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Figueiredo, A. D. (2003). O Projecto Administração Pública Electrónica:
                                              uma Visão Crítica, Apresentação no Encontro de Responsáveis de
                                                Sistemas de Informação e Informática da Administração Pública,
                                                                                    Vimeiro, 14 de Março de 2003



     ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA
                      DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

                INSTITUTO DE INFORMÁTICA DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS


          O PROJECTO ADMINISTRAÇÃO
             PÚBLICA ELECTRÓNICA:
               UMA VISÃO CRÍTICA
          António Dias de Figueiredo               enquadrando um conjunto de reflexões
               (orador convidado)                         conduzidas maioritariamente por
                                                           Artur Ferreira da Silva
      Departamento de Engenharia Informática
               Universidade de Coimbra                        Instituto Superior Técnico


Hotel Golfe Mar – Vimeiro                                                             14 de Março de 2003
O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA




                                                                                  1. O problema
                                                                              2. Linhas de força
                                                      3. Experiências de referência
                                                                    4. Conclusões

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O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA




                                                                                  1. O problema
                                                                              2. Linhas de força
                                                      3. Experiências de referência
                                                                    4. Conclusões

ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP                      14 de Março de 2003
António Dias de Figueiredo                O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 3
1. O problema
          © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                     Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.




       Na realidade empresarial, existe um corpo relativamente consensual
         de conhecimento quanto às “boas práticas” para reorganizar os
           processos socio-organizacionais das empresas com recurso
                    aos sistemas e tecnologias da informação.


         Na Administração Pública, pelo contrário, embora se tenham
        vindo a fazer grandes investimentos em sistemas e tecnologias
da informação, esses investimentos não têm induzido reformas profundas dos
          processos socio-organizacionais da Administração Pública.



 ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP                      14 de Março de 2003
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1. O problema
           © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                      Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


                         Afigura-se que uma boa parte da reconceptualização
                             necessária passa pelo entendimento de que:

     1.      Os processos organizacionais da Administração Pública cruzam
             horizontalmente vários organismos distintos, só podendo ser profundamente
             transformados adoptando uma perspectiva que não se restrinja ao âmbito de
             cada organismo (Ministério, Direcção-Geral, organismo da Administração
             Pública Local).

     2.      Quer as arquitecturas de processos e informações, quer os projectos de
             informatização, têm maior potencial transformador quando têm uma idêntica
             perspectiva trans-departamental.


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1. O problema
           © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                      Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


                         Afigura-se que uma boa parte da reconceptualização
                             necessária passa pelo entendimento de que:

     3.      Os projectos de mudança que têm sucesso parecem combinar estratégias e
             arquitecturas definidas a partir do topo com processos de mudança e
             aprendizagem organizacional conduzidos a partir da base, de forma multi-
             facetada.

     4.      A Internet, nomeadamente através das práticas de eGovernment e de eLearning,
             parece estar a ter, nos últimos anos, em alguns países, um papel potenciador de
             transformações trans-departamentais nas Administrações Públicas.



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1. O problema
           © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                      Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.

                    Surge assim um conjunto de questões a requerer resposta:


     1.      Que diferenças existem na conceptualização e na prática de mudança nos
             processo organizacionais potenciados por SI/TI entre as empresas e a
             Administração Pública.

     2.      Que características específicas tem a Administração Pública Portuguesa e, em
             particular, como é possível reformar essa Administração Pública?

     3.      Como é possível desenvolver Arquitecturas de Processos e Informações que
             cruzem horizontalmente a Administração Pública?




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1. O problema
           © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                      Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.



     4.      Que papel poderão ter essas Arquitecturas na reforma da Administração
             Pública?

     5.      Como é possível desenvolver sistemas informáticos que cruzem vários serviços
             da Administração Pública e que papel transformador terão esses sistemas
             quando comparados com sistemas desenvolvidos independentemente por cada
             organismo?

     6.      Será possível lançar iniciativas “de base” que façam emergir uma cultura de
             reforma da Administração Pública e que tenham capacidade para possibilitar
             uma aprendizagem organizacional sustentável que façam emergir de forma
             gradual os processos de mudança?


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1. O problema
           © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                      Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.



     7.      Como se poderão usar os modelos teóricos hoje aplicáveis a sistemas socio-
             organizacionais complexos?


     8.      Como se poderá potenciar a utilização da Internet no sentido de facilitar a
             referida reforma, nomeda, mas não exclusivamente, através de mecanismos de
             eGovernment e eLearning?




