9% acima do ano passado,
indicando leve recuperação de
área plantada no Estado. Este
ano a cultura deverá ser planta-
da em cerca de 855 mil hecta-
res. A expectativa de produção
aponta para 2,57 milhões de
toneladas, 21% acima da pro-
dução do ano passado, que foi
de 2,11 milhões de toneladas.
Safra Hectares (plantio) Produção Produtividade (por hectare)
Safra Hectares (plantio) Produção Produtividade (por hectare)
Safra Hectares (plantio) Produção Produtividade (por hectare)
Safra Hectares (plantio) Produção Produtividade (por hectare)
Safra Hectares (plantio) Produção Produtividade (por hectare)
Safra Hectares (plantio) Produção Produtividade (por hectare)
Safra Hectares (plantio) Produção Produtividade (por hectare)
Safra Hectares (plantio) Produção Produtividade (por hectare)
Fonte: Deral/núcleo regional da Seab em Ponta Grossa
Esse
desempenho induz
à projeção de uma
safra recorde de
grãos em 2013
Paraná colherá produção recorde de grãos
Safra de grãos não está totalmente colhida, porém estimativa
do Deral aponta para uma colheita de 23,35 milhões de toneladas no Estado
11. D
iferente do triticale –
substituto do milho - que
teve a área reduzida nos
últimos anos, a aveia branca vem
conquistando os produtores da
região. O plantio – que se iniciou
neste mês – deve alcançar 29 mil
hectares, quatro mil a mais que
na safra passada, quando foram
destinados 25 mil hectares.
De acordo com o engenhei-
ro agrônomo do Deral, José
Roberto Tosato, a produtividade
estimada gira entre 3.200 quilos
por hectare e 3.500 quilos por
hectare. Na safra passada os
produtores colheram em média
3.400 quilos por hectare.
Segundo ele, se as condi-
ções climáticas forem favorá-
veis (chuvas periódicas, frio e
sol durante o dia) os produtores
irão colher 95 mil toneladas de
aveia branca, 25 mil toneladas
a mais que na safra passada,
quando foram colhidas 70 mil
toneladas.
Para o agrônomo, entre os
motivos que levam os produ-
tores a plantar a aveia branca
está o retorno financeiro, sendo
que a tonelada está sendo ven-
dida a R$ 300. A rotação de
cultura é outro fator. “Os produ-
tores precisam fazer a rotação,
então plantam aveia branca.
Além disto, este cereal é opção
de cultura e os produtores da
região têm tecnologia para fazer
o plantio”, conta.
Mercado
A aveia branca é comer-
cializada junto à Elma Chips e
aos moinhos para alimentação
humana.
Diário dos Campos
Maio/2013
U
m levantamento realiza-
do pelo Departamento de
Economia Rural (Deral)
do núcleo regional da Secretaria
de Estado da Agricultura e do
Abastecimento (Seab) mostra
que nos últimos quatro anos a
produção de trigo na região cres-
ceu 30,32%. Enquanto em 2009
os produtores colheram 310 mil
toneladas, no ano passado foram
404 mil toneladas.
Segundo o engenheiro
agrônomo do Departamento
de Economia Rural (Deral) do
núcleo regional da Secretaria
de Estado da Agricultura e do
Abastecimento (Seab) em Ponta
Grossa, José Roberto Tosato, em
quatro anos os produtores eleva-
ram também a produtividade nas
lavouras. Em 2009, foram colhi-
dos 2.020 quilos por hectare, já
no ano passado, 3.100 quilos por
hectare. “As boas condições cli-
máticas, com chuvas regulares,
clima frio e sol durante o dia para
garantir a luminosidade, são fun-
damentais para a produtividade,
bem como a tecnologia empre-
gada nas lavouras”, explica.
Por outro lado, os produtores
reduziram a área plantada ao
longo destes anos. Foram 153 mil
hectares no ano de 2009; 125,50
mil hectares em 2010; 152,70 mil
hectares em 2011 e 130,30 mil
hectares no ano passado.
