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A República e a Educação – princípios e realidades Luís Alves | Marcelo Magalhães | Tiago Reigada| Bruno Pinheiro   Centro de Formação Júlio Resende - Auditório da Biblioteca Municipal de Gondomar 17 de Abril de 2010
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
SALA DE AULA NA GUARDA, PRINCÍPIO DO SÉCULO XX
ESCOLA PRIMÁRIA EM SOUTELO, VIEIRA ESCOLA PRIMÁRIA EM REMELHE, BARCELOS
JARDIM-ESCOLA NO PORTO,  1915
INSÍGNIAS DAS FACULDADES DE MEDICINA, TÉCNICA E FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
SALA DE AULA DE ESCOLA PRIMÁRIA, INÍCIO DO SÉCULO XX
DANÇAS RÍTMICAS E CANTO CORAL, ALUNAS DO LICEU GARRETT, 1923
UNIVERSIDADE DO PORTO
ESCOLA PRIMÁRIA, INÍCIO DO SÉCULO XX
SALA DE AULA DE CIÊNCIAS NATURAIS, INÍCIO DO SÉCULO XX
PROFESSORES E ALUNOS DA FACULDADE DE MEDICINA DO PORTO, 1925
PROFESSORES E ALUNOS DA FACULDADE TÉCNICA DO PORTO, 1923 PROFESSORES DA FACULDADE TÉCNICA DO PORTO, 1924
SALA DE AULA DE CIÊNCIAS NATURAIS, INÍCIO DO SÉCULO XX
AULA NO LICEU DE PASSOS MANUEL, 1921
ALUNOS E PROFESSORES DA PRIMEIRA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
ORFEÃO ACADÉMICO DO PORTO, 1912/1913
Índice/Sumário  1 - Introdução/Justificação 2 - Ensino Infantil e Primário 3 - Ensino Secundário Liceal 4 - Ensino Secundário Técnico 5 - Ensino Superior Universitário 6 - Conclusões
 1 – Introdução/Justificação “O nosso ensino é particularmente defeituoso por não ser educativo (…)” “O aluno que sai das nossas escolas é um tipo de intelectualidade gaguejante, de vontade tíbia, de moralidade duvidosa” Jaime Cortesão, 1912
Aspectos que cruzam o pensamento pedagógico e educativo da 1ª República princípios da demopedia republicana  peso da herança monárquica “homem novo” urgência de utilizar a educação e a escola como meio para legitimar e salvaguardar o novo regime 
Viagem aos Dezasseis anos da Primeira República Privilegiando: intenções expendidas no enquadramento legal  diferentes graus de ensino  alguns resultados em 1926
2 - Ensino Infantil e Ensino Primário “e é lá [na escola primária] que verdadeiramente se há-de formar  a alma da pátria republicana” Preâmbulo do Decreto de 29 de Março de 1911
2.1.	Principais documentos legais Decreto de 29 de Março de 1911 – Ensino Infantil, Primário e Normal Primário Programa das Escolas Infantis de 1911 – Ensino Infantil
2.2. Princípios Orientadores do Ensino Infantil/Primário
Permitir a criação cidadãos educados e instruídos; Fornecer uma educação laica e neutra; Aumentar a importância dada aos professores; Favorecer um ensino leccionado de modo harmonioso com o desenvolvimento orgânico, fisiológico, intelectual e moral dos alunos; Privilegiar a vertente prática, nomeadamente rudimentos agrícolas, comerciais e industriais que pudessem ser utilizados na vida dos alunos; Garantir a descentralização do ensino.
2.3.	As propostas inovadoras para o Ensino Infantil Estrutura curricular; Preocupações pedagógicas; Influências de pedagogos internacionais (FriedrichFröbel e Maria Montessori); Corpo Docente; Fixação de pré requisitos para o funcionamento de uma escola infantil.