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O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA




                                                                                  1. O problema
                                                                              2. Linhas de força
                                                       3. Experiências de referência
                                                                     4. Conclusões

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O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA




                                                                                  1. O problema
                                                                              2. Linhas de força
                                                       3. Experiências de referência
                                                                     4. Conclusões

ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP                     14 de Março de 2003
António Dias de Figueiredo               O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 11
2. Linhas de força

             ARQUITECTURA GLOBAL DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO
      © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                 Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


              A Arquitectura Global do Sistema de Informação não é uma
      arquitectura de pormenor, como a que se observa nas plantas de uma casa.

        Assemelha-se mais a um Plano Director Municipal, que define grandes
      zonas e princípios de construção, mas deixa em aberto o desenho concreto
           de cada edifício, bem como os locais onde se vai construir o quê.

           Por outro lado, tal como acontece com as cidades, vilas e aldeias, as
           construções vão-se desenvolvendo espontaneamente, acabando por
             emergir “padrões” que muitas vezes correspondem às melhores
                       soluções para as sociedades que as habitam.

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2. Linhas de força

             ARQUITECTURA GLOBAL DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO
      © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                 Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


           Os modelos inspiradores dessas arquitecturas já não podem ser os
           modelos mecanicistas do passado, que entendiam as organizações
                          e as sociedades como máquinas.

             Existem, hoje, modelos inspirados nos sistemas orgânicos e nos
               sistemas complexos que oferecem metáforas muito valiosas
                        para a concepção das novas Arquitecturas.




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2. Linhas de força

             ARQUITECTURA GLOBAL DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO
 © Paulo Cunha e A. Dias de Figueiredo, Information Systems Design Under a Different Light, Proceedings
 of the Americas Conference on Information Systems – AMCIS 2000, Long Beach, USA, August 2000.

        © Paulo Cunha e A. Dias de Figueiredo, Information Systems Development as Flowing Wholeness,
                     Proceedings IFIP WG8.2 Conference 2001, Boise, Idaho, USA, 2001.



            As Arquitecturas Globais não têm necessariamente de se exprimir,
                 hoje, como arquitecturas de informação e de processos.

              Outras descrições arquitectónicas de mais alto nível, como as
             proporcionadas pelos modelos de responsabilidades, permitem
             articular de forma mais flexível e evolutiva os diversos níveis de
               granularidade, não apenas ao nível dos dados, mas também
                     ao nível das interacções e dos fluxos de trabalho.


ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP                     14 de Março de 2003
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2. Linhas de força
                                                  ESTRATÉGIA
    Tal como para as                  •  ESTRATÉGIAS PRESCRITIVAS ...
                                                           Do mecanicista
Arquitecturas Globais se                 A estratégia como processo de concepção (SWOT).
pretendem modelos não                    A estratégia como processo formal (Ackoff).
 mecanicistas, também                    A estratégia como processo analítico (Porter).
para as estratégias que
                                      •  ESTRATÉGIAS DESCRITIVAS
    sustentam essas
                                          A estratégia como processo visionário (liderança, visão).
    arquitecturas se
                                          A estratégia como processo mental (escolas cognitivas).
procuram modelos mais
                                          A estratégia como processo emergente (aprendizagem).
condicentes com visões
                                          A estratégia como processo de negociação (Pettigrew).
orgânicas e capazes de
                                          A estratégia como processoorgânico
                                                           ... para o cultural (cognição colectiva).
      contemplar a
     complexidade                         A estratégia como processo ambiental (contingência).
      e a mudança .
                                      •  ESTRATÉGIAS COMBINADAS
                                          A estratégia como processo de transformação (Minzberg).

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    António Dias de Figueiredo               O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 15
2. Linhas de força

                                  MUDANÇA ORGANIZACIONAL
      © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                 Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


               Antes prescrita de formas mais ou menos rígidas, a mudança
               organizacional é reconhecida, hoje, como fenómeno a exigir
                  equilíbrios sensatos entre planeamento e emergência.

               Neste contexto, assumem relevância os mecanismos reais ou
            virtuais de partilha de conhecimentos e de experiências, como os
                     organizados em torno de comunidades de prática.




ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP                     14 de Março de 2003
António Dias de Figueiredo               O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 16
O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA




                                                                                  1. O problema
                                                                              2. Linhas de força
                                                       3. Experiências de referência
                                                                     4. Conclusões

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O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA




                                                                                  1. O problema
                                                                              2. Linhas de força
                                                       3. Experiências de referência
                                                                     4. Conclusões

ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP                     14 de Março de 2003
António Dias de Figueiredo               O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 18
3. Experiências de referência
       © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working
                   Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


                   Até 1998, a atitude da Administração Pública dos EUA era
                relativamente convencional, centrada quase exclusivamente na
                  aquisição e implementação de SI/TI ao nível de cada agência.

                   A partir de 1998, no contexto do “Access America Report”,
                de Al Gore, as políticas de reorganização “intergovernamental”,
                 cruzando várias agências da AP, começaram a desenvolver-se.

              Vários estados e administrações locais começaram a reconhecer a
               necessidade de uma Arquitectura de Informação que cruzasse os
                   vários departamentos e agências existentes a esse nível.



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3. Experiências de referência
       © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working
                   Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


           Ao mesmo tempo, era lançado o programa americano de e-government,
            que, numa fase inicial, se resumia à mera construção de sítios Web,
                             um para cada agência ou serviço.

     Alguns operavam como meras “montras”, outros exibiam já alguma capacidade
      de interacção com o cidadão, mas todos operavam de forma descoordenada
          entre si e com os restantes sistemas de informação da cada agência.

               Mais recentemente, o Office of Information Technology da GSA
           (“General Services Administration”) definiu como sua responsabilidade
                 a criação de infra-estruturas para “affinity groups” e cria a
                           “Community of Federal Webmasters” .


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3. Experiências de referência
       © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working
                   Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


          Em Outubro de 2002 é apresentado o FirstGov, o primeiro “one stop site”
          para a totalidade do governo, organizado por tópicos e não por agências.




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3. Experiências de referência
       © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working
                   Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


                          Em simultâneo, é assumida a convergência entre:
                    •  Reorganizar os processos transdepartamentais da AP e
                           •  Tornar efectiva a política de e-government.


                                              Concluindo-se que:
                       “a cornerstone to success is the development of a
                      Federal Enterprise Architecture that enables agencies
                          to derive maximum benefit from applying IT”.


              O primeiro documento elaborado foi o “Business Reference Model” .



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3. Experiências de referência
       © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working
                   Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


            O “Federal Enterprise Architecture Business Reference Model” (BRM)
               parte de uma concepção “process oriented” e procura identificar
            os processos numa perspectiva “government-wide” e “cross-agency”.


                          Identifica 3 Áreas de Negócio (“Business Areas”):

                            •  Services to Citizens
                            •  Support Delivery of Services
                            •  Internal Operations and Infrastructures

              Estas 3 áreas de negócio decompõem-se em 35 linhas de negócio.



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3. Experiências de referência




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3. Experiências de referência
       © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working
                   Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


             O cruzamento entre as agências e as linhas de negócio e processos
             (uma matriz processos x agências) revela dados muito expressivos:

              •  Em média, em cada processo intervêm 5 agências.
              •  Em média, em cada linha de negócio intervêm 10 agências.
              •  Em média, cada agência intervém em 10 processos e em
                 10 linhas de negócio.




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3. Experiências de referência
       © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working
                   Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.



            Extrapolando para a nossa Administração Pública, compreende-se
            que qualquer sistema informático que seja comprado, desenvolvido
                      ou instalado para servir uma única “agência”
                  (na AP Central, um Ministério ou uma Direcção-Geral)
                        esteja de antemão condenado ao fracasso.

         Grande parte do investimento anual em SI/TI na Administração Pública
        (nos EUA até há pouco tempo, e em Portugal, ainda hoje) corresponde a
    dinheiro deitado à rua, pois que, havendo, em geral, dependência de processos
          entre as diversas agências, acaba por não se obter melhoramentos
           efectivos do funcionamento dos processos organizacionais da AP.


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3. Experiências de referência
       © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working
                   Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.



              O exemplo dos EUA afigura-se sugestivo quanto ao facto de que:



        Um projecto coerente de Administração Pública Electrónica, capaz
          de induzir a indispensável reorganização dos processos, numa
           perspectiva “government-wide” e “cross-agency”, exige uma
          Arquitectura Global para a totalidade da Administração Pública.




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3. Experiências de referência
       © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working
                   Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.



             É interessante observar que a mesma filosofia transdepartamental
                  se aplica ao sítio Web de eLearning do governo dos EUA.

