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ERA  VARGAS Professora  Elaine  Pavani
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],REVOLUÇÃO  DE  30
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],“ Façamos a revolução antes que o povo a faça”  do governador mineiro Antônio Carlos.
[object Object],[object Object],[object Object],GOVERNO  PROVISÓRIO (1930 A 1934) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
As oligarquias paulistas tentam retomar o poder no  Movimento Constitucionalista  de 1932 mas são derrotados porque os outros estados não aderiram ao movimento. A Revolução Constitucionalista lança a campanha pela imediata convocação de uma Assembléia Constituinte e o fim das intervenções nos Estados. REVOLUÇÃO  CONSTITUCIONALISTA 1932
                  
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],CONSTITUIÇÃO DE 1934
 
INTEGRALISTAS   clero, oficiais da Forças Armadas,  empresários, profissionais liberais tendência fascista GOVERNO CONSTITUCIONAL 1934 A 1937  Líder: Plínio Salgado – AIB –  Ação Integralista Brasileira
 
ALIANCISTAS socialistas, comunistas, sociais democratas defendiam a reforma agrária, liberdade individual, não pagamento da dívida externa, nacionalização  das empresas estrangeiras. Líder Luís Carlos Prestes – ANL  Aliança Nacional Libertadora Organizaram em 1935 a  Intentona Comunista  rapidamente contida pelas forças do governo.
PLANO  COHEN ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ESTADO  NOVO (1937-1945) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
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Investiu na imagem de  Pai dos pobres  Foi marcante seu estilo populista: concede aos trabalhadores urbanos alguns benefícios para obter apoio da população e passa a ser chamado carinhosamente de “pai dos pobres”. A outra face do governo de Getúlio mostrava seu caráter autoritário, que limitava seriamente a participação dos brasileiros no processo político, impunha a censura, restringia a liberdade controlando severamente os sindicatos (pelegos), reprimia com dureza os opositores..
ESTADO  NOVO Livros didáticos
 
 
ESTADO  NOVO EM CRISE As primeiras contestações populares ao poder de Vargas surgiram quando o ditador se viu constrangido a participar diretamente da  Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados, contra o Eixo nazi-fascista. A partir de 1944, mais de 25 mil soldados integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foram combater na Europa. Vargas utilizou o estado de guerra contra o Eixo para permanecer no cargo mas as pressões contra o presidente cresciam.
FIM  DO  ESTADO  NOVO Percebendo que a derrota dos ditadores fascistas na Segunda Guerra Mundial criou uma onda democrática e elevou o prestígio dos militares das Forças Armadas, Vargas tomou algumas medidas como: marcar eleição presidencial, anistiar presos e exilados políticos, liberar a formação de partidos políticos. Getúlio participou diretamente da criação do Partido Social Democrata (PSD), lançando o general Eurico Gaspar Dutra como candidato.  Criou ainda o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com o objetivo de lançar sua própria candidatura. No total, doze partidos foram organizados, inclusive o Partido Comunista Brasileiro (PCB) que voltou à legalidade. Os principais adversários políticos de Vargas reuniram-se e formaram a União Democrática Nacional (UDN), um partido que aproximou políticos e intelectuais que defendiam o fim da ditadura.
Nos meses que antecederam as eleições, marcadas para 2 de dezembro de 1945, Getúlio Vargas demonstrou a intenção de permanecer no poder estimulando o  Queremismo,  um movimento popular que reivindicava sua candidatura nas eleições. FIM  DO  ESTADO  NOVO Na tarde de 29 de outubro, líderes do Exército cercaram o palácio do Catete, sede do governo, exigindo a renúncia do presidente.
O GOVERNO DUTRA (1946-1951) O ministro do Supremo Tribunal Federal, José Linhares ocupou a presidência até a realização das eleições. O brigadeiro Eduardo Gomes era o candidato da UDN e o favorito para vencer o pleito. No entanto, prevaleceu a influência de Vargas sobre as massas e seu apoio ao candidato do PSD, Eurico Gaspar Dutra que saiu vitorioso.  Primeiro presidente eleito pelo voto direto desde 1926, Dutra desfrutou de estabilidade política sobretudo porque os partidos que o elegeram, eram maioria na Câmara Federal. Vargas foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul mas ainda enfrentava muitas críticas e denúncias.
O PLANO SALTE Contando com empréstimos norte-americanos, o governo Dutra buscou elaborar um plano econômico que beneficiasse as classes trabalhadoras e também  modernizasse a infra-estrutura necessária para o aumento da produção industrial. O Plano Salte, elaborado com a orientação dos Estados Unidos, priorizava investimentos em quatro áreas:  s aúde,  al imentação,  t ransporte e  e nergia. No entanto, as medidas oficiais não tiveram continuidade e as verbas públicas destinadas aos setores sociais não foram suficientes. O projeto governamental teve poucos resultados práticos e foi abandonado em 1950. A inflação não foi controlada e o salário mínimo permanecia congelado desde 1942 o que dificultava a vida da população trabalhadora. Várias categorias entraram em greve: os bancários, os metalúrgicos, os ferroviários.
A CONSTITUIÇÃO DE 1946 Promulgada em 18 de setembro, restaurava a ordem democrática e liberal, contando com a independência dos três poderes e amplas liberdades individuais. Preservou o centralismo estatal do Estado Novo e decretou a cassação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) O governo ainda realizou intervenção nos sindicatos e  fechou a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT). Ressurgiu uma onda anticomunista no país e o Brasil rompeu relações diplomaticas com a URSS. Em 1949 foi criada a Escola Superior de Guerra (ESG), organizada segundo um modelo proposto pelos Estados Unidos.
Vargas voltou ao poder de 1951 a 1954, com 48, 7%  dos votos. Demonstrou posição contrária em relação aos Estados Unidos denunciando que empresas norte-americanas com filiais no Brasil estavam roubando a riqueza do país ao remeter para suas matrizes boa parte dos lucros que conseguiam aqui. A  VOLTA  DE  VARGAS Vargas limitou as remessas de lucro para 8% (anual) do valor do investimento realizado no país. Em 1953, o presidente Getúlio Vargas criou a Petrobrás e instituiu o monopólio estatal no setor com a campanha “O petróleo é nosso. Enfrentando um conturbado momento político, Vargas nomeia João Goulart como Ministro do Trabalho.
A  MORTE  DE  VARGAS No dia 5 de agosto de 1954, Carlos Lacerda, jornalista que fazia forte oposição a Vargas, sofreu um atentado no qual morreu seu guarda-costas Rubens Florentino Vaz. Acusado de mandante do crime, Vargas foi pressionado pela oposição, principalmente das forças Armadas. Sob a ameaça de um golpe, Getúlio suicidou-se com um tiro no coração na madrugada de  24 de agosto de 1954. Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Vargas, contratou dois pistoleiros para  assassinar Lacerda.
 
  " Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim.  Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa.  Precisam  sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo.  CARTA  TESTAMENTO
A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se às dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás; mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente   Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder. Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser meu sangue.
Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.  Escolho este meio de estar sempre ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram, respondo com a minha vitória.  Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia, não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio.  Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História."

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A Era Vargas: do governo provisório à morte do presidente

  • 1. ERA VARGAS Professora Elaine Pavani
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. As oligarquias paulistas tentam retomar o poder no Movimento Constitucionalista de 1932 mas são derrotados porque os outros estados não aderiram ao movimento. A Revolução Constitucionalista lança a campanha pela imediata convocação de uma Assembléia Constituinte e o fim das intervenções nos Estados. REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA 1932
  • 7.
  • 8.  
  • 9. INTEGRALISTAS clero, oficiais da Forças Armadas, empresários, profissionais liberais tendência fascista GOVERNO CONSTITUCIONAL 1934 A 1937 Líder: Plínio Salgado – AIB – Ação Integralista Brasileira
  • 10.  
  • 11. ALIANCISTAS socialistas, comunistas, sociais democratas defendiam a reforma agrária, liberdade individual, não pagamento da dívida externa, nacionalização das empresas estrangeiras. Líder Luís Carlos Prestes – ANL Aliança Nacional Libertadora Organizaram em 1935 a Intentona Comunista rapidamente contida pelas forças do governo.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. Investiu na imagem de Pai dos pobres Foi marcante seu estilo populista: concede aos trabalhadores urbanos alguns benefícios para obter apoio da população e passa a ser chamado carinhosamente de “pai dos pobres”. A outra face do governo de Getúlio mostrava seu caráter autoritário, que limitava seriamente a participação dos brasileiros no processo político, impunha a censura, restringia a liberdade controlando severamente os sindicatos (pelegos), reprimia com dureza os opositores..
  • 16. ESTADO NOVO Livros didáticos
  • 17.  
  • 18.  
  • 19. ESTADO NOVO EM CRISE As primeiras contestações populares ao poder de Vargas surgiram quando o ditador se viu constrangido a participar diretamente da Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados, contra o Eixo nazi-fascista. A partir de 1944, mais de 25 mil soldados integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foram combater na Europa. Vargas utilizou o estado de guerra contra o Eixo para permanecer no cargo mas as pressões contra o presidente cresciam.
  • 20. FIM DO ESTADO NOVO Percebendo que a derrota dos ditadores fascistas na Segunda Guerra Mundial criou uma onda democrática e elevou o prestígio dos militares das Forças Armadas, Vargas tomou algumas medidas como: marcar eleição presidencial, anistiar presos e exilados políticos, liberar a formação de partidos políticos. Getúlio participou diretamente da criação do Partido Social Democrata (PSD), lançando o general Eurico Gaspar Dutra como candidato. Criou ainda o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com o objetivo de lançar sua própria candidatura. No total, doze partidos foram organizados, inclusive o Partido Comunista Brasileiro (PCB) que voltou à legalidade. Os principais adversários políticos de Vargas reuniram-se e formaram a União Democrática Nacional (UDN), um partido que aproximou políticos e intelectuais que defendiam o fim da ditadura.
