O documento discute estratificação e desigualdade social. Afirma que (1) as principais formas de estratificação social são classes sociais e estamentos e (2) a desigualdade gera tensão nas sociedades, podendo levar a protestos e revoluções. Também diz que (3) a pobreza e desigualdade são construções sociais que variam em cada contexto histórico.
1. ESCOLA ESTADUALANTÔNIO CARLOS Sociologia Página 1 de 1
ESTRATIFICAÇÃO E DESIGUALDADE SOCIAL
1- As principais formas de estratificação social são:
a) castas, estamentos e burguesia
b) estamentos, classes sociais e burguesia
c) estamentos, classes sociais e religiosas
d) castas, classes sociais e estamentos
e) n.d.a.
2- (Ueg 2011)
Algumas pessoas conseguem mais do que outras nas sociedades
– mais dinheiro, mais prestígio, mais poder, mais vida, e tudo aquilo
que os homens valorizam. Tais desigualdades criam divisões na
sociedade – divisões com respeito a idade, sexo, riqueza, poder e
outros recursos. Aqueles no topo dessas divisões querem manter
sua vantagem e seu privilégio; aqueles no nível inferior querem
mais e devem viver em um estado constante de raiva e frustração
[...]. Assim, a desigualdade é uma máquina que produz tensão nas
sociedades humanas. É a fonte de energia por trás dos
movimentos sociais, protestos, tumultos e revoluções. As
sociedades podem, por um período de tempo, abafar essas forças
separatistas, mas, se as severas desigualdades persistem, a
tensão e o conflito pontuarão e, às vezes, dominarão a vida social.
TURNER, Jonathan H. Sociologia: Conceitos e aplicações. São
Paulo: Pearson, 2000. p. 111. (Adaptado).
A observação da figura e a leitura do texto permitem inferir:
a) no plano social, a igualdade humana está explícita em dois
setores bem definidos: na Justiça, segundo a qual todos são
iguais perante a lei, e na educação, em que todos devem ter
oportunidades iguais; essas práticas são vivenciadas pela
sociedade brasileira.
b) segundo Karl Marx, aqueles que possuem ou controlam os
meios de produção têm poder, sendo capazes de manipular os
símbolos culturais através da criação de ideologias que
justifiquem seu poder e seus privilégios.
c) a estratificação de classes existe quando renda, poder e
prestígio são dados igualmente aos membros de uma
sociedade, gerando, portanto, grupos culturais,
comportamentais e organizacionais semelhantes.
d) a estratificação, na visão de Karl Marx, mostra que a luta de
classes não se polariza entre o ter e o não ter e envolve mais do
que a ordem econômica.
3- (Uenp 2011) “A pobreza e a desigualdade são construções
sociais que se desenvolvem e consolidam a partir de estruturas,
agentes e processos que lhes dão forma histórica concreta. Os
países e regiões da América Latina moldaram, desde os tempos
coloniais até nossos dias, expressões desses fenômenos sociais
que, embora apresentem as peculiaridades próprias de cada
contexto histórico e geográfico, compartilham um traço em comum:
altíssimos níveis de pobreza e desigualdade que condicionam a
vida política, econômica, social e cultural. O conceito de
construção é praticamente similar ao de produção, sendo utilizado
aqui para enfatizar que a pobreza é o resultado da ação concreta
de agentes e processos que atuam em contextos estruturais
históricos de longo prazo.”
(Produção de pobreza e desigualdade na América Latina. Antonio
David Cattani, Alberto D. Cimadamore (orgs.) ; tradução: Ernani
Ssó. — Porto Alegre : Tomo Editorial/Clacso, 2007, p. 07.)
De acordo com o texto é correto afirmar:
a) A pobreza sempre existiu e é da natureza das sociedades
organizadas que ela ocorra.
b) A pobreza não pode ser considerada característica presente em
toda a América Latina.
c) A desigualdade social não condiciona a vida política, econômica,
social ou cultural.
d) A pobreza não pode ser considerada fruto da desigualdade.
e) A pobreza e a desigualdade são construções sociais que se
desenvolvem na história e por isso são absolutamente
reversíveis.
4- (Unicentro 2011) As brincadeiras de menino, em geral, envolvem
atividades ao ar livre, como bicicleta, pipa ou skate. As meninas
brincam de casinha. Isso é comum porque, antigamente, era papel
do homem sair de casa para trabalhar, enquanto às mulheres
cabiam os cuidados com o lar”, constata a pedagoga Maria Angela
Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura, Estudos e
Pesquisas do Brincar da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo. ECHEVERRIA, Malu. Brincadeira não tem sexo: meninos e meninas podem —
e devem — brincar do que tiverem vontade. In: Revista Crescer. ed. 139, jun. 2005. [online]
Disponível em: <http://super.abril.com.br/superarquivo/2003/conteudo_275078.shtml>.
Acesso em: 29 jan. 2009.
Sobre o processo de socialização e as relações de gênero, é correto
afirmar:
a) O termo “sexo” distingue as diferenças anatômicas, e o termo
“gênero”, as diferenças fisiológicas entre homens e mulheres.
b) As relações de gênero são universais e não dependem da
construção que cada cultura tem em relação às diferenças
sexuais.
c) O processo de socialização disciplina os corpos quanto aos
modos de agir, porém esse aprendizado não interfere nos
modos de ser dos sujeitos sociais.
d) O gênero é uma construção social que, através de organismos
sociais, como a família e a mídia, atribui papéis e identidades
sociais a homens e mulheres.
e) As brincadeiras de crianças, assim como o modo como se
comportam, demonstram que os papéis sociais são definidos
antes mesmo do encontro com as instituições sociais.
5- ENEM 2004 - A questão étnica no Brasil tem provocado
diferentes atitudes:
I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra” em 20 de
novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio. Essa
nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a
crítica à segregação e à exclusão social.
II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou
que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as diversas
etnias.
Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões:
Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de
produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade
de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor,
acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do
branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu
poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o.
(Gilberto Freire. O mundo que o português criou.)
[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de
um processo de integração das “raças” em condições de igualdade
social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os
segmentos da “população de cor” que conseguiram se integrar,
efetivamente, na sociedade competitiva.
(Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.)
Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos
estudiosos, é correto aproximar
a) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes
igualmente às duas atitudes.
b) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan
Fernandes à atitude II.
c) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto
Freire à atitude II.
d) somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes.
e) somente a posição de Florestan Fernandes a ambas as atitudes.