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Produção de textos
Prof. Rildo Reis
EEFM MENEZES PIMENTEL
SEQUÊNCIAS TEXTUAIS:
 Os diferentes textos podem ser divididos
em alguns tipos básicos que, no dia a dia,
se materializam em inúmeros gêneros
textuais.
 Nesta aula, vamos concentrar a nossa
análise em três tipos textuais muito
comuns em nosso cotidiano: a narração,
a descrição e a dissertação.
Prof. Rildo Reis
NARRAÇÃO:
 É o relato de acontecimentos, reais ou
fictícios, com a participação de
personagens cuja ação é contada por um
narrador.
Prof. Rildo Reis
Características do texto narrativo:
 ENREDO: acontecimentos ou a relação entre as ações praticadas
pelos personagens, geralmente é baseado em duas “linhas” que
orientam a narrativa:
 a linha do tempo (sequência cronológica) - relaciona, no
tempo, um fato com outro(s) que acontece(m) depois dele. Essa
relação é indica da por expressões de tempo ("No outro dia",
"De manhãzinha", "Alguns meses depois", "Quando a porta da
cozinha se abriu" etc.).
 • a sequência lógica - estabelece a relação entre um fato que é
a causa e outro que é a consequência, isto é, indica que um
fato só aconteceu por causa de outro fato já acontecido. A rede
de ligação entre os fatos cria o conflito, que, por sua vez, leva
ao clímax, isto é, ao momento principal, ao ponto mais
importante da história.
Prof. Rildo Reis
O enredo pode ser organizado da
seguinte forma:
 Situação inicial: apresentação dos personagens,
tempo e espaço;
 Estabelecimento de um conflito: um
acontecimento modifica a situação inicial,
fazendo surgir um conflito;
 Desenvolvimento: os personagens buscam a
solução do conflito;
 Clímax: a narrativa chega a seu ponto de maior
tensão;
 Desfecho: o conflito é solucionado.
Prof. Rildo Reis
Características do texto narrativo:
 PERSONAGENS: indivíduos (reais ou imaginários)
que vivem o(s) fato(s) narrado(s), podendo ter uma
importância principal ou secundária.
 ESPAÇO: lugar ou cenário onde acontecem os
fatos.
 TEMPO: corresponde à duração da ação. Pode ser
cronológico, marcado por horas e datas, ou
psicológico, que representa a maneira como os
personagens “percebem” a passagem do tempo.
Representa o espaço cronológico, ou seja, o
período ou a época em que a história se passa. Há,
às vezes a mistura dos tempos (passado e
presente). Prof. Rildo Reis
Características do texto narrativo:
 FOCO NARRATIVO:
 Narração em 1ª pessoa: ocorre quando o
narrador participa dos fatos (narrador-
personagem).
 Narração em 3ª pessoa: quando o narrador
observa os fatos de fora da história (narrador-
observador). Nesse caso, o narrador pode ser
onisciente, posicionando-se como quem tudo
sabe.
Prof. Rildo Reis
Prof. Rildo Reis
NARRADOR X AUTOR
 Narrador: é quem conta a história. É
criado pelo autor.
 Autor: é a pessoa que existe fisicamente,
quem cria a história.
Para contar a história, o narrador
pode assumir duas posições:
 NARRADOR ≠ PERSONAGEM: o narrador não
participa dos fatos, mas conta o que aconteceu
com as personagens. Utiliza, portanto, a terceira
pessoa.
 NARRADOR = PERSONAGEM: o narrador
participa da história, pois é uma das
personagens. Emprega a primeira pessoa.
Prof. Rildo Reis
Prof. Rildo Reis
Exemplo de texto narrativo:
Chegou o sábado e a minha irmã falou:
- Vai te vestir, Raquel, tem almoço na casa
da tia Brunilda. Bacalhoada.
