Este documento resume as principais regras de uso da crase, pontuação e regência verbal de acordo com o novo acordo ortográfico de 2012. A crase é usada antes de artigos, pronomes e nomes próprios modificados, sendo obrigatória ou facultativa dependendo do caso. Os principais sinais de pontuação como vírgula, ponto e ponto e vírgula são explicados com exemplos de uso. Por fim, a regência de verbos como assistir, chegar, implicar e preferir é detalhada indicando se são transitivos diretos, ind
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Gramática Avançada
1. RESUMO DE LÍNGUA
PORTUGUESA
GRAMÁTICA
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CONFORME NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DE 2012
3. O que é Crase?
É o fenômeno da junção de duas vogais, a contração de dois “as” (a +a).
Para haver crase é necessário que existam dois “aa”. O primeiro é preposição e o
segundo pode ser:
Artigo definido (a/as) – ex: ele se referiu a (preposição) + a (artigo) carta = ele se
referiu à carta.
Pronome demonstrativo (a/as) – ex: ele fez referência a (preposição) + as
(pronome demonstrativo =aquelas) que saíram = ele fez referência às que sairam.
Vogal iniciada antes de aquele(s), aquela(s) e aquilo - ex: prefiro isso a
(preposição) aquele livro = prefiro isso àquele livro.
4. Crase obrigatória:
Antes de substantivo feminino que exija artigo (ex: vou à praia).
Note que se o substantivo feminino não exigir artigo, não haverá acento (ex: vou a
Brasília).
Macete: criar frase com “de” para saber se exige ou não (ex: ele vai à Bahia - exige
o “a”, porém a frase ele voltou de Curitiba não exige o “a”).
Antes de nome de cidade com termo modificador. (ex: os jangadeiros voltaram à
terra prometida. Note que “prometida” é o modificador do nome terra) .
Em horas exatas (desde que não apareça outra preposição diferente do “a”, (ex:
a aula começa às 7h 15 min. Fiquei esperando abrir desde as 9h30min).
Antes de substantivo (masculino ou feminino), quando se omite a palavra moda
ou maneira (ex: galinha à “maneira” molho pardo).
5. Crase Obrigatória (continuação):
Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas (ex: ele estava à toa).
Note: quando não se determina “a distância” não se usa o acento (ex: eles viram o
jogo a distância).
Crase facultativa:
Antes de pronomes possessivos (ex: seu(s), sua(s), teu(s), tua(s)). Ex: dê isto a (à)
sua namorada.
Note: se após o possessivo tiver nome de parentesco não se usa a casa (ex: dê isto a
sua sogra.
6. Crase facultativa (continuação):
A crase é facultativa antes de nomes próprios de lugares :
Ásia, Àfrica, França, Inglaterra, Espanha, Holanda, Escócia (ex: Fui a (à) África caçar
elefantes).
Após “até a” (ex: a estrada vai até a (à) praia).
7. Crase proibida
Antes de substantivo masculino (ex: escrevia o texto a lápis)
Antes de substantivo feminino tomado em sentido genérico ou indeterminado (ex:
não fui a parte alguma).
Antes de artigos indefinidos (ex: ele não se prendia a nenhuma garota).
Antes da palavra casa (residência própria). O bom filho retorna a casa. Exceção: se
houver modificador usa-se o acento (ex: não fui à casa de Maria hoje).
Antes de “Terra” como antônimo de “bordo” (ex: deixei o barco e fui a terra).
Antes de nome próprio de cidade: Vou a Ribeirão das Neves. Exceção: se houver
modificador a crase é obrigatória (ex: vou à Ribeirão das Minas Gerais).
8. Crase proibida (continuação)
Antes de todos os pronomes que não admitem artigo, tais como:
ninguém, nenhuma, qualquer, que, cuja, este, tudo etc. (exemplo: estão dispostos a
tudo).
Antes de verbo (ex: prefiro cantar a ficar triste).
Antes de nome próprio de pessoa célebre. (ex: ela se referiu a Joana Darc).
Antes de substantivo no plural com sentido genérico (ex: horário televisivo
dedicado a crianças).
Antes de locuções adverbiais de modo com substantivo no plural (ex: passou no
concurso a duras penas).
