O documento discute as Epístolas Pastorais do Novo Testamento, escritas por Paulo de Tarso endereçadas a Timóteo e Tito. As epístolas fornecem instruções sobre como liderar as igrejas e o comportamento esperado de líderes religiosos. O documento também analisa a autoria e contexto histórico das cartas.
13. As Epístolas pastorais são livros canônicos do Novo
Testamento, foram escritas por Paulo de Tarso e se dirigem a Timóteo e a
Tito. São agrupadas desde os primeiros séculos do cristianismo tal qual
temos em nossas Bíblias: Primeira Epístola a Timóteo; Segunda Epístola
a Timóteo, e Epístola a Tito. Foram chamadas pela primeira vez de
Epístolas Pastorais no século XVIII. O título é apenas parcialmente uma
descrição do seu conteúdo, pois não são estritamente pastorais no
sentido de fornecer instrução sobre o cuidado das almas. A designação
de pastoral é por serem dirigidas a pessoas que tinham
responsabilidades pastorais. Diferente das demais epístolas paulinas
quando se destinam a uma igreja ou um grupo de igrejas. Não há nada
que indique que elas foram escritas na mesma data ou do mesmo local
ou que o autor pretendesse que fossem um conjunto, entretanto estudos
contemporâneos indicam que devem ser tratadas como um grupo.
Possivelmente escritas no período do fim da vida do apóstolo Paulo,
apresenta o pensamento dele preparando Timóteo e Tito para continuar a
sua tarefa. Por esse motivo introduz uma diferente espécie de
correspondência na literatura paulina em comparação com as demais
epístolas anteriores
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15. Recentemente, alguns biblistas e comentaristas têm
questionado a autoria, tradicionalmente aceita, de que Paulo é o autor
destas epístolas, citando alegadas diferenças no vocabulário, estilo e
teologia. Contudo, tais argumentos não convencem, e também não há
razão persuasiva para negar que Paulo tenha escrito estas cartas, e
de acordo com as saudações, o autor das três cartas pastorais (1º e
2ºTimóteo e Tito) foi mesmo Paulo. De acordo com a tradição
posterior, Paulo escreveu 1º Timóteo enquanto estava ainda no meio
de sua quarta viagem missionária, entre os anos de 62-64 d.C. 2º
Timóteo é a última carta escrita por Paulo. Preparou-a logo depois da
sua quarta viagem missionária, provávelmente entre 64-68 d.C.
Também a carta enviada a Tito foi escrita durante a quarta viagem
missionária, entre 62 e 64 d.C.]..
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18. Paulo já era um homem mais velho (Filemon 9) e dependia
cada vez mais da atuação dos homens que havia treinado durante a
época mais ativa do seu ministério. Ele havia deixado Timóteo em
Éfeso (1º Timóteo 1:3) e Tito em Creta (Tito 1:5) para continuarem o
trabalho no ministério. Lucas ainda estava com ele (2º Timóteo 4:11),
Tíquico tinha sido enviado a Éfeso (4:12) e a presença de Marcos era
desejada. Paulo, pessoalmente, havia estado em Éfeso (1º Timóteo
1:3), Creta (Tito 1:5), Nicópolis (3:12), Corinto (2ºTimóteo 4:20), Mileto
(4:20) e Trôade (4:13) e estava em Roma naquele momento (1:17). Ele
estava certo de que o fim de sua vida estava próximo (4:6-7). Há uma
diferença entre as cartas pastorais, no entanto: I Timóteo e Tito
mostram Paulo ainda ativo, viajando entre as cidades e aconselhando
os seus aprendizes em questões do ministério. Já 2º Timóteo
demonstra um tom de despedida (4:6-8).
