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Notas Qualidade e Design Multimédia



A utilização dos recursos educativos digitais ou de Objectos de aprendizagem, tem como
porta de entrada tipicamente um portal temático. Nesse enquadramento tanto o portal
como o próprio Recurso em si deverá formar um todo com critérios de qualidade que se
encontram já definidos na literatura.

Existe uma experiência relativamente a este assunto em outros países, nomeadamente em
Inglaterra (TEEM), França (RIP), Portugal (SACAUSEF), Estados Unidos (WEB-MAC).

De acordo com a literatura, existem critérios para que um determinado recurso seja
reconhecido um Recurso Educativo Digital de qualidade.

A avaliação destes recursos é no entanto variável dependendo do Recurso Educativo em
análise.

No caso de utilização destes recursos em bibliotecas digitais deverá ter-se em conta a
Micronavegação, que analisa todos os aspectos relativos à navegação interna nos próprios
conteúdos (Clauson, 1999), assim como a Macro navegação, esta relacionada com a
ligação do sítio ao exterior, e a visibilidade do mesmo relativamente á Web.

De entre os critérios (Alexandre & Tate, 2000) podemos destacar a :

Autoria : Parâmetro que permite identificar o responsável do portal, criando-se assim um
sentido de credibilidade ao sítio , tendo para isso que se incluir como informação adicional:
Uma descrição do autor e da organização a que pertence, informação sobre o currículo
académico e profissional.

Incluir inclusão do correio, uma declaração de princípios e intenções com a finalidade do
portal.

Algum tipo de logótipo que represente a instituição.

Actualização : Este critério tem como referência a actualidade dos conteúdos avaliados
que existem no portal assim como a actualização dos mesmos. Deverá neste caso ser
valorizado indicadores tais como, A indicação da ultima data de actualização do portal, a
indicação explicita da data de actualização dos conteúdos, a presença de informação
actualizada,a não existência de quebras de ligações Web .
Conteúdos : Este critério, integra um conjunto de requisitos específicos dos conteúdos e
dependente deste. Middleton, 1999; Zellouf, 2000 consideram os seguintes indicadores.

Abrangência: Amplitude e nível de profundidade com que os conteúdos são abordados.

Precisão, rigor e exactidão, os conteúdos devem de ser rigorosos , claros legíveis,
correctamente formulados e devem de conter referências bibliográficas de acordo com o
texto ou tema apresentado.

Pertinência: Este critério encontra-se relacionado com a utilidade e validade dos
conteúdos contidos no portal.

Objectividade: Deverá comprovar qual o nível de dependência ou de ausência de qualquer
indicação de carácter comercial, religioso ou politico. Tem de se conhecer a perspectiva da
autoria dos conteúdos face à proliferação de técnicas de marketing embebido nas páginas
através dos vários operadores de Internet.




Relativamente ao critério de acessibilidade, critério que obriga a que o portal tenha a
capacidade de navegado por pessoas com algum grau deficiência, nomeadamente
incapcidade física, a nível auditivo e visual .

Os indicadores de acordo com (Lawrence, 1999, Pinto e tal, 2004) são os seguintes:




Desenho compatível com os diferentes navegadores de Internet e diferentes resoluções de
ecran.

Verificação da existência de distorções da visibilidades das páginas do sítio web, utilizando
navegadores de mercado que tenham expressão em quantitativa de utilização.

Cumprimento da norma WAI (Web Accebility Initiative) . Este critério passou a ser
obrigatório a partir de 2007 de acordo com a lei sobre sítios públicos.

Interactividade de utilização, nomeadamente a possibilidade de gravar, exportar e
imprimir dados.

Existência de ajuda para o utilizador do portal.

