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Livro Terceiro: Leis Morais
Capítulo IX: Lei de Igualdade
9.1 – Igualdade natural
9.2 – Desigualdade de aptidões
9.3 – Desigualdades sociais
9.4 – Desigualdade das riquezas
9.5 – Provas da riqueza e da miséria
9.6 – Igualdade dos direitos do homem e da mulher
9.7 – Igualdade diante do túmulo
Referências
Slide:
https://pt.slideshare.net/MartaMiranda6/39-lei-de-igualdadepptx
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LEI DE IGUALDADE
Deus nos mostra e a doutrina Espírita nos confirma que somos todos iguais.
Todos somos filhos de Deus, criados da mesma forma, simples e ignorantes,
sem privilégios de qualquer tipo, submetidos às mesmas leis e todos tendendo
para o mesmo fim, a felicidade e a perfeição.
As aptidões vão sendo desenvolvidas de forma diferenciada em função das
experiências, em função das nossas escolhas, mas todos nós temos as
mesmas oportunidades.
Não há seres criados puros, perfeitos, como se estivessem fora da
humanidade, a parte da humanidade.
Os anjos, são Espíritos criados simples e ignorantes e alcançaram a perfeição.
Não há Espíritos destinados ao mal como chamados e conhecidos demônios.
São ainda Espíritos imperfeitos criados também simples e ignorantes e que
ainda estão no início da sua escala evolutiva.
Todos nós somos iguais perante Deus.
Para que possamos alcançar a perfeição precisamos ir acumulando as
habilidades adquiridas, aumentando o arcabouço de conhecimento, de
bondade, de sabedoria que temos.
O Espírito não regride, conservando em si as habilidades adquiridas. Pode ser
que em alguma encarnação algumas habilidades fiquem adormecidas pela
necessidade ou pelas condições dessa reencarnação, mas não perdidas.
Perante Deus a única desigualdade natural que existe é a do merecimento e
que decorre do esforço próprio.
É a hierarquia moral que faz a diferença perante Deus.
Qualquer outro tipo de diferença material, social que exista quando o homem
se tornar mais evoluído e menos egoísta, com certeza, as desigualdades
sociais deixarão de existir.
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9.1 – Igualdade natural
803 – Todos os homens são iguais diante de Deus?
Sim, todos tendem ao mesmo fim e Deus fez suas leis para todos. Dizeis
frequentemente: O sol brilha para todos. Com isso dizeis uma verdade maior
e mais geral do que pensais.
Allan Kardec:
Todos os homens serão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos
nascem com a mesma fraqueza, estão sujeitos às mesmas dores e o
corpo do rico se destrói como o do pobre. Portanto, Deus não deu, a
nenhum homem, superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela
morte. Diante dele, todos são iguais.
Comentários:
Todos nós somos iguais para Deus.
Todos nós fomos criados simples e ignorantes nas mesmas condições. Deus
não nos concedeu superioridade natural a nenhum de nós.
Todas as desigualdades que identificamos na Terra não vem de Deus, mas
sim do homem, do seu egoísmo e do seu orgulho.
Todos os homens são iguais perante Deus, bem como todos os Espíritos que
habitam a criação; no entanto, é bom raciocinar que nem todos assimilam da
mesma forma as bênçãos que recebem.
Deus nos criou todos iguais para a mesma destinação, a felicidade e o amor.
Dessa forma Ele não auxilia um filho em detrimento do outro, pois para Ele
todos têm a mesma importância.
Temos que procurar entender que aquilo que quero para mim também desejo
ao outro, pois a lei de igualdade não se faz presente somente de Deus para
nós, mas também precisamos aplicar a lei de igualdade em nossas vidas para
com o meu próximo, para com o meu familiar, para com todos os meus irmãos.
Eles merecem a felicidade tanto quanto eu.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo IX: Lei de Igualdade
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9.2 – Desigualdade de aptidões
804 – Por que Deus não deu as mesmas aptidões para todos os homens?
Deus criou todos os Espíritos iguais, mas cada um deles tem maior ou menor
vivência e, por conseguinte, maior ou menor experiência. A diferença está no
grau da sua experiência e da sua vontade, que o livre-arbítrio: daí, uns se
aperfeiçoam mais rapidamente e isso lhes dá aptidões diversas. A variedade
das aptidões é necessária, a fim de que cada um possa concorrer aos
objetivos da Providência no limite do desenvolvimento de suas forças físicas
e intelectuais: o que um não faz, o outro faz. É assim que cada um tem um
papel útil. Depois, todos os mundos sendo solidários uns com os outros, é
preciso que os habitantes dos mundos superiores – e que, na maioria, foram
criados antes do vosso –, venham aqui habitar para vos dar o exemplo. (361)
Comentários:
Todos nós fomos criados iguais: simples e ignorantes, ou seja, sem o
conhecimento e sem o discernimento entre o bem e o mal.
Os Espíritos não foram criados todos ao mesmo tempo.
Cada criatura se encontra em uma faixa de vida diferente, e quem as coloca
nessa diferença somos nós mesmos e o tempo. Não fomos feitos todos de
uma só vez; a criação tem sua marcha, em passos sucessivos. As idades
espirituais são diversas, pois Deus não pára de criar. A maturidade é gradativa.
Ele doa a todos com o mesmo amor, no entanto, cada um recebe o que
merece, de acordo com a sua capacidade espiritual.
Aqueles criados a mais tempo vivenciaram mais experiências reencarnatórias
e tiveram mais aprendizado e com isso já adquiriram mais aptidões do que
aqueles Espíritos que foram criados a menos tempo. E assim tem menos
aptidões porque tiveram menos condições de aprendizado.
A convivência dos Espíritos mais evoluídos junto aos menos evoluídos
favorece a aprendizagem de uns para com os outros.
Aqueles que estão adiante, na vanguarda, auxiliam aqueles que estão na
retaguarda.
As diferenças são importantes e necessárias para cada um de nós, pois são
uns auxiliando os outros e vice-versa. Ninguém vive só. O isolamento não traz
crescimento. A lei de sociedade nos deixa claro esse fato.
O que um não faz o outro fará, nos mostra que tudo é perfeito na humanidade
e no Universo. Todos vivendo juntos, em conjunto e são solidários entre si,
tanto os Espíritos quanto os mundos.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo IX: Lei de Igualdade
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As aptidões decorrem do grau de experiência alcançado pelas pessoas, além
da vontade. Nem todos os Espíritos têm a mesma vontade, o mesmo interesse
em crescer e progredir.
Dois Espíritos criados ao mesmo tempo podem evoluir de forma diferente,
adquirir aptidões diferentes, pois um pode ser mais dedicado, mais estudioso
e outro criado na mesma época pode ser mais preguiçoso, mais ocioso,
usando o seu livre-arbítrio para a sua comodidade. Em pouco tempo aquele
Espírito mais diligente estará na vanguarda em relação ao outro e com mais
aptidões.
As diferenças de aptidões decorrem das nossas próprias experiências, da
nossa forma de agir diante da vida.
805 – Passando de um mundo superior para um mundo inferior, o
Espírito conserva a integridade das faculdades adquiridas?
Sim, já o dissemos, o Espírito que progrediu não retrocede; ele pode escolher,
no seu estado de Espírito, um envoltório mais grosseiro ou uma posição mais
precária que a que tenha, tudo sempre, para lhe servir de ensinamento e lhe
ajudar o progresso. (180)
Allan Kardec:
Assim, a diversidade das aptidões do homem não resulta da natureza
íntima de sua criação, mas do grau de aperfeiçoamento ao qual chegaram
os Espíritos nele encarnados. Deus, portanto, não criou desigualdades
de faculdades, mas permitiu que os diferentes graus de desenvolvimento
estivessem em contato, a fim de que os mais adiantados pudessem
ajudar o progresso dos mais atrasados e, também, a fim de que os
homens, tendo necessidade uns dos outros, cumprissem a lei de
caridade que os deve unir.
Comentários:
O Espírito não retrocede. O que pode ocorrer é que o Espírito quando vai
reencarnar em função do seu corpo físico mais grosseiro não terá condições
de expressar todas as suas habilidades por completo podendo ficar com
determinadas potencialidades limitadas, mas não significa que ele perdeu as
faculdades adquiridas. Quando ao seu retorno ao plano espiritual ou quando
se liberta parcialmente do corpo físico essas faculdades estarão lá em sua
plenitude.
Isso é importante para percebermos que realmente todos somos iguais
perante a lei de Deus.
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Todos nós temos oportunidade de crescer e evoluir, de adquirir conhecimento
e chegar a mesma destinação que é a felicidade e a perfeição.
As diversidades de aptidões são momentâneas e decorrem do grau de
aperfeiçoamento a que tenha chegado o Espírito naquele momento. Portanto,
essas diversidades não foram colocadas por Deus, mas concedida diante do
nosso livre-arbítrio e da lei do progresso.
Passando de um mundo superior a outro inferior, o Espírito conserva as suas
faculdades integralmente. Só não consegue expressá-las em sua plenitude
enquanto encarnado naquele mundo.
7
9.3 – Desigualdades sociais
806 – A desigualdade das condições sociais é uma lei natural?
Não, ela é obra do homem e não de Deus.
806.a) Essa desigualdade desaparecerá um dia?
De eterno não há senão as leis de Deus. Cada dia, não a vedes diminuir pouco
a pouco? Essa desigualdade desaparecerá juntamente com a predominância
do orgulho e do egoísmo, e não ficará senão a desigualdade de mérito. Um
dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus não se
avaliarão pelo sangue mais ou menos puro. Não há senão o Espírito que é
mais ou menos puro, e isso não depende da posição social.
806.b) Que pensar daqueles que abusam da superioridade da sua
posição social para oprimir o fraco, em seu proveito?
Estes merecem o anátema. Ai deles! serão oprimidos, ao seu turno, e
renascerão numa existência em que sofrerão tudo o que fizeram sofrer. (684)
Comentários:
As desigualdades não são obras de Deus, mas sim dos homens em função do
egoísmo e do orgulho que ainda predominam em suas vidas permitindo ou até
incentivando as desigualdades sociais.
Geralmente aqueles que tem mais recursos materiais e poder se consideram
superiores, melhores, agindo em relação ao outro como se o outro valesse
menos, fosse inferior.
Essas atitudes causam as desigualdades sociais, portanto, elas não vêm de
Deus e sim das atitudes do próprio homem e da sua visão ainda equivocada
em relação à vida e em relação ao outro.
Gradativamente essas desigualdades sociais vão se apagando, a partir do
momento que passarmos a nos ver como irmãos uns dos outros, membros da
grande família universal.
Nós iremos auxiliar o outro, amar o outro, reinando a fraternidade entre nós e
as desigualdades sociais de hoje não farão mais parte da humanidade do
futuro.
Algum dia essa desigualdade vai desaparecer. Restará apenas a
desigualdade do merecimento, pois o mérito vai estar sempre presente para
aqueles que tiverem trabalhado mais, se dedicado mais, doado mais de si
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo IX: Lei de Igualdade
8
mesmo. Esses terão mais merecimento em relação àqueles que se
acomodaram. Não ao orgulho, não ao dinheiro, não à vaidade, não ao poder.
São fatos que distinguem as criaturas, mas apenas o mérito pelo esforço
próprio, pela evolução que cada um tenha adquirido.
Há países onde as desigualdades sociais são menores.
Com o passar do tempo, gradativamente, foram se organizando e se
estruturando de forma natural, sem imposição do Estado ou de ideologias
político-econômicas.
Exemplo: Europa Ocidental, principalmente os países nórdicos.
9
9.4 – Desigualdades das riquezas
808 – A desigualdade das riquezas não tem sua fonte na desigualdade
das faculdades que dá a uns maiores meios de aquisição que a outros?
Sim e não; e a velhacaria e o roubo, que dizes deles?
808.a) A riqueza hereditária, portanto, não é o fruto das más paixões?
Que sabes disso? Remonta à fonte e verás se ela é sempre pura. Sabes se,
no princípio, não foi o fruto de uma espoliação ou de uma injustiça? Porém,
sem falar da origem, que pode ser má, crês que a cobiça do bem, mesmo o
melhor adquirido, os desejos secretos que se concebe de possuí-los mais
cedo sejam sentimentos louváveis? É isso que Deus julga, e eu te asseguro
que seu julgamento é mais severo que o dos homens.
Comentários:
Sim. Há situações que de fato promovem a riqueza porque aquela pessoa tem
mais meios, mais habilidades de adquirir.
Não. Há situações em que a riqueza é adquirida por meios espúrios
(desonesto), em desconformidade com o Evangelho, com a lei e a justiça
divina.
Da velhacaria e do roubo – Muitas vezes aquela riqueza não é pura, mesmo a
herdada que ao verificar a fonte pode-se encontrar aquisição desonesta.
Além disso, há os sentimentos, como a cobiça, os desejos secretos que temos
e queremos a todo custo adquirirmos essa riqueza o mais rapidamente
possível. Sentimentos que não são louváveis, pois estimulam o orgulho, a
vaidade, o poder, o sensualismo. Nos distanciam de Deus.
Sempre existiu a desigualdade em tudo, e as riquezas não podem deixar de
compartilhar deste "tudo".
Em toda parte, há a desigualdade de riquezas.
É muito difícil saber se uma riqueza tem boa procedência. Muitas vezes, elas
nascem da corrupção; quando não de um, têm raízes falsas em outros.
O que devemos fazer é, quando as riquezas caírem em nossas mãos, seja de
qualquer procedência, procurar aplicá-la bem, para que possa ressarcir, ou
ajudar a ressarcir erros.
O dinheiro em si não é bom nem mau. Ele faz o que a mente deseja que se
faça com ele.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo IX: Lei de Igualdade
10
Conhecemos muitos ricos com grande desprendimento de muitos ricos em
favor dos que sofrem o peso do carma que os guia para o cumprimento da
justiça.
Precisamos muito nos educarmos no campo da honestidade. A falta dela é
que nos leva aos distúrbios morais. E aqueles que ocupam funções de
liderança acabam por envolver muitas pessoas em seus desatinos.
Concluindo: há riquezas que são honestas, pois são decorrentes do nosso
esforço, do nosso trabalho, mas precisamos avaliar como agimos após
alcançarmos e termos essa riqueza. Será que estamos promovendo as
desigualdades sociais ou estamos trabalhando para diminuí-las e ajudar o
nosso irmão?
809 – Se uma fortuna foi mal adquirida na origem, os que a herdam, mais
tarde, são responsáveis?
Sem dúvida, eles não são responsáveis pelo mal que outros fizeram, tanto
menos que podem ignorar. Mas fica sabendo, frequentemente, uma fortuna
não chega a um homem senão para lhe dar oportunidade de reparar uma
injustiça. Bom para ele, se o compreender! Se a faz em nome daquele que
cometeu a injustiça, a reparação será contada para ambos, porque,
frequentemente, é este último que a provoca.
Comentários:
Muitas vezes as pessoas que herdam a riqueza não possuem o conhecimento
de que ela foi adquirida de forma desonesta, ilegítima ou ilegal, não havendo
como serem responsabilizados por esse ato.
Mas ao sabermos dessa condição devemos buscar os meios de corrigir, de
reparar aquele equívoco. Caso isso não ocorra estaremos nos
responsabilizando por aquele ato, uma vez que já temos a ciência da origem
dessa riqueza.
Se compreendemos que estamos de posse daquela riqueza não com o
objetivo de ela usufruir individualmente ou de forma exclusiva, mas para
termos a oportunidade de reparar o erro estaremos auxiliando no progresso e
na evolução de todos os envolvidos, inclusive daquele que cometeu a injustiça.