Eu adoro comer, só tem um prato que eu
não aguento: bacalhau. Mas como o pessoal
aqui de casa tá sempre paparicando a tia
Brunilda, eu sabia muito bem que na hora de
dizer: “Tia Brunilda, a senhora se importa se eu
só como a sobremesa?” eles iam me olhar
daquele jeito, e eu ia ter que acabar comendo.
Então eu já fui ficando meio aflita.
Prof. Rildo Reis
Exemplo de texto narrativo:
Calça comprida eu só tenho duas: uma boa,
outra ruim; enquanto uma lavo, uso a outra. A
boa estava lavando e ainda mais essa, eu
pensei.
Quando fui me olhar no espelho, dei de cara
com uma espinha. Bem na ponta do nariz.
Espremi, começou a sair uma aguinha lá de
dentro; vi que tinha feito uma besteira. Meu
nariz começou a doer. Olhei no espelho e
anunciei: - Não posso ir à bacalhoada: meu
nariz inchou, tá doendo demais.
Mandaram eu botar mercúriocromo e acabar
de me vestir.
(Lygia Bojunga Nunes. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir.)
Prof. Rildo Reis
Atividade I:
1)- Identifique no texto anterior os elementos da
narrativa.
a)- Enredo:
b)- Personagens:
c)- Tempo e espaço:
d)- Quanto ao narrador, ele participa dos fatos
como um narrador-personagem, ou apenas
informa as ações, como um narrador
observador? Justifique a sua resposta.
Prof. Rildo Reis
Atividade I:
2)- O texto que você acabou de ler foi
narrado em primeira pessoa. Reescreva-o
em terceira pessoa, fazendo as alterações
necessárias. Dê um título à história.
DESCRIÇÃO:
 É a caracterização de uma pessoa, objeto,
ambiente ou paisagem. Representa um retrato
verbal, uma imagem do que é descrito. Na
descrição de uma pessoa há dois aspectos
fundamentais a serem observados:
 As características físicas: aparência externa.
 As características psicológicas: modo de agir ou
ser.
Prof. Rildo Reis
TEXTO DESCRITIVO:
Na maioria das vezes tenho a forma de um tijolo. Claro que
não sou tão grande quanto ele.
Sou uma casa, com muitos habitantes bastante magros e de
cabelos negros.
Geralmente sou escura e em uma de minhas paredes possuo
um painel colorido, cobrindo-me inteirinha. Em outras duas
paredes, possuo algo parecido com lixas, que são verdadeiras
armas contra meus habitantes. Se esbarram com força nelas,
eles morrem, soltando um cheiro característico.
Não custo caro. Aliás, acho quase impossível viver sem
minha presença. Sou muito útil em qualquer lugar, em qualquer
parte do mundo. Mas ninguém me dá o devido valor: cada
habitante meu que morre é simplesmente jogado fora.
QUEM SOU?
(Texto de aluno)
Prof. Rildo Reis
Atividade II:
Agora é a sua vez!
Escolha um objeto e descreva-o.
Os textos serão lidos em sala para que cada
educando tente identificar o objeto descrito,
portanto, não o revele a ninguém.
Antes de iniciar a produção textual, siga as
orientações seguintes:
Prof. Rildo Reis
Atividade II:
Orientações:
1)- Faça uma lista identificando as características mais interessantes ou
importantes do objeto que você escolheu.
2)- Procure associar essas características aos sentidos (cheiro, cor, som,
sabor, textura etc.)
3)- Se possível, use comparações; elas são uma boa forma de apontar uma
característica de um objeto, sem ter que usar o nome dele.
4)- Lembre-se de que as informações precisam ser indiretas, senão o leitor
descobre muito facilmente qual é o objeto. Exemplo: Para descrever um
bolo de chocolate, não escreva "Quem me vê logo quer me saborear";
escreva, por exemplo, assim: "Gostam tanto de mim, que vivem querendo
me destruir".
5)- Escreva o rascunho do trabalho.
