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[2] SALVADOR,BAHIA, SEGUNDA-FEIRA, 15/09/2014 
Bahia deve fechar o ano de 2014 
comsafra recorde de grãos 
A Bahia deve fechar o ano de 
2014 com uma safra recorde de 
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climáticos favoráveis, comdistri-buiçãodechuvas, 
alémdeumcontro-le 
de pragas mais exitoso do que no 
ano passado. 
Entreosdestaquesdascommodi-ties 
que elevaram a safra 2013/2014 
estão a soja (41,5%), algodão/fibra 
(38,2%), milho e feijão (27%). 
Asoja,queatingeacolheitamais 
expressiva de todos os tempos, fecha-rá 
em 3,98 milhões de toneladas. O 
montante representa um crescimen-to 
de 43,99% sobre a safra anterior, 
de 2,77 milhões de toneladas. A área 
colhida coma leguminosa passou de 
1,21 milhão de hectaresem2013 para 
1,41 milhão de hectares em 2014, ou 
seja,umaelevação de 16,55%. 
A colheita do algodão obteve 
um incremento de 31,73% em 2014: 
avançou de 924,98 mil para 1,22 mi-lhão 
de toneladas. De acordo com o 
balanço da Seagri, o preço do produ-to 
à época do plantio apontava para 
uma boa perspectiva de receita, le-vando 
os produtores a investir no cul-tivo 
e elevar a área plantada, que sal-tou 
de 294,47 mil hectares em 2013 
para 338,27 mil hectares este ano. 
Jáaproduçãototaldemilhoatin-giráumrecordede3,18milhõesdeto-neladas 
contra 2,22 milhões na co-lheita 
de 2013, ou seja, um aumento 
de43%.Aáreacolhidatambémregis-trou 
34,62% de crescimento: passou 
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saindo de 248,66 mil para 317,26 mil 
toneladas. Caso se confirme a ten-dência, 
a produção baiana para o fei-jão 
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representando um acrésci-mode 
25,2%. 
Conforme a Seagri, as previsões 
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também são boas. O setor obteve re-cuperação 
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Segundo a pasta, a expectativa 
se deve ao crescimento na produção 
nacional, puxada pela retomada na 
produçãobaiana,queconcentra90% 
da produção brasileira e que sofreu 
umagrandequebranasafrapassada. 
De acordocomo secretário esta-dual 
da Agricultura, Jairo Carneiro, o 
Apesar de comemorar o bom mo-mento 
em relação aos anos anteriores, 
o produtor rural Moisés Schmidt prefe-re 
usar o termo “recuperação” em vez 
de crescimento. Proprietário de lavou-ras 
de milho, soja e algodão e presiden-te 
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de chuvas e ao aumento das áre-as 
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(628,4 mil hectares para 
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O diretor de pesquisa e projetos da AIBA, Ernani 
Sabai, afirma que o Oeste ocupa uma posição 
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econômica local”, afirma Sabai, referindo-se ao 
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A Bahia deve plantar, nesta temporada, 
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o a safra não apresentar anormalida-de, 
o Estado deve produzir 3,81 milhões 
de toneladas de soja, tornando-se o 6º 
maior produtor do país e permanecen-do 
como o maior Estado produtor das 
regiões Norte/Nordeste. 
SORGO 
A Bahia é responsável por4%da produção agrícola brasileira. 
65%do produto agrícola do Oeste do Estado destinam-se aos mercados do Norte/Nordeste do país. 
100% da soja da Bahia são cultivados no Oeste. 
A soja ocupa58%da área cultivada do Oeste. Emmédia,45%da leguminosa têmcomodestino o Norte/Nordeste do país. 
31% do milho da Bahia são cultivados no Oeste e a sua produção representa 77%. Emmédia,90%abastecemo Norte/Nordeste do país. 
97%do algodão da Bahia são cultivados no Oeste. 
Emmédia,30%da pluma e 95%do caroço abastecemo Norte/Nordeste do país. 
