1) O documento descreve o projeto pedagógico de um centro de bem-estar infantil, focando-se nas salas do berçário e da aquisição de marcha. 2) Inclui uma introdução, diagnóstico das crianças, equipa pedagógica, organização do ambiente, objetivos de trabalho e avaliação. 3) O foco é proporcionar o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças, respeitando seus ritmos individuais.
1. CENTRO BEM-ESTAR INFANTIL DE MONTE REAL
PROJETO
PEDAGÓGICO
SALA DO BERÇÁRIO
SALA DE AQUISIÇÃO DA MARCHA (INTERMÉDIA)
OS PIRILAMPOS
2. índice
Introdução
1Diagnóstico
1.1 - Caracterização Teórica do Grupo
1.1.1Berçário
1.1.2- Aquisição de Marcha
1.2 - Caracterização Real do Grupo
1.2.1Berçário
1.2.2- Aquisição de Marcha
2. Equipa Pedagógica
3. Organização do Ambiente Educativo
3.1 - Espaço (berçário e aquisição de marcha
3.2 – Tempo (berçário e aquisição de marcha)
RECURSOS
4. Intenções de
trabalho para o ano letivo
3. 4.1 - Competências a desenvolver no berçário
4.2- Competências a desenvolver na Aquisição de Marcha
5. Projeto Individualizado
6. Planificação das Atividades
7.Avaliação
7.1- Com as crianças
7.2- Com a equipa pedagógica
7.3- Com a família
Bibliografia…………
4. INTRODUÇÃO
No Projeto Pedagógico, o educador planifica “ (…) o conjunto de atividades a realizar
por cada grupo de crianças pertencentes a uma sala (…) ”, tendo em atenção o
desenvolvimento individual de cada criança, respeitando assim o grupo de crianças mais
pequenas onde a prestação de cuidados deve ter um maiorrelevo, “ (…)enquanto atividade
revestida de intencionalidade educativa, em torno da qual a criança processa as suas
aprendizagens e estrutura o seu desenvolvimento.”
Manual de Processos – Chave Creche da Segurança Social (p.25-26)
Este projeto pedagógico destina-se a um grupo de crianças dos 4 aos 30 meses.
Projeto “é uma intenção de transformação do real, guiada por uma representação do
sentido dessa transformação que tem em conta as condições reais de modo a orientar
uma atividade” (Castoriadas, 1975, in Lopes da Silva, 1998)
Quando o bebé nasce, traz a sua herança genética, que contém características que podem
ou não vir desenvolver-se durante a sua vida. No entanto, ele ainda não está totalmente pronto
sob o ponto de vista do desenvolvimento do cérebro.
O cérebro funciona a partir da atividades de inúmeras células que se comunicam entre si,
formando o que chamamos de redes neuronais. Essas redes vão sendo formadas durante nossa
vida, de acordo com o desenvolvimento do indivíduo. O cérebro do bebé é, portanto, muito imaturo
Para que determinadas áreas do cérebro sedesenvolvam, é necessárioque recebam estimulação.
Geralmente isso ocorre de maneira natural, no dia-a-dia, no contacto com as pessoas e o
ambiente. O bebé parece aprender sozinhas novas brincadeiras, novos movimentos, novas
gracinhas.
Essa aprendizagem faz parte do processo de maturação do cérebro, bem como do seu
desenvolvimento psicoafectivo. Há contudo, maneiras de estimular o bebé, de acompanhá-lo na
sua descoberta pelo mundo. Estimular não significa tentar acelerar o processo de formação das
redes neuronais, mas propiciar um ambiente adequado para que isto aconteça e, ao mesmo
tempo, que se fortalecem os vínculos afetivos que unem o bebé e as pessoas que o cercam creche
hoje, além de uma necessidade é um direito de toda e qualquer criança.
O trabalho dos educadores de creche corresponde à assistênciae à educação, oferecendo
um atendimento comprometido com o desenvolvimento da criança nos seus aspetos físicos,
emocionais, cognitivos e sociais.
É um trabalho efetivo e em grupo, devendo haver um envolvimento entre educadores pais
e crianças. Para que se possa interpretar corretamente o comportamento da criança é importante
5. conhecer o grupo de crianças e as características próprias de cada faixa etária, assim como as
suas motivações interesses e necessidades.
Todo o trabalho desenvolvido na Creche tem como grande objetivo promover o
desenvolvimento integral da criança ao nível sócio- afetivo, cognitivo e psicomotor, valorizando
acima de tudo as relações ricas e estimulantes entre as crianças e com os adultos.
Áreas de desenvolvimento:
•Físico-Motora,
•Pessoal e Social,
•Aprendizagem e Cognição
•Higiene, Saúde e segurança
Na Creche o principal não é as atividades planeadas, ainda que adequadas, mas sim as
rotinas e os tempos de atividades livres. As crianças mais pequenas não se desenvolvem em
ambientes “escolarizados”, onde se realizam atividades em grupo, dirigidas por um adulto, mas
em contextos calorosos e atentos às suas necessidades individuais. Os tempos por excelência de
aprendizagem das crianças mais pequenas ocorrem durante interações entre o adulto e a criança.
- Ao elaborar o projeto pedagógico é indispensável o educador conhecer modo como a
criança perceciona o mundo e entender o meio que a rodeia.
-Permitir o desenvolvimento de relações de confiança e de prazer através de atenção,
gestos, palavras e atitudes;
- Estabelecer limites claros e seguros que permitam à criança sentir-se protegida de
decisões e escolhas para as quais ela ainda não tem maturidade suficiente.
- Permitir o desenvolvimento de autonomia e autoconfiança sempre que possível,
- Ser verbalmente estimulante, com capacidade de empatia e de responsabilidade.
Promovendo a linguagem da criança através de interações recíprocas e o seu
desenvolvimento socio emocional; Através de observações cuidadosas, conhecimento e uso
imaginativo de diferentes recursos.Ofereceratividades interessantes e envolventes que permitam
à criança oportunidades de concentração, descoberta e de alegria pelo sucesso e vitória
Procurando articular o jogo ou seja o brincar com as necessidades das crianças
Este projeto assenta na observação cuidada e individualizada das características e
necessidades de cada um, em todas as áreas do seu desenvolvimento, encontrando –se algumas
características das crianças dos 0 aos três anos bem como a ação sócio – pedagógica a
desenvolver ao longo do ano letivo.
“Falar das crianças é, principalmente, falar do que elas são, do que elas fazem,
6. do modo como nos surpreendem, dia após dia, num festival de inovação e de
criatividade sem limites, mas também da sua capacidade de aprender
e de ultrapassar obstáculos e dificuldades.
…o desenvolvimento da criança não pode nem deve ser entendido como uma
via cujo trajeto é obrigatório e previamente determinado.
“Há muitos caminhos para chegar a Roma”- as estradas percorridas podem ser
diferentes, mais ou menos longas e sinuosas, mas nem por isso menos
adequadas para que o objetivo seja atingido. Na “estrada” da vida a caminhada
não depende apenas das potencialidades das criança mas também das
oportunidades que o meio ambiente lhe proporciona ao longo dos anos, e por
isso a diversidade é a regra.”
In “O desenvolvimento da criança” de António Brito Avô
Objetivos gerais da resposta social de creche
Proporcionar o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças, num clima de
segurança afetiva durante o afastamento parcial do seu meio familiar;
Promover a creche (sala e a equipe de trabalho) como um parceiro privilegiado dos pais,
na continuidade dos cuidados básicos e dos afetivos;
Favorecer a individualização da criança respeitando os seus tempos, os seus ritmos e as
suas preferências pessoais, potenciando o desenvolvimento psicoafectivo de cada uma;
Criar momentos para que se crie uma relação de amizade e afetividade com a criança, a
fim de as mesmas se sentirem seguras, amadas e num ambiente estável e harmonioso
que contribua para um bom desenvolvimento das mesmas;
Proporcionar à criançaum contactocom o meio que a rodeia, para que se inicie o processo
de socialização;
Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades, promovendo a
melhor orientação e encaminhamento da criança;
Promover a nossa creche como um espaço que fique “registado” como positivo e
construtivo na formação de cada criança.
“Desde o nascimento que os bebés aprendem ativamente. Através das
relações que estabelecem com as pessoas e das explorações dos materiais do
seu mundo imediato, descobrem como se hão de deslocar; como segurar e agir
sobre objetos; e como comunicar e interagir com os pais, familiares, pares e
educadores. Como aprendizes ativos, os bebés observam, alcançam e
7. agarram pessoas e materiais que especialmente atraem a sua atenção.
Escolhem objetos e pessoas para brincar e explorar, iniciam ações que os
interessam particularmente, e respondem a vários acontecimentos que ocorrem
no seu mundo. Através da combinação única de gestos, expressões faciais,
barulhos e (casualmente) palavras, comunicam os seus sentimentos e ideias.
Através das suas explorações, passam a confiar nos pais e nas pessoas que
cuidam deles em termos de atenção, apoio e desenvolvimento das suas ações,
escolhas e modos de comunicar.”
in Educação de Bebés em Infantários
Fundação Calouste Gulbenkian
1-Diagnóstico
1.1- Caraterização teórica do grupo
1.1.1- Berçário
Sabemos que as experiências das crianças nos seus primeiros anos de vida estão muito
relacionadas com a qualidade dos cuidados que recebem. Também sabemos que estas
experiências podem ter um verdadeiro impacto no seu desenvolvimento futuro. Os cuidados
adequados durante a primeira infância trazem benefícios para a toda a vida. A infância é a etapa
fundamental da vida das crianças sendo os primeiros 36 meses de vida particularmente
importantes para o seu desenvolvimento físico, afetivo e intelectual.
DOS 4 AOS 6 MESES
Após os primeiros 3 meses, período em que há uma espécie de reconhecimento inicial, o bebé
começa então a aperfeiçoar a sua comunicação e, para isso, mostra grande interesse tanto pelos
objetos como pelas pessoas. Nesta fase inicia as suas explorações, querendo agarrar, apalpar e
aproximar-se das coisas. Podemos falar já de um certo controlo por parte da criança de algumas
das partes do seu corpo, sendo um passo muito importante para a criança. Os períodos de vigília
vão-se tornando mais longos e gosta de se sentar apoiada para ver tudo e manipular o que está ao
alcance das suas mãos.
8. Desenvolvimento motor
- Controla a cabeça;
- Senta-se com apoio;
- Agarra os pés;
- Rasteja;
- Agarra com a mão toda;
- Levanta a cabeça e o tronco quando deitado de barriga para baixo;
- Já se consegue virar;
- Manipula objetos;
- Brinca e agarra os seus pés;
- Destapa-se dando aos pés;
Desenvolvimento social-emocional
- Estende os braços para a pessoa que conhece;
- Segue com atenção os movimentos e a conversa do adulto;
- Chora perante pessoas desconhecida;
- Sorri ao ver a sua imagem no espelho;
- Grita para chamar a atenção;
Desenvolvimento Intelectual
- Agarra objetos que estão no seu campo visual;
- Passa objetos de uma mão para a outra;
- Brinca com as suas mãos e pé;
- Bate com as mãos nos objetos e dá gritos de alegria;
- Deixa cair objetos voluntariamente;
DOS 0 AOS 6 MESES SINAIS DE ALERTA
Problemas na alimentação:
Rejeição do peito ou biberão;
Regressões no desenvolvimento:
Apatia;
Ausência de sorriso;
Manifestações de desprazer, com rejeição das tentativas de o confortar.
Não reconhecimento das pessoas mais próximas (por ex., não haver distinção entre a mãe
e um estranho);
Não imita sons.
