1) O documento descreve a lição de uma igreja sobre a consagração dos sacerdotes segundo o livro de Êxodo. 2) Os sacerdotes deveriam ser lavados com água e ungidos com azeite antes de oferecer sacrifícios. 3) Os animais sacrificiais representavam a morte expiatória de Cristo, necessária para a remissão dos pecados.
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TEXTO ÁUREO
“E quase todas as
coisas, segundo a lei,
se purificam com
sangue; e sem
derramamento de
sangue não há
remissão."
(Hb 9.22)
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VERDADE PRÁTICA
O sacrifício expiador
de Cristo no calvário
foi perfeito, único e
capaz de nos purificar
de todo pecado.
4. 1-Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um
novilho e dois carneiros sem mácula,
2-E pão ázimo, e bolos ázimos, amassados com azeite, e coscorões ázimos, untados com azeite; com
flor de farinha de trigo os farás,
3-E os porás num cesto, e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros.
4-Então farás chegar a Arão e a seus filhos à porta da tenda da congregação, e os lavarás com
água;
5-Depois tomarás as vestes, e vestirás a Arão da túnica e do manto do éfode, e do éfode, e do
peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.
6-E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra.
7-E tomarás o azeite da unção, e o derramarás sobre a sua cabeça; assim o ungirás.
8-Depois farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas.
9-E os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o
sacerdócio por estatuto perpétuo, e consagrarás a Arão e a seus filhos;
10-E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as suas
mãos sobre a cabeça do novilho;
11-E imolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação.
12-Depois tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo
o sangue restante derramarás à base do altar.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Êx 29.1-12
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I. – A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS
1. A lavagem com água.
2. A unção com azeite (Êx 30.23-33).
3. Os animais são imolados como sacrifício (Êx 29.10-18).
II. – O SACRIFÍCIO DA POSSE
1. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35).
2. Sacrifícios diários.
III. – CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE
1. Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque.
2. O sacrifício perfeito de Cristo.
3. O sacrifício eterno de Cristo.
Esboço da Lição
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Deus ordenou que Moisés separasse
Arão e seus filhos para o sacerdócio.
O vestuário, bem como o modo de
proceder dos sacerdotes, foram
dados por orientações do próprio
Deus. Antes de oferecer sacrifícios
em favor do povo, Arão deveria
oferecer sacrifício para a remissão
dos seus próprios pecados. Na lição
de hoje, estudaremos a respeito do
ato de consagração e purificação do
sacerdócio, conforme as
determinações de Deus.
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A palavra consagrar vem do latim “consecrare”,
formada por “com”, que significa “inteiramente” e
“sacer”, que quer dizer “santo”. Portanto, consagrar
significa “santificar inteiramente”. Os termos
hebraicos usados no AT são qõdesh, que pode ser
traduzido por “consagração”, “santidade” e incluem
as ideias de “separação de algum uso comum ou
profano” e de “separação para o serviço divino”.
Pessoas e objetos eram separados para serviço
divino, ou seja, eram consagradas (Êx 29.35; 28.41;
Lv 7.37; 21.10; Nm 3.3; 7.11; Js 6.19). Nessa
separação há uma aceitação das coisas ou pessoas
em suas funções. Assim, Arão e seus filhos usavam
vestes especiais em suas funções sacerdotais, como
sinal de sua aceitação e consagração (Êx
29.29,33,35). Animais também eram consagrados,
conforme vemos em (Êx 29.22,31,34). Como crentes,
somos convidados a consagrar as nossas vidas a
Cristo espiritual (Rm 12.1,2).
Comentário
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1. A lavagem com água.
2. A unção com azeite (Êx 30.23-33).
3. Animais são imolados como
sacrifício (Êx 29.10-18).
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AQ
"Então, farás chegar Arão e seus filhos à
porta da tenda da congregação e os lavarás
com água" (Êx 29.4). Muitos eram os
rituais de preparação que os sacerdotes
deveriam realizar antes de se achegarem à
presença de Deus. Uma parte dos rituais
era a lavagem com água, que simbolizava
pureza e perfeição.
Deus é santo e requer santidade do seu
povo: "Santos sereis, porque eu, o Senhor,
vosso Deus, sou santo" (Lv 19.2).
O crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e
pelo sangue de Cristo (1 Jo 1.7). Sem
pureza e santidade não podemos nos
achegar à presença de Deus. Uma
importante razão pela qual o crente deve
santificar-se é que a santidade de Deus, em
parte, é revelada através do procedimento
justo e da vida santificada do crente.
