A Revolução Islâmica do Irã começou como protestos populares contra o Xá Reza Pahlevi e seu regime autoritário e desigualitário, liderados pelo aiatolá Ruhollah Khomeini. Após meses de instabilidade, o Xá deixou o país em janeiro de 1979 e Khomeini declarou uma República Islâmica no Irã, estabelecendo um Estado teocrático governado por leis islâmicas.
3. INTRODUÇÃO
A Revolução Islâmica do
Irã começou como um
movimento popular pela
democratização e
terminou com a criação do
primeiro Estado islâmico.
O episódio transformou
completamente a
estrutura social do país e
foi um dos momentos que
marcaram o século XX.
4. ANTECEDENTES
Antes da revolução, o Irã
era governado pelo Xá
Reza Pahlevi.
O poder era concentrado
dentro de seu círculo de
amigos e aliados.
A desigualdade entre ricos
e pobres se aprofundou
nos anos 1970.
Críticas à política
econômica e ao estilo
autoritário do Xá
estimularam a oposição ao
seu regime.
5. OPOSIÇÃO
As principais vozes da
oposição se concentraram
atrás da figura do Aiatolá
Ruhollah Khomeini, um
clérigo xiita que vivia
exilado em Paris.
Ele prometeu reformas
sociais e econômicas.
E receitou uma retomada
de valores religiosos
tradicionais muçulmanos.
6. A REVOLUÇÃO ISLÂMICA
No final dos anos 1970,
uma série de protestos
violentos contra o regime
de Pahlevi tomou as ruas
do Irã.
A instabilidade aumentou
com uma onda de greves
gerais, que abalaram
também a economia
iraniana.
7. A REVOLUÇÃO ISLÂMICA
Em janeiro de 1979, o Xá
deixou Teerã para um
período de "férias".
Ele nunca mais voltou.
Em todo o país, estátuas
suas foram destruídas por
simpatizantes de
Khomeini.
8. A REVOLUÇÃO ISLÂMICA
Em sua última decisão
antes de fugir, o Xá indicou
o primeiro-ministro
Shahpur Bakhtiar como
chefe de um conselho que
governaria o Irã durante a
sua ausência.
Bakhtiar tentou conter a
onda oposicionista e não
autorizou o aiatolá
Khomeini a formar um
novo governo.
9. A REVOLUÇÃO ISLÂMICA
Em 1º de fevereiro de
1979, o aiatolá Khomeini
voltou ao Irã de seu exílio
na França. A instabilidade
política e social aumentou.
Em várias cidades,
ocorreram
enfrentamentos entre
militantes pró-Khomeini e
a polícia e manifestantes a
favor do regime.
10. A REVOLUÇÃO ISLÂMICA
Em 11 de fevereiro,
tanques tomaram as ruas
de Teerã entre rumores de
golpe militar.
Mas, com o passar do dia,
ficou claro que o Exército
não estava interessado em
tomar o poder.
Os revolucionários
tomaram a principal
estação de rádio da capital
e declararam:
"Esta é a voz da revolução
do povo do Irã!".
11. A REVOLUÇÃO ISLÂMICA
O primeiro-ministro
Bakhtiar renunciou.
Dois meses mais tarde,
Khomeini teve uma
enorme vitória num
referendo.
Ele declarou a criação de
uma República Islâmica e
foi escolhido como
perpétuo líder supremo
político e religioso do Irã.
12. DEPOIS DA REVOLUÇÃO
• 1979: muçulmanas vestidas
conforme as leis islâmicas.
• Uma delas usa óculos que
refletem os cartazes com o
retrato do líder da
Revolução Islâmica.
• Seguidores fanáticos do
Aiatolá invadiram a
embaixada americana em 4
de novembro de 1979 em
Teerã, ocupando o prédio e
fazendo mais de cem oficiais
como reféns
13.
14. DEPOIS DA REVOLUÇÃO
• Junho de 2007:
muçulmana relembra a data
da morte de Aiatolá
Khomeini, em 1989.
• O uso do véu e da burca
tornaram-se obrigatório
para as mulheres no Irã.
15. DEPOIS DA REVOLUÇÃO
• Setembro de 2006:
o livro sagrado do Islã é
lido por crianças em
evento organizado pelo
partido da Revolução
Iraniana
16. DEPOIS DA REVOLUÇÃO
• Dezembro de 2007: a atriz
Marjane Satrapi, autora de
Persépolis. Marjane tinha apenas
dez anos quando se viu obrigada
a usar o véu islâmico, numa sala
de aula só de meninas. Nascida
numa família moderna e
politizada, em 1979, ela assistiu
ao início da Revolução que lançou
o Irã ao regime xiita - apenas mais
um capítulo nos muitos séculos
de opressão do povo persa. Vinte
e cinco anos depois, Marjane
emocionou leitores de todo o
mundo com essa autobiografia em
quadrinhos, que, só na França,
vendeu mais de 400 mil
exemplares. Em Persépolis, o Irã
parece muito mais próximo do
que se imagina.