O documento discute a evolução da televisão brasileira e da publicidade nesse meio. A TV brasileira seguiu o modelo comercial norte-americano desde os anos 1950, quando os anunciantes determinavam a programação. Atualmente, a maioria dos brasileiros ainda assiste TV aberta, embora as narrativas estejam mais interativas com a popularização de realities e jogos. A publicidade também hibridizou-se e passou a ser mais interativa, se misturando ao conteúdo para gerar branded content.
3. TV brasileira = veículo publicitário
•Segue modelo comercial norte-americano desde o início, na década de 50;
•Nos primeiros anos, os anunciantes determinavam os programas de deveriam ser produzidos e veiculados;
•Durante as duas primeiras décadas da nossa TV, os programas eram identificados pelo nome do patrocinador (Repórter-Esso / Telejornal Pirelli / Gincana Kibon / Sabatina Maizena);
•Não tínhamos informações de institutos de pesquisas sobre a audiência;
•“O desenvolvimento dos sistemas de meios de comunicação está relacionado com o desenvolvimento da publicidade multinacional em muitos países do terceiro mundo, principalmente na América Latina”
•Sérgio Mattos
•História da Televisão Brasileira – 2010.
4. Paleotelevisão = Neotelevisão (Umberto Eco, 1984, apud Cannito, 2010)
•Paleotelevisão:
Programação televisiva dá espaço para a fala do cidadão importante. É a TV da autoridade!
Duarte (2004) chama de ‘tevê-pódio’ – é a televisão dos telejornais, dos programas de entrevistas e das telenovelas; Próxima aos modelos narrativos do cinema e do rádio;
•Neotelevisão:
é a tevê – espelho, com um grande número de programas de auditório, talk shows, reality shows e jogos.
•(Hoje: A TV participa de um processo de amadurecimento narrativo, em que novos elementos interativos são incorporados!)
6. 96% dos brasileiros assistem TV aberta (IBOPE – Media Book 2013)
•Peru – 99%
•Chile, Costa Rica e Equador – 97%
•Colômbia - 95%
•Panamá - 94%
•Argentina - 93%
•Honduras - 92%.
UFRN – Comunicação Social – Redação Publicitária nos meios eletrônicos – Erika Zuza
7. Fluxo X Arquivo
•“A televisão é predominantemente fluxo porque exibe programação seguindo de modo unidirecional e regular a linha do tempo.
•Trata-se de um ‘eterno ao vivo’, ainda que o ‘ao vivo’ tenha sido gravado previamente, em um processo que marca profundamente a linguagem televisiva – ainda que os produtores e os espectadores não tomem consciência disso.” p. 49
•Newton Cannito
•A televisão na era digital – 2010.
8. Grade de programação
•Fluxo temporal – 24hs
•Grades e públicos – fidelização do espectador
•Gêneros e Formatos na TV brasileira
•A criação televisiva implica em criação de fluxos
•Constante diálogo com a audiência
•Comerciais inseridos em meio à outras narrativas
UFRN – Comunicação Social – Redação Publicitária nos meios eletrônicos – Erika Zuza
9. 30 segundos...
•Em 2002, o publicitário Hal Riney (Fundador da Publicis & Hal Riney), declarou a revista Advertising Age, que a era dos comerciais de 30 segundos havia acabado. Poucos deram atenção ou sequer demonstraram preocupação a esta fala. “À época a publicidade já mostrava sinais de estar em transição, especialmente a veiculada na televisão (...)” – Rogério Covaleski, 2010.
11. Narrativa, enciclopédia e jogo
•“O ser humano organiza suas experiências de três formas: narrativa, enciclopédia e jogo.
•A narrativa é a que organiza os acontecimentos de maneira concatenada, facilitando o entendimento e a evolução dos fatos;
•a enciclopédia organiza o mundo por meio de conceitos (e palavras) que podem ser acessados de modo não linear (...)
•e o jogo cria um universo interativo, com personagens, espaços e regras que permitem e incitam a interação com o usuário dentro de limites estabelecidos pelo autor.”
•Newton Cannito
•A televisão na era digital – 2010.
12. TV = entre narrativa e jogo
•“O jogo existe entre enunciador e receptor, o público reage ao que é experimentado e o autor (...) mede pela audiência os efeitos de suas ações.
•O segredo está em instigar o público na medida certa, a fim de manter aceso o interesse de uma população desconcentrada, acostumada ao zapping e a conversar durante a exibição dos programas”
•Newton Cannito
•A televisão na era digital – 2010.
13. Evolução da publicidade
•Segundo Covaleski (2010), o surgimento de novas mídias mais interativas e a chegada da HDTV precipitaram a evolução para uma publicidade que interage, seleciona, fragmenta e que, sobretudo, não se parece com a comunicação publicitária tradicional. A publicidade passa por um processo de hibridização.
UFRN – Comunicação Social – Redação Publicitária nos meios eletrônicos – Erika Zuza
14. Influenciadores
•“Os prosumers tem um alto poder de influência no consumo das marcas, opinam com propriedade sobre as facilidades de determinados aparelhos, discutem sobre qualidade, valorizam os benefícios e condenam as dificuldades com tanta veemência que acabam se transformando em eficazes vendedores de determinadas marcas.”
•Franzão Neto, 2009, apud Covaleski, 2010.
16. Gerando o BRANDED CONTENT
•Publicidade mesclada ao conteúdo, transformada em entretenimento, apta a interatividade e suscetível a ser compartilhada.
•Outros elementos:
•Infomercials – pp de longo formato;
•Product Placement – integração da pp a outros formatos como novelas, séries e filmes;
•Branded entertainment – programas realizados ou financiados por anunciantes;
•Entretenimento publicitário interativo – ações publicitárias híbridas, especialmente as suportadas pelas mídias digitais.
17. Novas linguagens para a Publicidade
•“Não só as táticas das ações comunicacionais têm evoluído como, principalmente, as técnicas dos processos criativos, agregando mais elementos, linguagens e subsídios de outros campos do conhecimento e de expressões artísticas...”
•Colaleski, 2010, p. 26.
18. Séries = Narrativas no séc XXI
•“As séries são a narrativa do século XXI. Elas são para o nosso século o que o romance foi para o século XIX e o cinema para o século XX”
Sonia Rodrigues
Como escrever séries - 2014