1. Guia e Texto da Sessão
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de
operacionalização (Parte II)
Nas primeiras sessões de formação tivemos já oportunidade de reconhecer a importância da
auto-avaliação da BE e da utilização do MAABE como ferramenta para essa auto-avaliação.
Esta importância deriva de um conjunto de factores que podemos rever e sistematizar de
alguma forma, do modo seguinte:
Em primeiro lugar, a auto-avaliação da BE é importante porque se constitui como
instrumento de auto-regulação e de melhoria contínua:
aferindo se as metas e objectivos das BE estão a ser alcançados
identificando pontos fortes e pontos fracos a melhorar
usando estrategicamente os resultados da avaliação no planeamento futuro
(redefinição de prioridades, metas, objectivos, estratégias, etc.)
melhorando progressivamente o nível de desempenho das BE
facilitando o benchmarking e apoiando a definição de políticas dirigidas às BE
Em segundo lugar, a auto-avaliação da BE é importante porque se constitui como um
poderoso factor de mudança:
de reforço do papel pedagógico das BE e dos seus potenciais impactos na
aprendizagem, formação e sucesso dos alunos
de indução de uma prática baseada em evidências, capazes de sustentar e
fundamentar a acção e tomada de decisão
de estímulo a uma prática reflexiva de investigação-acção
de sentido qualitativo
de carácter sistemático e continuado, consolidando uma cultura de avaliação
Em terceiro lugar, a auto-avaliação é importante porque se constitui como uma
oportunidade única:
de afirmação e reconhecimento do valor das BE, face aos desafios que hoje se lhes
colocam
de visibilidade e integração das BE na Escola e na Comunidade
de objectivação e validação interna e externa do trabalho que vai sendo realizado
pelas BE
de envolvimento e responsabilização dos diferentes actores
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2. Na sessão anterior iniciámos o trabalho de operacionalização do MAABE. Para o efeito,
começámos por nos debruçar sobre a planificação em cada BE, do processo de auto-
avaliação, usando como referência um plano geral de implementação de que faziam parte as
seguintes etapas:
Diagnóstico
Escolha do Domínio a avaliar
Levantamento dos intervenientes a envolver
Apresentação no CP
Identificação e preparação dos instrumentos de recolha de evidências
Recolha, análise e interpretação da informação
Identificação dos pontos fortes e fracos
Atribuição de níveis de desempenho
Plano de melhoria
Elaboração e apresentação do relatório de auto-avaliação
Integração no relatório de avaliação interna da escola e nos tópicos de apresentação
à IGE, responsável pela avaliação externa.
A análise deste plano de avaliação torna fácil reconhecer que boa parte da sua execução se
relaciona, em grande medida, com a necessidade dos responsáveis pela condução do
processo de auto-avaliação das BE, se munirem de um conjunto de evidências que lhes
permitam vir a conhecer, de forma fundamentada, o nível de desempenho e impacto da
Biblioteca Escolar em relação com diferentes indicadores de qualidade _ variáveis consoante
o Domínio em apreciação _ e agir no sentido da sua progressiva melhoria.
Uma das actividades mais importantes da aplicação do MAABE consiste, deste modo, em
saber identificar os instrumentos de recolha de evidências adequados e extrair desses
instrumentos a informação (evidências) que melhor esclarece o trabalho e os resultados
alcançados pela Biblioteca em relação com este ou aquele indicador ou conjunto de
indicadores.
Na presente sessão ocupar-nos-emos deste aspecto, usando mais uma vez como base
principal de trabalho, o próprio MAABE.
Para tal, começamos por reforçar que entre as diferentes fontes de evidências
recomendadas e passíveis de serem utilizadas, se destacam, pela sua importância, as fontes
documentais resultantes da actividade da própria Escola/Agrupamento e respectiva/s BE:
Documentos de gestão da Escola/ Agrupamento
Projecto Educativo, Projecto Curricular, Plano de Acção, Regulamento Interno, Plano
Anual de Actividades, Relatórios de avaliação, Currículos profissionais da equipa da BE,
Outros.