6)- Altere o que achar necessário (corte ou acrescente trechos, mude trechos
de lugar), faça uma leitura cuidadosa e passe seu texto a limpo.
Prof. Rildo Reis
Texto Narrativo X Texto Descritivo
 Enquanto o texto narrativo enfatiza as
ações, o texto descritivo destaca as
características dos objetos ou seres.
Prof. Rildo Reis
TEXTO DISSERTATIVO:
 É a exposição de ideias elaboradas por
um argumentador, sobre determinado
tema, a fim de convencer um interlocutor.
Prof. Rildo Reis
Estrutura padrão do texto dissertativo:
Introdução: apresenta a tese, isto é, a
ideia principal do texto.
Desenvolvimento: consiste no
detalhamento da tese.
Conclusão: retoma os principais
pontos vistos e, muitas vezes, apresenta
uma solução para o problema debatido.
Prof. Rildo Reis
A INTRODUÇÃO:
A dissertação deriva de uma determinada tese - tomada
de posição diante de um tema (ideia-núcleo do texto) -
que será desenvolvida nos parágrafos seguintes.
Como a tese, em geral, é apresentada logo na
introdução e continua a ser trabalhada ao longo do
texto, identificá-la ajuda a perceber a coerência do que
se está lendo e não perder de vista o fio condutor.
Na introdução, o autor do texto dissertativo
(argumentador) pode fazer uma pergunta para o leitor,
que será respondida no desenvolvimento, ou apresentar
um exemplo do assunto a ser analisado.
Prof. Rildo Reis
O DESENVOLVIMENTO:
Nessa parte, os argumentos necessários para defender
e justificar a tese proposta na introdução devem ser
inseridos com coerência e coesão. Faz-se uma seleção
de aspectos ou detalhes particulares que ampliam e
explicam a ideia-núcleo do texto, de forma ordenada.
Geralmente, utiliza-se um parágrafo para cada
argumento. No entanto, essa não é uma regra
obrigatória. Podem ser desenvolvidos tantos parágrafos
quantos forem necessários para que a tese seja bem
apresentada.
No desenvolvimento, em geral, comprova-se o que foi
abordado na introdução, incluem-se dados, informações
e argumentos para expor o ponto de vista e converge-se
para a conclusão.
Prof. Rildo Reis
A CONCLUSÃO:
Na conclusão, retoma-se a ideia-núcleo
apresentada na introdução e desenvolvida no
texto. Recapitulam-se as ideias do
desenvolvimento, dando um arremate aos
argumentos expostos no decorrer do texto.
A conclusão de uma dissertação pode ser uma
síntese das ideias presentes no desenvolvimento
ou apresentar uma nova solução para o
problema proposto, podendo até mesmo
surpreender o leitor com algo inusitado.
Prof. Rildo Reis
Texto dissertativo:
A favor dos videogames
O cérebro humano é um órgão que absorve quase 25% da
glicose que consumimos e 20% do oxigênio que respiramos.
Carregar neurônios ou sinapses que interligam os neurônios em
demasia é uma desvantagem evolutiva, e não uma vantagem,
como se costuma afirmar.
Todos nós nascemos com muito mais sinapses do que
precisamos. Aqueles que crescem em ambientes seguros e
tranquilos vão perdendo essas sinapses, que acabam não se
conectando entre si, fenômeno chamado de regressão sináptica.
Portanto, toda criança nasce com inteligência, mas aquelas
que não usam vão perdendo-a com o tempo. Por isso, menino de
rua é mais esperto do que filho de classe média que fica
tranquilamente assistindo às aulas de um professor. Estimular o
cérebro da criança desde cedo é uma das tarefas mais importantes
de toda mãe e todo pai modernos.
Prof. Rildo Reis
Texto dissertativo:
Sempre fui a favor de videogames, considerados
uma praga pela maioria dos educadores e pedagogos.
