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BIOLOGIA E GEOLOGIA – 11.º ANO
                                PROVA DE AVALIAÇÃO
                                                                                 Fevereiro 2013

                                               GRUPO I
                                Depósitos de água e exploração lunar
    A Lua, satélite natural da Terra, apresenta morfologia irregular, alternando regiões montanhosas
muito acidentadas com regiões baixas e muito planas. Como a Lua não possui atmosfera, qualquer
substância na sua superfície está diretamente exposta ao vácuo. A temperatura lunar varia, ao nível do
solo, entre 130 °C, nas condições de insolação máxima, e –200 °C, nas condições de insolação
mínima.
    No entanto, a Lua não é o planeta «seco» que se imaginava que fosse, e a possível origem da água
lunar tem alimentado diversas pesquisas científicas.
    Alguns cientistas defendem que a Lua se formou pela fusão e pelo posterior arrefecimento de
fragmentos resultantes da colisão de um corpo espacial com a Terra, há cerca de 4,5 mil milhões de
anos. Ter-se-á, então, formado na Lua um «mar» de magma, onde haveria água, podendo parte desta
ter ficado retida nos minerais em cristalização.
    A partir de dados recolhidos pela missão Lunar Prospector (1998), a NASA anunciou a existência
de água gelada quer no polo sul, quer no polo norte. No início, o gelo parecia estar dispersamente
misturado com o rególito lunar (rochas superficiais, solo e poeira) em baixas concentrações (0,3% a
1%). Todavia, os últimos resultados mostram que a água, sob a forma de gelo, está concentrada em
áreas localizadas no subsolo, em latitudes elevadas. Estes dados parecem indicar que o gelo lunar terá
tido origem em cometas e em meteoritos que continuamente atingiram a Lua nos primeiros momentos
da sua formação.
    A existência de água na Lua poderá tornar possível a instalação de células de combustível neste
planeta. As células de combustível são dispositivos eletroquímicos que transformam continuamente
energia química em energia elétrica, utilizando o hidrogénio. A descoberta de água lunar pode
funcionar como impulsionadora de novas explorações espaciais, tanto mais que as naves espaciais
utilizam cerca de 85% do seu combustível para saírem da influência da gravidade da Terra.

1. Analise as formulações que se seguem, relativas a acontecimentos que, de acordo com a Hipótese
Nebular, explicam a origem e formação do Sistema Solar.
Reconstitua a sequência temporal dos acontecimentos mencionados, segundo uma relação de causa-
efeito, colocando por ordem as letras que os identificam. (10 pontos)
A – Acreção de pequenos fragmentos rochosos.
B – Formação de uma atmosfera primitiva.
C – Ascensão de materiais menos densos à superfície dos planetas.
D – Rotação de uma nébula de poeiras e gás.
E – Crescimento rápido dos planetas, a partir de planetesimais.

2. Na resposta a cada um dos itens de 2.1 a 2.6, selecione a única opção que permite obter uma
afirmação correta. (30 pontos)

   2.1. De acordo com os dados recolhidos pela missão Lunar Prospector, a água encontrada no
   subsolo lunar tem uma origem fundamentalmente
   (A) endógena, que remonta à fase de diferenciação.
   (B) endógena, que remonta à fase de acreção.
   (C) exógena, que remonta à fase de acreção.
   (D) exógena, que remonta à fase de diferenciação.

   2.2. Os últimos dados relativos à descoberta de gelo lunar pela missão Lunar Prospector foram
   obtidos a partir da observação de
   (A) crateras profundas não iluminadas pelo Sol, onde a temperatura é muito baixa.
   (B) rochas de cor clara, onde a reflexão da luz solar é muito intensa.
   (C) rochas superficiais densas, onde a gravidade permite a retenção do gelo.
   (D) crateras superficiais, onde se acumula poeira de origem meteorítica.
2.3. Na Lua, a atividade geológica
   (A) externa é promovida pela existência de água.
   (B) externa é evidenciada por crateras de impacto.
   (C) interna é favorecida por correntes de convexão.
   (D) interna atual é evidenciada por escoadas lávicas.

   2.4. A Terra é um planeta telúrico, pois
   (A) é interior à cintura de asteroides.
   (B) apresenta baixa densidade.
   (C) é um planeta de reduzidas dimensões.
   (D) apresenta crusta silicatada.

   2.5. A idade de formação do sistema solar pode ser estimada, por datação radiométrica, a partir de
   amostras de
   (A) meteoritos que evidenciam a ocorrência de atividade geológica interna nos asteroides que lhes
   deram origem.
   (B) meteoritos que evidenciam a inexistência de diferenciação nos asteroides que lhes deram
   origem.
   (C) rochas ígneas lunares, recolhidas em crateras de impacto de cometas.
   (D) rochas metamórficas lunares, recolhidas em crateras de impacto de cometas.