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3. Documentos pedagógicos da Escola/Agrupamento
Planificações dos Departamentos, ACND, AEC, SAE, PTE-TIC, OTE, Projectos curriculares
das turmas, Orientações/recomendações do CP, Trabalhos de alunos, Resultados de
avaliação dos alunos, Outros.
Documentos de Gestão da BE
Plano de Acção, Plano Anual de Actividades, Acordos de parceria, Política de
Desenvolvimento da Colecção, Manual de Procedimentos, Regimento, Horário,
Relatórios, Plantas, Inventários, Outros.
Documentos de funcionamento e dinamização da BE
Actas/ Registos de reuniões/contactos, Registos de projectos/actividades realizados,
Estatísticas da BE, Materiais de apoio produzidos e editados, Catálogo e outras
ferramentas utilizadas, Resultados de avaliação da colecção, Outros.
O enorme valor informativo e testemunhal destas fontes faz com que seja fundamental tê-
las em conta, não esquecendo, contudo, que para além destas fontes documentais de
carácter textual ou quantitativo, dispomos também de uma valiosa bateria de instrumentos
de recolha de dados, propositadamente construídos para a avaliação das BE no contexto do
MAABE:
Questionários a alunos, professores e encarregados de educação
Grelhas de observação de competências
Grelhas de análise de trabalhos escolares
Listas de verificação
Dada a natural heterogeneidade dos documentos a que diz respeito a primeira categoria de
fontes referidas e a necessidade da sua exploração em contexto, deter-nos-emos na
presente sessão, sobretudo, nos instrumentos produzidos e disponibilizados no âmbito do
MAABE, a que acabámos de fazer referência.
Na impossibilidade de desenvolver um exercício prático em todos os domínios que
compõem o Modelo, utilizaremos ainda, apenas a título de exemplo, o Sub-Domínio A2.
Actividade nº 1
Localizar nos instrumentos propostos pelo MAABE para o Sub-Domínio A2, questões ou
itens que vão ao encontro dos factores críticos definidos para cada um dos seus
Indicadores.
Para a execução deste exercício, utilize a Tabela seguinte, preenchendo a última coluna
(Nota: algumas células podem ficar vazias por o seu preenchimento exigir outro tipo de instrumentos).
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4. Instrumentos
propostos pelo Questões ou Itens dos Instrumentos propostos que ajudam a BE a
Indicadores Factores críticos de sucesso
MAABE para cada obter evidências e situar-se face aos factores críticos
Indicador
O plano de trabalho da BE inclui actividades de Ex: QA1: Questão 7 – Já participaste em actividades para aprender a
formação de utilizadores com turmas/ grupos/ usar a BE…?
alunos e com docentes no sentido de promover o (QA1) Questão 7.1 Se respondeste Sim, achas que depois dessas actividades te sentes
valor da BE, motivar para a sua utilização, esclarecer Questionário aos mais à vontade na pesquisa no catálogo, na localização dos livros, na utilização dos
sobre as formas como está organizada e ensinar a alunos (QA1). computadores?
utilizar os diferentes serviços. Questão 8. Sentes-te apoiado pela Equipa da BE quando utilizas a BE individualmente
A.2.1 Organização de Questionário aos ou com a turma e o docente?
actividades de formação de docentes (QD1).
Alunos e docentes desenvolvem competências para (QA1) Questão 10. O trabalho na BE ou tendo por base os seus recursos, contribui para
utilizadores. o uso da BE revelando um maior nível de autonomia Observação de que te vás sentindo mais seguro e confiante nas tarefas da pesquisa, consulta e
utilização da BE produção de informação que tens de realizar?
na sua utilização após as sessões de formação de
utilizadores. (O2). (O2) Questões 1 a 5
A BE produz materiais informativos e/ ou lúdicos de (QA1) Questão 5. Quando vais à BE para realizar trabalhos para as disciplinas, tens as indicações
necessárias sobre a tarefa que vais fazer e as sugestões dos documentos que deves utilizar?
apoio à formação dos utilizadores. (QD1).Questão 8. Quando utilizam a BE ou os seus recursos, os seus alunos estão munidos das
indicações sobre a tarefa a executar e de sugestões de bibliografia a consultar?
