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CONCURSO
LÍNGUA PORTUGUESA
INFORMÁTICA
ÉTICA
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agência Nacional de Telecomunicações
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TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução, distribuição e comercialização total
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do Código Penal Brasileiro), com pena de prisão e multa, conjuntamente com busca e apreensão
e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).
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Essa obra foi desenvolvida para o Projeto Biblos baseado nos princípios do Millenium
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APOSTILA ANATEL: Nível Médio – Técnico. Curitiba: Editora Sem Fronteiras, 2006.
Coleção Cadernos Digitais. Série Concurso. 595 p.
ISSN 1245-1001 (9111)
1. Apostila – Concurso – Anatel – Médio. 2. Cadernos Digitais – Série. I. Título.
CDD 341.3513
Ficha Catalográfica
FASCÍCULO PÁGINA
LÍNGUA PORTUGUESA 05
INFORMÁTICA 121
ÉTICA 165
DIREITO CONSTITUCIONAL 220
DIREITO ADMINISTRATIVO 342
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 454
Sumário
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO
FASCÍCULO
LÍNGUA
PORTUGUESA
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 5
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 6
LÍNGUA PORTUGUESA
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E REESCRITURA DE TEXTOS
Compreender um fato é analisá-lo com todos os detalhes, com todas as conseqüências
relacionadas a esse fato, por exemplo quando ouvimos dizer que mais algumas pessoas foram
dispensadas do emprego, temos que compreender este fato, analisá-lo levando em conta a
situação econômica do país como um todo e não apenas olhar a situação daquela empresa
que dispensou os funcionários. compreenderemos, assim, as razões que levaram mais uma
empresa a demitir, analisaremos mais a fundo a questão para não ficarmos só com aquela
impressão de que “mandou embora porque é mau, pois há outras razões que, às vezes, não
aparecem.
Interpretar significa comentar, explicar algo. Podemos dizer que interpretar um fato é dar
a ele um valor, uma importância pessoal. Para mim, o fato do Flamengo estar fazendo uma
campanha desastrosa é muito triste, para outro torcedor, do Palmeiras, isto pode ser uma
alegria!
Mas, o que tem isso a ver com compreensão e interpretação de textos?
Compreendemos um texto, quando o analisamos por inteiro, quando o vemos por
completo. Interpretamos um texto, quando damos a ele um valor pessoal, um valor nosso. Por
exemplo, um fato ocorre numa rua, muitas pessoas presenciam-no, se o repórter entrevistar
cada uma das pessoas que viu o fato, terá histórias diferentes e todas verdadeiras, todas com
um valor pessoal diferente. Mas, como, então faremos a compreensão e a interpretação do
texto, se cada pessoa possui uma maneira pessoal de entender e interpretar os fatos?
A resposta não é simples. Apesar do texto possibilitar as variadas interpretações, ele
possui uma estrutura interna, um jeito próprio de ser que garante uma idéia principal, a do
autor, quando escreveu o texto.
O autor pensa em algo quando escreve o texto, nós, quando lemos o texto, podemos dar
a ele nosso valor, nossa interpretação pessoal ao texto, mas mesmo assim, ele ainda possuirá
uma idéia básica, cabe a nós também acharmos essa idéia.
Nas provas, é essa idéia que precisamos encontrar ao lermos o texto e ao responder as
questões de interpretação.
O primeiro passo para interpretar um texto, depois de lê-lo, é identificar qual o tipo de
texto que lemos.
Há três tipos de texto básicos:
a) Descrição
b) Narração
c) Dissertação
NARRAÇÃO: um texto é narrativo, quando ele conta um fato seja ele verdadeiro ou não
(real ou ficcional).
DESCRIÇÃO: um texto é uma descrição, quando caracteriza, fotografa, conta os
detalhes de alguém, de uma paisagem, de um animal, de um sentimento, etc.
DISSERTAÇÃO: um texto é uma dissertação, quando discute uma idéia, defende uma
proposta. Cada tipo de texto possui uma maneira específica de ser escrito, importante dizer
que na NARRAÇÃO, aparece o texto descritivo; nas provas não aparece o texto descritivo
sozinho, ele sempre vem incluído na história.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 7
ELEMENTOS BÁSICOS DA ESTRUTURA DO TEXTO NARRATIVO
NARRADOR: é aquele que conta a história para nós (que quando lemos somos leitores).
PERSONAGEM: é aquele ou aquela que vive a história; personagem pode ser pessoa, animal,
objeto, etc. Há a personagem protagonista, que é sempre do lado do bem; há a personagem
antagonista que é sempre personagem do mal.
ESPAÇO: o local onde acontece a história, pode ser um local que existe (real) ou não
(ficcional).
TEMPO: quando aconteceu a história, no passado, no presente ou no futuro.
O FATO: é o motivo que deu origem à história; a história toda começou, por causa do fato.
Vamos agora dar alguns exemplos de interpretacão de texto.
ALGUNS ELEMENTOS BÁSICOS DA DISSERTAÇÃO
INTRODUÇÃO: nela apresentamos nossa proposta (tese), a idéia que queremos defender.
DESENVOLVIMENTO: nele apresentamos nossas provas, para defendermos nossas idéias,
apresentamos exemplos, números, tudo que possa contribuir para defender nossa idéia.
CONCLUSÃO: aqui daremos um fecho para nossa idéia, diremos se é para agora, se nunca
poderá ser feita, apesar de ser uma boa idéia, etc.
Texto 1
O CARACOL E A PITANGA
MilIor Fernandes
Há dois dias o caracol galgava lentamente o tronco da pitangueira, subindo e parando,
parando e subindo. Quarenta e oito horas de esforço tranqüilo, de caminhar quase filosófico.
De repente, enquanto ele fazia mais um movimento para avançar, desceu pelo tronco,
apressadamente, no seu passo fustigado e ágil, uma formiga-maluca, dessas que vão e vêm
mais rápidas que coelho de desenho animado. Parou um instantinho, olhou zombeteira o
caracol e disse: “Volta, volta, velho! Que é que você vai fazer lá em cima? não é tempo de
pitanga.” “Vou indo, vou indo.” - respondeu calmamente o caracol.
— “Quando chegar lá em cima vai ser tempo de pitanga.”
(Texto retirado do livro Fábulas Fabulosas - Editora Nórdica Ltda.)
1) Quem são os personagens dessa história?
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2) Diga quem é o protagonista e o antagonista.
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................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 8
3) A formiga-maluca é descrita de que maneira?
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
4) O caracol é descrito de que maneira?
................................................................................................................................................
..................................................................................................................
5) A formiga, quando mandou o caracol voltar, teve qual intenção?
a) ser amável e fazer um favor ao caracol
b) ser sincera, apesar de ser maluca.
c) ser irônica, ridicularizando a lerdeza do caracol.
d) ser a primeira a chegar lá em baixo.
e) n.d.a.
6) Qual é o provérbio que melhor resume a história?
a) Segues a formiga se quiseres viver sem fadiga,
b) Com bom sol se estende o caracol.
c) A fruta proibida é a mais gostosa.
d) Caminho começado é meio caminho andado.
e) n.d.a.
Texto 2
CLARISSA
Clarissa desperta alegre e escreve em seu diário:
“Hoje é sábado de Aleluia. Vou ao baile do Recreio com Lia e Léa.
Sei que vou encontrar lá as mesmas pessoas de sempre, que a orquestra vai tocar as
mesmas músicas e que o Dr. Penteado vai me dizer as mesmas frases. Não faz mal. Ao menos
a gente se diverte um tiquinho. Eu já ando muito triste com essas coisas que acontecem aqui
em casa. Só se fala em dinheiro, negócios e coisas tristes. Todo mundo anda com cara de
condenado. Se continua nessa vida, acabo ficando velha depressa. Assim como a tia Zezé. Um
dia desses, estive reparando bem na carinha dela. Está toda enrugada, parece um mapa
hidrográfico que temos lá no colégio. Coitadinha!
— Não pode durar muito. Que Deus a conserve com saúde! Se ela morresse, então vinha mais
tristeza e tudo ficava pior. Já estou me desviando do assunto. Pois tia Zezé foi moça e bonita.
(Dizem, está claro que não vi). Um dia mamãe me mostrou um jornal do tempo antigo, todo
amarelado e roído de traça. Trazia uma noticia que falava na prendada Srta. Maria José de
Albuquerque, uma das flores mais lindas que enfeitam os jardins de Jacareacanga. Os moços
andavam ao redor dela. Houve um que lhe dedicou um livro de sonetos. Quando mamãe me
contou isso, fiz força para não rir na cara dela, porque tive a impressão perfeita de que os
sonetos de amor eram para esta tia Zezé e não para a tia Zezé jovem do século passado.
Fiquei pensando muito na velhice. Parece mentira que uma moça pode ser bonita, viva,
inspirar versos a poetas, ter apaixonados e depois o tempo passa e essa moça vai ficando
mais velha, mais velha, até virar passa de figo: enrugada, encurvada, de cabelos brancos, sem
dentes (que horror! sem dentes!). A vida é muito engraçada. Não, a vida é muito triste. Haverá
coisa mais terrível do que a gente ser velha e lembrar de que foi moça. Ser velha e ir olhar num
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 9
espelho e ver dentro dele uma cara que é quase uma caveira? E quando vem a caduquice? A
gente anda resmungando pelos cantos, mascando fumo e se portando como criança de três
anos.
Só de escrever isso, já me sinto velha. Eu estou vendo a minha cara ali no espelho.
Graças a Deus ainda tenho dezesseis anos. Hoje o dia está muito alegre. Os passarinhos
cantam na paineira. E sábado de Aleluia e Jesus Cristo já ressuscitou. Não é pecado estar
alegre e cantar.
Ainda não fui tomar café e são nove horas. Tenho medo de descer, dar com a cara triste
de papai e ficar triste também.
Não! Preciso ir ao baile, dançar um pouco e continuar alegre. Amanhã a gente vira passa
de figo. Vamos aproveitar a vida.
1) O texto lido é:
a)narrativo
b)descritivo
c)dissertativo
d)um diálogo
e)n.d.a.
2) O texto lido faz parte de um diário. Diário é:
a) um livro de cabeceira.
b) um caderno onde são registrados assuntos sobre dinheiro e negócios.
c) um caderno ou álbum onde se registram fatos cotidianos da vida de uma pessoa.
d) um caderno onde se registram poemas dedicados pessoa.
e) n.d.a.
3) Na opinião de Clarissa, o baile daquele dia seria:
a) muito animado.
b) muito diferente dos outros.
c) muito monótono.
d) um pouco diferente dos outros.
e) n.d.a.
4) Os acontecimentos domésticos:
a) deixavam Clarissa muito alegre.
b) faziam Clarissa se sentir velha.
c) davam a Clarissa um ar de condenada.
d) deixavam Clarissa muito triste.
e) n.d.a.
5) Clarissa sentia:
a) que seu assunto tinha continuidade.
b) muita felicidade, pois sua família era alegre.
c) que a morte seria o melhor remédio para a tia Zezé.
d) muita pena da tia Zezé, pois ela estava muito velha.
e) n.d.a.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 10
6) O jornal visto por Clarissa:
a) trazia noticias sobre todos os assuntos da cidade.
b) enaltecia as flores e os jardins da cidade.
c) pertencia a velhos tempos, amarelecido e roído pelas traças.
d) falava sobre as prendas da Srta. Maria José de Albuquerque.
f) n.d.a.
7) Clarissa riu porque:
a) teve a impressão de que os sonetos eram de amor.
b) teve a impressão de que os sonetos eram para a tia Zezé velha e não para a tia
Zezé moça.
c) um moço lhe ofereceu um livro de sonetos.
d) os moços tentavam conquistar a tia Zezé.
e) n.d.a.
8) Segundo o texto, uma moça bonita pode:
a) ficar toda velha com o passar do tempo.
b) ficar de cabelos brancos, sem dentes e virar passa de figo.
c) ser igual à própria vida.
d) ser linda, inspiradora de poetas, viva, ter apaixonados, ficar velha, feia e desdentada.
e) n.d.a.
9) Para Clarissa, a vida é:
a) muito engraçada e não muito triste.
b) não muito engraçada e sim muito triste.
c) muito engraçada e muito triste ao mesmo tempo.
d) uma coisa terrível, com lembranças da mocidade.
e) n.d.a.
10) Ser velha, para Clarissa é:
a) olhar-se no espelho e ver caveiras.
b) olhar-se no espelho e ver dentro dele a caduquice chegando
c) olhar-se no espelho e ver uma velha caveira.
d) olhar-se no espelho e enxergar uma quase caveira.
e) n.d.a.
11) Clarissa se sentia velha em:
a) escrever fatos sobre a velhice.
b) pensar em andar mascando fumo, resmungando e se portando como criança de três
anos.
c) em ver seu rosto no espelho.
d) enxergar no espelho um rosto que era quase uma caveira.
e) n.d.a.
Texto 3
Não é nada fácil para a mãe que trabalha fora ouvir, na hora de sair, o filho chorar e pedir
para que não vá trabalhar. É um momento doloroso e traumático para a criança, que ocorre tão
logo ela comece a ter noção da mãe como indivíduo. Se for bem trabalhado, este sentimento
de culpa e perda que mãe e filho sentem tende a desaparecer com o tempo.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 11
Hoje em dia, trabalhar fora não é só uma opção, mas também uma necessidade na vida
da mulher moderna, que ajuda no orçamento familiar e busca sua realização na sociedade. É
importante que ela entenda seus papéis e seus limites no mundo moderno. Isso a ajuda a se
relacionar com seu filho sem culpa, o que é fundamental para a criança.
A presença da mãe é essencial para o bem-estar da criança e a separação momentânea é
sentida como uma perda pelo pequeno. O trabalho é o grande vilão para ele, pois limita o
tempo disponível da mãe e muitas vezes afeta a qualidade das horas passadas com a criança.
É comum a mulher chegar cansada e preocupada ao fim de um dia de trabalho. Mas a maneira
como vai lidar com esta situação e os sentimentos envolvidos é que vai definir a reação do filho
e adaptá-los melhor à realidade, inclusive tornando mais fácil para ele aceitar a pessoa com
quem vai ficar em casa ou a tia do colégio.
Revista “Pais e Filhos”
1) Este é um texto:
a) Narrativo
b) Descritivo
c) Dissertativo
d) Narrativo-descritivo
e) n.d.a.
2) O tema / o assunto do texto é:
a) O problema da mulher que trabalha fora, tendo filho /filhos.
b) O problema da mulher que não tem filho.
c) O problema da mulher desempregada.
d) O problema da mãe solteira.
e) n.d.a.
3) Por que para o autor trabalhar fora não é só uma opção?
a) Porque a mulher não quer mais ficar em casa.
b) Porque a mulher ajuda no orçamento e no sustento da casa.
c) Porque a mulher quer sair para ter mais amigos e amigas.
d) Porque o homem não gosta de mulher que só fica em casa.
e) n.d.a.
4) Por que o trabalho é visto como o grande vilão pelo filho?
a) Porque trabalhar é ruim.
b) Porque trabalhar faz com que a mãe chegue cansada.
o) Porque ele limita o tempo disponível da mãe.
d) Porque o filho fica com ciúmes.
e) n.d.a.
5) Qual a solução que o autor apresenta para o problema da mãe trabalhar fora?
a) Não trabalhar.
b) Trabalhar em casa, fazendo doces e salgados.
o) Não ter filhos.
d) Ter duas empregadas.
e) n.d.a.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 12
Respostas
Texto 1 – 1) O caracol e a formiga-maluca
2) Protagonista: caracol
Antagonista: formiga-maluca
3) Ágil, rápida e zombeteira
4) Tranqüilo, sábio e velho
5) c
Texto 2 – 1) a 4) d 7) b 10) d
2) c 5) d 8) d 11) a
3) c 6) c 9) b
Texto 3 – 1) c 2) a 3) b 4) c 5) e
Obs.: Não se esqueça de que as suas respostas devem ser retiradas do texto, daquilo quem
está escrito no texto.
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SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 13
REESCRITURA DE TEXTOS, INCLUINDO DOMÍNIO DAS RELAÇÕES
MORFOSSINTÁTICAS, SEMÂNTICAS E DISCURSIVAS.
Para se entender melhor o domínio das relações, é preciso distinguir a língua em duas
situações: a de pensamento e a de comunicação, salientando que qualquer atividade
Iingüística está impregnada na visão do mundo que os usuários tem.
Existem dois momentos na gramática portuguesa: a gramática da palavra e a gramática
da frase.
A gramática das palavras se divide em dez classes, a gramática da frase tem relações
com critérios ora morfossintáticos, dividindo a oração em termos essenciais e acessórios; ora
sintáticos, tratando da transitividade direta e/ou indireta, considerando a unidade lingüística da
frase um pouco mais complexa que a da palavra.
A relação entre a Morfologia e a Sintaxe denomina-se Morfossintaxe, cabe a ela a análise
dos elementos formadores de palavras e das frases e das regras a que obedecem quando se
relacionam.
Veja, abaixo, a reunião dessas duas análises na oração: Elas são tão lindas.
Morfologia Sintaxe
Análise morfológica
(classes gramaticais)
Análise sintática
(função das palavras)
Elas - pronome pessoal
são - verbo
tão - advérbio
lindas - adjetivo
Elas - sujeito
são tão lindas -
predicado
tão - adjunto
adverbial lindas -
predicativo do sujeito
(Análise Sintática)
oração
sujeito predicado
núcleo v. de ligação adjunto adverbial pred. do sujeito
Elas são tão lindas.
pronome verbo advérbio adjetivo
(Análise Morfológica)
Através da semântica, estudamos as mudanças de significado sofridas pelas formas
lingüísticas através do tempo e do espaço.
As relações de significado entre as palavras constituem um poderoso instrumento de
organização dos textos. As palavras de significados opostos como “amor / ódio” ou “vida /
morte” são chamadas de antônimos; as palavras de significados próximos como “gostoso /
saboroso” ou “agradável / aprazível” são chamadas de sinônimas.
Todo texto, oral ou escrito, é produzido num determinado contexto que envolve aspectos
como quem está falando, com quem, por que, dando o sentido global do texto. E através desse
conjunto de fatores que formam a situação, a qual chamamos contexto discursivo.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 14
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 15
TIPOLOGIA TEXTUAL
NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO
NARRAÇÃO: Desenvolvimento de ações. Tempo em andamento.
DESCRIÇÃO: Retrato através de palavras. Tempo estático.
DISSERTAÇÃO: Desenvolvimento de idéias. Temporais/Atemporais.
Texto
Em um cinema, um fugitivo corre desabaladamente por uma floresta fechada, fazendo zigue-zagues. Aqui
tropeça em uma raiz e cai, ali se desvia de um espinheiro, lá transpõe um paredão de pedras ciclópicas, em seguida
atravessa uma correnteza a fortes braçadas, mais adiante pula um regato e agora passa, em carreira vertiginosa, por
pequena aldeia, onde pessoas se encontram em atividades rotineiras.
Neste momento, o operador pára as máquinas e tem-se na tela o seguinte quadro: um homem (o fugitivo),
com ambos os pés no ar, as pernas abertas em larguíssima passada como quem corre, um menino com um cachorro
nos braços estendidos, o rosto contorcido pelo pranto, como quem oferece o animalzinho a uma senhora de olhar
severo que aponta uma flecha para algum ponto fora do enquadramento da tela; um rapaz troncudo puxa, por uma
corda, uma égua que se faz acompanhar de um potrinho tão inseguro quanto desajeitado; um pajé velho, acocorado
perto de uma choça, tira baforadas de um longo e primitivo cachimbo; uma velha gorda e suja dorme em uma já
bastante desfiada rede de embira fina, pendurada entre uma árvore seca, de galhos grossos e retorcidos e uma cabana
recém-construída, limpa, alta, de palhas de buriti muito bem amarradas...