                 Será interessante comparar esta abordagem com a seguida,
                 por exemplo, em Portugal, onde cada “agência” decide como
                  muito bem lhe apetece, e quando lhe apetece, em matéria
                      de plataformas, conteúdos e padrões de referência.




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3. Experiências de referência




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3. Experiências de referência
          © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                     Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


               Para além dos EUA, outros países nos oferecem experiências de
                                  referência inspiradoras.




Existem hoje Arquitecturas Globais
       definidas no Canadá.




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 António Dias de Figueiredo               O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 32
3. Experiências de referência
         © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                    Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.


                                              ... e no Reino Unido.




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3. Experiências de referência
         © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da
                                    Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003.



Convirá notar que os esforços organizadores de constituir uma Arquitectura Global
para o conjunto da Administração Pública não significam que exista uma concepção
                                   “dirigista”.

  De facto, existe em todos eles ampla latitude para a iniciativa dos organismos ou,
    mesmo, dos funcionários da Administração, e mesmo, em alguns casos, dos
   próprios cidadãos, como acontece com algumas experiências de eDemocracy
                        testemunhadas na França e nos EUA.

     No caso europeu justifica-se, mesmo, para algumas dimensões, desenvolver
            sistemas que cruzam vários departamentos de vários países.



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O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA




                                                                                  1. O problema
                                                                              2. Linhas de força
                                                       3. Experiências de referência
                                                                     4. Conclusões

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                                                                                  1. O problema
                                                                              2. Linhas de força
                                                       3. Experiências de referência
                                                                     4. Conclusões

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António Dias de Figueiredo               O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 36
4. Conclusões

                  Abordagens trans-departamentais sustentadas
                                   por Arquitecturas Globais.


                   Modelos de referência orgânicos e capazes de
                      acomodar a complexidade e a emergência.


                        Conciliar as abordagens de topo com as
                     abordagens construídas a partir das bases.



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4. Conclusões

                         Potencialidades da Internet quando se
                         respeitam os três aspectos anteriores.


               Necessidades de estudos aprofundados balizados
                           por um conjunto de questões chave.


                    Existência de experiências estrangeiras que
                              se prestam a estudo sistemático.



ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP                     14 de Março de 2003
António Dias de Figueiredo               O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 38
Figueiredo, A. D. (2003). O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões:
                                              uma Visão Crítica, Apresentação no Encontro de Responsáveis de




      FIM
                                                Sistemas de Informação e Informática da Administração Pública,
                                                                                    Vimeiro, 14 de Março de 2003



     ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA
                      DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

                INSTITUTO DE INFORMÁTICA DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS


                   O PROJECTO APe
            E AS SUAS DIVERSAS DIMENSÕES
                  UMA VISÃO CRÍTICA
          António Dias de Figueiredo               enquadrando um conjunto de reflexões
               (orador convidado)                        conduzidas maioritariamente por
                                                          Artur Ferreira da Silva
      Departamento de Engenharia Informática
               Universidade de Coimbra                       Instituto Superior Técnico


Hotel Golfe Mar – Vimeiro                                                            14 de Março de 2003

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Projecto Administração Pública Electrónica: Visão Crítica