   2.6. O estudo dos cometas contribui para a compreensão da formação e da evolução do sistema
   solar, porque aqueles corpos
   (A) resultam da fragmentação de planetas primitivos.
   (B) apresentam órbitas excêntricas à volta do Sol.
   (C) têm uma constituição semelhante à da nébula primitiva.
   (D) são constituídos essencialmente por gelo e rochas.

3. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas a
características dos planetas telúricos e dos planetas gigantes. (12 pontos)

   (A)   Os planetas telúricos apresentam uma superfície sólida, coberta, ou não, por atmosfera.
   (B)   Os planetas gigantes são mais densos do que os planetas telúricos.
   (C)   Os planetas telúricos apresentam um grande número de satélites.
   (D)   Os planetas gigantes têm rotação mais rápida do que os planetas telúricos.
   (E)   Os planetas gigantes têm órbitas exteriores à cintura de asteróides.
   (F)   Os planetas telúricos caracterizam-se por apresentarem biosfera.
   (G)   Os planetas gigantes apresentam um conjunto de anéis.
   (H)   Os planetas telúricos apresentam diâmetros diferentes entre si.

4. Faça corresponder a cada uma das afirmações de A a E da coluna A o termo respetivo do
constituinte do sistema solar, indicado na chave da coluna B. (10 pontos)
                                    COLUNA A                                         COLUNA B
                                                                                     1. Vénus
      A. Corpo do sistema solar que se desloca geralmente entre as órbitas de        2. Júpiter
         Marte e Júpiter.                                                            3. Asteróide
      B. Corpo do sistema solar que apresenta um elevado efeito de estufa.           4. Cometa
      C. Corpo do sistema solar que apresenta o menor período de translação.         5. Meteorito
      D. Corpo do sistema solar que apresenta o maior período de translação.         6. Saturno
      E. Corpo gasoso do sistema solar que se encontra mais próximo do sol.          7. Neptuno
                                                                                     8. Mercúrio

5. A atual massa da Terra resultou de um ganho de matéria por acreção. A atmosfera atual evoluiu por
perda de gases menos densos (hélio e hidrogénio) para o espaço extraterrestre.
Justifique, tendo em conta as afirmações anteriores e os critérios de classificação dos sistemas, a atual
classificação do planeta Terra como sistema fechado. (15 pontos)



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6. A superfície lunar apresenta um aspeto característico, devido às inúmeras crateras resultantes dos
choques de meteoritos, ocorridos desde há milhares de milhões de anos.
Justifique, tendo em conta as características atuais da Lua, a preservação, até aos nossos dias, das
crateras de impacto mais antigas. (10 pontos)

                                              GRUPO II
   Na cidade de Lisboa, encontram-se várias estruturas de grande interesse geológico e patrimonial,
geomonumentos, que testemunham episódios vulcânicos e processos alternados de transgressões e de
regressões marinhas, ou seja, subidas e descidas do nível médio das águas do mar.
   As rochas mais antigas que afloram em Lisboa – Formação de Caneças – materializam um episódio
de transgressão marinha que terá ocorrido no Cretácico superior (há aproximadamente 97 M.a.). Em
ambiente marinho, litoral, de águas quentes e pouco profundas, sedimentaram-se lamas e calcite,
conduzindo à formação de margas, alternadas com bancadas de calcários margosos.
   Sobrejacentes a esta unidade, depositaram-se espessas séries de calcários compactos – Formação de
Bica –, com inúmeros vestígios de fósseis, destacando-se, na parte superior, a presença de rudistas. Os
rudistas são um grupo extinto de bivalves (moluscos cuja concha é constituída por duas partes) do
final da Era Mesozóica, que, apesar de aparecerem em vastas áreas, são típicos e exclusivos de rochas
do Jurássico superior e do Cretácico.
   A fase que se seguiu, ainda no Cretácico superior (há aproximadamente 75 M.a.), correspondeu a
um evento de vulcanismo. A intensa fracturação associada à movimentação das placas permitiu a
instalação de diversas condutas, que proporcionaram a formação de filões e mesmo a subida de
magma, ao longo de chaminés, até à superfície, originando lavas que se depositaram sobre as
formações mais antigas. O conjunto destas rochas ígneas intrusivas e extrusivas constitui o Complexo
Vulcânico de Lisboa (CVL), representado por um geomonumento situado na Rua Aliança Operária.
Esta formação é composta por espessas escoadas basálticas.
   Num outro geomonumento, na Quinta da Granja, é possível observar a passagem de um regime
francamente continental paleogénico (há aproximadamente 40 M.a.) a um regime pericontinental da
base do Miocénico (há cerca de 24 M.a.), com a ocorrência de níveis carbonosos e de níveis argilosos,
que denunciam condições de formação onde foi possível preservar restos de vegetais e de matéria
orgânica.

