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Breve histórico da Escola Dominical: ensino bíblico com ênfase social
Profa. Esp. Míriam Navarro de Castro Nunes
miriam.nc@hotmail.com
Podemos dizer que a história da Educação Cristã se inicia com o próprio senhor Jesus
Cristo. Em seu ministério ele priorizava o ensino da palavra de Deus, empenhando-se em
torná-la acessível e compreensível às pessoas de todas as classes sociais, principalmente as
menos favorecidas. Posteriormente, esta tarefa foi delegada aos apóstolos e aos irmãos da
Igreja Primitiva.
Já em meados do século 16, Lutero levantou a bandeira da educação na Alemanha. O
líder da Reforma Protestante defendia a ideia de que todo cristão deveria possuir instrumentos
culturais que o capacitasse a ler e examinar as escrituras sagradas, assim, lutava pela criação
de instituições escolares públicas, pelo direito-dever de todo cidadão ao estudo, pela
obrigatoriedade e gratuidade da instrução. Na Carta aos prefeitos e conselheiros de todas as
cidades da Alemanha em prol das escolas cristãs de 1534, escreveu: “não há nenhuma outra
ofensa visível que, aos olhos de Deus, seja um fardo tão pesado para o mundo e mereça
castigo tão duro quanto a negligência na educação das crianças”.
No século 18, mais especificamente em 1737, destacou-se o trabalho de John Wesley,
na evangelização de crianças em Savannah, Geórgia. O missionário, fundador do movimento
metodista dizia: “Deus começa uma obra com as crianças!”. Após seu retorno para a
Inglaterra, o trabalho foi mantido e perpetuado pela jovem Hannah Ball Moore, que se
comprometeu com a evangelização das crianças, oferecendo a instrução bíblica em sua casa,
aos domingos.
Mas a maioria dos estudiosos do assunto concordam que o movimento da Escola
Dominical teve início anos mais tarde, em 1780, com Robert Raikes, em Gloucester, na
Inglaterra. Segundo narra a história, em certa manhã de domingo, o jornalista Robert Raikes
estava no escritório de sua casa esforçando-se em escrever mais um artigo sobre a necessidade
de melhoria no sistema carcerário da Inglaterra, ele acreditava na recuperação dos presos e em
sua reintegração na sociedade por meio de estudos, cursos, aulas e aprendizado de um ofício.
Mas enquanto escrevia, Raikes era constantemente interrompido pela algazarra que as
crianças faziam junto à sua janela, na rua; eram os gritos, xingamentos e brigas que mais o
incomodavam.
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Tal fato fez o jornalista refletir sobre a condição daquelas crianças, que trabalhavam
com seus pais, seis dias por semana nas fábricas têxteis da cidade e aos domingos tomavam as
ruas em busca de distração, enquanto seus pais descansavam. Naquela época não existiam
escolas públicas e a educação era restrita aos que tinham condições de pagar por ela. Foi aí
que surgiu a ideia de começar a dar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática,
religião, boas maneiras, moral e civismo para as crianças, a fim de lhes dar uma ocupação aos
domingos, livrá-las do engodo do vício e do crime e garantir-lhes um futuro melhor que o de
seus pais.
Raikes passou escrever artigos denunciando a triste condição daquelas crianças e a sua
proposta de educação. Suas ideias contagiaram muitas pessoas que passaram a apoiá-lo em
seu trabalho, inclusive John Wesley, um dos grandes propagadores do movimento. Mas
também despertou a crítica de conservadores que o acusavam de “profanador do Dia do
Senhor” e “pai dos vagabundos e malcriados”. No entanto, Raikes continuou firme em seu
propósito e em pouco tempo os frutos de seu trabalho puderam ser contemplados.
As Escolas Dominicais se espalharam por toda parte, funcionavam em praças, ruas,
casas particulares e em algumas igrejas que começaram a abrir suas portas para as crianças
desafortunadas. Quatro anos após a sua fundação, a Escola Dominical já havia se instalado em
toda a Inglaterra, atendendo mais de 250 mil alunos; doze anos depois o resultado foi ainda
mais surpreendente: não havia mais réus para serem julgados nos tribunais de Gloucester,
enquanto antigamente eram 50 ou 100 por sessão; em 1811, ano em que Raikes faleceu,
vítima de um ataque cardíaco, já havia mais de 500 mil matriculados. No mesmo ano, a escola
passou a aceitar adultos não-alfabetizados e em 1831, o número de alunos alcançou a marca
de 1 milhão. Por tudo isso, a escola de Raikes pode ser considerada a precursora da educação
pública popular, aliando ensino bíblico e ação social.