  • 21. Nos meses que antecederam as eleições, marcadas para 2 de dezembro de 1945, Getúlio Vargas demonstrou a intenção de permanecer no poder estimulando o Queremismo, um movimento popular que reivindicava sua candidatura nas eleições. FIM DO ESTADO NOVO Na tarde de 29 de outubro, líderes do Exército cercaram o palácio do Catete, sede do governo, exigindo a renúncia do presidente.
  • 22. O GOVERNO DUTRA (1946-1951) O ministro do Supremo Tribunal Federal, José Linhares ocupou a presidência até a realização das eleições. O brigadeiro Eduardo Gomes era o candidato da UDN e o favorito para vencer o pleito. No entanto, prevaleceu a influência de Vargas sobre as massas e seu apoio ao candidato do PSD, Eurico Gaspar Dutra que saiu vitorioso. Primeiro presidente eleito pelo voto direto desde 1926, Dutra desfrutou de estabilidade política sobretudo porque os partidos que o elegeram, eram maioria na Câmara Federal. Vargas foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul mas ainda enfrentava muitas críticas e denúncias.
  • 23. O PLANO SALTE Contando com empréstimos norte-americanos, o governo Dutra buscou elaborar um plano econômico que beneficiasse as classes trabalhadoras e também modernizasse a infra-estrutura necessária para o aumento da produção industrial. O Plano Salte, elaborado com a orientação dos Estados Unidos, priorizava investimentos em quatro áreas: s aúde, al imentação, t ransporte e e nergia. No entanto, as medidas oficiais não tiveram continuidade e as verbas públicas destinadas aos setores sociais não foram suficientes. O projeto governamental teve poucos resultados práticos e foi abandonado em 1950. A inflação não foi controlada e o salário mínimo permanecia congelado desde 1942 o que dificultava a vida da população trabalhadora. Várias categorias entraram em greve: os bancários, os metalúrgicos, os ferroviários.
  • 24. A CONSTITUIÇÃO DE 1946 Promulgada em 18 de setembro, restaurava a ordem democrática e liberal, contando com a independência dos três poderes e amplas liberdades individuais. Preservou o centralismo estatal do Estado Novo e decretou a cassação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) O governo ainda realizou intervenção nos sindicatos e fechou a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT). Ressurgiu uma onda anticomunista no país e o Brasil rompeu relações diplomaticas com a URSS. Em 1949 foi criada a Escola Superior de Guerra (ESG), organizada segundo um modelo proposto pelos Estados Unidos.
  • 25. Vargas voltou ao poder de 1951 a 1954, com 48, 7% dos votos. Demonstrou posição contrária em relação aos Estados Unidos denunciando que empresas norte-americanas com filiais no Brasil estavam roubando a riqueza do país ao remeter para suas matrizes boa parte dos lucros que conseguiam aqui. A VOLTA DE VARGAS Vargas limitou as remessas de lucro para 8% (anual) do valor do investimento realizado no país. Em 1953, o presidente Getúlio Vargas criou a Petrobrás e instituiu o monopólio estatal no setor com a campanha “O petróleo é nosso. Enfrentando um conturbado momento político, Vargas nomeia João Goulart como Ministro do Trabalho.
  • 26. A MORTE DE VARGAS No dia 5 de agosto de 1954, Carlos Lacerda, jornalista que fazia forte oposição a Vargas, sofreu um atentado no qual morreu seu guarda-costas Rubens Florentino Vaz. Acusado de mandante do crime, Vargas foi pressionado pela oposição, principalmente das forças Armadas. Sob a ameaça de um golpe, Getúlio suicidou-se com um tiro no coração na madrugada de 24 de agosto de 1954. Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Vargas, contratou dois pistoleiros para assassinar Lacerda.
  • 27.  
  • 28.   " Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim.  Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. CARTA TESTAMENTO
  • 29. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se às dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás; mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder. Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser meu sangue.
  • 30. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram, respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia, não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História."