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Esta lavagem cerimonial dos sacerdotes com água
simbolizava a pureza que devia caracterizar o
serviço sacerdotal, bem como a Palavra de Deus,
como fonte de purificação (Sl 119.9,11; Jo 13.10;
17.17). Como Deus é santo (Lv 11.44,45; 19.2;
20.7; Is 48.17; I Pe 1.16) os sacerdotes deveriam
estar limpos tanto no ato da consagração como
no exercício do seu ofício (Êx 30.19-21). Caso
contrário, eles estariam impuros para cumprir
suas obrigações diante do Senhor.
Semelhantemente, todos nós, como reino
sacerdotal e nação santa (I Pe 2.9), necessitamos
estar limpos, para nos achegar a Deus (Jo 15.3; II
Co 7.1; Ef 5.26). O escritor aos hebreus diz:
“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em
inteira certeza de fé, tendo os corações
purificados da má consciência, e o corpo lavado
com água limpa” (Hb 10.22).
Comentário
9. Assembléia de Deus
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Uma vez à porta da tenda da congregação, Arão e seus filhos deveriam ser lavados com água na pia de cobre que
estava entre o altar de sacrifícios e o primeiro véu (Ex.29:4).
- Este ato do ritual mostra-nos que toda a consagração começa com a lavagem da água, que o apóstolo Paulo
em Ef.5:26, diz ter sido um ato realizado pelo Senhor Jesus quando Se entregou a Si mesmo pela Igreja, para a
santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra.
- Ora, isto nos remete ao que disse o Senhor Jesus a Nicodemos, quando afirmou que é necessário nascer da
água e do Espírito para entrar no reino de Deus (Jo.3:5).
- A lavagem com água, portanto, representa a santificação operada pela Palavra de Deus, santificação
esta não só posicional, que faz com que, pelo perdão dos nossos pecados, sejamos chamados santos, por
invocarmos o nome do Senhor (I Co.1:1,2), como, também, a santificação progressiva, pela qual somos mantidos
separados do pecado desde a nossa conversão até o dia da glorificação (Jo.17:17; Ap.22:11).
- É a Palavra de Deus que nos leva a fé até nossos corações (Rm.10:17), fé esta pela qual damos entrada em
nossa vida espiritual, na graça de Deus (Rm.5:1,2). É mediante a santificação pela Palavra de Deus, deste
verdadeiro “nascimento da água”, que iniciamos o nosso sacerdócio cristão, que damos início a nossa entrada no
santuário celestial, pois, sem fé é impossível agradar a Deus (Hb.11:6).
- Por isso, o Senhor Jesus mandou à Sua Igreja que ensinasse as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo, bem como que lhes ensinasse a guardar tudo quanto o Senhor lhes havia mandado
(Mt.28:19,20). É indispensável que as pessoas tenham acesso à Palavra, aprendam continuamente da Palavra
para que possam exercer legítima e validamente o sacerdócio real de que são investidos pela sua condição de
salvos na pessoa bendita de Cristo Jesus
10. Assembléia de Deus
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AQ
O azeite da unção deveria ser
derramado sobre a cabeça de Arão e
seus filhos. O azeite é símbolo do
Espírito Santo que viria habitar no
crente pelo ministério intercessor de
Jesus (Jo 14.16,17,26), bem como o
batismo com o Espírito Santo (At
1.4,5,8). Assim também a igreja
recebeu o penhor do Espírito (2 Co
1.21,22), mas alguns de seus
membros são individualmente
separados para ministérios
específicos, segundo os propósitos
de Deus.
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No AT, reis e sacerdotes recebiam a unção com
óleo antes de exercerem suas respectivas funções
(Êx 28.41; Lv 8.12; Nm 35.25; I Sm 10.1; 12.3,5; II
Sm 1.14,16; I Rs 1.39,46; 19.16). A unção de um
sacerdote lhe conferia um ofício vitalício (Lv 7.3;
4.3; 8.12-30; 10.7). Além dos sacerdotes, o
tabernáculo e seus utensílios também foram
ungidos (Êx 30.26-29; 40.9; Lv 8.10). O azeite
simboliza o Espírito Santo; pois, ninguém pode
realizar um serviço espiritual sem a unção do
Espírito. O próprio Jesus foi ungido pelo Espírito
(Is 60.1-3; Lc 4.18,19; Hb 1.9). Em sua totalidade,
a cerimônia de consagração dos sacerdotes
durava sete dias (Êx 29.35-37).