10. Pontuação:
Pontuar bem é ter visão clara da estrutura do pensamento e da frase.
Pontuar bem é governar as rédeas da frase. Pontuar bem é ter ordem no pensar e na
expressão“ (Celso Luft).
Principais sinais de pontuação: vírgula, ponto, ponto e virgula , dois pontos, ponto de
interrogação, ponto de exclamação, parênteses, aspas, travessão e reticências.
Emprego da vírgula (,):
A vírgula é sinal de pontuação que indica pequena pausa na leitura.
11. Regra de uso:
Empregam-se vírgulas para separar palavras de mesma série (ex: eu tenho um
cachorro, um gato e um coelho) ;
Empregam-se vírgulas para separar vocativos (ex: Senhor, rogai por nós);
Emprega-se vírgula para separar aposto do termo fundamental (ex: Severino, o rei
do sertão);
Empregam-se virgulas para separar expressões explicativas tais como: por
exemplo, ou melhor, isto é, por assim dizer, além disso, com efeito, outrossim etc ;
Emprega-se virgula para separar orações coordenadas assindéticas (ex: nascemos
felizes, vivemos saudáveis);
Empregam-se vírgula antes de todas as conjunções coordenativas (exceto e e nem).
Ex: Eu fui até Aparecida do Norte, portanto rezei bastante;
12. Emprega-se vírgula para separar orações adverbiais e substantivas quando
antepostas à principal (ex: embora estivesse dormindo, fui atender à porta);
Empregam-se vírgulas para isolar orações adjetivas explicativas (ex: os ônibus, que
vivem lotados, precisam ser em maior número;
Emprega-se vírgula depois do sim e depois do não (ex: sim, irei até a sua casa);
Emprega-se vírgula para separar orações reduzidas de gerúndio, de particípio e de
infinitivo (ex: chegando em casa, ele foi direto ver televisão);
Emprega-se vírgula para separar orações adverbiais intercaladas (ex: paguei
impostos altos, quando eu era pobre;
13. Emprega-se vírgula para separar orações coordenadas pela conjunção e quando os
sujeitos forem diferentes. (ex: fui até o aeroporto, e fui assaltado);
Empregam-se vírgulas antes de “e” ou “nem” quando repetidos (ex: ela é
simpática, e bonita, e inteligente;
Emprega-se vírgula para separar o adjunto adverbial anteposto ( ex: depois de
voltar da festa, pulamos na piscina);
Emprega-se vírgula para separar adjetivos que exercem a função de predicativo (ex:
Feliz e nervosa, ela casou aos prantos);
Empregam-se vírgulas para separar objetos pleonásticos ou repetidos (ex:
paz, paz, paz, chega de violência!;
Emprega-se vírgula para separar termos deslocados (ex: o fogo, você chegou a
14. Emprego do Ponto (.) :
O ponto é um dos sinais que marcam fim de período. O ponto é usando também em
abreviaturas (ex: sr., pág.).
O ponto também é usado na numeração de casas decimais: 18.587. Já os números que
identificam o ano e as páginas de uma obra não levam ponto normalmente: 1872, pág.
98.
Emprego do ponto e vírgula (;)
O ponto e vírgula marca uma pausa maior que a vírgula. Ocorre o emprego nos
seguintes casos:
Para separar orações coordenadas extensas ou que já tenham elementos separados
por vírgula (ex: foram muitos os trabalhadores que protestaram contra a falta de
aumento de salário; cansados, porém, resolveram voltar para casa e iniciar no outro
dia nova greve);
15. Emprego do ponto e vírgula (continuação)
Emprega-se ponto e vírgula para separar os diversos itens de uma enumeração (ex:
as peças da aeronave são: a) motor; b) leme; c) asas; d) atuadores.
Emprego do travessão (-)
Para separar oração intercalada, substituindo a vírgula (ex: cheguei à minha terra
natal, finalmente – disse o viajante);
Para pôr em evidência palavra ou expressão (ex: vi um vulto – uma pessoa
passando no escuro – e achei que era um invasor);
Nos diálogos, para indicar mudança de interlocutor (ex: vamos ao teatro? –
perguntou minha namorada – desconversei e disse que estava cansado).