  • 1. Figueiredo, A. D. (2003). O Projecto Administração Pública Electrónica: uma Visão Crítica, Apresentação no Encontro de Responsáveis de Sistemas de Informação e Informática da Administração Pública, Vimeiro, 14 de Março de 2003 ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INSTITUTO DE INFORMÁTICA DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS O PROJECTO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ELECTRÓNICA: UMA VISÃO CRÍTICA António Dias de Figueiredo enquadrando um conjunto de reflexões (orador convidado) conduzidas maioritariamente por Artur Ferreira da Silva Departamento de Engenharia Informática Universidade de Coimbra Instituto Superior Técnico Hotel Golfe Mar – Vimeiro 14 de Março de 2003
  • 2. O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA 1. O problema 2. Linhas de força 3. Experiências de referência 4. Conclusões ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 2
  • 3. O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA 1. O problema 2. Linhas de força 3. Experiências de referência 4. Conclusões ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 3
  • 4. 1. O problema © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Na realidade empresarial, existe um corpo relativamente consensual de conhecimento quanto às “boas práticas” para reorganizar os processos socio-organizacionais das empresas com recurso aos sistemas e tecnologias da informação. Na Administração Pública, pelo contrário, embora se tenham vindo a fazer grandes investimentos em sistemas e tecnologias da informação, esses investimentos não têm induzido reformas profundas dos processos socio-organizacionais da Administração Pública. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 4
  • 5. 1. O problema © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Afigura-se que uma boa parte da reconceptualização necessária passa pelo entendimento de que: 1.  Os processos organizacionais da Administração Pública cruzam horizontalmente vários organismos distintos, só podendo ser profundamente transformados adoptando uma perspectiva que não se restrinja ao âmbito de cada organismo (Ministério, Direcção-Geral, organismo da Administração Pública Local). 2.  Quer as arquitecturas de processos e informações, quer os projectos de informatização, têm maior potencial transformador quando têm uma idêntica perspectiva trans-departamental. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 5
  • 6. 1. O problema © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Afigura-se que uma boa parte da reconceptualização necessária passa pelo entendimento de que: 3.  Os projectos de mudança que têm sucesso parecem combinar estratégias e arquitecturas definidas a partir do topo com processos de mudança e aprendizagem organizacional conduzidos a partir da base, de forma multi- facetada. 4.  A Internet, nomeadamente através das práticas de eGovernment e de eLearning, parece estar a ter, nos últimos anos, em alguns países, um papel potenciador de transformações trans-departamentais nas Administrações Públicas. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 6
  • 7. 1. O problema © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Surge assim um conjunto de questões a requerer resposta: 1.  Que diferenças existem na conceptualização e na prática de mudança nos processo organizacionais potenciados por SI/TI entre as empresas e a Administração Pública. 2.  Que características específicas tem a Administração Pública Portuguesa e, em particular, como é possível reformar essa Administração Pública? 3.  Como é possível desenvolver Arquitecturas de Processos e Informações que cruzem horizontalmente a Administração Pública? ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 7
  • 8. 1. O problema © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. 4.  Que papel poderão ter essas Arquitecturas na reforma da Administração Pública? 5.  Como é possível desenvolver sistemas informáticos que cruzem vários serviços da Administração Pública e que papel transformador terão esses sistemas quando comparados com sistemas desenvolvidos independentemente por cada organismo? 6.  Será possível lançar iniciativas “de base” que façam emergir uma cultura de reforma da Administração Pública e que tenham capacidade para possibilitar uma aprendizagem organizacional sustentável que façam emergir de forma gradual os processos de mudança? ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 8
  • 9. 1. O problema © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. 7.  Como se poderão usar os modelos teóricos hoje aplicáveis a sistemas socio- organizacionais complexos? 8.  Como se poderá potenciar a utilização da Internet no sentido de facilitar a referida reforma, nomeda, mas não exclusivamente, através de mecanismos de eGovernment e eLearning? ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 9
  • 10. O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA 1. O problema 2. Linhas de força 3. Experiências de referência 4. Conclusões ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 10
  • 11. O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA 1. O problema 2. Linhas de força 3. Experiências de referência 4. Conclusões ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 11
  • 12. 2. Linhas de força ARQUITECTURA GLOBAL DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. A Arquitectura Global do Sistema de Informação não é uma arquitectura de pormenor, como a que se observa nas plantas de uma casa. Assemelha-se mais a um Plano Director Municipal, que define grandes zonas e princípios de construção, mas deixa em aberto o desenho concreto de cada edifício, bem como os locais onde se vai construir o quê. Por outro lado, tal como acontece com as cidades, vilas e aldeias, as construções vão-se desenvolvendo espontaneamente, acabando por emergir “padrões” que muitas vezes correspondem às melhores soluções para as sociedades que as habitam. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 12