Presença de outras Línguas dos conteúdos do portal.
Funcionalidade: Este critério pretende medir a forma como um utilizador pode localizar
num portal de conteúdos a informação de seu interesse, de forma rápida. De acordo com
(Alexandre & Tate 1999) deve de ser criada:

Estrutura lógica de conteúdos, organizada através de uma forma de tabela de conteúdos,
menu hierárquico, ou outra organização para que o utilizador tenha a percepção de quais
os conteúdos mais relevantes existentes.

A pertinência e a adequação dos títulos existentes de forma organizada de forma a
proporcionar coerência e homogeneidade.

Existência de um mapa hierárquico com todas as ligações activas.

A existência de um sistema de pesquisa de conteúdos apropriados.

Existência de ferramentas de personalização.

Navegabilidade

Refere-se à facilidade com que o utilizador navega nas páginas que compõem o portal de
forma à localização da informação e orientação do utilizador.Deve-se valorizar os
seguintes indicadores(Holmes, 2002)

Presença de menu de conteúdo de forma sempre visível, e ser possível sempre o mesmo
lugar e em cada página que compõe o portal.

Presença de botões de navegação que permita ao utilizador utilizar o portal de forma
lógica.

Simplecidade no uso dos percursos de navegação e de fácil acesso às ferramentas.




Desenho

Neste caso valorizam-se as várias questões relacionadas com o aspecto físico e a
ergonomia, que fazem com que o portal possa ser um recurso digital agradável à vista e
fácil de ler.

Neste aspecto os indicadores referidos são:
Desenho de Web funcional e atractivo, adequada combinação de cores, formas e imagens,
que facilitam a leitura dos conteúdos, Desenho da informação textual de forma a ter uma
leitura fácil .

Homogeneidade de estilo e formato em todas as páginas do conteúdo.

Avaliação de qualidade de recursos electrónicos com fins pedagógicos existem vários
métodos de análise, existe o método misto em que o especialista tem um peso de 80% e o
utilizador de 20% na relação de avaliação do recurso educativo digital. Um outro método
(CTLO, 2005) é o da utilização de investigação acção, com a análise dos Objectos de
Aprendizagens através de questionários após a aplicação e consequente melhoria de
acordo com o feedback recebido dos alunos.

De acordo com Costa,F. , existe um outro critério de avaliação dos conteúdos On-Line e
que tem a ver com a aprendizagem dos alunos . Neste critério um dos métodos de
verificação da qualidade do conteúdo, tem a ver não só com as questões de ordem
técnica, mas sim como foi concebido do ponto de vista do currículo, tendo em conta o
contexto escolar os níveis de escolaridade.

De entre estes critérios destacam-se:

As tarefas propostas que promovem de forma interactiva, a actividade intelectual no
aluno, em especial, o raciocínio, a reflexão critica e a criatividade.

Se o recurso engloba tarefas que promovam as actividades colectivas de aprendizagem em
termos de comunicação e da construção do conhecimento.

Se o recurso apresenta relativamente à avaliação, dispositivos de auto-avaliação e auto-
regulação da aprendizagem.

A forma como é concebido o recurso educativo ou o Objecto de aprendizagem deverá
também reger-se por critérios que têm a ver com a carga cognitiva que os mesmos
representam, devido ao seu design.




Teoria da Carga Cognitiva
Uma dos aspectos a ter em conta na selecção dos REDs ou O.A. é a carga cognitiva
potencial que o mesmo pode ter no aprendente.

Partindo do princípio que existe toda a informação necessária e que a mesma se
encontra disponibilizada de uma forma transparente, seja através de livrarias digitais ou
portais educativos ou através de outra qualquer estrutura, é necessário ter em
consideração o grau de carga cognitiva presente no REDs ou O.A. escolhido e em que
contexto o mesmo será aplicado em sala de aula.

Segundo Sweller (2005), em alguns ambientes, existem factores que podem distrair o
aprendente e causar um impacto negativo no processo de aprendizagem, resultando
numa sobrecarga cognitiva. Sendo a carga cognitiva um factor presente na iteração entre
Homem e computador (HCI), torna-se importante ter o conhecimento básico da sua
existência de modo a se escolher um recurso que apresente uma carga reduzida e que
possa maximizar o processamento da transferência do que se pretende ensinar.

