Medicina Integrativa aborda paciente de forma holística
1. Medicina Integrativa
Por Eleonora Lins, médica clínica integrativa
em Espaço Integração, Granja Viana • 16 Fevereiro 2014
O objetivo da Medicina Integrativa é retornar às bases - “ver o
paciente como uma pessoa integral, completa”. O paciente não é
a sua doença, em detrimento de outros fatores importantes como
família, comunidade, espiritualidade e estilo de vida.
Muitos médicos buscaram na Medicina o caminho para fazer o
máximo para que o paciente melhore. Mas em algum lugar
dessa trajetória, a realidade os fez compreender que a medicina
vem sendo gerida como um negócio - e negócios dizem respeito
a dinheiro. Companhias de seguro, farmacêuticas e governo,
todos contribuem para que a consulta com o médico dure o
menos possível – 10 a 15 minutos. Tempo suficiente para fazer
um breve exame, e pedir alguns testes, mas nunca para chegar a
conhecer e compreender o paciente. Uma longa e triste trajetória
levou a Medicina a esse ponto, e não é o objetivo aqui discuti-la.
Mas é fato que médicos e pacientes estão frustrados e isso tem
aberto espaços em instituições de pesquisa, hospitais, unidades
de saúde e consultórios médicos às propostas de novos modelos
e novos olhares para um contexto que hoje parece doente – um
sistema de assistência à saúde frágil, fragmentado e com
incômoda freqüência, não eficiente.
Nos conceitos dos sistemas orientais de cuidados à Saúde, não
se divide o corpo em partes: o paciente é um todo, integrado,
incluindo mente, corpo, energia, hábitos e ambiente. A Medicina
Integrativa é uma prática voltada à Saúde e cura, não a sintomas
sao que não queremos... não é lógico?... Tudo em nossas vidas –
o que pensamos, como nos sentimos, no que acreditamos, o que
fazemos, dizemos, nossos hábitos, movimentos, alimentação,
ambiente, trabalho, relacionamentos, comunidade,
espiritualidade – TUDO afeta nossa saúde e bem estar. Espero
viver para ver o dia em que a cultura médica se conscientizará
2. deste fato. Esta é, sem dúvida para mim hoje, a chave para
aquisição da saúde individual, e para mudanças sociais nos
padrões de saúde atuais.
Parece fácil, mas é um movimento que remxe de forma
estrutural toda a base de ensino e prática em cuidados à saúde,
causando, obviamente, muitas reações.
Uma delas, é que o paciente sai de uma postura tida até há
pouco tempo, como “passiva” e começa a ser visto como o
principal agente responsável por sua melhora.
O que há por trás desse paradigma é a capacidade intrínseca do
ser humano de recuperação e auto-cura, embora isso não seja
ensinado nem mesmo nas Faculdades de Medicina...ainda. O
que, de certa forma, dificulta o trabalho ao Medico praticante
desta Filosofia, já que o paciente, em geral, espera sair da
consulta com prescrições para a sua dor de cabeça diária, outra
para a dor na coluna... e também para o intestino preso. E claro,
sempre a do diabetes e daquela micose no pé que leva meses
para sumir, e sempre acaba voltando. A novidade é que o ácido
úrico subiu, e a balança apontou um pequeno desastre de mais
3,5 kg.... Não raro pessoas tomam 5 , 6, 8 ou mais comprimidos
ao dia. Dedicam parte do tempo acordadas a organizar o horário
de tomadas de remédios e parte da vida a agendar consultas, e a
se deslocarem para e de consultórios, e para e de laboratórios.
Para cada mal, um consultório: o oftalmologista, o endócrino, o
fisioterapeuta que o neurologista indicou, o cardiologista da
pressão alta, e claro... o plástico, pois ninguém é de ferro para
tolerar os pneuzinhos, e , com tanta dor e tanta consulta, não
sobra muito tempo para exercícios ...
Em Saúde, a principal - e primeira opção - é SER E MANTER-
SE SAUDÁVEL. Para isso, todos os recursos de manutenção de
equilíbrio global do ser humano estão disponíveis: na Natureza,
nos alimentos, nos bons hábitos, e nos pensamentos criadores de
realidades de amor, paz, abundancia e alegria. Isso é SAÚDE.