Dos 7 aos 9 meses
Nesta fase, aparecem as primeiras aprendizagens quase intencionais (o bebé repete um
comportamento dirigido ao meio ambiente em que está inserida). Inicialmente este comportamento
9. era feito ao acaso, agora já é intencional. O bebé começa a entender as pessoas e os objetos
como algo fora dos limites do seu próprio corpo – a consciência da existência de uma realidade
externa é cada vez mais clara. O bebé revela já algum equilíbrio e controlo do seu corpo; senta-se,
vira-se, pode começar a gatinhar apoiando-se nas mãos e pernas e já se mantém de pé com a
ajuda do adulto. Um marco importante nesta altura é o aparecimento do palrar. O bebé diverte-se
em exercícios vocais como o balbucio, lalação e soltar gritos.
Desenvolvimento motor
- Senta-se sozinho sem apoio e mantém a cabeça ereta;
- Põe-se na posição de gatinhar balançando o tronco para a frente e para trás;
- Agarra-se a objetos para se colocar de pé;
- Transporta objetos de uma mão para a outra;
- Senta-se sem apoio :
- Rasteja;
- Rola de costas para barriga e de barriga para costas;
- Mantém-se de pé quando agarrado;
Desenvolvimento social-emocional
- Começa a demonstrar agrado ou desagrado pelas pessoas ou objetos;
- Localiza pessoas familiares;
- Mostra desagrado se lhe tiram um brinquedo;
- Grita, ri e palra;
- Ri para a sua imagem no espelho;
- Estende os braços para a pessoa que conhece;
- Reage com ansiedade ao separar-se dos pais;
- Brinca sozinha;
- Diz adeus com a mão;
- Formação de um forte laço afetivo com a figura materna (cuidadora) - Vinculação;
-Presença de ansiedade de separação, que se manifesta quando é separado da mãe, mesmo que
por breves instantes, trata-se de uma ansiedade normal no desenvolvimento emocional do bebé;
- Nesta fase, é comum os bebés mostrarem preferência por um determinado objeto (um cobertor
ou um peluche, por ex.), o qual terá um papel muito importante na vida do bebé - ajuda a
adormecer, é objeto de reconforto quando está triste, etc.;
Desenvolvimento Intelectual
- Fixa o olhar em objetos e segue-os com o olhar quando caem;
10. - Atira os objetos para que lhos apanhem;
- Encontra um brinquedo escondido;
- Imita gestos conhecido;
- Tapa e destapa caixas;
- Mete e tira uma bola de uma caixa, uma argola de um suporte…
- Ecolalia: imita e repete a primeira silaba de ouve;
- Compreende frases simples;
- Reconhece vozes familiares;
Dos 10 aos 12 meses
A exploração do mundo que o rodeia será a sua maior atividade ao conseguir pôr-se de pé
sozinho e deslocar-se, rastejando, de gatas, caminhar com apoio para depois o fazer sem apoio. É
uma fase extremamente ativa. O bebé começa a explorar o ambiente por conta própria,
deparando-se com os limites impostos por obstáculos físicos ou pelo adulto. O bebé tem
comportamentos plenamente intencionais. O mundo das palavras constitui um novo desafio. Gosta
de fazer ruido, e por volta dos 12 meses começa a emitir palavras com significado, e com uma
palavra expressa uma frase (palavra- frase). Gosta de atividades motoras e já consegue pegar
com o polegar e o indicador (preensão em pinça).
Desenvolvimento motor
- Bebe pelo copo;
- Começa a explora a comida com as mãos;
- Começa a comer com as mãos
- Gosta de abrir e fechar portas;
- Gatinha bem;
- Põe-se de pé sozinho;
- Fica em pé apoiado;
- Anda com ajuda do adulto;
- Estando de pé, agacha-se para apanhar um objeto;
- Consegue fazer “pinça” com o polegar e o indicador;
Desenvolvimento Social/emocional
- Responde/reage quando chamam o seu nome;
- Imita ações simples do adulto;
- Gosta de se ver ao espelho;
11. Dos 12 aos 18 meses
Ao adquirir a marcha – marco muito importante que acontece nesta altura. Marco este
que vai mudar para sempre a vida da criança, passando para a posição bípede. Esta etapa
caracteriza-se pelo facto de a criança explorar as propriedades reais e as potencialidades dos
objetos de forma muito ativa e intencional por experiência-erro, fundamentalmente à procura de
novas e diversas formas de atuar sobre os mesmos. Acriança aproxima-se do mundo que a rodeia
de forma experimental. Quando se depara com um objeto/brinquedo novo, tentará pôr a nu as suas
- Expresso medo ou ansiedade perante pessoas que lhe são estranhas;
- Procura afeto ou ajuda junto de um conhecido;
- Dá brinquedos, mas quer imediatamente de volta;
- Repete atos que causam riso nos outros;
Desenvolvimento Intelectual
- Emite as primeiras palavras: papá, mamã, nené, dadá…;
- Diz uma palavra com significado para expressar uma frase: pede, recusa;
- Compreende bem a proibição;
- Dança ao som da música;
- Interessa-se por imagens coloridas nos livros;
- Bate palmas e diz adeus se o adulto pedir;
- Gosta de meter objetos uns dentro dos outros
DOS 6 AOS 12 MESES SINAIS E ALERTA
Passividade; sono; Dificuldade em adormecer sozinho, Insónias.
Falta de iniciativa;
Défice na resposta a estímulos provenientes de pessoas, brinquedos, animais, etc.;
Choro fácil e frequente;
Aprendizagem lenta;
Coordenação motora pobre;
12. propriedades estruturais e funcionais de forma ativa, ao experimentar com ele várias formas de
atuar, obtendo novas formas de brincar a partir de outras por ela já conhecidas. É capaz de repetir
os jogos que funcionaram melhor de forma intencional e deliberada. Relativamente à linguagem, a
criança já é capaz de entender muitas das palavras que lhe dizemos e obedece a ordens por
gestos.
Entre os 12 e os 24 meses dá-se a transição da condição de bebé para a de criança. O
bebé aprende muitas coisas, especialmente a ser uma pessoa separada. O desenvolvimento é
rápido, mas frequentemente intercalado com períodos de tréguas ou de regressões a
comportamentos anteriores mais infantis.
Desenvolvimento motor
- Pega corretamente na colher para comer;
- Adquire a marcha;
- Folheia páginas de um livro
- Sobe escadas com ajuda do adulto
- Arrasta um brinquedo enquanto caminha
- Abre e fecha caixas;
- Dança, mexendo todo o corpo sem se deslocar;
Desenvolvimento social/emocional
- Leva o adulto até ao objeto que deseja; - Imita o que vê; - Distingue entre tu e eu; - Reage às
mudanças de rotina e a qualquer transição brusca; - Pergunta pelas pessoas ausentes; - Diz
“obrigada” e “adeus”;
Desenvolvimento intelectual
- Identifica uma figura familiar num livro;
- Entrega objetos familiares que lhe pedem;
- Indica as partes do corpo: nariz, olhos, cabelo, orelhas…;
- Constrói torres;
- Reconhece o de desenho de um cão, peixe, carro, bola…;
- Mete qualquer tipo de peça num encaixe de figuras geométricas;
- Diz “não” e acompanha-o com a cabeça;
- Combina o uso de palavras com gestos para se expressar;
13. 1 ano aos 2 anos sinais de alerta
Adaptabilidade excessiva, ou seja, passividade, retirada
Medos excessivos;
Comportamentos executados de forma obsessiva: por exemplo, abanar a cabeça,
chuchar no dedo;
Falta de interesse pelos objetos, jogos ou pelo ambiente que a rodeia;
Comportamentos rebeldes excessivos:
Alterações bruscas de humor;
Comportamentos incontroláveis, tais como morder ou bater;
Dificuldade em adormecer sozinho;
Insónias.
Aquisição de Marcha
Segundo ano de vida
Com 1 ano, a criança encontra-se no período sensório-motor, conquista o mundo que a rodeia
através da própria ação. Atua sem refletir, procura a satisfação imediata e existe uma
intencionalidade nos seus atos (puxa uma toalha para conseguir o objeto que está em cima).
Segundo Piaget, encontra-se na quinta fase, caraterizada pela permanência do objeto, que embora
não tenha presente, procura-o depois de o termos mostrado. Esta fase é também caraterizada pela
experimentação-ação. A criança explora, investiga a realidade que a rodeia e observa os resultados
das suas diferentes experiências. A partir dos 18 meses, entra na sexta fase, dando-se um novo
passo no aspeto cognitivo, o da representação: a criança é capaz de representar mentalmente os
movimentos, sem necessidade de os executar (não sobe a uma cadeira pois pode cair). Começam
também as primeiras competências sociais ao mostraras suas graças,ao cumpriralgumas ordens,
ao brincar, etc. Adota um comportamento sociável e é capaz de demonstrar medo, cólera, afeto e
simpatia. É uma fase marcada pelo egocentrismo e requer mais atenção individual. A maioria das
suas reações relaciona-se com ela mesma e com as suas próprias atividades. Embora as crianças
brinquem no mesmo ambiente dificilmente desempenham atividades em conjunto: praticam aquilo
a que chamamos - jogo paralelo – onde a disputa pelo mesmo brinquedo é frequente. A criança
está a consolidar a sua individualidade e até aprender a partilhar tem de ganhar segurança em
relação ao espaço.
- Identifica uma figura familiar num livro; - Entrega objetos familiares que lhe pedem; - Indica as
partes do corpo: nariz, olhos, cabelo, orelhas…; - Constrói torres; - Reconhece o de desenho de
um cão, peixe, carro, bola…; - Mete qualquer tipo de peça num encaixe de figuras geométricas; -
14. Diz “não” e acompanha-o com a cabeça; - Combina o uso de palavras com gestos para se
expressar;
18 Aos 24 meses:
Desenvolvimento motor
- Caminha rapidamente com passo firme;
- Dá pequenos saltos;
- Atira/chuta uma bola;
- Rabisca com lápis;
- Sobe a uma cadeira de adulto;
- Come sozinho com a colher;
- Lava as mãos com ajuda;
- Abre porta, gavetas e caixas;
- Anda de costas;
Desenvolvimento Social/emocional
- Olha para a pessoa que fala com ele;
- Pergunta pela mãe e pelo pai;
- Imita o que vê;
- Inicia sozinha a sua própria brincadeira;
- Cumprimenta e diz adeus;
- Fica angustiado por se separar dos pais;
- Disputa brinquedos com outras crianças;
- Reconhece-se no espelho ou em fotografias;
- É egocêntrico;
- Reclama “meu” (seu);
Desenvolvimento intelectual
- Tem um vocabulário de 10 palavras;
- Identifica um objeto em imagens;
- Combina o uso de palavras e gestos para manifestar os seus desejos;
- Ri de ações engraçadas;
- Segue uma instrução simples;
- Resolve os problemas por tentativa e erro;
- Usa duas ou três frases;
- Diz nomes de brinquedos;
15. - Trauteia uma canção;
- Reproduz o som do animal para o chamar;
- Mostra consciência da aprovação ou desaprovação dos seus atos;
- Refere-se a si pelo seu nome;
- Verbaliza desejos e sentimentos;
Dos 2 aos 3 anos
Desenvolvimento motor
À medida que o seu equilíbrio e coordenação aumentam, a criança é capaz de saltar,
andar ao pé-coxinho ou saltar de um pé para o outro quando está a correr ou a andar;
É mais fácil manipular e utilizar objetos com as mãos, como um lápis de cor para
desenhar ou uma colher para comer sozinha;
Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (primeiro os intestinos e depois a
bexiga);
Desenvolvimento Intelectual
Fase de grande curiosidade, sendo muito frequente a pergunta "Porquê?";
À medida que se desenvolvem as suas competências linguísticas, a criança começa a
exprimir-se de outras formas, que não apenas a exploração física - trata-se de juntar as
competências físicas e de linguagem (por ex., quando faço isto, acontece aquilo), o que
ajuda ao seu desenvolvimento cognitivo;
É capaz de produzir regularmente frases de 3 e 4 palavras. A partir dos 32 meses, é já
capaz de conversar com um adulto usando frases curtas e de continuar a falar sobre um
assunto por um breve período;
Desenvolvimento da consciência de si: a criança pode referir-se a si própria como "eu" e
pode conseguir descrever-se por frases simples, como "tenho fome";
A memória e a capacidade de concentração aumentaram (a criança é capaz de voltar a uma
atividade que tinha interrompido, mantendo-se concentrada nela por períodos de tempo mais
longos);
16. A criança está a começar a formar imagens mentais das coisas, o que a leva à
compreensão dos conceitos - progressivamente, e com a ajuda dos pais, vai sendo capaz
de compreender conceitos como dentro e fora, cima e baixo;
Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de sequências numéricas
simples e de diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até 10 e de formar grupos
de objetos.