8.1 Como apoio para os trabalhos de pesquisa dos alunos costuma utilizar:
A BE procede, em ligação com as estruturas de Questão 5. Classifique os recursos da BE para apoio à sua prática lectiva:
coordenação educativa e de supervisão pedagógica, ao
levantamento nos currículos das competências de
informação inerentes a cada área disciplinar/área de
conteúdo com vista à definição de um currículo de
competências transversais adequado a cada nível/ano de
A.2.2 Promoção do ensino
escolaridade. Questionário aos
em contexto de docentes (QD1)
A BE promove, com as estruturas de coordenação
competências de informação.
educativa e supervisão pedagógica e os docentes, a
integração de um plano para a literacia da informação no
projecto educativo e curricular e nos projectos curriculares
dos grupos/turmas.
A BE propõe um modelo de pesquisa de informação
a ser usado por toda a escola.
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5. Instrumentos
propostos pelo Questões ou Itens dos Instrumentos propostos que ajudam a BE a
Indicadores Factores críticos de sucesso
MAABE para cada obter evidências e situar-se face aos factores críticos
Indicador
A BE estimula a inserção nas unidades curriculares, Questão 6. Costuma proceder à integração de competências de informação na
planificação e tratamento das diferentes unidades de ensino?
ACND e outras actividades, do ensino e treino
contextualizado de competências de informação.
A BE produz e divulga, em colaboração com os Questão 8. Quando utilizam a BE ou os seus recursos, os seus alunos estão munidos das
A.2.2 Promoção do ensino indicações sobre a tarefa a executar e de sugestões de bibliografia a consultar?
docentes, guiões de pesquisa e outros materiais de
em contexto de apoio ao trabalho de exploração dos recursos de Questionário aos
8.1 Como apoio para os trabalhos de pesquisa dos alunos costuma utilizar:
competências de informação informação pelos alunos. docentes (QD1)
(cont.)
A equipa da BE participa, em cooperação com os Questão 3. Nas suas funções docentes, costuma articular e/ou planear actividades com
docentes, nas actividades de educação/ensino de o professor bibliotecário ou com a equipa da BE?
Questão 10. Já colaborou com a BE na realização de actividades na BE ou em sala de
competências de informação com turmas/ grupos/
aula com alguma turma/grupo?
alunos.
Questão 17. Já colaborou com a BE na realização de actividades na BE ou em sala de
aula com alguma turma/grupo?
Os projectos escolares de iniciativa da BE, ou
apoiados por ela, incluem actividades de consulta e
produção de informação e de intercâmbio e
comunicação através das TIC: actividades de
pesquisa, utilização de serviços Web, recurso a
A.2.3 Promoção do ensino utilitários, software educativo e outros objectos
em contexto de multimédia, manipulação de ferramentas de Questionário aos
competências tecnológicas e tratamento de dados e de imagem, de apresentação, alunos (QA1).
digitais. outros.
A BE organiza e participa em actividades de
formação para docentes e alunos no domínio da
literacia tecnológica e digital.
A equipa da BE apoia os utilizadores na selecção e
utilização de recursos electrónicos e media, de
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6. acordo com as suas necessidades.