2.4.	Seria possível uma concretização prática destas propostas? Evolução das Escolas Infantis  em funcionamento entre 1910 e 1926
2.5. A Estrutura do Ensino Primário
2.6.	 Concretização dos princípios republicanos para a educação Progressão de matérias/disciplinas no Ensino Primário
2.6.	 Concretização dos princípios republicanos para a educação A formação cívica e moral no Ensino Primário
2.7. Criação de Escolas Primárias Evolução das Escolas em  funcionamento entre 1910 e 1926
2.8.	O Ensino Normal Primário e as condições dadas aos docentes
2.9.	A Herança do Ensino Primário deixada pela Primeira República Bons princípios orientadores teóricos mas poucas concretizações práticas
3 - Ensino Secundário Liceal 3.1. A Reforma estrutural  do Liceu – Jaime Moniz 1894/95
“as ciências disputam a primazia outorgada às letras (…) contra o saber que se diz puro peleja o saber que se chama utilitário”.  Jaime Moniz, 1894
Em 1894, Jaime Moniz organiza o ensino liceal num plano de estudos de sete anos composto por um Curso Geral de cinco anos e um Curso Complementar de dois anos.
3.2. Reestruturação do EnsinoLiceal – 1905
“(…) essa reforma, não obstante marcar um grande progresso pedagógico, é hoje unanimemente reconhecido que carece de apurada revisão.”  D. G. nº 194, de 30 de Agosto de 1905 Tentativa de equilibrar o pendor entre Letras e Ciências acabando mesmo por se inclinar mais para a vertente científica .
Ensino Feminino “Sem dúvida que a principal missão do liceu é criar mulheres instruídas e ilustradas suficientemente para poderem (…) comparecer na sociedade culta (…) [e] ensinar os seus filhos” Decreto de 31 de Janeiro de 1906
3.3. A República e o Ensino Liceal O curso geral tinha como função “dar aos alunos um conjunto de conhecimentos geralmente úteis como saber e proveitosos como meio para o desenvolvimento regular e harmónico das suas faculdades” Decreto de 17 de Abril de 1917
“a instrução secundária é um dos ramos da instrução pública que mais cuidados e atenções carece” uma vez que tem como finalidade “ministrar os elementos de uma cultura geral e habilitar para os estudos superiores” através “da aquisição de um determinado conjunto de conhecimentos, o progressivo desenvolvimento intelectivo do espírito (…) e a educação do sentimento e da vontade”  D. G nº 157, de 14 de Julho de 1918
Plano de Estudos de 1918
Canto Coral  “a educação da voz e do sentimento estético, não deverá deixar de ter uma feição nacionalista”
3.4. Números, realidades e desafios
Frequência do Ensino Liceal entre 1894 e 1926 (Oficial e Particular)
Finalidades do ensino secundário liceal: - formação do homem - preparação para a vida produtiva - acesso aos estudos superiores “entre a ilusão da pureza legislativa e as realidades concretas das escolas vai uma grande distância” António Nóvoa, 2003
4 –  Ensino Secundário Técnico “O nosso atraso provém apenas da insuficiência do nosso ensino técnico que ontem era um mal e hoje é um perigo, dada a luta de competências que é preciso suportar na concorrência dos mercados de todo o mundo (...)” Decreto de 23 de Maio de 1911 de criação do  Instituto Superior Técnico
Quatro ideias nucleares: urgência das medidas na área educativa  crítica clara e contundente ao regime anterior  falta de competências técnicas e profissionais o ensino técnico é o espaço educativo privilegiado para mais facilmente recuperarmos competitividade externa e capacidade produtiva interna.
4.1. Medidas pontuais à espera de uma reforma estrutural
4.2. A reforma de 1 de Dezembro de 1918
Escolas (elementares, secundárias e institutos)
Frequência do Ensino Liceal e Técnico (1915-1930)
4.3.  “1923 – o que falta do que não fizemos”!