Só que bons vidogames impedem a regressão sináptica,
porque enganam o cérebro fazendo-o achar que seus
filhos nasceram num ambiente hostil e perigoso, sinal de
que vão precisar de todas as sinapses disponíveis. O
truque é encontrar bons jogos, mas não é tarefa
impossível.
[...]
Como em tudo na vida, é necessário ter moderação
nas horas devotadas ao videogame. Mas ele é uma
ótima forma de estimular o cérebro da criança e impedir
sua regressão sináptica, além de ensinar planejamento,
paciência, disciplina e raciocínio [...].
STEPHEN KANITZ. Veja, São Paulo, 12 out. 2005. (Fragmento)
Prof. Rildo Reis
Atividade III:
 Elabore um período que sintetize a ideia
central desenvolvida em cada parágrafo
do texto que você acabou de ler.
Prof. Rildo Reis
Dicas para produção de texto
dissertativo:
1)- Trace um roteiro (planejamento do que será
escrito) com algumas ideias a serem
apresentadas em um sequência organizada.
2)- Relacione palavras e frases importantes,
concernentes ao tema da dissertação, que vão
se transformar em parágrafos no
desenvolvimento do texto.
Prof. Rildo Reis
Dicas para produção de texto
dissertativo:
3)- Defina a tese e fundamente-a com
argumentos que a sustentarão.
4)- Apresente pontos de vista e opiniões
diversas que se contrapõem para, depois,
enfatizar seu ponto de vista ou
posicionamento crítico.
Prof. Rildo Reis
Dicas para produção de texto
dissertativo:
5)- Verifique se o texto tem as partes
principais: introdução, desenvolvimento e
conclusão.
6)- Conclua retomando o que foi falado no
início.
7)- Insira um título sugestivo, se necessário.
Prof. Rildo Reis
Referências bibliográficas:
 DIONISIO, Angela Paiva; BEZERRA,
Maria Auxiliadora. Gêneros textuais &
ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna,
2002.
 FERREIRA, Mauro. Entre palavras. 2ªed.
– São Paulo: FTD, 2006.
 SARGENTIM, Hermínio. Curso básico de
redação. São Paulo, 2001.

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  • 1. Produção de textos Prof. Rildo Reis EEFM MENEZES PIMENTEL
  • 2. SEQUÊNCIAS TEXTUAIS:  Os diferentes textos podem ser divididos em alguns tipos básicos que, no dia a dia, se materializam em inúmeros gêneros textuais.  Nesta aula, vamos concentrar a nossa análise em três tipos textuais muito comuns em nosso cotidiano: a narração, a descrição e a dissertação. Prof. Rildo Reis
  • 3. NARRAÇÃO:  É o relato de acontecimentos, reais ou fictícios, com a participação de personagens cuja ação é contada por um narrador. Prof. Rildo Reis
  • 4. Características do texto narrativo:  ENREDO: acontecimentos ou a relação entre as ações praticadas pelos personagens, geralmente é baseado em duas “linhas” que orientam a narrativa:  a linha do tempo (sequência cronológica) - relaciona, no tempo, um fato com outro(s) que acontece(m) depois dele. Essa relação é indica da por expressões de tempo ("No outro dia", "De manhãzinha", "Alguns meses depois", "Quando a porta da cozinha se abriu" etc.).  • a sequência lógica - estabelece a relação entre um fato que é a causa e outro que é a consequência, isto é, indica que um fato só aconteceu por causa de outro fato já acontecido. A rede de ligação entre os fatos cria o conflito, que, por sua vez, leva ao clímax, isto é, ao momento principal, ao ponto mais importante da história. Prof. Rildo Reis
  • 5. O enredo pode ser organizado da seguinte forma:  Situação inicial: apresentação dos personagens, tempo e espaço;  Estabelecimento de um conflito: um acontecimento modifica a situação inicial, fazendo surgir um conflito;  Desenvolvimento: os personagens buscam a solução do conflito;  Clímax: a narrativa chega a seu ponto de maior tensão;  Desfecho: o conflito é solucionado. Prof. Rildo Reis