Instrumentos
propostos pelo Questões ou Itens dos Instrumentos propostos que ajudam a BE a
Indicadores Factores críticos de sucesso
MAABE para cada obter evidências e situar-se face aos factores críticos
Indicador
A BE colabora na concepção e dinamização de
A.2.3 Promoção do ensino actividades de educação para e com os media.
em contexto de A BE produz, em colaboração com os docentes, Questão 5. Quando vais à BE para realizar trabalhos para as disciplinas, tens as
Questionário aos indicações necessárias sobre a tarefa que vais fazer e as sugestões dos documentos que
competências tecnológicas e materiais informativos e de apoio à adequada
alunos (QA1). deves utilizar?
utilização da Internet: guiões de pesquisa, grelhas de
digitais (cont.). Questão 6. Quando tens um trabalho de pesquisa para fazer, como costumas procurar a
avaliação de sítios, listas de apontadores, guias de
informação de que precisas? Indica as duas situações mais frequentes.
procedimentos, outros.
Os alunos utilizam, de acordo com o seu nível/ano de (QA1) Questão 15. Como classifica, em geral, as competências para o uso autónomo
escolaridade, linguagens, suportes, modalidades de da BE ou dos seus recursos, por parte dos seus alunos? 15.2 e 15.3
recepção e de produção de informação e formas de
comunicação variados, entre os quais se destaca o
uso de ferramentas e media digitais. Observação de
utilização da BE
Os alunos incorporam no seu trabalho, de acordo com o (GO2) Questão 7. Utiliza os dados informativos de um texto ou obra para a
nível/ano de escolaridade que frequentam, as diferentes
(GO2). escolher/rejeitar de acordo com o seu conteúdo e utilidade, através da análise
fases do processo de pesquisa e tratamento de Trabalhos dos títulos e subtítulos, índices, resumos, outros
informação: identificam fontes de informação e escolares dos
seleccionam informação, recorrendo quer a obras de alunos (T1).
referência e materiais impressos, quer a motores de
pesquisa, directórios, bibliotecas digitais ou outras fontes Questionário aos
de informação electrónicas, organizam, sintetizam e docentes (QD1).
comunicam a informação tratada e avaliam os resultados Questionário aos
do trabalho realizado.
alunos da (QA1).
Os alunos demonstram, de acordo c/ o seu nível/ano (GO2) Questão 1. Define a questão ou problema a tratar, através de diálogo,
de escolaridade, compreensão sobre os problemas identificação de palavras-chave, levantamento do que já conhece sobre o
éticos, legais e de responsabilidade social associados tópico, colocação de questões, outros.
ao acesso, avaliação e uso da informação e das TIC.
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7. Instrumentos
propostos pelo Questões ou Itens dos Instrumentos propostos que ajudam a BE a
Indicadores Factores críticos de sucesso
MAABE para cada obter evidências e situar-se face aos factores críticos
Indicador
A.2.4 Impacto da BE nas Os alunos revelam, em cada ano e ao longo de cada Observação de (GO2) Questão 11. Mostra iniciativa, reformulando e expandindo as suas
competências tecnológicas, nível/ano de escolaridade, progressos no uso de utilização da BE próprias estratégias de pesquisa e processamento da informação,
competências tecnológicas, digitais e de informação (GO2). nomeadamente procurando outros recursos disponíveis.
digitais e de informação dos
nas diferentes disciplinas e áreas curriculares/áreas Trabalhos
alunos (cont.)
de conteúdo. escolares dos
alunos (T1).
Questionário aos
docentes (QD1).
Questionário aos
alunos da (QA1).
Os alunos aplicam modalidades de trabalho (GO1) Questão 4. Selecciona as estratégias de trabalho mais adequadas à
diversificadas – individual, a pares ou em grupo – e tarefa a realizar.
realizam tarefas diferenciadas, de acordo com a Questão 7. Partilha ideias e conhecimentos com os outros colegas.
estruturação espacial e funcional da BE.