16. Emprego de aspas (“ ”)
Emprega-se aspas nas seguintes situações:
Fim e começo de transcrição (ex: ele falou: “hoje é um dia muito bonito”);
Estrangeirismos (ex: “lan house”);
Para indicar que embora haja erro na palavra foi descrita assim propositalmente (ex:
ele ficou “tristim” no cinema assistindo ao filme;
Ironia: aquela “marmota” não quer saber de trabalhar;
Citação de nomes de livros e legendas (ex: “Grande Sertão Veredas” é o livro mais
vendido.
18. Regência Verbal
A regência estuda a relação existente entre os termos de uma oração ou entre as
orações de um período.
A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos
e seus complementos. Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo é
transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto ou intransitivo e qual a
preposição relacionada com ele.
Regência dos principais verbos:
Abdicar - VTD/VTI - ex: abdicar algo ou de algo. Ex: a rainha abdicou seu poder / de
seu poder.
Acarretar - VTDI - acarretar algo a alguém. Ex: a difamação acarretou a prisão ao
infrator.
19. Agradecer -VTDI - agradecer algo a alguém. Ex: agradeci o convite ao amigo.
Assistir (ver) - VTI - assistir a algo. Ex:ele assistiu ao filme.
Assistir (ajudar) – VTD - assistir alguém. Ex: ele assistiu o doente.
Assistir (morar) - VTI - assistir em algum lugar. Ex: ele assistiu em BH até morrer.
Chamar (apelidar) – VTD/VTI - chamar alguém ou a alguém. Ex: chamei o/ao rapaz
de esperto.
Chegar – VTI - chegar a algum lugar. Ex: ele chegou à rua Presidente Vargas.
Observação – não se usa “chegar em algum lugar”.
20. Constar - VTD/VTI - constar de algo ou em algo. Ex: o nome consta da / na lista de
aprovados.
Custar (ser difícil) - VTI - custar a alguém. Ex:custou ao aluno entender o problema.
Dar (dar algo a alguém) - VTDI – Ex: demos o alimento ao pedinte.
Dar - VTDI - (gerar, parir) - dar alguém à luz . Ex: a mãe deu o bebê à luz.
Entregar – VTI - entregar em algum lugar . Ex: entregamos em domicílio.
Observação – Não se usa “entregar a algum lugar”, mas sim “entregar em algum
lugar”.
21. Esquecer – VTD / VTI - esquecer algo. Ele esqueceu o exame. Ex: ele se esqueceu do
encontro marcado. Observação – Não se usa “esqueci do encontro”; o correto é
“esqueci o encontro” ou “esqueci-me do encontro”.
Implicar (envolver-se) - VTI - implicar-se em algo. Ex: ele se implicou em jogatinhas.
Implicar (aborrecer) - VTI - implicar com algo. Ex: ele implicou com os vizinhos.
Implicar (acarretar) - VTD - implicar algo. Ex: tal atitude implica punição.
Observação – é errado dizer “implicar em algo”.
Ir - VTI - ir a algum lugar. Ex: ele foi à São Leopoldo.
Lembrar - VTD - lembrar algo. Ex: ele lembrou o exame.
22. Lembrar – VTI - lembrar-se de algo. Ex: ele se lembrou do exame.
Observação – Não se usa “lembrei da data”; o correto é “lembrei a data” ou “lembrei-
me da data”.
Morar - VTI - morar em algum lugar. Ex:eles moram na Rua Presidente Vargas.
Namorar - VTD - namorar alguém . Ex: ela namorava o vizinho.
Pagar - VTDI - pagar algo a alguém. Ex: pagamos a dívida ao cobrador.
Observação – Não se usa “pagamos o amigo”. Usa-se “pagamos ao amigo”.
Perdoar – VTDI - perdoar algo a alguém. Ex: ele não perdoou ao jovem.
Observação – Na norma culta não se usa “Ele não perdoou o inimigo”. Usa-se “Ele não
perdoou ao inimigo”.
23. Preferir – VTDI - preferir algo a outra coisa. Ex:ele preferiu a segurança ao risco.
Observação – Na norma culta não se usa “prefiro mais algo do que outra coisa” .