  • 6. Características do texto narrativo:  PERSONAGENS: indivíduos (reais ou imaginários) que vivem o(s) fato(s) narrado(s), podendo ter uma importância principal ou secundária.  ESPAÇO: lugar ou cenário onde acontecem os fatos.  TEMPO: corresponde à duração da ação. Pode ser cronológico, marcado por horas e datas, ou psicológico, que representa a maneira como os personagens “percebem” a passagem do tempo. Representa o espaço cronológico, ou seja, o período ou a época em que a história se passa. Há, às vezes a mistura dos tempos (passado e presente). Prof. Rildo Reis
  • 7. Características do texto narrativo:  FOCO NARRATIVO:  Narração em 1ª pessoa: ocorre quando o narrador participa dos fatos (narrador- personagem).  Narração em 3ª pessoa: quando o narrador observa os fatos de fora da história (narrador- observador). Nesse caso, o narrador pode ser onisciente, posicionando-se como quem tudo sabe. Prof. Rildo Reis
  • 8. Prof. Rildo Reis NARRADOR X AUTOR  Narrador: é quem conta a história. É criado pelo autor.  Autor: é a pessoa que existe fisicamente, quem cria a história.
  • 9. Para contar a história, o narrador pode assumir duas posições:  NARRADOR ≠ PERSONAGEM: o narrador não participa dos fatos, mas conta o que aconteceu com as personagens. Utiliza, portanto, a terceira pessoa.  NARRADOR = PERSONAGEM: o narrador participa da história, pois é uma das personagens. Emprega a primeira pessoa. Prof. Rildo Reis
  • 10. Prof. Rildo Reis Exemplo de texto narrativo: Chegou o sábado e a minha irmã falou: - Vai te vestir, Raquel, tem almoço na casa da tia Brunilda. Bacalhoada. Eu adoro comer, só tem um prato que eu não aguento: bacalhau. Mas como o pessoal aqui de casa tá sempre paparicando a tia Brunilda, eu sabia muito bem que na hora de dizer: “Tia Brunilda, a senhora se importa se eu só como a sobremesa?” eles iam me olhar daquele jeito, e eu ia ter que acabar comendo. Então eu já fui ficando meio aflita.
  • 11. Prof. Rildo Reis Exemplo de texto narrativo: Calça comprida eu só tenho duas: uma boa, outra ruim; enquanto uma lavo, uso a outra. A boa estava lavando e ainda mais essa, eu pensei. Quando fui me olhar no espelho, dei de cara com uma espinha. Bem na ponta do nariz. Espremi, começou a sair uma aguinha lá de dentro; vi que tinha feito uma besteira. Meu nariz começou a doer. Olhei no espelho e anunciei: - Não posso ir à bacalhoada: meu nariz inchou, tá doendo demais. Mandaram eu botar mercúriocromo e acabar de me vestir. (Lygia Bojunga Nunes. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir.)
  • 12. Prof. Rildo Reis Atividade I: 1)- Identifique no texto anterior os elementos da narrativa. a)- Enredo: b)- Personagens: c)- Tempo e espaço: d)- Quanto ao narrador, ele participa dos fatos como um narrador-personagem, ou apenas informa as ações, como um narrador observador? Justifique a sua resposta.
  • 13. Prof. Rildo Reis Atividade I: 2)- O texto que você acabou de ler foi narrado em primeira pessoa. Reescreva-o em terceira pessoa, fazendo as alterações necessárias. Dê um título à história.
  • 14. DESCRIÇÃO:  É a caracterização de uma pessoa, objeto, ambiente ou paisagem. Representa um retrato verbal, uma imagem do que é descrito. Na descrição de uma pessoa há dois aspectos fundamentais a serem observados:  As características físicas: aparência externa.  As características psicológicas: modo de agir ou ser.