  • 13. 2. Linhas de força ARQUITECTURA GLOBAL DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Os modelos inspiradores dessas arquitecturas já não podem ser os modelos mecanicistas do passado, que entendiam as organizações e as sociedades como máquinas. Existem, hoje, modelos inspirados nos sistemas orgânicos e nos sistemas complexos que oferecem metáforas muito valiosas para a concepção das novas Arquitecturas. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 13
  • 14. 2. Linhas de força ARQUITECTURA GLOBAL DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO © Paulo Cunha e A. Dias de Figueiredo, Information Systems Design Under a Different Light, Proceedings of the Americas Conference on Information Systems – AMCIS 2000, Long Beach, USA, August 2000. © Paulo Cunha e A. Dias de Figueiredo, Information Systems Development as Flowing Wholeness, Proceedings IFIP WG8.2 Conference 2001, Boise, Idaho, USA, 2001. As Arquitecturas Globais não têm necessariamente de se exprimir, hoje, como arquitecturas de informação e de processos. Outras descrições arquitectónicas de mais alto nível, como as proporcionadas pelos modelos de responsabilidades, permitem articular de forma mais flexível e evolutiva os diversos níveis de granularidade, não apenas ao nível dos dados, mas também ao nível das interacções e dos fluxos de trabalho. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 14
  • 15. 2. Linhas de força ESTRATÉGIA Tal como para as •  ESTRATÉGIAS PRESCRITIVAS ... Do mecanicista Arquitecturas Globais se A estratégia como processo de concepção (SWOT). pretendem modelos não A estratégia como processo formal (Ackoff). mecanicistas, também A estratégia como processo analítico (Porter). para as estratégias que •  ESTRATÉGIAS DESCRITIVAS sustentam essas A estratégia como processo visionário (liderança, visão). arquitecturas se A estratégia como processo mental (escolas cognitivas). procuram modelos mais A estratégia como processo emergente (aprendizagem). condicentes com visões A estratégia como processo de negociação (Pettigrew). orgânicas e capazes de A estratégia como processoorgânico ... para o cultural (cognição colectiva). contemplar a complexidade A estratégia como processo ambiental (contingência). e a mudança . •  ESTRATÉGIAS COMBINADAS A estratégia como processo de transformação (Minzberg). ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 15
  • 16. 2. Linhas de força MUDANÇA ORGANIZACIONAL © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Antes prescrita de formas mais ou menos rígidas, a mudança organizacional é reconhecida, hoje, como fenómeno a exigir equilíbrios sensatos entre planeamento e emergência. Neste contexto, assumem relevância os mecanismos reais ou virtuais de partilha de conhecimentos e de experiências, como os organizados em torno de comunidades de prática. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 16
  • 17. O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA 1. O problema 2. Linhas de força 3. Experiências de referência 4. Conclusões ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 17
  • 18. O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA 1. O problema 2. Linhas de força 3. Experiências de referência 4. Conclusões ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 18
  • 19. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Até 1998, a atitude da Administração Pública dos EUA era relativamente convencional, centrada quase exclusivamente na aquisição e implementação de SI/TI ao nível de cada agência. A partir de 1998, no contexto do “Access America Report”, de Al Gore, as políticas de reorganização “intergovernamental”, cruzando várias agências da AP, começaram a desenvolver-se. Vários estados e administrações locais começaram a reconhecer a necessidade de uma Arquitectura de Informação que cruzasse os vários departamentos e agências existentes a esse nível. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 19
  • 20. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Ao mesmo tempo, era lançado o programa americano de e-government, que, numa fase inicial, se resumia à mera construção de sítios Web, um para cada agência ou serviço. Alguns operavam como meras “montras”, outros exibiam já alguma capacidade de interacção com o cidadão, mas todos operavam de forma descoordenada entre si e com os restantes sistemas de informação da cada agência. Mais recentemente, o Office of Information Technology da GSA (“General Services Administration”) definiu como sua responsabilidade a criação de infra-estruturas para “affinity groups” e cria a “Community of Federal Webmasters” . ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 20
  • 21. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Em Outubro de 2002 é apresentado o FirstGov, o primeiro “one stop site” para a totalidade do governo, organizado por tópicos e não por agências. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 21
  • 22. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 22
  • 23. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Em simultâneo, é assumida a convergência entre: •  Reorganizar os processos transdepartamentais da AP e •  Tornar efectiva a política de e-government. Concluindo-se que: “a cornerstone to success is the development of a Federal Enterprise Architecture that enables agencies to derive maximum benefit from applying IT”. O primeiro documento elaborado foi o “Business Reference Model” . ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 23
  • 24. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 24