Proceder (realizar) – VTI - proceder a algo. Ex:procederemos ao pagamento.
Proceder (vir) – VTI - proceder de algo. Ex: ele procede do interior.
Proceder (ter cabimento) – VI – seu entendimento não procede.
Querer (desejar) – VTD - querer algo. Ex:ele quis o resultado.
Querer (amar) – VTI - querer a alguém. Ex:o pai quer bem ao filho.
Satisfazer – VTD/VTI - satisfazer algo ou a algo . Ex: isso satisfez o cliente / ao cliente.
Ser – VTD - ser quanto . Ex:eles eram cinco. É errado dizer “eles eram em três”.
24. Simpatizar - VTI - simpatizar com algo. Ex:simpatizei com o local.
Visar (mirar) – VTD - visar algo. Ex: ele visou o alvo.
Visar (assinar) – VTD - visar algo. Ex: ele visou o documento.
Visar (objetivar, desejar) – VTI - visar a algo. Ex:eles visavam ao mesmo cargo.
Voltar – VTI - voltar a algum lugar. Ex: ele voltou ao colégio.
Observação: Não se usa “voltar em algum lugar”.
Namorar –VTD- namorar alguém. Ex: ela namorava o vizinho.
Observação: Não se usa “namorar com alguém”.
25. Obedecer – VTI - obedecer a algo. Ex: obedeceremos à ordem.
Usufruir – VTD ou VTI -usufruir algo ou de algo. Ex: ele usufrui os / dos bens.
Note:
VTD = verbo transitivo direto
VTI=verbo transitivo indireto
VTDI=verbo transitivo direto e indireto
27. Regência Nominal: é a maneira de o nome (substantivo, adjetivo e advérbio)
relacionar-se com seus complementos.
Regência de alguns nomes:
Residente + em (ex: Sou residente em São Paulo)
Preferível + a (ex: prefiro salada a “hamburger”)
Ódio + de (ex: ódio de perder)
Invasão + de (ex: invasão de privacidade)
Curioso + de (ex: estou curioso de saber quem foi o ganhador)
Deputado + por (ex: deputado por Santa Catarina)
Atenção + a (ex: atenção a palestra)
Consulta + a (ex: consulta a livros)
29. Regras de concordância verbal:
1) O Verbo concorda com o sujeito em número e pessoa (ex: Maria comprou uma
bicicleta. Os ciclistas compraram bicicletas novas).
2) Sujeito seguido de nome no plural o verbo fica no singular (ex: o bando de
loucos assistiu ao jogo) .
3) Núcleo do sujeito no plural com artigo no plural o verbo fica no plural. Já se o
artigo estiver no singular o verbo fica no singular (ex1: Os Estados Unidos são um país
de primeiro mundo. Ex2: O Amazonas é um rio de grande extensão).
4) Sujeito partitivo, com nome no plural opcional o verbo ficar o plural ou no
singular (ex: a maior parte é (são) de boa qualidade).
30. Regras de concordância verbal (continuação):
5) Sujeito representado por número percentual Verbo concorda com o número
percentual ou com o complemento deste número (ex1: dez por cento do país está
alagado. Ex2: dez por cento das cidades foram tomadas pelas águas).
Nota: se vier determinado o número percentual o verbo irá para o plural sempre.
6) Sujeito constituído de número fracionário concordância com este termo. (ex:
um quarto dos pacientes está febril).
7) Verbo Transitivo Direto + se concordância feita com o sujeito paciente (ex:
vendem-se casas, aluga-se uma casa).
8) VTDI ou VTI ou Verbo de ligação + se verbo no singular (trata-se de uma festa de
aniversário surpresa).
9) Sujeito é “cada um” verbo no singular (ex: cada um dos escolhidos sabe dançar).
31. Regras de concordância verbal (continuação):
10) Sujeito é pronome relativo que verbo concorda com o antecedente ao que (ex:
Fomos nós que fizemos o bolo. Fui em que fui até a festa.
11) “Quem” como sujeito verbo na terceira pessoa do singular (ex: somos nós
quem manda aqui).