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23. As cartas pastorais nos dão uma perspectiva profunda sobre
a autoridade bíblica que foi concedida aos líderes das igrejas. Paulo,
em I Timóteo, já dizia: “Saiba como as pessoas devem comportar-se
na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da
verdade” (I Timóteo 3:15). Para que as pessoas soubessem como se
comportar, era necessário que alguém as ensinasse e esperasse
delas o tipo de comportamento adequado. Hoje, esses ensinamentos
se fazem ainda mais necessários, porque saímos de um passado
onde tínhamos um excesso de autoridade para um presente onde há
escassez dela. Quais princípios norteavam a autoridade que Paulo
exerceu sobre Timóteo e Tito e os ensinou a exercerem sobre os
outros? Paulo sabia que a essência da liderança era a servidão (I
Timóteo 4:10-12, Tito 2:7-8). Ele deu o exemplo a Timóteo e o chamou
a imitá-lo (II Timóteo 3:10-11). Em muitas ocasiões, ao invés de
ordenar algo a Timóteo ou a Tito, Paulo simplesmente pediu,
recomendou, lembrou ou simplesmente os instruiu (I Timóteo 1:3,
1:18, 2:1, 4:6-7, 15, 5:1-2, 14, 21, 6:20, II Timóteo 2:14, 2:25, 4:1, Tito
2:2-6, 9, 3:1).
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25. Paulo preparou a Timóteo ensinando-o como ministrar aos que tinha
sob seu cuidado. Seus ensinamentos foram claros e específicos. Timóteo não teve
que adivinhar o que seu mestre ou discipulador esperava dele. Estas instruções
surgiram da experiência e sabedoria de Paulo. Os líderes servidores preparam a
outros instruindo-os nas áreas específicas de seu ministério. Paulo faz apelo
angustiado a Timóteo para que este guarde fielmente a fé genuína, ante a apostasia
vindoura (1 Tm 4.1; 6.20; 2 Tm 1.14). Cada crente deve imitar um Paulo em sua vida
porque “você necessita de alguém que tenha atravessado o caminho”. Cada crente
necessita de um Barnabé porque precisa de alguém “que o ame, mas que não se
deixe impressionar por você”.Necessita de um Timóteo “cuja vida está edificando”.
(Fp 2.19 - ARA). Há pastores que pregam, ensinam, pastoreiam ou escrevem, não
com solicitude genuína pela propagação do evangelho, mas visando aos seus
próprios interesses, honra, glória e prestígio. Ao invés de procurarem agradar ao
Senhor JESUS, procuram agradar aos homens e conquistar o favor deles (1.15;
2.20,21; 2 Tm 4.10,16). Tais pastores não são verdadeiros servos do Senhor.
Sabendo que está com os dias contados e seu ministério acabado, ele escreve para
Timóteo: Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo,
abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, e Tito, para a
Dalmácia. Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para
o ministério (2Tm 4.9-11). Quando seu tempo se esgotava, quando se sentiu
abandonado e quando possivelmente se deixava abater pelo desânimo, Paulo
queria ter duas pessoas a seu lado: Timóteo, seu amado filho, e Marcos, “porque ele
me é útil para o ministério”.
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29. Embora os adeptos da teologia da prosperidade considerem Kenneth Hagin
o pai desse movimento, pesquisas cuidadosas feitas por vários estudiosos, como D. R.
McConnell, demonstraram conclusivamente que o verdadeiro originador da confissão
positiva foi Essek William Kenyon (1867-1948). Esse evangelista de origem metodista
nasceu no condado de Saratoga, Estado de Nova York, e se converteu na adolescência.