  • 15. Prof. Rildo Reis TEXTO DESCRITIVO: Na maioria das vezes tenho a forma de um tijolo. Claro que não sou tão grande quanto ele. Sou uma casa, com muitos habitantes bastante magros e de cabelos negros. Geralmente sou escura e em uma de minhas paredes possuo um painel colorido, cobrindo-me inteirinha. Em outras duas paredes, possuo algo parecido com lixas, que são verdadeiras armas contra meus habitantes. Se esbarram com força nelas, eles morrem, soltando um cheiro característico. Não custo caro. Aliás, acho quase impossível viver sem minha presença. Sou muito útil em qualquer lugar, em qualquer parte do mundo. Mas ninguém me dá o devido valor: cada habitante meu que morre é simplesmente jogado fora. QUEM SOU? (Texto de aluno)
  • 16. Prof. Rildo Reis Atividade II: Agora é a sua vez! Escolha um objeto e descreva-o. Os textos serão lidos em sala para que cada educando tente identificar o objeto descrito, portanto, não o revele a ninguém. Antes de iniciar a produção textual, siga as orientações seguintes:
  • 17. Prof. Rildo Reis Atividade II: Orientações: 1)- Faça uma lista identificando as características mais interessantes ou importantes do objeto que você escolheu. 2)- Procure associar essas características aos sentidos (cheiro, cor, som, sabor, textura etc.) 3)- Se possível, use comparações; elas são uma boa forma de apontar uma característica de um objeto, sem ter que usar o nome dele. 4)- Lembre-se de que as informações precisam ser indiretas, senão o leitor descobre muito facilmente qual é o objeto. Exemplo: Para descrever um bolo de chocolate, não escreva "Quem me vê logo quer me saborear"; escreva, por exemplo, assim: "Gostam tanto de mim, que vivem querendo me destruir". 5)- Escreva o rascunho do trabalho. 6)- Altere o que achar necessário (corte ou acrescente trechos, mude trechos de lugar), faça uma leitura cuidadosa e passe seu texto a limpo.
  • 18. Prof. Rildo Reis Texto Narrativo X Texto Descritivo  Enquanto o texto narrativo enfatiza as ações, o texto descritivo destaca as características dos objetos ou seres.
  • 19. Prof. Rildo Reis TEXTO DISSERTATIVO:  É a exposição de ideias elaboradas por um argumentador, sobre determinado tema, a fim de convencer um interlocutor.
  • 20. Prof. Rildo Reis Estrutura padrão do texto dissertativo: Introdução: apresenta a tese, isto é, a ideia principal do texto. Desenvolvimento: consiste no detalhamento da tese. Conclusão: retoma os principais pontos vistos e, muitas vezes, apresenta uma solução para o problema debatido.
  • 21. Prof. Rildo Reis A INTRODUÇÃO: A dissertação deriva de uma determinada tese - tomada de posição diante de um tema (ideia-núcleo do texto) - que será desenvolvida nos parágrafos seguintes. Como a tese, em geral, é apresentada logo na introdução e continua a ser trabalhada ao longo do texto, identificá-la ajuda a perceber a coerência do que se está lendo e não perder de vista o fio condutor. Na introdução, o autor do texto dissertativo (argumentador) pode fazer uma pergunta para o leitor, que será respondida no desenvolvimento, ou apresentar um exemplo do assunto a ser analisado.
  • 22. Prof. Rildo Reis O DESENVOLVIMENTO: Nessa parte, os argumentos necessários para defender e justificar a tese proposta na introdução devem ser inseridos com coerência e coesão. Faz-se uma seleção de aspectos ou detalhes particulares que ampliam e explicam a ideia-núcleo do texto, de forma ordenada. Geralmente, utiliza-se um parágrafo para cada argumento. No entanto, essa não é uma regra obrigatória. Podem ser desenvolvidos tantos parágrafos quantos forem necessários para que a tese seja bem apresentada. No desenvolvimento, em geral, comprova-se o que foi abordado na introdução, incluem-se dados, informações e argumentos para expor o ponto de vista e converge-se para a conclusão.