1. Na resposta a cada um dos itens de 1.1 a 1.3, selecione a única opção que permite obter uma
afirmação correta. (15 pontos)

   1.1. Os rudistas da Formação de Bica são fósseis de idade, pois viveram num período de tempo
   relativamente
   (A) curto, com grande dispersão geográfica.
   (B) longo, com reduzida dispersão geográfica.
   (C) curto, com reduzida dispersão geográfica.
   (D) longo, com grande dispersão geográfica.

   1.2. No decurso de uma transgressão marinha, a sequência estratigráfica de depósitos que traduz a
   invasão progressiva das terras pelo mar é
   (A) depósitos litorais – depósitos fluviais – depósitos lagunares.
   (B) depósitos litorais – depósitos lagunares – depósitos fluviais.
   (C) depósitos fluviais – depósitos lagunares – depósitos litorais.
   (D) depósitos fluviais – depósitos litorais – depósitos lagunares.

   1.3. Tendo em conta o conhecimento dos ambientes geológicos que existem presentemente à
   superfície da Terra, é possível determinar
   (A) as condições de formação do Complexo Vulcânico de Lisboa, de acordo com o Princípio do
   Catastrofismo.
   (B) o ambiente de formação dos estratos da Formação de Bica, de acordo com o Princípio da
   Identidade Paleontológica.
   (C) a idade absoluta dos estratos da Quinta da Granja, de acordo com o Princípio da Sobreposição
   dos Estratos.
   (D) as condições de sedimentogénese no Miocénico, de acordo com o Princípio do Atualismo.



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2. Refira em que medida a vegetação pode proteger a ocupação humana em regiões de dunas. (6
pontos)

3. Faça corresponder a cada uma das afirmações de A a E o respetivo conceito, utilizado para a
reconstituição da história da Terra, indicado na chave. (10 pontos)

                    COLUNA A                                        COLUNA B
      A- Assume que as leis físicas são válidas,
         independentemente do espaço e do
         tempo.                                      1.   Princípio da sobreposição
      B- Atribui um valor numérico, expresso em      2.   Princípio da continuidade lateral
         unidades de tempo.                          3.   Princípio da identidade paleontológica
      C- A sua aplicação atribui uma idade           4.   Idade relativa
         superior aos estratos mais profundos,       5.   Idade radiométrica
         relativamente aos superficiais.             6.   Princípio do atualismo
      D- Resultou da preservação de seres vivos      7.   Fóssil indicador de idade
         com distribuição estratigráfica limitada.   8.   Fossilização
      E- Estratos rochosos idênticos separados
         por um vale constituíram, no passado,
         um único estrato.

                                          GRUPO III
O diagrama da figura 1 mostra uma ordenação sistemática de diferentes grupos taxonómicos. A letra a
corresponde à categoria taxonómica considerada como a unidade biológica fundamental da
classificação.




                                             Figura 1

1. Com base na figura 1, faça corresponder V (de verdadeiro) ou F (de falso) a cada uma das letras
que identificam as afirmações que se seguem. (12 pontos)

   (A) Há maior grau de parentesco entre os seres pertencentes ao táxon c do que entre os seres
       pertencentes ao táxon e.
   (B) A diversidade de seres vivos diminui do táxon d para o táxon e.
   (C) Os seres pertencentes ao táxon a apresentam um maior número de características comuns.
   (D) Os seres pertencentes ao táxon c apresentam maior uniformidade de características do que os
       seres pertencentes ao táxon e.
   (E) O táxon d indica família.
   (F) No esquema estão representadas quatro Ordens.
   (G) As bactérias quimioautotróficas utilizam carbono orgânico como principal fonte de carbono.
   (H) As bactérias quimioautotróficas incorporam dióxido de carbono para a síntese de moléculas
       orgânicas.