5 – Ensino Superior Universitário “Artigo 1º No território da República Portuguesa, além da Universidade de Coimbra, já existente, são criadas mais duas Universidades – uma com sede em Lisboa e outra no Pôrto”.  Decreto de 22 de Março de 1911
5.1. As Estruturas
“a) Fazer progredir a sciência, pelo trabalho dos seus mestres, e iniciar um escol de estudantes – nos métodos de descoberta e inovação scientífica; b) Ministrar o ensino geral das sciências e das suas aplicações, dando a sua preparação indispensável às carreiras que exigem uma habilitação scientífica e técnica; c) Promover o estudo metódico dos problemas nacionais e difundir a alta cultura na massa da Nação pelos métodos de extensão universitária.” Diário do Governo, 22 de Abril de 1911
Estrutura do Ensino Superior
1919 – Criação da Faculdade de Letras do Porto  “Considerando que, sendo as condições da cidade do Porto de mais larga actividade que as de Coimbra, convém que na Universidade do Porto haja uma Faculdade de Letras; Considerando que a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra tem orientado, embora notavelmente, a cultura dos seus alunos de modo a darem preferência à erudição livresca sobre a de especulações originais do espírito moderno, manifestando-se na filosofia revelada nas obras dos seus principais professores e alunos laureados uma quase completa orientação tomista de forma escolástica […] Art.º 1.º - É desanexada da Universidade de Coimbra a Faculdade de Letras (…) e colocada na Universidade do Porto”. Diário do Governo, 10 de Maio de 1919
5.2. Finalidades do Ensino Superior ,[object Object]
 Transmissão da herança cultural superior
 Preparação de quadros superiores
 Formação do espírito
 A extensão universitária,[object Object]
Alunos Matriculados nas Universidades Portuguesas
Alunos Matriculados em Medicina
Alunos Matriculados em Ciências
Alunos Matriculados em Letras
Alunos Matriculados em Farmácia
6. Conclusões:Da frieza dos números às ideias que desafiam o tempo. A mensagem republicana, hoje
Em termos gerais a situação em 1926 evidenciava: - uma taxa de analfabetismo  que descia para 67,8% (embora o número absoluto de analfabetos tenha aumentado); - uma incompleta reforma do ensino normal primário; - um saldo positivo para os avanços nos ensinos secundário e profissional. - uma Universidade profundamente reformada com a criação das Universidades de Lisboa e do Porto e reestruturação da de Coimbra.

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A república e a educação princípios e realidades

  • 1. A República e a Educação – princípios e realidades Luís Alves | Marcelo Magalhães | Tiago Reigada| Bruno Pinheiro   Centro de Formação Júlio Resende - Auditório da Biblioteca Municipal de Gondomar 17 de Abril de 2010
  • 2.
  • 4. SALA DE AULA NA GUARDA, PRINCÍPIO DO SÉCULO XX
  • 5. ESCOLA PRIMÁRIA EM SOUTELO, VIEIRA ESCOLA PRIMÁRIA EM REMELHE, BARCELOS
  • 7. INSÍGNIAS DAS FACULDADES DE MEDICINA, TÉCNICA E FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
  • 8. SALA DE AULA DE ESCOLA PRIMÁRIA, INÍCIO DO SÉCULO XX
  • 9. DANÇAS RÍTMICAS E CANTO CORAL, ALUNAS DO LICEU GARRETT, 1923
  • 11. ESCOLA PRIMÁRIA, INÍCIO DO SÉCULO XX
  • 12. SALA DE AULA DE CIÊNCIAS NATURAIS, INÍCIO DO SÉCULO XX
  • 13. PROFESSORES E ALUNOS DA FACULDADE DE MEDICINA DO PORTO, 1925
  • 14. PROFESSORES E ALUNOS DA FACULDADE TÉCNICA DO PORTO, 1923 PROFESSORES DA FACULDADE TÉCNICA DO PORTO, 1924
  • 15. SALA DE AULA DE CIÊNCIAS NATURAIS, INÍCIO DO SÉCULO XX
  • 16. AULA NO LICEU DE PASSOS MANUEL, 1921
  • 17. ALUNOS E PROFESSORES DA PRIMEIRA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
  • 18. ORFEÃO ACADÉMICO DO PORTO, 1912/1913
  • 19. Índice/Sumário  1 - Introdução/Justificação 2 - Ensino Infantil e Primário 3 - Ensino Secundário Liceal 4 - Ensino Secundário Técnico 5 - Ensino Superior Universitário 6 - Conclusões
  • 20.  1 – Introdução/Justificação “O nosso ensino é particularmente defeituoso por não ser educativo (…)” “O aluno que sai das nossas escolas é um tipo de intelectualidade gaguejante, de vontade tíbia, de moralidade duvidosa” Jaime Cortesão, 1912
  • 21. Aspectos que cruzam o pensamento pedagógico e educativo da 1ª República princípios da demopedia republicana peso da herança monárquica “homem novo” urgência de utilizar a educação e a escola como meio para legitimar e salvaguardar o novo regime 
  • 22. Viagem aos Dezasseis anos da Primeira República Privilegiando: intenções expendidas no enquadramento legal diferentes graus de ensino alguns resultados em 1926
  • 23. 2 - Ensino Infantil e Ensino Primário “e é lá [na escola primária] que verdadeiramente se há-de formar a alma da pátria republicana” Preâmbulo do Decreto de 29 de Março de 1911
  • 24. 2.1. Principais documentos legais Decreto de 29 de Março de 1911 – Ensino Infantil, Primário e Normal Primário Programa das Escolas Infantis de 1911 – Ensino Infantil
  • 25. 2.2. Princípios Orientadores do Ensino Infantil/Primário
  • 26. Permitir a criação cidadãos educados e instruídos; Fornecer uma educação laica e neutra; Aumentar a importância dada aos professores; Favorecer um ensino leccionado de modo harmonioso com o desenvolvimento orgânico, fisiológico, intelectual e moral dos alunos; Privilegiar a vertente prática, nomeadamente rudimentos agrícolas, comerciais e industriais que pudessem ser utilizados na vida dos alunos; Garantir a descentralização do ensino.