Comentário
11. Assembléia de Deus
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Arão foi ungido com azeite, em mais uma figura da necessária unção do Espírito Santo que
deve pairar sobre todos os salvos na pessoa de Cristo Jesus. Por isso, o apóstolo João disse que
todo salvo tem a unção do Santo e sabe tudo (I Jo.2:20).
-É interessante notar que a unção do sumo sacerdote era única, ou seja, uma vez ungido para
exercer o sumo sacerdócio, ele não mais seria ungido. De igual modo, a unção recebida pelo
salvo em Cristo Jesus não precisa ser repetida, pois, como diz João, “a unção, que vós
recebestes d’Ele, fica em vós e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a
Sua unção os ensina todas as coisas e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou,
assim n’Ele permanecereis” (I Jo.2:27) A unção de Arão feita sobre a cabeça e que fazia com
que todas as suas vestes fossem embebidas pelo azeite também é figura da unidade que existe
no corpo de Cristo, que é a Igreja (I Co.12:27), como atesta o salmista no Salmo 133, que diz
que a união dos irmãos é como o óleo que desce sobre a barba, a barba de Arão e que desce à
orla dos seus vestidos (Sl.133:1,2). Esta unidade do corpo de Cristo, da Sua Igreja, é possível
única e exclusivamente pela ação do Espírito Santo, este único Espírito que opera na Igreja do
Senhor (Ef.4:4) .
12. Assembléia de Deus
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AQ
Era necessário que antes de
ministrar em favor do povo, o
sacerdote oferecesse sacrifícios de
holocausto por sua própria vida.
Arão e seus filhos deveriam levar um
cordeiro, sem mancha ou defeito,
diante do altar. O cordeiro morto
tipificava a morte vicária de Jesus
Cristo, que "morreu por nossos
pecados, segundo as Escrituras" (1
Co 15.3). A morte vicária de Cristo
proporciona ao homem pecador a
reconciliação com Deus. Jesus
morreu para expiar os nossos
pecados (1 Pe 1.18,19).
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"A Origem dos Sacrifícios
Em relação à origem dos sacrifícios, existem duas
opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e que
Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de
outras religiões, quando inaugurou seu sistema
sacrificial; e (2) que os sacrifícios foram instituídos por
Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação
de Deus. É possível que o primeiro ato sacrificial em
Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva
com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo
sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma
oferta do 'fruto da terra', isto é, daquilo que havia
produzido, expressando sua satisfação e orgulho.
Entretanto, seu irmão Abel 'trouxe dos primogênitos das
suas ovelhas e da sua gordura' como forma de expressar
a contrição de seu coração, o arrependimento e a
necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4).
Comentário
13. Assembléia de Deus
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1. O Segundo Carneiro da Consagração
(Êx 29.19-35)
2. Sacrifícios Diários
14. Assembléia de Deus
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AQ
Era necessário que outro animal inocente
fosse morto. “Parte do sangue era
colocada(Segundo o Comentário Bíblico
Beacon): Primeiramente na orelha
direita, no dedo polegar da mão direita e
No dedo polegar do pé direito“O restante
do sangue deveria ser derramado sobre o
altar.
Sem derramamento de sangue não há
remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo
apontava para o Calvário, onde Cristo
derramou seu sangue por nós.
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O segundo carneiro.
Era chamado de “carneiro da consagração” (Êx
29.22; Lv 8.22). Neste sacrifício, também havia
imposição de mãos sobre o carneiro (Êx 29.19).
Depois que o carneiro era degolado, o sangue era
colocado: (1) sobre a ponta da orelha direita de
Arão e seus filhos, simbolizando que o sacerdote
era alguém que deveria estar preparado para
ouvir tudo que o Senhor ordenasse, afim de
cumprir suas ordens; (2) sobre o dedo polegar da
mão direita. Tendo em vista que as mãos são
instrumentos de ação, simbolizava que o
sacerdote deveria estar pronto a realizar tudo que
Deus lhe ordenasse; e, (3) sobre o dedo polegar
do pé direito, mostrando que o sacerdote deveria
andar pelos caminhos que o Senhor lhe
ordenasse. O resto do sangue era espalhado
sobre o altar (Êx 29.19-23).