12) “Mais de um” no sujeito verbo no singular se não houver reciprocidade (ex:
mais de uma pessoa protestou no comício). Exceção: se tiver coletivo depois de
mais de um (ex: mais de uma esquadrilha cruzaram nos céus).
12) “Um dos que” leva o verbo para o plural (eu sou um dos que ganhou a luta).
13) “Um que”, “primeiro que”, “último que” leva o verbo para o singular (ex: Louis
Armstrong foi um dos astronautas que pisou na lua.
32. Regras de concordância verbal (continuação):
15) Verbos “dar, bater e soar” (sentido de horas) verbo concorda com o número de
horas (ex: Soaram cinco da matina).
16) Sujeito composto:
a) Posposto ao verbo: verbo concorda no plural ou no singular (ex: jogaram
Neymar e Ganso ou Jogou Neymar e Ganso.
b) Posposto ao verbo mas de número diferente verbo concorda com o
mais próximo (ex: Desembarcou o prefeito e as comitivas ou
desembarcaram as comitivas e o prefeito).
c) Anteposto ao verbo concordância gramatical é obrigatória (ex: o
menino e o avô passearam pelo parque).
33. Regras de concordância verbal (continuação):
17) Concordância do verbo ser:
a) Pronome reto posposto ao verbo verbo concorda com o pronome (ex: o
responsável pela derrota fomos nós).
b) Sujeito no singular, mas predicativo no plural verbo concorda com o
predicativo (ex: isto são inverdades).
c) Preço, medida, peso o quantidade no sujeito verbo no singular (ex:
seiscentos metros foi a distância percorrida.
d) Verbo ser impessoal concordância com o predicativo (ex: eram cinco da
tarde.
18) Verbo “parecer” + infinitivo Verbo no infinitivo se flexiona ou verbo parecer
que é flexionado, mas nunca ambos (ex: as pessoas parecem querer invadir o
estabelecimento).
35. Regras de concordância nominal:
1) Adjetivo + substantivo o adjetivo concorda com o substantivo em gênero e
número (ex: aluno bom, aluna boa).
2) Adjetivo + substantivo no singular e do mesmo gênero o adjetivo fica no
singular ou no plural ex: bebida e churrasco gaúcho ou bebida e churrasco gaúchos.
3) Substantivos de números diferentes adjetivos no plural (ex: mulher e crianças
animadas).
4) Substantivo de gêneros diferentes mas no singular adjetivo no plural masculino
(ex: maçã e limão estrados).
36. 5) Substantivos no singular sinônimos gênero do adjetivo concorda com o mais
próximo (ex: ódio e raiva exacerbada)
6) Substantivos no singular antônimos adjetivo no plural (ex: força e fraqueza
intensos).
7) Adjetivo + adjetivo primeiro sempre invariável (ex: problemas econômico-
administrativos).
8) “um e outro” ou “nem um nem outro” como sujeito adjetivo no plural (ex: um e
outro colega passaram no concurso).
9) Mesmo, próprio, só concorda com o substantivo ou pronome a que se referem
(ex: elas próprias arrumaram a cama).
37. Conjunções e
conectivos
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38. Conjunções
As orações, quando postas lado a lado, necessitam de uma “intermediador” que
explicite os valores semânticos dessa justaposição. A conjunção, portanto, é uma
palavra que liga as orações e carrega em si um significado, como o de
conclusão, tempo, condição, causa, finalidade, oposição, etc.
As conjunções são classificadas em coordenativas e subordinativas:
Conjunções coordenativas
Aditiva: e, nem, mas também, como também, bem como.
Alternativa: ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, já...já, nem...nem, etc.
Adversativa: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto .
Explicativa: pois, que, porque, porquanto, etc.
Conclusiva: logo, pois, portanto, etc.
39. Conjunções subordinativas (continuação):
Conjunções subordinativas:
. Causal - porque, porquanto, como , já que, uma vez que, visto que, dado que, tanto
mais que, etc.
. Comparativa - que e do que (antecedidos por mais, menos, maior, menor), qual (depois
de tal), como.
. Concessiva - embora, conquanto, posto que, ainda que, apesar de que, mesmo
que, nem que, se bem que, por mais que, por muito que, por menos que, não
obstante, etc. (relação de oposição).
