O documento discute as características do gênero textual "charge". Apresenta quatro elementos comuns encontrados em charges: 1) ilustração acompanhada de elementos verbais; 2) crítica a questões sociais da época; 3) publicação em jornais ou revistas; 4) uso do humor para reflexão do leitor sobre temas importantes.
6. em todos eles há uma ilustração acompanhada de elementos
verbais (legenda, falas de personagens, título, letreiro);
todos fazem uma crítica a questões importantes para a
sociedade de uma determinada época;
todos foram publicados em jornais ou revistas;
todos visam uma reflexão do leitor sobre questões
importantes, mas para isso utilizam de boa dose de humor.
7. à sua estrutura;
à linguagem utilizada;
aos temas abordados;
ao contexto de circulação e ao suporte em que se encontra;
a quem ele se destina;
ao seu objetivo e à sua função social.
8. Quando identificamos, em um conjunto de textos, esses
elementos comuns, dizemos que esses textos pertencem a
um determinado gênero textual. No caso das quatro
imagens acima, o gênero em questão denomina-se charge.
9. Narração (narrar um fato)
Exposição (expor uma ideia)
Argumentação (argumentar)
Descrição (descrever algo ou alguém)
Injunção (instruir ou ordenar)
10. [...Zeffirino] Atravessou um arco rebaixado ao pé da rocha e reviu acima
de si a água alta e o céu. Sombras de pedra clara circundavam o fundo em
toda sua extensão e, na parte mais larga, declinavam num arrecife semi-
submerso. Com um giro de cintura e um impulso nas nadadeiras, Zeffirino
subiu para respirar. O tubo de ar veio à tona e cuspiu umas gotas
infiltradas na máscara, mas a cabeça do garoto continuou na água. Tinha
reencontrado o sargo - aliás, dois! Já estava fazendo a mira quando
avistou um cardume inteiro deles, navegando tranquilo à esquerda,
enquanto à direita brilhava outra esquadra. Era um local riquíssimo de
pesca, quase um espelho d´água, e para onde Zeffirino olhasse via o bater
de nadadeiras sutis e o piscar de escamas; o espanto e a alegria foram
tantos que ele não fez nenhum ataque.
(CALVINO, Ítalo. Peixinhos, peixões. Trad. Maurício Santana Dias. Piauí. São Paulo: Abril, ano I, n. 4,
p. 44-5, jan. 2007. (fragmento) apud: ABAURRE; ABAURRE (2007, p.34-5))
11. [...Zeffirino] Atravessou um arco rebaixado ao pé da rocha e reviu
acima de si a água alta e o céu. Sombras de pedra clara circundavam
o fundo em toda sua extensão e, na parte mais larga, declinavam num
arrecife semi-submerso. Com um giro de cintura e um impulso nas
nadadeiras, Zeffirino subiu para respirar. O tubo de ar veio à tona e
cuspiu umas gotas infiltradas na máscara, mas a cabeça do garoto
continuou na água. Tinha reencontrado o sargo - aliás, dois! Já estava
fazendo a mira quando avistou um cardume inteiro deles, navegando
tranquilo à esquerda, enquanto à direita brilhava outra esquadra. Era
um local riquíssimo de pesca, quase um espelho d´água, e para onde
Zeffirino olhasse via o bater de nadadeiras sutis e o piscar de
escamas; o espanto e a alegria foram tantos que ele não fez nenhum
ataque.
(CALVINO, Ítalo. Peixinhos, peixões. Trad. Maurício Santana Dias. Piauí. São Paulo: Abril, ano I,
n. 4, p. 44-5, jan. 2007. (fragmento) apud: ABAURRE; ABAURRE (2007, p.34-5))
12. [...Zeffirino] Atravessou um arco rebaixado ao pé da rocha e reviu
acima de si a água alta e o céu. Sombras de pedra clara circundavam
o fundo em toda sua extensão e, na parte mais larga, declinavam num
arrecife semi-submerso. Com um giro de cintura e um impulso nas
nadadeiras, Zeffirino subiu para respirar. O tubo de ar veio à tona e
cuspiu umas gotas infiltradas na máscara, mas a cabeça do garoto
continuou na água. Tinha reencontrado o sargo - aliás, dois! Já estava
fazendo a mira quando avistou um cardume inteiro deles, navegando
tranquilo à esquerda, enquanto à direita brilhava outra esquadra. Era
um local riquíssimo de pesca, quase um espelho d´água, e para onde
Zeffirino olhasse via o bater de nadadeiras sutis e o piscar de
escamas; o espanto e a alegria foram tantos que ele não fez nenhum
ataque.