Comentário
15. Assembléia de Deus
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Os animais que deveriam ser sacrificados (Êx 29.1). Três animais eram sacrificados durante a cerimônia
de consagração: um novilho e dois carneiros, sem mácula:
O novilho. Arão e seus filhos deveriam colocar as mãos sobre a cabeça do novilho e depois ele seria
degolado à porta da tenda, como oferta pelo pecado (Êx 29.10-14 Lv 8.14-17). Esse sacrifício purificava o
sacerdote no caso de haver cometido algum pecado involuntário que poderia desqualificá-lo para
representar o povo diante de Deus (Lv 4.3-12). Esta oferta já apontava para o sacrifício de Cristo (Is 53.5;
Jo 1.29; Gl 3.13; Hb 13.11-13). A imposição de mãos apontava para a transferência dos pecados do
sacerdote para o novilho (Lv 4.4,15,24,29,33; 16.21,22).
O primeiro carneiro. Esta oferta simbolizava consagração total ao Senhor, e não um sacrifício pelo pecado
(Êx 29.15-18; Lv 8.18-21). Arão e seus filhos deveriam impor as mãos sobre a cabeça do carneiro, não para
transferência de pecado, pois já foi realizada na ocasião da morte do novilho (Êx 29.10-14), e sim, para
oferecerem a si mesmo, como oferta agradável ao Senhor (Lv 8.21). Depois que o animal era degolado,
seu sangue era espalhado sobre o altar, então ele deveria ser partido e suas entranhas e suas pernas
deveriam ser lavadas (Êx 29.16,17; Lv 8.21). Esta lavagem apontava para a pureza daquele que estava
sendo representado, ou seja, Arão e seus filhos.
O segundo carneiro.
16. Assembléia de Deus
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AQ
Diariamente eram oferecidos sacrifícios
pelo pecado. Pela manhã e a tarde havia
sacrifícios e um animal inocente era
morto em resgate da vida de alguém. O
sacrifício de Cristo foi perfeito e único. Por
isso, hoje podemos nos achegar a Deus
para adorá-lo livremente. No Tabernáculo,
tudo deveria estar sempre pronto a fim de
que o culto diário a Deus nunca fosse
interrompido. Os sacerdotes cuidavam
para que o fogo do altar nunca se
apagasse. A cada manhã, este era
alimentado com nova lenha e novos
holocaustos (Lv 6.12,13). Da mesma forma
Deus quer que nos apresentemos a Ele,
prontos e renovados espiritualmente (2
Co 4.16).
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Ofereciam sacrifícios contínuos. Os sacrifícios
tinham de ser oferecidos repetidas vezes - “Faz-se
recordação de pecados todos os anos” (Hb
10:3). Ficamos perplexos quando lemos o Antigo
Testamento com detença e vemos os vários
sacrifícios que tinham de ser oferecidos pelos
sacerdotes a favor de cada israelita, e a
frequência com que tinham de ser oferecidos.
Veja Êx 29:38,41,42; 30:10; Nm 28:1-3.
Comentário
17. Assembléia de Deus
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Revista CPAD
1. Sacerdócio segundo a ordem de
Melquisedeque.
2. O sacrifício perfeito de Cristo.
3. O sacrifício eterno de Cristo.
18. Assembléia de Deus
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AQ
A primeira referência a
Melquisedeque como sacerdote
encontra-se no livro de Gênesis
14.18. Poucos sabemos a respeito
de Melquisedeque: "sem pai, sem
mãe, sem genealogia, não tendo
princípio de dias nem fim de vida"
(Hb 7.3). Melquisedeque é um tipo
de Cristo.
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Mas porque Melquisedeque? Quem foi
Melquisedeque? O escritor de Hebreus nota que ele
foi tanto sacerdote como rei de Salém (outro nome
de Jerusalém; veja Gênesis 14:18-20; Hebreus 7:1).
Ele também observa que as escrituras do Velho
Testamento dão a Melquisedeque a aparência de ser
eterno, não sendo registrado seu nascimento,
linhagem ou morte (7:1-3). Assim, existem algumas
semelhanças entre Melquisedeque e Jesus.
Melquisedeque parece continuar para sempre como
sacerdote, porque as Escrituras nunca registram sua
morte. Jesus, sendo divino, vive e serve para sempre
como sacerdote (Hebreus 7:23-25). Melquisedeque
era tanto rei quanto sacerdote ao mesmo tempo (que
era impossível sob a Lei de Moisés). Jesus é tanto rei
como sacerdote ao mesmo tempo, em cumprimento
da profecia de Zacarias.
Comentário
19. Assembléia de Deus
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Davi profetizou, mil anos antes do nascimento de Jesus, que o Messias seria “sacerdote para sempre segundo a ordem de
Melquisedeque” (Salmo 110:4). O autor de Hebreus cita esta profecia várias vezes, e explica o seu significado em relação
à superioridade total de Jesus.