  • 27. 2.3. As propostas inovadoras para o Ensino Infantil Estrutura curricular; Preocupações pedagógicas; Influências de pedagogos internacionais (FriedrichFröbel e Maria Montessori); Corpo Docente; Fixação de pré requisitos para o funcionamento de uma escola infantil.
  • 28. 2.4. Seria possível uma concretização prática destas propostas? Evolução das Escolas Infantis em funcionamento entre 1910 e 1926
  • 29. 2.5. A Estrutura do Ensino Primário
  • 30. 2.6. Concretização dos princípios republicanos para a educação Progressão de matérias/disciplinas no Ensino Primário
  • 31. 2.6. Concretização dos princípios republicanos para a educação A formação cívica e moral no Ensino Primário
  • 32. 2.7. Criação de Escolas Primárias Evolução das Escolas em funcionamento entre 1910 e 1926
  • 33. 2.8. O Ensino Normal Primário e as condições dadas aos docentes
  • 34. 2.9. A Herança do Ensino Primário deixada pela Primeira República Bons princípios orientadores teóricos mas poucas concretizações práticas
  • 35. 3 - Ensino Secundário Liceal 3.1. A Reforma estrutural do Liceu – Jaime Moniz 1894/95
  • 36. “as ciências disputam a primazia outorgada às letras (…) contra o saber que se diz puro peleja o saber que se chama utilitário”. Jaime Moniz, 1894
  • 37. Em 1894, Jaime Moniz organiza o ensino liceal num plano de estudos de sete anos composto por um Curso Geral de cinco anos e um Curso Complementar de dois anos.
  • 38. 3.2. Reestruturação do EnsinoLiceal – 1905
  • 39. “(…) essa reforma, não obstante marcar um grande progresso pedagógico, é hoje unanimemente reconhecido que carece de apurada revisão.” D. G. nº 194, de 30 de Agosto de 1905 Tentativa de equilibrar o pendor entre Letras e Ciências acabando mesmo por se inclinar mais para a vertente científica .
  • 40. Ensino Feminino “Sem dúvida que a principal missão do liceu é criar mulheres instruídas e ilustradas suficientemente para poderem (…) comparecer na sociedade culta (…) [e] ensinar os seus filhos” Decreto de 31 de Janeiro de 1906
  • 41. 3.3. A República e o Ensino Liceal O curso geral tinha como função “dar aos alunos um conjunto de conhecimentos geralmente úteis como saber e proveitosos como meio para o desenvolvimento regular e harmónico das suas faculdades” Decreto de 17 de Abril de 1917
  • 42. “a instrução secundária é um dos ramos da instrução pública que mais cuidados e atenções carece” uma vez que tem como finalidade “ministrar os elementos de uma cultura geral e habilitar para os estudos superiores” através “da aquisição de um determinado conjunto de conhecimentos, o progressivo desenvolvimento intelectivo do espírito (…) e a educação do sentimento e da vontade” D. G nº 157, de 14 de Julho de 1918
  • 43. Plano de Estudos de 1918
  • 44. Canto Coral “a educação da voz e do sentimento estético, não deverá deixar de ter uma feição nacionalista”
  • 46. Frequência do Ensino Liceal entre 1894 e 1926 (Oficial e Particular)
  • 47. Finalidades do ensino secundário liceal: - formação do homem - preparação para a vida produtiva - acesso aos estudos superiores “entre a ilusão da pureza legislativa e as realidades concretas das escolas vai uma grande distância” António Nóvoa, 2003
  • 48. 4 – Ensino Secundário Técnico “O nosso atraso provém apenas da insuficiência do nosso ensino técnico que ontem era um mal e hoje é um perigo, dada a luta de competências que é preciso suportar na concorrência dos mercados de todo o mundo (...)” Decreto de 23 de Maio de 1911 de criação do Instituto Superior Técnico
  • 49. Quatro ideias nucleares: urgência das medidas na área educativa crítica clara e contundente ao regime anterior falta de competências técnicas e profissionais o ensino técnico é o espaço educativo privilegiado para mais facilmente recuperarmos competitividade externa e capacidade produtiva interna.
