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Números
Incomensuráveis
  A proporção áurea
Um pouco de História



Pitágoras nasceu na ilha de Samos (Grécia), por volta do ano 580 a.C. viajou pelo
Egito e Babilônia e foi morar em Crotona (Itália) onde fundou uma sociedade secreta
e comunitária, uma escola mística chamada Escola Pitagórica. Os membros dessa
sociedade, chamados de os pitagóricos, se dedicavam principalmente aos estudos
filosóficos, matemáticos, astronômicos e musicais. Seus alunos eram divididos em
duas categorias: os alunos dos três primeiros anos eram chamados ouvintes e os
alunos dos anos seguintes, matemáticos. Somente aos matemáticos eram revelados os
segredos da matemática. É bom dizer que a palavra matemática (“o que é aprendido”)
é atribuída a Pitágoras.
Os Pitagóricos possuíam uma filosofia de vida em que os números apresentavam
importância fundamental: a harmonia do universo, o movimento dos planetas, a vida
animal e vegetal, o som, a luz, tudo o que existe na natureza só podia ser explicado
através dos números. Conta-se que o lema da Escola Pitagórica era: Tudo é
número.Essa afirmação parece ter sido fortemente influenciada por uma descoberta
importante da Escola Pitagórica, a explicação da harmonia musical através de frações
de inteiros.
A grande crise da Matemática grega
Uma das mais importantes descobertas da Escola
Pitagórica foi a de que dois segmentos nem
sempre são comensuráveis, ou seja, nem sempre a
razão entre os comprimentos de dois segmentos é
uma fração de números inteiros (número racional).
Essa descoberta foi uma conseqüência direta do
teorema de Pitágoras.
 A descoberta de um par de segmentos não
comensuráveis, como o lado e a diagonal de um
quadrado, geraram uma crise na matemática. Os
matemáticos gregos ao encontrar os irracionais,
aos quais não conseguem dar forma de fração,
foram levados a conceber grandezas
incomensuráveis.
 Somente no século IV a.C., Eudoxo, com sua
teoria das proporções, redefiniu um conceito mais
geral de razão entre dois segmentos, permitindo,
em sua teoria, definir-se a razão entre dois
segmentos comensuráveis ou não.
Os Pitagóricos usaram também a secção
de ouro na construção da estrela
pentagonal.
Não conseguiram exprimir como
quociente entre dois números inteiros, a
razão existente entre o lado do pentágono
regular estrelado (pentáculo) e o lado do
pentágono regular inscritos numa
circunferência. Quando chegaram a esta
conclusão ficaram muito espantados, pois
tudo isto era muito contrário a toda a
lógica que conheciam e defendiam que
lhe chamaram irracional.
Número de Ouro


O Número de Ouro é um número irracional misterioso e enigmático que nos surge
numa infinidade de elementos da natureza na forma de uma razão, sendo
considerada por muitos como uma oferta de Deus ao mundo. Foi o primeiro
número irracional de que se teve consciência que o era. Este número era o número
ou secção de ouro apesar deste nome só lhe ser atribuído uns dois mil anos depois.
A designação adotada para o número de ouro é a inicial do nome do escultor e
arquiteto Fídias - a letra grega f (Phi maiúsculo). Construído muitas centenas de
anos depois (entre 447 e 433 a.C.), o Partenon Grego, templo representativo do
século de Péricles contém a razão de Ouro no retângulo que contêm a fachada
(Largura / Altura), o que revela a preocupação de realizar uma obra bela e
harmoniosa.
O número de ouro tem também, através dos tempos, influenciado a arte através
do retângulo áureo que é considerado perfeito, pois é o retângulo mais agradável à
visão. Nesse retângulo, a razão entre o lado maior e o lado menor é o número de
ouro. Esta razão recebeu o nome Número de Ouro dos Gregos, mais
especificamente do escultor grego Phidias.
A História do número de Ouro
A história deste enigmático número perde-se na antiguidade.
No Egito as pirâmides de Gizé foram construídas tendo em
conta a razão áurea: A razão entre a altura de uma face e
metade do lado da base da grande pirâmide é igual ao número
de ouro. O Papiro de Rhind (Egípcio) refere-se a uma «razão
sagrada» que se crê ser o número de ouro. Esta razão ou
secção áurea surge em muitas estátuas da antiguidade.
O NÚMERO DE OURO NA NATUREZA