Aveia branca ganha
área nas propriedades
Aveia branca está despertando
interesse dos produtores
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Produção cresce
30,32% em quatro anos
DIVULGAÇÃO
12. A
agência paranaense
do Banco Regional de
Desenvolvimento do
Extremo Sul (BRDE) empres-
tou para os produtores dos
Campos Gerais mais de R$ 22
milhões, valor investido na safra
2012/2013, montante 34,85%
superior ao concedido na ante-
rior, quando o financiamento aos
agricultores da região somaram
R$ 16,31 milhões. O BRDE não
financia o custeio, mas projetos
de investimento de longo prazo.
De acordo com a gerente de
Planejamento do BRDE no Paraná,
Juliana Souza Dallastra, as linhas
de crédito mais solicitadas foram
para a compra de máquinas e
equipamentos agrícolas, com taxa
de juros de 3% ao ano e prazo de
pagamento chegando a dez anos,
sendo dois anos de
carência.
Para investi-
mento na moderni-
zação e infraestru-
tura do setor rela-
cionado à pecuária
leiteira as linhas
contam com juros
de 5,5% ao ano e a quitação pode
ser feita também num prazo de até
dez anos, já a carência chega a
36 meses.
Para o plantio de floresta e
projetos de integração lavoura,
pecuária e floresta, os produtores
optaram por linhas com juros de
5% ano e pagamento em até 15
anos, com carência iniciando em
um ano. Já na linha de crédito
para projetos de irrigação e arma-
zenagem os juros são de 5,5%
ao ano, o prazo de pagamento
de até 12 anos e carência de três
anos.
Dentre todas as linhas, o des-
taque é para aquisição de máqui-
nas e equipamentos. “Na safra
2011/2012 foram repassados R$
3,15 milhões para investimentos
em maquinário. Já no período
2012/2013 mais que dobrou este
valor e os agricultores receberam
o aporte de R$ 8,72 milhões para
adquirir novos equipamentos”,
informa o banco.
Para o superintendente da
agência do BRDE no Paraná,
Paulo Cesar Starke Junior, “o prin-
cipal foco do BRDE é financiar
investimentos no agronegócio,
tanto na melhoria de produtivi-
dade das áreas agrícolas como
na constituição ou renovação da
frota de máquinas e equipamen-
tos ou, ainda, na infraestrutura
para atender a armazenagem e
parques industriais que benefi-
ciem e agreguem valor aos pro-
dutos agrícola”.
Segundo ele, “nos Campos
Gerais, o banco apoia, também,
a produção de
sementes e a sil-
vicultura, a cadeia
produtora de aves,
suínos e da pecu-
ária leiteira. Nossa
estratégia em
Ponta Grossa é
atender diretamen-
te os produtores rurais com funcio-
nários que se deslocam até a região
para realizar visitas técnicas. Basta
ligar, que agendamos a visita. Outra
alternativa são os financiamentos
por meio de parcerias com coope-
rativas locais e com as revendas
de máquinas agrícolas. A região
tem muito ainda a explorar no setor
agrícola e pode seguir investindo
com apoio técnico e através das
linhas de crédito do BRDE”.
Caderno Especial
Maio/2013
Caderno Especial
Maio/2013
A agência paranaense do
BRDE foi responsável pelo
financiamento de R$ 272,50
milhões para a safra de
verão que tem a colheita
finalizada agora.
PARANÁ
“Na safra
2011/2012 foram
repassados R$ 3,15 mi
para investimentos
em maquinário”
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Caderno
SSafrasSafras
2012/13Valor financiado na safra 2012/2013 é 34,85% maior que o registrado na anterior. Linha de crédito
mais utilizada pelos produtores da região é para aquisição de máquinas e equipamentos
Safra regional recebe R$ 22 mi do BRDEÁGATHA TREZUB DÉA / ESTAGIÁRIA DE COMUNICAÇÃO
Das lavouras dos Campos Gerais saem principalmente soja, milho, feijão, trigo e batata.
Municípios como Castro e Tibagi são destaques nacionais
Valor Bruto da Produção soma R$ 5,98 bi
O
Valor Bruto da Produção
(VBP) agropecuária da região
somou R$ 5,98 bilhões em
2011. O VBP foi divulgado no final
de 2012, sendo que os dados daque-
le ano deverão sair nos próximos
meses, já que ainda estão sendo
contabilizados pela
Secretaria de Estado
da Agricultura e do
Abastecimento (Seab).