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2. A importância da biodiversidade reside essencialmente na sua capacidade para manter o equilíbrio
nos ecossistemas.
Relacione o processo de nutrição fotoautotrófica, característico de alguns seres vivos, com a função
por eles desempenhada nos ecossistemas. (10 pontos)

3. Faz corresponder cada Reino expresso na coluna A, ao nível da organização celular, que consta da
coluna B, de acordo com o sistema de classificação de Whittaker. (10 pontos)

      COLUNA A                                        COLUNA B
                       1. Procariótico; unicelulares solitários ou coloniais.
                       2. Procariótico; unicelulares solitários ou coloniais e multicelulares
      A-   Animalia    3. Eucariótico; a maioria unicelular; solitários, alguns coloniais e outros
      B-   Fungi          multicelulares com diferenciação reduzida
      C-   Monera      4. Eucariótico; a maioria unicelular; solitários, alguns coloniais e outros
      D-   Plantae        multicelulares com diferenciação acentuada
      E-   Protista    5. Eucariótico; a maioria unicelular com diferenciação reduzida
                       6. Eucariótico; a maioria multicelular com diferenciação reduzida
                       7. Eucariótico; multicelulares com idêntico grau de diferenciação
                          Eucariótico; multicelulares com progressivo grau de diferenciação

4. Na resposta aos itens de 4.1 e 4.2, selecione a única opção que permite obter uma afirmação
correta. (10 pontos)

   4.1. Relativamente à taxonomia de Aspergillus niger, de Aspergillus carbonarius e de Candida
   tropicalis, pode afirmar-se que
   (A) Aspergillus niger e Aspergillus carbonarius pertencem à mesma família.
   (B) Aspergillus niger e Aspergillus carbonarius têm menor número de taxa em comum do que
   Candida tropicalis e Aspergillus carbonarius.
   (C) Candida tropicalis e Aspergillus niger pertencem ao mesmo género.
   (D) Candida tropicalis e Aspergillus carbonarius partilham maior número de características do que
   Aspergillus niger e Aspergillus carbonarius.

   4.2. Relativamente à taxonomia de Corallium rubrum, Millepora alcicornis e Millepora
   camplanata, corais que pertencem ao filo Cnidaria, pode afirmar-se que
   (A) Corallium rubrum e Millepora camplanata pertencem ao mesmo género.
   (B) Corallium rubrum e Millepora alcicornis têm maior número de taxa em comum do que
   Millepora alcicornis e Millepora camplanata.
   (C) Millepora alcicornis e Millepora camplanata pertencem à mesma classe.
   (D) Corallium rubrum e Millepora alcicornis partilham maior número de características do que
   Millepora alcicornis e Millepora camplanata.

                                             GRUPO IV
A figura 2 representa um aspeto da cidade de Albufeira, no Algarve. Nesta e noutras zonas do litoral
algarvio, existem edifícios, na sua maioria empreendimentos turísticos, construídos em locais como o
representado, constituindo uma situação de risco geológico.




                                             Figura 2



Escola Secundária D. Maria II – Braga/Biologia e Geologia                                            5
1. Na resposta a cada um dos itens de 1.1 a 1.4, selecione a única opção que permite obter uma
afirmação correta. (20 pontos)

   1.1. Os edifícios construídos sobre a _______ podem ruir devido ao desmoronamento desta
   estrutura geológica, que sofre uma erosão contínua na sua _______.
   (A) arriba … base
   (B) arriba … superfície
   (C) praia … base
   (D) praia … superfície

   1.2. Num futuro _______, prevê-se a necessidade de construir _______ ou quebra-mares, de modo
   a prevenir eventuais danos humanos e materiais.
   (A) distante … esporões
   (B) distante … paredões
   (C) próximo … esporões
   (D) próximo … paredões

   1.3. As obras de engenharia da questão 1.2 faz referência _______ alterações ao fluxo de
   sedimentos, _______.
   (A) causam … tornando a arriba mais consolidada
   (B) causam … transferindo a erosão para outros locais
   (C) não causam … tornando a arriba mais consolidada
   (D) não causam … transferindo a erosão para outros locais

   1.4. As medidas de _______ devem _______ a construção sobre arribas, que são estruturas móveis,
   pois ao risco geológico associam-se perdas humanas e materiais.
   (A) ordenamento do território … impedir
   (B) ordenamento do território … regular
   (C) recuperação do património … impedir
   (D) recuperação do património … regular

2. Faça corresponder cada uma das descrições de propriedades dos minerais expressas na coluna A à
respetiva designação, que consta da coluna B. (10 pontos)

                          COLUNA A                                        COLUNA B
        A- Tendência de um mineral para partir segundo         (1) Brilho
           direções preferenciais.                             (2) Clivagem
        B- Resistência de um mineral à abrasão.                (3) Composição
        C- Forma regular como os átomos de um mineral se       (4) Densidade
           distribuem no espaço.                               (5) Dureza
        D- Forma como um mineral reflete a luz.                (6) Estrutura cristalina
        E- Cor do mineral quando reduzido a pó.                (7) Fratura
                                                               (8) Risca