  • 25. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. O “Federal Enterprise Architecture Business Reference Model” (BRM) parte de uma concepção “process oriented” e procura identificar os processos numa perspectiva “government-wide” e “cross-agency”. Identifica 3 Áreas de Negócio (“Business Areas”): •  Services to Citizens •  Support Delivery of Services •  Internal Operations and Infrastructures Estas 3 áreas de negócio decompõem-se em 35 linhas de negócio. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 25
  • 26. 3. Experiências de referência ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 26
  • 27. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. O cruzamento entre as agências e as linhas de negócio e processos (uma matriz processos x agências) revela dados muito expressivos: •  Em média, em cada processo intervêm 5 agências. •  Em média, em cada linha de negócio intervêm 10 agências. •  Em média, cada agência intervém em 10 processos e em 10 linhas de negócio. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 27
  • 28. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Extrapolando para a nossa Administração Pública, compreende-se que qualquer sistema informático que seja comprado, desenvolvido ou instalado para servir uma única “agência” (na AP Central, um Ministério ou uma Direcção-Geral) esteja de antemão condenado ao fracasso. Grande parte do investimento anual em SI/TI na Administração Pública (nos EUA até há pouco tempo, e em Portugal, ainda hoje) corresponde a dinheiro deitado à rua, pois que, havendo, em geral, dependência de processos entre as diversas agências, acaba por não se obter melhoramentos efectivos do funcionamento dos processos organizacionais da AP. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 28
  • 29. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. O exemplo dos EUA afigura-se sugestivo quanto ao facto de que: Um projecto coerente de Administração Pública Electrónica, capaz de induzir a indispensável reorganização dos processos, numa perspectiva “government-wide” e “cross-agency”, exige uma Arquitectura Global para a totalidade da Administração Pública. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 29
  • 30. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Algumas notas sobre a Reforma da Administração Pública nos USA e o papel da SI/TI, Working Paper nº 2, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. É interessante observar que a mesma filosofia transdepartamental se aplica ao sítio Web de eLearning do governo dos EUA. Será interessante comparar esta abordagem com a seguida, por exemplo, em Portugal, onde cada “agência” decide como muito bem lhe apetece, e quando lhe apetece, em matéria de plataformas, conteúdos e padrões de referência. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 30
  • 31. 3. Experiências de referência ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 31
  • 32. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Para além dos EUA, outros países nos oferecem experiências de referência inspiradoras. Existem hoje Arquitecturas Globais definidas no Canadá. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 32
  • 33. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. ... e no Reino Unido. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 33
  • 34. 3. Experiências de referência © Artur Silva, Enquadramento Conceptual da Iniciativa, Working Paper nº 1, Iniciativa para a Reforma da Administração Pública (IRAP), Janeiro de 2003. Convirá notar que os esforços organizadores de constituir uma Arquitectura Global para o conjunto da Administração Pública não significam que exista uma concepção “dirigista”. De facto, existe em todos eles ampla latitude para a iniciativa dos organismos ou, mesmo, dos funcionários da Administração, e mesmo, em alguns casos, dos próprios cidadãos, como acontece com algumas experiências de eDemocracy testemunhadas na França e nos EUA. No caso europeu justifica-se, mesmo, para algumas dimensões, desenvolver sistemas que cruzam vários departamentos de vários países. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 34
  • 35. O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA 1. O problema 2. Linhas de força 3. Experiências de referência 4. Conclusões ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 35
  • 36. O PROJECTO APe - UMA VISÃO CRÍTICA 1. O problema 2. Linhas de força 3. Experiências de referência 4. Conclusões ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 36
  • 37. 4. Conclusões Abordagens trans-departamentais sustentadas por Arquitecturas Globais. Modelos de referência orgânicos e capazes de acomodar a complexidade e a emergência. Conciliar as abordagens de topo com as abordagens construídas a partir das bases. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 37
  • 38. 4. Conclusões Potencialidades da Internet quando se respeitam os três aspectos anteriores. Necessidades de estudos aprofundados balizados por um conjunto de questões chave. Existência de experiências estrangeiras que se prestam a estudo sistemático. ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA AP 14 de Março de 2003 António Dias de Figueiredo O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões – Uma Visão Crítica - Transp. 38
  • 39. Figueiredo, A. D. (2003). O Projecto APe e as suas Diversas Dimensões: uma Visão Crítica, Apresentação no Encontro de Responsáveis de FIM Sistemas de Informação e Informática da Administração Pública, Vimeiro, 14 de Março de 2003 ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INSTITUTO DE INFORMÁTICA DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS O PROJECTO APe E AS SUAS DIVERSAS DIMENSÕES UMA VISÃO CRÍTICA António Dias de Figueiredo enquadrando um conjunto de reflexões (orador convidado) conduzidas maioritariamente por Artur Ferreira da Silva Departamento de Engenharia Informática Universidade de Coimbra Instituto Superior Técnico Hotel Golfe Mar – Vimeiro 14 de Março de 2003