NosCamposGerais,
Castro é o município
com o maior Valor Bruto
da Produção. Foram R$
956,1 milhões em 2011.
O volume é superior ao registrado em
2010, quando o VBP somou R$ 804,8
milhões.
Tibagi aparece em segundo lugar
no ranking, com R$ 499,7 milhões em
2011. O município é o maior produtor
nacional de trigo e o principal sojicultor
da região.
Piraí do Sul aparece em terceiro
lugar, com valor de R$ 442,6 milhões
em 2011. No ano anterior, o VBP cor-
respondeu a R$ 359,1 milhões.
Na sequência, está posicionada
Palmeira, com R$ 334,5 milhões em
2011 e R$ 268,5 milhões em 2010;
Ponta Grossa, com R$ 333,5 milhões
em 2011 e R$ 263,5
milhões em 2010. O
município é grande
produtor de soja, milho,
trigo, batata e feijão.
Segundo o levanta-
mentodoDepartamento
de Economia Rural
(Deral) do núcleo
regional da Seab, Carambeí apresen-
tou Valor Bruto de R$ 328,3 milhões
em 2011. Já em 2010 foram R$ 332,41
milhões. É o segundo maior produtor
de leite na região. Castro é o primeiro
no Brasil.
Arapoti, que também possui bacia
leiteira, apresentou VBP em 2011 de
R$ 312 milhões. Foram R$ 297,6
milhões no ano anterior. Já Reserva –
maior produtor de tomate – registrou
Valor Bruto da Produção de R$ 309,4
milhões em 2011 e de R$ 271,46
milhões em 2010.
O VBP de Telêmaco Borba ficou
em R$ 265,8 milhões em 2011, mon-
tante relativamente superior ao obtido
em 2010, quando o valor correspon-
deu a R$ 254,7 milhões.
Em Ortigueira, a Seab apurou um
VBP de R$ 252,9 milhões em 2011 e
de R$ 202,5 milhões em 2010. Apesar
de o município ser grande produtor de
mel, das lavouras saem soja, milho e
trigo.
Prudentópolis contribuiu com o
Paraná com um Valor Bruto de R$
244,5 milhões em 2011. E 2010 foram
R$ 217,7 milhões.
Considerado um dos maiores pro-
dutores de cebola do Estado, Irati
também cresceu em Valor Bruto, pas-
sando de R$ 216,9 milhões em 2010
para R$ 229,7 milhões em 2011. Fonte: Deral/Seab Ponta GrossaFonte: Deral/Seab Ponta Grossa
Município Valor Bruto da Produção
Arapoti R$ 312,0 milhões
Carambeí R$ 328,3 milhões
Castro R$ 956,1 milhões
Guamiranga R$ 101,3 milhões
Imbaú R$ 72,9 milhões
Imbituva R$ 188,1 milhões
Ipiranga R$ 192,4 milhões
Irati R$ 229,7 milhões
Ivaí R$ 136,0 milhões
Jaguariaíva R$ 198 milhões
Ortigueira R$ 252,9 milhões
Palmeira R$ 334,5 milhões
Piraí do Sul R$ 442,6 milhões
Ponta Grossa R$ 333,5 milhões
Porto Amazonas R$ 41,4 milhões
Prudentópolis R$ 244,5 milhões
Reserva R$ 309,4 milhões
São João do Triunfo R$ 120,9 milhões
Sengés R$ 105,5 milhões
Teixeira Soares R$ 204,7 milhões
Telêmaco Borba R$ 265,8 milhões
Tibagi R$ 499,7 milhões
Ventania R$ 112,6 milhões
Agência Estadual
Aagricultura paranaense poderá atin-
gir o valor recorde de R$ 52 bilhões em
Valor Bruto da Produção (VBP) em 2012,
referente à comercialização da safra
agrícola e pecuária 2011/12. Esta é a pri-
meira estimativa do VBP de 2012 divul-
gado pelo Departamento de Economia
Rural (Deral), da Secretaria estadual da
Agricultura e do Abastecimento.