A expressão “segundo a ordem de Melquisedeque” significa que o sacerdócio de Jesus é do mesmo tipo, ou parecido
com, o sacerdócio de Melquisedeque. Melquisedeque aparece na história bíblica, e some logo em seguida. Ele era rei de
Salém e sacerdote de Deus (Gênesis 14:18). Abençoou Abraão e recebeu o dízimo dele depois da vitória do patriarca
contra Quedorlaomer. As Escrituras não relatam nada sobre antepassados nem descendentes de Melquisedeque (o ponto
de Hebreus 7:3). Ele servia como sacerdote antes do nascimento de Isaque, então não era descendente da tribo de Levi
(um dos netos de Isaque). Era sacerdote aprovado por Deus, independente de linhagem.
Deus fez algumas coisas no Velho Testamento pensando na vinda de Jesus, e assim ajudando o povo a entender a missão
de Cristo. Os comentários em Gênesis e Salmos sobre Melquisedeque mostraram a possibilidade de ter um sacerdote que
não era sujeito à Lei dada aos israelitas no Monte Sinai. É exatamente isso que o autor de Hebreus nos mostra, usando
Melquisedeque como tipo de Cristo. Jesus não podia ser sacerdote no sistema dado no Monte Sinai (Hebreus 8:4). O fato
de Deus ter declarado Jesus sacerdote eterno serve de prova de mudança de lei: “Pois, quando se muda o sacerdócio,
necessaria-mente há também mudança de lei” (Hebreus 7:14). “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais
excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas” (Hebreus
8:6). Salmo 110, como o autor de Hebreus bem explica, aponta para o perfeito Rei e eterno Sacerdote, Jesus Cristo.
Qualquer ensinamento que procura preservar algum sacerdócio humano segundo a ordem de Melquisedeque (como
fazem, por exemplo, os mórmons), age por autoridade humana, e não divina (cf. Gálatas 1:10; 2 João 9), e diminui a
importância de Jesus Cristo como o eterno e suficiente Sumo Sacerdote.
20. Assembléia de Deus
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AQ
Arão e seus descendentes deveriam
oferecer diariamente sacrifícios por
seus pecados e também do seu
povo. Hoje não precisamos fazer
esses tipos de sacrifícios, pois o
sacrifício de Cristo foi único, perfeito
e perpétuo (Hb 7.25-28).
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Comentário
O Sacerdócio de Cristo inspira Superior
Esperança.
Diferente dos sacrifícios do Antigo Pacto, que
apenas cobriam temporariamente o pecado, mas
não transformava o pecador; o sacrifício de Cristo
aperfeiçoou para sempre os que são santificados;
realizando o que a Lei não podia fazer: santificar
os pecadores. “Pois a lei nenhuma coisa
aperfeiçoou e desta sorte é introduzida uma
melhor esperança, pela qual chegamos a Deus”
(Hb 7.19).
21. Assembléia de Deus
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AQ
"Mas este, porque permanece
eternamente, tem um sacerdócio
perpétuo (Hb 7.24). O vocábulo
"perpétuo" significa "inalterável".
Jesus não pertencia à tribo de Levi,
mas seu sacerdócio era segundo a
ordem de Melquisedeque (Hb
5.6,10; 7.11,12), logo, seu sacerdócio
era superior ao de Arão. O
sacerdócio de Cristo é superior,
eterno e imutável.
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Comentário
O Sacerdócio de Cristo oferece Sacrifício
Superior.
Enquanto que, no Antigo Pacto os sacrifícios
eram de animais, no Novo Pacto, Cristo
ofereceu-se a si mesmo. Como nosso Sumo
Sacerdote, Ele penetrou no céu (Hb 9.11,12),
onde apresenta ao Pai a eficácia expiatória do
seu sangue, e intercede por nós. “De sorte que
era bem necessário que as figuras das coisas
que estão no céu assim se purificassem; mas as
próprias coisas celestiais com sacrifícios
melhores do que estes… Porque é impossível
que o sangue dos touros e dos bodes tire os
pecados” (Hb 9.23; 10.4).
22. Assembléia de Deus
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Deus estabeleceu o sacerdócio e as cerimônias de
purificação e consagração. Estas cerimônias apontavam
para o sacrifício perfeito e o sacerdócio eterno de
Cristo. Ele se ofereceu como holocausto em nosso lugar.
Sem Cristo, jamais poderíamos nos achegar à presença
santa e eterna de Deus e ter comunhão com Ele.