1. PRIMAVERA ÁRABE
A primavera inacabada
Mulheres iemenitas mostram punhos pintados com as cores das bandeiras nacionais de cinco nações árabes: Iêmen, Líbia, Síria,
Tunísia e Egito (da esquerda para a direita), durante protesto contra o presidente Ali Abdullah Saleh (Gamal Noman/AFP).
2. Quadro geral
Entende-se por Primavera Árabe a onda de
protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio
e norte da África;
A população foi às ruas para tirar ditadores do
poder que estavam no controle de seus países há
décadas.
3. Os países envolvidos
Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia,
com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali.
Em seguida, a onda de protestos se arrastou para
outros países.
Entre países que passaram e que ainda estão
passando por suas revoluções, somam-se à Tunísia:
Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein,
Síria, Jordânia e Omã.
4.
5. Tunísia
Jovem tunisiano ateou fogo ao próprio corpo
(dezembro/2010): marco inicial da “primavera”;
Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o
presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a
Arábia Saudita apenas dez dias depois (estava no
poder desde 1987).
6. Egito
Inspirados pelo que ocorreu na Tunísia, os egípcios
foram às ruas;
A saída do presidente Hosni Mubarak (no poder
havia 30 anos) demorou um pouco mais;
Renunciou 18 dias depois do início das
manifestações populares, concentradas na praça
Tahrir (ou praça da Libertação, em árabe), no
Cairo, a capital do Egito;
Mubarak seria internado e, mesmo em uma cama
hospitalar, seria levado a julgamento.
7. Mudanças no poder
A Tunísia e o Egito foram às urnas já no primeiro
ano da Primavera Árabe;
Partidos islâmicos saíram na frente;
Tunísia: Ennahda;
Egito: Irmandade Muçulmana.
8. Líbia
Demorou bem mais até derrubar o coronel Muamar
Kadafi, o ditador que estava havia mais tempo no
poder na região: 42 anos, desde 1969;
O país se envolveu em uma violenta guerra civil,
com rebeldes avançando lentamente sobre as
cidades ainda dominadas pelo regime de Kadafi;
Trípoli, a capital, caiu em agosto;
Dois meses depois, o caricato ditador seria
capturado e morto em um buraco de esgoto em
Sirte, sua cidade natal.
9. Iêmen
O último ditador a cair foi Ali Abdullah Saleh,
presidente do Iêmen;
Meses depois de ficar gravemente ferido em um
atentado contra a mesquita do palácio presidencial em
Sanaa, Saleh assinou um acordo para deixar o poder;
O vice-presidente, Abd Rabbuh Mansur al-Radi,
anunciou então um governo de reconciliação nacional;
A saída negociada de Saleh foi também fruto de
pressão popular.
10. Síria
Assistiu a protestos pacíficos em 2011 contra o
governo do ditador Bashar Assad;
Está mergulhada em uma guerra civil sangrenta
que já acumula mais de 100.000 vítimas fatais.
11. Novas mudanças no Egito
Interrompida a era Mubarak, Mohamed Mursi foi eleito em
junho de 2012;
Membro da Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os
próprios poderes e acelerou a aprovação de uma
Constituição de viés autoritário
Opositores foram às ruas contra o governo e pediram a
renúncia de Mursi, que falhou na estabilização política e
econômica nacional;
No dia 3 de julho de 2013, o presidente foi destituído pelo
Exército;
O chefe da Força, Abdel Fattah Al Sisi, anunciou a criação
de um governo de transição e a convocação de eleições.
12. Vídeos
Comentário – Golpe de Estado no Egito:
http://www.youtube.com/watch?v=hLFNQIn0Weo
Documentário – Discovery/BBC:
http://www.youtube.com/watch?v=rUg6qIwKepA