. Condicional - se, caso, contanto que, a não ser que, sem que, salvo se, exceto se, a
menos que, desde que, etc.
. Conformativa - conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc.
. Consecutiva - que (antecedido por tal, tanto, tão, tamanho), de modo que, de sorte
que, de maneira que, a tal ponto que, etc. (relação de consequência).
. Final - a fim de que, para que.
. proporcional - à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais.(tanto
mais), etc.
. Temporal - quando, sempre que, logo que, antes que, depois que, assim
que, enquanto, mal, todas as vezes que, cada vez que, até que, desde que, etc.
40. Atenção:
A conjunção “pois” pode ter valor explicativo ou conclusivo, dependendo do lugar
em que é usada. São duas possibilidades:
. abrindo a oração, o valor é explicativo: Resolveu-se a falha, pois (= porque) todos
agiram com rapidez.
. deslocada na oração, o valor é conclusivo: O rapaz tinha vivido lá, ele, pois, (=
portanto) sabia do risco.
Proibido usar a expressão “à medida em que“:
O correto é :
. À medida que: indica proporcionalidade e equivale-se a à proporção que, ao mesmo
tempo que (ex: o juiz os julgará à medida que os processos chegarem).
. Na medida em que: expressa causa e equivale-se a tendo em vista que, pelo fato de
que. Ele pagará a dívida na medida em que assumiu isso.
41. Observação
Uso de conquanto e portanto:
. Conquanto: expressa concessão e equivale-se a ainda que, se bem que, embora, não
obstante (ex: lutaremos juntos até o fim conquanto (= ainda que) haja alguns poucos
adversários.)
. Porquanto: expressa causa e tem valor semântico idêntico a porque, uma vez
que, visto que (ex: José não se preocupa com a praga porquanto ela ainda não ataca a
plantação).
. Contanto que: expressa condição e tem valor semântico idêntico a desde
que, se, caso (ex: o time tem grande chance de vencer contanto que (= desde que)
saibam ser pacientes).
Não se usa: no entretanto (somente “entretanto”).
Não se usa: enquanto que (somente “enquanto”).
Trata-se de redundância usar “se caso ele andasse” (correto é “se ele andasse).
43. Colocação pronominal:
A colocação pronominal está diretamente ligada aos pronomes oblíquos, conforme a
posição que o pronome ocupe na oração em relação ao ser verbo se dá a classificação
conforme abaixo:
Próclise: pronome antes do verbo (ex: não me diga?).
Ênclise: pronome no meio do verbo (ex: encontrar-te-ei amanhã).
Mesóclise: pronome depois do verbo (ex: diga-me o que aconteceu).
44. A próclise: ocorrerá quando houver as palavras atrativas abaixo. Estas palavras atraem
o pronome para antes do verbo.
a) Palavras negativas: não , jamais, nada, ninguém, nunca, nenhum (ex: ninguém me
verá = houve atração do pronome pela palavra “ninguém”).
b) Pronomes interrogativos e relativos (ex1: eis o parente que ti falei. Ex2: quem ti
falou?).
c)Pronomes substantivos (ex: algo ti aborreceu durante o show).
A próclise ocorrerá,também, quando:
O verbo for proparoxítono (ex: nós o entregaríamos se houvesse pagamento )
O sujeito for expresso e o verbo estiver no futuro do presente ou do pretérito (ex:
nós nos arrependemos).
45. A mesóclise ocorre com o futuro do presente e com o futuro do pretérito:
Exemplos: amar-te-ei eternamente, vê-la-emos entrar de noiva na igreja, contar-te-ia
tudo que sei daquela mulher.
Exceção: se houver palavra atrativa o pronome fica proclítico (haverá atração do
pronome para antes do verbo). Exemplo: não lhe entreguei a conta ainda?.
Ênclise: abaixo os principais casos:
Quando a oração começa por verbo (ex: quero lhe adiantar a verdade).
Nota: se forem os pronomes me, te,se,lhe,me não ocorre problema de iniciar com
estes pronomes no início da oração, mas a regra é que se for verbo no início da
oração ocorre ênclise.