As expectativas de safra de ma-mona 
para 2013/14 são boas, 
comexcelente crescimento na 
produção nacional, puxada pe-la 
retomada na produção da-qui 
da Bahia, que concentra 
90% da produção brasileira e 
que sofreu uma grande que-bra 
na safra passada. A Bahia 
recupera sua produção, saindo 
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O Estado da Bahia, segundo 
a produção nacional, aparece 
comumincremento de área 
de 18,0%, saindo de 271,4 mil 
hectares cultivados na safra 
passada para 320,3 mil hecta-res 
na safra atual. 
Caso se confirme a tendência, 
a produção baiana para o fei-jão 
está estimada em 236,9 
mil toneladas, representan-do 
um acréscimo de 25,2%. A 
produção poderá sofrer ajus-tes 
no decorrer do perío-do, 
(1ª, 2ª e 3ª safras) depen-dendo 
do comportamento 
do clima. 
Comcrescimento nas três variáveis: 
produção, área e produtividade, res-pectivamente 
101%, 9% e 83,7%, a 
Bahia não é umgrande produtor de 
arroz, é o 19º colocado no ranking 
nacional. O Estado tem34 municí-pios 
produtores, mas sua produção 
concentra-se na região Oeste do Es-tado 
(São Desidério, Cocos, Barrei-ras 
e Formosa do Rio Preto). 
[ CAPA ] POR ALEXANDRE SANTOS 
Produtor acreditaemrecuperaçãodasafra 
Investimentoemmodaisdetransporteno 
Oestebaiano ampliaráomercadoexterno 
período climático com incidência de 
chuvas, aliado ao uso de novas tec-nologias 
agrícolas e ao aumento das 
áreas de plantios, foi fundamental 
para que aBahia elevasse a produção 
degrãos.ParaErnaniSabai, diretorde 
pesquisa e projetos da Associação de 
Agricultores e Irrigantes da Bahia (AI-BA), 
apesar do cenário satisfatório, 
os preços, porém, não foram os me-lhores 
já observados, uma vez que se 
mantiveramestáveis. 
“Somente nesta safra, ocorreu 
uma retração que tem comprome-tido 
a lucratividade e, por sua vez, a 
rentabilidade do setor, devido ao au-mento 
dos custos de produção, prin-cipalmente 
diesel, fertilizantes e quí-micos”, 
diz. 
Na avaliação de Sabai, a soja, 
carro-chefe da produção do Estado, 
tem encontrado maior liquidez nos 
mercados interno e externo, por cau-sa 
das condições consideradas ade-quadas 
da região, que oferece pluvio-metria, 
solo, luminosidade, topogra-fia, 
tecnologia [sementes e máqui-nas] 
favoráveis. 
O dirigente da AIBA afirma que, 
emse mantendo o dinamismo do se-tor, 
oOestedaBahia temtudoparase 
tornar o celeiro alimentar do Norte/ 
Nordeste. “Esse título se deve ao fato 
deque48,8%dasoja produzida local-mente, 
emgrãoe/oufarelo,87,5%do 
milho, 30% da pluma e quase 100% 
do caroço de algodão são destinados 
ao mercado interno e 80% deste é 
consumido pelo Nordeste”, assinala. 
SOJA ÉOCARRO-CHEFEDA 
PRODUÇÃOBAIANA 
Dados da AIBA mostram que toda a 
produção de soja da Bahia está con-centrada 
no Oeste, ocupando 58% 
da área total de plantio. O algodão 
(97%) e o milho (31%) ocupam a se-gunda 
e a terceira posições, respec-tivamente. 
O Estado também res-ponde 
por 4% da produção agríco-la 
do Brasil. De acordo com a asso-ciação, 
65% do produto agrícola do 
Oeste baiano são destinados aos 
mercados do Norte/Nordeste. 
Em grande parte, as commodi-ties 
atendem ao setor produtivo que 
utiliza ração animal como base ali-mentar, 
a exemplo de criadores de 
bovinos, suínos, avícolas e caprinos. 
Entre os principais comprado-res 
de grãos do Oeste da Bahia des-tacam- 
se o Sul do Piauí, Ceará, Pa-raíba, 
Pernambuco e Sergipe. Se-gundo 
a AIBA, a atividade respon-de 
por cerca de 63mil empregos di-retos 
e indiretos. Na região em que 
há produção, as famílias são com-postas 
em média por 3,9 pessoas. 