  • 50. 4.1. Medidas pontuais à espera de uma reforma estrutural
  • 51. 4.2. A reforma de 1 de Dezembro de 1918
  • 53. Frequência do Ensino Liceal e Técnico (1915-1930)
  • 54. 4.3. “1923 – o que falta do que não fizemos”!
  • 55. 5 – Ensino Superior Universitário “Artigo 1º No território da República Portuguesa, além da Universidade de Coimbra, já existente, são criadas mais duas Universidades – uma com sede em Lisboa e outra no Pôrto”. Decreto de 22 de Março de 1911
  • 57. “a) Fazer progredir a sciência, pelo trabalho dos seus mestres, e iniciar um escol de estudantes – nos métodos de descoberta e inovação scientífica; b) Ministrar o ensino geral das sciências e das suas aplicações, dando a sua preparação indispensável às carreiras que exigem uma habilitação scientífica e técnica; c) Promover o estudo metódico dos problemas nacionais e difundir a alta cultura na massa da Nação pelos métodos de extensão universitária.” Diário do Governo, 22 de Abril de 1911
  • 59. 1919 – Criação da Faculdade de Letras do Porto “Considerando que, sendo as condições da cidade do Porto de mais larga actividade que as de Coimbra, convém que na Universidade do Porto haja uma Faculdade de Letras; Considerando que a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra tem orientado, embora notavelmente, a cultura dos seus alunos de modo a darem preferência à erudição livresca sobre a de especulações originais do espírito moderno, manifestando-se na filosofia revelada nas obras dos seus principais professores e alunos laureados uma quase completa orientação tomista de forma escolástica […] Art.º 1.º - É desanexada da Universidade de Coimbra a Faculdade de Letras (…) e colocada na Universidade do Porto”. Diário do Governo, 10 de Maio de 1919
  • 60.
  • 61. Transmissão da herança cultural superior
  • 62. Preparação de quadros superiores
  • 63. Formação do espírito
  • 64.
  • 65. Alunos Matriculados nas Universidades Portuguesas
  • 70. 6. Conclusões:Da frieza dos números às ideias que desafiam o tempo. A mensagem republicana, hoje
  • 71. Em termos gerais a situação em 1926 evidenciava: - uma taxa de analfabetismo que descia para 67,8% (embora o número absoluto de analfabetos tenha aumentado); - uma incompleta reforma do ensino normal primário; - um saldo positivo para os avanços nos ensinos secundário e profissional. - uma Universidade profundamente reformada com a criação das Universidades de Lisboa e do Porto e reestruturação da de Coimbra.
  • 72. “Assinalem-se apenas as Universidades Livres e Populares, a Liga de Educação Nacional, a Liga Nacional de Instrução, a Sociedade de Estudos Pedagógicos, a Liga de Acção Educativa, os numerosos Congressos Pedagógicos e de Educação Popular, e as Associações contra o analfabetismo (…). O melhor da República situou-se para além da escola” . António Nóvoa, 1987
  • 73. Valores Republicanos a prevalência do interesse público (ou da “coisa pública” – res publica) sobre os interesses particulares ou privados a prática de uma cidadania fortemente participativa e alicerçada numa ética do altruísmo o entendimento do exercício do poder como um serviço público a defesa de um regime institucional de democracia representativa a crença no valor da liberdade e no modo como se articula com os valores de justiça e da solidariedade o enaltecimento do sentido da fraternidade a importância da laicidade 
  • 74. Perigos presentes no nosso quotidiano a cultura do individualismo; o corporativismo, o lobbismo e o populismo; o laxismo; a desvalorização da cultura de serviço público; a homogeneização cultural da globalização; a xenofobia e o racismo; o indiferentismo ou mesmo desprezo pela política; a pseudodemocracia de opinião ou teledemocracia.