A Teoria da Carga Cognitiva defende que a elaboração de materiais didácticos, com
especial enfoque aqueles que utilizam multimédia, deve seguir alguns princípios de
Desenho e concepção de modo a diminuir a sobrecarga cognitiva do aprendente. De
acordo com Mayer (2002) foram definidos os seguintes Princípios:

Princípio de Representação Múltipla: os aprendentes aprendem melhor quando se
combinam texto e imagens, do que se utilizarem apenas texto.

Princípio de Proximidade Espacial: esse princípio diz respeito à proximidade de texto e
imagens, quando texto e imagens correspondentes ou relacionadas se encontram
próximas em vez de afastadas, existe uma melhor aprendizagem.

Princípio da Não Divisão ou da Proximidade Temporal: nesse princípio a apresentação
de texto e imagens é realizada simultaneamente em vez de forma sequencial. Este facto
uma vez que a apresentação de um texto e de uma animação no mesmo espaço do ecrã
divide a atenção do aprendente.

Princípio das Diferenças individuais: sabe-se que aprendentes com maior nível de
conhecimento, sobre um determinado assunto e com grau maior de orientação espacial
possuem maiores condições de organizar e processar seu próprio conhecimento ao
interagir com o assunto relacionado.
Princípio da Coerência: refere-se à exclusão de palavras, imagens ou sons não
relevantes para o assunto. Quanto mais simples e objectiva for à apresentação do
conteúdo, mais livre ficará a memória de trabalho para processar um número maior de
conhecimentos.

Princípio da Redundância: nesse princípio, ressalta-se que o uso da animação e
narração, quando usadas simultaneamente no processo de ensino, potencia o
conhecimento, actuando de forma diferente de quando usadas separadamente.

Alguns dos problemas que alguns dos R.E.D. ou O.A., apresentam são a carga cognitiva
externa, que é a carga cognitiva relacionada com a criação do recurso, causada pela
sobreposição de texto e a narração do mesmo, existindo assim simultaneidade dos dois
canais, auditivo e visual o que segundo a teoria da carga cognitiva, causa uma
sobrecarga cognitiva. Existindo em simultâneo os dois canais de percepção (visão e
audição) ao mesmo tempo e com informações redundantes, interferindo negativamente
no processo de aprendizagem. Também se verificou a presença de sobrecarga, causada
pela narração contínua de actividades, ou seja, a narração não é interrompida quando é
seleccionada outra actividade, ficando a narração da actividade anterior como pano de
fundo de outra actividade, o que pode causar confusão no aprendente.

Em alguns recursos educativos digitais no entanto a carga cognitiva é intrínseca, ou
seja, relacionadas com o conteúdo apresentado, pois, em alguns casos, existe um
excesso de informações redundantes.

A carga cognitiva interna, acontece devido ao conteúdo em si. Neste caso poderá
ocorrer que o O.A. ou Recurso de aprendizagem não possa ser reduzido. Se for o caso
Mayer (2002) propõe que se deverá proceder à segmentação da apresentação.

Segundo Mayer (2002), a redução da carga em decorrente da utilização de dois canais
de percepção ocorre apenas quando a informação não é redundante, pois se isso
acontecer a carga cognitiva aumenta. Quando se faz o uso de dois canais de percepção
em simultâneo, por exemplo, uma imagem e a narração de um texto em simultâneo.




No plano da aprendizagem multimédia (aprendizagem a partir de palavras - escritas ou
narradas, e de imagens - estáticas ou dinâmicas) existe uma relação entre a aprendizagem
significativa e a carga cognitiva.
No contexto da investigação sobre a forma de reduzir a carga cognitiva, Mayer & Moreno
   (2003), é apresentado um modelo mental de como funciona um sistema que permite a
   aprendizagem. De acordo com estudo realizado existem três pressupostos (assumpções)
   fundamentais:
   Canal Duplo - Os seres humanos possuem sistemas (canais) separados para processarem
   material verbal e material pictórico.
   Capacidade limitada - Cada canal é limitado na quantidade de material que pode ser
   processado de cada vez.
   Processamento activo – A aprendizagem significativa envolve processos cognitivos
   incluindo a construção de conexões entre as representações verbais e pictóricas.