46. Ênclise (continuação)
Oração interrogativa + verbo no infinito (ex: como entregar-te o presente?).
Quando não há palavra atrativa os jogadores vestiram-se de camisas do time
preferido.
Quando o verbo está no gerúndio queixaram-se muito. Porém se o gerúndio vier
precedido de preposição o pronome vira proclítico. (ex: em se plantando nas terras
férteis do Brasil, tudo dá ).
Locução verbal com verbo auxiliar no infinitivo mesmo que haja palavra atrativa
ocorre ênclise. Já se houver preposição entre o verbo principal e o infinitivo a
colocação pronominal é facultativa (ex1: não quis magoar-te. Ex2: as meninas
chegaram a se morder ou morder-se).
Locução verbal com verbo auxiliar no gerúndio se houver palavra atrativa o
pronome fica proclítico (ex: nossas vidas iam se esvaindo durante o naufrágio).
47. Períodos compostos
por subordinação e
coordenação
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48. TIPOS DE PERÍODO
Simples: o período é simples quando o enunciado é estruturado em torno de
uma única oração, chamada de oração absoluta (ex: eu andei de bicicleta).
Composto: o período é composto quando o enunciado é estruturado em torno de
duas ou mais orações (ex: durante o “Trianon”, eu andei de bicicleta até a praia e nadei
durante horas no mar.
Oração coordenada: É aquela que se junta com outra, mantendo independência
do ponto de vista sintático (ex: pulei o obstáculo, subi em árvores, corri até a reta
final).
Oração subordinada: É aquela que se junta com outra, mantendo uma
dependência sintática (ex: eu achava que ia ganhar a corrida).
49. Período composto por coordenação
As orações coordenadas dividem-se em: assindéticas e sindéticas.
Assindéticas: são aquelas que se apresentam ligadas às outras apenas por um
sinal de pontuação sem o auxílio de conjunções coordenativas, que são os
conectivos usados para estabelecer a coordenação (ex: o menino não foi à escola, foi
jogar futebol e perdeu o dia de aula).
Sindéticas : são aquelas que se apresentam ligadas às outras com o auxílio de
conjunção coordenativa (ex: a menina foi até a loja e comprou muitas roupas).
A classificação das orações coordenadas sindéticas é feita de acordo com a
conjunção coordenativa que as introduz. Assim, elas podem ser:
aditivas, adversativas, explicativas, conclusivas e alternativas.
50. Orações coordenadas sindéticas:
A classificação das orações coordenadas sindéticas é feita de acordo com a
conjunção coordenativa que as introduz. Assim, elas podem ser:
aditivas, adversativas, explicativas, conclusivas e alternativas.
Aditivas: expressam idéia de adição, soma ou de seqüência de ações.
Principais conjunções: e, nem (e não), não só... Mas também, não só... como
também. (ex: corri até o campo e joguei futebol).
Adversativas: são aquelas que dão idéia de oposição, de contraste.
Principais conjunções: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto. (ex:
corri até o campo mas não consegui jogar).
51. Explicativas: exprimem um motivo, uma razão, uma explicação.
Principais conjunções: que, porque, pois (antes de verbo).
Ex: Parem este troço porque eu quero descer.
Conclusivas: são aquelas que expressam uma conclusão.
Principais conjunções: portanto, logo, por conseguinte, pois (após o verbo), por isso
(ex: ele cometeu um crime; logo, foi preso).
Alternativas: dão idéia de alternância.
Principais conjunções: ou, ou...ou, já...já, quer... quer.
(ou faz frio, ou faz sol, nunca a temperatura está agradável).
52. Período composto por subordinação
O período composto por subordinação é formado por uma ou mais orações
subordinadas que se articulam com uma oração principal em relação a elas.
Orações subordinadas substantivas:
Exercem com relação a oração principal as funções próprias do substantivo, que
são: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e aposto. Em
geral, as subordinadas substantivas são introduzidas pelas conjunções
subordinativas "que" e "se".
a) Subjetivas: funcionam como sujeito da oração principal.
É formado por estruturas de verbo de ligação ou verbos na 3ª pessoa do singular
ou voz passiva sintética.