A estimativa do VBP de 2012 poderá
representar um acréscimo de 3% sobre
o VBP de 2011, que teve um faturamen-
to bruto de R$ 50,4 bilhões, que tam-
bém foi recorde. A estimativa atual refle-
te o aumento significativo das cotações
de soja e milho, grãos em que o Paraná
se destaca como grande produtor e que
foram responsáveis por boa parte da
pauta de exportações do Estado.
O aumento de preços dos grãos no
mercado externo compensou, em parte,
a quebra de produção registrada na
safra 11/12 em função de severa estia-
gem que atingiu o Paraná no início do
ano passado.
Para o secretário da Agricultura e do
Abastecimento, Norberto Ortigara, ape-
sar do clima que dizimou boa parte da
produção de grãos no primeiro semestre
de 2012, o VBP indica que a renda no
campo conseguiu crescer impulsionada
pela posição compradora de commodi-
ties no mundo, face à quebra da safra
agrícola nos Estados Unidos, Argentina,
Brasil, que são grandes países produto-
res de grãos.
Ortigara ressalta que esse quadro
demonstra mais uma vez o vigor e a
importância da Agricultura na economia
paranaense. Ele diz que o setor respon-
deu imediatamente ao reposicionamen-
to do mercado, embora nem todos os
produtores se beneficiaram do aumento
de preços porque a maior parte já havia
vendido sua produção.
Essa é a primeira versão do VBP
2012, calculado pelo Departamento de
Economia Rural (Deral). Resultados
mais consolidados ainda serão envia-
dos à Secretaria da Fazenda e às
prefeituras até o final de junho. As
prefeituras terão um prazo para entrar
com recursos caso achem necessário
questionar a estimativa final que ainda
será apresentada.
O Deral faz a estimativa de fatura-
mento bruto da produção agropecuária
de aproximadamente 500 itens em todo
o Estado. O resultado é utilizado pela
Secretaria da Fazenda para compor a
cesta de índices que forma o Fundo de
Participação dos Municípios (FPM).
AGRICULTURA - O Valor Bruto da
Produção da Agricultura de 2012 refle-
te a quebra de produção na primeira
safra de grãos por causa da estiagem
e a compensação com o aumento de
preços durante o ciclo da segunda safra
de grãos plantada no Estado. Outras
culturas plantadas em larga escala no
Paraná como mandioca, fumo, cebola
e tomate também contribuem com o
incremento do VBP agrícola.
A soja continua a liderar o ranking
de renda no campo, com um fatura-
mento bruto de R$ 9 bilhões em 2012.
Esse resultado representa uma redu-
ção de quase R$ 2 bilhões em relação
a 2011 quando o faturamento bruto da
soja atingiu R$ 10,8 bilhões. A econo-
mista do Deral, Fernanda Yonamini,
atribuiu a queda na renda da soja à
quebra de 30% na produção em função
da estiagem.
Em compensação, a renda obtida
com a comercialização de milho aumen-
tou em R$ 1,5 bilhão, principalmente em
função da comercialização da segunda
safra que foi beneficiada pelo aumento
de preços do mercado externo.
Previsão de recorde nas lavouras do Paraná
Nos Campos
Gerais, Castro é
o município com o
maior Valor Bruto
da Produção
Paulo: “o principal foco do BRDE é financiar investimentos no agronegócio”
13. Diário dos Campos
Maio/2013
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
BRDE possui linhas de crédito para atender projetos de investimento
nos setores agrícola, pecuário e agroindustrial
Crédito é
destinado para
projetos de
investimento
Das Assessorias
O
BRDE possui linhas de
crédito especiais para
atender projetos de
investimento nos setores agrí-
cola, pecuário e agroindustrial.
O banco trabalha com todos
os programas de financiamen-
to previstos pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) e pelo
Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA). As taxas de juros
variam e começam em 1% ao
ano, com prazos de pagamento
que chegam até 15 anos.
Pelas regras, podem ser
atendidos em planos de moderni-
zação de lavoura ou criação ani-
mal e conservação de recursos
naturais os produtores, coopera-
tivas, empresas e indústria com
bases rurais. Também aqueles
que querem investir em irriga-
ção e armazenagem, outros que
sonham com tratores, máquinas
e implementos nacionais novos,
e, ainda, os que projetam realizar
em suas propriedades a chama-
da agricultura de baixo carbono,
com a integração de lavoura,
pecuária e floresta num siste-
ma de manejo que traz menos
impacto à natureza e garante a
diversidade da produção e boa
lucratividade.