Antes de exercitar com o texto, pense no seguinte:
Narrar é contar uma história. A Narração é uma seqüência de ações que se desenrolam na linha do tempo, umas
após outras. Toda ação pressupõe a existência de um personagem ou actante que a prática em determinado mo-
mento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de que um emissor ou
narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ação, espaço e tempo em desenvolvimento. Os outros
dois componentes da narrativa são: narrador e enredo ou trama.
Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do
narrativo, fundamentalmente, por não se preocupar com a seqüência das ações, com a sucessão dos momentos,
com o desenrolar do tempo. A descrição encara um ou vários objetos, um ou vários personagens, uma ou várias
ações, em um determinado momento, em um mesmo instante e em uma mesma fração da linha cronológica. É a
foto de um instante.
A descrição pode ser estática ou dinâmica.
• A descrição estática não envolve ação.
Exemplos: "Uma velha gorda e suja."
"Árvore seca de galhos grossos e retorcidos."
• A descrição dinâmica apresenta um conjunto de ações concomitantes, isto é, um conjunto de ações que
acontecem todas ao mesmo tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir do momento em que o operador
pára as máquinas projetoras, todas as ações que se vêem na tela estão ocorrendo simultaneamente, ou seja,
estão compondo uma descrição dinâmica. Descrição porque todas as ações acontecem ao mesmo tempo,
dinâmica porque inclui ações.
Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de idéias, de juízos, de pensamentos.
Exemplos:
"As circunstâncias externas determinam rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o homem..."
"Nem a vontade, nem a razão podem agir independentemente de seu condicionamento passado."
Nesses exemplos, tomados do historiador norte-americano Carlton Hayes, nota-se bem que o emissor
não está tentando fazer um retrato (descrição); também não procura contar uma história (narração); sua
preocupação se firma em desenvolver um raciocínio, elaborar um pensamento, dissertar.
Quase sempre os textos, quer literários, quer científicos, não se limitam a ser puramente descritivos,
narrativos ou dissertativos. Normalmente um texto é um complexo, uma composição, uma redação, onde se
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 16
misturam aspectos descritivos com momentos narrativos e dissertativos e, para classificá-lo como narração,
descrição ou dissertação, procure observar qual o componente predominante.
Exercícios de fixação
Classifique os exercícios a seguir como predominantemente narrativos, descritivos ou dissertativos.
I. Macunaíma em São Paulo
Quando chegaram em São Paulo, ensacou um pouco do tesouro para comerem e barganhando o resto
na bolsa apurou perto de oitenta contos de réis. Maanape era feiticeiro. Oitenta contos não valia muito mas o herói
refletiu bem e falou pros manos:
- Paciência. A gente se arruma com isso mesmo, quem quer cavalo sem tacha anda de a-pé...
Com esses cobres é que Macunaíma viveu.
(ANDRADE, Mário de. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. 15ª ed., São Paulo, Martins, 1968. p. 50.)
II. Subúrbio
O subúrbio de S. Geraldo, no ano de 192..., já misturava ao cheiro de estrebaria algum progresso.
Quanto mais fábricas se abriam nos arredores, mais o subúrbio se erguia em vida própria sem que os habitantes
pudessem dizer que a transformação os atingia. Os movimentos já se haviam congestionado e não se poderia
atravessar uma rua sem deixar-se de uma carroça que os cavalos vagarosos puxavam, enquanto um automóvel
impaciente buzinava lançando fumaça. Mesmo os crepúsculos eram agora enfumaçados e sanguinolentos. De
manhã, entre os caminhões que pediam passagem para a nova usina, transportando madeira e ferro, as cestas de
peixe se espalhavam pela calçada, vindas através da noite de centros maiores.
(LISPECTOR, Clarice. A cidade sitiada. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1982. p. 13.)
III. São Paulo
Que aconteceria, entretanto, se se conseguisse dar de repente a todos esses párias uma moradia
condigna, uma vida segundo padrões civilizados, à altura do que se ostenta nas grandes avenidas do centro, com
seu trânsito intenso, suas lojas de Primeiro Mundo e seus yuppies* esbaforidos na tarefa de ganhar dinheiro? Aí
está outro aspecto da tragédia, também lembrado por Severo Gomes. Explica-se: São Paulo é o maior foco de
migrações internas, sobretudo do Nordeste; no dia em que as chagas da miséria desaparecessem e a dignidade
da existência humana fosse restaurada em sua plenitude, seriam atraídas novas ondas migratórias, com maior
força imantadora. Assim, surgiriam logo, num círculo vicioso, outros focos de miséria.
(CASTRO, Moacir Werneck de. Alarma em São Paulo. Jornal do Brasil, 9 mar. 1991.)
IV.
A Declaração Universal dos Direitos
.
Humanos, aprovada em 1948 pela Assembléia-Geral das Nações
Unidas, manteve-se silente em relação aos direitos econômicos, sociais e culturais, o que era compreensível pelo
momento histórico de afirmação plena dos direitos individuais.
V.
"Depois do almoço, Leôncio montou a cavalo, percorreu as roças e cafezais, coisa que bem raras vezes
fazia, e ao descambar do Sol voltou para casa, jantou com o maior sossego e apetite, e depois foi para o salão,
onde, repoltreando-se em macio e fresco sofá, pôs-se a fumar tranqüilamente o seu havana."
VI.
"Os encantos da gentil cantora eram ainda realçados pela singeleza, e diremos quase pobreza do modesto
trajar. Um vestido de chita ordinária azulclara desenhava-lhe perfeitamente com encantadora simplicidade o porte
esbelto e a cintura delicada, e desdobrando-se-lhe em rodas amplas ondulações parecia uma nuvem, do seio da
qual se erguia a cantora como Vênus nascendo da espuma do mar, ou como um anjo surgindo dentre brumas
vaporosas."
VII.
"Só depois da chegada de Malvina, Isaura deu pela presença dos dois mancebos, que a certa distância a
contemplavam cochichando a respeito dela. Também pouco ouvia ela e nada compreendeu do rápido diálogo que
tivera lugar entre Malvina e seu marido. Apenas estes se retiraram ela também se levantou e ia sair, mas
Henrique, que ficara só, a deteve com um gesto."
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 17
VIII.
"Bois truculentos e nédias novilhas deitadas pelo gramal ruminavam tranqüilamente à sombra de altos
troncos. As aves domésticas grazinavam em torno da casa, balavam as ovelhas, e mugiam algumas vacas, que
vinham por si mesmas procurando os currais; mas não se ouvia, nem se divisava voz nem figura humana. Parecia
que ali não se achava morador algum."
(GUIMARAES, Bernardo. A escrava Isaura. 17ª ed., São Paulo, Ática, 1991.)
IX.
A demissão é um dos momentos mais difíceis na carreira de um profissional. A perda do emprego
costuma gerar uma série de conflitos internos: mágoa, revolta, incerteza em relação ao futuro e dúvidas sobre sua
capacidade. Mesmo sendo uma possibilidade concreta na vida de qualquer profissional, somos quase sempre
pegos de surpresa pela notícia.
X.
Não basta a igualdade perante a lei. É preciso igual oportunidade. E igual oportunidade implica igual
condição. Porque, se as condições não são iguais, ninguém dirá que sejam iguais as oportunidades.
XI.
"A palavra nepotismo foi cunhada na Idade Média para designar o costume imperial dos antigos papas de
transformar sobrinhos e netos em funcionários da Igreja. Meio milênio depois, tais hábitos se multiplicaram na
administração pública brasileira. Investidos em seus mandatos, os deputados de Brasília chamam a família para
assessorá-los, como se fossem levar problemas domésticos, e não os da comunidade, para o plenário."
GABARITO
I – Narrativo
II – Descritivo
III - Dissertativo-Argumentativo
IV - Dissertativo
V – Narrativo
VI – Descritivo
VII – Narrativo
VIII – Descritivo
IX – Dissertativo
X – Dissertativo
XI - Dissertativo-Informativo
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 18
PARÁFRASE, PERÍFRASE, SÍNTESE E RESUMO
PARÁFRASE
Paráfrase é o comentário amplificativo de um texto ou a explicação desenvolvida de um texto.
O maior perigo que enfrenta quem explica um texto é a paráfrase. Vamos tomar como exemplo:
"Um gosto que hoje se alcança,
Amanhã já não o vejo;
Assim nos traz a mudança
De esperança em esperança
E de desejo em desejo.
Mas em vida tão escassa
Que esperança será forte?
Fraqueza da humana sorte,
Que, quanto na vida passa,
Está receitando a morte."
(Camões)
Eis aqui um tipo de paráfrase:
"Luís Vaz de Camões, o grande poeta luso, nos fala, nestes versos, da fugacidade dos bens, que hoje
alcançamos e amanhã perdemos; mesmo a esperança e os desejos são frágeis e a própria vida se esvai
rapidamente, caminhando para a morte. Tinha o poeta muita razão, pois, realmente, na vida, todos os gostos
terrenos se extinguem como um sopro: o homem, que sempre vive esperando e desejando alguma coisa, tem
constantemente a alma preocupada com o seu destino. Ora, mesmo que chegue a realizar seus sonhos, estes
não perduram ...”
Poderíamos, assim, continuar indefinidamente, dando voltas ao redor do texto, sem penetrar em seu
interior, sem saber o que é que realmente existe nele. Ou então, tendo em mente a forma em que o poema é
construído, poderíamos acrescentar umas observações vulgares:
" ... estes versos são muito bonitos; soam muito bem e elevam o espírito. Constituem uma décima."
Um exercício realizado assim não é uma explicação, é palavreado inútil. A paráfrase pode ser bela
quando realizada por um grande escritor ou por um bom orador.
Não devemos usar o texto como pretexto, ou seja, o comentário de um texto não deve servir de meio
para expormos certos conhecimentos que não iluminam ou esclarecem diretamente a passagem que
comentamos.
Para tornar isto claro, voltemos ao exemplo anterior. Se alguém tomasse a estrofe de Camões como
pretexto para mostrar seus conhecimentos histórico-literários poderia escrever, por exemplo, o seguinte:
"Estes versos são de Luís Vaz de Camões. Este poeta nasceu em Lisboa, em 1524. Supõe-se que
estudou em Coimbra, onde teria iniciado suas criações poéticas. Escreveu poesias líricas, peças de teatro e ‘Os
Lusíadas’, o imortal poema épico da raça lusitana..."
Quem assim procede perde-se num emaranhado de idéias secundárias, desprezando o essencial. Utiliza
o texto como pretexto, mas não o explica.
Para comentar ou explicar um texto não devemos deter-nos em dados acidentais, perdendo de vista o
que é mais importante.
Em resumo:
1°) explicar um texto não consiste em uma paráfrase do conteúdo, ou em elogios banais da estrutura.
2°) não consiste, também, num alarde de conhecimentos a propósito de uma passagem literária.
EXPLICAR E NÃO PARAFRASEAR
Embora não se trate de uma tarefa demasiado difícil, comentar um texto consiste em ir raciocinando,
passo a passo, sobre o porquê daquilo que o autor escreveu. Isto pode ser feito com maior ou menor
profundidade.
Podemos concluir que explicar um texto é ir dando conta, ao mesmo tempo, daquilo que um autor diz e
de como o diz.
Podemos acrescentar, ainda, que uma determinada passagem (ou texto) poderá ter explicações
(interpretações) diferentes, conforme a cultura, a sensibilidade e até mesmo a habilidade de quem as realizar.
CADERNOS DIGITAIS
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A interpretação de textos exige uma ordem, afim de que as observações não se misturem. As fases que
constituem o comentário obedecem, pois, à seguinte ordem:
1) LEITURA ATENTA DO TEXTO
A explicação inicia-se, logicamente, com a leitura atenta do texto, que nos levará à sua compreensão.
Para isto é preciso ler devagar e compreender todas as palavras.
Logo, esta fase requer o uso constante do dicionário, o que nos proporciona conhecimentos que serão
úteis em certas ocasiões, tais como provas e exames, quando já não será possível recorrer a nenhuma fonte de
consulta.
Ao consultar o dicionário, temos que ficar atentos aos vários sinônimos de uma palavra e verificar
somente a acepção que se adapta ao texto.
Observe:
"Cordeirinha linda / Como folga o povo
Porque vossa vinda /Lhe dá lume novo." (Anchieta)
Folgar = tornar largo; descansar; divertir-se; regozijar-se.
Qual destas acepções interessa ao texto, para que o entendamos? A resposta é regozijar-se.
2) LOCALIZAÇÃO DO TEXTO
Em primeiro lugar, devemos procurar saber se um determinado texto é independente ou fragmento.
Geralmente percebemos isto no primeiro contato com o texto.
Quando se tratar de um texto completo, devemos localizá-lo dentro da obra total do autor.
Quando se tratar de um fragmento, devemos localizá-lo dentro da obra total do autor e a que obra
pertence. Se não nos for dito se o texto está completo ou fragmentário, iremos considerá-lo como completo se
tiver sentido total.
3) DETERMINAÇÃO DO TEMA
O êxito da interpretação depende, em grande parte, do nosso acerto neste momento do exercício.
Procuremos fixar o conceito de tema. Isto exige atenção e reflexão. É a fase de importância capital, pois
dela depende o sucesso do trabalho, que é interpretar.
Consideremos, por exemplo, a seguinte passagem do romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos:
Estavam no pátio de uma fazenda sem vida. O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também
deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono. Certamente o gado se finara e os moradores
tinham fugido.
Fabiano procurou em vão perceber um toque de chocalho. Avizinhou-se da casa, bateu, tentou forçar a
porta. Encontrando resistência, penetrou num cercadinho cheio de plantas mortas, rodeou a tapera, alcançou o
terreiro do fundo, viu um barreiro vazio, um bosque de catingueiras murchas, um pé de turco e o prolongamento
da cerca do curral. Trepou-se no mourão do canto, examinou a caatinga, onde avultavam as ossadas e o negrume
dos urubus. Desceu, empurrou a porta da cozinha. Voltou desanimado, ficou um instante no copiar, fazendo
tenção de hospedar ali a família. Mas chegando aos juazeiros, encontrou os meninos adormecidos e não quis
acordá-los. Foi apanhar gravetos, trouxe do chiqueiro das cabras uma braçada de madeira meio roída pelo cupim,
arrancou toureiras de macambira, arrumou tudo para a fogueira.
Acreditamos que a noção de assunto é clara, pois seu uso é comum quando se faz referência ao
"assunto" de um filme ou de um romance. Um texto pequeno, como este fragmento de Graciliano Ramos, também
tem um assunto; poderíamos contá-lo da seguinte maneira:
"Fabiano estava no pátio de uma fazenda. Ao seu redor, só havia ruínas. Não havia ninguém, nem
mesmo dentro da casa. As plantas e os animais estavam mortos. Ele procurava um lugar para alojar a família.
Como a casa estava fechada, pensou em ficar por ali mesmo e resolveu acender uma fogueira."
Trata-se, como podemos verificar, de uma simples redução do citado trecho, de uma síntese daquilo que
o texto narra de maneira mais extensa. Mas, os detalhes mais importantes da narração permanecem.
Para chegarmos ao tema devemos tirar do assunto, que contamos acima, todos os detalhes e procurar a
intenção do autor ao escrever estes parágrafos.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 20
Evidentemente, a intenção de Graciliano Ramos foi descrever a inutilidade da ação do homem,
subjugado pelo flagelo implacável da seca. Este é o tema, célula germinal do fragmento. Para exprimir o tema,
Graciliano tomou elementos como Fabiano e sua família, a fazenda abandonada, as ossadas, etc., e deu forma
definitiva a tudo isto no texto.
O tema deve ter duas características importantes: clareza e brevidade. Se tivermos que usar muitas
palavras para definir o tema, é quase certo que estamos enganados e que não chegamos, ainda, a penetrar no
âmago do texto.
O núcleo fundamental do tema poderá, geralmente, ser expresso por meio de uma palavra abstrata,
acompanhada de complementos. No exemplo anterior, esse núcleo fundamental é a inutilidade (da ação do
homem, etc.).
O tema não deve possuir elementos supérfluos que façam parte do assunto. Quando o autor nos mostra
Fabiano procurando, inutilmente, entrar na casa para abrigar-se, está usando elementos do assunto para
demonstrar-nos a inutilidade da ação do homem, naquelas circunstâncias adversas.
A definição do tema será, pois, clara, precisa e breve (sem falta ou sobra de elementos).
A tarefa de fixar o tema exige bastante cuidado e atenção porque é essencial para a interpretação.
4) DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA
Um texto literário não é um caos. O autor, ao escrever, vai compondo. Compor é colocar as partes de
um todo de tal modo que possam constituir um conjunto.
Até o menor texto - aquele que nos dão para comentar, por exemplo -, possui uma composição ou
estrutura precisa.
Os elementos da estrutura são solidários: todas as partes de um texto se relacionam entre si. E isto por
uma razão muito simples: se, num determinado texto, o autor quis expressar um tema, todas as partes que
possamos achar como integrantes daquele fragmento, estão contribuindo, forçosamente, para expressar o tema e,
portanto, relacionam-se entre si.
Para que se torne clara a explicação desta fase, fragmento é cada uma das partes que podemos
descobrir no texto.
Por outro lado, há textos tão breves e simples, que se torna difícil, ou mesmo impossível, definir sua
composição.
5) CONCLUSAO
A conclusão é um balanço de nossas observações; é, também, uma impressão pessoal.
Deve terminar com uma opinião sincera a respeito do texto: muitas vezes, nos textos que nos
apresentam, temos que elogiar, se assim exigir a sua qualidade. Outras vezes, porém, o sentido moral ou o tema
talvez não nos agradem, e devemos dizê-lo.
Não devemos, também, repetir opiniões alheias. Nunca devemos dizer: "... é um texto (ou passagem)
muito bonito"; ou: "tem muita musicalidade ...". Ainda: "... descreve muito bem e com muito bom gosto", etc.
Podemos, então, rematar a conclusão do exame do texto de Graciliano Ramos, da seguinte maneira:
"O autor atinge plenamente seus fins através da expressão elaborada, que se condensa, despindo-se de
acessórios inúteis, numa plena adequação ao tema. Sem sentimentalismo algum, toca a sensibilidade do leitor,
através do depoimento incisivo e trágico da condição sub-humana em que se acham aquelas criaturas, que
escapam de sua posição de meras personagens de uma obra de ficção para alçarem-se em protagonistas do
drama social e humano que se desenrola no Nordeste brasileiro”.
Em essência, este é o método de comentário de textos. É preciso que tudo o que foi exposto seja
compreendido e fixado para que se torne possível a perfeita assimilação das normas do método.
PERÍFRASE
É o rodeio de palavras ou a frase que substitui o nome comum do próprio. Na perífrase sempre se
destaca algum atributo do ser. Exemplos:
! Visitei a Cidade Maravilhosa. (= Rio de Janeiro)
! O astro rei brilha para todos. (= Sol)
! O Rei do Futebol será homenageado em Paris. (= Pelé)
SÍNTESE E RESUMO
1) O QUE É UM TEXTO LITERÁRIO
CADERNOS DIGITAIS
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Um texto literário pode ser uma obra completa (um romance, um drama, um conto, um poema ... ), ou um
trecho de uma obra.