No Brasil, a Escola Bíblica Dominical chegou por volta de 1855, pelas mãos dos
missionários escoceses Robert e Sarah Kalley, em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Hoje a Escola Dominical está presente em várias partes do mundo, podendo ser
considerada a maior agência de ensino do planeta. Mantê-la viva e atuante é a nossa missão!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL [vídeo]. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=nWzkL8vY7wQ>. Acesso em: 16 nov. 2015.
COMO SURGIU A ESCOLA DOMINICAL. Revista Vida Cristã, n. 183. Disponível em: <
http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/ComoSurgiuEscolaBiblicaDominical.htm>.
Acesso em: 16 nov. 2015.
ESCOLA DOMINICAL. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia
Foundation, 2015. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Escola_Dominical&oldid=43252442>. Acesso
em: 16 nov. 2015.
GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2003.
LEMOS, R. D. A minúscula semente de mostarda que se transformou numa grande árvore.
2014. Disponível em: < http://licoesbiblicas.com.br/index.php/sobre-ed/historia>. Acesso em:
16 nov. 2015.
MATOS, A. S. de. Igreja Moderna e Contemporânea: Pequena história da Escola
Dominical. Disponível em: < http://www.mackenzie.br/6980.html>. Acesso em: 16 nov.
2015.
RAMOS, A. L. Escola Dominical: história e situação atual. 2013. 134 f. Dissertação
(Mestrado em Ciências da Religião) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo,
2013. Disponível em: < http://tede.mackenzie.com.br/tde_arquivos/3/TDE-2013-10-
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Breve histórico da Escola Dominical: ensino bíblico com ênfase social

  • 1. Curta a página “Eu amo a EBD” no Facebook: https://www.facebook.com/Eu-amo-a-EBD-1520116528313050/ Breve histórico da Escola Dominical: ensino bíblico com ênfase social Profa. Esp. Míriam Navarro de Castro Nunes miriam.nc@hotmail.com Podemos dizer que a história da Educação Cristã se inicia com o próprio senhor Jesus Cristo. Em seu ministério ele priorizava o ensino da palavra de Deus, empenhando-se em torná-la acessível e compreensível às pessoas de todas as classes sociais, principalmente as menos favorecidas. Posteriormente, esta tarefa foi delegada aos apóstolos e aos irmãos da Igreja Primitiva. Já em meados do século 16, Lutero levantou a bandeira da educação na Alemanha. O líder da Reforma Protestante defendia a ideia de que todo cristão deveria possuir instrumentos culturais que o capacitasse a ler e examinar as escrituras sagradas, assim, lutava pela criação de instituições escolares públicas, pelo direito-dever de todo cidadão ao estudo, pela obrigatoriedade e gratuidade da instrução. Na Carta aos prefeitos e conselheiros de todas as cidades da Alemanha em prol das escolas cristãs de 1534, escreveu: “não há nenhuma outra ofensa visível que, aos olhos de Deus, seja um fardo tão pesado para o mundo e mereça castigo tão duro quanto a negligência na educação das crianças”. No século 18, mais especificamente em 1737, destacou-se o trabalho de John Wesley, na evangelização de crianças em Savannah, Geórgia. O missionário, fundador do movimento metodista dizia: “Deus começa uma obra com as crianças!”. Após seu retorno para a Inglaterra, o trabalho foi mantido e perpetuado pela jovem Hannah Ball Moore, que se comprometeu com a evangelização das crianças, oferecendo a instrução bíblica em sua casa, aos domingos. Mas a maioria dos estudiosos do assunto concordam que o movimento da Escola Dominical teve início anos mais tarde, em 1780, com Robert Raikes, em Gloucester, na Inglaterra. Segundo narra a história, em certa manhã de domingo, o jornalista Robert Raikes estava no escritório de sua casa esforçando-se em escrever mais um artigo sobre a necessidade de melhoria no sistema carcerário da Inglaterra, ele acreditava na recuperação dos presos e em sua reintegração na sociedade por meio de estudos, cursos, aulas e aprendizado de um ofício. Mas enquanto escrevia, Raikes era constantemente interrompido pela algazarra que as crianças faziam junto à sua janela, na rua; eram os gritos, xingamentos e brigas que mais o incomodavam.