Aquela pessoa que cometeu a injustiça, caso no momento não tenha a
oportunidade de corrigir, com certeza em alguma outra existência precisará
fazer. Por mais que aquele que herdou corrija a situação, o ato ilegítimo que o
outro cometeu é um ato que cabe a ele corrigir, a responsabilidade é dele.
Somos responsabilizados por nossas próprias atitudes.
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Orientação de Miramez:
Se veio às tuas mãos a riqueza, pelo trabalho ou por herança, medita nos bens materiais e
o porquê da sua existência em teu caminho. Analisa os homens generosos, estuda as
grandes vidas e passa a copiar os ensinamentos dos grandes benfeitores da humanidade.
O ouro é cego; o seu guia é que responde pelos seus feitos.
810 – Sem se afastar da legalidade, pode-se dispor dos bens de maneira
mais ou menos equitativa. Depois da morte, se é responsável pelas
disposições que se fez?
Toda ação causa seus frutos. Os frutos da boa ação são doces e os das outras
são sempre amargos; sempre, entendei bem isso.
Comentários:
A partilha dos bens em vida para após a morte.
Todos nós somos responsáveis por nossas escolhas, por nossas atitudes.
Não há nenhuma atitude que fique sem consequências.
Qualquer atitude no bem, por menor que seja, nos traz como consequência
um bem e toda ação negativa igualmente nos trará uma consequência
negativa, que não é boa.
Isso vale para tudo e em todas as situações, tanto enquanto encarnados, como
desencarnados.
Se dispusermos dos nossos bens com o objetivo de amparar o outro, de aliviar
as dores dos outros, conseguindo ter olhos de ver o infortúnio alheio e assim
adotar uma atitude caridosa aliviando essas dores, teremos uma
consequência positiva, com mais mérito diante dos olhos de Deus.
Por outro lado, se dispormos dos bens de forma egoísta, deixando apenas
para aqueles que têm laços consanguíneos que às vezes nem precisam
poderá produzir frutos não tão positivos.
- auxiliar instituições de caridade.
811 – A igualdade absoluta das riquezas é possível e alguma vez existiu?
Não, ela não é possível. A diversidade das faculdades e dos caracteres se
opõe a isso.
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811.a) Há todavia, homens que creem estar aí o remédio aos males da
sociedade. Que pensais a respeito?
Eles são sistemáticos ou ambicionam por inveja. Não compreendem que a
igualdade que eles sonham, seria logo desfeita pela força das coisas.
Combatei o egoísmo, que é a vossa praga social, e não procureis quimeras.
Comentários:
A Espiritualidade nos mostra que a diversidade das faculdades e dos
caracteres são os responsáveis pela desigualdade que existe entre as
riquezas.
Nós convivemos entre Espíritos mais evoluídos e menos evoluídos que nós.
Aqueles mais evoluídos têm mais aptidões, são mais inteligentes. Tem
condições de administrar as riquezas de forma mais inteligente e com mais
bom senso que os mais imperfeitos.
Se toda a riqueza do planeta fosse distribuída igualmente, aqueles mais
laboriosos iriam com aquele valor fazer prosperar, multiplicar, crescer e em
pouco tempo estariam ricos novamente. Já aquele que é menos laborioso,
mais imperfeito, com menos faculdades desenvolvidas, provavelmente, iria
gastar, perder aquele recurso e em pouco estaria novamente pobre.
Como não estamos todos no mesmo grau evolutivo é natural que haja
diversidade de caracteres e sempre vai acontecer essa comunhão de Espíritos
em graus de evolução diversos, pois os mais evoluídos servem de exemplos
para os menos evoluídos e vão auxiliando-os nessa caminhada.
Não há como haver a igualdade absoluta das riquezas.
Com o egoísmo diminuído não vai acontecer o que visualizamos atualmente,
pois quem tem muito mais vai ajudar o seu irmão, porque é mais importante
ver o seu irmão em uma condição melhor do que ser essencialmente rico o
que não traria a felicidade, mas ver o irmão em uma condição melhor traz o
sentimento de felicidade.
A partir do momento que o egoísmo deixa de existir as desigualdades
grotescas e gigantescas como nós percebemos atualmente vão diminuir, mas
não vão se extinguir.
Capítulo XVI do Evangelho Segundo o Espiritismo, item 8, pág. 159
A igualdade que muitos entendem seja pregada pelo Cristianismo, não deve
ser entendida como a distribuição em partes iguais das riquezas entre todas
as almas que habitam este planeta. O socialismo visto no Evangelho é aquele
que distribui com justiça a todas as pessoas, que mostra seus direitos e junto
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delas faz com que elas compreendam com respeito os seus deveres ante a
sociedade.
Poder-se-ia distribuir tudo em partes iguais para as criaturas, se todas elas
fossem do mesmo nível espiritual em todos os campos de entendimento, o
que é impossível. Não existe isso em nenhum mundo habitado. A distribuição,
neste caso, é de acordo com as necessidades de cada um.
Se Deus colocasse os Espíritos em um mundo do mesmo nível de evolução,
ninguém aprenderia com ninguém. A Inteligência Suprema permite as
desigualdades de todas as ordens para que uns sirvam de experiências para
outros.
Todo sistema político e econômico eventualmente entrará em colapso onde
há impulsos morais insuficientes para restringir o egoísmo humano e encorajar
a honestidade e as boas obras mesmo quando ninguém está vendo.
Apenas o respeito recíproco dos direitos e deveres, e a caridade mútua darão
o segredo do justo equilíbrio, do bem-estar honesto, da verdadeira paz e
prosperidade dos povos.
Ex: Allan Kardec, as instituições, a Casa do Caminho, as Cáritas diocesanas
Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho – Capítulo 30
A Caminho da Luz – Capítulo 24
Socialismo e Espiritismo – Capítulo IV
812 – Se a igualdade das riquezas não é possível, ocorre o mesmo com
o bem-estar?
Não, mas o bem-estar é relativo e seria possível a cada um, um dia, se todos
o entendessem bem... porque o verdadeiro bem-estar consiste no emprego do
tempo de acordo com a vontade, e não em trabalhos para os quais não se
sente nenhum gosto. Como cada um tem aptidões diferentes, nenhum
trabalho útil ficaria por fazer. O equilíbrio existe em tudo, é o homem quem
quer alterá-lo.
812.a) É possível os homens se entenderem?
Os homens se entenderão, quando praticarem a lei de justiça.
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Comentários:
Chegará o tempo em que todos nós vamos nos sentir bem. Ter o bem-estar
na condição em que estivermos.
É um equívoco achar que quem tem mais dinheiro tem mais bem-estar.
O bem-estar não tem muito a haver com os nossos bens materiais. A felicidade
está relacionada aos desejos, aos anseios. Quanto menos egoísmo, mais
somos felizes.
Cada um com uma aptidão diferente realizando trabalhos diferentes, mas com
alegria, com prazer em fazer algo diferente. Nenhum trabalho útil ficaria por
fazer.
O bem-estar não é individual. Ele envolve a coletividade.
O verdadeiro amor não é egoísta.
Como nos sentiremos bem, felizes, na condição de bem-estar se o nosso
próximo não está bem.
Se o nosso próximo passa por situações difíceis, de sofrimento, de dores, de
angústia, de lágrimas, não há condições de estarmos bem vendo o sofrimento
do outro. Nesse momento reduz o egoísmo e nasce o amor.
A felicidade do outro é também a minha felicidade. Ela contagia.
Para sermos verdadeiramente felizes não conseguiremos a felicidade
sozinhos. Precisamos ver o nosso irmão feliz.
O bem-estar vai sendo conquistado pouco a pouco, à medida que praticamos
a lei de justiça, de amor e de caridade esse bem-estar passa a ser de todos.
Mesmo sem haver a igualdade absoluta das riquezas o bem-estar será geral.
813 – Há pessoas que caem na privação e na miséria por sua culpa; a
sociedade não pode ser responsável por isso?
Sim. Já o dissemos: ela é, frequentemente, a causa primeira desses erros.
Aliás, não lhe cabe velar pela sua educação moral? Frequentemente, é a má
educação que falseia seu julgamento em lugar de sufocar lhes as tendências
perniciosas. (685)
Comentários:
Muitas vezes em determinadas situações não há um único responsável. Não
será uma única pessoa a responder perante a justiça divina, mas todos
aqueles que de alguma forma contribuíram para aquele resultado, seja ele
negativo ou positivo. Serão beneficiados se o resultado for positivo ou serão
15
responsabilizados quando o resultado é negativo. Tudo na medida exata.
Aquele que é mais culpado responde mais.
Há muitos equívocos que são cometidos por grupos de pessoas. Nem todos
os erros são cometidos individualmente. Há pessoas que erram, há famílias
que erram, há sociedades que erram.
Quando um determinado erro é cometido em conjunto muitas vezes essas
pessoas em um futuro irão ser responsabilizadas em conjunto. É o que muitas
vezes vemos os chamados desencarnes coletivos, provas coletivas, onde não
apenas uma pessoa responde, mas várias pessoas passam por uma
determinada situação resgatando um erro coletivo.
Nós somos responsáveis por auxiliar uns aos outros, independentemente, do
que o outro tenha feito.
Muitas vezes falhamos por omissão.
O conceito de irmão que Jesus nos deixou foi que todos somos irmãos, filhos
do mesmo Pai.
Então, temos a obrigação, a responsabilidade de auxiliar aquele irmão que
está em sofrimento, seja ele físico, material ou em desequilíbrio emocional e
espiritual.
Fora da caridade não há salvação.
Educação – aquela que consiste em formar os caracteres, a que dá os hábitos,
pois a educação é o conjunto de hábitos adquiridos. São os princípios que
norteiam a nossa conduta. (Questão 685)
Sendo responsabilidade da família e da sociedade.
A sociedade, em muitos casos, é culpada pela decadência moral, e mesmo física, dos seus
membros. Essa parcela de culpa é que gera o carma coletivo, que vai se avolumando e em
determinada época transborda em tormentos sobre a coletividade.
Ninguém recebe o que não merece, em qualquer campo de trabalho na vinha do Pai. Em
todos esses sofrimentos coletivos, quase sempre todos nós temos culpas, porque, se não
estamos efetivamente ajudando a errar, estamos pensando, criando ideias inadequadas,
de modo a inspirar os mais ignorantes para praticar o mal. Isso é muito sério. O filho, quando
sai, volta depois à casa paterna; também, e principalmente em relação aos pensamentos,
como sementes de vida que são semeadas por nós na lavoura de Deus, os frutos vêm ao
nosso encontro, como o que pedimos a Deus. (Miramez)
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9.5 – Provas da riqueza e da miséria
814 – Por que Deus deu a uns as riquezas e o poder, e a outros a miséria?
Para provar, cada um, de maneira diferente. Aliás, sabeis que os próprios
Espíritos escolheram essa prova e, frequentemente, nela sucumbem.
Comentários:
Nós nascemos ricos em algumas situações e, em outras nascemos pobres e
até em condições de miséria para que sejamos experimentados de modos
diferentes, pois cada condição que nos encontramos aqui na Terra
aprendemos determinadas coisas, determinadas virtudes importantes para o
nosso processo de evolução.
Quando nos encontramos, por exemplo, na condição de riqueza temos a
oportunidade de trabalharmos a caridade, diminuir o egoísmo em nós
buscando o desenvolvimento do progresso, o desenvolvimento do nosso
irmão.
Há a oportunidade de fazer investimentos na ciência, na pesquisa, nos setores
econômicos gerando emprego, renda e crescimento para a sociedade.
Há a oportunidade do auxílio direto a pessoas necessitadas, bem como, a
instituições de caridade.
São oportunidades para ir tirando o egoísmo dos nossos corações e
aprendermos a caridade.
Quando estamos na condição de miséria temos que aprender a resignação, a
humildade, a compreensão, a coragem, a perseverança.
Cada condição aqui na Terra sempre nos oportuniza o progresso.
Quando somos testados em modos diferentes nós aprendemos diversos
ensinamentos.
As provas normalmente somos nós que escolhemos, pois no nível que já nos
encontramos temos condições de participar do planejamento reencarnatório,
não completo, mas já possuímos certa autonomia para tomarmos
conhecimento de determinadas situações pelas quais iremos passar aqui. Não
somos pegos de surpresa. Nós sabíamos, aceitamos e muitas vezes
escolhemos a prova da riqueza para aprendermos a caridade ou a prova da
miséria para aprendermos a resignação, a paciência, a humildade.
Escolhemos essas provas porque sabemos que precisamos adquirir essas
virtudes e essas situações nos fornecerão as condições necessárias para
aprender aquilo que nós precisamos.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo IX: Lei de Igualdade
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Porém, quando chegamos aqui muitas vezes falhamos diante dos desafios da
vida.
- Livro dos Espíritos – Escolha das provas – Cap. VI, Livro II – Q.258.
- ESE – Cap. XVI, pág. 155
815 – Qual das duas provas é a mais terrível para o homem, a da
infelicidade ou a da fortuna?
Tanto uma quanto outra o são. A miséria provoca o murmúrio1
contra a
Providência, e a riqueza leva a todos os excessos.
Comentários:
Nós podemos falhar tanto na riqueza, quanto na pobreza.
As pessoas de forma geral creem não haver possibilidades de errar na prova
da miséria, considerando que já esteja numa condição de limitações materiais.
Mas é engano. Quando nos encontramos na condição de miséria precisamos
adquirir a humildade, a resignação, não nos revoltarmos contra a providência
divina, não entrar na criminalidade para subir na vida, ter consciência da
necessidade do trabalho. São oportunidades de desenvolver inúmeras
virtudes e potencialidades, mas ao mesmo tempo há a oportunidade de cair,
de nos perder no caminho do erro.
Muitos sucumbem ante às grandes dificuldades encontradas na miséria: a
fome, o desalento, a falta de esperança. Daí vem a inveja, o roubo, a
corrupção, o crime.
A riqueza incita o orgulho, a vaidade, o poder, o egoísmo fazendo com que ao
invés de sermos caridosos nos distanciemos desse objetivo.
Portanto, tanto a riqueza, quanto a miséria são perigosas.
O ESE nos esclarece que é necessário mais cuidado com a riqueza, pois nos
estimula a todas as paixões materiais e sensual.
Sofreremos muito mais, se já conhecemos as leis de Deus e não vivemos de acordo com
elas.
Não existem provas piores nem melhores; elas são paralelas às necessidades do aprendiz.
Deus não põe fardo pesado em ombros frágeis, isto nos diz o Evangelho de Nosso Senhor.
A cruz que se carrega na vida, foi estruturada, medida e pesada, para que se possa
caminhar com coragem. As reclamações são mostras de Espírito fraco, que ainda não
recolheu a experiência necessária nas lutas terrenas.
1
Murmure, no original: queixas ou lamentações. (N. do T.)
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Uns lamentam, outros desprezam as oportunidades valiosas, que deverão reconhecer
depois do túmulo. No entanto, não se pode dizer que o pobre é o bem-aventurado: isso
depende do seu comportamento na vida com a prova da miséria. Não se pode dizer que o
rico é o que goza do bem-estar, que Deus o premiou com os bens terrenos. Todos estão
na mesma faixa de provas e podem ou não sair-se bem delas, dependendo do grau já
alcançado na escala da evolução espiritual. Não devemos julgar, mas podemos analisar
em silêncio e tirar dessas deduções experiências para o nosso caminho. (Miramez)
Curta-metragem: O menino e o sapato.
https://www.youtube.com/watch?v=L0oxLWxMtIM
Os dois passaram na prova.
O primeiro poderia não ter se importado, mas tenta ajudar o outro e se sente
insatisfeito quando não consegue.
O segundo fica feliz por ter retribuído ao outro ante ao esforço que ele
despendera.
E assim somos nós diante tanto das pequenas, quanto das grandes ações do
nosso cotidiano.