Quando não se tem isso, então, lançam-se mão das
“alternativas”: antibióticos, antidepressivos, ansiolíticos,
3. antiinflamatórios, hormônios, antipsicóticos, indutores de sono,
corticosteróides, antineoplásicos, quimioterápicos, vitaminas,
antivirais e incontáveis outros...
Cortar e abrir o indivíduo, extrair-lhes órgãos, modificá-los,
instalar pontes que auxiliem o fluxo do sangue, obstruído por
décadas de maus hábitos alimentares, fumo, bebida, noites mal
dormidas, sedentarismo, sobrepeso ou obesidade, mau humor,
brigas, mágoas e agressões em família e no trabalho... Há
diversas formas de intervenções, essas sim, a meu ver, que são
ALTERNATIVAS. São as que se devem praticar, quando a
principal e primeira medidas e condutas deixaram de ser
tomadas em algum nível, em algum tempo. A intervenção
principal, efetiva é o AUTOCUIDADO, CONSCIÊNCIA e
AMOR POR SI MESMO. Se não está nesse território, então, o
ser humano deve aceitar que precisa mudar... E esse é , em
minha experiência, o objeto da DOENÇA e dos SINTOMAS: a
correção do rumo – MUDANÇA. Nada fácil, porém, de iniciar...
Por muitos anos, “Medicina” era a prática de tratar-se condições
físicas com drogas sintéticas e cirurgias. Isso passou a chamar-
se “Medicina Convencional”, aquela que hoje a maioria das
pessoas ainda encontra nos hospitais e consultórios. Em geral,
cara e com freqüência, invasiva, é também muito adequada e
oportuna em urgências e emergências. A tecnologia é desejável
nas salas de emergência e cuidados intensivos. Muitas das
práticas são validadas cientificamente, nem todas... bem como
muitas das “alternativas” são validadas, nem todas...
Não há resistência cega, nem aceitação sem críticas, a métodos
que sejam apropriados, “convencionais” ou “alternativos” – não
incentivemos o preconceito às nomenclaturas - mas sempre, a
preferência por soluções as mais naturais e menos invasivas, na
busca de facilitar a resposta intrínseca de cura, que todos
possuímos.
Entretanto é fato que privilegiar a diagnose (dimensão teórica)
em detrimento da terapêutica (dimensão prática) acarreta uma
desvalorização do individuo, uma vez que se prioriza a doença.
4. Até mesmo se se concebe a deonça como entidade com
existência própria, no intuito de se mapear sua origem,
mecânica/funcionamento, cria-se assim uma Ciência da
Doença.
Ao mesmo tempo em que se esclarece muita coisa, há – e assim
tem sido – o grande risco de se considerá-la como um fim em si
mesma. Isso deixa de lado a dimensão social do processo de
cura, uma vez que há, além da dimensão racionalista/científica
(algo importante, mas que não tem caráter de privilégio...) há
também dimensões não científicas, subjetivas, não mecânicas.
Então, a terapêutica médica é um dos constituintes do
UNIVERSO DA TERAPEUTICA, sem reduzi-la somente à
terapêutica medicamentosa e à cirurgia, instâncias onde é
possível a busca de cientificidade, segundo o modelo dominante
atual.
A TERAPEUTICA diz respeito ao processo do “saber lidar”,
do tomar a decisão acertada, da conduta médica. Intervenção
que demanda saberes, tanto no âmbito da cultura, quanto no da
biologia - fisiologia e da farmacologia. A conduta médica
(terapêutica) obedece a razões de várias ordens: das disciplinas
científicas ou auxiliares da Medicina, da cultura, da corporação
médica, razões econômicas, sociais e outras.
A Medicina Integrativa combina terapias médicas
convencionais com complementares e alternativas para as quais
haja evidência de qualidade na segurança e eficácia de uso. Sem
dogmas, orientais ou ocidentais.
Apenas a filosofia de dar e fazer o melhor possível, sem
preconceito, de forma segura, para ajudar o paciente a
encontrar melhora ou cura, considerando-o como um
sistema completo e complexo, com história recente e
ancestral, corpo, mente, espírito, energia, estilo de vida,
meio-ambiente, crenças e valores.