  • 23. Prof. Rildo Reis A CONCLUSÃO: Na conclusão, retoma-se a ideia-núcleo apresentada na introdução e desenvolvida no texto. Recapitulam-se as ideias do desenvolvimento, dando um arremate aos argumentos expostos no decorrer do texto. A conclusão de uma dissertação pode ser uma síntese das ideias presentes no desenvolvimento ou apresentar uma nova solução para o problema proposto, podendo até mesmo surpreender o leitor com algo inusitado.
  • 24. Prof. Rildo Reis Texto dissertativo: A favor dos videogames O cérebro humano é um órgão que absorve quase 25% da glicose que consumimos e 20% do oxigênio que respiramos. Carregar neurônios ou sinapses que interligam os neurônios em demasia é uma desvantagem evolutiva, e não uma vantagem, como se costuma afirmar. Todos nós nascemos com muito mais sinapses do que precisamos. Aqueles que crescem em ambientes seguros e tranquilos vão perdendo essas sinapses, que acabam não se conectando entre si, fenômeno chamado de regressão sináptica. Portanto, toda criança nasce com inteligência, mas aquelas que não usam vão perdendo-a com o tempo. Por isso, menino de rua é mais esperto do que filho de classe média que fica tranquilamente assistindo às aulas de um professor. Estimular o cérebro da criança desde cedo é uma das tarefas mais importantes de toda mãe e todo pai modernos.
  • 25. Prof. Rildo Reis Texto dissertativo: Sempre fui a favor de videogames, considerados uma praga pela maioria dos educadores e pedagogos. Só que bons vidogames impedem a regressão sináptica, porque enganam o cérebro fazendo-o achar que seus filhos nasceram num ambiente hostil e perigoso, sinal de que vão precisar de todas as sinapses disponíveis. O truque é encontrar bons jogos, mas não é tarefa impossível. [...] Como em tudo na vida, é necessário ter moderação nas horas devotadas ao videogame. Mas ele é uma ótima forma de estimular o cérebro da criança e impedir sua regressão sináptica, além de ensinar planejamento, paciência, disciplina e raciocínio [...]. STEPHEN KANITZ. Veja, São Paulo, 12 out. 2005. (Fragmento)
  • 26. Prof. Rildo Reis Atividade III:  Elabore um período que sintetize a ideia central desenvolvida em cada parágrafo do texto que você acabou de ler.
  • 27. Prof. Rildo Reis Dicas para produção de texto dissertativo: 1)- Trace um roteiro (planejamento do que será escrito) com algumas ideias a serem apresentadas em um sequência organizada. 2)- Relacione palavras e frases importantes, concernentes ao tema da dissertação, que vão se transformar em parágrafos no desenvolvimento do texto.
  • 28. Prof. Rildo Reis Dicas para produção de texto dissertativo: 3)- Defina a tese e fundamente-a com argumentos que a sustentarão. 4)- Apresente pontos de vista e opiniões diversas que se contrapõem para, depois, enfatizar seu ponto de vista ou posicionamento crítico.
  • 29. Prof. Rildo Reis Dicas para produção de texto dissertativo: 5)- Verifique se o texto tem as partes principais: introdução, desenvolvimento e conclusão. 6)- Conclua retomando o que foi falado no início. 7)- Insira um título sugestivo, se necessário.
  • 30. Prof. Rildo Reis Referências bibliográficas:  DIONISIO, Angela Paiva; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais & ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.  FERREIRA, Mauro. Entre palavras. 2ªed. – São Paulo: FTD, 2006.  SARGENTIM, Hermínio. Curso básico de redação. São Paulo, 2001.