Perceber a dificuldade do outro, se importar e auxiliar independente do seu
nível, da sua condição. Agir com honestidade.
816 – Se o rico sofre mais tentações não dispõe, também, de maiores
meios para fazer o bem?
É justamente o que sempre não faz. Ele se torna egoísta, orgulhoso e
insaciável. Suas necessidades aumentam com sua fortuna, e crê não haver
jamais o bastante só para ele.
Allan Kardec:
A posição elevada neste mundo e a autoridade sobre seus semelhantes
são provas tão grandes e tão difíceis quanto a miséria, porque, quanto
mais se rico e poderoso, mais se tem obrigações a cumprir e maiores são
os meios para se fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela
resignação, e o rico pelo uso que faz dos seus bens e do seu poder.
A riqueza e o poder fazem nascer as paixões, que nos ligam à matéria e
nos afastam da perfeição espiritual. Por isso, Jesus disse: “Eu vos digo,
em verdade, é mais fácil a um camelo passar pelo buraco de uma agulha
que a um rico entrar no reino dos céus”. (266)
19
Comentários:
Ambas as provas tanto a da pobreza, quanto a da riqueza são difíceis, grandes
e escorregadias. Porém, a da riqueza é muito perigosa, pois a riqueza e o
poder fazem nascer todas as paixões que nos prendem à matéria.
Porém, na maioria das vezes aquele que é rico vai criando falsas
necessidades que alimentam a busca em saciar cada vez mais as suas
vontades, os seus interesses unicamente.
Caso não perceba suas ações egoísticas, vai se distanciando cada vez mais
do próximo.
Muitas vezes perde a experiência reencarnatória absorvido apenas em si
mesmo e na satisfação dos seus interesses egoístas e nas suas falsas
necessidades.
A caridade, o amor, as ações a favor do progresso, da ciência que são meios
oportunos para aplicação da riqueza ficam esquecidos.
Nós não precisamos de muito para viver, mas do necessário para termos
condições de suprir as nossas necessidades reais.
As pessoas que possuem a riqueza em suas mãos têm a oportunidade de:
 Fazer investimentos na ciência, na pesquisa e na tecnologia
impulsionando o progresso.
 Investir nos setores econômicos gerando emprego, renda e crescimento
para a sociedade.
 Investir nos setores que tragam melhor qualidade de vida para as
pessoas, como, educação, saúde, moradia, infraestrutura, lazer, etc.
 Ser um pouco mais generosos com os seus prestadores de serviço
oportunizando o pobre a viver melhor com sua família.
 Proporcionar o auxílio direto a pessoas necessitadas, bem como, a
instituições de caridade.
 Fazer multiplicar os seus bens, sem avareza, de forma a gerar riquezas
para a sociedade. Assim, quando retornar em uma próxima
reencarnação irá encontrar uma sociedade vivendo materialmente
melhor e, muitas vezes, como retornamos no mesmo seio familiar essa
riqueza multiplicada servirá para si próprio também. É a lei do progresso
que leva em consideração o passado, o presente e o futuro.
Não é proibido e nem pecado ser rico. É uma necessidade para o bem-estar
da sociedade. A questão é o que fazer com a riqueza material.
Exemplos:
- Irineu Evangelista de Souza – Barão de Mauá (28/12/ 1813 – 21/10/1889) –
Vide última página
20
- Rainha Santa Isabel de Portugal (1.270-1.336) – Óbidos/Portugal - Vide
última página
- Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec) (Nascimento: 3 de
outubro de 1804 Lyon, França - Morte 31 de março de 1869 Paris) – Investiu
suas reservas na publicação das obras da doutrina espírita incluindo as
revistas.
Concluindo:
Perante Deus a única desigualdade natural que existe é a do merecimento e
que decorre do esforço próprio. É a hierarquia moral que faz a diferença
perante Deus.
Qualquer outro tipo de diferença material, social que exista quando o homem
se tornar mais evoluído e menos egoísta, com certeza, as desigualdades
sociais deixarão de existir.
21
9.6 – Igualdade de direitos do homem e da mulher
As desigualdades entre o homem e a mulher também deixarão de existir. O homem vem
desde há muito tempo oprimindo a mulher porque ela é fisicamente mais frágil. A doutrina
nos ensina que a mulher é mais frágil fisicamente porque ela tem funções diferentes, no
sentido de trabalhar a maternidade, a sensibilidade, mas não para ser oprimida pelo
homem. Esse domínio injusto e cruel que o homem exerceu e ainda exerce sobre a mulher
é inadequado ferindo as leis de Deus e como tal, o homem vai responder por esses excessos.
Homem e mulher têm funções distintas, mas ambos são filhos de Deus e merecem ter os
mesmos direitos. Precisam se ajudarem mutuamente. São iguais em direitos, não em
funções. A ajuda mútua faz com que ambos cresçam e evoluam
817 – Diante de Deus, o homem e a mulher são iguais e têm os mesmos
direitos?
Deus não deu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de
progredir?
Comentários:
Deus dotou o homem e a mulher de inteligência fornecendo a capacidade
plena de diferenciar o bem e o mal.
Ambos foram criados para o progresso.
A condição de homem e mulher é necessária para quem está aqui na Terra
porque o Espírito em si não tem a característica de masculino ou feminino.
À medida que os Espíritos evoluem e se tornam mais próximos da perfeição
adquirem a uni sexualidade plena.
Aqui na Terra é necessário para proporcionar a procriação (Lei de reprodução)
fornecendo condições dos Espíritos se reencarnarem, pois é o meio que nos
oportuniza o progresso.
Somos iguais perante Deus. Estamos momentaneamente na condição
masculina ou momentaneamente na condição feminina. Não somos mais ou
menos que o outro.
As condições são momentos, oportunidades, papeis que nós precisamos
vivenciar para adquirir determinados valores, determinadas virtudes que só
são possíveis aprender no polo masculino ou no polo feminino.
Mais adiante veremos que homem e mulher são iguais em direito, mas não
em funções, porque a função de cada um é apropriada para a sua condição e
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo IX: Lei de Igualdade
22
para o aprendizado, o crescimento que irão realizar naquela condição
masculina ou feminina
818 – De onde se origina a inferioridade moral da mulher em certos
países?
Do império injusto e cruel que o homem tomou sobre ela. É um resultado das
instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre os homens
pouco avançados, do ponto de vista moral, a força faz o direito.
Comentários:
A suposta inferioridade moral da mulher, em certos países, é produto da
ignorância dos homens, e do predomínio da força bruta, que supõe tudo
resolver pela violência.
A concepção de que a mulher é inferior ao homem existe nas mais variadas
culturas.
Nas sociedades primitivas aqueles homens que eram fortes, que se
destacavam pela força física recebiam maior reconhecimento, maior respeito
perante a sociedade da época.
A mulher naturalmente mais frágil acabava sendo deixada de lado. Por mais
que ela tivesse e tem suas funções junto à família, junto à reprodução, essas
características não eram consideradas suficientes para que ela tivesse um
papel de destaque na sociedade e acabavam assumindo um papel inferior,
como se ela fosse inferior ao homem.
No Ocidente foi (e ainda é) sustentada por uma determinada interpretação da
narrativa religiosa: feita da costela de Adão, Eva (e a mulher por extensão)
seria um homem incompleto; uma pequena parte dele. Seria ainda a tentação,
aquela que leva o companheiro a provar o fruto proibido, condenando todos à
queda.
Essa leitura do Gênesis contaminou a cultura ocidental e contribui para manter
a dominação masculina sobre o feminino. Também ocultou outras
interpretações mais compatíveis com o que se espera de uma religião – que,
se tivessem se consagrado, talvez mudassem a forma como a mulher foi
tratada através dos séculos.
A alegoria da costela de Adão pode muito bem ser vista como símbolo de
igualdade de gênero – ainda que, escrita em uma sociedade patriarcal, tenha
colocado o homem como o primeiro humano a ser criado. Eva é, afinal, feita
da mesma carne que seu companheiro. Tem, portanto, natureza idêntica.
Deus tampouco tirou de Adão um osso de uma parte inferior (de seu pé) ou
superior (da cabeça) para dar vida a ela. A costela está na lateral do corpo.
23
Este é o lugar da mulher: não abaixo nem acima, mas ao lado do homem. Mais
um sinal de igualdade.
Já o argumento de que Eva (e a mulher) é a tentação do homem não se
sustenta nem mesmo pela lógica machista. O sexo dito forte não seria, por
meio dessa narrativa, fraco ao ceder à tentação? E não estaria em pé de
igualdade com a mulher ao cometer o mesmo equívoco? É claro que sim. Mas
essa constatação tão natural não foi mantida, predominando o
condicionamento dessas ideias sem fundamento na verdade.
E segue essa mentalidade de fundo religioso – obviamente equivocada – de
que a mulher é inferior ao homem, sendo responsável por altos índices de
violência e feminicídios no Brasil e no mundo. A lógica perversa por trás
dessas práticas é de que, se eles são superiores, elas têm de se submeter a
seus caprichos e a recusa seria motivo de violência punitiva.
- Reforma das leis (797) – Progresso da legislação humana – Lei do
Progresso.
- Lei n.º 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Maria da Penha)
Quando o amor se sobressair não precisaremos dessas leis.
Nenhum homem tem o direito de tornar a mulher submissa, inferior, pequena,
desrespeitar, violentar.
Isso não existe nas leis divinas. É resultado da imperfeição humana.
À medida que formos evoluindo esse comportamento pequeno, mesquinho,
egoísta, desigual deixará de existir.
Todas essas mazelas que nós identificamos na nossa sociedade refletem o
quão imperfeito nós somos.
819 – Com que objetivo a mulher é fisicamente mais fraca do que o
homem?
Para lhe assinalar funções particulares. O homem é para os trabalhos rudes,
por ser o mais forte; a mulher para os trabalhos suaves, e ambos para se
entreajudarem nas provas de uma vida plena de amargura.
Comentários:
As diferenças existem para que elas possam se completar.
As diferenças existem para que um possa aprender com o outro. As mulheres
aprendem com os homens e os homens com a leveza e a delicadeza das
mulheres.
Não fomos feitos para viver isolados (Lei de sociedade).
24
Através das diferenças entre homem e mulher, somos todos iguais perante
Deus. Temos funções diferenciadas para que possamos ajudar mutuamente.
Deus permitiu as diferenças, não para que o homem se sobreponha à mulher,
mas que possam se ajudar mutuamente e assim todos crescem para Deus.
A nossa necessidade nos leva a destruição do egoísmo.
820 – A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a
dependência do homem?
Deus deu a uns a força para proteger o fraco, e não para se servir dele.
Allan Kardec:
Deus conformou a organização de cada ser às funções que deve cumprir.
Se deu à mulher uma força física menor, dotou- a, ao mesmo tempo, de
maior sensibilidade, relacionada com a delicadeza das funções
maternais e a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados.
Comentários:
A força que uns tem a mais que o outro deve ser utilizada para ajudar, para
proteger, para amparar e não para escravizar ou subjugar.
As mulheres têm uma organização física mais compatível com o
desenvolvimento da sensibilidade e em função da delicadeza que a
maternidade exige da mulher. Por isso precisa ter a fragilidade condizente com
as funções.
Por isso cabe ao homem, por ser mais forte fisicamente, amparar, auxiliar,
proteger e não escravizar. Mas é uma situação que muitos homens não fazem
Infelizmente, muitos homens utilizam da força física para machucar as suas
esposas, ferir as esposas, os filhos, agindo de uma forma completamente
diferente daquilo que devemos fazer para com o nosso próximo.
Com o nosso próximo devemos respeitar, amparar, auxiliar, fazer a caridade,
tratá-lo como irmão. Todos nós somos irmãos perante Deus.
Enquanto não conseguirmos olhar o nosso próximo como irmão situações
como essas, tristes, deploráveis, continuarão acontecendo.
A mulher não é submissa. E nem é melhor também, como muitas querem ser.
Ela é igual. O fato de ser mais frágil é porque assim precisa ser devido às
funções que lhe cabe desempenhar e ao homem por ser mais forte cabe a
obrigação de amparar, de auxiliar.
25
A igualdade só vai acontecer quando aprendermos a olhar o outro como a nós
mesmos, tratá-lo como nosso irmão.
821 – As funções para as quais a mulher está destinada pela Natureza
têm uma importância tão grande quanto às do homem?
Sim, e maiores; é ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.
Comentários:
Na pergunta Kardec considera as funções destinadas ao homem de grande
importância. Daí questiona se as funções da mulher são tão importantes
quanto.
A Espiritualidade responde que não apenas são importantes quanto as
funções do homem, mas até mais importante que as do homem, pois é através
da mulher, através da maternidade que as primeiras noções da vida são
trazidas a humanidade.
No decorrer da história da humanidade, durante muitos séculos, a mulher
sempre foi apequenada, tendo o seu papel considerado como menor, como
inferior diante daquilo que o homem realizava. Daí vem a doutrina com o seu
olhar mais profundo, com o seu olhar espiritual, com o olhar que nos distancia
dessa visão pequena e materialista. Um olhar que eleva a criatura e nos
aproxima de Deus.
Estamos aqui na Terra para trabalharmos o amor e a compreensão das leis
de Deus.
A delicadeza, a sensibilidade, o refinamento ao lidar com as situações
domésticas, do lar e em relação aos filhos.
As funções da mulher são grandiosas, por vezes até maiores que as do homem, pois é ela
que gera filhos na sua intimidade, alimentando-os com o seu amor.
A geração de um filho, pode-se dizer que é a maravilha das maravilhas. Quem não vê Deus
neste fenômeno, é cego, por não querer examinar os processos da vida. Isso é a
manifestação da própria Divindade dentre os seres encarnados, que opera nos animais,
nas aves e mesmo no reino vegetal, em se observando os frutos e as flores. (Miramez)
822 – Os homens, sendo iguais diante da lei de Deus, devem sê-lo,
igualmente, diante da lei dos homens?
É o primeiro princípio de justiça: Não façais aos outros o que não quereríeis
que se vos fizessem.
26
822.a) Segundo isso, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve
consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher?
De direitos, sim; de funções, não. É preciso que cada um esteja colocado no
seu lugar. Que o homem se ocupe do exterior e a mulher do interior, cada um
segundo sua aptidão. A lei humana, para ser equitativa, deve consagrar a
igualdade dos direitos entre o homem e a mulher, pois todo privilégio
concedido a um, ou a outro, é contrário à justiça. A emancipação da mulher
segue o progresso da civilização, sua subjugação caminha com a barbárie. Os
sexos, aliás, não existem senão pela organização física, visto que os Espíritos
podem tomar um e outro, não havendo diferença entre eles, sob esse aspecto,
e, por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos.
Comentários:
As leis humanas, mais cedo ou mais tarde, devem se igualarem às leis de
Deus.
O que eu quero para mim deve ser oque eu quero para o meu irmão. Não
importa se esteja em uma condição masculina ou feminina.
Os direitos são iguais, mas não as funções.
A sexualidade é necessária apenas aqui na vida material para proporcionar a
procriação (Lei de reprodução) fornecendo condições dos Espíritos se
reencarnarem, pois é o meio que nos oportuniza o progresso.
Os Espíritos não precisam dessa sexualidade
Estamos momentaneamente na condição masculina ou momentaneamente na
condição feminina. Por que discriminar a mulher se na próxima reencarnação
posso estar naquela condição? Ou discriminar a condição masculina se sei
que poderei voltar nessa condição?
Quando compreendemos como opera a justiça divina e o processo
reencarnatório e a necessidade de existirem tantos papéis diferenciados fica
mais fácil agirmos com o respeito que o outro merece.