Desenvolvimento Social
A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não gostando
de estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor quando é separada
da mãe, para ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas crianças consigam este
progresso com menos ansiedade do que outras;
Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar a loiça,
maquilhar-se, etc.;
É capaz de participar em atividades com outras crianças, como por exemplo ouvir
histórias;
Desenvolvimento Emocional
Inicialmente o leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até à raiva frustrada.
Embora a capacidade de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a
crianças necessitaráde aprender a lidar com as suas emoções e de saberque sentimentos
são adequados, o que requer prática e ajuda dos pais;
Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança chamar a atenção. Podem
dever-se a mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as birras
costumam estar relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de comunicar
de forma eficaz);
DOS 2 AOS 3 ANOS SINAIS DE ALERTA.
Adaptabilidade excessiva: retirada, passividade;
Medo excessivo;
Falta de interesse pelos objetos, pelo meio ou pelo jogo;
Alterações de humor excessivas, bater ou morder de forma incontrolável;
Birras prolongadas, com muito pouca tolerância aos limites impostos pelas figuras
cuidadoras;
17. "Consciência de si" muito frágil, que se pode traduzir na dificuldade de tomar decisões:
Aceitação passiva das imposições dos outros;
Incapacidade de se identificar como "eu";
Atraso significativo ao nível da linguagem: por exemplo, não é capaz de produzir frases
simples (3, 4 palavras);
Sono:
Dificuldade em adormecer sozinho;
Insónias.
CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO SALA DO BERÇÁRIO
(Dos 4 aos 12 Meses)
O grupo de crianças que frequentam o berçário é constituído por 10 crianças, com idades
compreendidas entre os 5 e os 12 meses entrarão outros bebes até ao número de 10.
Neste momento no berçário estão 3 meninos e 7 meninas, as idades vão dos 4 meses aos 12
meses.
O grupo em questão, apresenta algumas características comuns, nomeadamente algumas
competências já adquiridas.
Ao nível da área de desenvolvimento pessoal e social praticamente todos demonstram um
autoconceito positivo, ou seja, demonstrando preferência por objetos e pessoas, expressando as
emoções adequadas perante várias situações e usando gestos físicos ou sons para obter ajuda
dos adultos. Na área da aprendizagem é um grupo muito interessado no mundo que os rodeia,
tentando explorar todos os objetos e espaços à sua volta e mostrando prazer e alegria quando o
adulto interage com eles.
No que diz respeito às competências físicas e motoras já quase todo o grupo se mantém sentado
exceto os bebés de 4 e de 5 meses.
18. Gatinham e agarram-se às coisas para se manterem de pé. É um grupo que também já consegue
atirar, carregar, empurrar e puxar objetos, usando muito as mãos para mexer em tudo o que está
à sua volta.
CARATERIZAÇÃO DO GRUPO
Sala da aquisição da marcha, intermédia
O grupo é composto por dezassete crianças com alguma diversidade no ponto de vista da
faixa etária quer ao nível do desenvolvimento psicomotor, quer ao nível do desenvolvimento
cognitivo e psicossocial.Atendendo a esta diversidade etária ter – se– à semprede ter em atenção
os pontos que caracterizam cada criança.
Desenvolvimentocognitivo: As crianças nesta faixa etária encontram – se, segundo Jean
Piaget no estádio sensório – motor, sendo que aprendem acerca de si próprios e do mundo que
os rodeiam através da sua atividade sensorial e motora, desde a fase de bebés até,
aproximadamente aos 24 meses, as crianças vão –se tornando cada vez mais seres com
objetivos.
Nesta faixa etária, as crianças revelam muita curiosidade acerca do que as rodeia, por
isso variam muito as suas ações e atingem objetivos através da sucessão tentativa e erro. À
medida que se aproximam dos 24 meses conseguem representar momentaneamente os
acontecimentos, realizando combinações mentais que lhes permitem variar uma série de ações,
abandonando de certa forma a repetibilidade ocasional dessas mesmas ações.
As crianças entre os 12 e os 24 meses adquirem, ao longo desta etapa da sua vida a capacidade
de imitação diferida, sendo que começam a ser capazes de imitar ações que não estão a visualizar
no momento, iniciando portanto algumas brincadeiras de faz – de – conta, envolvendo pessoas e
situações imaginárias.
Desenvolvimento físico: As crianças entre os 12 e os 20 meses alternam o gatinhar e o
andar para se deslocarem. Numa fase de início de marcha ainda procuram muito o apoio de
móveis e outras estruturas para adquirir confiança das deslocações. Esta necessidade de apoiar
as mãos vai diminuindo à medida que acresce a confiança em si mesmo e no espaço físico
envolvente. À medida que se aproximam dos 24 meses são capazes de correr, chutar e começar
a saltar.
Desenvolvimento psicossocial: As crianças estão numa fase muito egocêntrica, que
segundo Piaget “ é a incapacidade para ver as coisas de um ponto de vista que não o
19. próprio”. “ O egocentrismo é uma forma de centração […] as crianças estão tão centradas
no seu próprio ponto de vista, que não conseguem ver o ponto de vista do outro.
O grupo da sala de um ano é composto maioritariamente por crianças de sexo feminino,
13 meninas e 4 meninos sendo maioritariamente composto por crianças vindas da sala do
berçário. É portanto um grupo que na sua essência já se conhece.
Neste ano letivo ingressaram quatro crianças pela primeira vez. Os membros novos já
estão perfeitamente adaptados quer aos adultos, quer aos colegas. Esta boa adaptação permite
também que nesta fase do ano letivo já estejam também muito bem adaptados à rotina diária e
dinâmica da sala.
As crianças da sala interagem bem entre elas. Nesta fase do ano letivo já se conhecem os
pares mais próximos. Estão numa fase de exploração de objetos, espaços e relações o que por
vezes provoca algum tipo de conflitos tais como mordidas, nomeadamente na disputa por
brinquedos. São crianças muito ativas exploram e manipulam todos os objetos, brinquedos,
gostam imenso de brincar com pratos e colheres, de ver dvs de musica infantil aos quais prestam
bastante atenção e com os quais interagem. Chamam-se uns aos outros ou pedem para dar as
mãos para formar uma roda e dançar. Sempre que dizemos que vamos colocar uma música nova
ou que já não ouvem há algum tempo, eles reagem imenso, ficam muito contentes, e vêm logo a
correr para a frente do rádio ou a tv. São capazes também de identificar sons de animais
conhecidos, já acompanham canções que cantamos diariamente (repetindo a terminação pois
ainda não se expressam muito bem). Esta é uma área que será sempre muito explorada até
porque potencia o desenvolvimento da linguagem. Mais tarde introduziremos alguns instrumentos
musicais para as crianças se irem familiarizando.
É um grupo que já começa a ter noção do que é certo e do errado, pois revelam atitudes
desafiadoras quando por exemplo atiram brinquedos e olham para o adulto para ver a sua reação.
Demonstram atitudes de amizade e de carinho e já uma enorme capacidade de estabelecer
relações entre si, perante os colegas quando estão a brincar, pedindo frequentemente as suas
mãos para dançar ou fazer alguma atividade. Contudo, é uma fase marcada também pelo
egocentrismo, que se traduz na dificuldade que a criança revela em compreender o ponto de vista
do outro, como já foi referido.
Ao Nível Motor, para as crianças que adquiriram a marcha esta está consolidada,
deslocando-se para todo o lugar, sobem e descem estruturas.
Na Rotina da Alimentação a maioria do grupo necessita ainda de auxílio do adulto, contudo
mostram interesse em pegar na colher sozinhos, algumas crianças utilizam a mão para comer.
Ao Nível da Linguagem, embora todas vocalizem, algumas crianças começam a exprimir-
se verbalmente, embora ainda com pouca variedade de palavras mas cada dia que passa vai
sendo uma conquista a nível de vocabulário. Uma das características desta idade são os grandes
progressos que a criança faz na aquisição de vocabulário prático: preferencialmente ligado ao
20. corpo, alimentos, animais e brinquedos. O grupo encontra-se numa fase de aquisição de
vocabulário e tentam repetir palavras se o adulto pedir (repetindo a terminação dessa). Todos
entendem o que o adulto diz ou pede, como também são capazes de exprimir sentimentos,
vontades e desejos.
Na Rotina da Higiene todas as crianças usam fralda. Já todas se sentam no bacio e
entendem para que serve, embora não o solicitem.
Na Rotina do Repouso, a maioria do grupo revela-se difícil de adormecer de permanecer
na cama acordada. De um modo geral têm o seu objeto de transição, desde chupetas, casacos e
bonecos de tecido. Relativamente à sua concentração, o tempo deste grupo ainda é muito
reduzido, mas são muito interessados pelas atividades que lhes são propostas.
Assim podem-se destacar as seguintes características deste grupo:
- O grupo é ativo bastante, expressivo e bem-disposto.
- Interessam-se por bolas, livros e canções mimadas. Visualização de DVDs de música
infantil. Colheres e pratos, brinquedos.
- Todas reconhecem o seu nome; identificam os seus colegas.
- Egocentrismo muito presente nas suas brincadeiras;
- Algumas crianças já dizem sim e não.
- Algumas crianças realizam pequenos recados.
Equipa Pedagógica
“ O trabalho em equipa entre adultos, que permanentemente subjaz a toda a ação,
cria um enquadramento propício para o envolvimentodas crianças numa comunidade ativa
e participante” (Educar a Criança, Hohmann M. E. Weikart D. 2007) O trabalho em equipa é
algo que influencia o funcionamento de qualquer instituição e a qualidade da resposta educativa
prestada às crianças e às famílias. O diálogo, a compreensão, a troca de informação, o debate de
ideias e o respeito pela singularidade de cada um, é fundamental para se efetuar um trabalho em
parceria positivo. Toda a equipa deverá trabalhar para um mesmo fim, por isso, para que se tenha
sucesso, é indispensável a consciência que são um grupo e que precisam funcionar em conjunto
para atingir intencionalidades educativas, articulando e completando ideias.
Uma equipa precisa discutir questões relacionadas com a planificação e avaliação do
trabalho desenvolvido com as crianças, organizar e reformular/melhora a ação educativa, partilhar
saberes, conhecimentos e sentimentos. A equipa pedagógica da sala do Berçário e Aquisição de
Marcha é composta por uma educadora, três auxiliares de sala e duas auxiliares de apoio, que
apoiam durante as refeições.
21. Equipa esta que partilha entre si toda a ação pedagógica, procurando que as interações
tenham como sustentáculo uma comunicação aberta, em que a honestidade desempenha um
papel primordial.