3. Algumas pedras preciosas são variedades de corindo, um mineral raro, composto por átomos de
alumínio e de oxigénio (Al2O3). Na estrutura cristalina do corindo, alguns dos átomos de alumínio
podem ser substituídos por crómio, formando-se uma gema vermelha brilhante, designada rubi, ou por
ferro e titânio, formando-se safiras azuis. A característica que faz do corindo o termo 9 da escala de
Mohs verifica-se, também, no rubi e na safira azul.
Relacione essa característica com a utilização, em joalharia, das referidas variedades do corindo. (10
pontos)




                                                FIM




Escola Secundária D. Maria II – Braga/Biologia e Geologia                                           6

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  • 1. BIOLOGIA E GEOLOGIA – 11.º ANO PROVA DE AVALIAÇÃO Fevereiro 2013 GRUPO I Depósitos de água e exploração lunar A Lua, satélite natural da Terra, apresenta morfologia irregular, alternando regiões montanhosas muito acidentadas com regiões baixas e muito planas. Como a Lua não possui atmosfera, qualquer substância na sua superfície está diretamente exposta ao vácuo. A temperatura lunar varia, ao nível do solo, entre 130 °C, nas condições de insolação máxima, e –200 °C, nas condições de insolação mínima. No entanto, a Lua não é o planeta «seco» que se imaginava que fosse, e a possível origem da água lunar tem alimentado diversas pesquisas científicas. Alguns cientistas defendem que a Lua se formou pela fusão e pelo posterior arrefecimento de fragmentos resultantes da colisão de um corpo espacial com a Terra, há cerca de 4,5 mil milhões de anos. Ter-se-á, então, formado na Lua um «mar» de magma, onde haveria água, podendo parte desta ter ficado retida nos minerais em cristalização. A partir de dados recolhidos pela missão Lunar Prospector (1998), a NASA anunciou a existência de água gelada quer no polo sul, quer no polo norte. No início, o gelo parecia estar dispersamente misturado com o rególito lunar (rochas superficiais, solo e poeira) em baixas concentrações (0,3% a 1%). Todavia, os últimos resultados mostram que a água, sob a forma de gelo, está concentrada em áreas localizadas no subsolo, em latitudes elevadas. Estes dados parecem indicar que o gelo lunar terá tido origem em cometas e em meteoritos que continuamente atingiram a Lua nos primeiros momentos da sua formação. A existência de água na Lua poderá tornar possível a instalação de células de combustível neste planeta. As células de combustível são dispositivos eletroquímicos que transformam continuamente energia química em energia elétrica, utilizando o hidrogénio. A descoberta de água lunar pode funcionar como impulsionadora de novas explorações espaciais, tanto mais que as naves espaciais utilizam cerca de 85% do seu combustível para saírem da influência da gravidade da Terra. 1. Analise as formulações que se seguem, relativas a acontecimentos que, de acordo com a Hipótese Nebular, explicam a origem e formação do Sistema Solar. Reconstitua a sequência temporal dos acontecimentos mencionados, segundo uma relação de causa- efeito, colocando por ordem as letras que os identificam. (10 pontos) A – Acreção de pequenos fragmentos rochosos. B – Formação de uma atmosfera primitiva. C – Ascensão de materiais menos densos à superfície dos planetas. D – Rotação de uma nébula de poeiras e gás. E – Crescimento rápido dos planetas, a partir de planetesimais. 2. Na resposta a cada um dos itens de 2.1 a 2.6, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta. (30 pontos) 2.1. De acordo com os dados recolhidos pela missão Lunar Prospector, a água encontrada no subsolo lunar tem uma origem fundamentalmente (A) endógena, que remonta à fase de diferenciação. (B) endógena, que remonta à fase de acreção. (C) exógena, que remonta à fase de acreção. (D) exógena, que remonta à fase de diferenciação. 2.2. Os últimos dados relativos à descoberta de gelo lunar pela missão Lunar Prospector foram obtidos a partir da observação de (A) crateras profundas não iluminadas pelo Sol, onde a temperatura é muito baixa. (B) rochas de cor clara, onde a reflexão da luz solar é muito intensa. (C) rochas superficiais densas, onde a gravidade permite a retenção do gelo. (D) crateras superficiais, onde se acumula poeira de origem meteorítica.