   Os autores do artigo em análise identificaram três tipos de exigências/necessidades
   cognitivas a considerar no processo de aprendizagem utilizando recursos multimédia:


O Processamento essencial diz respeito aos processos cognitivos requeridos para dar sentido
ao material apresentado (seleccionar palavras e imagens, organizar palavras e imagens e
integrar palavras e imagens tendo em conta o conhecimento prévio), representado
esquematicamente na figura seguinte:




           Fig. 2 – Representação do processamento essencial -   Mayer & Moreno 2003



Processamento incidental (acessório) refere-se aos processos cognitivos que não são
requeridos para dar significado ao material apresentado mas são despoletados pelo design do
ambiente            ou             da          tarefa            de              aprendizagem.
Retenção temporária de representações mentais na memória de trabalho (representações
suspensas, em transito...) processos cognitivos que mantém temporariamente as
representações mentais na memória de trabalho.
Estas questões da sobrecarga cognitiva levantadas pelos investigadores deveriam de ser tidas
em conta no design dos Objectos de aprendizagem e nos recursos educativos.


Fernando Rui Campos – vários autores, 16-01-2011




MAYER, Richard. Multimedia Learning. Cambridge: Cambridge University Press.

2001.

MAYER, R., Moremo, R.(2003) Nine Ways to Reduce Cognitive Load in Multimedia
    Learning, Educational Phsychologist , 38, pag.43-52 .

SWELLER, John. (2003).Cognitive Load Theory: A Special Issue of educational

Psychologist”. LEA, Inc,

SWELLER, J.; MERRIENBOER, J. Cognitive Load Theory and Complex Learning:

Recent Developments and Future Directions. Educational Psychology Review, V.17,

N.2, June 2005.

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Critérios de qualidade para recursos educativos digitais