O berçário e a sala da marcha, intermédia, recebe as crianças das 8 h até às dez da manhã
e encerra às 18.30h. Com este grupo de crianças estão duas auxiliares permanentes. Durante no
período das refeições há uma terceira pessoa que dá apoio. O Berçário é supervisionado
periodicamente pela educadora que planifica semanalmente as atividades e é também
responsável pelo grupo da sala de aquisição da marcha.
Organização do Ambiente Educativo
- Organização do Espaço
“ O espaço em educação constitui - se como uma estrutura de oportunidades. É uma
condição externa que favorecerá ou dificultará o processo de crescimento pessoal e o
desenvolvimento das atividades instrutivas. Será facilitador, ou pelo contrário limita dor,
em função do nível de congruência relativamente aos objetivos e dinâmica geral das
atividades postas em marcha ou relativamente aos métodos educativos instrutivos que
caraterizam o nosso estilo de trabalho.” (Zabalza , 1992:120)
A sala se deve privilegiar uma organização acolhedora, existindo diversos recantos equipados
com uma seleção de materiais didáticos que favoreçam as relações entre crianças e os adultos.
Sabemos que é no espaço físico e na relação que a criança estabelece com este e com os
materiais, que vai realizar descobertas e adquirindo conhecimentos, que contribuem para o seu
processo de desenvolvimento. Desta forma, a sua organização deve ser pensada de modo
adequado, no sentido de dar respostas às crianças que fazem dele o seu mundo de explorações
e descobertas, devendo movimentar-se livremente e em segurança.
“ A organização do espaço da sala é um a das estratégias a utilizar quando se pretende
Implementar organização, metodologia de trabalho e promoção de um ambiente seguro,
com higiene, que possa promover e proporcionar diversos momentos de curiosidade,
exploração e desafio para a criança. A organização e a utilização do espaço são
expressão das intenções educativas e da dinâmica do grupo, sendo indispensável que o
22. educador se interrogue sobre a função e a finalidade educativa dos materiais de modo a
planear e fundamentar as razões dessa organização.” (Ministério da Educação, 2002: 37)
Todos os espaços que constituem a Creche são dotados de iluminação natural. O
pavimento é chão flutuante, as paredes são de tinta lavável e todas as tomadas situam-se fora do
alcance das crianças e têm alvéolos protegidos. Existem espaços distintos, projetados de acordo
com o desenvolvimento das crianças:
A sala do (berçário), é uma sala composta por 3 divisões; uma para o dormitório ondes
estão colocados os berços das crianças devidamente identificados e outra para as
brincadeiras/atividades das crianças. Na sala das brincadeiras realizam-se as refeições. A
bancada das mudas com armário gavetas individuais, e banheira encontra-se na casa de banho
que está num espaço contíguo à sala, separada por uma janela. O berçário é ainda apoiado por
uma copa onde são preparados e esterilizados os biberões, as papas. As sopas, a fruta e outras
refeições são enviadas para a copa de elevador, proveniente da cozinha que se localiza no rés-
do-chão da instituição.
A sala da marcha, intermédia, assim como o berçário, localiza-se no piso superior do
edifício da instituição) possui janelas viradas para a rua, bem como outras duas em paredes
opostas viradas para o telhado. A luz natural que incide sobre a sala é satisfatória para a faixa
etária que a sala alberga.
No que concerne à conceção física da sala esta é pintada de branco e bege. A sala dispõe
de uma bancada de apoio para mudas das crianças, com fraldário e ainda cacifos individuais para
arrumação dos pertences de cada criança, fraldas, cremes e outros. Existe um móvel para guardar
outros pertences das crianças e serve de suporte da tv e leitor de dvd. Um móvel onde são
guardados os colchões onde dormem as crianças há outro móvel de apoio, onde se guardam os
materiais didático, de desgaste e os brinquedos. Na sala estão ainda os cabides identificados com
o nome de cada criança, para colocação de mochilas, batas e casacos. Existem ainda dois
placards onde vão sendo afixados alguns trabalhos desenvolvidos pelas crianças ao longo do ano.
Devido às características desta faixa etária a sala tem apenas duas áreas, a área das
almofadas, onde agora já se conseguem manter sentadas por um período curto de tempo, e a
área da casinha, onde as crianças passam a maior parte do tempo a abrir e fechar portas. A sala
é apoiada por uma casa de banho, equipada com 3 sanitas dois lavatórios, uma banheira. As
refeições são feitas num hall, espaço, que converge para o berçário, bem como para as salas
intermédia e sala dos dois anos bem como para o rés-do-chão da instituição.
O espaço de sala é todo ele amplo, como se pretende por lei, pois as crianças necessitam
de se movimentarem livremente, com o mínimo d de obstáculos possíveis, havendo um canto com
almofadas onde algumas crianças já o interiorizaram como o espaço para a reunião de grupo e
23. alguns jogos que estão guardados e são colocados ao alcance das crianças para as suas
brincadeiras. No momento do repouso, todos os brinquedos são recolhidos e são distribuídos pela
sala os colchões onde as crianças farão a sua sesta. Após terminar o repouso e o lanche, a sala
volta a funcionar como sala de atividades.
Organização do tempo
“O tempo educativo contempla de forma equilibrada diversos ritmos e tipos de atividade
em diferentes situações – individual, com outra criança, com um pequeno grupo, com
todo o grupo – e permite oportunidades de aprendizagens diversificadas, tendo emconta
as diferentes áreas de conteúdo”. (Orientações Curriculares, 2009:40)
A rotina assume um papel bastante relevante no desenvolvimento das competências cognitivas
e pessoais da criança, uma vez que a sua estabilidade e consistência promovem uma
previsibilidade que predispõe a criança para novas aprendizagens. Uma rotina consistente
permite á criança aceder com tempo aos seus interesses, podendo fazer escolhas e resolver
problemas no contexto dos acontecimentos que lhe vão surgindo; desta forma, a rotina apoia, ou
deve apoiar a iniciativa da criança, pois oferece-lhe uma estrutura para os acontecimentos do
dia.
“ Porque o tempo é de cada criança, do grupo de crianças e do educador, importa que
haja uma organização do tempo decidida pelo educador e pelas crianças.” (Ministério da
educação: 1997:40)
As rotinas são muito importantes nesta fase do desenvolvimento do bebé. São geradoras
de segurança para o bebé e devem incluir todos os aspetos do seu bem-estar físico; São uma
componente importante do dia do bebé, pois proporcionam experiências de aprendizagem a todos
os níveis. Devem ser programadas mas flexíveis. Orientadas para cada bebé, considerando a
higiene e a alimentação de cada um; Utilizadas para promover e aprofundar a relação interpessoal,
sendo oportunidades de estimulação e aprendizagem.
A rotina diária corresponde a uma sucessão de acontecimentos que se repetem ao longo
do dia. Esta sucessão de acontecimentos é planeada pelo educador tendo em vista a total
24. integração das crianças no tempo/ espaço educativo. Só com esta integração por parte do grupo
é possível dar um ambiente de segurança a cada criança individualmente e ao grupo em geral.
Esta situação tem por base o princípio educacional presente nas Orientações curriculares
Para a educação de infância, - “O tempo educativo tem, em geral, uma distribuição
flexível embora corresponda a momentos que se repetem com uma certa periodicidade.”
Pág. 40
A rotina diária na sala do berçário:
No berçário não há uma rotina rígida, esta varia de acordo com o ritmo de cada bebé. Contudo há
o momento de acolhimento, há momentos de higiene, de sono, de atividades pedagógicas diretas
e indiretas e os momentos de refeição. Todos eles geridos de acordo com a necessidade da
criança.
Horas Rotina
8.00h- 10.00h Chegada das crianças/ Acolhimento − Aceitação da separação.
− Identificação das pessoas e da organização da sala.
− Interesse pela relação afetiva.
− Adaptação aos ritmos e às rotinas da sala.
− Respeito pelo ritmo de cada criança.
− Manifestações das necessidades.
− Expressão verbal ou gestual de sentimentos, interesses e
necessidades
10.00h-11.00h Atividades planeadas, exploração dos materiais, brinquedos.
11.00h-11.45h- Alimentação
- Satisfazer as necessidades alimentares dos bebés.
- Estamos atentos ao tipo, quantidades e qualidade de alimentos
que cada bebé deve comer.
- Esterilizar, preparar e dar biberões.
- Hidratar o bebé (dar líquidos).
-introduzir as sopas e as papas bem como a fruta , e iogurtes
11.45h-12-30h Rotina da Higiene
- Controlo dos esfíncteres (respeitando o tempo de cada criança).
- Respeitar a higiene de cada criança
- Cooperação da criança no ato de vestir e despir
25. - Fazer com que a criança se sinta segura e feliz neste momento
tão Íntimo que é a muda da fralda
12.30.h-14.30h Repouso
- Proporcionar o repouso que o seu organismo necessita;
respeitando o seu horário natural.
- Possibilitar ao bebé a utilização dos seus hábitos para adormecer
como:
-Bonecos
- Fraldas de pano;
- Chuchas;
- Outros…procurando que haja continuidade do ambiente familiar e
respeito pelos hábitos do bebé (Objetos de transição).
14.30h-15.00h Higiene- Satisfazer as necessidades dos bebés em relação à:
muda da fralda;
- Mudar de roupa, sempre que necessário;
-Dar banho ao bebé sempre que necessário;
- Higiene dos objetos que o bebé contacta diretamente;
- Manter a sua própria higiene, lavando frequentemente as mãos.
15.00h-15.45h Alimentação
- Satisfazer as necessidades alimentares dos bebés.
- Estamos atentos ao tipo, quantidades e qualidade de alimentos
que cada bebé deve comer.
- Esterilizar, preparar e dar biberões.
- Hidratar o bebé (dar líquidos).
Introduzir e ministrar as papas bem como a fruta , e iogurtes
15.45h-16.00h Higiene- Satisfazer as necessidades dos bebés em relação à:
muda da fralda;
- Mudar de roupa, sempre que necessário;
-Dar banho ao bebé sempre que necessário;
- Higiene dos objetos que o bebé contacta diretamente;
16.00h-18.30h Exploração dos materiais, brinquedos. Saídas
26. Sala de aquisição da marcha, sala intermédia
Horas Rotina
8.00h- 10.00h Acolhimento
− Aceitação da separação.
− Identificação das pessoas e da organização da sala.
− Interesse pela relação afetiva.
− Adaptação aos ritmos e às rotinas da sala.
− Respeito pelo ritmo de cada criança.
− Manifestações das necessidades.
− Expressão verbal ou gestual de sentimentos, interesses e
necessidades.
10.00h-11.00h Momento de atividades direcionadas/pedagógicas:
Este é o momento em que o adulto procura oferecer à criança o
contato com novas e diferentes experiências de acordo com as
intenções educativas. Orienta, facilita novas descobertas, dando
liberdade á mesma de sentir, ver, observar, provar, manipular e
apoiar as ações que a criança vai realizando. A criança precisa
contatar diretamente com as coisas para construir os seus
conhecimentos.
“ Os conhecimentos não provêm, nem dos objetos, nem da criança,
mas sim das interações entra a criança e os objetos. ”
Momento de acolhimento no tapete:
Este é um momento que oferece às crianças a oportunidade de
participar num grande grupo, partilhar ideias, interesses e
sentimentos. É o tempo que os adultos de crianças se reúnem e
conversam, cantam os bons dias, fazem jogos e/ou contam pequenas
histórias. Neste momento, tenta- se promover a interação da criança
com os pares ou com objetos, fomentando a comunicaçãoentre todos
os sujeitos envolventes.