Considerando-se esse universo, 252 
pessoas mil têm suas rendas gera-das 
pelo setor. 
Jairo Carneiro, secretário estadual da Agricultura 
mento de fato. O que houve, na verda-de, 
foi uma recuperação em torno de 
10% da produtividade”, avalia. 
Segundo Schmidt, mesmocomre-sultados 
melhores do que os de anos 
anteriores, o Oeste baiano ainda en-frenta 
problemas que afetam direta-mente 
a produção. “Além da questão 
das pragas, que atingem a lavoura, de-pendemos 
100% da BR-242 para esco-ar 
a produção para fora do Estado. São 
mais de mil quilômetros de estrada pa- 
SOJA 
DISTRIBUIÇÃO DE ÁREA - SAFRA 2013/2014 
Essa é outra cultura que teve recu-peração 
no Estado, com crescimen-to 
nas três variáveis, deverá sair de 
87,1 mil hectares para 88,8 mil ha 
(2,0%) na área plantada; 32,3 mil 
toneladas para 133,6 mil toneladas 
(313,6%) e produtividade de 371 kg/ 
ha para 1.505 kg/ha (305,7%). A 
Bahia é o 4º maior produtor de sor-go 
do Brasil, sendo os municípios de 
Luís Eduardo Magalhães, São Desi-dério, 
Muquém do São Francisco e 
Formosa do Rio Preto os destaques. 
ALGODÃO 
“Temos uma das bacias hidrográficas mais 
importantes do país, a do São Francisco, que, ao 
longo da história da região, contribuiu para seu 
desenvolvimento por transporte hidroviário. É 
necessário retomar o rumo da história e incor-porá- 
lo ao processo de transporte. Trata-se de 
um modal altamente vantajoso, tanto do pon-to 
de vista econômico como do ambiental”, diz. 
De acordo cominformações da Codevasf, ao 
transportar 4.200 toneladas de carga por hidro-via, 
um comboio com carga de 37 toneladas re-tiraria 
das estradas 113 carretas bitrens e reduzi-ria 
o consumo de combustíveis fósseis, a emis-são 
de poluentes, despesas de conservação ro-doviária 
e acidentes de trânsito. 
ra chegar aoPortode Salvador, que ofe-rece 
estrutura precária”, diz. 
De acordo comele, o Terminal Por-tuário 
Cotegipe, unidade privada loca-lizada 
na capital, tem sido importante 
para desafogar as produções de soja e 
milho, porexemplo.Paraoprodutor,es-sa 
logística, no entanto, só será minimi-zada 
com a construção da Ferrovia de 
Integração Oeste-Leste (Fiol), que deve-ria 
ser concluída este ano, e do Porto de 
Ilhéus, projetado para transportar car-gas 
para os Estados do Nordeste. 
“Comessesnovosmodais,alogísti-ca 
para a produção chegar até o consu-midor 
final, que engloba os mercados 
asiáticoe europeu, irá melhorarbastan-te”, 
afirma Schmidt. 
Na opinião de Ernani Sabai, diretor 
de pesquisa e agronegócio da Associa-çãode 
Agricultores e IrrigantesdaBahia 
(AIBA), quando concluída, a ferrovia re-duzirá 
consideravelmente os custos de 
logística de forma a melhorar as mar-gens 
de rentabilidade do setor produti-vo, 
que variam de0,5a1%do capital in-vestido. 
Moisés Schmidt: “O que houve, na verdade, foi uma 
recuperação em torno de 10% da produtividade” 
Arquivo Pessoal 
outras 
16% 
algodão 
14% 
milho 
12% 
soja 
58% 
EVOLUÇÃO AGRÍCOLA - 15 ANOS 
PERÍODO %Área %Prod. 
2013/14 - 1999/00 236,32 294,82 
Foto: Sílvio Ávila 
O período climático comincidência de 
chuvas, aliado ao uso de novas tecnologias 
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plantios, foi fundamental para que a Bahia 
elevasse a produção de grãos. 