27
9.7 – Igualdade diante do túmulo
823 – De onde vem o desejo de se perpetuar a memória pelos
monumentos fúnebres?
Último ato de orgulho.
823.a) Mas a suntuosidade dos monumentos fúnebres, frequentemente,
não é determinada pelos parentes que desejam honrar a memória do
falecido e não pelo próprio falecido?
Orgulho dos parentes que querem se glorificar a si mesmos. Oh! Sim, não é
sempre pelo morto que se fazem todas essas demonstrações: é por amor-
próprio e pelo mundo, e para ostentar sua riqueza. Crês que a lembrança de
um ser querido seja menos durável no coração do pobre porque ele não pode
colocar senão uma flor sobre sua tumba? Crês que o mármore salva do
esquecimento aquele que foi inútil sobre a Terra?
Comentários:
Os monumentos erigidos nas sepulturas dos poderosos da Terra são
impulsionados pelo orgulho e pela vaidade, para mostrar à sociedade que a
família do morto é poderosa no domínio da riqueza.
A Espiritualidade nos mostra que o orgulho se faz presente até nos momentos
fúnebres, nos momentos em que a princípio estamos ali para homenagear,
para honrar a memória de um parente querido, mas na verdade, a
suntuosidade dos monumentos é um ato de orgulho.
O desejo que o homem sente em perpetuar sua memória através desses
monumentos é um ato de orgulho. Portanto, esses monumentos não são
necessários, pois o Espírito não precisa disso.
Às vezes aquele Espírito homenageado nem se aproxima daquele momento
fúnebre, daquele cemitério, onde estão seus restos mortais.
O que liga o Espírito a cada um de nós é o pensamento, a emoção, os
sentimentos.
Há muitos cemitérios que já padronizaram os seus túmulos o que evita
determinadas pompas em detrimento daqueles mais humildes. Além disso a
estética torna mais agradável, transmitindo paz e tranquilidade.
LIVRO TERCEIRO: Leis Morais
Capítulo IX: Lei de Igualdade
28
824 – Reprovais de maneira absoluta a pompa dos funerais?
Não; quando honra a memória de um homem de bem, é justa e um bom
exemplo.
Allan Kardec:
O túmulo é o local de encontro de todos os homens. Ali terminam
implacavelmente todas as distinções humanas. É em vão que o rico quer
perpetuar sua memória por monumentos faustosos. O tempo os
destruirá, como ao corpo, pois assim quer a Natureza. A lembrança de
suas boas e de suas más ações será menos perecível que seu túmulo. A
pompa de seus funerais não o lavará de suas torpezas e nem o fará subir
um degrau na hierarquia espiritual. (320 e seguintes).
Comentários:
A pompa dos funerais em si não é reprovável.
Quando a família se apresenta mostrando superior, poderosa, desejando
assim ser vista pelos outros, objetiva o orgulho, a vaidade, a ostentação, a
busca pelo poder e reconhecimento do mundo. Esse tipo de pompa não é
agradável a Deus e a doutrina espírita não apoia.
Se há um sentimento real e sincero de honrar a memória de um homem de
bem é justo que isso aconteça, pois vai estar prestando homenagem aquela
pessoa que desencarnou, a suas obras, o reconhecimento de um trabalho
construtivo em prol da humanidade.
Por isso devemos trabalhar pela conquista de valores espirituais, pois são
esses que trarão para as pessoas que ficam em relação a nós boas ou más
lembranças.
É de bom exemplo, quando a pompa do funeral visa a honrar a memória de um homem de
bem. Quanto mais se vibra para a difusão do amor, mais a luz acende na Terra, em se
fazendo fonte no coração humano. Entrementes, o homem de bem recomenda sempre que
não deseja gastos sem importância para a alma, em seu funeral, indicando outra direção
para os gastos, como seja com alimentos para os pobres, roupas para os nus e casa para
os desabrigados.
As pompas devem se transformar em caridade onde a luz da beneficência é capaz de
enxugar lágrimas e lembrar aos corações que existe a esperança. O próprio Evangelho nos
diz que devemos deixar os mortos enterrarem os seus mortos.
O legado que o homem de bem deve deixar, é o de sua vida exemplar. O orgulho e o
egoísmo fazem a separação das criaturas, mas o túmulo os reúne como sendo todos da
mesma massa que a Terra dissolve e transforma em elementos indispensáveis à vida.
(Miramez)
29
Concluindo:
A verdadeira propriedade
O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste
mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui
permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas
riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então o que ele
possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a
inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e
leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais
utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir
do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua
posição futura. (ESE – Cap. XVI, item 9 – pág. 160)
Quando compreendermos o verdadeiro amor, todas as desigualdades
deixarão de existir, pois todos somos iguais diante de Deus. As diversidades
existem para que possamos crescer, evoluir, mas o amos nos une.
30
REFERÊNCIAS:
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o
Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2018.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de
Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª
Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile. 85ª Ed.
Araras – SP: IDE, 2008.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução de Salvador Gentile. Araras –
SP: IDE, 2008.
KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 19ª Ed. Rio
de Janeiro: FEB, 1983.
MLODINOW, Leonard. De primatas a astronautas: A jornada do homem
em busca do conhecimento. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.
SILVEIRA, Adelino. Chico, de Francisco. São Paulo: Cultura Espírita União,
1987.
XAVIER, Chico. A Caminho da Luz. 21ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995. Pelo
Espírito Emmanuel.
XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB, 2021. Pelo Espírito André
Luiz.
XAVIER, Chico. Os Mensageiros. 47ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER, Chico. Missionários da Luz. 45ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2021. Pelo
Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. Obreiros da Vida Eterna. 35ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo
Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. No Mundo Maior. 28ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER, Chico. Libertação. 33ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André
Luiz.
XAVIER, Chico. Entre a Terra e o Céu. 27ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo
Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. Nos domínios da Mediunidade. 36ª ed. Brasília: FEB, 2018.
Pelo Espírito André Luiz.
31
XAVIER, Chico. Ação e Reação. 30ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito
André Luiz.
XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Evolução em dois Mundos. 27ª ed.
Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Mecanismos da Mediunidade. 28ª ed.
Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Sexo e Destino. 34ª ed. Brasília: FEB,
2018. Pelo Espírito André Luiz.
XAVIER, Chico. E a vida continua.... 35ª ed. Esp. Rio de Janeiro: FEB, 2021.
Pelo Espírito André Luiz.
https://www.bibliaonline.com.br/
http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/questoes.html
https://super.abril.com.br/historia/os-bastidores-do-livro-dos-espiritos/
https://www.youtube.com/user/livrodosespiritos/videos
https://www.youtube.com/watch?v=4xRhAKctMo8&list=PLI-
OgasY7T5tz8FFyT2yr5aKTPbavF7by&index=111
https://www.youtube.com/playlist?list=PLlRlJDlCghdwROpe8PBZF5_wFxlJqq
UnZ
https://espirito.org.br/artigos/possessao-3/
https://pt.slideshare.net/espirinauta/reinos-da-natureza
https://slideplayer.com.br/slide/14346629/
http://www.caminhosluz.com.br
A Lei de Ação e Reação é a mesma coisa que a Lei de Causa e Efeito?
https://editoradionisi.com.br/folhaespiritacairbarschutel/2020/05/31/a-lei-de-
acao-e-reacao-e-a-mesma-coisa-que-a-lei-de-causa-e-efeito/
32
Barão de Mauá
Por Catarina Oliveira
Ensino Superior em Comunicação (Universidade Metodista de São Paulo, 2010)
Irineu Evangelista de Sousa, conhecido por seu título de Barão de Mauá, foi um
importante banqueiro, industrial e político brasileiro. Foi o pioneiro
da industrialização no Brasil do século XIX, sendo responsável pela
construção de grandes empreendimentos.
Mauá nasceu no dia 28 de dezembro de 1813 em Nossa Senhora do
Arroio Grande, no Rio Grande do Sul. Filho do casal de fazendeiros
Mariana de Jesus Baptista de Carvalho e de João Evangelista de Ávila
e Sousa. Seu pai faleceu quando Mauá tinha oito anos, sua mãe casou-
se novamente e o marido não aceitava os filhos do seu primeiro
casamento. Por esse motivo, sua irmã mais velha casou-se às pressas
e Mauá foi entregue aos cuidados de seu tio Manuel José de Carvalho.
Frequentou um colégio no interior de São Paulo de 1821 a 1823, onde
foi alfabetizado. No ano seguinte, seguiu viagem para o Rio de Janeiro
com seu outro tio, José Baptista de Carvalho, comandante de embarcação da marinha
mercante. Lá trabalhou em uma pequena loja em troca de abrigo e comida. Em 1825
conseguiu seu segundo emprego, na casa comercial do português Antônio Pereira de
Almeida, de quem se tornou funcionário de confiança ao passar dos anos e chegou ao
posto de caixeiro em 1828. Continuou na função até 1829, quando Antônio perdeu seus
bens para o credor escocês Richard Carruthers. Por indicação do ex-patrão, Mauá foi
admitido como caixeiro da Companhia Inglesa Carruthers, especializada em importação e
exportação. Exercendo suas funções aprendeu inglês, contabilidade e técnicas comerciais,
chegando ao posto de gerente.
Em 1836 se estabeleceu como sócio da companhia, batizada de Carruthers & Cia. Em
1839, Richard Carruthers voltou definitivamente para a Inglaterra e deixa Irineu no comando
dos negócios.
Com capital acumulado ao longo de seus anos de trabalho, Mauá adquiriu uma chácara no
Morro de Santa Teresa, onde tratava seus empregados como auxiliares e não negava
abrigo aos escravos foragidos. Trouxe sua mãe, irmã e sobrinha para residirem com ele.
Em 1840 partiu em viagem para Inglaterra, onde teve contato com a realidade capitalista e
com as invenções da Revolução Industrial. No ano seguinte, regressou e pediu sua
sobrinha em casamento. Casaram-se em 1841 e da união nasceram 12 filhos, dos quais
10 sobreviveram.
 Em 1845, Maúa vendeu sua parte na sociedade e adquiriu uma fundição em Niterói.
 Constrói então um estaleiro no local, iniciando a indústria naval brasileira. Seu
patrimônio cresceu e ele investiu em empreendimentos para modernização do Brasil.
 Nos anos seguintes, promoveu o encanamento das águas do rio Maracanã na
cidade do Rio de Janeiro em 1850. Em 1851 fundou a Companhia de Iluminação a
Gás do Rio de Janeiro.
 Em 1852 fundou a Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas e a Companhia
Fluminense de Transportes.
33
 Em 30 de abril de 1854, nasceu a primeira ferrovia do país: a Companhia de Estrada
de Ferro, ligando o Porto Mauá na baía da Guanabara à encosta da Serra da Estrela.
No mesmo dia Dom Pedro II concedeu-lhe o título de "Barão de Mauá".
 O empreendedor também a inaugurou a Estrada de Ferro Dom Pedro II em 1858,
atual Central do Brasil, realizou a construção da estrada de ferro que liga Santos a
Jundiaí e a instalação de cabos telegráficos submarinos ligando o Brasil à Europa
em 1874.
 No final da década de 1850 fundou o Banco Mauá, MacGregor & Cia.
De posicionamento liberal e abolicionista, Mauá teve problemas com o Império devido aos
seus ideais. Seus negócios ficaram abalados pela legislação de taxação de importações
que foi implantada e em 1857 o seu estaleiro foi incendiado criminosamente. Seus
empreendimentos também sofreram consequências com a crise bancária de 1864.
Além de todas suas realizações e obras, Mauá foi deputado pelo Rio Grande do Sul, porém
renunciou em 1873 para cuidar apenas de seus negócios. Em 1874, foi intitulado “Visconde
de Mauá”.
Em 1875 o Banco Mauá foi encerrado, obrigando Mauá a vender grande parte de seu
patrimônio. Diabético e com a saúde debilitada, quitou todas as suas dívidas e trabalhou
com o comércio de café. Faleceu no dia 21 de outubro de 1889 em Petrópolis, Rio de
Janeiro.
Fonte: Barão de Mauá - biografia do industrial e banqueiro brasileiro - História - InfoEscola
34
Isabel de Aragão
Rainha consorte de Portugal
Por Dilva Frazão - Biblioteconomista e professora
Biografia de Isabel de Aragão
Isabel de Aragão ou Santa Isabel de Portugal (1271-1336) foi rainha consorte de Portugal,
esposa do rei Dom Dinis, sexto rei de Portugal. Reputada como fazedora de milagres foi
beatificada pelo papa Leão X, em 1516, e canonizada pelo papa Urbano VIII, em 1625.
Isabel de Aragão nasceu no Palácio de Aljaferia, em Saragoça, Espanha, no dia 4 de janeiro
de 1271. Era filha de D. Pedro III rei de Aragão e de D. Constança de Hohenstaufen. Muito
católica, desde pequena, já rezava e fazia jejuns.
Isabel era muito formosa, de grande coração e muita caridade. Ela não gostava de música,
passeios, nem de joias e enfeites, vestia-se sempre com simplicidade.
Casamento e filhos
Com apenas 12 anos,, Isabel foi pedida em casamento por três príncipes e seus pais
escolheram Dom Dinis I, herdeiro do trono de Portugal, apesar de Isabel estar mais
inclinada a encerrar-se em um convento. Casou-se em 1282, em Trancoso, Portugal.
Isabel de Aragão teve dois filhos: Constança que casou-se com o rei Fernando IV de
Castela, e D. Afonso IV, o herdeiro do trono. Seu coração era tão grande que dava guarita
aos filhos ilegítimos do rei.
Conhecidos eram seus esforços para apaziguar as negociações de paz entre D. Dinis e seu
irmão D. Afonso, que reclamava ser o legítimo herdeiro, pelo fato de D. Dinis ter nascido
antes de o papa ter reconhecido o casamento de seu pai com D. Beatriz de Castela.
Conta-se que D. Isabel tentou mediar uma discórdia entre D. Dinis e seu filho Afonso, mas
não conseguindo se interpôs entre os dois exércitos. Comoveu pai e filho e obteve a paz.
Milagres de Santa Isabel de Portugal
D. Isabel costumava dizer: “Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer
esmolas.”
Com esse espírito, não foi difícil criar em sua volta uma lenda de santidade, atribuindo-lhe
diversos milagres, como a cura de sua dama de companhia e de diversos leprosos.
Também diziam que ela fez com que uma pobre criança cega começasse a ver e que curou
em uma só noite os graves ferimentos de um criado.
Um dos mais conhecidos milagres de santa Isabel é o das rosas. Conta-se que, durante o
cerco de Lisboa, D. Isabel estava a distribuir moedas de prata para socorrer os necessitados
da região de Alvalade quando D. Dinis apareceu.
O rei perguntou a D. Isabel: “O que levas aí, senhora?” Para não desgostar o marido, que
era contra essas doações, ela respondeu: “Levo rosas, senhor.” E, abrindo o manto, perante
o olhar surpreso do rei, não se viam moedas, mas sim rosas vermelhas.
Em outra versão, conta-se que, certa vez, numa manhã de inverno, D. Isabel, decidida a
ajudar os mais desfavorecidos, teria enchido uma dobra de seu vestido com pães para
distribuir.
35
Tendo sido apanhada pelo rei, que a questionou sobre onde ia e o que levava, ela
exclamou: “São rosas, senhor!” Mas o rei indagou: “Rosas no
Inverno?” A rainha mostra ao rei os pães e o que ele vê são
rosas.
As rosas aparecem ainda em outras lendas. Uma na
construção de um templo em Alenquer, quando pagou aos
operários com rosas que se transformaram em dinheiro. Em
outra, estava a pagar com moedas de ouro a construção do
Convento de Santa Clara quando apareceu o soberano e ela,
outra vez mais, mostrou-lhe rosas.