De modo geral, os textos dados para comentário e interpretação devem ser breves; por isso, salvo
quando se trata de uma poesia curta, costumam ser fragmentos de obras literárias mais extensas. Atualmente,
crônicas e artigos de jornais e revistas costumam ser tomados para estudo e explicação.
2) COMENTANDO UM TEXTO
Embora não se trate de uma tarefa demasiado difícil, comentar um texto consiste em ir raciocinando,
passo a passo, sobre o porquê daquilo que o autor escreveu. Isto pode ser feito com maior ou menor
profundidade. Temos que ir dando conta, ao mesmo tempo, daquilo que um autor diz e de como o diz.
O comentário de textos exige uma ordem, a fim de que as observações não se misturem; são fases que
obedecem à seguinte ordem:
a) LEITURA ATENTA DO TEXTO
A leitura atenta do texto, que nos levará à sua compreensão. Para isto é preciso ler devagar e
compreender todas as palavras; requer, portanto, o uso constante do dicionário, o que nos proporciona
conhecimentos que serão úteis em certas ocasiões, tais como provas e exames, quando já não será possível
recorrer a nenhuma fonte de consulta.
Ao consultar o dicionário, temos que ficar atentos aos vários sinônimos de uma palavra e verificar
somente a acepção que se adapta ao texto.
b) DETERMINAÇÃO DO TEMA
O êxito da interpretação depende, em grande parte, do nosso acerto neste momento do estudo.
Procuremos fixar o conceito de tema. Isto exige atenção e reflexão.
É a fase de importância capital, pois dela depende o sucesso do trabalho, que é interpretar.
O tema deve ter duas características importantes: clareza e brevidade. Se tivermos que usar muitas
palavras para definir o tema, é quase certo que estamos enganados e que não chegamos, ainda, a penetrar no
âmago do texto.
O núcleo fundamental do tema poderá, geralmente, ser expresso por meio de uma palavra abstrata,
acompanhada de complementos.
3) TEMA E ASSUNTO
Acreditamos que a noção de assunto é clara, pois seu uso é comum quando se faz referência ao
"assunto" de um filme ou de um romance.
Consideremos, por exemplo, a seguinte passagem do romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos:
"Estavam no pátio de uma fazenda sem vida. O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e
também deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono. Certamente o gado se finara e os
moradores tinham fugido.
Fabiano procurou em vão perceber um toque de chocalho. Avizinhou-se da casa, bateu, tentou forçara
porta. Encontrando resistência, penetrou num cercadinho cheio de plantas mortas, rodeou a tapera, alcançou o
terreiro do fundo, viu um barreiro vazio, um bosque de catingueiras murchas, um pé de turco e o prolongamento
da cerca do curral. Trepou-se no mourão do canto, examinou a caatinga, onde avultavam as ossadas e o negrume
dos urubus. Desceu, empurrou a porta da cozinha. Voltou desanimado, ficou um instante no copiar, fazendo
tenção de hospedar ali a família. Mas chegando aos juazeiros, encontrou os meninos adormecidos e não quis
acorda-los. Foi apanhar gravetos, trouxe do chiqueiro das cabras uma braçada de madeira meio roída pelo cupim,
arrancou touceiras de macambira, arrumou tudo para a fogueira."
Um texto pequeno como o fragmento acima tem um assunto, que pode ser contado da seguinte maneira:
"Fabiano estava no pátio de uma fazenda. Ao seu redor, só havia ruínas. Não havia ninguém, nem
mesmo dentro da casa. As plantas e os animais estavam mortos. Ele procurava um lugar para alojar a família.
Como a casa estava fechada, pensou em ficar ali mesmo e acendeu uma fogueira."
Trata-se de uma simples redução do citado trecho, de uma síntese, um resumo daquilo que o texto
narra de maneira mais extensa. Mas, os detalhes mais importantes da narração permanecem.
Portanto, para chegarmos ao tema de um texto, devemos tirar do assunto todos os detalhes e procurar a
intenção do autor ao escrever. No segmento apresentado, a célula germinal (o tema) é a inutilidade da ação do
homem, subjugado pelo flagelo implacável da seca.
É uma definição clara, breve e precisa do tema, sem sobra ou falta de elementos.
Quando resumimos um texto, seja ele fragmentário ou completo, retiramos dele tudo o que é essencial
ao seu entendimento, "desprezando" aquilo que é supérfluo, para não ficarmos girando ao redor do texto e incidir
em paráfrase, que é um comentário amplificativo, ao contrário do resumo. Veja:
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SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 22
A SANTA INÊS
Cordeirinha linda
Como folga o povo
Porque vossa vinda
Lhe dá lume novo!
Cordeirinha santa,
De lesu querida,
Vossa santa vinda
O diabo espanta.
Por isso vos canta,
Com prazer o povo,
Porque vossa vinda
Lhe dá lume novo.
Nossa culpa escura
Fugirá depressa,
Pois vossa cabeça
Vem com luz tão pura.
Vossa formosura
Honra é do povo,
Porque vossa vinda
Lhe dá lume novo.
Virginal cabeça
Pola fé cortada,
Com vossa chegada,
Já ninguém pereça.
Vinde mui depressa
Ajudar o povo,
Pois com vossa vinda
Lhe dais lume novo.
(Anchieta)
Se, numa prova, nos pedissem para explicar resumidamente o sentido destes versos, responderíamos:
"O poeta comunica-nos a alegria que todos sentem por causa da vinda da mártir Santa Inês, ou porque
necessitam do auxílio divino para manter a fé, segundo o ponto de vista do poeta catequista, ou porque é uma
ocasião festiva."
Como isto pudesse parecer insuficiente, acrescentaríamos alguns detalhes que justificassem as
afirmações:
“Mesmo falando da culpa do homem, do martírio de Santa Inês ou suplicando os benefícios da santa, o
sentimento preponderante é a alegria, pois a fé profunda traz a certeza de que os bens almejados serão obtidos.
O martírio é encarado como a causa da glorificação da Santa, cuja cabeça resplandecente simboliza as graças
que iluminam as almas”.
Para finalizar, devemos ter em mente que as provas em concurso são, na maioria das vezes, em forma
de testes; assim, escolha a alternativa que melhor resuma o texto. É claro que este resumo deve conter o tema.
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SIGNIFICAÇÃO LITERAL E CONTEXTUAL DE VOCÁBULOS
INTERPRETAÇÃO BASEADA NA SIGNIFICAÇÃO DA PALAVRA
1) Se a palavra está sendo usada no seu verdadeiro significado (com o valor do dicionário), deve-se escolher a
alternativa que melhor se ADEQUA a essa significação. Por exemplo:
! Todos admiravam a sua figura eminente.
Indique, entre as alternativas a seguir, a que poderia substituir a palavra grifada sem alteração do sentido da
frase):
a) bonita
b) formosa
c) harmoniosa
d) coerente
e) distinta
A alternativa que melhor se adequa à questão é a letra e, pois eminente tem como sinônimos, no
dicionário, distinta, elevada, alta, superior.
2) Se a palavra está sendo usada fora do seu verdadeiro significado, deve-se escolher a alternativa que melhor se
ASSOCIA a essa significação. Por exemplo:
! Todos tinham conhecimento, no bairro, de que Joãozinho morria de amores por Mariazinha.
a) finava-se
b) matava-se
c) gostava
d) falecia
e) chorava
A resposta seria, naturalmente, a letra c, pois gostava é a palavra que se associa a morria de amores,
embora as letras a, b, c, d e e pudessem servir de sinônimos à expressão grifada.
SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE VOCÁBULOS
Mesmo quando a ênfase era dada à lingüística geral, que excluía os atos individuais da fala, já havia
estudiosos alertando para a importância do contexto.
Na prática, usa-se o contexto para:
- compreender palavras:
! pé de homem ! pé de café
- compreender sintagmas:
! boa cara (boa aparência) ! maleta cara (=de alto preço)
- compreender frases:
! Procuro a chave do carro.
! Procuro a chave da porta.
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PROCESSOS COESIVOS DE REFERÊNCIA
A coesão de um texto deve-se a uma série de elementos que permitem os encadeamentos lingüísticos, à
maneira como são ligados os elementos fonéticos, gramaticais, semânticos e discursivos do texto. Veja o
exemplo:
Cíntia foi ao cinema. Ela foi sozinha.
O emprego do pronome estabelece uma coesão, pois o sujeito já havia sido expresso.
Entre os elementos que permitem a coesão textual estão:
- o emprego adequado dos artigos, pronomes, conjunções, preposições;
- o emprego adequado dos tempos e modos;
- as construções por coordenação e subordinação;
- a presença do discurso direto, indireto ou indireto livre;
- o conjunto do vocabulário distribuído no texto (coesão semântica) etc.
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COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
O período composto, que é aquele formado por mais de uma oração ligada por meio de conjunções ou
nexos oracionais, pode ser coordenado ou subordinado.
O que são conjunções ou nexos oracionais?
São vocábulos gramaticais que servem para relacionar duas orações ou dois termos que exercem a
mesma função dentro da mesma oração. Além disso, esses elementosgarantem a coesão e a coerência que têm
como objetivo manter o sentido do texto.
A COORDENAÇÃO NO PERÍODO COMPOSTO
No período composto por coordenação, as orações são independentes uma das outras entre si pelo
sentido. Entretanto, elas podem estar interligadas por conjunção coordenativa, ou não. Vejamos:
! O carro partiu, ganhou velocidade e sumiu na estrada.
Podemos observar que esse período é formado por três orações : A, B, C, as quais são, do ponto de vista
sintático, independentes, isto é, nenhuma exerce função sintática em relação a outra, e por isso são
denominadas Orações Coordenadas.
Como já foi dito, as orações coordenadas podem ou não vir introduzidas por conjunções coordenativas;
daí sua classificação em:
1) orações coordenadas assindéticas: não são introduzidas por conjunções coordenativas.
! Caiu, levantou, sumiu.
Observação: As orações coordenadas assindéticas, por não virem introduzidas por conjunção, devem ser
sempre separadas por vírgula.
2) orações coordenadas sindéticas: são introduzidas por uma das conjunções coordenativas. As orações
coordenadas sindéticas classificam-se de acordo com a conjunção que as introduz.
VALOR LÓGICO DAS CONJUNÇÕES
Conjunções coordenativas
Aditivas - exprimem soma, adição de pensamento: e (para afirmação), nem (para a negação).
! Tomei café e sai.
! A moça não fala nem ouve.
Adversativas - exprimem oposição, contraste, compensação de pensamentos: mas, porém, todavia, contudo,
entretanto, no entanto, etc.
! Os operários da construção civil trabalham muito, mas ganham pouco.
! Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol.
Alternativas - exprimem escolha de pensamentos: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja
! Você fica ou vai conosco?
! Ou você vem conosco, ou fica em casa sozinho!
Conclusivas - exprimem conclusão de pensamento: portanto, logo, por isso, por conseguinte, pois (depois do
verbo), assim.
! Choveu muito, portanto a colheita está garantida.
! Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão.
Explicativas - exprimem razão, motivo: porque, que, pois (antes do verbo)
A B C
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! Não chore, porque será pior.
! Ela ainda não chegou, pois o seu carro não está na garagem.
EXERCÍCIOS
1) Classifique as orações coordenadas grifadas, usando o código:
1. oração coordenada assindética
2. oração coordenada sindética aditiva
3. oração coordenada sindética adversativa
4. oração coordenada sindética alternativa
5. oração coordenada sindética explicativa
6. oração coordenada sindética conclusiva
( ) O lábio de Jandira emudeceu, mas o coração soluçou.
( ) Ou fique, ou saia, mas nunca volte.
( ) Levante-se, que é tarde.
( ) Ataliba saiu, todavia voltou rápido.
( ) Uns morrem, outros, porém, nascerão.
( ) Ele é rico, e não papa suas dívidas.
( ) Estudo muito, logo devo passar no concurso
( ) O adulador tem o mel na boca e o fel no coração.
( ) Não desanime, pois a vida é luta.
( ) Trabalha e estuda.
( ) O filho de Ataliba caiu da escada rolante, mas não se machucou.
( ) Cheguei, empurrei a porta, entrei.
( ) Os livros não só instruem, mas também educam.
( ) Não só estudo mas ainda trabalho na loja do Rubinho.
( ) A razão ordena, o coração pede.
( ) Não diga nada que ele poderá desconfiar de nós dois.
( ) O doente sofria muito, mas não se queixava.
( ) Fabiano desceu as escadas e foi ao curral das cabras.
( ) Trabalho muito, no entanto, não tenho dinheiro.
( ) Beduíno herdou uma casa e ganhou na loteria esportiva.
2) Ocorre oração aditiva em:
a) Não comprei somente os livros, mas também os outros materiais escolares.
b) Leve-lhes flores, que ela aniversaria hoje.
c) Há muito serviço, entretanto, ninguém trabalha.
d) Venceremos, ou perderemos o título.
e) Ele é rico, e não paga suas dívidas.
3) Ocorre oração coordenada adversativa em:
a) O cavalo estava cansado, pois arfava muito.
b) O mar é generoso, no entanto, às vezes, torna-se cruel.
c) Venha agora e não perderá sua vez.
d) Eu não sabia, nem pensava nisso.
e) Não só ganhei na loteria, mas também herdei uma fazenda.
4) Ocorre oração coordenada alternativa em:
a) As pessoas ora se mexiam, ora falavam.
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b) Não deves mentir, porque é pior.
c) Venha agora e não perderás sua vez.
d) Tens toda razão, contudo não deves afligir-se.
e) Não estudo nem trabalho.
5) Ocorre oração coordenada conclusiva em:
a) A ordem é absurda, no entanto ninguém protestou.
b) Os mestres não só ensinam, mas também educam.
c) Ele falava e contava tudo ao diretor.
d) Ele é o seu pai, resta-lhe, pois, amparar-te neste momento.
e) Estudei, porém não passei no concurso.
6) Ocorre oração coordenada explicativa em:
a) Faça o concurso, que eu o apoiarei.
b) A força vence, mas não convence.
c) O acusado não é criminoso, logo será absolvido.
d) Não tinha experiência, mas boa vontade não lhe faltava.
e) Ele estudou, sabe, pois, a lição.
7) No período: Quando se trabalha e se tem esperança, a felicidade mora em nós, ocorre(m):
a) uma oração coordenada aditiva.
b) duas orações coordenadas aditivas.
c) três orações coordenadas, duas aditivas e uma assindética.
d) uma oração coordenada assindética.
e) n.d.a
8) No período: Peça-lhe que viva, que se case e que me esqueça, ocorre(m):
a) duas orações coordenadas, uma assindética e outra aditiva.
b) apenas uma oração coordenada.
c) três orações coordenadas assindéticas.
d) duas orações coordenadas assindéticas e uma aditiva.
e) três orações subordinadas coordenadas.
9) No período: Todos os médicos a quem contei as moléstias dele foram unânimes, em que a morte era certa e só
se admiravam de ter resistido a tanto tempo, ocorre(m):
a) uma oração coordenada aditiva
b) duas orações coordenadas aditivas
c) duas orações coordenadas, uma assindética e outra aditiva.
d) três orações coordenadas.
e) n.d.a
10) Classifique as orações coordenadas que seguem:
a) Gosto de dar carona, mas isso pode ser perigoso.
_______________________________
b) Não dou nem peço carona.
_______________________________
c) Não dou carona; logo, não corro perigo de ser assaltado.
_______________________________
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d) Ou você me dá carona, ou você morre - disse o assaltante.
_______________________________
e) Não vou a Santos, porém, não vou ficar aqui também.
_______________________________
f) A vida na fazenda é boa, porque o ar é puro.
_______________________________
RESPOSTAS:
1) 3 / 4 / 5 / 3 / 3 / 3 / 6 / 2 / 5 / 2 / 3 / 1 / 2 / 2 / 1 / 5 / 3 / 2 / 3 / 2
2) a 3) b 4) a 5) d 6) a 7) e 8) e 9) e
10) a) Oração Coordenada Adversativa
b) Oração Coordenada Aditiva
c) Oração Coordenada Conclusiva
d) Oração Coordenada Alternativa
e) Oração Coordenada Adversativa
f) Oração Coordenada Explicativa
VALOR SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES
As funções sintáticas exercidas pelos vocábulos no período simples são desempenhadas pelas orações
no período composto por subordinação. Essas orações são introduzidas por conjunções específicas que assim as
caracterizam em relação à principal.
A SUBORDINAÇÃO NO PERÍODO COMPOSTO
As orações se relacionam dentro do período, podendo exercer funções sintáticas uma em relação às
outras (objeto direto, adjunto adverbial, adjunto adnominal, etc.). As conjunções que servem para ligar essas
orações dependentes uma da outra, no plano sintático, são as subordinativas.
Dependendo da função sintática que exercem, as orações subordinadas classificam-se em:
a) substantivas: exercem uma das seguintes funções sintáticas: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo
do sujeito, complemento nominal ou aposto, funções próprias do substantivo.
b) adjetivas: exercem a função sintática de adjunto adnominal, função própria do adjetivo.
c) adverbiais: exercem a função sintática de adjunto adverbial, função própria do advérbio.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Vejamos os exemplos abaixo:
a) Espero sua chegada. ! chegada = núcleo
b) Espero que você chegue.
Em "a", temos um período simples, em que sua chegada exerce a função sintática de objeto direto, cujo
núcleo é o substantivo chegada.
Em "b", temos um período composto formado por duas orações - Espero e que você chegue. Observe
que a oração que você chegue está funcionando como objeto direto do verbo Espero.
A essa oração damos o nome de:
oração: porque possui verbo.
subordinada: porque está exercendo uma função sintática em relação a outra oração.
substantiva: porque exerce um das funções sintáticas próprias do substantivo.
objetiva direta: porque exerce a função sintática de objeto direto.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 29
De acordo com a função sintática que exercem, as orações subordinadas substantivas classificam-se em:
1) subjetivas: exercem a função sintática de sujeito do verbo da oração principal.
Oração
principal
oração subordinada
substantiva subjetiva
E necessário
Não se sabe
que todos voltem.
se o plano vai dar certo.
Pode-se observar que nesse tipo de oração, o verbo da oração principal estará sempre na terceira
pessoa do singular, e a oração principal não terá sujeito nela mesma, já que o sujeito dela é a oração
subordinada.
2) objetivas diretas: exercem a função sintática de objeto direto do verbo da oração principal.
Oração
principal
oração subordinada
substantiva objetiva direta
Desejo
Não sei
que ela volte rapidamente.
se vou voltar.
3) objetivas indiretas: exercem a função sintática de objeto indireto do verbo da oração principal.
Oração
principal
oração subordinada
substantiva objetiva indireta
Necessitávamos
Nunca duvide
de que trouxessem as provas.
do que ele é capaz.
4) predicativas: exercem a função sintática de predicativo do sujeito da oração principal.
Oração
principal
oração subordinada
substantiva predicativa
Minha alegria é
A verdade é
que voltem com a taça.
que ele não compareceu.
5) completivas nominais: exercem a função sintática de complemento nominal de um nome da oração principal.
Oração
principal
oração subordinada
substantiva completiva nominal
Tenho necessidade
Estou certo
de que todos se esforcem.
de que ela voltará.
6) apositivas: exercem a função de aposto de um nome da oração principal.
Oração
principal
oração subordinada
substantiva apositiva
Desejo uma coisa:
Espero somente isto:
que você me respeite.
que ninguém falte.