Fonte: AIBA

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Bahia deve fechar 2014 com safra recorde de grãos

  • 1. [2] SALVADOR,BAHIA, SEGUNDA-FEIRA, 15/09/2014 Bahia deve fechar o ano de 2014 comsafra recorde de grãos A Bahia deve fechar o ano de 2014 com uma safra recorde de grãos, comproduçãode8,82milhões de toneladas ante as 6,13 milhões de 2013—umincremento em torno de 44%. A estimativa é da Secretaria da Agricultura,Pecuária, Irrigação,Refor-ma Agrária, Pesca e Aquicultura (Se-agri), que aponta crescimento em 21,15% da área colhida nomesmope-ríodo: um salto de 2,59 milhões para 3,16 milhões de hectares. Segundo a Seagri, o desempe-nho do setor pode ser atribuído a fa-tores climáticos favoráveis, comdistri-buiçãodechuvas, alémdeumcontro-le de pragas mais exitoso do que no ano passado. Entreosdestaquesdascommodi-ties que elevaram a safra 2013/2014 estão a soja (41,5%), algodão/fibra (38,2%), milho e feijão (27%). Asoja,queatingeacolheitamais expressiva de todos os tempos, fecha-rá em 3,98 milhões de toneladas. O montante representa um crescimen-to de 43,99% sobre a safra anterior, de 2,77 milhões de toneladas. A área colhida coma leguminosa passou de 1,21 milhão de hectaresem2013 para 1,41 milhão de hectares em 2014, ou seja,umaelevação de 16,55%. A colheita do algodão obteve um incremento de 31,73% em 2014: avançou de 924,98 mil para 1,22 mi-lhão de toneladas. De acordo com o balanço da Seagri, o preço do produ-to à época do plantio apontava para uma boa perspectiva de receita, le-vando os produtores a investir no cul-tivo e elevar a área plantada, que sal-tou de 294,47 mil hectares em 2013 para 338,27 mil hectares este ano. Jáaproduçãototaldemilhoatin-giráumrecordede3,18milhõesdeto-neladas contra 2,22 milhões na co-lheita de 2013, ou seja, um aumento de43%.Aáreacolhidatambémregis-trou 34,62% de crescimento: passou de570,57 mil hectarespara768,11 mil hectares. A safra de feijão cresceu 27,59% em comparação como ano passado, saindo de 248,66 mil para 317,26 mil toneladas. Caso se confirme a ten-dência, a produção baiana para o fei-jão está estimada em 236,9 mil to-neladas, representando um acrésci-mode 25,2%. Conforme a Seagri, as previsões da safra de mamona para 2013/14 também são boas. O setor obteve re-cuperação de 11 mil para 76 mil tone-ladas. Segundo a pasta, a expectativa se deve ao crescimento na produção nacional, puxada pela retomada na produçãobaiana,queconcentra90% da produção brasileira e que sofreu umagrandequebranasafrapassada. De acordocomo secretário esta-dual da Agricultura, Jairo Carneiro, o Apesar de comemorar o bom mo-mento em relação aos anos anteriores, o produtor rural Moisés Schmidt prefe-re usar o termo “recuperação” em vez de crescimento. Proprietário de lavou-ras de milho, soja e algodão e presiden-te do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB), ele atribui o me-lhor panoramada safra de grãos ao pe-ríodo de chuvas e ao aumento das áre-as plantadas. “Para mim, não houve um cresci- MAMONA MILHO FEIJÃO ARROZ As precipitações têmsido fa-voráveis ao cultivo, a expecta-tiva é de incremento na área plantada na Bahia de 14,8% (628,4 mil hectares para 721,7 mil hectares), comdes-taque para a produção de 2,2 milhões de toneladas. O diretor de pesquisa e projetos da AIBA, Ernani Sabai, afirma que o Oeste ocupa uma posição estratégica no que se refere ao abastecimento da região e à ampliação do mercado externo. Em sua avaliação, a implantação de um corredor multimodal de transporte certamen-te reduzirá os custos de escoamento da produ-ção e fortalecerá a atração de investimentos na região. “Necessitamos que sejam realizados e im-plementados novos projetos e investimentos ur-gentes nesses modais. Isto ampliará a dinâmica econômica local”, afirma Sabai, referindo-se ao desenvolvimento de potenciais hidroviário, fer-roviário e rodoviário. A Bahia deve plantar, nesta temporada, 1,33 milhão de hectares, umincremen-to de 3,9% em relação à safra passa-da, cerca de 50 mil hectares a mais. Se o a safra não apresentar anormalida-de, o Estado deve produzir 3,81 milhões de toneladas de soja, tornando-se o 6º maior produtor do país e permanecen-do como o maior Estado produtor das regiões Norte/Nordeste. SORGO A Bahia é responsável por4%da produção agrícola brasileira. 