Com a morte de D. Dinis, em 1325, D. Isabel retirou-se para o
Mosteiro das Clarissas de Coimbra, onde passou a viver como religiosa, sem votos, após
ter deposto a coroa real no santuário de Compostela e haver dado todos os seus bens
pessoais aos mais necessitados.
Morte
D. Isabel de Aragão passou o resto de sua vida na pobreza voluntária. Fixou residência em
Coimbra, junto do Convento de Santa Clara, nos Paços de Santa Ana. Mandou construir os
hospitais de Coimbra, de Santarém e de Leiria, para receber os pobres.
Quando D. Isabel deixou Coimbra para pacificar o filho D. Afonso IV de Portugal, e o neto,
Afonso XI de Castela, que ameaçavam uma guerra, faleceu durante a viagem, vítima de
lepra.
D. Isabel de Aragão faleceu em Estremoz, Portugal, no dia 4 de julho de 1336. Seu corpo
foi enterrado no Mosteiro de Santa-Clara-a-Nova, em Coimbra.
Com a reputação de “fazedora de milagres”, D. Isabel foi beatificada pelo papa Leão X em
1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia Filipina, que colocou grande
empenho em sua santificação, pelo papa Urbano VIII e 1625, tornando-se “Santa Isabel de
Portugal

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Capítulo IX - Lei de Igualdade.docx

  • 1. 1 Livro Terceiro: Leis Morais Capítulo IX: Lei de Igualdade 9.1 – Igualdade natural 9.2 – Desigualdade de aptidões 9.3 – Desigualdades sociais 9.4 – Desigualdade das riquezas 9.5 – Provas da riqueza e da miséria 9.6 – Igualdade dos direitos do homem e da mulher 9.7 – Igualdade diante do túmulo Referências Slide: https://pt.slideshare.net/MartaMiranda6/39-lei-de-igualdadepptx
  • 2. 2 LEI DE IGUALDADE Deus nos mostra e a doutrina Espírita nos confirma que somos todos iguais. Todos somos filhos de Deus, criados da mesma forma, simples e ignorantes, sem privilégios de qualquer tipo, submetidos às mesmas leis e todos tendendo para o mesmo fim, a felicidade e a perfeição. As aptidões vão sendo desenvolvidas de forma diferenciada em função das experiências, em função das nossas escolhas, mas todos nós temos as mesmas oportunidades. Não há seres criados puros, perfeitos, como se estivessem fora da humanidade, a parte da humanidade. Os anjos, são Espíritos criados simples e ignorantes e alcançaram a perfeição. Não há Espíritos destinados ao mal como chamados e conhecidos demônios. São ainda Espíritos imperfeitos criados também simples e ignorantes e que ainda estão no início da sua escala evolutiva. Todos nós somos iguais perante Deus. Para que possamos alcançar a perfeição precisamos ir acumulando as habilidades adquiridas, aumentando o arcabouço de conhecimento, de bondade, de sabedoria que temos. O Espírito não regride, conservando em si as habilidades adquiridas. Pode ser que em alguma encarnação algumas habilidades fiquem adormecidas pela necessidade ou pelas condições dessa reencarnação, mas não perdidas. Perante Deus a única desigualdade natural que existe é a do merecimento e que decorre do esforço próprio. É a hierarquia moral que faz a diferença perante Deus. Qualquer outro tipo de diferença material, social que exista quando o homem se tornar mais evoluído e menos egoísta, com certeza, as desigualdades sociais deixarão de existir.
  • 3. 3 9.1 – Igualdade natural 803 – Todos os homens são iguais diante de Deus? Sim, todos tendem ao mesmo fim e Deus fez suas leis para todos. Dizeis frequentemente: O sol brilha para todos. Com isso dizeis uma verdade maior e mais geral do que pensais. Allan Kardec: Todos os homens serão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem com a mesma fraqueza, estão sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Portanto, Deus não deu, a nenhum homem, superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte. Diante dele, todos são iguais. Comentários: Todos nós somos iguais para Deus. Todos nós fomos criados simples e ignorantes nas mesmas condições. Deus não nos concedeu superioridade natural a nenhum de nós. Todas as desigualdades que identificamos na Terra não vem de Deus, mas sim do homem, do seu egoísmo e do seu orgulho. Todos os homens são iguais perante Deus, bem como todos os Espíritos que habitam a criação; no entanto, é bom raciocinar que nem todos assimilam da mesma forma as bênçãos que recebem. Deus nos criou todos iguais para a mesma destinação, a felicidade e o amor. Dessa forma Ele não auxilia um filho em detrimento do outro, pois para Ele todos têm a mesma importância. Temos que procurar entender que aquilo que quero para mim também desejo ao outro, pois a lei de igualdade não se faz presente somente de Deus para nós, mas também precisamos aplicar a lei de igualdade em nossas vidas para com o meu próximo, para com o meu familiar, para com todos os meus irmãos. Eles merecem a felicidade tanto quanto eu. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo IX: Lei de Igualdade
  • 4. 4 9.2 – Desigualdade de aptidões 804 – Por que Deus não deu as mesmas aptidões para todos os homens? Deus criou todos os Espíritos iguais, mas cada um deles tem maior ou menor vivência e, por conseguinte, maior ou menor experiência. A diferença está no grau da sua experiência e da sua vontade, que o livre-arbítrio: daí, uns se aperfeiçoam mais rapidamente e isso lhes dá aptidões diversas. A variedade das aptidões é necessária, a fim de que cada um possa concorrer aos objetivos da Providência no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais: o que um não faz, o outro faz. É assim que cada um tem um papel útil. Depois, todos os mundos sendo solidários uns com os outros, é preciso que os habitantes dos mundos superiores – e que, na maioria, foram criados antes do vosso –, venham aqui habitar para vos dar o exemplo. (361) Comentários: Todos nós fomos criados iguais: simples e ignorantes, ou seja, sem o conhecimento e sem o discernimento entre o bem e o mal. Os Espíritos não foram criados todos ao mesmo tempo. Cada criatura se encontra em uma faixa de vida diferente, e quem as coloca nessa diferença somos nós mesmos e o tempo. Não fomos feitos todos de uma só vez; a criação tem sua marcha, em passos sucessivos. As idades espirituais são diversas, pois Deus não pára de criar. A maturidade é gradativa. Ele doa a todos com o mesmo amor, no entanto, cada um recebe o que merece, de acordo com a sua capacidade espiritual. Aqueles criados a mais tempo vivenciaram mais experiências reencarnatórias e tiveram mais aprendizado e com isso já adquiriram mais aptidões do que aqueles Espíritos que foram criados a menos tempo. E assim tem menos aptidões porque tiveram menos condições de aprendizado. A convivência dos Espíritos mais evoluídos junto aos menos evoluídos favorece a aprendizagem de uns para com os outros. Aqueles que estão adiante, na vanguarda, auxiliam aqueles que estão na retaguarda. As diferenças são importantes e necessárias para cada um de nós, pois são uns auxiliando os outros e vice-versa. Ninguém vive só. O isolamento não traz crescimento. A lei de sociedade nos deixa claro esse fato. O que um não faz o outro fará, nos mostra que tudo é perfeito na humanidade e no Universo. Todos vivendo juntos, em conjunto e são solidários entre si, tanto os Espíritos quanto os mundos. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo IX: Lei de Igualdade
  • 5. 5 As aptidões decorrem do grau de experiência alcançado pelas pessoas, além da vontade. Nem todos os Espíritos têm a mesma vontade, o mesmo interesse em crescer e progredir. Dois Espíritos criados ao mesmo tempo podem evoluir de forma diferente, adquirir aptidões diferentes, pois um pode ser mais dedicado, mais estudioso e outro criado na mesma época pode ser mais preguiçoso, mais ocioso, usando o seu livre-arbítrio para a sua comodidade. Em pouco tempo aquele Espírito mais diligente estará na vanguarda em relação ao outro e com mais aptidões. As diferenças de aptidões decorrem das nossas próprias experiências, da nossa forma de agir diante da vida. 805 – Passando de um mundo superior para um mundo inferior, o Espírito conserva a integridade das faculdades adquiridas? Sim, já o dissemos, o Espírito que progrediu não retrocede; ele pode escolher, no seu estado de Espírito, um envoltório mais grosseiro ou uma posição mais precária que a que tenha, tudo sempre, para lhe servir de ensinamento e lhe ajudar o progresso. (180) Allan Kardec: Assim, a diversidade das aptidões do homem não resulta da natureza íntima de sua criação, mas do grau de aperfeiçoamento ao qual chegaram os Espíritos nele encarnados. Deus, portanto, não criou desigualdades de faculdades, mas permitiu que os diferentes graus de desenvolvimento estivessem em contato, a fim de que os mais adiantados pudessem ajudar o progresso dos mais atrasados e, também, a fim de que os homens, tendo necessidade uns dos outros, cumprissem a lei de caridade que os deve unir. Comentários: O Espírito não retrocede. O que pode ocorrer é que o Espírito quando vai reencarnar em função do seu corpo físico mais grosseiro não terá condições de expressar todas as suas habilidades por completo podendo ficar com determinadas potencialidades limitadas, mas não significa que ele perdeu as faculdades adquiridas. Quando ao seu retorno ao plano espiritual ou quando se liberta parcialmente do corpo físico essas faculdades estarão lá em sua plenitude. Isso é importante para percebermos que realmente todos somos iguais perante a lei de Deus.
  • 6. 6 Todos nós temos oportunidade de crescer e evoluir, de adquirir conhecimento e chegar a mesma destinação que é a felicidade e a perfeição. As diversidades de aptidões são momentâneas e decorrem do grau de aperfeiçoamento a que tenha chegado o Espírito naquele momento. Portanto, essas diversidades não foram colocadas por Deus, mas concedida diante do nosso livre-arbítrio e da lei do progresso. Passando de um mundo superior a outro inferior, o Espírito conserva as suas faculdades integralmente. Só não consegue expressá-las em sua plenitude enquanto encarnado naquele mundo.
  • 7. 7 9.3 – Desigualdades sociais 806 – A desigualdade das condições sociais é uma lei natural? Não, ela é obra do homem e não de Deus. 806.a) Essa desigualdade desaparecerá um dia? De eterno não há senão as leis de Deus. Cada dia, não a vedes diminuir pouco a pouco? Essa desigualdade desaparecerá juntamente com a predominância do orgulho e do egoísmo, e não ficará senão a desigualdade de mérito. Um dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus não se avaliarão pelo sangue mais ou menos puro. Não há senão o Espírito que é mais ou menos puro, e isso não depende da posição social. 806.b) Que pensar daqueles que abusam da superioridade da sua posição social para oprimir o fraco, em seu proveito? Estes merecem o anátema. Ai deles! serão oprimidos, ao seu turno, e renascerão numa existência em que sofrerão tudo o que fizeram sofrer. (684) Comentários: As desigualdades não são obras de Deus, mas sim dos homens em função do egoísmo e do orgulho que ainda predominam em suas vidas permitindo ou até incentivando as desigualdades sociais. Geralmente aqueles que tem mais recursos materiais e poder se consideram superiores, melhores, agindo em relação ao outro como se o outro valesse menos, fosse inferior. Essas atitudes causam as desigualdades sociais, portanto, elas não vêm de Deus e sim das atitudes do próprio homem e da sua visão ainda equivocada em relação à vida e em relação ao outro. Gradativamente essas desigualdades sociais vão se apagando, a partir do momento que passarmos a nos ver como irmãos uns dos outros, membros da grande família universal. Nós iremos auxiliar o outro, amar o outro, reinando a fraternidade entre nós e as desigualdades sociais de hoje não farão mais parte da humanidade do futuro. Algum dia essa desigualdade vai desaparecer. Restará apenas a desigualdade do merecimento, pois o mérito vai estar sempre presente para aqueles que tiverem trabalhado mais, se dedicado mais, doado mais de si LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo IX: Lei de Igualdade
  • 8. 8 mesmo. Esses terão mais merecimento em relação àqueles que se acomodaram. Não ao orgulho, não ao dinheiro, não à vaidade, não ao poder. São fatos que distinguem as criaturas, mas apenas o mérito pelo esforço próprio, pela evolução que cada um tenha adquirido. Há países onde as desigualdades sociais são menores. Com o passar do tempo, gradativamente, foram se organizando e se estruturando de forma natural, sem imposição do Estado ou de ideologias político-econômicas. Exemplo: Europa Ocidental, principalmente os países nórdicos.
  • 9. 9 9.4 – Desigualdades das riquezas 808 – A desigualdade das riquezas não tem sua fonte na desigualdade das faculdades que dá a uns maiores meios de aquisição que a outros? Sim e não; e a velhacaria e o roubo, que dizes deles? 808.a) A riqueza hereditária, portanto, não é o fruto das más paixões? Que sabes disso? Remonta à fonte e verás se ela é sempre pura. Sabes se, no princípio, não foi o fruto de uma espoliação ou de uma injustiça? Porém, sem falar da origem, que pode ser má, crês que a cobiça do bem, mesmo o melhor adquirido, os desejos secretos que se concebe de possuí-los mais cedo sejam sentimentos louváveis? É isso que Deus julga, e eu te asseguro que seu julgamento é mais severo que o dos homens. Comentários: Sim. Há situações que de fato promovem a riqueza porque aquela pessoa tem mais meios, mais habilidades de adquirir. Não. Há situações em que a riqueza é adquirida por meios espúrios (desonesto), em desconformidade com o Evangelho, com a lei e a justiça divina. Da velhacaria e do roubo – Muitas vezes aquela riqueza não é pura, mesmo a herdada que ao verificar a fonte pode-se encontrar aquisição desonesta. Além disso, há os sentimentos, como a cobiça, os desejos secretos que temos e queremos a todo custo adquirirmos essa riqueza o mais rapidamente possível. Sentimentos que não são louváveis, pois estimulam o orgulho, a vaidade, o poder, o sensualismo. Nos distanciam de Deus. Sempre existiu a desigualdade em tudo, e as riquezas não podem deixar de compartilhar deste "tudo". Em toda parte, há a desigualdade de riquezas. É muito difícil saber se uma riqueza tem boa procedência. Muitas vezes, elas nascem da corrupção; quando não de um, têm raízes falsas em outros. O que devemos fazer é, quando as riquezas caírem em nossas mãos, seja de qualquer procedência, procurar aplicá-la bem, para que possa ressarcir, ou ajudar a ressarcir erros. O dinheiro em si não é bom nem mau. Ele faz o que a mente deseja que se faça com ele. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo IX: Lei de Igualdade
  • 10. 10 Conhecemos muitos ricos com grande desprendimento de muitos ricos em favor dos que sofrem o peso do carma que os guia para o cumprimento da justiça. Precisamos muito nos educarmos no campo da honestidade. A falta dela é que nos leva aos distúrbios morais. E aqueles que ocupam funções de liderança acabam por envolver muitas pessoas em seus desatinos. Concluindo: há riquezas que são honestas, pois são decorrentes do nosso esforço, do nosso trabalho, mas precisamos avaliar como agimos após alcançarmos e termos essa riqueza. Será que estamos promovendo as desigualdades sociais ou estamos trabalhando para diminuí-las e ajudar o nosso irmão? 809 – Se uma fortuna foi mal adquirida na origem, os que a herdam, mais tarde, são responsáveis? Sem dúvida, eles não são responsáveis pelo mal que outros fizeram, tanto menos que podem ignorar. Mas fica sabendo, frequentemente, uma fortuna não chega a um homem senão para lhe dar oportunidade de reparar uma injustiça. Bom para ele, se o compreender! Se a faz em nome daquele que cometeu a injustiça, a reparação será contada para ambos, porque, frequentemente, é este último que a provoca. Comentários: Muitas vezes as pessoas que herdam a riqueza não possuem o conhecimento de que ela foi adquirida de forma desonesta, ilegítima ou ilegal, não havendo como serem responsabilizados por esse ato. Mas ao sabermos dessa condição devemos buscar os meios de corrigir, de reparar aquele equívoco. Caso isso não ocorra estaremos nos responsabilizando por aquele ato, uma vez que já temos a ciência da origem dessa riqueza. Se compreendemos que estamos de posse daquela riqueza não com o objetivo de ela usufruir individualmente ou de forma exclusiva, mas para termos a oportunidade de reparar o erro estaremos auxiliando no progresso e na evolução de todos os envolvidos, inclusive daquele que cometeu a injustiça. Aquela pessoa que cometeu a injustiça, caso no momento não tenha a oportunidade de corrigir, com certeza em alguma outra existência precisará fazer. Por mais que aquele que herdou corrija a situação, o ato ilegítimo que o outro cometeu é um ato que cabe a ele corrigir, a responsabilidade é dele. Somos responsabilizados por nossas próprias atitudes.