Observação: As orações subordinadas substantivas são normalmente introduzidas por uma das conjun-
ções integrantes: que e se. Nada impede, porém, que sejam introduzidas por outras palavras, conforme
abaixo:
Oração principal oração subordinada substantiva
Pergunta-se
Ignoramos
qual seria a solução.
quando eles chegaram.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 30
Não sei como resolver esse problema.
EXERCÍCIOS
1) Na frase: Suponho que nunca teria visto um macaco, a subordinada é:
a) substantiva objetiva direta
b) substantiva completiva nominal
c) substantiva predicativa
d) substantiva apositiva
e) substantiva subjetiva
2) Pode-se dizer que a tarefa crítica é puramente formal. Nesse enunciado, temos uma oração destacada que é:
a) substantiva objetiva direta
b) substantiva predicativa
c) substantiva subjetiva
d) substantiva objetiva predicativa
e) n.d.a
3) Se ele confessou não sei. A oração destacada é:
a) subordinada substantiva objetiva direta
b) subordinada substantiva objetiva indireta
c) subordinada substantiva subjetiva
d) subordinada substantiva predicativa e) n.d.a
4) No período: É sabido que a terra é oblongo-arredondada, temos:
a) oração substantiva objetiva direta e uma principal
b) uma oração substantiva subjetiva e uma principal
c) uma oração substantiva objetiva indireta e uma principal
d) uma oração substantiva predicativa e uma principal
e) n.d.a
5) Marque a opção com os nomes das orações grifadas: Digo que tens receio de que ele morra.
a) subjetiva e objetiva direta
b) objetiva indireta e objetiva direta
c) adjetiva restritiva e adjetiva explicativa
d) objetiva direta e completiva nominal
e) subjetiva e objetiva indireta
6) Aponte a opção com o nome da oração grifada: Cumpre que todos se esforcem.
a) objetiva direta
b) objetiva indireta
c) subjetiva
d) predicativa
e) completiva nominal
7) No período: Tive um movimento espontâneo: atireime em seus braços. A segunda oração é:
a) apositiva
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 31
b) predicativa
c) objetiva direta
d) completiva nominal
e) subjetiva
8) No período: D. Mariquinha mandou o aviso de que já estava na mesa a ceiazinha, a oração grifada é:
a) completiva nominal d) predicativa
b) objetiva indireta e) subjetiva
c) objetiva direta
9) Nos períodos: É bom que você venha; e Não esqueça que sua presença é importante; as orações grifadas são,
respectivamente:
a) predicativa e objetiva direta
b) subjetiva e objetiva direta
c) predicativa e objetiva indireta
d) subjetiva e subjetiva
e) completiva nominal e predicativa
10) Grife e classifique as orações subordinadas substantivas relacionando:
( 1 ) subjetiva
( 2 ) objetiva direta
( 3 ) objetiva indireta
( 4 ) completava nominal
( 5 ) predicativa
( 6 ) apositiva
1. ( ) É preciso que todos esteja atentos.
2. ( ) O governo acha que tudo vai bem.
3. ( ) Conta-se que já vivemos isso antes.
4. ( ) Não sei se ele teria razão.
5. ( ) Seria preciso que novos líderes surgissem.
6. ( ) Parece que ninguém tem a solução.
11) Identifique as orações subordinadas substantivas e coloque:
( a ) objetiva direta
( b ) objetiva indireta
( c ) predicativa
( d ) completiva nominal
( e ) subjetiva
( f ) apositiva
1. ( ) Eu tenho a impressão de que o samba vem aí.
2. ( ) "Até pensei em cantar na televisão."
3. ( ) Ela ignora quanto me custa seu abandono.
4. ( ) Esqueci-me de onde ela veio.
5. ( ) Exigiu que entrássemos na roda.
6. ( ) O psiquiatra diz que uma criança de dez anos sabe mais do que Galileu Galilei.
7. ( ) O senhor acredita que a criança percebe o mundo a sua volta?
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 32
12) Classifique as orações subordinadas substantivas de acordo com o código:
a) subjetiva
b) objetiva direta
c) objetiva indireta
d) predicativa
e) completiva nominal
f) apositiva
1. ( ) A verdade é que a alegria predominou entre os mendigos.
2. ( ) Sou favorável a que se realizem outros concursos.
3. ( ) Convém que se solucione o problema da mendicância.
4. ( ) O mendigo tinha consciência de que quase nada mudaria sua condição.
5. ( ) Não compreendo por que existe tanta miséria.
6. ( ) Só tenho um desejo: que haja uma vida melhor para todos.
7. ( ) A prefeitura não se opõe a que se organizem os mendigos.
8. ( ) Já me convenci de que há solução para a questão social.
RESPOSTAS
1) a 3) a 5) d 7) a 9) b
2) c 4) b 6) c 8) a
10) 1.1 3.1 5.2
2.2 4.2 6.1
11) 1. (d) 3. (a) 5. (a) 7. (a)
2. (b) 4. (b) 6. (a)
12) 1. a 3. a 5. b 7. c
2. e 4. e 6. f 8. c
ORAÇAO SUBORDINADA ADJETIVA
Esse tipo de oração não é introduzida por conjunções, mas por pronomes relativos: que, quanto, qual,
cujo etc. Vejamos os exemplos abaixo:
a) Premiaram os alunos estudiosos. ! estudiosos = adjunto adnominal
b) Premiaram os alunos que estudam. ! que estudam = oração subordinada adjetiva.
Em "a", temos uma única oração: trata-se, portanto, de um período simples, em que o termo em destaque
(um adjetivo) exerce a função sintática de adjunto adnominal.
Já em "b", temos um período composto, formado por duas orações (Premiaram os alunos e que
estudam). Verifique que, nesse caso, a função sintática de adjunto adnominal não é mais exercida por um
adjetivo, mas por uma oração.
A essa oração que exerce a função sintática de adjunto adnominal de um nome da oração principal
damos o nome de:
oração: porque possui um verbo.
subordinada: porque exerce uma função sintática em relação a outra oração, chamada principal.
adjetiva: porque exerce uma função sintática de adjunto adnominal, função própria do adjetivo.
Vamos a alguns exemplos:
CADERNOS DIGITAIS
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Oração principal oração subordinada adjetiva
Não vimos as pessoas
São assuntos
Eram atletas
Feliz o pai
Falaram tudo
que saíram.
aos quais nos dedicamos.
em quem confiávamos.
cujos filhos são ajuizados.
quanto queriam.
As orações subordinadas adjetivas classificam-se em:
a) RESTRITIVAS - São aquelas que delimitam a significação do nome a que se referem, particularizandoa. Na
fala, são entoadas sem pausa, na escrita, significa que não são separadas do termo a que se referem por vírgula.
Batalharam grana e seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram. (Renato Russo).
b) EXPLICATIVAS - Explicam, isto é, realçam a significação do nome a que se referem, acrescentandolhe uma
característica que já lhe é própria. São marcadas na fala por forte pausa, o que, na escrita, significa que serão
separadas por vírgula.
Machado de Assis, que escreveu Dom Casmurro, fundou a Academia Brasileira de Letras.
EXERCÍCIOS
1) Transforme os termos grifados em orações adjetivas:
a) Ela tem um olhar fascinante.
b) Há insetos transmissores de doenças.
c) Aquele vendedor irritante me deixou nervosa.
d) A mãe preocupada saiu à procura da filha.
e) Aquela senhora simpática e alegre mora na casa ao lado.
a) ______________________________________
b) ______________________________________
c) ______________________________________
d) ______________________________________
e) ______________________________________
2) O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom (...). A oração
destacada é:
a) subordinada adjetiva explicativa
b) subordinada substantiva apositiva
c) subordinada substantiva completiva nominal
d) subordinada adjetiva restritiva
e) subordinada substantiva objetiva direta
3) Não compreendíamos a razão por que o ladrão não montava a cavalo. A oração destacada é:
a) subordinada adjetiva restritiva
b) subordinada adjetiva explicativa
c) subordinada adverbial causal
d) subordinada adverbial final
e) subordinada substantiva completiva nominal
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 34
4) Escreva E para as orações adjetivas Explicativas e R para as Restritivas:
1. ( ) A mãe, que era surda, estava na sala com ela.
2. ( ) Ela reparou nas roupas curiosas que as crianças usavam.
3. ( ) Ele próprio desculpou a irritação com que lhe falei.
4. ( ) É preciso gozarmos a vida, que é breve.
5. ( ) Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar.
6. ( ) Esse professor de quem falo era um homem magro e triste.
7. ( ) O instinto moral é a razão em botão, a qual se desenvolve com o tempo, experiência e reflexão.
8. ( ) O velho pajé, para quem são estas dádivas, as recebe com desdém.
9. ( ) Onde está a vela do saveiro que o mar engoliu?
10. ( ) Por que estará de implicância comigo, que nunca lhe pisei nos calos?
5) Distinga pronome relativo de conjunção subordinada integrante:
(1) pronome relativo: oração adjetiva
(2) conjunção integrante: oração substantiva
( ) Este é um mal que tem cura.
( ) Confesso que errei.
( ) Não sabemos o que querem.
( ) Não é justo que o magoes.
RESPOSTAS
1) a) Ela tem um olhar que fascina.
b) Há insetos que transmitem doenças.
c) Aquele vendedor que é irritante me deixou nervosa.
d) A mãe que estava preocupada saiu à procura da filha.
e) Aquela senhora que é simpática e alegre mora na casa ao lado.
2) d - 3) a
4) 1. E 3. R 5. R 7. E 9. R
2. R 4. E 6. R 8. E 10. E
5) (1) (2) (2) (1)
ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL
Observemos os seguintes exemplos:
a) Chegamos cedo. ! cedo = adjunto adverbial.
b) Chegamos quando ainda era cedo. ! quando ainda era cedo = oração subordinada adverbial.
Em "a", temos uma única oração, portanto um período simples, em que o termo destacado, um advérbio,
exerce a função sintática de adjunto adverbial.
Já em "b", temos duas orações (Chegamos e quando ainda era cedo). Trata-se, portanto, de um período
composto. Observe que, nesse exemplo, a função sintática de adjunto adverbial não é mais exercida por um
simples advérbio, mas por uma oração inteira. A essa oração que exerce a função de adjunto adverbial em
relação a uma outra oração, chamada principal, damos o nome de:
oração: porque apresenta verbo.
subordinada: porque exerce uma função sintática em relação a outra oração.
adverbial: porque exerce a função sintática de adjunto adverbial, função própria do advérbio.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 35
Observação: As orações subordinadas adverbiais são introduzidas pelas conjunções subordinativas,
exceto as integrantes, que, como foi visto, introduzem as orações subordinadas substantivas.
As orações subordinadas adverbiais são classificadas, de acordo com a circunstância que expressam,
conforme veremos abaixo.
VALOR LÓGICO DOS NEXOS ORACIONAIS
Conjunções subordinativas
causais - introduzem orações subordinadas que dão idéia de causa: porque, que, pois, visto que, já que,
uma vez que, como (em início de oração), etc.
! Não fui à aula porque choveu.
! Como fiquei doente, não pude ir à aula.
comparativas - introduzem orações subordinativas que dão idéia de comparação: que ou do que (após
mais, menos, maior, menor melhor, pior), como, etc. Minha escola sempre foi melhor que a sua.
! Essa mulher fala como papagaio.
concessivas - iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal, mas
não suficiente para anulá-lo: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais
que, por menor que, por maior que, por pior que, por melhor que, por pouco que, etc.
! Vou ao clube, embora esteja chovendo.
! Por pior que fosse o espetáculo, o público deveria aplaudi-lo.
condicionais - iniciam orações subordinativas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da
oração principal se realize ou não: se, caso, contanto que, salvo se, desde que (com verbo no subjuntivo), a
menos que, a não ser que, etc.
! Se não chover, irei ao clube.
! A menos que aconteça algum imprevisto, estarei aí amanhã.
conformativas - iniciam orações que exprimem acordo, concordância, conformidade de um fato com
outro: conforme, consoante, segundo, como, etc.
! Cada um colhe conforme semeia.
consecutivas - iniciam orações subordinadas que exprimem a conseqüência ou efeito do que se declara
na oração principal: que (após os termos reforçativos tão, tanto, tamanho, tal ou após as expressões adverbiais de
sorte, de modo, de maneira, de forma, com subentendimento do pronome tal), de sorte que, de modo que, de
maneira, de forma que (todas quatro com subentendimento do pronome tal).
! Ela gritou tanto, que ficou rouca.
! Todos chegamos exaustos, de modo que fomos cedo para a cama.
temporais - iniciam orações subordinadas que dão idéia de tempo: quando, logo que, depois que,
antes que, sempre que, desde que, até que, assim que, enquanto que, mal, etc.
! Quando as férias chegarem, viajaremos.
! Saímos assim que começou a chover.
proporcionais - iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância, simultaneidade: à
proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto maior,
quanto melhor, quanto pior.
! Os funcionários recebiam à medida que saíam.
! Quanto mais trabalho, menos recebo.
finais - iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: para que, a fim de que.
! Vimos aqui para que eles ficassem sossegados.
! O professor trabalha a fim de que todos adquiram erudição.
O organograma apresentado a seguir simboliza a hierarquia constante na subordinação das orações em
relação à principal.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 36
EXERCÍCIOS
1) Classifique as orações subordinadas adverbiais grifadas, usando o código:
1. causal 6. consecutiva
2. temporal 7. proporcional
3. condicional 8. comparativa
4. concessiva 9. Conformativa
5. final
a) ( ) Se Roberto quiser, Liliane casará com ele.
b) ( ) Quando o filho de Ataliba foi atropelado, D. Mariquinha quase morreu.
c) ( ) Ananias foi solto porque não havia feito nada de delituoso.
d) ( ) Como estava cansado, Dr. Emanuel foi para casa mais cedo.
e) ( ) Embora Aristides esteia apaixonado por Clotildes, ela não lhe dá confiança.
f) ( ) Jeferson fez tudo conforme havia nos prometido.
g) ( ) Mais longe que a de Jesus, foi a agonia de Maria.
h) ( ) Assim que Arnaldo chegou, rumou-se para casa de Agnaldo.
i) ( ) À medida que íamos andando, aproximávamos da cidade.
j) ( ) Visto que estava cansado, Ari foi descansar.
I) ( ) Conforme havia prometido, ficarei hoje com você, Paula.
m) ( ) Jane insistiu tanto, que ele prometeu fazer o solene pedido.
n) ( ) Antônio estuda para que tenha no futuro uma vida melhor iunto de Ritinha.
o) ( ) Caso chegue à casa de Amaral primeiro, espere os demais colegas.
2) No período: Se ele pudesse, viria., a oração grifada classifica-se como:
a) subordinada adverbial condicional
b) subordinada adverbial temporal
c) subordinada adverbial concessiva
d) subordinada substantiva objetiva direta
e) coordenada sindética explicativa
3) No período "Bentinho estaria metido no seminário, para não mais se encontrar com Capitu”, a oração adverbial
grifada é:
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 37
a) concessiva
b) final
c) comparativa
d) proporcional
e) consecutiva
4) No período: Visto que estivesse cansado, fiquei no escritório até mais tarde. A oração grifada é:
a) principal
b) subordinada adverbial causal
c) subordinada adverbial concessiva
d) subordinada adverbial temporal
e) n.d.a
5) As orações destacadas nos períodos compostos são subordinadas adverbiais. Coloque o número
correspondente à idéia que cada uma delas acrescenta à principal:
(1) tempo
(2) causa
(3) conseqüência
(4) condição
(5) finalidade
(6) proporção
( ) Vim aqui hoje para cumprimentá-lo pelo seu aniversário.
( ) Dei-lhe um sinal para que recolhesse as roupas estendidas.
( ) Se lêssemos os iornais todos os dias, seríamos bem informados.
( ) A vegetação rareava à medida que o trem avançava.
( ) Quando eu nasci, meu irmão tinha três anos.
( ) Visto que o bairro era longe, tomou o ônibus.
( ) Quando o professor viu a limpeza da sala, ficou surpreso.
( ) O povoado cresceu tanto que não o reconhecemos.
( ) Não pude participar do campeonato que fiquei gripado.
( ) Se vocês fizerem barulho, não sairão para o recreio.
6) Todas as orações adverbiais abaixo classificam-se como ______________: EXCETO:
a) Como a mente humana sempre busca proteção, nós criamos os deuses.
b) Como o autor enfatizou, há muitos ídolos que nos controlam.
c) Como a televisão ultrapassa suas funções, ela consegue manter seus assistentes atentos.
d) Como somos muito ligados à vaidade, o consumismo nos controla.
e) Como o automóvel é um ídolo esbelto e lépido, ele atrai crianças, jovens e adultos.
7) Todas as orações subordinadas abaixo são adverbiais, EXCETO:
a) Os operários não previam quando terminariam a construção da arca.
b) Se é a vontade de todos, devemos nos reunir em busca de uma solução.
c) Desenvolveremos um projeto arrojado para concorrer ao prêmio da academia.
d) Ao entardecer, o grupo se reunia defronte à chácara.
e) Como só levava livros em sua maleta, não corria perigo algum.
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 38
RESPOSTAS
1) a) 3 d) 1 g) 8 j) 1 n) 5
b) 2 e) 4 h) 2 I) 9 o) 3
c) 1 f) 9 i) 7 m) 6
2) a
3) b
4) c
5) 5 / 5 / 4 / 6 / 1 / 2 / 1 / 3 / 2 / 4
6) causal / b
7) a
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 39
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
MORFOLOGIA
O estudo das palavras, quanto a sua espécie, quer dizer, a morfologia, leva em conta a natureza de cada
palavra: como se comporta, como se flexiona em gênero, número e grau. Em português, há dez categorias,
espécies de palavras, que chamamos de classe gramatical. Cada classe gramatical possui sua peculiaridade. As
classes são divididas em variáveis e invariáveis. São variáveis: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome,
verbo. As invariáveis são: advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
SUBSTANTIVO
É a palavra que usamos para nomear os seres, os inanimados, os sentimentos, enfim, nomeia todos os
seres em geral. Os substantivos são classificados em:
a) COMUNS E PRÓPRIOS
Comuns são os substantivos que indicam todos os seres da mesma espécie.
Próprios são os substantivos que indicam exclusivamente um elemento da espécie.
Exemplos:
mãe, terra, água, respostas – comuns
João, França, Marta, Rex - próprios
b) CONCRETO E ABSTRATO
Concreto é aquele que se refere ao ser propriamente dito, ou seja, os nomes das pessoas, das ruas, das
cidades, etc.
Abstrato é aquele que se refere a qualidades (bravura, mediocridade); sentimentos (saudades, amor,
ódio); sensações (dor, fome); ações (defesa, resposta); estados (gravidez, maturidade).
Exemplos:
mulher, gato, Paulo – concretos
doença, vida, doçura - abstratos
c) PRIMITIVO E DERIVADO
Primitivo é aquele que dá origem a outras palavras da mesma família.
Derivado é aquele que foi gerado por outra palavra.
Exemplos:
Ferro, Terra, Novo- primitivos
ferreiro, subterrâneo, novidade - derivados
d) SIMPLES E COMPOSTO
Simples é aquele que possui apenas uma forma gráfica.
Composto é aquele que possui mais de uma forma gráfica.
Exemplos:
couve, alto, perna – simples
couve-flor, alto-falante, pernalonga - compostos
e) COLETIVO
Refere-se ao conjunto dos seres.