  • 1. Notas Qualidade e Design Multimédia A utilização dos recursos educativos digitais ou de Objectos de aprendizagem, tem como porta de entrada tipicamente um portal temático. Nesse enquadramento tanto o portal como o próprio Recurso em si deverá formar um todo com critérios de qualidade que se encontram já definidos na literatura. Existe uma experiência relativamente a este assunto em outros países, nomeadamente em Inglaterra (TEEM), França (RIP), Portugal (SACAUSEF), Estados Unidos (WEB-MAC). De acordo com a literatura, existem critérios para que um determinado recurso seja reconhecido um Recurso Educativo Digital de qualidade. A avaliação destes recursos é no entanto variável dependendo do Recurso Educativo em análise. No caso de utilização destes recursos em bibliotecas digitais deverá ter-se em conta a Micronavegação, que analisa todos os aspectos relativos à navegação interna nos próprios conteúdos (Clauson, 1999), assim como a Macro navegação, esta relacionada com a ligação do sítio ao exterior, e a visibilidade do mesmo relativamente á Web. De entre os critérios (Alexandre & Tate, 2000) podemos destacar a : Autoria : Parâmetro que permite identificar o responsável do portal, criando-se assim um sentido de credibilidade ao sítio , tendo para isso que se incluir como informação adicional: Uma descrição do autor e da organização a que pertence, informação sobre o currículo académico e profissional. Incluir inclusão do correio, uma declaração de princípios e intenções com a finalidade do portal. Algum tipo de logótipo que represente a instituição. Actualização : Este critério tem como referência a actualidade dos conteúdos avaliados que existem no portal assim como a actualização dos mesmos. Deverá neste caso ser valorizado indicadores tais como, A indicação da ultima data de actualização do portal, a indicação explicita da data de actualização dos conteúdos, a presença de informação actualizada,a não existência de quebras de ligações Web .
  • 2. Conteúdos : Este critério, integra um conjunto de requisitos específicos dos conteúdos e dependente deste. Middleton, 1999; Zellouf, 2000 consideram os seguintes indicadores. Abrangência: Amplitude e nível de profundidade com que os conteúdos são abordados. Precisão, rigor e exactidão, os conteúdos devem de ser rigorosos , claros legíveis, correctamente formulados e devem de conter referências bibliográficas de acordo com o texto ou tema apresentado. Pertinência: Este critério encontra-se relacionado com a utilidade e validade dos conteúdos contidos no portal. Objectividade: Deverá comprovar qual o nível de dependência ou de ausência de qualquer indicação de carácter comercial, religioso ou politico. Tem de se conhecer a perspectiva da autoria dos conteúdos face à proliferação de técnicas de marketing embebido nas páginas através dos vários operadores de Internet. Relativamente ao critério de acessibilidade, critério que obriga a que o portal tenha a capacidade de navegado por pessoas com algum grau deficiência, nomeadamente incapcidade física, a nível auditivo e visual . Os indicadores de acordo com (Lawrence, 1999, Pinto e tal, 2004) são os seguintes: Desenho compatível com os diferentes navegadores de Internet e diferentes resoluções de ecran. Verificação da existência de distorções da visibilidades das páginas do sítio web, utilizando navegadores de mercado que tenham expressão em quantitativa de utilização. Cumprimento da norma WAI (Web Accebility Initiative) . Este critério passou a ser obrigatório a partir de 2007 de acordo com a lei sobre sítios públicos. Interactividade de utilização, nomeadamente a possibilidade de gravar, exportar e imprimir dados. Existência de ajuda para o utilizador do portal. Presença de outras Línguas dos conteúdos do portal.
  • 3. Funcionalidade: Este critério pretende medir a forma como um utilizador pode localizar num portal de conteúdos a informação de seu interesse, de forma rápida. De acordo com (Alexandre & Tate 1999) deve de ser criada: Estrutura lógica de conteúdos, organizada através de uma forma de tabela de conteúdos, menu hierárquico, ou outra organização para que o utilizador tenha a percepção de quais os conteúdos mais relevantes existentes. A pertinência e a adequação dos títulos existentes de forma organizada de forma a proporcionar coerência e homogeneidade. Existência de um mapa hierárquico com todas as ligações activas. A existência de um sistema de pesquisa de conteúdos apropriados. Existência de ferramentas de personalização. Navegabilidade Refere-se à facilidade com que o utilizador navega nas páginas que compõem o portal de forma à localização da informação e orientação do utilizador.Deve-se valorizar os seguintes indicadores(Holmes, 2002) Presença de menu de conteúdo de forma sempre visível, e ser possível sempre o mesmo lugar e em cada página que compõe o portal. Presença de botões de navegação que permita ao utilizador utilizar o portal de forma lógica. Simplecidade no uso dos percursos de navegação e de fácil acesso às ferramentas. Desenho Neste caso valorizam-se as várias questões relacionadas com o aspecto físico e a ergonomia, que fazem com que o portal possa ser um recurso digital agradável à vista e fácil de ler. Neste aspecto os indicadores referidos são:
  • 4. Desenho de Web funcional e atractivo, adequada combinação de cores, formas e imagens, que facilitam a leitura dos conteúdos, Desenho da informação textual de forma a ter uma leitura fácil . Homogeneidade de estilo e formato em todas as páginas do conteúdo. Avaliação de qualidade de recursos electrónicos com fins pedagógicos existem vários métodos de análise, existe o método misto em que o especialista tem um peso de 80% e o utilizador de 20% na relação de avaliação do recurso educativo digital. Um outro método (CTLO, 2005) é o da utilização de investigação acção, com a análise dos Objectos de Aprendizagens através de questionários após a aplicação e consequente melhoria de acordo com o feedback recebido dos alunos. De acordo com Costa,F. , existe um outro critério de avaliação dos conteúdos On-Line e que tem a ver com a aprendizagem dos alunos . Neste critério um dos métodos de verificação da qualidade do conteúdo, tem a ver não só com as questões de ordem técnica, mas sim como foi concebido do ponto de vista do currículo, tendo em conta o contexto escolar os níveis de escolaridade. De entre estes critérios destacam-se: As tarefas propostas que promovem de forma interactiva, a actividade intelectual no aluno, em especial, o raciocínio, a reflexão critica e a criatividade. Se o recurso engloba tarefas que promovam as actividades colectivas de aprendizagem em termos de comunicação e da construção do conhecimento. Se o recurso apresenta relativamente à avaliação, dispositivos de auto-avaliação e auto- regulação da aprendizagem. A forma como é concebido o recurso educativo ou o Objecto de aprendizagem deverá também reger-se por critérios que têm a ver com a carga cognitiva que os mesmos representam, devido ao seu design. Teoria da Carga Cognitiva
  • 5. Uma dos aspectos a ter em conta na selecção dos REDs ou O.A. é a carga cognitiva potencial que o mesmo pode ter no aprendente. Partindo do princípio que existe toda a informação necessária e que a mesma se encontra disponibilizada de uma forma transparente, seja através de livrarias digitais ou portais educativos ou através de outra qualquer estrutura, é necessário ter em consideração o grau de carga cognitiva presente no REDs ou O.A. escolhido e em que contexto o mesmo será aplicado em sala de aula. Segundo Sweller (2005), em alguns ambientes, existem factores que podem distrair o aprendente e causar um impacto negativo no processo de aprendizagem, resultando numa sobrecarga cognitiva. Sendo a carga cognitiva um factor presente na iteração entre Homem e computador (HCI), torna-se importante ter o conhecimento básico da sua existência de modo a se escolher um recurso que apresente uma carga reduzida e que possa maximizar o processamento da transferência do que se pretende ensinar. A Teoria da Carga Cognitiva defende que a elaboração de materiais didácticos, com especial enfoque aqueles que utilizam multimédia, deve seguir alguns princípios de Desenho e concepção de modo a diminuir a sobrecarga cognitiva do aprendente. De acordo com Mayer (2002) foram definidos os seguintes Princípios: Princípio de Representação Múltipla: os aprendentes aprendem melhor quando se combinam texto e imagens, do que se utilizarem apenas texto. Princípio de Proximidade Espacial: esse princípio diz respeito à proximidade de texto e imagens, quando texto e imagens correspondentes ou relacionadas se encontram próximas em vez de afastadas, existe uma melhor aprendizagem. Princípio da Não Divisão ou da Proximidade Temporal: nesse princípio a apresentação de texto e imagens é realizada simultaneamente em vez de forma sequencial. Este facto uma vez que a apresentação de um texto e de uma animação no mesmo espaço do ecrã divide a atenção do aprendente. Princípio das Diferenças individuais: sabe-se que aprendentes com maior nível de conhecimento, sobre um determinado assunto e com grau maior de orientação espacial possuem maiores condições de organizar e processar seu próprio conhecimento ao interagir com o assunto relacionado.