  • 2. 2.3. Na Lua, a atividade geológica (A) externa é promovida pela existência de água. (B) externa é evidenciada por crateras de impacto. (C) interna é favorecida por correntes de convexão. (D) interna atual é evidenciada por escoadas lávicas. 2.4. A Terra é um planeta telúrico, pois (A) é interior à cintura de asteroides. (B) apresenta baixa densidade. (C) é um planeta de reduzidas dimensões. (D) apresenta crusta silicatada. 2.5. A idade de formação do sistema solar pode ser estimada, por datação radiométrica, a partir de amostras de (A) meteoritos que evidenciam a ocorrência de atividade geológica interna nos asteroides que lhes deram origem. (B) meteoritos que evidenciam a inexistência de diferenciação nos asteroides que lhes deram origem. (C) rochas ígneas lunares, recolhidas em crateras de impacto de cometas. (D) rochas metamórficas lunares, recolhidas em crateras de impacto de cometas. 2.6. O estudo dos cometas contribui para a compreensão da formação e da evolução do sistema solar, porque aqueles corpos (A) resultam da fragmentação de planetas primitivos. (B) apresentam órbitas excêntricas à volta do Sol. (C) têm uma constituição semelhante à da nébula primitiva. (D) são constituídos essencialmente por gelo e rochas. 3. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas a características dos planetas telúricos e dos planetas gigantes. (12 pontos) (A) Os planetas telúricos apresentam uma superfície sólida, coberta, ou não, por atmosfera. (B) Os planetas gigantes são mais densos do que os planetas telúricos. (C) Os planetas telúricos apresentam um grande número de satélites. (D) Os planetas gigantes têm rotação mais rápida do que os planetas telúricos. (E) Os planetas gigantes têm órbitas exteriores à cintura de asteróides. (F) Os planetas telúricos caracterizam-se por apresentarem biosfera. (G) Os planetas gigantes apresentam um conjunto de anéis. (H) Os planetas telúricos apresentam diâmetros diferentes entre si. 4. Faça corresponder a cada uma das afirmações de A a E da coluna A o termo respetivo do constituinte do sistema solar, indicado na chave da coluna B. (10 pontos) COLUNA A COLUNA B 1. Vénus A. Corpo do sistema solar que se desloca geralmente entre as órbitas de 2. Júpiter Marte e Júpiter. 3. Asteróide B. Corpo do sistema solar que apresenta um elevado efeito de estufa. 4. Cometa C. Corpo do sistema solar que apresenta o menor período de translação. 5. Meteorito D. Corpo do sistema solar que apresenta o maior período de translação. 6. Saturno E. Corpo gasoso do sistema solar que se encontra mais próximo do sol. 7. Neptuno 8. Mercúrio 5. A atual massa da Terra resultou de um ganho de matéria por acreção. A atmosfera atual evoluiu por perda de gases menos densos (hélio e hidrogénio) para o espaço extraterrestre. Justifique, tendo em conta as afirmações anteriores e os critérios de classificação dos sistemas, a atual classificação do planeta Terra como sistema fechado. (15 pontos) Escola Secundária D. Maria II – Braga/Biologia e Geologia 2
  • 3. 6. A superfície lunar apresenta um aspeto característico, devido às inúmeras crateras resultantes dos choques de meteoritos, ocorridos desde há milhares de milhões de anos. Justifique, tendo em conta as características atuais da Lua, a preservação, até aos nossos dias, das crateras de impacto mais antigas. (10 pontos) GRUPO II Na cidade de Lisboa, encontram-se várias estruturas de grande interesse geológico e patrimonial, geomonumentos, que testemunham episódios vulcânicos e processos alternados de transgressões e de regressões marinhas, ou seja, subidas e descidas do nível médio das águas do mar. As rochas mais antigas que afloram em Lisboa – Formação de Caneças – materializam um episódio de transgressão marinha que terá ocorrido no Cretácico superior (há aproximadamente 97 M.a.). Em ambiente marinho, litoral, de águas quentes e pouco profundas, sedimentaram-se lamas e calcite, conduzindo à formação de margas, alternadas com bancadas de calcários margosos. Sobrejacentes a esta unidade, depositaram-se espessas séries de calcários compactos – Formação de Bica –, com inúmeros vestígios de fósseis, destacando-se, na parte superior, a presença de rudistas. Os rudistas são um grupo extinto de bivalves (moluscos cuja concha é constituída por duas partes) do final da Era Mesozóica, que, apesar de aparecerem em vastas áreas, são típicos e exclusivos de rochas do Jurássico superior e do Cretácico. A fase que se seguiu, ainda no Cretácico superior (há aproximadamente 75 M.a.), correspondeu a um evento de vulcanismo. A intensa fracturação associada à movimentação das placas permitiu a instalação de diversas condutas, que proporcionaram a formação de filões e mesmo a subida de magma, ao longo de chaminés, até à superfície, originando lavas que se depositaram sobre as formações mais antigas. O conjunto destas rochas ígneas intrusivas e extrusivas constitui o Complexo Vulcânico de Lisboa (CVL), representado por um geomonumento situado na Rua Aliança Operária. Esta formação é composta por espessas escoadas basálticas. Num outro geomonumento, na Quinta da Granja, é possível observar a passagem de um regime francamente continental paleogénico (há aproximadamente 40 M.a.) a um regime pericontinental da base do Miocénico (há cerca de 24 M.a.), com a ocorrência de níveis carbonosos e de níveis argilosos, que denunciam condições de formação onde foi possível preservar restos de vegetais e de matéria orgânica. 