  • 11. 11 Orientação de Miramez: Se veio às tuas mãos a riqueza, pelo trabalho ou por herança, medita nos bens materiais e o porquê da sua existência em teu caminho. Analisa os homens generosos, estuda as grandes vidas e passa a copiar os ensinamentos dos grandes benfeitores da humanidade. O ouro é cego; o seu guia é que responde pelos seus feitos. 810 – Sem se afastar da legalidade, pode-se dispor dos bens de maneira mais ou menos equitativa. Depois da morte, se é responsável pelas disposições que se fez? Toda ação causa seus frutos. Os frutos da boa ação são doces e os das outras são sempre amargos; sempre, entendei bem isso. Comentários: A partilha dos bens em vida para após a morte. Todos nós somos responsáveis por nossas escolhas, por nossas atitudes. Não há nenhuma atitude que fique sem consequências. Qualquer atitude no bem, por menor que seja, nos traz como consequência um bem e toda ação negativa igualmente nos trará uma consequência negativa, que não é boa. Isso vale para tudo e em todas as situações, tanto enquanto encarnados, como desencarnados. Se dispusermos dos nossos bens com o objetivo de amparar o outro, de aliviar as dores dos outros, conseguindo ter olhos de ver o infortúnio alheio e assim adotar uma atitude caridosa aliviando essas dores, teremos uma consequência positiva, com mais mérito diante dos olhos de Deus. Por outro lado, se dispormos dos bens de forma egoísta, deixando apenas para aqueles que têm laços consanguíneos que às vezes nem precisam poderá produzir frutos não tão positivos. - auxiliar instituições de caridade. 811 – A igualdade absoluta das riquezas é possível e alguma vez existiu? Não, ela não é possível. A diversidade das faculdades e dos caracteres se opõe a isso.
  • 12. 12 811.a) Há todavia, homens que creem estar aí o remédio aos males da sociedade. Que pensais a respeito? Eles são sistemáticos ou ambicionam por inveja. Não compreendem que a igualdade que eles sonham, seria logo desfeita pela força das coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa praga social, e não procureis quimeras. Comentários: A Espiritualidade nos mostra que a diversidade das faculdades e dos caracteres são os responsáveis pela desigualdade que existe entre as riquezas. Nós convivemos entre Espíritos mais evoluídos e menos evoluídos que nós. Aqueles mais evoluídos têm mais aptidões, são mais inteligentes. Tem condições de administrar as riquezas de forma mais inteligente e com mais bom senso que os mais imperfeitos. Se toda a riqueza do planeta fosse distribuída igualmente, aqueles mais laboriosos iriam com aquele valor fazer prosperar, multiplicar, crescer e em pouco tempo estariam ricos novamente. Já aquele que é menos laborioso, mais imperfeito, com menos faculdades desenvolvidas, provavelmente, iria gastar, perder aquele recurso e em pouco estaria novamente pobre. Como não estamos todos no mesmo grau evolutivo é natural que haja diversidade de caracteres e sempre vai acontecer essa comunhão de Espíritos em graus de evolução diversos, pois os mais evoluídos servem de exemplos para os menos evoluídos e vão auxiliando-os nessa caminhada. Não há como haver a igualdade absoluta das riquezas. Com o egoísmo diminuído não vai acontecer o que visualizamos atualmente, pois quem tem muito mais vai ajudar o seu irmão, porque é mais importante ver o seu irmão em uma condição melhor do que ser essencialmente rico o que não traria a felicidade, mas ver o irmão em uma condição melhor traz o sentimento de felicidade. A partir do momento que o egoísmo deixa de existir as desigualdades grotescas e gigantescas como nós percebemos atualmente vão diminuir, mas não vão se extinguir. Capítulo XVI do Evangelho Segundo o Espiritismo, item 8, pág. 159 A igualdade que muitos entendem seja pregada pelo Cristianismo, não deve ser entendida como a distribuição em partes iguais das riquezas entre todas as almas que habitam este planeta. O socialismo visto no Evangelho é aquele que distribui com justiça a todas as pessoas, que mostra seus direitos e junto
  • 13. 13 delas faz com que elas compreendam com respeito os seus deveres ante a sociedade. Poder-se-ia distribuir tudo em partes iguais para as criaturas, se todas elas fossem do mesmo nível espiritual em todos os campos de entendimento, o que é impossível. Não existe isso em nenhum mundo habitado. A distribuição, neste caso, é de acordo com as necessidades de cada um. Se Deus colocasse os Espíritos em um mundo do mesmo nível de evolução, ninguém aprenderia com ninguém. A Inteligência Suprema permite as desigualdades de todas as ordens para que uns sirvam de experiências para outros. Todo sistema político e econômico eventualmente entrará em colapso onde há impulsos morais insuficientes para restringir o egoísmo humano e encorajar a honestidade e as boas obras mesmo quando ninguém está vendo. Apenas o respeito recíproco dos direitos e deveres, e a caridade mútua darão o segredo do justo equilíbrio, do bem-estar honesto, da verdadeira paz e prosperidade dos povos. Ex: Allan Kardec, as instituições, a Casa do Caminho, as Cáritas diocesanas Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho – Capítulo 30 A Caminho da Luz – Capítulo 24 Socialismo e Espiritismo – Capítulo IV 812 – Se a igualdade das riquezas não é possível, ocorre o mesmo com o bem-estar? Não, mas o bem-estar é relativo e seria possível a cada um, um dia, se todos o entendessem bem... porque o verdadeiro bem-estar consiste no emprego do tempo de acordo com a vontade, e não em trabalhos para os quais não se sente nenhum gosto. Como cada um tem aptidões diferentes, nenhum trabalho útil ficaria por fazer. O equilíbrio existe em tudo, é o homem quem quer alterá-lo. 812.a) É possível os homens se entenderem? Os homens se entenderão, quando praticarem a lei de justiça.
  • 14. 14 Comentários: Chegará o tempo em que todos nós vamos nos sentir bem. Ter o bem-estar na condição em que estivermos. É um equívoco achar que quem tem mais dinheiro tem mais bem-estar. O bem-estar não tem muito a haver com os nossos bens materiais. A felicidade está relacionada aos desejos, aos anseios. Quanto menos egoísmo, mais somos felizes. Cada um com uma aptidão diferente realizando trabalhos diferentes, mas com alegria, com prazer em fazer algo diferente. Nenhum trabalho útil ficaria por fazer. O bem-estar não é individual. Ele envolve a coletividade. O verdadeiro amor não é egoísta. Como nos sentiremos bem, felizes, na condição de bem-estar se o nosso próximo não está bem. Se o nosso próximo passa por situações difíceis, de sofrimento, de dores, de angústia, de lágrimas, não há condições de estarmos bem vendo o sofrimento do outro. Nesse momento reduz o egoísmo e nasce o amor. A felicidade do outro é também a minha felicidade. Ela contagia. Para sermos verdadeiramente felizes não conseguiremos a felicidade sozinhos. Precisamos ver o nosso irmão feliz. O bem-estar vai sendo conquistado pouco a pouco, à medida que praticamos a lei de justiça, de amor e de caridade esse bem-estar passa a ser de todos. Mesmo sem haver a igualdade absoluta das riquezas o bem-estar será geral. 813 – Há pessoas que caem na privação e na miséria por sua culpa; a sociedade não pode ser responsável por isso? Sim. Já o dissemos: ela é, frequentemente, a causa primeira desses erros. Aliás, não lhe cabe velar pela sua educação moral? Frequentemente, é a má educação que falseia seu julgamento em lugar de sufocar lhes as tendências perniciosas. (685) Comentários: Muitas vezes em determinadas situações não há um único responsável. Não será uma única pessoa a responder perante a justiça divina, mas todos aqueles que de alguma forma contribuíram para aquele resultado, seja ele negativo ou positivo. Serão beneficiados se o resultado for positivo ou serão
  • 15. 15 responsabilizados quando o resultado é negativo. Tudo na medida exata. Aquele que é mais culpado responde mais. Há muitos equívocos que são cometidos por grupos de pessoas. Nem todos os erros são cometidos individualmente. Há pessoas que erram, há famílias que erram, há sociedades que erram. Quando um determinado erro é cometido em conjunto muitas vezes essas pessoas em um futuro irão ser responsabilizadas em conjunto. É o que muitas vezes vemos os chamados desencarnes coletivos, provas coletivas, onde não apenas uma pessoa responde, mas várias pessoas passam por uma determinada situação resgatando um erro coletivo. Nós somos responsáveis por auxiliar uns aos outros, independentemente, do que o outro tenha feito. Muitas vezes falhamos por omissão. O conceito de irmão que Jesus nos deixou foi que todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai. Então, temos a obrigação, a responsabilidade de auxiliar aquele irmão que está em sofrimento, seja ele físico, material ou em desequilíbrio emocional e espiritual. Fora da caridade não há salvação. Educação – aquela que consiste em formar os caracteres, a que dá os hábitos, pois a educação é o conjunto de hábitos adquiridos. São os princípios que norteiam a nossa conduta. (Questão 685) Sendo responsabilidade da família e da sociedade. A sociedade, em muitos casos, é culpada pela decadência moral, e mesmo física, dos seus membros. Essa parcela de culpa é que gera o carma coletivo, que vai se avolumando e em determinada época transborda em tormentos sobre a coletividade. Ninguém recebe o que não merece, em qualquer campo de trabalho na vinha do Pai. Em todos esses sofrimentos coletivos, quase sempre todos nós temos culpas, porque, se não estamos efetivamente ajudando a errar, estamos pensando, criando ideias inadequadas, de modo a inspirar os mais ignorantes para praticar o mal. Isso é muito sério. O filho, quando sai, volta depois à casa paterna; também, e principalmente em relação aos pensamentos, como sementes de vida que são semeadas por nós na lavoura de Deus, os frutos vêm ao nosso encontro, como o que pedimos a Deus. (Miramez)
  • 16. 16 9.5 – Provas da riqueza e da miséria 814 – Por que Deus deu a uns as riquezas e o poder, e a outros a miséria? Para provar, cada um, de maneira diferente. Aliás, sabeis que os próprios Espíritos escolheram essa prova e, frequentemente, nela sucumbem. Comentários: Nós nascemos ricos em algumas situações e, em outras nascemos pobres e até em condições de miséria para que sejamos experimentados de modos diferentes, pois cada condição que nos encontramos aqui na Terra aprendemos determinadas coisas, determinadas virtudes importantes para o nosso processo de evolução. Quando nos encontramos, por exemplo, na condição de riqueza temos a oportunidade de trabalharmos a caridade, diminuir o egoísmo em nós buscando o desenvolvimento do progresso, o desenvolvimento do nosso irmão. Há a oportunidade de fazer investimentos na ciência, na pesquisa, nos setores econômicos gerando emprego, renda e crescimento para a sociedade. Há a oportunidade do auxílio direto a pessoas necessitadas, bem como, a instituições de caridade. São oportunidades para ir tirando o egoísmo dos nossos corações e aprendermos a caridade. Quando estamos na condição de miséria temos que aprender a resignação, a humildade, a compreensão, a coragem, a perseverança. Cada condição aqui na Terra sempre nos oportuniza o progresso. Quando somos testados em modos diferentes nós aprendemos diversos ensinamentos. As provas normalmente somos nós que escolhemos, pois no nível que já nos encontramos temos condições de participar do planejamento reencarnatório, não completo, mas já possuímos certa autonomia para tomarmos conhecimento de determinadas situações pelas quais iremos passar aqui. Não somos pegos de surpresa. Nós sabíamos, aceitamos e muitas vezes escolhemos a prova da riqueza para aprendermos a caridade ou a prova da miséria para aprendermos a resignação, a paciência, a humildade. Escolhemos essas provas porque sabemos que precisamos adquirir essas virtudes e essas situações nos fornecerão as condições necessárias para aprender aquilo que nós precisamos. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo IX: Lei de Igualdade
  • 17. 17 Porém, quando chegamos aqui muitas vezes falhamos diante dos desafios da vida. - Livro dos Espíritos – Escolha das provas – Cap. VI, Livro II – Q.258. - ESE – Cap. XVI, pág. 155 815 – Qual das duas provas é a mais terrível para o homem, a da infelicidade ou a da fortuna? Tanto uma quanto outra o são. A miséria provoca o murmúrio1 contra a Providência, e a riqueza leva a todos os excessos. Comentários: Nós podemos falhar tanto na riqueza, quanto na pobreza. As pessoas de forma geral creem não haver possibilidades de errar na prova da miséria, considerando que já esteja numa condição de limitações materiais. Mas é engano. Quando nos encontramos na condição de miséria precisamos adquirir a humildade, a resignação, não nos revoltarmos contra a providência divina, não entrar na criminalidade para subir na vida, ter consciência da necessidade do trabalho. São oportunidades de desenvolver inúmeras virtudes e potencialidades, mas ao mesmo tempo há a oportunidade de cair, de nos perder no caminho do erro. Muitos sucumbem ante às grandes dificuldades encontradas na miséria: a fome, o desalento, a falta de esperança. Daí vem a inveja, o roubo, a corrupção, o crime. A riqueza incita o orgulho, a vaidade, o poder, o egoísmo fazendo com que ao invés de sermos caridosos nos distanciemos desse objetivo. Portanto, tanto a riqueza, quanto a miséria são perigosas. O ESE nos esclarece que é necessário mais cuidado com a riqueza, pois nos estimula a todas as paixões materiais e sensual. Sofreremos muito mais, se já conhecemos as leis de Deus e não vivemos de acordo com elas. Não existem provas piores nem melhores; elas são paralelas às necessidades do aprendiz. Deus não põe fardo pesado em ombros frágeis, isto nos diz o Evangelho de Nosso Senhor. A cruz que se carrega na vida, foi estruturada, medida e pesada, para que se possa caminhar com coragem. As reclamações são mostras de Espírito fraco, que ainda não recolheu a experiência necessária nas lutas terrenas. 1 Murmure, no original: queixas ou lamentações. (N. do T.)