  • 6. Princípio da Coerência: refere-se à exclusão de palavras, imagens ou sons não relevantes para o assunto. Quanto mais simples e objectiva for à apresentação do conteúdo, mais livre ficará a memória de trabalho para processar um número maior de conhecimentos. Princípio da Redundância: nesse princípio, ressalta-se que o uso da animação e narração, quando usadas simultaneamente no processo de ensino, potencia o conhecimento, actuando de forma diferente de quando usadas separadamente. Alguns dos problemas que alguns dos R.E.D. ou O.A., apresentam são a carga cognitiva externa, que é a carga cognitiva relacionada com a criação do recurso, causada pela sobreposição de texto e a narração do mesmo, existindo assim simultaneidade dos dois canais, auditivo e visual o que segundo a teoria da carga cognitiva, causa uma sobrecarga cognitiva. Existindo em simultâneo os dois canais de percepção (visão e audição) ao mesmo tempo e com informações redundantes, interferindo negativamente no processo de aprendizagem. Também se verificou a presença de sobrecarga, causada pela narração contínua de actividades, ou seja, a narração não é interrompida quando é seleccionada outra actividade, ficando a narração da actividade anterior como pano de fundo de outra actividade, o que pode causar confusão no aprendente. Em alguns recursos educativos digitais no entanto a carga cognitiva é intrínseca, ou seja, relacionadas com o conteúdo apresentado, pois, em alguns casos, existe um excesso de informações redundantes. A carga cognitiva interna, acontece devido ao conteúdo em si. Neste caso poderá ocorrer que o O.A. ou Recurso de aprendizagem não possa ser reduzido. Se for o caso Mayer (2002) propõe que se deverá proceder à segmentação da apresentação. Segundo Mayer (2002), a redução da carga em decorrente da utilização de dois canais de percepção ocorre apenas quando a informação não é redundante, pois se isso acontecer a carga cognitiva aumenta. Quando se faz o uso de dois canais de percepção em simultâneo, por exemplo, uma imagem e a narração de um texto em simultâneo. No plano da aprendizagem multimédia (aprendizagem a partir de palavras - escritas ou narradas, e de imagens - estáticas ou dinâmicas) existe uma relação entre a aprendizagem significativa e a carga cognitiva.
  • 7. No contexto da investigação sobre a forma de reduzir a carga cognitiva, Mayer & Moreno (2003), é apresentado um modelo mental de como funciona um sistema que permite a aprendizagem. De acordo com estudo realizado existem três pressupostos (assumpções) fundamentais: Canal Duplo - Os seres humanos possuem sistemas (canais) separados para processarem material verbal e material pictórico. Capacidade limitada - Cada canal é limitado na quantidade de material que pode ser processado de cada vez. Processamento activo – A aprendizagem significativa envolve processos cognitivos incluindo a construção de conexões entre as representações verbais e pictóricas. Os autores do artigo em análise identificaram três tipos de exigências/necessidades cognitivas a considerar no processo de aprendizagem utilizando recursos multimédia: O Processamento essencial diz respeito aos processos cognitivos requeridos para dar sentido ao material apresentado (seleccionar palavras e imagens, organizar palavras e imagens e integrar palavras e imagens tendo em conta o conhecimento prévio), representado esquematicamente na figura seguinte: Fig. 2 – Representação do processamento essencial - Mayer & Moreno 2003 Processamento incidental (acessório) refere-se aos processos cognitivos que não são requeridos para dar significado ao material apresentado mas são despoletados pelo design do ambiente ou da tarefa de aprendizagem. Retenção temporária de representações mentais na memória de trabalho (representações suspensas, em transito...) processos cognitivos que mantém temporariamente as representações mentais na memória de trabalho.
  • 8. Estas questões da sobrecarga cognitiva levantadas pelos investigadores deveriam de ser tidas em conta no design dos Objectos de aprendizagem e nos recursos educativos. Fernando Rui Campos – vários autores, 16-01-2011 MAYER, Richard. Multimedia Learning. Cambridge: Cambridge University Press. 2001. MAYER, R., Moremo, R.(2003) Nine Ways to Reduce Cognitive Load in Multimedia Learning, Educational Phsychologist , 38, pag.43-52 . SWELLER, John. (2003).Cognitive Load Theory: A Special Issue of educational Psychologist”. LEA, Inc, SWELLER, J.; MERRIENBOER, J. Cognitive Load Theory and Complex Learning: Recent Developments and Future Directions. Educational Psychology Review, V.17, N.2, June 2005.