Exemplos:
bois - manada
ilhas - arquipélago
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 40
PRINCIPAIS COLETIVOS
abelhas ............................................... colméia
assembléia religiosa ........................... sínodo
astros ................................................. constelação
barcos ................................................ arriçada, frota
bois .................................................... armento, armentio
burros ................................................ burrama
cabelos .............................................. madeixa, chumaço
cabras ................................................ fato
cães ................................................... matilha
camelos ............................................. cáfila
caranguejos ....................................... mexoalha
cardeais ............................................. consistório, conclave
cebolas .............................................. réstia
cônegos ............................................. cabido
deputados .......................................... congresso, câmara
dogmas .............................................. doutrina
escritores ........................................... plêiade
espigas .............................................. atilho, ganela
feixes ................................................. farrucho, fascículo
gado .................................................. armentio
hinos ................................................. hinário
imigrantes ..............……………......... leva, colônia
irmãos ..............………………........... irmandade
javalis ..............………………............ encame
ladrões .........………………….......... quadrilha, caterva
leis .........................………………..... código
lobos ..............……………................ alcatéia
mapas ...................…………............ Atlas
montanhas ………………................. serra, cordilheira
ovelhas ..........……………................ chafardel
peixes .................……………........... cardume
porcos ...........…………....................vara
questões ............………………........ questionários
rãs ............……………….................. ranário
sábios ......……………...................... academia
sinos .............……………................. carrilhão
tolices ..............…………….............. acervo
trapos ................………………......... mancalho
tripas ....................………………...... maranho
uvas .....................…………….......... cachos
vacas .................……………............ manada
vadios .........………………................ cambada
Para classificarmos um substantivo devemos levar em conta a totalidade da sua classificação.
Exemplo: CASA: substantivo comum, concreto, primitivo, simples.
FLEXÃO NOMINAL
O substantivo pode flexionar-se em gênero, número e grau.
A flexão em gênero é a mudança de feminino para masculino nas palavras. Essa mudança ocorre pela
desinência de gênero a; por exemplo: gato /gata.
Contudo, há ainda outras formas de flexionarmos em gênero:
a) Terminações em: esa / isa / ina / essa / iz:
maestro - maestrina
ator – atriz
visconde – viscondessa
embaixador – embaixatriz
profeta – profetisa
* EMBAIXADORA é a mulher que exerce a função.
b) Os substantivos terminados em ão podem fazer o feminino em oa / ã / ona:
leão – leoa
cidadão – cidadã
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 41
solteirão - solteirona
Quando os substantivos flexionam-se em gênero, dizemos que são biformes; contudo, há substantivos
que não possuem flexão de gênero, são os substantivos uniformes. Os substantivos uniformes se classificam em:
a) Epicenos - Referem-se a nomes de animais, acrescidos dos termos macho / fêmea ou outros adjetivos que
façam o mesmo efeito.
Exemplos: cobra macho / fêmea
tatu macho / fêmea
b) Sobrecomuns - Referem-se a pessoas; são substantivos que possuem apenas um gênero.
Exemplos: a criança, a testemunha, o bebê.
c) Comum de dois gêneros - Referem-se a pessoas; são substantivos que apresentam uma única forma.
O artigo é que distinguirá o gênero.
Exemplos: o colega l a colega o cliente l a cliente
Alguns substantivos mudam sua significação ao mudarem de gênero; eis alguns mais importantes:
o baliza (soldado) a baliza (marco)
o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo)
o capital (dinheiro) a capital (cidade)
o guia (pessoa) a guia (documento)
o rádio (aparelho) a rádio (estação receptora)
o coral (grupo / cor) a coral (cobra)
o lente (professor) a lente (vidro de aumento)
Alguns outros substantivos flexionados em gênero:
abade – abadessa herói - heroína
ajudante - ajudanta hóspede - hóspeda
alfaiate - modista imperador - imperatriz
aprendiz - aprendiza javali - gironda
bispo - episcopisa ladrão - ladra
capitari - tartaruga leão - leoa
cavalheiro - dama macharão - onça
caxaréu - baleia marechal - marechala
cônego - canonisa mocetão - mocetona
cônsul - consulesa monge - monja
cupim - arará mu - mula
czar - czarina papa - papisa
diácono - diaconisa pardal - pardoca, pardaloca
donzel - donzela peão - peã
elefante - elefoa presidente - presidenta
faisão - faisã réu - ré
gamo - corça senador - senatriz
genro - nora sultão - sultana
gigante - giganta valentão - valentona
guaiamu - pata-choca zangão – abelha
*
senadora é a mulher que exerce a função.
Obs.: Eis alguns substantivos que muitos confundem seu gênero: o telefonema, a personagem, o diabete, o tapa,
o dó (pena), a omoplata, o suéter, o champanha, o lança-perfume, o eclipse.
Os substantivos são flexionados em número: singular e plural. O singular é marcado pela ausência do s
(desinência de número) e o plural, pela presença do s. Existem outras regras que norteiam a flexão de número.
1) O plural dos substantivos terminados em vogal ou ditongo forma-se pelo acréscimo de s ao singular.
Singular I Plural
abacaxi abacaxis
jê jês
álcali álcalis
jiló jilós
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 42
babalaô babalaôs
liceu liceus
boi bois
mão mãos
café cafés
órgão órgãos
degrau degraus
rei reis
grau graus
tiziu tizius
guaraná guaranás
troféu troféus
herói heróis
urubu urubus
Incluem-se nesta regra os substantivos terminados em vogal nasal. Como a nasalidade das vogais e, i, o
e u, em posição final, é representada graficamente por m e não se pode escrever ms, muda-se o m em n. Assim:
virgem faz no plural virgens, pudim faz pudins, tom faz tons, atum faz atuns.
2) Os substantivos terminados em ão formam o plural de três maneiras:
a) a maioria muda o ão em ões.
Singular I Plural
ação ações
ladrão ladrões
botão botões
lição lições
canção canções
procissão procissões
coração corações
reunião reuniões
eleição eleições
talão talões
fração frações
boqueirão boqueirões
Neste grupo se incluem todos os aumentativos:
Singular I Plural
amigalhão amigalhões
moleirão moleirões
bobalhão bobalhões
narigão narigões
casarão casarões
pobretão pobretões
chapelão chapelões
rapagão rapagões
dramalhão dramalhões
sabichão sabichões
espertalhão espertalhões
vagalhão vagalhões
b) um reduzido número muda o final ão em ães:
Singular I Plural
alemão alemães
charlatão charlatães
bastião bastiães
escrivão escrivães
cão cães
guardião guardiães
capelão capelães
pão pães
capitão capitães
sacristão sacristães
catalão catalães
tabelião tabeliães
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 43
c) um número pequeno de oxítonas e todas as paroxítonas simplesmente acrescentam um s à forma singular.
Singular I Plural
cidadão cidadãos
acórdão acórdãos
cortesão cortesãos
bênção bênçãos
cristão cristãos
gólfão gólfãos
desvão desvãos
órfão órfãos
irmão irmãos
órgão órgãos
pagão pagãos
sótão sótãos
Observações:
1ª) Neste grupo incluem-se os monossílabos tônicos chão, grão, mão e vôo, que fazem no plural chãos, grãos,
mãos e vôos.
2ª) Artesão, quando significa "artífice", faz no plural artesãos; no sentido de "adorno arquitetônico", o seu plural
pode ser artesãos ou artesões.
3ª) Para alguns substantivos finalizados em ão, não há ainda uma forma de plural definitivamente fixada, notando-
se, porém, na linguagem corrente, uma preferência sensível pela formação mais comum, em ões.
É o caso dos seguintes:
Singular I Plural
alãos alão - alões – alães
ermitão ermitãos- ermitões - ermitães
alazão alazões – alazães
hortelão hortelãos - hortelões
aldeãos aldeão - aldeões – aldeães
refrão refrões - refrãos
anão anãos – anões
rufião rufiães - rufiões
anciãos ancião – anciões – anciães
sultão sultões – sultãos - sultães
castelão castelãos – castelões
truão truães - truões
corrimão corrimãos – corrimões
verão verões - verãos
deão deães – deões
vilão vilãos - vilões
Observações:
1ª) Corrimão, como composto de mão, deveria apresentar apenas o plural corrimãos; a existência de corrimões
explica-se pelo esquecimento da formação original da palavra.
2ª) A lista destes plurais vacilantes poderia ser acrescida com formas como charlatões, cortesões, guardiões e
sacristãos, que coexistem com charlatães, cortesãos, guardiães e sacristães, as preferidas na língua culta.
3ª) Os substantivos terminados em r, z e n formam o plural pelo acréscimo de es ao singular.
Singular I Plural
abdômen abdômenes
feitor feitores
açúcar açúcares
líquen líquenes
cânon cânones
matiz matizes
cartaz cartazes
mulher mulheres
cruz cruzes
pilar pilares
dólmen dólmenes
vez vezes
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 44
Caráter faz no plural caracteres, com deslocamento do acento tônico e com permanência do c que
possuía de origem.
Também com deslocamento do acento é o plural dos substantivos espécimen, Júpiter e Lúcifer:
especímenes, Jupíteres e Lucíferes.
4) Os substantivos terminados em s, quando oxítonos, formam o plural acrescentando também es ao singular,
quando paroxítonos, são invariáveis:
Singular I Plural
o ananás os ananases
o atlas os atlas
o inglês os inglêses
o pires os pires
o revés os revóses
o lápis os lápis
o país os países
o oásis os oásis
o obus os obuses
o ônibus os ônibus
Observações:
1ª) O monossílabo cais é invariável. Cós é geralmente invariável, mas documenta-se também o plural coses.
2ª) Como os paroxítonos terminados em s, os poucos substantivos existentes finalizados em x, são invariáveis: o
tórax - os tórax, o ônix - os ônis.
5) Os substantivos terminados em al, el, ol e ul substituem no plural o I por is:
Singular I Plural
tribunal tribunais
pastel pasteis
nível níveis
anzol anzóis
álcool álcoois
paul pauis
Observação: Excetuam-se as palavras mal, real (moeda antiga), cônsul e seus derivados, que fazem, respectiva-
mente, males, réis, cônsules e por este, procônsules, vice-cônsules.
6) Os substantivos oxítonos terminados em il mudam o l em s:
Singular I Plural
barril barris
funil funis
7) Os substantivos paroxítonos terminados em il substituem essa terminação por eis:
Singular I Plural
fóssil fósseis
réptil répteis
Observação:
1
a
) A palavra projétil possui uma escrita variante: projetil; conseqüentemente, o plural poderá ser feito em projéteis
ou projetis.
2
a
) A palavra réptil pode ser escrita reptil, tendo o plural em reptis.
Para os substantivos compostos, há regras específicas:
1) As duas palavras irão para o plural quando:
a) Houver substantivo + substantivo
! tenente-coronel - tenentes-coronéis ; couve-flor - couves-flores
b) Houver substantivo + adjetivo
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 45
! amor-perfeito - amores-perfeitos ; obra-prima - obras-primas
c) Houver adjetivo + substantivo
! gentil-homem - gentis-homens ; boa-vida - boas-vidas
d) Houver numeral + substantivo
! primeira-fila - primeiras-filas segunda-feira - segundas-feiras
2) Somente a primeira palavra irá para o plural quando:
a) as duas palavras forem ligadas por preposição.
! leão-de-chácara - leões-de-chácara ; pé-de-moleque - pés-de-moleque
b) A segunda palavra limitar ou especificar a primeira, como se fosse um adjetivo.
! pombo-correio - pombos-correio ; navio-escola - navios-escola
3) Somente a segunda palavra irá para o plural quando:
a) As palavras forem ligadas sem o hífen
! passatempo - passatempos ; girassol - girassóis
b) Houver verbo + substantivo
! beija-flor - beija-flores ; quebra-mar - quebra-mares
c) Houver duas palavras repetidas
! reco-reco - reco-recos ; tico-tico - tico-ticos
d) A primeira palavra for invariável
! sempre-viva - sempre-vivas ; ex-aluno - ex-alunos
4) As duas palavras ficarão invariáveis quando:
a) Houver um verbo + advérbio
! o bota-fora - os bota-fora
b) Houver verbo + substantivo no plural
! o saca-rolhas - os saca-rolhas
O substantivo também flexiona-se em grau. Grau é a capacidade que o substantivo possui para indicar
palavras aumentativas, diminutivas e normais. Por exemplo: Rapaz está no grau normal; para indicarmos o
aumentativo, dizemos Rapagão; para indicarmos o diminutivo, dizemos Rapazinho.
O aumentativo e o diminutivo são feitos acrescentando-se sufixos ou através de certas expressões, tais
como: grande, pequeno, etc.
Quando fazemos o aumentativo / diminutivo com o auxílio dos sufixos, dizemos que é sintético; quando
fazemos com os adjetivos, dizemos que é analítico. Exemplos:
! A casa grande foi vendida. (aumentativo analítico)
! A casa pequena foi vendida. (diminutivo analítico)
! O casarão foi vendido. (aumentativo sintético)
! A casinha foi vendida. (diminutivo sintético)
Principais sufixos formadores do grau aumentativo sintético
- aça: barcaça, carcaça, mulheraça
- aço: calhamaço; animalaço
- alha: muralha; fornalha
- ão: homenzarrão; mocetão; rapagão; capeirão
- arra: bocarra; naviarra
- ázio: copázio; tirázio; balázio
- ona: solteirona; mulherona; mocetona; vacona
- orra: cabeçorra; sapatorra; beiçorra; manzorra
- uça: dentuça
- aréu: fogaréu; povaréu; folharéu
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 46
Principais sufixos formadores do grau diminutivo sintético
- acho: riacho; penacho; fogacho; rabicho
- ebre: casebre
- eco: livreco; boteco; jornaleco; baileco
- ejo: vilarejo; lugarejo; animalejo
- elho: rapazelho; antiguelho
- eto, eta: livreto; folheto; poemeto; maleta; saleta; Julieta; papeleta
- ico, ica: namorico; burrico; abanico
- im: espadim; flautim; selim; tamborim; fortim; espadachim
- inho, inha: livrinho; globulinho; cintinho; irmãozinho; partinha
- ola, olo: bandeirola; nucléolo; sacola; casinhola
- ito, ita: cabrito; mosquito; senhorita; Anita
Diminutivo Analítico:
! A criança habitava a pequena aldeia indígena.
! Pegaram as pequenas pedras do caminho.
Diminutivo Sintético:
! A criança habitava a aldeota indígena.
! Pegaram os pedriscos do caminho.
ALGUNS SUBSTANTIVOS CURIOSOS ...
casa - diminutivo - casucha
cavalo - diminutivo - cavalicoque
gema - diminutivo - gêmula
igreja - diminutivo - igrejola
questão - diminutivo - questiúncula
ramo - diminutivo - ramúsculo
rei - diminutivo - régulo
saco - diminutivo - saquitel
face - aumentativo - façoila
ladrão - aumentativo - ladravaz ou ladroaço
lobo - aumentativo - lobaz
poeta - aumentativo - poetastro
tiro - aumentativo - tirázio
EXERCÍCIOS
1) Dê o plural de:
a) cirurgião-dentista !
b) livre-pensador !
c) porta-retrato !
d) água-marinha !
e) grão-duque !
f) abaixo-assinado !
g) quinta-feira !
h) abelha-mestra !
i) alto-falante !
2) A palavra pavão forma o plural da mesma maneira que a palavra:
a) alemão d) procissão
b) cristão e) capelão
c) pagão
3) A alternativa em que todas as palavras têm o o aberto no plural é:
a) subornos, gostos e adornos
b) porcos, poros e esforços
c) miolos, acórdãos e ferrolhos
d) impostos, engodos e encostos
e) reforços, piolhos e esposos
4) Os .......................... e os ....................... são verdadeiras ..................................... da natureza.
a) amor-perfeitos / beija-flores / obras-primas
b) amores-perfeitos / beijas-flores / obra-primas
CADERNOS DIGITAIS
SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 47
c) amores-perfeitos / beija-flores / obras-prima
d) amores-perfeitos / beija-flores / obras-primas
e) amor-perfeito / beija-flores / obra-primas
5) O plural de vice-presidente e tenente-coronel é:
a) vice-presidentes / tenente-coronéis
b) vices-presidentes / tenente-coronéis
c) vices-presidente / tenentes-coronel
d) vices-presidentes / tenentes-coronéis
e) vice-presidentes / tenentes-coronéis
6) Passando os substantivos em destaque na frase: "O indiozinho queria comprar botão e papel." para o
diminutivo plural, tem-se como resultado:
a) botãozinhos e papelzinhos
b) botõesinhos e papelzinhos
c) botãozinhos e papeizinhos
d) botõezinhos e papeizinhos
e) botõezinhos e papelzinhos
RESPOSTAS:
1) a) cirurgiões-dentistas ou cirurgiães-dentistas;
b) livres-pensadores;
c) porta-retratos;
d) águas-marinhas;
e) grão-duques;
f) abaixo-assinados;
g) quintas-feiras;
h) abelhas-mestras;
i) alto-falantes;
2) d - 4) d - 6) d
3) b - 5) e
ADJETIVO
(MORFOSSINTAXE - FLEXÃO NOMINAL)
Adjetivo é a palavra que qualifica o substantivo, indicando-lhe qualidade, característica ou origem.
O aluno moreno é brasileiro e muito inteligente.
1. CLASSIFICAÇÃO SEMÂNTICA
1. Restritivo
Não pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie.
! Aluno inteligente. Mulher sincera. Homem fiel. Cidade limpa.
2. Explicativo (sem restrição)
Pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie.
! Homem mortal. Água mole. Pedra dura. Animal irracional.
3. Uniforme (sem flexão de gênero)
! Aluno(a) gentil, inteligente e fiel.
4. Biforme (com flexão de gênero)
! Aluno(a) bonito(a), dedicado(a) e sincero(a).
2. CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL
1. Simples (um só radical): lindo, elegante, bom, verde, claro.
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SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 48
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  • 1. SÉRIE CONCURSO LÍNGUA PORTUGUESA INFORMÁTICA ÉTICA DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO ADMINISTRATIVO CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Agência Nacional de Telecomunicações NÍVEL MÉDIO TÉCNICO EM REGULAÇÃO
  • 2.