  • 2. Curta a página “Eu amo a EBD” no Facebook: https://www.facebook.com/Eu-amo-a-EBD-1520116528313050/ Tal fato fez o jornalista refletir sobre a condição daquelas crianças, que trabalhavam com seus pais, seis dias por semana nas fábricas têxteis da cidade e aos domingos tomavam as ruas em busca de distração, enquanto seus pais descansavam. Naquela época não existiam escolas públicas e a educação era restrita aos que tinham condições de pagar por ela. Foi aí que surgiu a ideia de começar a dar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática, religião, boas maneiras, moral e civismo para as crianças, a fim de lhes dar uma ocupação aos domingos, livrá-las do engodo do vício e do crime e garantir-lhes um futuro melhor que o de seus pais. Raikes passou escrever artigos denunciando a triste condição daquelas crianças e a sua proposta de educação. Suas ideias contagiaram muitas pessoas que passaram a apoiá-lo em seu trabalho, inclusive John Wesley, um dos grandes propagadores do movimento. Mas também despertou a crítica de conservadores que o acusavam de “profanador do Dia do Senhor” e “pai dos vagabundos e malcriados”. No entanto, Raikes continuou firme em seu propósito e em pouco tempo os frutos de seu trabalho puderam ser contemplados. As Escolas Dominicais se espalharam por toda parte, funcionavam em praças, ruas, casas particulares e em algumas igrejas que começaram a abrir suas portas para as crianças desafortunadas. Quatro anos após a sua fundação, a Escola Dominical já havia se instalado em toda a Inglaterra, atendendo mais de 250 mil alunos; doze anos depois o resultado foi ainda mais surpreendente: não havia mais réus para serem julgados nos tribunais de Gloucester, enquanto antigamente eram 50 ou 100 por sessão; em 1811, ano em que Raikes faleceu, vítima de um ataque cardíaco, já havia mais de 500 mil matriculados. No mesmo ano, a escola passou a aceitar adultos não-alfabetizados e em 1831, o número de alunos alcançou a marca de 1 milhão. Por tudo isso, a escola de Raikes pode ser considerada a precursora da educação pública popular, aliando ensino bíblico e ação social. No Brasil, a Escola Bíblica Dominical chegou por volta de 1855, pelas mãos dos missionários escoceses Robert e Sarah Kalley, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Hoje a Escola Dominical está presente em várias partes do mundo, podendo ser considerada a maior agência de ensino do planeta. Mantê-la viva e atuante é a nossa missão!
  • 3. Curta a página “Eu amo a EBD” no Facebook: https://www.facebook.com/Eu-amo-a-EBD-1520116528313050/ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL [vídeo]. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=nWzkL8vY7wQ>. Acesso em: 16 nov. 2015. COMO SURGIU A ESCOLA DOMINICAL. Revista Vida Cristã, n. 183. Disponível em: < http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/ComoSurgiuEscolaBiblicaDominical.htm>. Acesso em: 16 nov. 2015. ESCOLA DOMINICAL. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2015. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Escola_Dominical&oldid=43252442>. Acesso em: 16 nov. 2015. GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2003. LEMOS, R. D. A minúscula semente de mostarda que se transformou numa grande árvore. 2014. Disponível em: < http://licoesbiblicas.com.br/index.php/sobre-ed/historia>. Acesso em: 16 nov. 2015. MATOS, A. S. de. Igreja Moderna e Contemporânea: Pequena história da Escola Dominical. Disponível em: < http://www.mackenzie.br/6980.html>. Acesso em: 16 nov. 2015. RAMOS, A. L. Escola Dominical: história e situação atual. 2013. 134 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2013. Disponível em: < http://tede.mackenzie.com.br/tde_arquivos/3/TDE-2013-10- 04T163920Z-1691/Publico/Andre%20Luiz%20Ramos.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2015.