Momento de exploração livre:
A criança cria as suas próprias brincadeiras, interage e explora
livremente o meio que a rodeia, utilizando todo o seu corpo e todos
os sentidos. Aqui o adulto, que como está sempre por perto vai
sempre valorizar e estimular mas sem intervir demasiado nas
descobertas que a criança está a fazer. “Um cl ima de apoio estimula
e fortalece o desenvolvimento da crença nos outros, da autonomia,
da iniciativa, da empatia e da autoconfiança
11.00h-11.45h- Alimentação
- Aprender a ter autonomia nas refeições.
- Sentar-se bem à mesa e não se distrair.
- Respeitar o ritmo de cada criança.
- Expressar as suas necessidades.
-aprender a comer todo o tipo de alimentos.
27. 11.45h-12-30h Higiene- lavar mãos e cara .
Controlo dos esfíncteres (respeitando o tempo de cada criança).
- Respeitar a higiene de cada criança
- Cooperação da criança no ato de vestir e despir
- Fazer com que a criança se sinta segura e feliz neste momento tão
Íntimo que é a muda da fralda
12.30.h-14.30h
Repouso
- Identificar e dirigir-se para a sua cama.
- Respeitar o ritmo de cada criança.
- Utilizar os objetos pessoais para acalmar e adormecer.
- Saber estar em silêncio quando acordada.
- Respeitar as outras crianças.
- Adormecer com o menos possível de apoio dos adultos
- Desenvolver a capacidade de calçar os sapatos sozinha
14.30h-15.00h
-levantar as crianças
- Controlo dos esfíncteres (respeitando o tempo de cada criança).
- Respeitar a higiene de cada criança
- Cooperação da criança no ato de vestir e despir
- Fazer com que a criança se sinta segura e feliz neste momento tão
Íntimo que é a muda da fralda
15.00h-15.45h Alimentação -lanche
- Aprender a ter autonomia nas refeições.
- Sentar-se bem à mesa e não se distrair.
- Respeitar o ritmo de cada criança.
- Expressar as suas necessidades.
-aprender a comer todo o tipo de alimentos
15.45h-16.30h Higiene
Lavar as mãos e a cara
- Controlo dos esfíncteres (respeitando o tempo de cada criança).
- Respeitar a higiene de cada criança
- Cooperação da criança no ato de vestir e despir
- Fazer com que a criança se sinta segura e feliz neste momento tão
Íntimo que é a muda da fralda
16.30h-18.30h Exploração dos materiais, brinquedos
. Momento de saída:
Este é um momento também muito importante pois é o de troca de
informação. É onde se informam as famílias como foi o dia da
criança, como reagiu às mais diversas situações, as atividades que
realizou
Recur
sos
huma
nos
Crianças,
Ajudantes de ação educativa
Educadora.
28. Previsão dos recursos
.
Intenções de trabalho para o ano letivo
A organização Curricular da Creche deverá contemplar um ambiente calmo, seguro,
estimulante e facilitador de aprendizagens e interações sociais e afetivas. Com o papel vital de
satisfazer as necessidades básicas da criança, garantindo, num ambiente seguro e saudável o
desenvolvimento integral e harmonioso de todas as potencialidades e competências da criança
A Creche deve potenciar atividades diversificadas, que favoreçam o desenvolvimento integral da
criança. O caráter educativo da creche engloba, por isso mesmo, tudo o que acontece no seu dia-
a-dia, organizado e planificado tendo em conta as necessidades e os interesses das crianças,bem
Auxiliares dos serviços gerais
Cozinheiras
Administrativo.
Direção.
Pais e familiares das crianças
Outro membro da comunidade
Recursosfísicos
Instituição.
Salas dos grupos,
Espaços circundantes,
Equipamento das salas.
Material didáticos (livros, jogos, imagens)
Material estandardizado (brinquedos, carros,
peças de encaixe, material para
desenvolvimento o jogo simbólico)
Material de desgaste, papel, lápis de cera.
29. como as necessidades de aprendizagem pessoal e social, expressão e comunicação e
conhecimento do mundo.
Tendo por base as Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar e a etapa de
desenvolvimento das crianças, delineou-se os principais objetivos (gerais e específicos), para
desenvolver ao longo do ano com os 2 grupos que compõe Berçário/Sala de Aquisição de Marcha.
A salientar que estão divididos por Áreas de Conteúdo (Área de Formação Pessoal e Social, Área
de Expressão e Comunicação e Área de Conhecimento do Mundo) e têm por base as
características do grupo. Apresentam-se as competências a desenvolver e objetivos a trabalhar
em cada uma das salas: berçário e aquisição de marcha.
Competências a desenvolver no berçário
Desenvolvimento social e afetivo
Relação com as crianças e adultos:
-estabelecer um clima calmo e afetivo que facilite a adaptação da criança e dos pais da
creche.
-estimular uma relação estreita e de confiança com as crianças e os pais.
-estimular a necessidade que o bebé tem de ouvir a voz do adulto e de sentir contacto físico
dele.
-respeitar o ritmo de desenvolvimento da criança.
Aquisição de hábitos:
-desmame: passagem a uma alimentação diversificada.
-introdução de alimentos sólidos
Desenvolvimento sensorial
Visão-estimular a observação do mundo que rodeia o bebé, facilitando-lhe assim a
coordenação visual-motora, ou seja, a capacidade de manipular os objetos.
Audição -estimular o “palrar” do bebé, emitindo o adulto os mesmos sons que o bebé e
dizendo-lhe palavras simples (mãe, pai, papa, cão, etc…).
-proporcionar ao bebé a audição de sons variados, através de objetos, de música, de
utilização do próprio corpo do adulto (palmas, estalinhos com a boca e os dedos, etc…).
Tato -permitir ao bebé explorar com as mãos os objetos de formatos, tamanhos e texturas
diferentes, assim como a exploração do seu corpo e do corpo do adulto (fazer festinhas,
pegar nas mãos, no nariz, pôr o dedo na boca do adulto, etc…).
Paladar -introdução de novos paladares, através de uma alimentação diversificada.
30. -o contacto da boca do bebé com os objetos, também lhe traz novas sensações
gustativas.
Desenvolvimento psicomotor
Evolução da postura do bebé
-fortalecimento dos músculos do pescoço que permitem ao bebé segurar a cabeça e
controlar os seus movimentos.
-rolar sobre si mesmo para o lado esquerdo e direito, passar da posição de costas para a
de barriga para baixo.
-da barriga para baixo, suster com os braços o peso do corpo
-sentar com apoio -sentar sem necessitar qualquer apoio
-gatinhar -pôr-se de pé agarrado às coisas ou apoiado no adulto
-pôr-se de pé sozinho sem apoio
-marchar apoiado nos apoios ou no adulto
-andar sozinho
Desenvolvimento da capacidade de agarrar os objetos
-permitindo através de manipulação (mexer em objetos variados) e de brincadeiras
(brincar com os dedos do bebé) os diversos movimentos dos dedos.
Estimular a preensão palmar.
-estimular o agarrar os objetos em pinça
31.
32. Objetivos a atingir na sala do berçário
Área de Desenvolvimento Pessoale Social
Objetivos Conteúdos Estratégias
-Conhecer as diferentes
partes do corpo
-Nomear as diferentes
partes do corpo
Auto imagem -Observação direta do corpo por
exemplo no espelho -Histórias -Jogos
Reconhecer a sua própria
imagem e do outro
-Imagem Corporal -Jogos de interação em grupo e
individuais
-Explorar e identificar
algumas características
entre as várias pessoas
- Características
pessoais
Conversas em grupo - Jogos de imitação
- Desenvolver alguns
cuidados com o corpo na
rotina diária da Creche.
- Adquirir um progressivo
ajustamento de
comportamentos
adequados aos momentos
de refeição
-Higiene e cuidados
pessoais
- Hábitos de
independência face
ao adulto
- Valorização dos
momentos de
refeição
- Rotina diária
- Canções e lengalengas que antecedem
estes momentos
- Rituais associados aos momentos de
higiene
-Identificar alguns
elementos da família (pais,
irmãos e avós)
- Elementos da
família
Visualização de fotografias de família
- Encorajar a expressão de
sentimentos e emoções
- Expressão de
sentimentos e
emoções
-Momentos de reunião de grupo
– Canções
-Mímicas, imitação
-Histórias
- Reconhecimento de sentimentos e
emoções , faciais
33. Desenvolvimento motor
Objetivos Conteúdos Estratégias
Descobrir o seu próprio
corpo e as suas
possibilidades .
-Dominar progressivamente
a coordenação e o controlo
da motricidade global do
corpo
-Controlar os movimentos
do próprio corpo
-Perceção do corpo
e possibilidades de
movimento
- Coordenação
motora
- Motricidade global
e motricidade fina
- Empilhar e desmanchar - Jogos de
imitação
- Sessões de Movimento - Brincadeiras
com bolas, rocas - Brinquedos de puxar
e empurrar - Brincar às escondidas
Procurar o objeto escondido.
- Rasgagem
- Pintura
34. Área do desenvolvimento cognitivo
Objetivos Conteúdos Estratégias
-Reconhecer o seu nome e
identificar o nome de alguns
amigos
- Identificação do nome
- Reconhecimento facial
- jogos de identificação do n nome n
Identificação do nome
- Reconhecimento facial, jogos ao
espelho, fotografias
-Adquirir novo vocabulário
referente ao corpo humano
- Desenvolvimento da
linguagem
- Corpo humano
-falar calma e pausadamente com a
criança.cantar, interagir,
Jogos de reconhecimento ao
espelho
-Reconhecer algumas
diferenças entre meninas e
meninos
- Diferenças de género Canções -Rimas -Histórias -Jogos
de oralidade - Imitações vocais
-Adquirir algumas noções de
localização do corpo/objetos
em relação ao espaço
-Noções espaciais -Jogos de movimento com utilização
de vários materiais -Jogos de
encaixe -Jogos de imagens - Jogar
com bolas e balões
-Adquirir progressivamente
novo vocabulário referente à
família
Adquirir vocabulário acerca
da alimentação e vestuário
-Desenvolvimento da
linguagem
- Alimentação e vestuário
-Histórias - Conversas
-Canções -Rimas, lengalengas -
Jogos de oralidade, omnotopeias .
Mostrar imagens referentes aos
mesmos, falar sempre com a
criança enquanto se excutam as
ações e u atividades
-Desenvolver os sentidos
como forma de conhecer os
objetos e o meio que nos
rodeia
- Exploração sensorial -jogos e manipulação de objetos,
através de ações diversas.