       Os números de Fibonacci podem ser usados para
       caracterizar diversas propriedades na Natureza.
       O modo como as sementes estão dispostas no
       centro de diversas flores é um desses exemplos. A
       Natureza "arrumou" as sementes do girassol sem
       intervalos, na forma mais eficiente possível,
       formando espirais logarítmicas que tanto curvam
       para a esquerda como para a direita. O curioso é
       que os números de espirais em cada direção são
       (quase sempre) números vizinhos na seqüência de
       Fibonacci. O raio destas espirais varia de espécie
       para espécie de flor. Existem espirais
       relacionadas com o número de ouro, como, por
       exemplo, os moluscos náuticos ou a simples
       couve-flor.
O NÚMERO DE OURO NA ARTE
      Uma contribuição que não pode ser deixada de referir
      foi a contribuição de Leonardo Da Vinci (1452-1519)
      . A excelência dos seus desenhos revela os seus
      conhecimentos matemáticos bem como a utilização da
      razão áurea como garante de uma perfeição, beleza e
      harmonia únicas.
      É lembrado como matemático apesar da sua mente
      irrequieta não se concentrar na aritmética, álgebra ou
      geometria o tempo suficiente para fazer uma
      contribuição significativa. Representa bem o homem
      tipo da renascença que fazia de tudo um pouco sem se
      fixar em nada. Leonardo era um gênio de pensamento
      original que usou exaustivamente os seus
      conhecimentos de matemática, nomeadamente o
      número de ouro, nas suas obras de arte. Um exemplo
      é a tradicional representação do homem em forma de
      estrela de cinco pontas de Leonardo, que foi baseada
      nos pentágonos, estrelado e regular, inscritos na
      circunferência.
Um dos quadros mais célebres de Leonardo da Vinci: Mona Lisa, pintado
por cerca de 1505, feito em madeira, 77 x 53 cm., Paris, Louvre. Também
      contém o número de Ouro, ou melhor, o retângulo de Ouro.
A PROPORÇÃO ÁUREA NA ARQUITETURA




Um retângulo considerado perfeito é o Retângulo de Ouro, nele a
razão entre o lado maior e o lado menor é o número de ouro. A
razão entre a largura e o comprimento do retângulo de ouro foi
considerada a mais agradável à visão. Podem-se encontrar
retângulos de ouro associados a numerosas obras de arquitetura tal
como o Parthenon, em Atenas, nas obras do arquiteto Lê Corbusier.
Uma dessas obras de lê Corbusier aparece ilustrada na abaixo onde
se pode notar claramente a utilização de retângulos áureos.
Entre 1942 e 1948, Le
Corbusier desenvolveu um
sistema de medição que ficou
conhecido por “Modulor”. O
Modulor está baseado na
razão de ouro e nos números
de Fibonacci e usa também as
dimensões médias humanas
(dentro das quais 183 cm é a
altura standard). O Modulor é
uma seqüência de medidas
que Le Corbusier usou para
encontrar harmonia nas suas
composições arquiteturais. O
Modulor foi publicado em
1950.
A PROPORÇÃO ÁUREA NA MÚSICA

 Pitágoras em seus pensamentos sobre a
estrutura do universo, razões e
proporções elaborou uma teoria que
vinculava a música, o espaço e os
números.
 Em duas cordas, de mesmo material, sob
mesma tensão e sendo a primeira o dobro
do comprimento da segunda, quando
tocadas, a corda mais curta irá emitir um
tom uma oitava acima da corda mais
longa, devido a sua freqüência ter o
dobro do valor. Ou seja, a relação de 1:2
compreende a relação sonora de uma
oitava.
 Se dividirmos a corda mais curta pela
metade, obtendo a relação de 2:4, o tom
será de duas oitavas acima da corda
inicial. Por outro lado, a relação de 3:4
nos dá um tom uma quarta acima do tom
inicial, e a relação de 2:3 apresenta um
tom uma quinta acima.
Desta maneira, Pitágoras elaborou relações entre sons, o tamanho das cordas e
as razões de 1:2:3:4. Ainda sobre os pensamentos pitagóricos, podemos obter
três tipos de proporções: (a) a proporção geométrica se estabelece entre oitavas
de um tom, ou seja, 1:2:4 o tom uma oitava acima e duas oitavas acima; (b) a
proporção aritmética, ao se apropriar da relação de 2:3:4, se estabelece ao
trabalhar o som de uma oitava em uma quinta e uma quarta e (c) a proporção
harmônica envolve a diferença dos valores das frações medianas, isto é, na
relação de 6:8:12, 8 excede 6 em um terço da mesma maneira que 12 excede 8
também em um terço.