Ex1: É prudente olhar os pneus!.
Ex2: falou-se muito em eliminar as sacolinhas dos supermercados.
Ex3: Parece ser fácil estudar.
53. Oração subordinada substantiva (continuação):
b) Objetiva direta: é aquela que funciona como objeto direto da oração principal.
(ex: não vi quem me bateu).
c) Objetiva indireta: é aquela que funciona como objeto indireto da oração
principal. É sempre introduzida por uma preposição (ex: lembrei-me de que faltou
pagar a última prestação).
d) Completiva nominal: é aquela que funciona como complemento de um
substantivo ou de um adjetivo da oração principal. Também é regida por
preposição (ex: estava arrependida de ter desacatado o policial).
e) Predicativa: É aquela que funciona como predicativo da oração principal, na qual
aparece verbo de ligação, mais comumente o verbo ser (ex: a verdade é que
importa no depoimento).
f) Apositiva: é aquela que funciona como aposto de um termo da oração principal (ex:
filho, só peço uma coisa: que evite briga).
54. Orações subordinadas adjetivas:
Dividem-se em restritivas e explicativas:
a) Explicativas: são aquelas que, funcionando também como adjetivo poderia ser
omitida da oração sem prejuízo da compreensão. e é sempre separada por sinal de
pontuação, geralmente a vírgula.
Exemplo: Patrícia, que é escritora, publicou seu primeiro livro.
b) Restritivas: são aquelas que, funcionado como um adjetivo, restringem a
significação de um substantivo ou pronome da oração principal, particularizando-o.
Elas têm valor de adjuntos adnominais, não podem ser omitidas, pois são
indispensáveis no sentido do período, e não se apresentam isoladas por vírgulas.
Exemplo: o aluno que fez a lição de casa ganhará pontos na média final.
55. Orações subordinadas adverbiais: exercem a função de adjunto adverbial.
Classificam-se em:
causais, condicionais, conformativas, concessivas, comparativas, consecutivas, tempo
rais, proporcionais, finais.
a) Causais: expressam a causa, o motivo, a razão do evento registrado pelo verbo
da oração principal (ex: não jogo futebol porque estou contundido).
b) Condicional: Indicam um fato necessário à ocorrência, ou não, da oração expressa
pelo verbo na oração principal. Exprimem, portanto, uma hipótese ou uma
condição (ex: se eu fosse até ela, a convidaria para sair).
c) Conformativas: Indicam um acordo, uma conformidade entre o acontecimento
que exprimem e a ação registrada pelo verbo da oração principal.
Estabelecem, portanto, um acordo com uma conformidade entre os eventos
enunciados nas
56. d) Concessivas: expressam uma concessão à idéia registrada pelo verbo da oração
principal, ou seja, concedem a possibilidade de uma oposição, de um fato
novo, mesmo que contraditório (ex: andou pela quintal, embora soubesse do risco de
ser mordido pelo cachorro) .
e) Comparativas: fazem uma comparação com a ação registrada pelo verbo da oração
principal (ex: os olhos falam mais que a boca).
f) Temporais: Expressam uma circunstância de tempo em relação ao fato
registrado pelo verbo da oração principal (ex: ninguém saiu do cinema, até que o filme
acabasse).
g) Proporcionais: Expressam proporcionalidade em relação ao verbo da oração
principal (ex: à medida que o rio subia a cidade era invadida pelas águas) .
h) Finais : Expressam objetivo, a finalidade da ação registrada pelo verbo da
oração principal (ex: daremos cobertores para que não morram de frio).
57. Orações desenvolvidas: necessitam dos conectivos subordinativos (como as
subordinadas já apresentadas).
Orações Reduzidas: não necessitam dos conectivos subordinativos .
Exemplos:
Oração desenvolvida: o gerente pediu que assinássemos o contrato.
Oração reduzida: o gerente pediu para assinar o contrato.
As orações reduzidas classificam-se em :
a) Orações reduzidas de infinitivo (ex: o gerente pediu para assinar o contrato).
b) Orações reduzidas de gerúndio (ex: escrevendo com atenção, passarás no teste).
c) Orações reduzidas de particípio (ex: Este é o teste comentado pelo professor).