65%do produto agrícola do Oeste do Estado destinam-se aos mercados do Norte/Nordeste do país. 100% da soja da Bahia são cultivados no Oeste. A soja ocupa58%da área cultivada do Oeste. Emmédia,45%da leguminosa têmcomodestino o Norte/Nordeste do país. 31% do milho da Bahia são cultivados no Oeste e a sua produção representa 77%. Emmédia,90%abastecemo Norte/Nordeste do país. 97%do algodão da Bahia são cultivados no Oeste. Emmédia,30%da pluma e 95%do caroço abastecemo Norte/Nordeste do país. As expectativas de safra de ma-mona para 2013/14 são boas, comexcelente crescimento na produção nacional, puxada pe-la retomada na produção da-qui da Bahia, que concentra 90% da produção brasileira e que sofreu uma grande que-bra na safra passada. A Bahia recupera sua produção, saindo de 11 mil para 76 mil toneladas. O Estado da Bahia, segundo a produção nacional, aparece comumincremento de área de 18,0%, saindo de 271,4 mil hectares cultivados na safra passada para 320,3 mil hecta-res na safra atual. Caso se confirme a tendência, a produção baiana para o fei-jão está estimada em 236,9 mil toneladas, representan-do um acréscimo de 25,2%. A produção poderá sofrer ajus-tes no decorrer do perío-do, (1ª, 2ª e 3ª safras) depen-dendo do comportamento do clima. Comcrescimento nas três variáveis: produção, área e produtividade, res-pectivamente 101%, 9% e 83,7%, a Bahia não é umgrande produtor de arroz, é o 19º colocado no ranking nacional. O Estado tem34 municí-pios produtores, mas sua produção concentra-se na região Oeste do Es-tado (São Desidério, Cocos, Barrei-ras e Formosa do Rio Preto). [ CAPA ] POR ALEXANDRE SANTOS Produtor acreditaemrecuperaçãodasafra Investimentoemmodaisdetransporteno Oestebaiano ampliaráomercadoexterno período climático com incidência de chuvas, aliado ao uso de novas tec-nologias agrícolas e ao aumento das áreas de plantios, foi fundamental para que aBahia elevasse a produção degrãos.ParaErnaniSabai, diretorde pesquisa e projetos da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AI-BA), apesar do cenário satisfatório, os preços, porém, não foram os me-lhores já observados, uma vez que se mantiveramestáveis. “Somente nesta safra, ocorreu uma retração que tem comprome-tido a lucratividade e, por sua vez, a rentabilidade do setor, devido ao au-mento dos custos de produção, prin-cipalmente diesel, fertilizantes e quí-micos”, diz. Na avaliação de Sabai, a soja, carro-chefe da produção do Estado, tem encontrado maior liquidez nos mercados interno e externo, por cau-sa das condições consideradas ade-quadas da região, que oferece pluvio-metria, solo, luminosidade, topogra-fia, tecnologia [sementes e máqui-nas] favoráveis. O dirigente da AIBA afirma que, emse mantendo o dinamismo do se-tor, oOestedaBahia temtudoparase tornar o celeiro alimentar do Norte/ Nordeste. “Esse título se deve ao fato deque48,8%dasoja produzida local-mente, emgrãoe/oufarelo,87,5%do milho, 30% da pluma e quase 100% do caroço de algodão são destinados ao mercado interno e 80% deste é consumido pelo Nordeste”, assinala. SOJA ÉOCARRO-CHEFEDA PRODUÇÃOBAIANA Dados da AIBA mostram que toda a produção de soja da Bahia está con-centrada no Oeste, ocupando 58% da área total de plantio. O algodão (97%) e o milho (31%) ocupam a se-gunda e a terceira posições, respec-tivamente. O Estado