  • 18. 18 Uns lamentam, outros desprezam as oportunidades valiosas, que deverão reconhecer depois do túmulo. No entanto, não se pode dizer que o pobre é o bem-aventurado: isso depende do seu comportamento na vida com a prova da miséria. Não se pode dizer que o rico é o que goza do bem-estar, que Deus o premiou com os bens terrenos. Todos estão na mesma faixa de provas e podem ou não sair-se bem delas, dependendo do grau já alcançado na escala da evolução espiritual. Não devemos julgar, mas podemos analisar em silêncio e tirar dessas deduções experiências para o nosso caminho. (Miramez) Curta-metragem: O menino e o sapato. https://www.youtube.com/watch?v=L0oxLWxMtIM Os dois passaram na prova. O primeiro poderia não ter se importado, mas tenta ajudar o outro e se sente insatisfeito quando não consegue. O segundo fica feliz por ter retribuído ao outro ante ao esforço que ele despendera. E assim somos nós diante tanto das pequenas, quanto das grandes ações do nosso cotidiano. Perceber a dificuldade do outro, se importar e auxiliar independente do seu nível, da sua condição. Agir com honestidade. 816 – Se o rico sofre mais tentações não dispõe, também, de maiores meios para fazer o bem? É justamente o que sempre não faz. Ele se torna egoísta, orgulhoso e insaciável. Suas necessidades aumentam com sua fortuna, e crê não haver jamais o bastante só para ele. Allan Kardec: A posição elevada neste mundo e a autoridade sobre seus semelhantes são provas tão grandes e tão difíceis quanto a miséria, porque, quanto mais se rico e poderoso, mais se tem obrigações a cumprir e maiores são os meios para se fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela resignação, e o rico pelo uso que faz dos seus bens e do seu poder. A riqueza e o poder fazem nascer as paixões, que nos ligam à matéria e nos afastam da perfeição espiritual. Por isso, Jesus disse: “Eu vos digo, em verdade, é mais fácil a um camelo passar pelo buraco de uma agulha que a um rico entrar no reino dos céus”. (266)
  • 19. 19 Comentários: Ambas as provas tanto a da pobreza, quanto a da riqueza são difíceis, grandes e escorregadias. Porém, a da riqueza é muito perigosa, pois a riqueza e o poder fazem nascer todas as paixões que nos prendem à matéria. Porém, na maioria das vezes aquele que é rico vai criando falsas necessidades que alimentam a busca em saciar cada vez mais as suas vontades, os seus interesses unicamente. Caso não perceba suas ações egoísticas, vai se distanciando cada vez mais do próximo. Muitas vezes perde a experiência reencarnatória absorvido apenas em si mesmo e na satisfação dos seus interesses egoístas e nas suas falsas necessidades. A caridade, o amor, as ações a favor do progresso, da ciência que são meios oportunos para aplicação da riqueza ficam esquecidos. Nós não precisamos de muito para viver, mas do necessário para termos condições de suprir as nossas necessidades reais. As pessoas que possuem a riqueza em suas mãos têm a oportunidade de:  Fazer investimentos na ciência, na pesquisa e na tecnologia impulsionando o progresso.  Investir nos setores econômicos gerando emprego, renda e crescimento para a sociedade.  Investir nos setores que tragam melhor qualidade de vida para as pessoas, como, educação, saúde, moradia, infraestrutura, lazer, etc.  Ser um pouco mais generosos com os seus prestadores de serviço oportunizando o pobre a viver melhor com sua família.  Proporcionar o auxílio direto a pessoas necessitadas, bem como, a instituições de caridade.  Fazer multiplicar os seus bens, sem avareza, de forma a gerar riquezas para a sociedade. Assim, quando retornar em uma próxima reencarnação irá encontrar uma sociedade vivendo materialmente melhor e, muitas vezes, como retornamos no mesmo seio familiar essa riqueza multiplicada servirá para si próprio também. É a lei do progresso que leva em consideração o passado, o presente e o futuro. Não é proibido e nem pecado ser rico. É uma necessidade para o bem-estar da sociedade. A questão é o que fazer com a riqueza material. Exemplos: - Irineu Evangelista de Souza – Barão de Mauá (28/12/ 1813 – 21/10/1889) – Vide última página
  • 20. 20 - Rainha Santa Isabel de Portugal (1.270-1.336) – Óbidos/Portugal - Vide última página - Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec) (Nascimento: 3 de outubro de 1804 Lyon, França - Morte 31 de março de 1869 Paris) – Investiu suas reservas na publicação das obras da doutrina espírita incluindo as revistas. Concluindo: Perante Deus a única desigualdade natural que existe é a do merecimento e que decorre do esforço próprio. É a hierarquia moral que faz a diferença perante Deus. Qualquer outro tipo de diferença material, social que exista quando o homem se tornar mais evoluído e menos egoísta, com certeza, as desigualdades sociais deixarão de existir.
  • 21. 21 9.6 – Igualdade de direitos do homem e da mulher As desigualdades entre o homem e a mulher também deixarão de existir. O homem vem desde há muito tempo oprimindo a mulher porque ela é fisicamente mais frágil. A doutrina nos ensina que a mulher é mais frágil fisicamente porque ela tem funções diferentes, no sentido de trabalhar a maternidade, a sensibilidade, mas não para ser oprimida pelo homem. Esse domínio injusto e cruel que o homem exerceu e ainda exerce sobre a mulher é inadequado ferindo as leis de Deus e como tal, o homem vai responder por esses excessos. Homem e mulher têm funções distintas, mas ambos são filhos de Deus e merecem ter os mesmos direitos. Precisam se ajudarem mutuamente. São iguais em direitos, não em funções. A ajuda mútua faz com que ambos cresçam e evoluam 817 – Diante de Deus, o homem e a mulher são iguais e têm os mesmos direitos? Deus não deu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir? Comentários: Deus dotou o homem e a mulher de inteligência fornecendo a capacidade plena de diferenciar o bem e o mal. Ambos foram criados para o progresso. A condição de homem e mulher é necessária para quem está aqui na Terra porque o Espírito em si não tem a característica de masculino ou feminino. À medida que os Espíritos evoluem e se tornam mais próximos da perfeição adquirem a uni sexualidade plena. Aqui na Terra é necessário para proporcionar a procriação (Lei de reprodução) fornecendo condições dos Espíritos se reencarnarem, pois é o meio que nos oportuniza o progresso. Somos iguais perante Deus. Estamos momentaneamente na condição masculina ou momentaneamente na condição feminina. Não somos mais ou menos que o outro. As condições são momentos, oportunidades, papeis que nós precisamos vivenciar para adquirir determinados valores, determinadas virtudes que só são possíveis aprender no polo masculino ou no polo feminino. Mais adiante veremos que homem e mulher são iguais em direito, mas não em funções, porque a função de cada um é apropriada para a sua condição e LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo IX: Lei de Igualdade
  • 22. 22 para o aprendizado, o crescimento que irão realizar naquela condição masculina ou feminina 818 – De onde se origina a inferioridade moral da mulher em certos países? Do império injusto e cruel que o homem tomou sobre ela. É um resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre os homens pouco avançados, do ponto de vista moral, a força faz o direito. Comentários: A suposta inferioridade moral da mulher, em certos países, é produto da ignorância dos homens, e do predomínio da força bruta, que supõe tudo resolver pela violência. A concepção de que a mulher é inferior ao homem existe nas mais variadas culturas. Nas sociedades primitivas aqueles homens que eram fortes, que se destacavam pela força física recebiam maior reconhecimento, maior respeito perante a sociedade da época. A mulher naturalmente mais frágil acabava sendo deixada de lado. Por mais que ela tivesse e tem suas funções junto à família, junto à reprodução, essas características não eram consideradas suficientes para que ela tivesse um papel de destaque na sociedade e acabavam assumindo um papel inferior, como se ela fosse inferior ao homem. No Ocidente foi (e ainda é) sustentada por uma determinada interpretação da narrativa religiosa: feita da costela de Adão, Eva (e a mulher por extensão) seria um homem incompleto; uma pequena parte dele. Seria ainda a tentação, aquela que leva o companheiro a provar o fruto proibido, condenando todos à queda. Essa leitura do Gênesis contaminou a cultura ocidental e contribui para manter a dominação masculina sobre o feminino. Também ocultou outras interpretações mais compatíveis com o que se espera de uma religião – que, se tivessem se consagrado, talvez mudassem a forma como a mulher foi tratada através dos séculos. A alegoria da costela de Adão pode muito bem ser vista como símbolo de igualdade de gênero – ainda que, escrita em uma sociedade patriarcal, tenha colocado o homem como o primeiro humano a ser criado. Eva é, afinal, feita da mesma carne que seu companheiro. Tem, portanto, natureza idêntica. Deus tampouco tirou de Adão um osso de uma parte inferior (de seu pé) ou superior (da cabeça) para dar vida a ela. A costela está na lateral do corpo.
  • 23. 23 Este é o lugar da mulher: não abaixo nem acima, mas ao lado do homem. Mais um sinal de igualdade. Já o argumento de que Eva (e a mulher) é a tentação do homem não se sustenta nem mesmo pela lógica machista. O sexo dito forte não seria, por meio dessa narrativa, fraco ao ceder à tentação? E não estaria em pé de igualdade com a mulher ao cometer o mesmo equívoco? É claro que sim. Mas essa constatação tão natural não foi mantida, predominando o condicionamento dessas ideias sem fundamento na verdade. E segue essa mentalidade de fundo religioso – obviamente equivocada – de que a mulher é inferior ao homem, sendo responsável por altos índices de violência e feminicídios no Brasil e no mundo. A lógica perversa por trás dessas práticas é de que, se eles são superiores, elas têm de se submeter a seus caprichos e a recusa seria motivo de violência punitiva. - Reforma das leis (797) – Progresso da legislação humana – Lei do Progresso. - Lei n.º 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Maria da Penha) Quando o amor se sobressair não precisaremos dessas leis. Nenhum homem tem o direito de tornar a mulher submissa, inferior, pequena, desrespeitar, violentar. Isso não existe nas leis divinas. É resultado da imperfeição humana. À medida que formos evoluindo esse comportamento pequeno, mesquinho, egoísta, desigual deixará de existir. Todas essas mazelas que nós identificamos na nossa sociedade refletem o quão imperfeito nós somos. 819 – Com que objetivo a mulher é fisicamente mais fraca do que o homem? Para lhe assinalar funções particulares. O homem é para os trabalhos rudes, por ser o mais forte; a mulher para os trabalhos suaves, e ambos para se entreajudarem nas provas de uma vida plena de amargura. Comentários: As diferenças existem para que elas possam se completar. As diferenças existem para que um possa aprender com o outro. As mulheres aprendem com os homens e os homens com a leveza e a delicadeza das mulheres. Não fomos feitos para viver isolados (Lei de sociedade).
  • 24. 24 Através das diferenças entre homem e mulher, somos todos iguais perante Deus. Temos funções diferenciadas para que possamos ajudar mutuamente. Deus permitiu as diferenças, não para que o homem se sobreponha à mulher, mas que possam se ajudar mutuamente e assim todos crescem para Deus. A nossa necessidade nos leva a destruição do egoísmo. 820 – A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem? Deus deu a uns a força para proteger o fraco, e não para se servir dele. Allan Kardec: Deus conformou a organização de cada ser às funções que deve cumprir. Se deu à mulher uma força física menor, dotou- a, ao mesmo tempo, de maior sensibilidade, relacionada com a delicadeza das funções maternais e a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados. Comentários: A força que uns tem a mais que o outro deve ser utilizada para ajudar, para proteger, para amparar e não para escravizar ou subjugar. As mulheres têm uma organização física mais compatível com o desenvolvimento da sensibilidade e em função da delicadeza que a maternidade exige da mulher. Por isso precisa ter a fragilidade condizente com as funções. Por isso cabe ao homem, por ser mais forte fisicamente, amparar, auxiliar, proteger e não escravizar. Mas é uma situação que muitos homens não fazem Infelizmente, muitos homens utilizam da força física para machucar as suas esposas, ferir as esposas, os filhos, agindo de uma forma completamente diferente daquilo que devemos fazer para com o nosso próximo. Com o nosso próximo devemos respeitar, amparar, auxiliar, fazer a caridade, tratá-lo como irmão. Todos nós somos irmãos perante Deus. Enquanto não conseguirmos olhar o nosso próximo como irmão situações como essas, tristes, deploráveis, continuarão acontecendo. A mulher não é submissa. E nem é melhor também, como muitas querem ser. Ela é igual. O fato de ser mais frágil é porque assim precisa ser devido às funções que lhe cabe desempenhar e ao homem por ser mais forte cabe a obrigação de amparar, de auxiliar.
  • 25. 25 A igualdade só vai acontecer quando aprendermos a olhar o outro como a nós mesmos, tratá-lo como nosso irmão. 821 – As funções para as quais a mulher está destinada pela Natureza têm uma importância tão grande quanto às do homem? Sim, e maiores; é ela quem lhe dá as primeiras noções da vida. Comentários: Na pergunta Kardec considera as funções destinadas ao homem de grande importância. Daí questiona se as funções da mulher são tão importantes quanto. A Espiritualidade responde que não apenas são importantes quanto as funções do homem, mas até mais importante que as do homem, pois é através da mulher, através da maternidade que as primeiras noções da vida são trazidas a humanidade. No decorrer da história da humanidade, durante muitos séculos, a mulher sempre foi apequenada, tendo o seu papel considerado como menor, como inferior diante daquilo que o homem realizava. Daí vem a doutrina com o seu olhar mais profundo, com o seu olhar espiritual, com o olhar que nos distancia dessa visão pequena e materialista. Um olhar que eleva a criatura e nos aproxima de Deus. Estamos aqui na Terra para trabalharmos o amor e a compreensão das leis de Deus. A delicadeza, a sensibilidade, o refinamento ao lidar com as situações domésticas, do lar e em relação aos filhos. As funções da mulher são grandiosas, por vezes até maiores que as do homem, pois é ela que gera filhos na sua intimidade, alimentando-os com o seu amor. A geração de um filho, pode-se dizer que é a maravilha das maravilhas. Quem não vê Deus neste fenômeno, é cego, por não querer examinar os processos da vida. Isso é a manifestação da própria Divindade dentre os seres encarnados, que opera nos animais, nas aves e mesmo no reino vegetal, em se observando os frutos e as flores. (Miramez) 822 – Os homens, sendo iguais diante da lei de Deus, devem sê-lo, igualmente, diante da lei dos homens? É o primeiro princípio de justiça: Não façais aos outros o que não quereríeis que se vos fizessem.
  • 26. 26 822.a) Segundo isso, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher? De direitos, sim; de funções, não. É preciso que cada um esteja colocado no seu lugar. Que o homem se ocupe do exterior e a mulher do interior, cada um segundo sua aptidão. A lei humana, para ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher, pois todo privilégio concedido a um, ou a outro, é contrário à justiça. A emancipação da mulher segue o progresso da civilização, sua subjugação caminha com a barbárie. Os sexos, aliás, não existem senão pela organização física, visto que os Espíritos podem tomar um e outro, não havendo diferença entre eles, sob esse aspecto, e, por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos. Comentários: As leis humanas, mais cedo ou mais tarde, devem se igualarem às leis de Deus. O que eu quero para mim deve ser oque eu quero para o meu irmão. Não importa se esteja em uma condição masculina ou feminina. Os direitos são iguais, mas não as funções. A sexualidade é necessária apenas aqui na vida material para proporcionar a procriação (Lei de reprodução) fornecendo condições dos Espíritos se reencarnarem, pois é o meio que nos oportuniza o progresso. Os Espíritos não precisam dessa sexualidade Estamos momentaneamente na condição masculina ou momentaneamente na condição feminina. Por que discriminar a mulher se na próxima reencarnação posso estar naquela condição? Ou discriminar a condição masculina se sei que poderei voltar nessa condição? Quando compreendemos como opera a justiça divina e o processo reencarnatório e a necessidade de existirem tantos papéis diferenciados fica mais fácil agirmos com o respeito que o outro merece.