Descobrir o seu próprio corpo
e as suas possibilidades
-Dominar progressivamente a
coordenação e o controlo da
motricidade global do corpo
-Perceção do corpo e
possibilidades de
movimento
- Coordenação motora
- Empilhar e desmanchar
- Jogos de imitação
- Sessões de Movimento
- Brincadeiras com bolas, rocas
- Brinquedos de puxar e empurrar
35. -Controlar os movimentos do
próprio corpo
- Motricidade global e
motricidade fina
- Brincar às escondidas
- Rasgagem
- Pintura
-amachucar papel, manusear livros
-Explorar os objetos quanto à
sua forma, tamanho, cor,
texturas
- Exploração de objetos Jogos de exploração dos objetos
Tamanhos e cores diversa texturas
diferente, puzzles jogos de encaixe
de empilhar
- Compreender a correta
utilização dos objetos e saber
manuseá-los
adequadamente
- Raciocínio prático
(saber- fazer)
-Realização de pequenas tarefas do
quotidiano
-Descobrir as possibilidades
sonoras dos objetos
- Explorar várias formas de
realização de trabalhos de
expressão plástica
- Permitir o contacto com
diferentes estímulos
sensoriais
- Sensações e emoções - Ouvir músicas -Canções e danças
- Digitinta (morna, fria, corantes
alimentares) - Massa de cores
misturada com outros ingredientes
que permitam alterar a textura e
aspeto -
- Introdução de novos alimentos
Área do pensamento criativo
- Utilizar o corpo como forma
de expressão de si próprio
- Expressão corporal -Jogos de imitação
-Experimentar sons com o
próprio corpo
-Incentivar a imaginação e a
criatividade
- Produção de sons com o
corpo
- Criar e imaginar
Jogos de exploração das
propriedades do próprio corpo -
Imitação de onomatopeias de
animais -Canções mimadas alusivas
ao tema -Jogos de ritmo com o
corpo
-Desenvolver as
possibilidades de expressão
plástica
-Expressão plástica -Pintura com partes do corpo:
dedos, mãos, pés
-Utilização de diferentes materiais e
técnicas de pintura
36. Objetivos a atingir na sala de Aquisição de Marcha
Área da Formação Pessoal e Social
Objetivos
gerais
Objetivos específicos
Estimular o
sentido de si
próprio
Ser capaz de expressar iniciativa: iniciar contacto físico com o outro
(adulto/criança);
Selecionar ou rejeitar determinado brinquedo para explorar;
Deslocar-se com persistência até alcançar determinada pessoa ou
objeto;
Ser capaz de dizer não a determinadas escolhas propostas por
outrem;
Ser capaz de distinguir o “eu” dos outros (reclamar algo ou alguém
como “meu”, espontaneamente identificar-se no espelho ou numa
fotografia;
Ser capaz de resolver problemas com que se depara ao explorar ou
brincar: repetir ações para os acontecimentos se repetirem;
Ser capaz de fazer coisas por si próprio, pequenas tarefas de
autoajuda como beber por um copo.
37. Ser capaz de expressar as suas emoções, perante situações,
pessoas (chorando, rindo, abanando-se com prazer, ficando hirta ou
virando as costas alguém, afastando-se ou abraçando algo ou
alguém…);
Promover o
desenvolvimento
da socialização:
Gostar de estar acompanhado;
Ser capaz de brincar com os amigos num ambiente calmo e sereno;
Ser capaz de reagir ao seu nome e ir de encontro ao outro;
Ser capaz de se relacionar com o adulto (rir, atirar-se para o seu colo,
sorrir, …);
Ser capaz de distinguir as pessoas que lhe são familiares, das
pessoas que lhe são estranhas;
Ser capaz de saber o nome dos seus amigos e adultos da sala;
Ser capaz de brincar com os amigos partilhando os materiais da sala.
Promover a
criação de
relações com
pares:
Ser capaz de se relacionar com as outras crianças trocando sons e
gestos com o amigo, procurando a companhia física, (abraçar, trazer
um brinquedo, …)
Ser capaz de mostrar curiosidade e interesse pelas brincadeiras de
outras crianças;
Ser capaz de colaborar em atividades de pequeno e grande grupo.
Estabelecer o
reconhecimento
e vinculação com
o adulto:
Ser capaz de se relacionar com o adulto (rir, atirar-se para o seu colo,
sorrir, …);
Ser capaz de reagir e participar nas brincadeiras do adulto
Ser capaz de reconhecer as pessoas da sala chamando-as pelo
nome;
Ser capaz de se sentir bem no desempenho das suas tarefas na
presença dos adultos;
Ser capaz de reagir de forma positiva às atividades educativas
realizadas pelos adultos;
Ser capaz de estabelecer relações significativas com as pessoas que
lhe são familiares (Esta é a minha mãe, este é o meu pai, …)
Ser capaz de aceitar “as chamadas de atenção” do adulto.
Fomentar o
desenvolvimento
da autonomia:
Ser capaz de comer sozinha necessitando apenas de uma pequena
ajuda;
Ser capaz de beber com ajuda e posteriormente sem ajuda;
38. Ser capaz de realizar momentos de higiene (abrir e fechar as
torneiras, lavar as mãos e secar na toalha);
Ser capaz de arrumar o canto em que brinca ou alguns objetos do
mesmo.
Fomentar a
aquisição de
regras cívicas:
Ser capaz de ouvir as outras crianças e adultos;
Ser capaz de esperar pela sua vez;
Ser capaz de permanecer sentada quando lhe é pedido; Ser capaz
de fazer silêncio quando lhe é pedido.
Área da Expressãoe Comunicação
Domínio da expressãomotora
Objetivos gerais Objetivos específicos
Promover o
desenvolvimento
da coordenação
geral:
Ser capaz de gatinhar e rastejar;
Ser capaz de se equilibrar;
Ser capaz de se levantar sem apoio;
Ser capaz de rastejar, gatinhar e andar, para alcançar objetos que se
encontram no chão;
Ser capaz de andar alguns passos para trás;
Ser capaz de contornar obstáculos, primeiro com apoio e depois sem;
Ser capaz de rebolar;
Ser capaz de pontapear;
Ser capaz de se pôr de cócoras;
Ser capaz de fazer o movimento de marcha com apoio e
posteriormente sem apoio;
Ser capaz de realizar várias atividades tais como:
empilhar/desempilhar, encaixar/desencaixar, empurrar/puxar,
trazer/levar, abrir/fechar;
Ser capaz de reproduzir movimentos e gestos propostos com ou sem
música (bater palmas, bater com as mãos nas pernas, bater com os
pés no chão, dizer adeus, atirar beijinhos);
Ser capaz de passar por cima e por baixo de obstáculos;
Ser capaz de saltar;
39. Ser capaz de se sentar numa cadeira pequena;
Ser capaz de subir e descer obstáculos;
Ser capaz de se equilibrar e saltar (saltar de um pequeno obstáculo
para o chão).
Promover a
coordenação dos
membros
inferiores:
Ser capaz de reproduzir movimentos e gestos propostos com ou sem
música (bater palmas, bater com as mãos nas pernas, bater com os
pés no chão, dizer adeus, atirar beijinhos);
Ser capaz de passar por cima e por baixo de obstáculos;
Ser capaz de saltar;
Ser capaz de se sentar numa cadeira pequena;
Ser capaz de subir e descer obstáculos;
Ser capaz de se equilibrar e saltar (saltar de um pequeno obstáculo
para o chão).
Promover a
coordenação
membros
superiores:
Ser capaz de manusear objetos de diferentes formas;
Ser capaz de agarrar diferentes objetos entre o polegar e o indicador
Ser capaz atirar objetos tais como: bolas, …
Ser capaz de passar um objeto de uma mão para a outra;
Ser capaz de agarrar, apertar, empilhar/desempilhar,
encaixar/desencaixar;
Ser capaz de tirar algumas peças de vestuário (meias, casaco,
gorro…);
Ser capaz de levar alimentos à boca tais como: bolacha, pão,
banana.
Fomentar o
desenvolvimento
da motricidade
fina:
Ser capaz de realizar alguns trabalhos de expressão plástica como:
carimbagem, desenhos, modelagem …
Ser capaz de folhear um livro;
Ser capaz de manusear objetos mais pequenos encaixar/desencaixar,
empilhar/desempilhar.
Promover o
desenvolvimento
da destreza
manual:
Ser capaz de manipular diferentes objetos;
Ser capaz de encaixar/desencaixar, empilhar/desempilhar,
abrir/fechar, por e tirar objetos.
40. Promover o
desenvolvimento
da coordenação
viso-motora:
Ser capaz de produzir movimentos, tais como: bater palmas, bater
com os pés no chão, bater com as mãos nas pernas, …;
Ser capaz de repetir e imitar certas ações tais como: dizer adeus e
atirar beijinhos;
Ser capaz de colocar peças de jogos (sobreposição, puzzle ou
encaixe) no sítio certo;
Ser capaz de repetir movimentos com sequencia em atividades como
danças de roda, jogos de movimento, …;
Promover o
desenvolvimento
da coordenação
áudio-motora:
Ser capaz de reproduzir diferentes sons e ruídos tais como: sons de
animais, da natureza do quotidiano, dos transportes, vozes, …;
Ser capaz de reproduzir diferentes batimentos com o corpo como:
bater palmas, bater com as mãos nas pernas, bater com as mãos no
chão, bater com objetos no chão;
Ser capaz de reproduzir através de uma ordem verbal, movimentos e
gestos simples.
Estimular o
desenvolvimento
do esquema
corporal:
Ser capaz de identificar diferentes partes do corpo em si (mãos, pés,
barriga, olhos, boca, …);
Ser capaz de verbalizar algumas partes do corpo em si e/ou nos
outros (mãos, pés, barriga, olhos, boca, …)
Ser capaz de tomar consciência do próprio corpo, através de
atividades educativas como sensoriais, jogos, …
Promover o
desenvolvimento
da orientação
espacial
Ser capaz de explorar todos os cantos da sala;
Ser capaz de se deslocar dentro da sala;
Ser capaz de se deslocar nos espaços interiores e exteriores da
instituição;
Ser capaz de reconhecer os objetos de cada canto;
Ser capaz de reconhecer e identificar os vários espaços da escola.
Promover o
desenvolvimento
da orientação
temporal:
Ser capaz de perceber parte da rotina diária (cantar os bons-dias,
brincar nos cantos, momento de surpresa, recreio, almoço,
descanso);
Ser capaz de se aperceber de algumas mudanças atmosféricas
(chuva, sol)
Promover o
desenvolvimento
da educação
sensorial:
Ser capaz de reagir através do tato às diferentes superfícies
(liso/rugoso, macio/áspero);
Ser capaz de reagir através do tato aos diferentes materiais
(algodão, papel, tecidos, plástico, …);
41. Ao nível do
tato:
Ao nível da
visão:
Ao nível da
audição:
Ao nível do
paladar:
Ser capaz de reagir através do tato às diferentes consistências
(duro/mole, sólido/liquido, gelatinoso, …);
Ser capaz de reagir através do tato às diferentes temperaturas
(quente/frio);
Ser capaz de reagir através do tato às diferentes dimensões.
Ser capaz de reagir a estímulos visuais, tais como: luz, cor e
movimento (de pessoas, objetos, mobiles);
Ser capaz de se reconhecer em fotografias, espelho, bem como
reconhecer os adultos e amigos da sala;
Ser capaz de reconhecer objetos grandes e objetos pequenos como
bolas, legos,
Ser capaz de identificar e descrever objetos e imagens. (grande/
pequeno).
Ser capaz de reagir a sons/ruídos;
Ser capaz de reagir a sons/ruídos fortes;
Ser capaz de reagir perante a apresentação de novas canções;
Ser capaz de reagir a músicas /canções calmas e agitadas;
Ser capaz de reconhecer vozes familiares, tais como: adultos e
amigos da sala, mãe, pai, avó, …;
Ser capaz de reconhecer e identificar sons de animais (cão, gato,
pato, porco, cavalo, galo, …) sons do quotidiano (bater à porta,
campainha, telefone, brinquedos, transportes, …;
Ser capaz de reagir a comando verbais e musicais;
Ser capaz de reagir e provar diferentes alimentos: quentes e frios;
doces e salgados; duros e moles;
Ser capaz de provar diferentes alimentos com diferentes paladares
(iogurte, arroz, batata, cenoura, pão, frutas, …)
Ser capaz de reagir aos diferentes sabores (iogurte arroz, batata,
cenoura, pão, frutas, …) aceitando-os ou recusando-os).
42. Ao nível do
olfato
Ser capaz de reagir e identificar diferentes odores: odores familiares
(Pe. : objetos da mãe e do pai), odores da natureza (terra, flores),
odores de alimentos (papa, pão, iogurte, fruta, sopa, …);
Ser capaz de classificar os diferentes odores em agradáveis e
desagradáveis.