  • 3. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução, distribuição e comercialização total ou parcial, por qualquer meio ou processo sem a expressa autorização da Editora e da Distribuidora. A violação dos direitos autorais é punível como crime (arts. 184 á 186 e parágrafos, do Código Penal Brasileiro), com pena de prisão e multa, conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais). DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA: INSTITUTO PERSONA GRATA – BRUDDER LATIN AMERICA LTDA CAIXA POSTAL Nº 4834 CEP 82960-980 – Curitiba – Paraná – Brasil Fone: +55 (41) 3261.3176 Essa obra foi desenvolvida para o Projeto Biblos baseado nos princípios do Millenium Project da ONU e no Programa Biblioteca sem Fronteiras da ONG Conhecimento sem Fronteiras, para atendimento de Projetos de Inclusão Social e os recursos obtidos pela sua comercialização destinam-se á manutenção e expansão desses Projetos Sociais. SE ESSE MATERIAL FOI OBTIDO POR OUTRA FONTE DENUNCIE: Fone: +55 (41) 3261.3176 Ramal 15 – E-Mail: personagrata@widesoft.com.br Publisher APOSTILA ANATEL: Nível Médio – Técnico. Curitiba: Editora Sem Fronteiras, 2006. Coleção Cadernos Digitais. Série Concurso. 595 p. ISSN 1245-1001 (9111) 1. Apostila – Concurso – Anatel – Médio. 2. Cadernos Digitais – Série. I. Título. CDD 341.3513 Ficha Catalográfica
  • 4. FASCÍCULO PÁGINA LÍNGUA PORTUGUESA 05 INFORMÁTICA 121 ÉTICA 165 DIREITO CONSTITUCIONAL 220 DIREITO ADMINISTRATIVO 342 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 454 Sumário
  • 5. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO FASCÍCULO LÍNGUA PORTUGUESA CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 5
  • 6. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 6
  • 7. LÍNGUA PORTUGUESA COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E REESCRITURA DE TEXTOS Compreender um fato é analisá-lo com todos os detalhes, com todas as conseqüências relacionadas a esse fato, por exemplo quando ouvimos dizer que mais algumas pessoas foram dispensadas do emprego, temos que compreender este fato, analisá-lo levando em conta a situação econômica do país como um todo e não apenas olhar a situação daquela empresa que dispensou os funcionários. compreenderemos, assim, as razões que levaram mais uma empresa a demitir, analisaremos mais a fundo a questão para não ficarmos só com aquela impressão de que “mandou embora porque é mau, pois há outras razões que, às vezes, não aparecem. Interpretar significa comentar, explicar algo. Podemos dizer que interpretar um fato é dar a ele um valor, uma importância pessoal. Para mim, o fato do Flamengo estar fazendo uma campanha desastrosa é muito triste, para outro torcedor, do Palmeiras, isto pode ser uma alegria! Mas, o que tem isso a ver com compreensão e interpretação de textos? Compreendemos um texto, quando o analisamos por inteiro, quando o vemos por completo. Interpretamos um texto, quando damos a ele um valor pessoal, um valor nosso. Por exemplo, um fato ocorre numa rua, muitas pessoas presenciam-no, se o repórter entrevistar cada uma das pessoas que viu o fato, terá histórias diferentes e todas verdadeiras, todas com um valor pessoal diferente. Mas, como, então faremos a compreensão e a interpretação do texto, se cada pessoa possui uma maneira pessoal de entender e interpretar os fatos? A resposta não é simples. Apesar do texto possibilitar as variadas interpretações, ele possui uma estrutura interna, um jeito próprio de ser que garante uma idéia principal, a do autor, quando escreveu o texto. O autor pensa em algo quando escreve o texto, nós, quando lemos o texto, podemos dar a ele nosso valor, nossa interpretação pessoal ao texto, mas mesmo assim, ele ainda possuirá uma idéia básica, cabe a nós também acharmos essa idéia. Nas provas, é essa idéia que precisamos encontrar ao lermos o texto e ao responder as questões de interpretação. O primeiro passo para interpretar um texto, depois de lê-lo, é identificar qual o tipo de texto que lemos. Há três tipos de texto básicos: a) Descrição b) Narração c) Dissertação NARRAÇÃO: um texto é narrativo, quando ele conta um fato seja ele verdadeiro ou não (real ou ficcional). DESCRIÇÃO: um texto é uma descrição, quando caracteriza, fotografa, conta os detalhes de alguém, de uma paisagem, de um animal, de um sentimento, etc. DISSERTAÇÃO: um texto é uma dissertação, quando discute uma idéia, defende uma proposta. Cada tipo de texto possui uma maneira específica de ser escrito, importante dizer que na NARRAÇÃO, aparece o texto descritivo; nas provas não aparece o texto descritivo sozinho, ele sempre vem incluído na história. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 7
  • 8. ELEMENTOS BÁSICOS DA ESTRUTURA DO TEXTO NARRATIVO NARRADOR: é aquele que conta a história para nós (que quando lemos somos leitores). PERSONAGEM: é aquele ou aquela que vive a história; personagem pode ser pessoa, animal, objeto, etc. Há a personagem protagonista, que é sempre do lado do bem; há a personagem antagonista que é sempre personagem do mal. ESPAÇO: o local onde acontece a história, pode ser um local que existe (real) ou não (ficcional). TEMPO: quando aconteceu a história, no passado, no presente ou no futuro. O FATO: é o motivo que deu origem à história; a história toda começou, por causa do fato. Vamos agora dar alguns exemplos de interpretacão de texto. ALGUNS ELEMENTOS BÁSICOS DA DISSERTAÇÃO INTRODUÇÃO: nela apresentamos nossa proposta (tese), a idéia que queremos defender. DESENVOLVIMENTO: nele apresentamos nossas provas, para defendermos nossas idéias, apresentamos exemplos, números, tudo que possa contribuir para defender nossa idéia. CONCLUSÃO: aqui daremos um fecho para nossa idéia, diremos se é para agora, se nunca poderá ser feita, apesar de ser uma boa idéia, etc. Texto 1 O CARACOL E A PITANGA MilIor Fernandes Há dois dias o caracol galgava lentamente o tronco da pitangueira, subindo e parando, parando e subindo. Quarenta e oito horas de esforço tranqüilo, de caminhar quase filosófico. De repente, enquanto ele fazia mais um movimento para avançar, desceu pelo tronco, apressadamente, no seu passo fustigado e ágil, uma formiga-maluca, dessas que vão e vêm mais rápidas que coelho de desenho animado. Parou um instantinho, olhou zombeteira o caracol e disse: “Volta, volta, velho! Que é que você vai fazer lá em cima? não é tempo de pitanga.” “Vou indo, vou indo.” - respondeu calmamente o caracol. — “Quando chegar lá em cima vai ser tempo de pitanga.” (Texto retirado do livro Fábulas Fabulosas - Editora Nórdica Ltda.) 1) Quem são os personagens dessa história? ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ 2) Diga quem é o protagonista e o antagonista. ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 8
  • 9. 3) A formiga-maluca é descrita de que maneira? ................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................ 4) O caracol é descrito de que maneira? ................................................................................................................................................ .................................................................................................................. 5) A formiga, quando mandou o caracol voltar, teve qual intenção? a) ser amável e fazer um favor ao caracol b) ser sincera, apesar de ser maluca. c) ser irônica, ridicularizando a lerdeza do caracol. d) ser a primeira a chegar lá em baixo. e) n.d.a. 6) Qual é o provérbio que melhor resume a história? a) Segues a formiga se quiseres viver sem fadiga, b) Com bom sol se estende o caracol. c) A fruta proibida é a mais gostosa. d) Caminho começado é meio caminho andado. e) n.d.a. Texto 2 CLARISSA Clarissa desperta alegre e escreve em seu diário: “Hoje é sábado de Aleluia. Vou ao baile do Recreio com Lia e Léa. Sei que vou encontrar lá as mesmas pessoas de sempre, que a orquestra vai tocar as mesmas músicas e que o Dr. Penteado vai me dizer as mesmas frases. Não faz mal. Ao menos a gente se diverte um tiquinho. Eu já ando muito triste com essas coisas que acontecem aqui em casa. Só se fala em dinheiro, negócios e coisas tristes. Todo mundo anda com cara de condenado. Se continua nessa vida, acabo ficando velha depressa. Assim como a tia Zezé. Um dia desses, estive reparando bem na carinha dela. Está toda enrugada, parece um mapa hidrográfico que temos lá no colégio. Coitadinha! — Não pode durar muito. Que Deus a conserve com saúde! Se ela morresse, então vinha mais tristeza e tudo ficava pior. Já estou me desviando do assunto. Pois tia Zezé foi moça e bonita. (Dizem, está claro que não vi). Um dia mamãe me mostrou um jornal do tempo antigo, todo amarelado e roído de traça. Trazia uma noticia que falava na prendada Srta. Maria José de Albuquerque, uma das flores mais lindas que enfeitam os jardins de Jacareacanga. Os moços andavam ao redor dela. Houve um que lhe dedicou um livro de sonetos. Quando mamãe me contou isso, fiz força para não rir na cara dela, porque tive a impressão perfeita de que os sonetos de amor eram para esta tia Zezé e não para a tia Zezé jovem do século passado. Fiquei pensando muito na velhice. Parece mentira que uma moça pode ser bonita, viva, inspirar versos a poetas, ter apaixonados e depois o tempo passa e essa moça vai ficando mais velha, mais velha, até virar passa de figo: enrugada, encurvada, de cabelos brancos, sem dentes (que horror! sem dentes!). A vida é muito engraçada. Não, a vida é muito triste. Haverá coisa mais terrível do que a gente ser velha e lembrar de que foi moça. Ser velha e ir olhar num CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 9
  • 10. espelho e ver dentro dele uma cara que é quase uma caveira? E quando vem a caduquice? A gente anda resmungando pelos cantos, mascando fumo e se portando como criança de três anos. Só de escrever isso, já me sinto velha. Eu estou vendo a minha cara ali no espelho. Graças a Deus ainda tenho dezesseis anos. Hoje o dia está muito alegre. Os passarinhos cantam na paineira. E sábado de Aleluia e Jesus Cristo já ressuscitou. Não é pecado estar alegre e cantar. Ainda não fui tomar café e são nove horas. Tenho medo de descer, dar com a cara triste de papai e ficar triste também. Não! Preciso ir ao baile, dançar um pouco e continuar alegre. Amanhã a gente vira passa de figo. Vamos aproveitar a vida. 1) O texto lido é: a)narrativo b)descritivo c)dissertativo d)um diálogo e)n.d.a. 2) O texto lido faz parte de um diário. Diário é: a) um livro de cabeceira. b) um caderno onde são registrados assuntos sobre dinheiro e negócios. c) um caderno ou álbum onde se registram fatos cotidianos da vida de uma pessoa. d) um caderno onde se registram poemas dedicados pessoa. e) n.d.a. 3) Na opinião de Clarissa, o baile daquele dia seria: a) muito animado. b) muito diferente dos outros. c) muito monótono. d) um pouco diferente dos outros. e) n.d.a. 4) Os acontecimentos domésticos: a) deixavam Clarissa muito alegre. b) faziam Clarissa se sentir velha. c) davam a Clarissa um ar de condenada. d) deixavam Clarissa muito triste. e) n.d.a. 5) Clarissa sentia: a) que seu assunto tinha continuidade. b) muita felicidade, pois sua família era alegre. c) que a morte seria o melhor remédio para a tia Zezé. d) muita pena da tia Zezé, pois ela estava muito velha. e) n.d.a. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 10
  • 11. 6) O jornal visto por Clarissa: a) trazia noticias sobre todos os assuntos da cidade. b) enaltecia as flores e os jardins da cidade. c) pertencia a velhos tempos, amarelecido e roído pelas traças. d) falava sobre as prendas da Srta. Maria José de Albuquerque. f) n.d.a. 7) Clarissa riu porque: a) teve a impressão de que os sonetos eram de amor. b) teve a impressão de que os sonetos eram para a tia Zezé velha e não para a tia Zezé moça. c) um moço lhe ofereceu um livro de sonetos. d) os moços tentavam conquistar a tia Zezé. e) n.d.a. 8) Segundo o texto, uma moça bonita pode: a) ficar toda velha com o passar do tempo. b) ficar de cabelos brancos, sem dentes e virar passa de figo. c) ser igual à própria vida. d) ser linda, inspiradora de poetas, viva, ter apaixonados, ficar velha, feia e desdentada. e) n.d.a. 9) Para Clarissa, a vida é: a) muito engraçada e não muito triste. b) não muito engraçada e sim muito triste. c) muito engraçada e muito triste ao mesmo tempo. d) uma coisa terrível, com lembranças da mocidade. e) n.d.a. 10) Ser velha, para Clarissa é: a) olhar-se no espelho e ver caveiras. b) olhar-se no espelho e ver dentro dele a caduquice chegando c) olhar-se no espelho e ver uma velha caveira. d) olhar-se no espelho e enxergar uma quase caveira. e) n.d.a. 11) Clarissa se sentia velha em: a) escrever fatos sobre a velhice. b) pensar em andar mascando fumo, resmungando e se portando como criança de três anos. c) em ver seu rosto no espelho. d) enxergar no espelho um rosto que era quase uma caveira. e) n.d.a. Texto 3 Não é nada fácil para a mãe que trabalha fora ouvir, na hora de sair, o filho chorar e pedir para que não vá trabalhar. É um momento doloroso e traumático para a criança, que ocorre tão logo ela comece a ter noção da mãe como indivíduo. Se for bem trabalhado, este sentimento de culpa e perda que mãe e filho sentem tende a desaparecer com o tempo. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 11
  • 12. Hoje em dia, trabalhar fora não é só uma opção, mas também uma necessidade na vida da mulher moderna, que ajuda no orçamento familiar e busca sua realização na sociedade. É importante que ela entenda seus papéis e seus limites no mundo moderno. Isso a ajuda a se relacionar com seu filho sem culpa, o que é fundamental para a criança. A presença da mãe é essencial para o bem-estar da criança e a separação momentânea é sentida como uma perda pelo pequeno. O trabalho é o grande vilão para ele, pois limita o tempo disponível da mãe e muitas vezes afeta a qualidade das horas passadas com a criança. É comum a mulher chegar cansada e preocupada ao fim de um dia de trabalho. Mas a maneira como vai lidar com esta situação e os sentimentos envolvidos é que vai definir a reação do filho e adaptá-los melhor à realidade, inclusive tornando mais fácil para ele aceitar a pessoa com quem vai ficar em casa ou a tia do colégio. Revista “Pais e Filhos” 1) Este é um texto: a) Narrativo b) Descritivo c) Dissertativo d) Narrativo-descritivo e) n.d.a. 2) O tema / o assunto do texto é: a) O problema da mulher que trabalha fora, tendo filho /filhos. b) O problema da mulher que não tem filho. c) O problema da mulher desempregada. d) O problema da mãe solteira. e) n.d.a. 3) Por que para o autor trabalhar fora não é só uma opção? a) Porque a mulher não quer mais ficar em casa. b) Porque a mulher ajuda no orçamento e no sustento da casa. c) Porque a mulher quer sair para ter mais amigos e amigas. d) Porque o homem não gosta de mulher que só fica em casa. e) n.d.a. 4) Por que o trabalho é visto como o grande vilão pelo filho? a) Porque trabalhar é ruim. b) Porque trabalhar faz com que a mãe chegue cansada. o) Porque ele limita o tempo disponível da mãe. d) Porque o filho fica com ciúmes. e) n.d.a. 5) Qual a solução que o autor apresenta para o problema da mãe trabalhar fora? a) Não trabalhar. b) Trabalhar em casa, fazendo doces e salgados. o) Não ter filhos. d) Ter duas empregadas. e) n.d.a. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 12
  • 13. Respostas Texto 1 – 1) O caracol e a formiga-maluca 2) Protagonista: caracol Antagonista: formiga-maluca 3) Ágil, rápida e zombeteira 4) Tranqüilo, sábio e velho 5) c Texto 2 – 1) a 4) d 7) b 10) d 2) c 5) d 8) d 11) a 3) c 6) c 9) b Texto 3 – 1) c 2) a 3) b 4) c 5) e Obs.: Não se esqueça de que as suas respostas devem ser retiradas do texto, daquilo quem está escrito no texto. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 13
  • 14. REESCRITURA DE TEXTOS, INCLUINDO DOMÍNIO DAS RELAÇÕES MORFOSSINTÁTICAS, SEMÂNTICAS E DISCURSIVAS. Para se entender melhor o domínio das relações, é preciso distinguir a língua em duas situações: a de pensamento e a de comunicação, salientando que qualquer atividade Iingüística está impregnada na visão do mundo que os usuários tem. Existem dois momentos na gramática portuguesa: a gramática da palavra e a gramática da frase. A gramática das palavras se divide em dez classes, a gramática da frase tem relações com critérios ora morfossintáticos, dividindo a oração em termos essenciais e acessórios; ora sintáticos, tratando da transitividade direta e/ou indireta, considerando a unidade lingüística da frase um pouco mais complexa que a da palavra. A relação entre a Morfologia e a Sintaxe denomina-se Morfossintaxe, cabe a ela a análise dos elementos formadores de palavras e das frases e das regras a que obedecem quando se relacionam. Veja, abaixo, a reunião dessas duas análises na oração: Elas são tão lindas. Morfologia Sintaxe Análise morfológica (classes gramaticais) Análise sintática (função das palavras) Elas - pronome pessoal são - verbo tão - advérbio lindas - adjetivo Elas - sujeito são tão lindas - predicado tão - adjunto adverbial lindas - predicativo do sujeito (Análise Sintática) oração sujeito predicado núcleo v. de ligação adjunto adverbial pred. do sujeito Elas são tão lindas. pronome verbo advérbio adjetivo (Análise Morfológica) Através da semântica, estudamos as mudanças de significado sofridas pelas formas lingüísticas através do tempo e do espaço. As relações de significado entre as palavras constituem um poderoso instrumento de organização dos textos. As palavras de significados opostos como “amor / ódio” ou “vida / morte” são chamadas de antônimos; as palavras de significados próximos como “gostoso / saboroso” ou “agradável / aprazível” são chamadas de sinônimas. Todo texto, oral ou escrito, é produzido num determinado contexto que envolve aspectos como quem está falando, com quem, por que, dando o sentido global do texto. E através desse conjunto de fatores que formam a situação, a qual chamamos contexto discursivo. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 14
  • 15. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 15
  • 16. TIPOLOGIA TEXTUAL NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO NARRAÇÃO: Desenvolvimento de ações. Tempo em andamento. DESCRIÇÃO: Retrato através de palavras. Tempo estático. DISSERTAÇÃO: Desenvolvimento de idéias. Temporais/Atemporais. Texto Em um cinema, um fugitivo corre desabaladamente por uma floresta fechada, fazendo zigue-zagues. Aqui tropeça em uma raiz e cai, ali se desvia de um espinheiro, lá transpõe um paredão de pedras ciclópicas, em seguida atravessa uma correnteza a fortes braçadas, mais adiante pula um regato e agora passa, em carreira vertiginosa, por pequena aldeia, onde pessoas se encontram em atividades rotineiras. Neste momento, o operador pára as máquinas e tem-se na tela o seguinte quadro: um homem (o fugitivo), com ambos os pés no ar, as pernas abertas em larguíssima passada como quem corre, um menino com um cachorro nos braços estendidos, o rosto contorcido pelo pranto, como quem oferece o animalzinho a uma senhora de olhar severo que aponta uma flecha para algum ponto fora do enquadramento da tela; um rapaz troncudo puxa, por uma corda, uma égua que se faz acompanhar de um potrinho tão inseguro quanto desajeitado; um pajé velho, acocorado perto de uma choça, tira baforadas de um longo e primitivo cachimbo; uma velha gorda e suja dorme em uma já bastante desfiada rede de embira fina, pendurada entre uma árvore seca, de galhos grossos e retorcidos e uma cabana recém-construída, limpa, alta, de palhas de buriti muito bem amarradas... Antes de exercitar com o texto, pense no seguinte: Narrar é contar uma história. A Narração é uma seqüência de ações que se desenrolam na linha do tempo, umas após outras. Toda ação pressupõe a existência de um personagem ou actante que a prática em determinado mo- mento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de que um emissor ou narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ação, espaço e tempo em desenvolvimento. Os outros dois componentes da narrativa são: narrador e enredo ou trama. Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por não se preocupar com a seqüência das ações, com a sucessão dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrição encara um ou vários objetos, um ou vários personagens, uma ou várias ações, em um determinado momento, em um mesmo instante e em uma mesma fração da linha cronológica. É a foto de um instante. A descrição pode ser estática ou dinâmica. • A descrição estática não envolve ação. Exemplos: "Uma velha gorda e suja." "Árvore seca de galhos grossos e retorcidos." • A descrição dinâmica apresenta um conjunto de ações concomitantes, isto é, um conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo tempo, como em uma fotografia. No texto, a partir do momento em que o operador pára as máquinas projetoras, todas as ações que se vêem na tela estão ocorrendo simultaneamente, ou seja, estão compondo uma descrição dinâmica. Descrição porque todas as ações acontecem ao mesmo tempo, dinâmica porque inclui ações. Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de idéias, de juízos, de pensamentos. Exemplos: "As circunstâncias externas determinam rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o homem..." "Nem a vontade, nem a razão podem agir independentemente de seu condicionamento passado." Nesses exemplos, tomados do historiador norte-americano Carlton Hayes, nota-se bem que o emissor não está tentando fazer um retrato (descrição); também não procura contar uma história (narração); sua preocupação se firma em desenvolver um raciocínio, elaborar um pensamento, dissertar. Quase sempre os textos, quer literários, quer científicos, não se limitam a ser puramente descritivos, narrativos ou dissertativos. Normalmente um texto é um complexo, uma composição, uma redação, onde se CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 16