  • 27. 27 9.7 – Igualdade diante do túmulo 823 – De onde vem o desejo de se perpetuar a memória pelos monumentos fúnebres? Último ato de orgulho. 823.a) Mas a suntuosidade dos monumentos fúnebres, frequentemente, não é determinada pelos parentes que desejam honrar a memória do falecido e não pelo próprio falecido? Orgulho dos parentes que querem se glorificar a si mesmos. Oh! Sim, não é sempre pelo morto que se fazem todas essas demonstrações: é por amor- próprio e pelo mundo, e para ostentar sua riqueza. Crês que a lembrança de um ser querido seja menos durável no coração do pobre porque ele não pode colocar senão uma flor sobre sua tumba? Crês que o mármore salva do esquecimento aquele que foi inútil sobre a Terra? Comentários: Os monumentos erigidos nas sepulturas dos poderosos da Terra são impulsionados pelo orgulho e pela vaidade, para mostrar à sociedade que a família do morto é poderosa no domínio da riqueza. A Espiritualidade nos mostra que o orgulho se faz presente até nos momentos fúnebres, nos momentos em que a princípio estamos ali para homenagear, para honrar a memória de um parente querido, mas na verdade, a suntuosidade dos monumentos é um ato de orgulho. O desejo que o homem sente em perpetuar sua memória através desses monumentos é um ato de orgulho. Portanto, esses monumentos não são necessários, pois o Espírito não precisa disso. Às vezes aquele Espírito homenageado nem se aproxima daquele momento fúnebre, daquele cemitério, onde estão seus restos mortais. O que liga o Espírito a cada um de nós é o pensamento, a emoção, os sentimentos. Há muitos cemitérios que já padronizaram os seus túmulos o que evita determinadas pompas em detrimento daqueles mais humildes. Além disso a estética torna mais agradável, transmitindo paz e tranquilidade. LIVRO TERCEIRO: Leis Morais Capítulo IX: Lei de Igualdade
  • 28. 28 824 – Reprovais de maneira absoluta a pompa dos funerais? Não; quando honra a memória de um homem de bem, é justa e um bom exemplo. Allan Kardec: O túmulo é o local de encontro de todos os homens. Ali terminam implacavelmente todas as distinções humanas. É em vão que o rico quer perpetuar sua memória por monumentos faustosos. O tempo os destruirá, como ao corpo, pois assim quer a Natureza. A lembrança de suas boas e de suas más ações será menos perecível que seu túmulo. A pompa de seus funerais não o lavará de suas torpezas e nem o fará subir um degrau na hierarquia espiritual. (320 e seguintes). Comentários: A pompa dos funerais em si não é reprovável. Quando a família se apresenta mostrando superior, poderosa, desejando assim ser vista pelos outros, objetiva o orgulho, a vaidade, a ostentação, a busca pelo poder e reconhecimento do mundo. Esse tipo de pompa não é agradável a Deus e a doutrina espírita não apoia. Se há um sentimento real e sincero de honrar a memória de um homem de bem é justo que isso aconteça, pois vai estar prestando homenagem aquela pessoa que desencarnou, a suas obras, o reconhecimento de um trabalho construtivo em prol da humanidade. Por isso devemos trabalhar pela conquista de valores espirituais, pois são esses que trarão para as pessoas que ficam em relação a nós boas ou más lembranças. É de bom exemplo, quando a pompa do funeral visa a honrar a memória de um homem de bem. Quanto mais se vibra para a difusão do amor, mais a luz acende na Terra, em se fazendo fonte no coração humano. Entrementes, o homem de bem recomenda sempre que não deseja gastos sem importância para a alma, em seu funeral, indicando outra direção para os gastos, como seja com alimentos para os pobres, roupas para os nus e casa para os desabrigados. As pompas devem se transformar em caridade onde a luz da beneficência é capaz de enxugar lágrimas e lembrar aos corações que existe a esperança. O próprio Evangelho nos diz que devemos deixar os mortos enterrarem os seus mortos. O legado que o homem de bem deve deixar, é o de sua vida exemplar. O orgulho e o egoísmo fazem a separação das criaturas, mas o túmulo os reúne como sendo todos da mesma massa que a Terra dissolve e transforma em elementos indispensáveis à vida. (Miramez)
  • 29. 29 Concluindo: A verdadeira propriedade O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura. (ESE – Cap. XVI, item 9 – pág. 160) Quando compreendermos o verdadeiro amor, todas as desigualdades deixarão de existir, pois todos somos iguais diante de Deus. As diversidades existem para que possamos crescer, evoluir, mas o amos nos une.
  • 30. 30 REFERÊNCIAS: KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2018. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras – SP: IDE, 2008. KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução de Salvador Gentile. Araras – SP: IDE, 2008. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 19ª Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1983. MLODINOW, Leonard. De primatas a astronautas: A jornada do homem em busca do conhecimento. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2015. SILVEIRA, Adelino. Chico, de Francisco. São Paulo: Cultura Espírita União, 1987. XAVIER, Chico. A Caminho da Luz. 21ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995. Pelo Espírito Emmanuel. XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB, 2021. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Os Mensageiros. 47ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Missionários da Luz. 45ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2021. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Obreiros da Vida Eterna. 35ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. No Mundo Maior. 28ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Libertação. 33ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Entre a Terra e o Céu. 27ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. Nos domínios da Mediunidade. 36ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz.
  • 31. 31 XAVIER, Chico. Ação e Reação. 30ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Evolução em dois Mundos. 27ª ed. Brasília: FEB, 2017. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Mecanismos da Mediunidade. 28ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico & VIEIRA, Waldo. Sexo e Destino. 34ª ed. Brasília: FEB, 2018. Pelo Espírito André Luiz. XAVIER, Chico. E a vida continua.... 35ª ed. Esp. Rio de Janeiro: FEB, 2021. Pelo Espírito André Luiz. https://www.bibliaonline.com.br/ http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/questoes.html https://super.abril.com.br/historia/os-bastidores-do-livro-dos-espiritos/ https://www.youtube.com/user/livrodosespiritos/videos https://www.youtube.com/watch?v=4xRhAKctMo8&list=PLI- OgasY7T5tz8FFyT2yr5aKTPbavF7by&index=111 https://www.youtube.com/playlist?list=PLlRlJDlCghdwROpe8PBZF5_wFxlJqq UnZ https://espirito.org.br/artigos/possessao-3/ https://pt.slideshare.net/espirinauta/reinos-da-natureza https://slideplayer.com.br/slide/14346629/ http://www.caminhosluz.com.br A Lei de Ação e Reação é a mesma coisa que a Lei de Causa e Efeito? https://editoradionisi.com.br/folhaespiritacairbarschutel/2020/05/31/a-lei-de- acao-e-reacao-e-a-mesma-coisa-que-a-lei-de-causa-e-efeito/
  • 32. 32 Barão de Mauá Por Catarina Oliveira Ensino Superior em Comunicação (Universidade Metodista de São Paulo, 2010) Irineu Evangelista de Sousa, conhecido por seu título de Barão de Mauá, foi um importante banqueiro, industrial e político brasileiro. Foi o pioneiro da industrialização no Brasil do século XIX, sendo responsável pela construção de grandes empreendimentos. Mauá nasceu no dia 28 de dezembro de 1813 em Nossa Senhora do Arroio Grande, no Rio Grande do Sul. Filho do casal de fazendeiros Mariana de Jesus Baptista de Carvalho e de João Evangelista de Ávila e Sousa. Seu pai faleceu quando Mauá tinha oito anos, sua mãe casou- se novamente e o marido não aceitava os filhos do seu primeiro casamento. Por esse motivo, sua irmã mais velha casou-se às pressas e Mauá foi entregue aos cuidados de seu tio Manuel José de Carvalho. Frequentou um colégio no interior de São Paulo de 1821 a 1823, onde foi alfabetizado. No ano seguinte, seguiu viagem para o Rio de Janeiro com seu outro tio, José Baptista de Carvalho, comandante de embarcação da marinha mercante. Lá trabalhou em uma pequena loja em troca de abrigo e comida. Em 1825 conseguiu seu segundo emprego, na casa comercial do português Antônio Pereira de Almeida, de quem se tornou funcionário de confiança ao passar dos anos e chegou ao posto de caixeiro em 1828. Continuou na função até 1829, quando Antônio perdeu seus bens para o credor escocês Richard Carruthers. Por indicação do ex-patrão, Mauá foi admitido como caixeiro da Companhia Inglesa Carruthers, especializada em importação e exportação. Exercendo suas funções aprendeu inglês, contabilidade e técnicas comerciais, chegando ao posto de gerente. Em 1836 se estabeleceu como sócio da companhia, batizada de Carruthers & Cia. Em 1839, Richard Carruthers voltou definitivamente para a Inglaterra e deixa Irineu no comando dos negócios. Com capital acumulado ao longo de seus anos de trabalho, Mauá adquiriu uma chácara no Morro de Santa Teresa, onde tratava seus empregados como auxiliares e não negava abrigo aos escravos foragidos. Trouxe sua mãe, irmã e sobrinha para residirem com ele. Em 1840 partiu em viagem para Inglaterra, onde teve contato com a realidade capitalista e com as invenções da Revolução Industrial. No ano seguinte, regressou e pediu sua sobrinha em casamento. Casaram-se em 1841 e da união nasceram 12 filhos, dos quais 10 sobreviveram.  Em 1845, Maúa vendeu sua parte na sociedade e adquiriu uma fundição em Niterói.  Constrói então um estaleiro no local, iniciando a indústria naval brasileira. Seu patrimônio cresceu e ele investiu em empreendimentos para modernização do Brasil.  Nos anos seguintes, promoveu o encanamento das águas do rio Maracanã na cidade do Rio de Janeiro em 1850. Em 1851 fundou a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro.  Em 1852 fundou a Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas e a Companhia Fluminense de Transportes.
  • 33. 33  Em 30 de abril de 1854, nasceu a primeira ferrovia do país: a Companhia de Estrada de Ferro, ligando o Porto Mauá na baía da Guanabara à encosta da Serra da Estrela. No mesmo dia Dom Pedro II concedeu-lhe o título de "Barão de Mauá".  O empreendedor também a inaugurou a Estrada de Ferro Dom Pedro II em 1858, atual Central do Brasil, realizou a construção da estrada de ferro que liga Santos a Jundiaí e a instalação de cabos telegráficos submarinos ligando o Brasil à Europa em 1874.  No final da década de 1850 fundou o Banco Mauá, MacGregor & Cia. De posicionamento liberal e abolicionista, Mauá teve problemas com o Império devido aos seus ideais. Seus negócios ficaram abalados pela legislação de taxação de importações que foi implantada e em 1857 o seu estaleiro foi incendiado criminosamente. Seus empreendimentos também sofreram consequências com a crise bancária de 1864. Além de todas suas realizações e obras, Mauá foi deputado pelo Rio Grande do Sul, porém renunciou em 1873 para cuidar apenas de seus negócios. Em 1874, foi intitulado “Visconde de Mauá”. Em 1875 o Banco Mauá foi encerrado, obrigando Mauá a vender grande parte de seu patrimônio. Diabético e com a saúde debilitada, quitou todas as suas dívidas e trabalhou com o comércio de café. Faleceu no dia 21 de outubro de 1889 em Petrópolis, Rio de Janeiro. Fonte: Barão de Mauá - biografia do industrial e banqueiro brasileiro - História - InfoEscola
  • 34. 34 Isabel de Aragão Rainha consorte de Portugal Por Dilva Frazão - Biblioteconomista e professora Biografia de Isabel de Aragão Isabel de Aragão ou Santa Isabel de Portugal (1271-1336) foi rainha consorte de Portugal, esposa do rei Dom Dinis, sexto rei de Portugal. Reputada como fazedora de milagres foi beatificada pelo papa Leão X, em 1516, e canonizada pelo papa Urbano VIII, em 1625. Isabel de Aragão nasceu no Palácio de Aljaferia, em Saragoça, Espanha, no dia 4 de janeiro de 1271. Era filha de D. Pedro III rei de Aragão e de D. Constança de Hohenstaufen. Muito católica, desde pequena, já rezava e fazia jejuns. Isabel era muito formosa, de grande coração e muita caridade. Ela não gostava de música, passeios, nem de joias e enfeites, vestia-se sempre com simplicidade. Casamento e filhos Com apenas 12 anos,, Isabel foi pedida em casamento por três príncipes e seus pais escolheram Dom Dinis I, herdeiro do trono de Portugal, apesar de Isabel estar mais inclinada a encerrar-se em um convento. Casou-se em 1282, em Trancoso, Portugal. Isabel de Aragão teve dois filhos: Constança que casou-se com o rei Fernando IV de Castela, e D. Afonso IV, o herdeiro do trono. Seu coração era tão grande que dava guarita aos filhos ilegítimos do rei. Conhecidos eram seus esforços para apaziguar as negociações de paz entre D. Dinis e seu irmão D. Afonso, que reclamava ser o legítimo herdeiro, pelo fato de D. Dinis ter nascido antes de o papa ter reconhecido o casamento de seu pai com D. Beatriz de Castela. Conta-se que D. Isabel tentou mediar uma discórdia entre D. Dinis e seu filho Afonso, mas não conseguindo se interpôs entre os dois exércitos. Comoveu pai e filho e obteve a paz. Milagres de Santa Isabel de Portugal D. Isabel costumava dizer: “Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer esmolas.” Com esse espírito, não foi difícil criar em sua volta uma lenda de santidade, atribuindo-lhe diversos milagres, como a cura de sua dama de companhia e de diversos leprosos. Também diziam que ela fez com que uma pobre criança cega começasse a ver e que curou em uma só noite os graves ferimentos de um criado. Um dos mais conhecidos milagres de santa Isabel é o das rosas. Conta-se que, durante o cerco de Lisboa, D. Isabel estava a distribuir moedas de prata para socorrer os necessitados da região de Alvalade quando D. Dinis apareceu. O rei perguntou a D. Isabel: “O que levas aí, senhora?” Para não desgostar o marido, que era contra essas doações, ela respondeu: “Levo rosas, senhor.” E, abrindo o manto, perante o olhar surpreso do rei, não se viam moedas, mas sim rosas vermelhas. Em outra versão, conta-se que, certa vez, numa manhã de inverno, D. Isabel, decidida a ajudar os mais desfavorecidos, teria enchido uma dobra de seu vestido com pães para distribuir.
  • 35. 35 Tendo sido apanhada pelo rei, que a questionou sobre onde ia e o que levava, ela exclamou: “São rosas, senhor!” Mas o rei indagou: “Rosas no Inverno?” A rainha mostra ao rei os pães e o que ele vê são rosas. As rosas aparecem ainda em outras lendas. Uma na construção de um templo em Alenquer, quando pagou aos operários com rosas que se transformaram em dinheiro. Em outra, estava a pagar com moedas de ouro a construção do Convento de Santa Clara quando apareceu o soberano e ela, outra vez mais, mostrou-lhe rosas. Com a morte de D. Dinis, em 1325, D. Isabel retirou-se para o Mosteiro das Clarissas de Coimbra, onde passou a viver como religiosa, sem votos, após ter deposto a coroa real no santuário de Compostela e haver dado todos os seus bens pessoais aos mais necessitados. Morte D. Isabel de Aragão passou o resto de sua vida na pobreza voluntária. Fixou residência em Coimbra, junto do Convento de Santa Clara, nos Paços de Santa Ana. Mandou construir os hospitais de Coimbra, de Santarém e de Leiria, para receber os pobres. Quando D. Isabel deixou Coimbra para pacificar o filho D. Afonso IV de Portugal, e o neto, Afonso XI de Castela, que ameaçavam uma guerra, faleceu durante a viagem, vítima de lepra. D. Isabel de Aragão faleceu em Estremoz, Portugal, no dia 4 de julho de 1336. Seu corpo foi enterrado no Mosteiro de Santa-Clara-a-Nova, em Coimbra. Com a reputação de “fazedora de milagres”, D. Isabel foi beatificada pelo papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia Filipina, que colocou grande empenho em sua santificação, pelo papa Urbano VIII e 1625, tornando-se “Santa Isabel de Portugal