Fomentar o
controlo dos
esfíncteres:
Ser capaz de aceitar a ida ao bacio e/ou sanita;
Ser capaz de pedir para ir ao bacio e/ou sanita;
Objetivos
gerais
Objetivos específicos
Promover o
desenvolvimento
da criatividade e
imaginação:
Ser capaz de criar, inventar e improvisar situações engraçadas;
Ser capaz de criar e inventar brincadeiras com os materiais dos
cantos existentes na sala.
Promover o
desenvolvimento
do jogo
simbólico:
Ser capaz de comunicar através do próprio corpo: gestos, sons,
movimentos, expressões faciais, …;
Ser capaz de utilizar objetos dos diferentes cantos de forma variada;
Ser capaz de imitar e brincar ao faz de conta imitando situações
reais, expressões faciais ou gestos de outras pessoas, repetindo
ações ou sons de pessoas, animais ou de um objeto;
Ser capaz de utilizar os objetos dos diferentes cantos de forma
criativa (ex. uma cesta fazer de chapéu)
Ser capaz de interpretar de forma livre as canções.
Promover o
desenvolvimento
do jogo
dramático:
Ser capaz de falar com os bonecos e fantoches (dando-lhes vida).
Ser capaz de mimar lengalengas e canções.
43. Domínio da Expressão Plástica:
Objetivos
gerais
Objetivos específicos
Promover o
desenvolvimento
de experiências
sensoriomotoras:
Ser capaz de experimentar e explorar de forma livre e espontâneos
vários materiais básicos da expressão artística (papéis, tintas, massa
de modelar, lápis de cera,…)
Promover o
desenvolvimento
da criatividade e
da imaginação:
Criatividade e da imaginação:
Ser capaz de realizar com interesse e gosto os trabalhos de
expressão plástica;
Ser capaz de se exprimir livremente durante as atividades de
expressão plástica;
Promover o
desenvolvimento
da expressão
artística:
Ser capaz demonstrar interesse em realizar trabalhos com diferentes
materiais: tintas, lápis de cera, tecidos, diferentes papéis, iogurte com
corante alimentar, …
Ser capaz de mostrar interesse em utilizar diferentes técnicas de
representação e expressão: desenho carimbagem, colagem pintura,
…
Domínio da Expressão Musical
Objetivos
gerais
Objetivos específicos
Fomentar o
sentido de
audição:
Ser capaz de ouvir e descobrir sons (sons de animais, do quotidiano,
sons dos transportes);
Ser capaz de reagir a sons/ruídos fortes;
Ser capaz de reagir perante as diferentes canções;
Ser capaz de reagir a músicas/canções calmas e agitadas;
Ser capaz de reconhecer vozes familiares, tais como: adultos e
amigos da sala, pai, mãe, …;
44. Ser capaz de reconhecer e identificar sons de animais (cão, gato,
cavalo, porco, galo, …) do quotidiano (bater à porta, campainha,
telefone, brinquedos, transportes, …;
Ser capaz de se movimentar ao som de uma música através de um
pedido ou por iniciativa própria;
Ser capaz de explorar livremente alguns instrumentos;
Ser capaz de cantar algumas partes das canções fazendo os
respetivos gestos;
Domínio da Linguagem e Abordagem à Escrita
Objetivos
gerais
Objetivos específicos
Promover o
desenvolvimento
da linguagem
oral:
Compreensão
Ser capaz de compreender e executar algumas tarefas simples através
de uma ordem ou pedido verbal;
Ser capaz de reagir acertadamente às perguntas: “O que é?”, “Onde
está?”, “Quem é?”;
Ser capaz de compreender certas ações (dizer adeus, atirar beijinhos,..)
Ser capaz de compreender ações com determinada sequência
Ser capaz de reproduzir sons de animais (cão, gato, pato, pássaro, …) e
do quotidiano (bater à porta, campainha, telefone, …);
Ser capaz de verbalizar palavras simples como: ”olá”, “bebé”, “pai”,
”mamã”, “papa”, “bola”, “carro” …;
45. Produção Ser capaz de verbalizar algumas vontades e desejos tais como “não”
“sim” “mais”, …;
Ser capaz de acompanhar algumas lengalengas e canções verbalizando
algumas partes das mesmas;
Ser capaz de formular perguntas e respostas simples como: “quem é?”,
“Onde está?”, “Está aqui”, “é o bebé”;
Ser capaz de repetir canções e lengalengas;
Ser capaz de formular perguntas simples após a observação de imagens
ou fotografias;
Ser capaz de identificar e verbalizar os vários objetos existentes nos
cantos.
Promover o
desenvolvimento
da linguagem
escrita:
Compreensão:
Produção:
Promover o
desenvolvimento
da linguagem
não-verbal:
Promover o
desenvolvimento
da atenção
Conseguir de estar atenta e compreender tudo que a rodeia
despertando-a para a observação de pormenores;
Conseguir de reconhecer os cantos da sala;
Conseguir explorar e observar tudo o que a rodeia, através do
contacto com diferentes brinquedos;
Conseguir reagir perante imagens e fotografias de objetos familiares;
Conseguir identificar e verbalizar através de quadros, placares e/ou
livros, imagens, fotografias, objetos e pessoas familiares.
Ser capaz de reproduzir gestos faciais e corporais utilizados para
acompanhar canções, lengalengas, poesias como: bater palmas,
bater com as mãos no chão, abanar a cabeça, …
Ser capaz de se expressar a nível gestual (bater palmas) facial
(imitando o adulto), corporal (mexer os braços, as pernas, as mãos
para mostrar vontades e sentimentos) durante as atividades.
Ser capaz de criar e inventar expressões faciais e corporais por
iniciativa própria ou por imitação do adulto.
Ser capaz de estar atenta às atividades, mostrando interesse pelas
mesmas, através de reações gestuais (expressões faciais e corporais)
e de reações verbais.
46. Domínio da Matemática
Objetivos
gerais
Objetivos específicos
Promover o
desenvolvimento
do raciocínio
lógico:
Promover o
conhecimento
das noções
topológicas:
Ser capaz de realizar jogos tais como: puzzle, de encaixe, de
sobreposição;
Ser capaz de executar recados simples, tais como: “vai buscar a
bola”, “dá este brinquedo ao amigo”…;
Ser capaz de executar tarefas simples com alguma sequência lógica
(abrir a torneira, lavar as mãos, limpar as mãos à toalha)
Ser capaz de distinguir o grande do pequeno, dentro de fora, em cima
e em baixo, á frente atrás
Área do conhecimento do Mundo
47. Objetivos
gerais
Objetivos específicos
Estimular o
conceito de
mundo:
Ser capaz de reconhecer os espaços que estão à sua volta (sala, área
de refeições, parque);
Ser capaz de se deslocar nos espaços que estão à sua volta;
Ser capaz de reagir, de ter curiosidade perante o que é novo e
desconhecido;
Ser capaz de observar, explorar e experimentar tudo o que a rodeia
Ser capaz de se movimentar pela instituição;
Ser capaz de identificar os diferentes cantos da sala e os respetivos
objetos;
Promover o
desenvolvimento
da descoberta de
si mesmo:
Identificação:
Gostos e
preferências:
O seu corpo:
Ser capaz de saber e reagir ao seu nome próprio;
Ser capaz de saber a sua idade;
Ser capaz de identificar e reconhecer os seus objetos pessoais
(mochila, casaco, chupeta, …).
Ser capaz de selecionar jogos e brincadeiras, livros, músicas, frutos,
cores…
Ser capaz de identificar e verbalizar as diferentes partes do corpo
Estimular o
conceito dos
outros e das
instituições:
Escola:
Família
Ser capaz de reconhecer os adultos da sala;
Ser capaz de reconhecer os amigos da sala;
Ser capaz de estabelecer relações de afeto (rir, sorrir, abraçar…) com
os adultos e amigos;
Ser capaz de participar na arrumação dos brinquedos.
Ser capaz de reconhecer os seus familiares: pais, irmãos, avós, tios,
Ser capaz de estabelecer relações de parentesco: pai, mãe, avó, …
Promover o
desenvolvimento
da descoberta do
meio ambiente
natural:
Ser capaz de reconhecer e identificar alguns animais domésticos:
cão, gato, vaca, galinha, porco, …;
Ser capaz de reconhecer e reproduzir os sons de alguns animais
domésticos
Conseguir identificar e nomear alguns frutos ,
48. Saber distinguir , arvore, folha , flor
Metodologia
Para o desenvolvimento deste Projeto não será utilizado nenhum modelo pedagógico em
exclusivo. Tal como nos anos letivos anteriores, teremos como base a Pedagogia de Projeto no
que diz respeito à organização do espaço e do tempo, tal como na planificação do trabalho.
Contudo, a forma de desencadear e gerir cada Projeto é, invariavelmente, a resposta e a sua
concretizaçãono terreno, de acordo com as linhas orientadoras do Projeto Educativo e a realidade
institucional.
A metodologia de trabalho de projeto está relacionada com uma visão interdisciplinar e
transdisciplinar do saber. A necessidade de um plano de ação tem como objetivo uma antevisão,
um momento de reflexão em grupo, mas este plano será flexível e aberto a reajustamentos de
conteúdos, de metodologias, de calendários, sempre que necessário. Os objetivos mais
específicos surgirão no desenrolar do projeto e no projeto de sala/grupo, conforme as prioridades
que o grupo irá definindo bem como as necessidades e interesses da criança.
Utilizaremos então uma metodologia centrada na criança, onde esta é o centro emissor e
recetor da atividade pedagógica.
É valorizado o trabalho de grupo, respeitando-se e estimulando-se a partilha bem como o
respeito e a valorização de culturas diferentes, a troca de saberes e a troca de afeto.
A fim de promover nas crianças um desenvolvimento que lhes permita atingir os objetivos
definidos anteriormente, serão utilizadas várias estratégias, nomeadamente:
Contar histórias; com duas ou três sequências
Observar e explorar materiais e o ambiente que as rodeia;
Aplicar diversas técnicas de expressão plástica;
Canções mimadas; adequadas aos temas e datas festivas
Cartões de imagens; com animais, com objetos de vida diária
Escutar musica, infantil, clássica entre outra
Facultar e estimular o manuseamento de livros adequados às crianças
Estímulos individuais e de grupo;
Exemplificar e repetir com as crianças as atitudes e comportamentos a desenvolver;
Valorizar as crianças pelas suas vitórias;
Atribuir pequenas tarefas às crianças; e elogiá-las sempre.
Transmitir carinho, afetos e segurança;
Criar momentos de convívio com as crianças da sala de 2 anos
Repetição diária/semanal de novos conceitos ou assuntos;
Facultar, jogos didáticos puzzles, de empilhar, de encaixe, tamanhos graduados, cores
diferentes
Fomentar o jogo simbólico
49. promover atividades plásticas, a garatuja, carimbagem com mãos, pés, esponjas.
Visualização de DVDs coleção primeiras impressões, os sons , os animais , corpo humano.
Plano de Atividades sociopedagógicas
“ Planear o processo educativo de acordo com o que o educador sabe do grupo e de
cada criança, do seu contexto familiar e social é condição para que a educação pré -
escolar proporcione um ambiente estimulante de desenvolvimento e promova atividades
diversificadas que contribuam para uma igualdade de oportunidade” (Ministério da
Educação, 2002:26)
Primeiramente, o educador antes de fazer a sua planificação precisa refletir e conhecer o grupo
e as características individuais de cada criança desse grupo. A partir daí pode então pensar nas
suas intenções educativas e a forma de as abordar promovendo situações e experiencias de
aprendizagem. A planificação no contexto Creche é flexível, permitindo ao educadora pensar e
repensar as atividades, procurando sempre novos significados na sua prática pedagógica. Por
exemplo, uma atividade inicialmente pensada para ser concretizadade determinada maneira pode
não funcionar para ser feita dessamesmamaneira, e por issonesse mesmomomento,o educador
ou adota outra estratégia ou depois quando avaliar essa mesma atividade, terá que repensá-la de
outra maneira futuramente.