O processo de cura pressupõe a parceria entre paciente e
profissional; o uso apropriado de métodos convencionais,
5. complementares e alternativos que facilitarão a resposta inata de
cura do organismo; consideração de todos os fatores que
influenciam saúde, bem estar e doença, incluindo mente,
energia, comunidade e corpo; não há rejeição a práticas
convencionais ou aceitação acrítica de práticas complementares
e alternativas; sempre deve haver abertura a novos paradigmas.
Tem sido essencial para mim – e desafio e objetivo diários -
praticar no ato da consulta, o que levei muitos anos para
compreender, em estudo e busca individual, ajudada por muitos:
que buscar facilitar a chegada ao ponto de equilíbrio e a resposta
curadora no outro, com amor, compaixão e gratidão é o mesmo
processo em que me trabalho continuamente em meu próprio
auto-conhecimento, auto-desenvolvimento e conseqüente auto-
cura. Isso, a Física hoje já afirma e desenha: “somos todos um”.
Você é bem mais do que apenas carne, pele, órgãos e ossos.
Como quer que um medico aborde você, para obter o seu melhor
cuidado?...
Drª Eleonora Lins - CRM 52013
conscienciaesaude@terra.com.br
+ 11 94261-2135
SERVIÇOS OFERECIDOS:
1. Consultas no Espaço Integração, Granja Viana, Cotia.
2. Consultas a DOMICÍLIO ( a combinar).
3. Consultas em Inglês ou Francês).
4. CHECK-UP INTEGRATIVO PARA ADULTOS
5. Orientação EM SAÚDE individual, familiar ou a grupos.
6. SARAU DA SAÚDE – reuniões domiciliares (uma noite de 2ª
a 6ªf (4 horas de duração) ou sábados de dia (10 as 18hr
com almoço vegetariano) para famílias e amigos:
atividades, artes e gastronomia no tema Saúde
7. PALESTRAS / WORKSHOPS - empresas, hospitais, clínicas,
sobre Saúde-Doenças-Sintomas – Doenças Crônicas
6. (Tabagismo, Diabetes Mellitus, Hipertensão, Artrose,
Artrites, Osteoporose, Enxaqueca, Obesidade, Depressão e
outras), Humanização, Saúde e Meio Ambiente.
8. Programas de DETECÇÃO E GERENCIAMENTO em Doenças
Crônicas para EMPRESAS com visao integrative de Saúde.
9. Atendimento em PSYCH-K, método simples e direto que
utiliza técnicas de Equilibrio dos Hemisférios Cerebrais,
Cinesiologia para a Reprogramação de Crenças limitantes
em nível subconsciente e seu alinhamento com o Eu
superior, e consequente mudança de comportamentos
autodestrutivos, evolução individual e global.
Médica especializada em Clínica Médica e Nefrologia (HC-FMUSP)
e Homeopatia (IBEPH). Pós Graduação em Teorias e Técnicas em
Cuidados Integrativos(UNIFESP) e Mestrado em Medicina Interna
e Medicina Baseada em Evidências (UNIFESP). Cursou Ciências
Sociais e Humanas (USP) por por dois anos e meio. Cursos
diversos em Filosofia, Religiões, Medicinas Tradicionais e
membro há um ano de Grupos de Estudo em Astrologia Médica &
Astrodiagnose, Filosofias Cristãs e Xamanismo. Lecionou
Medicina BAseada em Evidências por 12 anos na Escola Paulista
de Medicina. Dez anos na indústria farmacêutica/biotecnológica
multinacional como executiva em Pesquisa Clínica e Suporte
Técnico Médico em diferentes áreas terapeuticas. É médica
clínica em Unidade Básica de Saúde Integral e de Ensino da
Fundação Faculdade de Medicina-USP e atua no
Hospital Samaritano, implementando projeto de Humanização e
Cuidado aos Cuidadores e Profissionais do Hospital.
“Boa Medicina é baseada em boa Ciência : baseada em questionamentos e
aberta a novos paradigmas.” - Andrew Weil