(CALVINO, Ítalo. Peixinhos, peixões. Trad. Maurício Santana Dias. Piauí. São Paulo: Abril, ano I,
n. 4, p. 44-5, jan. 2007. (fragmento) apud: ABAURRE; ABAURRE (2007, p.34-5))
14. Olhares que buscam o Brasil
Ao despontar como potência econômica do século XXI, o Brasil tem
cada vez mais atraído os olhares do mundo, chamando a atenção da mídia,
de grandes empresas e de outros países. Contudo, é outro olhar não menos
importante que deveria começar a nos sensibilizar mais: o olhar
marginalizado e cheio de esperança daqueles que não têm dinheiro, dos
famintos e desempregados ao redor do globo. São pessoas com esse perfil
que majoritariamente contribuem para o crescente volume de imigrantes no
país, e o que se vê é uma ausência de políticas públicas eficientes para
receber e integrar essas pessoas à sociedade.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vestibular/noticia/2013/09/
conheca-as-redacoes-das-estudantes-de-santa-maria-
publicadas-no-guia-do-enem-2013-4262982.html
15. Olhares que buscam o Brasil [Conclusão]
Nesse sentido, é preciso que atitudes mais energéticas sejam
tomadas a fim de que o país não deixe escapar essa oportunidade: a
de transformar o problema da imigração crescente em uma solução
para outros. A questão merece mais atenção do governo, portanto,
pois não deve ser à toa que o Brasil, além de ser conhecido pela
hospitalidade, também o é pelo modo criativo de resolver problemas.
Prestemos mais atenção aos olhares que nos cercam; deles podem vir
novas oportunidades.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vestibular/noticia/2013/09/
conheca-as-redacoes-das-estudantes-de-santa-maria-
publicadas-no-guia-do-enem-2013-4262982.html
16. Gênero textual: redação dissertativo-
argumentativa
Tipo textual: argumentativo
17. Se tu falas muitas palavras sutis
E gostas de senhas, sussurros, ardis
A lei tem ouvidos pra te delatar
Nas pedras do teu próprio lar
Se trazes no bolso a contravenção
Muambas, baganas e nem um tostão
A lei te vigia, bandido infeliz
Com seus olhos de raio-x
Se vives nas sombras, frequentas porões
Se tramas assaltos ou revoluções
A lei te procura amanhã de manhã
Com seu faro de dobermann
E se definitivamente a sociedade só te tem
Desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo
És um estorvo, és um tumor
A lei fecha o livro, te pregam na cruz
Depois chamam os urubus
Se pensas que burlas as normas penais
Insuflas, agitas e gritas demais
A lei logo vai te abraçar, infrator
Com seus braços de estivador
Figura de linguagem:
anáfora
18. Se tu falas muitas palavras sutis
E gostas de senhas, sussurros, ardis
A lei tem ouvidos pra te delatar
Nas pedras do teu próprio lar
Se trazes no bolso a contravenção
Muambas, baganas e nem um tostão
A lei te vigia, bandido infeliz
Com seus olhos de raio-x
Se vives nas sombras, frequentas porões
Se tramas assaltos ou revoluções
A lei te procura amanhã de manhã
Com seu faro de dobermann
E se definitivamente a sociedade só te tem
Desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo
És um estorvo, és um tumor
A lei fecha o livro, te pregam na cruz
Depois chamam os urubus
Se pensas que burlas as normas penais
Insuflas, agitas e gritas demais
A lei logo vai te abraçar, infrator
Com seus braços de estivador
Texto conotativo:
linguagem figurada
19. Gênero textual: letra de música
Tipo textual: argumentativo-expositivo