também res-ponde por 4% da produção agríco-la do Brasil. De acordo com a asso-ciação, 65% do produto agrícola do Oeste baiano são destinados aos mercados do Norte/Nordeste. Em grande parte, as commodi-ties atendem ao setor produtivo que utiliza ração animal como base ali-mentar, a exemplo de criadores de bovinos, suínos, avícolas e caprinos. Entre os principais comprado-res de grãos do Oeste da Bahia des-tacam- se o Sul do Piauí, Ceará, Pa-raíba, Pernambuco e Sergipe. Se-gundo a AIBA, a atividade respon-de por cerca de 63mil empregos di-retos e indiretos. Na região em que há produção, as famílias são com-postas em média por 3,9 pessoas. Considerando-se esse universo, 252 pessoas mil têm suas rendas gera-das pelo setor. Jairo Carneiro, secretário estadual da Agricultura mento de fato. O que houve, na verda-de, foi uma recuperação em torno de 10% da produtividade”, avalia. Segundo Schmidt, mesmocomre-sultados melhores do que os de anos anteriores, o Oeste baiano ainda en-frenta problemas que afetam direta-mente a produção. “Além da questão das pragas, que atingem a lavoura, de-pendemos 100% da BR-242 para esco-ar a produção para fora do Estado. São mais de mil quilômetros de estrada pa- SOJA DISTRIBUIÇÃO DE ÁREA - SAFRA 2013/2014 Essa é outra cultura que teve recu-peração no Estado, com crescimen-to nas três variáveis, deverá sair de 87,1 mil hectares para 88,8 mil ha (2,0%) na área plantada; 32,3 mil toneladas para 133,6 mil toneladas (313,6%) e produtividade de 371 kg/ ha para 1.505 kg/ha (305,7%). A Bahia é o 4º maior produtor de sor-go do Brasil, sendo os municípios de Luís Eduardo Magalhães, São Desi-dério, Muquém do São Francisco e Formosa do Rio Preto os destaques. ALGODÃO “Temos uma das bacias hidrográficas mais importantes do país, a do São Francisco, que, ao longo da história da região, contribuiu para seu desenvolvimento por transporte hidroviário. É necessário retomar o rumo da história e incor-porá- lo ao processo de transporte. Trata-se de um modal altamente vantajoso, tanto do pon-to de vista econômico como do ambiental”, diz. De acordo cominformações da Codevasf, ao transportar 4.200 toneladas de carga por hidro-via, um comboio com carga de 37 toneladas re-tiraria das estradas 113 carretas bitrens e reduzi-ria o consumo de combustíveis fósseis, a emis-são de poluentes, despesas de conservação ro-doviária e acidentes de trânsito. ra chegar aoPortode Salvador, que ofe-rece estrutura precária”, diz. De acordo comele, o Terminal Por-tuário Cotegipe, unidade privada loca-lizada na capital, tem sido importante para desafogar as produções de soja e milho, porexemplo.Paraoprodutor,es-sa logística, no entanto, só será minimi-zada com a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que deve-ria ser concluída este ano, e do Porto de Ilhéus, projetado para transportar car-gas para os Estados do Nordeste. “Comessesnovosmodais,alogísti-ca para a produção chegar até o consu-midor final, que engloba os mercados asiáticoe europeu, irá melhorarbastan-te”, afirma Schmidt. Na opinião de Ernani Sabai, diretor de pesquisa e agronegócio da Associa-çãode Agricultores e IrrigantesdaBahia (AIBA), quando concluída, a ferrovia re-duzirá consideravelmente os custos de logística de forma a melhorar as mar-gens de rentabilidade do setor produti-vo, que variam de0,5a1%do capital in-vestido. Moisés Schmidt: “O que houve, na verdade, foi uma recuperação em torno de 10% da produtividade” Arquivo Pessoal outras 16% algodão 14% milho 12% soja 58% EVOLUÇÃO AGRÍCOLA - 15 ANOS PERÍODO %Área %Prod. 2013/14 - 1999/00 236,32 294,82 Foto: Sílvio Ávila O período climático comincidência de chuvas, aliado ao uso de novas tecnologias agrícolas e ao aumento das áreas de plantios, foi fundamental para que a Bahia elevasse a produção de grãos. Fonte: AIBA