O BRDE também financia
projetos voltados para os ramos
de pecuária leiteira, de reflores-
tamento, avicultura, suinocultura,
pesca e da aquicultura. Cabe
destacar que a instituição finan-
ceira pública de fomento, que
tem como seus controladores os
governos dos estados do Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do
Sul, é especializada em financia-
mento de longo prazo e não no
custeio de gastos pontuais, como
a compra de insumos.
Em seus 52 anos de his-
tória, o BRDE se consolidou
nos estados onde está presente
(além dos estados da Região
Sul, também no Mato Grosso
do Sul através da agência do
Paraná) como grande parceiro
do homem do campo. Em ter-
ras paranaenses fomentou de
forma consistente o nascimento,
desenvolvimento e consolidação
das cooperativas agroindustriais
e, até hoje, caminha lado a lado
dessas que se tornaram as prin-
cipais empresas do Estado. A
força do cooperativismo cons-
truída com apoio irrestrito do
BRDE fixou e fixa famílias em
zonas rurais, garantindo empre-
go e renda ao interior.
O banco, também, nunca
deixou de apoiar diretamente o
produtor em seus projetos de
investimento. Do melhoramento
do solo à compra de máquinas
e equipamentos, a instituição
financeira oferece linhas de cré-
dito de longo prazo e com juros
baixos para atender todos aque-
les que fazem da terra o seu
grande negócio e dela tiram o
seu sustento.
Para atender um maior número de
produtores rurais, o Banco Regional
de Desenvolvimento do Extremo Sul
(BRDE) conta com diferentes linhas de
crédito e taxas de juros diferenciadas.
Aos pequenos produtores, por exem-
plo, o banco disponibiliza operações
com taxas de juros a partir de 1% ao
ano, através do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf).
Para atender os projetos de inves-
timentos dos médios e grandes pro-
dutores, as taxas começam em 3%
ao ano e o prazo de pagamento pode
chegar a dez anos, com até 24 meses
de carência. Para tanto, oferece uma
linha do Programa de Sustentação do
Investimento (PSI) e atende aqueles
que planejam comprar máquinas e equi-
pamentos nacionais e novos.
O BRDE ressalta que há outras
instituições que também disponibilizam
financiamentos nos mesmos progra-
mas do banco, que são, neste caso,
originários do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), porém com algumas diferen-
ças. “O BRDE não exige reciprocidade,
os prazos de carência e amortização
são os máximos permitidos, as garan-
tias reais, na maioria dos casos, são
constituídas pelos bens que são objeto
do financiamento e, ainda, ao optar pelo
banco de fomento, o produtor preserva
os recursos próprios para uso em seu
capital de giro e desconcentra seu endi-
vidamento, reduzindo a dependência e
preservando os limites de crédito nos
bancos comerciais”.
Banco tem linhas diferenciadas para os produtores
Juliana Souza Dallastra, gerente de Planejamento do BRDE no Paraná
ÁGATHA TREZUB DÉA / ESTAGIÁRIA DE COMUNICAÇÃO
14. DC - Quanto às cooperativas agrícolas
faturaram em 2012 e qual foi o crescimento
em relação a 2011?
João Paulo Koslovski - As 80 cooperati-
vas agropecuárias filiadas ao Sistema Ocepar
respondem por 56% da produção agrícola do
Estado e tiveram uma movimentação financeira
em 2012 de R$ 32,50 bilhões, 22% a mais que no
ano anterior, 2011. Ao todo, o cooperativismo no
Paraná movimentou em 2012 R$ 38,50 bilhões,
isto é, somando todos os ramos de atividades
representados pela Ocepar que são dez: agrope-
cuário, crédito, saúde, transporte, trabalho, infra-
estrutura, habitacional, educacional, consumo,
turismo e lazer.
DC- O crescimento das cooperativas foi
impulsionado principalmente por qual fator?