A proporção harmônica pode ser considerada uma subversão da proporção
aritmética, trabalhando o som de uma oitava em uma quarta e uma quinta. Na
música, existem artigos que relacionam as composições de Mozart, Bethoveen
(Quinta Sinfonia), Schubert e outros com a razão áurea. Pode-se verificar na
figura abaixo que até mesmo a construção de instrumentos, como exemplo o
violino, está relacionado com a proporção áurea.


www.unimesp.edu.br/arquivos/mat/tcc06/Artigo_Andreia_Aparecida_Dias.pdf
www.unimesp.edu.br/arquivos/mat/tcc06/Artigo_Andreia_Aparecida_Dias.pdf
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/ouro.htm
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Números Incomensuráveis

  • 1. Números Incomensuráveis A proporção áurea
  • 2. Um pouco de História Pitágoras nasceu na ilha de Samos (Grécia), por volta do ano 580 a.C. viajou pelo Egito e Babilônia e foi morar em Crotona (Itália) onde fundou uma sociedade secreta e comunitária, uma escola mística chamada Escola Pitagórica. Os membros dessa sociedade, chamados de os pitagóricos, se dedicavam principalmente aos estudos filosóficos, matemáticos, astronômicos e musicais. Seus alunos eram divididos em duas categorias: os alunos dos três primeiros anos eram chamados ouvintes e os alunos dos anos seguintes, matemáticos. Somente aos matemáticos eram revelados os segredos da matemática. É bom dizer que a palavra matemática (“o que é aprendido”) é atribuída a Pitágoras. Os Pitagóricos possuíam uma filosofia de vida em que os números apresentavam importância fundamental: a harmonia do universo, o movimento dos planetas, a vida animal e vegetal, o som, a luz, tudo o que existe na natureza só podia ser explicado através dos números. Conta-se que o lema da Escola Pitagórica era: Tudo é número.Essa afirmação parece ter sido fortemente influenciada por uma descoberta importante da Escola Pitagórica, a explicação da harmonia musical através de frações de inteiros.
  • 3. A grande crise da Matemática grega Uma das mais importantes descobertas da Escola Pitagórica foi a de que dois segmentos nem sempre são comensuráveis, ou seja, nem sempre a razão entre os comprimentos de dois segmentos é uma fração de números inteiros (número racional). Essa descoberta foi uma conseqüência direta do teorema de Pitágoras. A descoberta de um par de segmentos não comensuráveis, como o lado e a diagonal de um quadrado, geraram uma crise na matemática. Os matemáticos gregos ao encontrar os irracionais, aos quais não conseguem dar forma de fração, foram levados a conceber grandezas incomensuráveis. Somente no século IV a.C., Eudoxo, com sua teoria das proporções, redefiniu um conceito mais geral de razão entre dois segmentos, permitindo, em sua teoria, definir-se a razão entre dois segmentos comensuráveis ou não.
  • 4. Os Pitagóricos usaram também a secção de ouro na construção da estrela pentagonal. Não conseguiram exprimir como quociente entre dois números inteiros, a razão existente entre o lado do pentágono regular estrelado (pentáculo) e o lado do pentágono regular inscritos numa circunferência. Quando chegaram a esta conclusão ficaram muito espantados, pois tudo isto era muito contrário a toda a lógica que conheciam e defendiam que lhe chamaram irracional.
  • 5. Número de Ouro O Número de Ouro é um número irracional misterioso e enigmático que nos surge numa infinidade de elementos da natureza na forma de uma razão, sendo considerada por muitos como uma oferta de Deus ao mundo. Foi o primeiro número irracional de que se teve consciência que o era. Este número era o número ou secção de ouro apesar deste nome só lhe ser atribuído uns dois mil anos depois. A designação adotada para o número de ouro é a inicial do nome do escultor e arquiteto Fídias - a letra grega f (Phi maiúsculo). Construído muitas centenas de anos depois (entre 447 e 433 a.C.), o Partenon Grego, templo representativo do século de Péricles contém a razão de Ouro no retângulo que contêm a fachada (Largura / Altura), o que revela a preocupação de realizar uma obra bela e harmoniosa. O número de ouro tem também, através dos tempos, influenciado a arte através do retângulo áureo que é considerado perfeito, pois é o retângulo mais agradável à visão. Nesse retângulo, a razão entre o lado maior e o lado menor é o número de ouro. Esta razão recebeu o nome Número de Ouro dos Gregos, mais especificamente do escultor grego Phidias.
  • 6. A História do número de Ouro A história deste enigmático número perde-se na antiguidade. No Egito as pirâmides de Gizé foram construídas tendo em conta a razão áurea: A razão entre a altura de uma face e metade do lado da base da grande pirâmide é igual ao número de ouro. O Papiro de Rhind (Egípcio) refere-se a uma «razão sagrada» que se crê ser o número de ouro. Esta razão ou secção áurea surge em muitas estátuas da antiguidade.