Observação de
A.2.5 Impacto da BE no Os alunos estabelecem entre si um ambiente de (GO1) Questão 6. Trabalha de forma adequada em grupo, ajuda os colegas.
utilização da BE
desenvolvimento de valores confiança e de respeito mútuo, cumprindo normas (GO1).
e atitudes indispensáveis à de actuação, de convivência e de trabalho, inerentes
Questionário aos
formação da cidadania e à ao sistema de organização e funcionamento da BE.
docentes (QD1).
aprendizagem ao longo da Os alunos revelam valores de cooperação, (QD1) Questão 18. Em que medida considera que a BE influencia, nos
autonomia e responsabilidade, conformes a uma Questionário aos seus alunos, o desenvolvimento de valores e atitudes de convivência,
vida.
aprendizagem autónoma, activa e colaborativa. alunos (QA1). iniciativa, cooperação e autonomia?
Os alunos demonstram atitudes de curiosidade,
iniciativa, criatividade e reflexão crítica, necessárias a
uma aprendizagem baseada em recursos.
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8. Como acabámos de ver com o exemplo do exercício anterior, a informação que
podermos obter com cada instrumento (independentemente da sua natureza) tem de
relacionar-se com os factores críticos, pois é desse cruzamento que resulta a
possibilidade de verificarmos que práticas e resultados estão ou não a ser alcançados e
qual o seu nível.
O Relatório de Auto-Avaliação é o documento onde, após a recolha de todos os dados,
se registam as Evidências derivadas deste processo de análise e interpretação da
informação recolhida.
Estas evidências devem ir além da apresentação de dados em bruto, facilmente
consultáveis nos Anexos da aplicação informática para o tratamento de dados
disponibilizada desde o ano transacto a todas as escolas pelo Programa RBE,
pretendendo-se que se traduzam em enunciados de carácter avaliativo, exigentes de
apreciações e juízos de valor sobre os factos apontados.
Como se esclarece no Capítulo de orientações para aplicação que integra o documento
do MAABE:
A análise dos dados obtidos deve conduzir à elaboração de avaliações sobre a BE e os
seus serviços em termos de: eficácia, valor, utilidade, impacto, etc. Neste aspecto, é
importante distinguir entre elaborar uma descrição e realizar uma avaliação. A
avaliação implica uma apreciação baseada na análise de informação relevante e de
evidências. Frequentemente inclui a explicação das consequências ou implicações
[negativas ou positivas] de uma determinada acção ou processo.
Vejamos um Exemplo:
Enunciado descritivo: “A BE procedeu à actualização da colecção”.
(Comentário: este enunciado não julga a utilização e a utilidade dos procedimentos,
apenas constata um facto.)
Enunciado avaliativo – “Como atestam os dados obtidos a partir da análise dos Docs. X
e Y, do Questionário W e da Checklist Z (cf. Anexo…) , a actualização regular e
consistente da colecção pela BE teve um impacto muito positivo sobre o grau de
satisfação dos utilizadores e o uso dos recursos”.
(Comentário: este enunciado fundamenta-se nos dados para caracterizar o processo -
“regular” e “consistente” – e referir as consequências dos procedimentos assumidos.)
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9. Actividade nº 2
A partir da análise dos instrumentos que já realizou e da compreensão do tipo de
informações passíveis de ser obtidas através da sua aplicação, seleccione um
Indicador do Sub-domínio A2 à sua escolha, e escreva livremente três enunciados
avaliativos que hipoteticamente pudesse formular na Coluna das Evidências do
respectivo Relatório de Avaliação, a partir de dados supostamente recolhidos com
aqueles instrumentos.
A2.1
1) Foi elaborado um Guião de Utilizador, aprovado em Pedagógico, para Apoio à
Pesquisa dos alunos, direccionado aos alunos do 4º ano de escolaridade.
2) Foram realizadas 6 sessões de formação de utilizadores para as turmas de 4º ano
das escolas do agrupamento com B.E.