Koslovski – As cooperativas agropecuárias
participam de forma intensa em todo o processo
de produção, beneficiamento, armazenamento e
industrialização, fazendo com que o associado
seja um agente ativo tanto no mercado interno
e externo, como também nas ações sociais das
comunidades. São importantes instrumentos de
difusão de tecnologias e implementadoras de
políticas desenvolvimentistas, como a difusão
do crédito rural, armazenagem, manejo e con-
servação de solos, manejo integrado de pragas,
assentamento de agricultores, entre outros. Hoje
temos um verdadeiro exército de profissionais
de assistência técnica atuando no campo, 1.700
ao todo, atuando junto aos pro-
dutores através das cooperativas
agropecuárias.
DC- O que as cooperativas
representam para o desenvolvi-
mento local em muitas regiões
do Estado?
Koslovski - Em muitos muni-
cípios do Paraná, são as mais
importantes empresas, maiores
empregadoras e geradoras de
receitas. Cerca de um terço dos
produtores rurais do Estado do
Paraná são cooperados. A expres-
siva participação dos pequenos e
médios produtores – com área de
até 50 hectares - nas cooperati-
vas agropecuárias, representando
70% de seu total de coopera-
dos, evidencia a importância das
cooperativas para essa faixa de
produtores. A integração das cooperativas e a
agregação dos interesses dos produtores rurais
permitiram a montagem de estruturas de arma-
zenagem, representando mais de 55% de toda a
capacidade de estocagem instalada no Paraná.
DC – Porque os investimentos das coope-
rativas são importantes?
Koslovski - São fundamentais para a implan-
tação de novos projetos que levam à agregação
de valor sobre os produtos primários, aumentan-
do seu valor no mercado e melhorando a renda
dos mais de 130 mil cooperados. Com isto, o pro-
dutor pode reinvestir em sua atividade produtiva,
garantindo a oferta de matérias primas em níveis
permanentes e, ao mesmo tempo desenvolvendo
sua comunidade.
DC- As perdas que os Estados Unidos vêm
registrando nas lavouras influenciam a movi-
mentação das cooperativas do Paraná?
Koslovski – Acreditamos que, caso se con-
firme a redução de 102 milhões de toneladas de
milho e de seis milhões de toneladas de soja na
safra 2012/2013 nos Estados Unidos, devido a
estiagem que foi muito severa, sem sombra de
dúvida será uma oportunidade para a agricultura
brasileira e consequentemente para nossas coo-
perativas.
DC- As cooperativas do Paraná vêm inves-
tindo em agroindustrialização? O que isto
significa?
Koslovski – Em 2012, as
cooperativas agropecuárias do
Paraná ampliaram em 18% os
investimentos em seu complexo
agroindustrial e de infraestrutura
em armazenagem, com aportes
que totalizaram R$ 1,3 bilhão.
Resultando num impulso no pro-
cesso de industrialização e que
pode contribuir para a geração de
cerca de 5 mil novos empregos
diretos. Até 2015, as cooperati-
vas do Paraná esperam que pelo
menos 50% da sua movimen-
tação econômica seja resultan-
te de algum processo de indus-
trialização. Atualmente, 42% do
faturamento delas é proveniente
da venda de produtos industria-
lizados.
DC- Quantos empregos as
cooperativas do Paraná geram? Há cresci-
mento na abertura de postos de trabalho?
Koslovski – Atualmente o cooperativismo é
responsável por 67 mil empregos diretos, mas
se contarmos todo envolvimento que o sistema
tem com as comunidades onde uma cooperativa
se instala, podemos afirmar com certeza que
o cooperativismo gera mais de 1,6 milhão de
postos de trabalho no Paraná. É um dos gran-
des empregadores no Estado, especialmente no
setor agroindustrial.
DC- O quanto as cooperativas do Paraná
recolhem em impostos anualmente? O valor
vem crescendo? Quanto nos últimos dez
anos?
Koslovski – Somente em 2012 o total de
impostos recolhidos pelo cooperativismo foi de
R$ 1,5 bilhão e se somarmos tudo que já foi reco-
lhido em uma década chegamos a cifra de R$ 9,9
bilhões de impostos recolhidos pelo setor.