  • 17. misturam aspectos descritivos com momentos narrativos e dissertativos e, para classificá-lo como narração, descrição ou dissertação, procure observar qual o componente predominante. Exercícios de fixação Classifique os exercícios a seguir como predominantemente narrativos, descritivos ou dissertativos. I. Macunaíma em São Paulo Quando chegaram em São Paulo, ensacou um pouco do tesouro para comerem e barganhando o resto na bolsa apurou perto de oitenta contos de réis. Maanape era feiticeiro. Oitenta contos não valia muito mas o herói refletiu bem e falou pros manos: - Paciência. A gente se arruma com isso mesmo, quem quer cavalo sem tacha anda de a-pé... Com esses cobres é que Macunaíma viveu. (ANDRADE, Mário de. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. 15ª ed., São Paulo, Martins, 1968. p. 50.) II. Subúrbio O subúrbio de S. Geraldo, no ano de 192..., já misturava ao cheiro de estrebaria algum progresso. Quanto mais fábricas se abriam nos arredores, mais o subúrbio se erguia em vida própria sem que os habitantes pudessem dizer que a transformação os atingia. Os movimentos já se haviam congestionado e não se poderia atravessar uma rua sem deixar-se de uma carroça que os cavalos vagarosos puxavam, enquanto um automóvel impaciente buzinava lançando fumaça. Mesmo os crepúsculos eram agora enfumaçados e sanguinolentos. De manhã, entre os caminhões que pediam passagem para a nova usina, transportando madeira e ferro, as cestas de peixe se espalhavam pela calçada, vindas através da noite de centros maiores. (LISPECTOR, Clarice. A cidade sitiada. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1982. p. 13.) III. São Paulo Que aconteceria, entretanto, se se conseguisse dar de repente a todos esses párias uma moradia condigna, uma vida segundo padrões civilizados, à altura do que se ostenta nas grandes avenidas do centro, com seu trânsito intenso, suas lojas de Primeiro Mundo e seus yuppies* esbaforidos na tarefa de ganhar dinheiro? Aí está outro aspecto da tragédia, também lembrado por Severo Gomes. Explica-se: São Paulo é o maior foco de migrações internas, sobretudo do Nordeste; no dia em que as chagas da miséria desaparecessem e a dignidade da existência humana fosse restaurada em sua plenitude, seriam atraídas novas ondas migratórias, com maior força imantadora. Assim, surgiriam logo, num círculo vicioso, outros focos de miséria. (CASTRO, Moacir Werneck de. Alarma em São Paulo. Jornal do Brasil, 9 mar. 1991.) IV. A Declaração Universal dos Direitos . Humanos, aprovada em 1948 pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, manteve-se silente em relação aos direitos econômicos, sociais e culturais, o que era compreensível pelo momento histórico de afirmação plena dos direitos individuais. V. "Depois do almoço, Leôncio montou a cavalo, percorreu as roças e cafezais, coisa que bem raras vezes fazia, e ao descambar do Sol voltou para casa, jantou com o maior sossego e apetite, e depois foi para o salão, onde, repoltreando-se em macio e fresco sofá, pôs-se a fumar tranqüilamente o seu havana." VI. "Os encantos da gentil cantora eram ainda realçados pela singeleza, e diremos quase pobreza do modesto trajar. Um vestido de chita ordinária azulclara desenhava-lhe perfeitamente com encantadora simplicidade o porte esbelto e a cintura delicada, e desdobrando-se-lhe em rodas amplas ondulações parecia uma nuvem, do seio da qual se erguia a cantora como Vênus nascendo da espuma do mar, ou como um anjo surgindo dentre brumas vaporosas." VII. "Só depois da chegada de Malvina, Isaura deu pela presença dos dois mancebos, que a certa distância a contemplavam cochichando a respeito dela. Também pouco ouvia ela e nada compreendeu do rápido diálogo que tivera lugar entre Malvina e seu marido. Apenas estes se retiraram ela também se levantou e ia sair, mas Henrique, que ficara só, a deteve com um gesto." CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 17
  • 18. VIII. "Bois truculentos e nédias novilhas deitadas pelo gramal ruminavam tranqüilamente à sombra de altos troncos. As aves domésticas grazinavam em torno da casa, balavam as ovelhas, e mugiam algumas vacas, que vinham por si mesmas procurando os currais; mas não se ouvia, nem se divisava voz nem figura humana. Parecia que ali não se achava morador algum." (GUIMARAES, Bernardo. A escrava Isaura. 17ª ed., São Paulo, Ática, 1991.) IX. A demissão é um dos momentos mais difíceis na carreira de um profissional. A perda do emprego costuma gerar uma série de conflitos internos: mágoa, revolta, incerteza em relação ao futuro e dúvidas sobre sua capacidade. Mesmo sendo uma possibilidade concreta na vida de qualquer profissional, somos quase sempre pegos de surpresa pela notícia. X. Não basta a igualdade perante a lei. É preciso igual oportunidade. E igual oportunidade implica igual condição. Porque, se as condições não são iguais, ninguém dirá que sejam iguais as oportunidades. XI. "A palavra nepotismo foi cunhada na Idade Média para designar o costume imperial dos antigos papas de transformar sobrinhos e netos em funcionários da Igreja. Meio milênio depois, tais hábitos se multiplicaram na administração pública brasileira. Investidos em seus mandatos, os deputados de Brasília chamam a família para assessorá-los, como se fossem levar problemas domésticos, e não os da comunidade, para o plenário." GABARITO I – Narrativo II – Descritivo III - Dissertativo-Argumentativo IV - Dissertativo V – Narrativo VI – Descritivo VII – Narrativo VIII – Descritivo IX – Dissertativo X – Dissertativo XI - Dissertativo-Informativo CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 18
  • 19. PARÁFRASE, PERÍFRASE, SÍNTESE E RESUMO PARÁFRASE Paráfrase é o comentário amplificativo de um texto ou a explicação desenvolvida de um texto. O maior perigo que enfrenta quem explica um texto é a paráfrase. Vamos tomar como exemplo: "Um gosto que hoje se alcança, Amanhã já não o vejo; Assim nos traz a mudança De esperança em esperança E de desejo em desejo. Mas em vida tão escassa Que esperança será forte? Fraqueza da humana sorte, Que, quanto na vida passa, Está receitando a morte." (Camões) Eis aqui um tipo de paráfrase: "Luís Vaz de Camões, o grande poeta luso, nos fala, nestes versos, da fugacidade dos bens, que hoje alcançamos e amanhã perdemos; mesmo a esperança e os desejos são frágeis e a própria vida se esvai rapidamente, caminhando para a morte. Tinha o poeta muita razão, pois, realmente, na vida, todos os gostos terrenos se extinguem como um sopro: o homem, que sempre vive esperando e desejando alguma coisa, tem constantemente a alma preocupada com o seu destino. Ora, mesmo que chegue a realizar seus sonhos, estes não perduram ...” Poderíamos, assim, continuar indefinidamente, dando voltas ao redor do texto, sem penetrar em seu interior, sem saber o que é que realmente existe nele. Ou então, tendo em mente a forma em que o poema é construído, poderíamos acrescentar umas observações vulgares: " ... estes versos são muito bonitos; soam muito bem e elevam o espírito. Constituem uma décima." Um exercício realizado assim não é uma explicação, é palavreado inútil. A paráfrase pode ser bela quando realizada por um grande escritor ou por um bom orador. Não devemos usar o texto como pretexto, ou seja, o comentário de um texto não deve servir de meio para expormos certos conhecimentos que não iluminam ou esclarecem diretamente a passagem que comentamos. Para tornar isto claro, voltemos ao exemplo anterior. Se alguém tomasse a estrofe de Camões como pretexto para mostrar seus conhecimentos histórico-literários poderia escrever, por exemplo, o seguinte: "Estes versos são de Luís Vaz de Camões. Este poeta nasceu em Lisboa, em 1524. Supõe-se que estudou em Coimbra, onde teria iniciado suas criações poéticas. Escreveu poesias líricas, peças de teatro e ‘Os Lusíadas’, o imortal poema épico da raça lusitana..." Quem assim procede perde-se num emaranhado de idéias secundárias, desprezando o essencial. Utiliza o texto como pretexto, mas não o explica. Para comentar ou explicar um texto não devemos deter-nos em dados acidentais, perdendo de vista o que é mais importante. Em resumo: 1°) explicar um texto não consiste em uma paráfrase do conteúdo, ou em elogios banais da estrutura. 2°) não consiste, também, num alarde de conhecimentos a propósito de uma passagem literária. EXPLICAR E NÃO PARAFRASEAR Embora não se trate de uma tarefa demasiado difícil, comentar um texto consiste em ir raciocinando, passo a passo, sobre o porquê daquilo que o autor escreveu. Isto pode ser feito com maior ou menor profundidade. Podemos concluir que explicar um texto é ir dando conta, ao mesmo tempo, daquilo que um autor diz e de como o diz. Podemos acrescentar, ainda, que uma determinada passagem (ou texto) poderá ter explicações (interpretações) diferentes, conforme a cultura, a sensibilidade e até mesmo a habilidade de quem as realizar. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 19
  • 20. A interpretação de textos exige uma ordem, afim de que as observações não se misturem. As fases que constituem o comentário obedecem, pois, à seguinte ordem: 1) LEITURA ATENTA DO TEXTO A explicação inicia-se, logicamente, com a leitura atenta do texto, que nos levará à sua compreensão. Para isto é preciso ler devagar e compreender todas as palavras. Logo, esta fase requer o uso constante do dicionário, o que nos proporciona conhecimentos que serão úteis em certas ocasiões, tais como provas e exames, quando já não será possível recorrer a nenhuma fonte de consulta. Ao consultar o dicionário, temos que ficar atentos aos vários sinônimos de uma palavra e verificar somente a acepção que se adapta ao texto. Observe: "Cordeirinha linda / Como folga o povo Porque vossa vinda /Lhe dá lume novo." (Anchieta) Folgar = tornar largo; descansar; divertir-se; regozijar-se. Qual destas acepções interessa ao texto, para que o entendamos? A resposta é regozijar-se. 2) LOCALIZAÇÃO DO TEXTO Em primeiro lugar, devemos procurar saber se um determinado texto é independente ou fragmento. Geralmente percebemos isto no primeiro contato com o texto. Quando se tratar de um texto completo, devemos localizá-lo dentro da obra total do autor. Quando se tratar de um fragmento, devemos localizá-lo dentro da obra total do autor e a que obra pertence. Se não nos for dito se o texto está completo ou fragmentário, iremos considerá-lo como completo se tiver sentido total. 3) DETERMINAÇÃO DO TEMA O êxito da interpretação depende, em grande parte, do nosso acerto neste momento do exercício. Procuremos fixar o conceito de tema. Isto exige atenção e reflexão. É a fase de importância capital, pois dela depende o sucesso do trabalho, que é interpretar. Consideremos, por exemplo, a seguinte passagem do romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos: Estavam no pátio de uma fazenda sem vida. O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono. Certamente o gado se finara e os moradores tinham fugido. Fabiano procurou em vão perceber um toque de chocalho. Avizinhou-se da casa, bateu, tentou forçar a porta. Encontrando resistência, penetrou num cercadinho cheio de plantas mortas, rodeou a tapera, alcançou o terreiro do fundo, viu um barreiro vazio, um bosque de catingueiras murchas, um pé de turco e o prolongamento da cerca do curral. Trepou-se no mourão do canto, examinou a caatinga, onde avultavam as ossadas e o negrume dos urubus. Desceu, empurrou a porta da cozinha. Voltou desanimado, ficou um instante no copiar, fazendo tenção de hospedar ali a família. Mas chegando aos juazeiros, encontrou os meninos adormecidos e não quis acordá-los. Foi apanhar gravetos, trouxe do chiqueiro das cabras uma braçada de madeira meio roída pelo cupim, arrancou toureiras de macambira, arrumou tudo para a fogueira. Acreditamos que a noção de assunto é clara, pois seu uso é comum quando se faz referência ao "assunto" de um filme ou de um romance. Um texto pequeno, como este fragmento de Graciliano Ramos, também tem um assunto; poderíamos contá-lo da seguinte maneira: "Fabiano estava no pátio de uma fazenda. Ao seu redor, só havia ruínas. Não havia ninguém, nem mesmo dentro da casa. As plantas e os animais estavam mortos. Ele procurava um lugar para alojar a família. Como a casa estava fechada, pensou em ficar por ali mesmo e resolveu acender uma fogueira." Trata-se, como podemos verificar, de uma simples redução do citado trecho, de uma síntese daquilo que o texto narra de maneira mais extensa. Mas, os detalhes mais importantes da narração permanecem. Para chegarmos ao tema devemos tirar do assunto, que contamos acima, todos os detalhes e procurar a intenção do autor ao escrever estes parágrafos. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 20
  • 21. Evidentemente, a intenção de Graciliano Ramos foi descrever a inutilidade da ação do homem, subjugado pelo flagelo implacável da seca. Este é o tema, célula germinal do fragmento. Para exprimir o tema, Graciliano tomou elementos como Fabiano e sua família, a fazenda abandonada, as ossadas, etc., e deu forma definitiva a tudo isto no texto. O tema deve ter duas características importantes: clareza e brevidade. Se tivermos que usar muitas palavras para definir o tema, é quase certo que estamos enganados e que não chegamos, ainda, a penetrar no âmago do texto. O núcleo fundamental do tema poderá, geralmente, ser expresso por meio de uma palavra abstrata, acompanhada de complementos. No exemplo anterior, esse núcleo fundamental é a inutilidade (da ação do homem, etc.). O tema não deve possuir elementos supérfluos que façam parte do assunto. Quando o autor nos mostra Fabiano procurando, inutilmente, entrar na casa para abrigar-se, está usando elementos do assunto para demonstrar-nos a inutilidade da ação do homem, naquelas circunstâncias adversas. A definição do tema será, pois, clara, precisa e breve (sem falta ou sobra de elementos). A tarefa de fixar o tema exige bastante cuidado e atenção porque é essencial para a interpretação. 4) DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA Um texto literário não é um caos. O autor, ao escrever, vai compondo. Compor é colocar as partes de um todo de tal modo que possam constituir um conjunto. Até o menor texto - aquele que nos dão para comentar, por exemplo -, possui uma composição ou estrutura precisa. Os elementos da estrutura são solidários: todas as partes de um texto se relacionam entre si. E isto por uma razão muito simples: se, num determinado texto, o autor quis expressar um tema, todas as partes que possamos achar como integrantes daquele fragmento, estão contribuindo, forçosamente, para expressar o tema e, portanto, relacionam-se entre si. Para que se torne clara a explicação desta fase, fragmento é cada uma das partes que podemos descobrir no texto. Por outro lado, há textos tão breves e simples, que se torna difícil, ou mesmo impossível, definir sua composição. 5) CONCLUSAO A conclusão é um balanço de nossas observações; é, também, uma impressão pessoal. Deve terminar com uma opinião sincera a respeito do texto: muitas vezes, nos textos que nos apresentam, temos que elogiar, se assim exigir a sua qualidade. Outras vezes, porém, o sentido moral ou o tema talvez não nos agradem, e devemos dizê-lo. Não devemos, também, repetir opiniões alheias. Nunca devemos dizer: "... é um texto (ou passagem) muito bonito"; ou: "tem muita musicalidade ...". Ainda: "... descreve muito bem e com muito bom gosto", etc. Podemos, então, rematar a conclusão do exame do texto de Graciliano Ramos, da seguinte maneira: "O autor atinge plenamente seus fins através da expressão elaborada, que se condensa, despindo-se de acessórios inúteis, numa plena adequação ao tema. Sem sentimentalismo algum, toca a sensibilidade do leitor, através do depoimento incisivo e trágico da condição sub-humana em que se acham aquelas criaturas, que escapam de sua posição de meras personagens de uma obra de ficção para alçarem-se em protagonistas do drama social e humano que se desenrola no Nordeste brasileiro”. Em essência, este é o método de comentário de textos. É preciso que tudo o que foi exposto seja compreendido e fixado para que se torne possível a perfeita assimilação das normas do método. PERÍFRASE É o rodeio de palavras ou a frase que substitui o nome comum do próprio. Na perífrase sempre se destaca algum atributo do ser. Exemplos: ! Visitei a Cidade Maravilhosa. (= Rio de Janeiro) ! O astro rei brilha para todos. (= Sol) ! O Rei do Futebol será homenageado em Paris. (= Pelé) SÍNTESE E RESUMO 1) O QUE É UM TEXTO LITERÁRIO CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 21