  • 7. O NÚMERO DE OURO NA NATUREZA Os números de Fibonacci podem ser usados para caracterizar diversas propriedades na Natureza. O modo como as sementes estão dispostas no centro de diversas flores é um desses exemplos. A Natureza "arrumou" as sementes do girassol sem intervalos, na forma mais eficiente possível, formando espirais logarítmicas que tanto curvam para a esquerda como para a direita. O curioso é que os números de espirais em cada direção são (quase sempre) números vizinhos na seqüência de Fibonacci. O raio destas espirais varia de espécie para espécie de flor. Existem espirais relacionadas com o número de ouro, como, por exemplo, os moluscos náuticos ou a simples couve-flor.
  • 8.
  • 9. O NÚMERO DE OURO NA ARTE Uma contribuição que não pode ser deixada de referir foi a contribuição de Leonardo Da Vinci (1452-1519) . A excelência dos seus desenhos revela os seus conhecimentos matemáticos bem como a utilização da razão áurea como garante de uma perfeição, beleza e harmonia únicas. É lembrado como matemático apesar da sua mente irrequieta não se concentrar na aritmética, álgebra ou geometria o tempo suficiente para fazer uma contribuição significativa. Representa bem o homem tipo da renascença que fazia de tudo um pouco sem se fixar em nada. Leonardo era um gênio de pensamento original que usou exaustivamente os seus conhecimentos de matemática, nomeadamente o número de ouro, nas suas obras de arte. Um exemplo é a tradicional representação do homem em forma de estrela de cinco pontas de Leonardo, que foi baseada nos pentágonos, estrelado e regular, inscritos na circunferência.
  • 10. Um dos quadros mais célebres de Leonardo da Vinci: Mona Lisa, pintado por cerca de 1505, feito em madeira, 77 x 53 cm., Paris, Louvre. Também contém o número de Ouro, ou melhor, o retângulo de Ouro.
  • 11. A PROPORÇÃO ÁUREA NA ARQUITETURA Um retângulo considerado perfeito é o Retângulo de Ouro, nele a razão entre o lado maior e o lado menor é o número de ouro. A razão entre a largura e o comprimento do retângulo de ouro foi considerada a mais agradável à visão. Podem-se encontrar retângulos de ouro associados a numerosas obras de arquitetura tal como o Parthenon, em Atenas, nas obras do arquiteto Lê Corbusier. Uma dessas obras de lê Corbusier aparece ilustrada na abaixo onde se pode notar claramente a utilização de retângulos áureos.
  • 12. Entre 1942 e 1948, Le Corbusier desenvolveu um sistema de medição que ficou conhecido por “Modulor”. O Modulor está baseado na razão de ouro e nos números de Fibonacci e usa também as dimensões médias humanas (dentro das quais 183 cm é a altura standard). O Modulor é uma seqüência de medidas que Le Corbusier usou para encontrar harmonia nas suas composições arquiteturais. O Modulor foi publicado em 1950.
  • 13. A PROPORÇÃO ÁUREA NA MÚSICA Pitágoras em seus pensamentos sobre a estrutura do universo, razões e proporções elaborou uma teoria que vinculava a música, o espaço e os números. Em duas cordas, de mesmo material, sob mesma tensão e sendo a primeira o dobro do comprimento da segunda, quando tocadas, a corda mais curta irá emitir um tom uma oitava acima da corda mais longa, devido a sua freqüência ter o dobro do valor. Ou seja, a relação de 1:2 compreende a relação sonora de uma oitava. Se dividirmos a corda mais curta pela metade, obtendo a relação de 2:4, o tom será de duas oitavas acima da corda inicial. Por outro lado, a relação de 3:4 nos dá um tom uma quarta acima do tom inicial, e a relação de 2:3 apresenta um tom uma quinta acima.
  • 14. Desta maneira, Pitágoras elaborou relações entre sons, o tamanho das cordas e as razões de 1:2:3:4. Ainda sobre os pensamentos pitagóricos, podemos obter três tipos de proporções: (a) a proporção geométrica se estabelece entre oitavas de um tom, ou seja, 1:2:4 o tom uma oitava acima e duas oitavas acima; (b) a proporção aritmética, ao se apropriar da relação de 2:3:4, se estabelece ao trabalhar o som de uma oitava em uma quinta e uma quarta e (c) a proporção harmônica envolve a diferença dos valores das frações medianas, isto é, na relação de 6:8:12, 8 excede 6 em um terço da mesma maneira que 12 excede 8 também em um terço. A proporção harmônica pode ser considerada uma subversão da proporção aritmética, trabalhando o som de uma oitava em uma quarta e uma quinta. Na música, existem artigos que relacionam as composições de Mozart, Bethoveen (Quinta Sinfonia), Schubert e outros com a razão áurea. Pode-se verificar na figura abaixo que até mesmo a construção de instrumentos, como exemplo o violino, está relacionado com a proporção áurea. www.unimesp.edu.br/arquivos/mat/tcc06/Artigo_Andreia_Aparecida_Dias.pdf www.unimesp.edu.br/arquivos/mat/tcc06/Artigo_Andreia_Aparecida_Dias.pdf http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/ouro.htm http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/ouro.htm