1. Na resposta a cada um dos itens de 1.1 a 1.3, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta. (15 pontos) 1.1. Os rudistas da Formação de Bica são fósseis de idade, pois viveram num período de tempo relativamente (A) curto, com grande dispersão geográfica. (B) longo, com reduzida dispersão geográfica. (C) curto, com reduzida dispersão geográfica. (D) longo, com grande dispersão geográfica. 1.2. No decurso de uma transgressão marinha, a sequência estratigráfica de depósitos que traduz a invasão progressiva das terras pelo mar é (A) depósitos litorais – depósitos fluviais – depósitos lagunares. (B) depósitos litorais – depósitos lagunares – depósitos fluviais. (C) depósitos fluviais – depósitos lagunares – depósitos litorais. (D) depósitos fluviais – depósitos litorais – depósitos lagunares. 1.3. Tendo em conta o conhecimento dos ambientes geológicos que existem presentemente à superfície da Terra, é possível determinar (A) as condições de formação do Complexo Vulcânico de Lisboa, de acordo com o Princípio do Catastrofismo. (B) o ambiente de formação dos estratos da Formação de Bica, de acordo com o Princípio da Identidade Paleontológica. (C) a idade absoluta dos estratos da Quinta da Granja, de acordo com o Princípio da Sobreposição dos Estratos. (D) as condições de sedimentogénese no Miocénico, de acordo com o Princípio do Atualismo. Escola Secundária D. Maria II – Braga/Biologia e Geologia 3
  • 4. 2. Refira em que medida a vegetação pode proteger a ocupação humana em regiões de dunas. (6 pontos) 3. Faça corresponder a cada uma das afirmações de A a E o respetivo conceito, utilizado para a reconstituição da história da Terra, indicado na chave. (10 pontos) COLUNA A COLUNA B A- Assume que as leis físicas são válidas, independentemente do espaço e do tempo. 1. Princípio da sobreposição B- Atribui um valor numérico, expresso em 2. Princípio da continuidade lateral unidades de tempo. 3. Princípio da identidade paleontológica C- A sua aplicação atribui uma idade 4. Idade relativa superior aos estratos mais profundos, 5. Idade radiométrica relativamente aos superficiais. 6. Princípio do atualismo D- Resultou da preservação de seres vivos 7. Fóssil indicador de idade com distribuição estratigráfica limitada. 8. Fossilização E- Estratos rochosos idênticos separados por um vale constituíram, no passado, um único estrato. GRUPO III O diagrama da figura 1 mostra uma ordenação sistemática de diferentes grupos taxonómicos. A letra a corresponde à categoria taxonómica considerada como a unidade biológica fundamental da classificação. Figura 1 1. Com base na figura 1, faça corresponder V (de verdadeiro) ou F (de falso) a cada uma das letras que identificam as afirmações que se seguem. (12 pontos) (A) Há maior grau de parentesco entre os seres pertencentes ao táxon c do que entre os seres pertencentes ao táxon e. (B) A diversidade de seres vivos diminui do táxon d para o táxon e. (C) Os seres pertencentes ao táxon a apresentam um maior número de características comuns. (D) Os seres pertencentes ao táxon c apresentam maior uniformidade de características do que os seres pertencentes ao táxon e. (E) O táxon d indica família. (F) No esquema estão representadas quatro Ordens. (G) As bactérias quimioautotróficas utilizam carbono orgânico como principal fonte de carbono. (H) As bactérias quimioautotróficas incorporam dióxido de carbono para a síntese de moléculas orgânicas. Escola Secundária D. Maria II – Braga/Biologia e Geologia 4