Caderno Especial
Maio/2013
Diário dos Campos
Maio/2013
“Cerca de
um terço dos
produtores rurais do
Estado do Paraná
são cooperados”
Caderno
SSafrasSafras
2012/13
Cooperativas
respondem por 56%
da produção agrícola
Em 2012, as cooperativas agropecuárias do Paraná ampliaram em 18% os
investimentos em seus complexos agroindustrial e de infraestrutura em armazenagem
O
ano de 2013 promete movimentar o
setor agrícola brasileiro. A safra de
grãos está consolidada e os produto-
res comemoram o resultado nas lavouras e os
preços no mercado agrícola. Agora, a expecta-
tiva é grande em relação às culturas de inver-
no, como o trigo, carro chefe. A previsão é de
uma colheita farta, resultado que impulsiona as
cooperativas e as leva a novos investimentos.
Para o presidente do Sistema Ocepar,
João Paulo Koslovski, o montante investido
pelas empresas é fundamental para a implan-
tação de novos projetos, medida que conduz
à agregação de valor sobre os produtos pri-
mários. Confira a entrevista com o presidente
sobre o comportamento e crescimento das
cooperativas ao longo dos anos e a tendência
de investimentos.
João Paulo Koslovski: 80 cooperativas estão filiadas ao sistema Ocepar
D
esde o final do ano
passado, os produtores
brasileiros estão con-
tando com mais um banco para
operar o crédito rural: a Caixa
Econômica Federal. Na região,
o projeto piloto foi colocado em
prática em abril último. Nestes
dois meses, a superintendência
regional já atendeu cerca de 300
agricultores e liberou em torno
de R$ 8 milhões, através de
financiamento. Neste momen-
to, o banco está emprestando
somente para custeio e investi-
mento agrícola e pecuário.
Para o gerente regional
da Caixa (Agência Francisco
Ribas), Denilson Silva, o núme-
ro de produtores atendidos de
abril para cá aponta para um
bom começo. “A Caixa tem
expertise em políticas públicas
e a entrada no agronegócio vai
possibilitar gerar mais riqueza
aos municípios”, considera.
Segundo ele, as linhas de
crédito rural oferecidas pela
Caixa são as mesmas dos
demais bancos, já que elas são
normatizadas pelo Banco Central
(BC), no entanto, entre as vanta-
gens dos produtores procurarem
a Caixa está o atendimento. “O
primeiro diferencial da Caixa está
no atendimento ao cliente e no
tamanho da rede. Na região, a
Caixa está expandido cada vez
mais as suas unidades”, diz.
O gerente reforça que, neste
momento, a Caixa está atenden-
do com crédito rural as linhas
de custeio e investimento e não
comercialização. Já entre as
culturas estão a soja, o milho,
o trigo e a pecuária de leite e
corte. As operações para o trigo
– principal cereal de inverno – se
iniciarão em julho próximo. “Os
produtores já podem procurar as
nossas agências para solicitar o
financiamento”, orienta.
Conforme o gerente, a Caixa
não está fazendo campanha de
mídia para contar que está no
agronegócio, porém vem reali-
zando um forte trabalho corpo
a corpo. “É prematuro fazer
uma campanha e não conse-
guir atender toda a demanda.
Como é um projeto piloto esta-
mos participando de pequenos
encontros e fazendo a divul-
gação junto aos produtores”,
explica.
Em nível nacional, a Caixa
possui R$ 2 bilhões para aten-
der os produtores, valor que
pode ser elevado. “Todo pro-
dutor que precisar de crédito
deve nos procurar, pois temos
recursos para eles”, frisa. Na
região, todas as agências já
estão preparadas para operar o
crédito rural. “A Caixa sabe que
a nossa região é basicamente
agrícola e 33% da economia
do país é o agronegócio, então
sabemos do tamanho do nosso
desafio”, observa.
Valor foi financiado para produtores da região de abril até agora. Cerca de
300 contratos foram firmados desde que a Caixa entrou para o mercado
Caixa entra no
agronegócio e contrata
R$ 8 mi em dois meses
Denilson: “o primeiro diferencial da
Caixa está no atendimento ao cliente”
DIVULGAÇÃO