3) 72% dos alunos responderam afirmativamente à questão 7 do questionário QA1
(Já participaste em actividades para aprender a usar a BE: localização dos livros,
fazer pesquisas, outros?); 70% dos alunos responderam Muito à questão 7. 1 do
questionário QA1 (Se respondeste Sim , achas que depois dessas actividades te sentes
mais à vontade na pesquisa no catálogo , na localização dos livros , na utilização dos
computadores?)(dados fictícios)
Só mediante esta perspectiva avaliativa, resultante da análise e interpretação dos
dados, será possível:
Estabelecer os pontos fortes e os pontos fracos da BE no Domínio avaliado.
Olhar para os Perfis de Desempenho de cada Domínio/Sub-Domínio, e situar a BE
sem equívocos nem ambiguidades num dos seus níveis (1, 2 , 3 ou 4).
Estabelecer propostas de melhoria, a integrar o Plano de Actividades do ano
seguinte.
Um dos problemas recorrentes nesta apresentação de propostas de melhoria, é que
são muitas vezes formuladas de forma muito vaga e geral, sem que se especifique ou
concretize o que deve ser feito, de modo a que possam ser entendidas como
verdadeiras acções de melhoria, realistas, tangíveis e exequíveis, apontando
prioridades, etapas, destinatários ou estratégias.
Vejamos um Exemplo:
Acção de melhoria geral: “Investir na produção de materiais de apoio”
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10. (Comentário: Investir é em si mesmo um verbo de carácter muito geral, além de nada
ser dito sobre a quantidade ou tipo de materiais a produzir”
Acção de melhoria concretizada: “ Reforçar a participação e apoio da BE nas
actividades de substituição, através da produção, ao longo do próximo ano lectivo, em
articulação com o Departamento de Língua Portuguesa, de guiões de actividades
destinados aos alunos do 2º e 3º Ciclos do EB”
(Comentário: Embora apresentada de forma sintética, aponta objectivos, estratégia,
tempo, responsáveis e destinatários)
A título de exemplo, também o MAABE identificou em todas as tabelas, algumas ideias
de possíveis acções de melhoria, não tendo sido, no entanto, sua preocupação,
detalhá-las, dada a natureza orientadora e abrangente do próprio documento.
Actividade nº 3
Imagine que uma destas ideias do Sub-domínio A2, sobre o qual temos vindo a
concentrar o nosso olhar, a título exemplificativo, se enquadra naquilo que deve ser
a aposta futura de melhoria da sua biblioteca num determinado tópico.
Identifique-a e procure operacionalizá-la de um modo mais efectivo, de modo a que
se possa constituir como uma verdadeira proposta de melhoria.
Lembramos, contudo, que, integrando o relatório de auto-avaliação, esta enunciação
de propostas deve ser feita de forma sintética, de modo a não sobrecarregar o
Relatório. Tente, por isso, ser o mais objectivo possível.
Elaboração de um Guião de Orientação de como realizar um trabalho escrito, a ser
aprovado em Conselho Pedagógico, a ser aplicado por toda a escola. Estes
documentos serão operacionalizados em sessões com 6 turmas em que o Guião irá
ser aplicado, observando a aplicação das orientações dadas; avaliação dos trabalhos
realizados pelos alunos e resposta a inquéritos por parte dos alunos para que
realizem uma auto-avaliação das sessões.
ATENÇÃO
1. Para realizar e entregar as actividades desta Sessão, use este mesmo ficheiro e,
depois de nele feitas as actividades, envie-o na forma de entrega de trabalho para a
plataforma.
2. À semelhança do que se propôs na sessão anterior, de modo a salvaguardar a
possibilidade de contacto e interacção entre os formandos, sempre desejável, a
respeito dos conteúdos desta sessão, decorre em simultâneo um Fórum de discussão
10
11. no qual se espera que cada formando apresente em um ou dois posts, uma ou duas
sugestões de melhoria decorrentes da sua experiência de trabalho passada ou mais
recente na BE, e interaja com um ou dois colegas formandos, comentando as
sugestões que por ele/s tiverem sido apresentadas.
Desejamos a todos bom trabalho.
As Formadoras
A Formanda:
Ana Paula Sanches
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