  • 5. 2. A importância da biodiversidade reside essencialmente na sua capacidade para manter o equilíbrio nos ecossistemas. Relacione o processo de nutrição fotoautotrófica, característico de alguns seres vivos, com a função por eles desempenhada nos ecossistemas. (10 pontos) 3. Faz corresponder cada Reino expresso na coluna A, ao nível da organização celular, que consta da coluna B, de acordo com o sistema de classificação de Whittaker. (10 pontos) COLUNA A COLUNA B 1. Procariótico; unicelulares solitários ou coloniais. 2. Procariótico; unicelulares solitários ou coloniais e multicelulares A- Animalia 3. Eucariótico; a maioria unicelular; solitários, alguns coloniais e outros B- Fungi multicelulares com diferenciação reduzida C- Monera 4. Eucariótico; a maioria unicelular; solitários, alguns coloniais e outros D- Plantae multicelulares com diferenciação acentuada E- Protista 5. Eucariótico; a maioria unicelular com diferenciação reduzida 6. Eucariótico; a maioria multicelular com diferenciação reduzida 7. Eucariótico; multicelulares com idêntico grau de diferenciação Eucariótico; multicelulares com progressivo grau de diferenciação 4. Na resposta aos itens de 4.1 e 4.2, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta. (10 pontos) 4.1. Relativamente à taxonomia de Aspergillus niger, de Aspergillus carbonarius e de Candida tropicalis, pode afirmar-se que (A) Aspergillus niger e Aspergillus carbonarius pertencem à mesma família. (B) Aspergillus niger e Aspergillus carbonarius têm menor número de taxa em comum do que Candida tropicalis e Aspergillus carbonarius. (C) Candida tropicalis e Aspergillus niger pertencem ao mesmo género. (D) Candida tropicalis e Aspergillus carbonarius partilham maior número de características do que Aspergillus niger e Aspergillus carbonarius. 4.2. Relativamente à taxonomia de Corallium rubrum, Millepora alcicornis e Millepora camplanata, corais que pertencem ao filo Cnidaria, pode afirmar-se que (A) Corallium rubrum e Millepora camplanata pertencem ao mesmo género. (B) Corallium rubrum e Millepora alcicornis têm maior número de taxa em comum do que Millepora alcicornis e Millepora camplanata. (C) Millepora alcicornis e Millepora camplanata pertencem à mesma classe. (D) Corallium rubrum e Millepora alcicornis partilham maior número de características do que Millepora alcicornis e Millepora camplanata. GRUPO IV A figura 2 representa um aspeto da cidade de Albufeira, no Algarve. Nesta e noutras zonas do litoral algarvio, existem edifícios, na sua maioria empreendimentos turísticos, construídos em locais como o representado, constituindo uma situação de risco geológico. Figura 2 Escola Secundária D. Maria II – Braga/Biologia e Geologia 5
  • 6. 1. Na resposta a cada um dos itens de 1.1 a 1.4, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta. (20 pontos) 1.1. Os edifícios construídos sobre a _______ podem ruir devido ao desmoronamento desta estrutura geológica, que sofre uma erosão contínua na sua _______. (A) arriba … base (B) arriba … superfície (C) praia … base (D) praia … superfície 1.2. Num futuro _______, prevê-se a necessidade de construir _______ ou quebra-mares, de modo a prevenir eventuais danos humanos e materiais. (A) distante … esporões (B) distante … paredões (C) próximo … esporões (D) próximo … paredões 1.3. As obras de engenharia da questão 1.2 faz referência _______ alterações ao fluxo de sedimentos, _______. (A) causam … tornando a arriba mais consolidada (B) causam … transferindo a erosão para outros locais (C) não causam … tornando a arriba mais consolidada (D) não causam … transferindo a erosão para outros locais 1.4. As medidas de _______ devem _______ a construção sobre arribas, que são estruturas móveis, pois ao risco geológico associam-se perdas humanas e materiais. (A) ordenamento do território … impedir (B) ordenamento do território … regular (C) recuperação do património … impedir (D) recuperação do património … regular 2. Faça corresponder cada uma das descrições de propriedades dos minerais expressas na coluna A à respetiva designação, que consta da coluna B. (10 pontos) COLUNA A COLUNA B A- Tendência de um mineral para partir segundo (1) Brilho direções preferenciais. (2) Clivagem B- Resistência de um mineral à abrasão. (3) Composição C- Forma regular como os átomos de um mineral se (4) Densidade distribuem no espaço. (5) Dureza D- Forma como um mineral reflete a luz. (6) Estrutura cristalina E- Cor do mineral quando reduzido a pó. (7) Fratura (8) Risca 3. Algumas pedras preciosas são variedades de corindo, um mineral raro, composto por átomos de alumínio e de oxigénio (Al2O3). Na estrutura cristalina do corindo, alguns dos átomos de alumínio podem ser substituídos por crómio, formando-se uma gema vermelha brilhante, designada rubi, ou por ferro e titânio, formando-se safiras azuis. A característica que faz do corindo o termo 9 da escala de Mohs verifica-se, também, no rubi e na safira azul. Relacione essa característica com a utilização, em joalharia, das referidas variedades do corindo. (10 pontos) FIM Escola Secundária D. Maria II – Braga/Biologia e Geologia 6