Em 1892 mudou-se para Boston, onde estudou no Emerson College, conhecido por ser
um centro do chamado movimento “transcendental” ou “metafísico”, que deu origem a
várias seitas de orientação duvidosa. Uma das influências recebidas e reconhecidas por
Kenyon nessa época foi a de Mary Baker Eddy, fundadora da Ciência Cristã. Kenyon
iniciou o Instituto Bíblico Betel, que dirigiu até 1923. Transferiu-se então para a
Califórnia, onde fez inúmeras campanhas evangelísticas. Pregou diversas vezes no
célebre Templo Angelus, em Los Angeles, da evangelista Aimee Semple McPherson,
fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular. Pastoreou igrejas batistas
independentes em Pasadena e Seattle e foi um pioneiro do evangelismo pelo rádio, com
sua “Igreja do Ar”. As transcrições gravadas de seus programas serviram de base para
muitos de seus escritos. Cunhou muitas expressões populares do movimento da fé,
como “O que eu confesso, eu possuo”. Antes de morrer, em 1948, encarregou a filha
Ruth de dar continuidade ao seu ministério e publicar seus escritos. Quais eram as
crenças dos tais grupos metafísicos? Eles ensinavam que a verdadeira realidade está
além do âmbito físico. A esfera do espírito não só é superior ao mundo físico, mas
controla cada um dos seus aspectos. Mais ainda, a mente humana pode controlar a
esfera espiritual. Portanto, o ser humano tem a capacidade inata de controlar o mundo
material por meio de sua influência sobre o espiritual, principalmente no que diz respeito
à cura de enfermidades.
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31. A ressurreição de Cristo é o grande milagre do
Cristianismo. Uma vez estabelecida a realidade deste acontecimento,
a discussão dos demais milagres torna-se desnecessária. Sobre o
milagre da ressurreição está firmada a nossa fé. Porque o
Cristianismo é histórico, e baseia seus ensinamentos em
acontecimentos ocorridos há quase 20 séculos, na Palestina. São
estes eventos o nascimento e ministério de Jesus Cristo, culminando
na sua morte, sepultamento e ressurreição. De tudo isto, é a
ressurreição a pedra de esquina, porque, se Cristo não ressuscitou,
não era o que alegava ser. Sua morte não seria morte expiadora - os
cristãos estariam sendo enganados há séculos; os pregadores,
proclamando erros; e os fiéis, acalentando falsas esperanças. Mas,
graças a Deus, podemos proclamar esta doutrina: “Mas de fato
Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que
dormem!”
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35. Cuidar do rebanho de Deus é uma das mais nobres tarefas
dadas por Deus ao homem. Representa, também, enormes e
pesadas responsabilidades, pois quem administra uma igreja está
lidando não só com as questões administrativas do dia-a-dia, mas
sobretudo com o preparo de almas para a vida eterna. Daí há quem
pense que basta atender as necessidades espirituais do rebanho
para cumprir o propósito divino, deixando as questões
administrativas em plano secundário. Embora as necessidades
espirituais sejam mais importantes, há o lado humano, a
organização, o modo de fazer as coisas, que também não podem ser
desprezados.
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37. “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito
Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele
resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha
partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho; e
que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas,
para atraírem os discípulos após si.” (At20.28-30). Quando o Espírito Santo
orientou a Paulo nos critérios de escolha dos candidatos ao Presbitério ele
estava estabelecendo os critérios éticos para tal função homens de boa
reputação isso nos mostra como o candidato deveria ser visto pela
sociedade, (ITm 3.7 ) cheios do Espírito Santo, (Gl 5.22 -26) isso mostra que
seu caráter deveria estar moldado pela pessoa do Espírito Santo, cheios de
sabedoria a Bíblia diz em Salmos 111.10 que o temor ao Senhor é o principio
da sabedoria. Então no contexto cultural da Igreja Cristã, o Presbítero deveria
ser um homem temente a Deus. Ao referir-se aos Presbíteros em ITm 3.1-8,
Paulo norteia o padrão de comportamento ético, e este padrão é o mesmo
seja para o Pastor, Presbítero ou Diácono. Falando aos Presbíteros no
versículo 4 do mesmo capitulo, Paulo foi bem claro: que saiba governar bem
a sua casa - isso reforça o cuidado bíblico com a família; o apostolo esta
mostrando que a liderança deve começar em casa; e no versículo 15 ele diz:
“para que saibais como convem andar na casa de Deus”, o apostolo estava
falando de comportamento ético, de como exercer o ministério, seja como
Diácono, Presbítero ou Pastor.