A planificação é então um instrumento orientador do trabalho docente. Na Creche a planificação
com as crianças é mais difícil do que por exemplo no pré-escolar em que as crianças já são
capazes de se expressar e de dizer o que gostariam de saber. Contudo, os adultos que trabalham
50. com crianças mais pequenas conseguem perceber, através da reação da criança, se ela se
interessa ou não por determinado assunto/tema/atividade. Assim, tentamos sempre realizar esta
planificação com a intervenção (não tão direta) das crianças e de toda a equipa da sala.
A planificação para as salas da creche é feita semanalmente As planificações semanais irão
sendo, elaboradas tendo em consideração, as competências a desenvolver os objetivos, o plano
anual, tendo como é óbvio em especial atenção esta faixa etária. Assim irei elaborar uma
planificação semanalmente para a sala do berçário, que será executada pelas auxiliares da sala,
e uma planificação para o grupo de crianças para a sala de 1 ano aos 2 anos que será executada
por mim e pela auxiliar da sala.
Ao longo deste ano letivo serão propostas várias atividades planeadas previamente, bem como
outras que surgem de forma espontânea. Apresento de seguida as atividades que, A priori, estão
planeadas para serem desenvolvidas:
Área de formação pessoal e social
Histórias relacionadas com atitudes de carinho e manifestação de afetos;
Interação com as crianças em manifestações de carinho;
Expor fotografias das crianças na sala para se irem identificando umas às outras;
Mostrar cartões com imagens de crianças a tocar nas diferentes partes do corpo,
incentivando as crianças da sala a fazer o mesmo, questionando onde estão as diferentes
partes;
Ajudar as crianças e incentivá-las a arrumar a sala, colocando os jogos dentro das caixas;
Verbalizar diferentes sentimentos ou ideias que as crianças possam a estar a sentir ou a
querer transmitir num dado momento, levando-as a concordar ou não com as sugestões,
expressando assim o que sentem;
Criação de rotinas que as crianças, autonomamente, possam realizar (p.e. no momento
do reforço da manhã saberem onde têm de se sentar e fazerem-no de forma autónoma);
Realizar todos os dias o momento de higiene de mãos e boca com as crianças,
autonomamente, de forma progressiva.
Área do conhecimento do mundo
Exploração de diferentes objetos;
51. Observação da sala e do meio que os rodeia, de diferentes formas;
Conhecer os diferentes sons de alguns animais;
Provar diferentes tipos de alimentos de diversos sabores;
Escutar e cantar músicas infantis, natalícias ou de outras épocas do ano;
Procura e descoberta de vários objetos/brinquedos que serão espalhados pela sala.
Área de expressão e comunicação
Conversas individuais e de grupo;
Histórias de descrição de imagens;
Fazer rabiscos em folhas de papel ou papel de cenário;
Explorar os materiais para expressão plástica que forem fornecidos pelo adulto (p.e.
tintas, pincéis, canetas, lápis, plasticina, massa de moldar)
Ouvir diferentes estilos de música, expressando-se e movimentando-se ao som dos
mesmos;
Visualizar DVDs, coleção primeiras impressões, os sons, os animais, corpo humano,
comida divertida, as quatro estações.
Realizar pequenas ações através da mímica;
Explorar objetos e agir sobre eles.
Importa lembrar que…
- Não existem jogos nem atividades especiais em si próprios. O calor e a afetividade que as
envolvem é que contam. As crianças pequenas sentem o encorajamento para aprender,
experimentar e apreciar.
- As atividades devem ser integradas na estrutura dos contactos naturais com as crianças. Elas
quererão aprender e mostrar-se-ão interessadas em tudo o que se passa à roda e sobretudo
sentir-se-ão encorajadas para serem ativas e curiosas.
- A conduta dos adultos é um modelo para a conduta das crianças. A criança pequena é
naturalmente imitadora e apodera-se facilmente dos procedimentos que usamos a seu respeito e
torna-se nervosa e irritável se não temos em conta as suas necessidades. Se a criança está
apreciar qualquer coisa e deseja continuar, não deve ser interrompida. Não se deve forçar a
criança a mudar de atividade, apenas porque se pensa que é altura dela fazer outra coisa. Deve-
se deixar ter a experiência repetida de ser capaz de completar uma atividade e satisfazer
completamente a sua curiosidade
A sua capacidade de atenção será maior se lhe for permitido seguir o seu próprio ritmo e interesse.
52. PREVISÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Avaliar é uma forma de consciência sobre o que foi posto em prática e de melhor planear as
atividades futuras. Avaliar consiste em recolher, ao longo do processo de aprendizagem, dados
que permitam obter informação acercada forma como se está a desenvolver o processo,de modo
a poder ajustar a intervenção educativa.
Com as crianças
Para a avaliação das crianças,serão úteis os vários documentos utilizados, nomeadamente,
o registo de acolhimento inicial, o perfil de desenvolvimento e o plano individual. Para além destes
será feita uma avaliação maioritariamente por observação direta. Resumindoa avaliação irá sendo
realizada.
- Observação sistemática das crianças.
- Constante avaliação das práticas, do desenvolvimento individual de cada criança e do
funcionamento e gestão do grupo
- O PDI trimestral será dado a ler aos pais e que no final do ano será entregue.
- O PDI Final, é um somatório de todas as Avaliações realizadas até então.
- Conversas formais e ou informais com os pais e família para colher informações e prestar
esclarecimentos sobre o processo educativo da criança.
- Como suporte das Avaliações encontram-se os trabalhos realizados e os registos
fotográficos.
Com a equipa de trabalho
53. Serão realizadas reuniões com as colegas , direção auxiliares e outros colaboradores
sempre que se considerar necessário a fim de serem discutidos alguns aspetos práticos que vão
ocorrendo no dia-a-dia que deverão ser melhorados ou salientar aspetos bons a manter.
Com a família
A família é um ponto muito importante no desenrolar deste projeto e, como tal, a avaliação
vai sendo contínua, em conversas diárias, para além de contarmos com os documentos acima
mencionados que vão sendo acompanhados e assinados pela família. Como tal a educadora
reunirá com os pais pelo menos quatro vezes durante o ano: a reunião de pais de início de ano, a
de fim de ano e as reuniões intercalares para avaliação dos perfis de desenvolvimento, podendo
estas ser individuais ou em grande grupo. Ao longo do ano letivo vamos procurar estabelecer uma
ligação próxima com as famílias, permitindo-lhes fazer parte também do dia-a-dia na Creche com
a colaboração em alguma atividade, manter uma comunicação aberta nos momentos de entregas
e receções da criança. Para além disto, estão previstas reuniões de atendimento aos pais, sempre
que o necessitarem, para troca de informação.
AVALIAÇÃO DO PROJETO
Cada atividade planificada e desenvolvida com e pelas crianças será constante objeto de
avaliação tendo em conta o nível de implicação de todos os sujeitos envolvidos na ação, bem
como a concretização dos objetivos pré definidos para a mesma. Existirão com certeza aspetos a
modificar, consoante o decorrer do ano e das próprias atividades. Para tal foi elaborada uma
avaliação diagnóstica a cada criança, e elaborado um plano individual de desenvolvimento,
O Plano Individual (PI) é um instrumento formal que visa organizar, operacionalizar e
integrar todas as respostas às necessidades e expectativas da crianças e da sua família. Tem
comoprincipais objetivos promover: A aquisição de competências que a criança ainda não adquiriu
face à sua faixa etária e a manutenção das competências já adquiridas
É importante estar consciente que nem todos os bebés se desenvolvem ao mesmo ritmo.
Nesse sentido é importante não se ficar ansioso, e respeitar o ritmo de desenvolvimento de cada
criança Ou seja:
O trabalho livre e criador desenvolve atitudes sociais, intelectuais e expande o
espírito. É a forma mais completa e eficiente da educação.
Todos os seres humanos são originais e diferentes entre si, cada um com as suas
características muito especiais.
A educação deve centrar-se nas potencialidades de cada criança.
Nesse sentido será importante proporcionar ás crianças experiências enriquecedoras que
estimulem e desenvolvam as crianças aos três grandes níveis de desenvolvimento Psicomotor,
Intelectual e Afetivo.
54. A avaliação do Projeto é feita em conjunto pelos intervenientes, tendo em conta três
aspetos fundamentais:
No decorrer do processo:
Em avaliação contínua, voltando atrás, procurando novas respostas, reajustando e refazendo a
planificação inicial sempre que necessário;
A avaliação do trabalho:
A forma como os intervenientes se empenharam no desenvolvimento do projeto, no decorrer do
processo e no produto final; o que resultou e o que será necessário alterar.
Todo este trabalho exige um esforço coordenado de todos os membros comunidade
escolar que desenvolvemas suas atividades em prol do desenvolvimento saudável das
crianças que frequentamesta Instituição a todo um bem-haja
A educadora Lurdes.
Monte Real,16 de janeiro de 2014
55. Bibliografia
BRAZELTON, T. Berry, “O grande livro da Criança”, Lisboa,
Editorial Presença, 1995
GESSEL, Arnold. (Out. 2000). A Criança dos 0 aos 5 anos. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote;
Lisboa
HOHMANN, Mary e WEIKART, David P. (2007). Educar a criança. 4ª Edição.
PORTUGAL, Gabriela, (2000) Educação de Bebés em Creche
PERSPETIVAS DE FORMAÇÃO TEÓRICAS E PRATICAS. Revista Infância e
Educação, nº1. Departamento de Ciências da Educação.
Universidade de Aveiro.
Fundação Calouste Gulbenkian; Lisboa
MATOS Maria Teresa de
OS PROJECTOS EDUCATIVOS A PARTIR DA CRECHE
O Projeto Pedagógico na Creche
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. (2002). Orientações Curriculares para a Educação Pré - Escolar,
Ministério da Educação – Departamento da educação Básica; Lisboa
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. (1998). Qualidade e Projeto na Educação Pré- Escolar. Ministério
da Educação – Departamento da educação Básica; Lisboa
56. PAPALIA, Diane E. OLDS e FELDMAN. (2001). O Mundo da Criança. 8ª Edição. McGraw-Hill.
POST, Jacalyn e HOHMANN, Mary. (2004). Educação de Bebés em Infantários- cuidados e
primeiras aprendizagens. 2ª Edição. Fundação Calouste Gulbenkian; Lisboa
PROJETO “LUA CHEIA” – Material de apoio didático (0-1ano) e (1-2 anos). Mundicultura
VASCONCELOS, Teresa (coord.); Rocha, Carla; Loureiro, Cristina; Castro, Joana de;
Menau, João; Sousa, Otília; Hortas, Maria João; Ramos, Mercês; Ferreira, Nuno; Mel,
Nuno; Rodrigues, Paulo Ferreira; Mil-Homens, Purificação; Fernandes, Sandra Rosado;
Alves, Susana:
TRABALHO POR PROJETOS NA EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA:
MAPEAR APRENDIZAGENS/INTEGRAR METODOLOGIAS Lisboa: Direção-Geral da Educação
(DGE), 2012.
ZABALZA, Miguel A. (2011). Didática da Educação Infantil. 3ª edição. Edições Asa