  • 22. Um texto literário pode ser uma obra completa (um romance, um drama, um conto, um poema ... ), ou um trecho de uma obra. De modo geral, os textos dados para comentário e interpretação devem ser breves; por isso, salvo quando se trata de uma poesia curta, costumam ser fragmentos de obras literárias mais extensas. Atualmente, crônicas e artigos de jornais e revistas costumam ser tomados para estudo e explicação. 2) COMENTANDO UM TEXTO Embora não se trate de uma tarefa demasiado difícil, comentar um texto consiste em ir raciocinando, passo a passo, sobre o porquê daquilo que o autor escreveu. Isto pode ser feito com maior ou menor profundidade. Temos que ir dando conta, ao mesmo tempo, daquilo que um autor diz e de como o diz. O comentário de textos exige uma ordem, a fim de que as observações não se misturem; são fases que obedecem à seguinte ordem: a) LEITURA ATENTA DO TEXTO A leitura atenta do texto, que nos levará à sua compreensão. Para isto é preciso ler devagar e compreender todas as palavras; requer, portanto, o uso constante do dicionário, o que nos proporciona conhecimentos que serão úteis em certas ocasiões, tais como provas e exames, quando já não será possível recorrer a nenhuma fonte de consulta. Ao consultar o dicionário, temos que ficar atentos aos vários sinônimos de uma palavra e verificar somente a acepção que se adapta ao texto. b) DETERMINAÇÃO DO TEMA O êxito da interpretação depende, em grande parte, do nosso acerto neste momento do estudo. Procuremos fixar o conceito de tema. Isto exige atenção e reflexão. É a fase de importância capital, pois dela depende o sucesso do trabalho, que é interpretar. O tema deve ter duas características importantes: clareza e brevidade. Se tivermos que usar muitas palavras para definir o tema, é quase certo que estamos enganados e que não chegamos, ainda, a penetrar no âmago do texto. O núcleo fundamental do tema poderá, geralmente, ser expresso por meio de uma palavra abstrata, acompanhada de complementos. 3) TEMA E ASSUNTO Acreditamos que a noção de assunto é clara, pois seu uso é comum quando se faz referência ao "assunto" de um filme ou de um romance. Consideremos, por exemplo, a seguinte passagem do romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos: "Estavam no pátio de uma fazenda sem vida. O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono. Certamente o gado se finara e os moradores tinham fugido. Fabiano procurou em vão perceber um toque de chocalho. Avizinhou-se da casa, bateu, tentou forçara porta. Encontrando resistência, penetrou num cercadinho cheio de plantas mortas, rodeou a tapera, alcançou o terreiro do fundo, viu um barreiro vazio, um bosque de catingueiras murchas, um pé de turco e o prolongamento da cerca do curral. Trepou-se no mourão do canto, examinou a caatinga, onde avultavam as ossadas e o negrume dos urubus. Desceu, empurrou a porta da cozinha. Voltou desanimado, ficou um instante no copiar, fazendo tenção de hospedar ali a família. Mas chegando aos juazeiros, encontrou os meninos adormecidos e não quis acorda-los. Foi apanhar gravetos, trouxe do chiqueiro das cabras uma braçada de madeira meio roída pelo cupim, arrancou touceiras de macambira, arrumou tudo para a fogueira." Um texto pequeno como o fragmento acima tem um assunto, que pode ser contado da seguinte maneira: "Fabiano estava no pátio de uma fazenda. Ao seu redor, só havia ruínas. Não havia ninguém, nem mesmo dentro da casa. As plantas e os animais estavam mortos. Ele procurava um lugar para alojar a família. Como a casa estava fechada, pensou em ficar ali mesmo e acendeu uma fogueira." Trata-se de uma simples redução do citado trecho, de uma síntese, um resumo daquilo que o texto narra de maneira mais extensa. Mas, os detalhes mais importantes da narração permanecem. Portanto, para chegarmos ao tema de um texto, devemos tirar do assunto todos os detalhes e procurar a intenção do autor ao escrever. No segmento apresentado, a célula germinal (o tema) é a inutilidade da ação do homem, subjugado pelo flagelo implacável da seca. É uma definição clara, breve e precisa do tema, sem sobra ou falta de elementos. Quando resumimos um texto, seja ele fragmentário ou completo, retiramos dele tudo o que é essencial ao seu entendimento, "desprezando" aquilo que é supérfluo, para não ficarmos girando ao redor do texto e incidir em paráfrase, que é um comentário amplificativo, ao contrário do resumo. Veja: CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 22
  • 23. A SANTA INÊS Cordeirinha linda Como folga o povo Porque vossa vinda Lhe dá lume novo! Cordeirinha santa, De lesu querida, Vossa santa vinda O diabo espanta. Por isso vos canta, Com prazer o povo, Porque vossa vinda Lhe dá lume novo. Nossa culpa escura Fugirá depressa, Pois vossa cabeça Vem com luz tão pura. Vossa formosura Honra é do povo, Porque vossa vinda Lhe dá lume novo. Virginal cabeça Pola fé cortada, Com vossa chegada, Já ninguém pereça. Vinde mui depressa Ajudar o povo, Pois com vossa vinda Lhe dais lume novo. (Anchieta) Se, numa prova, nos pedissem para explicar resumidamente o sentido destes versos, responderíamos: "O poeta comunica-nos a alegria que todos sentem por causa da vinda da mártir Santa Inês, ou porque necessitam do auxílio divino para manter a fé, segundo o ponto de vista do poeta catequista, ou porque é uma ocasião festiva." Como isto pudesse parecer insuficiente, acrescentaríamos alguns detalhes que justificassem as afirmações: “Mesmo falando da culpa do homem, do martírio de Santa Inês ou suplicando os benefícios da santa, o sentimento preponderante é a alegria, pois a fé profunda traz a certeza de que os bens almejados serão obtidos. O martírio é encarado como a causa da glorificação da Santa, cuja cabeça resplandecente simboliza as graças que iluminam as almas”. Para finalizar, devemos ter em mente que as provas em concurso são, na maioria das vezes, em forma de testes; assim, escolha a alternativa que melhor resuma o texto. É claro que este resumo deve conter o tema. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 23
  • 24. SIGNIFICAÇÃO LITERAL E CONTEXTUAL DE VOCÁBULOS INTERPRETAÇÃO BASEADA NA SIGNIFICAÇÃO DA PALAVRA 1) Se a palavra está sendo usada no seu verdadeiro significado (com o valor do dicionário), deve-se escolher a alternativa que melhor se ADEQUA a essa significação. Por exemplo: ! Todos admiravam a sua figura eminente. Indique, entre as alternativas a seguir, a que poderia substituir a palavra grifada sem alteração do sentido da frase): a) bonita b) formosa c) harmoniosa d) coerente e) distinta A alternativa que melhor se adequa à questão é a letra e, pois eminente tem como sinônimos, no dicionário, distinta, elevada, alta, superior. 2) Se a palavra está sendo usada fora do seu verdadeiro significado, deve-se escolher a alternativa que melhor se ASSOCIA a essa significação. Por exemplo: ! Todos tinham conhecimento, no bairro, de que Joãozinho morria de amores por Mariazinha. a) finava-se b) matava-se c) gostava d) falecia e) chorava A resposta seria, naturalmente, a letra c, pois gostava é a palavra que se associa a morria de amores, embora as letras a, b, c, d e e pudessem servir de sinônimos à expressão grifada. SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE VOCÁBULOS Mesmo quando a ênfase era dada à lingüística geral, que excluía os atos individuais da fala, já havia estudiosos alertando para a importância do contexto. Na prática, usa-se o contexto para: - compreender palavras: ! pé de homem ! pé de café - compreender sintagmas: ! boa cara (boa aparência) ! maleta cara (=de alto preço) - compreender frases: ! Procuro a chave do carro. ! Procuro a chave da porta. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 24
  • 25. PROCESSOS COESIVOS DE REFERÊNCIA A coesão de um texto deve-se a uma série de elementos que permitem os encadeamentos lingüísticos, à maneira como são ligados os elementos fonéticos, gramaticais, semânticos e discursivos do texto. Veja o exemplo: Cíntia foi ao cinema. Ela foi sozinha. O emprego do pronome estabelece uma coesão, pois o sujeito já havia sido expresso. Entre os elementos que permitem a coesão textual estão: - o emprego adequado dos artigos, pronomes, conjunções, preposições; - o emprego adequado dos tempos e modos; - as construções por coordenação e subordinação; - a presença do discurso direto, indireto ou indireto livre; - o conjunto do vocabulário distribuído no texto (coesão semântica) etc. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 25
  • 26. COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO O período composto, que é aquele formado por mais de uma oração ligada por meio de conjunções ou nexos oracionais, pode ser coordenado ou subordinado. O que são conjunções ou nexos oracionais? São vocábulos gramaticais que servem para relacionar duas orações ou dois termos que exercem a mesma função dentro da mesma oração. Além disso, esses elementosgarantem a coesão e a coerência que têm como objetivo manter o sentido do texto. A COORDENAÇÃO NO PERÍODO COMPOSTO No período composto por coordenação, as orações são independentes uma das outras entre si pelo sentido. Entretanto, elas podem estar interligadas por conjunção coordenativa, ou não. Vejamos: ! O carro partiu, ganhou velocidade e sumiu na estrada. Podemos observar que esse período é formado por três orações : A, B, C, as quais são, do ponto de vista sintático, independentes, isto é, nenhuma exerce função sintática em relação a outra, e por isso são denominadas Orações Coordenadas. Como já foi dito, as orações coordenadas podem ou não vir introduzidas por conjunções coordenativas; daí sua classificação em: 1) orações coordenadas assindéticas: não são introduzidas por conjunções coordenativas. ! Caiu, levantou, sumiu. Observação: As orações coordenadas assindéticas, por não virem introduzidas por conjunção, devem ser sempre separadas por vírgula. 2) orações coordenadas sindéticas: são introduzidas por uma das conjunções coordenativas. As orações coordenadas sindéticas classificam-se de acordo com a conjunção que as introduz. VALOR LÓGICO DAS CONJUNÇÕES Conjunções coordenativas Aditivas - exprimem soma, adição de pensamento: e (para afirmação), nem (para a negação). ! Tomei café e sai. ! A moça não fala nem ouve. Adversativas - exprimem oposição, contraste, compensação de pensamentos: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, etc. ! Os operários da construção civil trabalham muito, mas ganham pouco. ! Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol. Alternativas - exprimem escolha de pensamentos: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja ! Você fica ou vai conosco? ! Ou você vem conosco, ou fica em casa sozinho! Conclusivas - exprimem conclusão de pensamento: portanto, logo, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), assim. ! Choveu muito, portanto a colheita está garantida. ! Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. Explicativas - exprimem razão, motivo: porque, que, pois (antes do verbo) A B C CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 26
  • 27. ! Não chore, porque será pior. ! Ela ainda não chegou, pois o seu carro não está na garagem. EXERCÍCIOS 1) Classifique as orações coordenadas grifadas, usando o código: 1. oração coordenada assindética 2. oração coordenada sindética aditiva 3. oração coordenada sindética adversativa 4. oração coordenada sindética alternativa 5. oração coordenada sindética explicativa 6. oração coordenada sindética conclusiva ( ) O lábio de Jandira emudeceu, mas o coração soluçou. ( ) Ou fique, ou saia, mas nunca volte. ( ) Levante-se, que é tarde. ( ) Ataliba saiu, todavia voltou rápido. ( ) Uns morrem, outros, porém, nascerão. ( ) Ele é rico, e não papa suas dívidas. ( ) Estudo muito, logo devo passar no concurso ( ) O adulador tem o mel na boca e o fel no coração. ( ) Não desanime, pois a vida é luta. ( ) Trabalha e estuda. ( ) O filho de Ataliba caiu da escada rolante, mas não se machucou. ( ) Cheguei, empurrei a porta, entrei. ( ) Os livros não só instruem, mas também educam. ( ) Não só estudo mas ainda trabalho na loja do Rubinho. ( ) A razão ordena, o coração pede. ( ) Não diga nada que ele poderá desconfiar de nós dois. ( ) O doente sofria muito, mas não se queixava. ( ) Fabiano desceu as escadas e foi ao curral das cabras. ( ) Trabalho muito, no entanto, não tenho dinheiro. ( ) Beduíno herdou uma casa e ganhou na loteria esportiva. 2) Ocorre oração aditiva em: a) Não comprei somente os livros, mas também os outros materiais escolares. b) Leve-lhes flores, que ela aniversaria hoje. c) Há muito serviço, entretanto, ninguém trabalha. d) Venceremos, ou perderemos o título. e) Ele é rico, e não paga suas dívidas. 3) Ocorre oração coordenada adversativa em: a) O cavalo estava cansado, pois arfava muito. b) O mar é generoso, no entanto, às vezes, torna-se cruel. c) Venha agora e não perderá sua vez. d) Eu não sabia, nem pensava nisso. e) Não só ganhei na loteria, mas também herdei uma fazenda. 4) Ocorre oração coordenada alternativa em: a) As pessoas ora se mexiam, ora falavam. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 27
  • 28. b) Não deves mentir, porque é pior. c) Venha agora e não perderás sua vez. d) Tens toda razão, contudo não deves afligir-se. e) Não estudo nem trabalho. 5) Ocorre oração coordenada conclusiva em: a) A ordem é absurda, no entanto ninguém protestou. b) Os mestres não só ensinam, mas também educam. c) Ele falava e contava tudo ao diretor. d) Ele é o seu pai, resta-lhe, pois, amparar-te neste momento. e) Estudei, porém não passei no concurso. 6) Ocorre oração coordenada explicativa em: a) Faça o concurso, que eu o apoiarei. b) A força vence, mas não convence. c) O acusado não é criminoso, logo será absolvido. d) Não tinha experiência, mas boa vontade não lhe faltava. e) Ele estudou, sabe, pois, a lição. 7) No período: Quando se trabalha e se tem esperança, a felicidade mora em nós, ocorre(m): a) uma oração coordenada aditiva. b) duas orações coordenadas aditivas. c) três orações coordenadas, duas aditivas e uma assindética. d) uma oração coordenada assindética. e) n.d.a 8) No período: Peça-lhe que viva, que se case e que me esqueça, ocorre(m): a) duas orações coordenadas, uma assindética e outra aditiva. b) apenas uma oração coordenada. c) três orações coordenadas assindéticas. d) duas orações coordenadas assindéticas e uma aditiva. e) três orações subordinadas coordenadas. 9) No período: Todos os médicos a quem contei as moléstias dele foram unânimes, em que a morte era certa e só se admiravam de ter resistido a tanto tempo, ocorre(m): a) uma oração coordenada aditiva b) duas orações coordenadas aditivas c) duas orações coordenadas, uma assindética e outra aditiva. d) três orações coordenadas. e) n.d.a 10) Classifique as orações coordenadas que seguem: a) Gosto de dar carona, mas isso pode ser perigoso. _______________________________ b) Não dou nem peço carona. _______________________________ c) Não dou carona; logo, não corro perigo de ser assaltado. _______________________________ CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 28
  • 29. d) Ou você me dá carona, ou você morre - disse o assaltante. _______________________________ e) Não vou a Santos, porém, não vou ficar aqui também. _______________________________ f) A vida na fazenda é boa, porque o ar é puro. _______________________________ RESPOSTAS: 1) 3 / 4 / 5 / 3 / 3 / 3 / 6 / 2 / 5 / 2 / 3 / 1 / 2 / 2 / 1 / 5 / 3 / 2 / 3 / 2 2) a 3) b 4) a 5) d 6) a 7) e 8) e 9) e 10) a) Oração Coordenada Adversativa b) Oração Coordenada Aditiva c) Oração Coordenada Conclusiva d) Oração Coordenada Alternativa e) Oração Coordenada Adversativa f) Oração Coordenada Explicativa VALOR SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES As funções sintáticas exercidas pelos vocábulos no período simples são desempenhadas pelas orações no período composto por subordinação. Essas orações são introduzidas por conjunções específicas que assim as caracterizam em relação à principal. A SUBORDINAÇÃO NO PERÍODO COMPOSTO As orações se relacionam dentro do período, podendo exercer funções sintáticas uma em relação às outras (objeto direto, adjunto adverbial, adjunto adnominal, etc.). As conjunções que servem para ligar essas orações dependentes uma da outra, no plano sintático, são as subordinativas. Dependendo da função sintática que exercem, as orações subordinadas classificam-se em: a) substantivas: exercem uma das seguintes funções sintáticas: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, complemento nominal ou aposto, funções próprias do substantivo. b) adjetivas: exercem a função sintática de adjunto adnominal, função própria do adjetivo. c) adverbiais: exercem a função sintática de adjunto adverbial, função própria do advérbio. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA Vejamos os exemplos abaixo: a) Espero sua chegada. ! chegada = núcleo b) Espero que você chegue. Em "a", temos um período simples, em que sua chegada exerce a função sintática de objeto direto, cujo núcleo é o substantivo chegada. Em "b", temos um período composto formado por duas orações - Espero e que você chegue. Observe que a oração que você chegue está funcionando como objeto direto do verbo Espero. A essa oração damos o nome de: oração: porque possui verbo. subordinada: porque está exercendo uma função sintática em relação a outra oração. substantiva: porque exerce um das funções sintáticas próprias do substantivo. objetiva direta: porque exerce a função sintática de objeto direto. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 29
  • 30. De acordo com a função sintática que exercem, as orações subordinadas substantivas classificam-se em: 1) subjetivas: exercem a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Oração principal oração subordinada substantiva subjetiva E necessário Não se sabe que todos voltem. se o plano vai dar certo. Pode-se observar que nesse tipo de oração, o verbo da oração principal estará sempre na terceira pessoa do singular, e a oração principal não terá sujeito nela mesma, já que o sujeito dela é a oração subordinada. 2) objetivas diretas: exercem a função sintática de objeto direto do verbo da oração principal. Oração principal oração subordinada substantiva objetiva direta Desejo Não sei que ela volte rapidamente. se vou voltar. 3) objetivas indiretas: exercem a função sintática de objeto indireto do verbo da oração principal. Oração principal oração subordinada substantiva objetiva indireta Necessitávamos Nunca duvide de que trouxessem as provas. do que ele é capaz. 4) predicativas: exercem a função sintática de predicativo do sujeito da oração principal. Oração principal oração subordinada substantiva predicativa Minha alegria é A verdade é que voltem com a taça. que ele não compareceu. 5) completivas nominais: exercem a função sintática de complemento nominal de um nome da oração principal. Oração principal oração subordinada substantiva completiva nominal Tenho necessidade Estou certo de que todos se esforcem. de que ela voltará. 6) apositivas: exercem a função de aposto de um nome da oração principal. Oração principal oração subordinada substantiva apositiva Desejo uma coisa: Espero somente isto: que você me respeite. que ninguém falte. Observação: As orações subordinadas substantivas são normalmente introduzidas por uma das conjun- ções integrantes: que e se. Nada impede, porém, que sejam introduzidas por outras palavras, conforme abaixo: Oração principal oração subordinada substantiva Pergunta-se Ignoramos qual seria a solução. quando eles chegaram. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 30
  • 31. Não sei como resolver esse problema. EXERCÍCIOS 1) Na frase: Suponho que nunca teria visto um macaco, a subordinada é: a) substantiva objetiva direta b) substantiva completiva nominal c) substantiva predicativa d) substantiva apositiva e) substantiva subjetiva 2) Pode-se dizer que a tarefa crítica é puramente formal. Nesse enunciado, temos uma oração destacada que é: a) substantiva objetiva direta b) substantiva predicativa c) substantiva subjetiva d) substantiva objetiva predicativa e) n.d.a 3) Se ele confessou não sei. A oração destacada é: a) subordinada substantiva objetiva direta b) subordinada substantiva objetiva indireta c) subordinada substantiva subjetiva d) subordinada substantiva predicativa e) n.d.a 4) No período: É sabido que a terra é oblongo-arredondada, temos: a) oração substantiva objetiva direta e uma principal b) uma oração substantiva subjetiva e uma principal c) uma oração substantiva objetiva indireta e uma principal d) uma oração substantiva predicativa e uma principal e) n.d.a 5) Marque a opção com os nomes das orações grifadas: Digo que tens receio de que ele morra. a) subjetiva e objetiva direta b) objetiva indireta e objetiva direta c) adjetiva restritiva e adjetiva explicativa d) objetiva direta e completiva nominal e) subjetiva e objetiva indireta 6) Aponte a opção com o nome da oração grifada: Cumpre que todos se esforcem. a) objetiva direta b) objetiva indireta c) subjetiva d) predicativa e) completiva nominal 7) No período: Tive um movimento espontâneo: atireime em seus braços. A segunda oração é: a) apositiva CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 31
  • 32. b) predicativa c) objetiva direta d) completiva nominal e) subjetiva 8) No período: D. Mariquinha mandou o aviso de que já estava na mesa a ceiazinha, a oração grifada é: a) completiva nominal d) predicativa b) objetiva indireta e) subjetiva c) objetiva direta 9) Nos períodos: É bom que você venha; e Não esqueça que sua presença é importante; as orações grifadas são, respectivamente: a) predicativa e objetiva direta b) subjetiva e objetiva direta c) predicativa e objetiva indireta d) subjetiva e subjetiva e) completiva nominal e predicativa 10) Grife e classifique as orações subordinadas substantivas relacionando: ( 1 ) subjetiva ( 2 ) objetiva direta ( 3 ) objetiva indireta ( 4 ) completava nominal ( 5 ) predicativa ( 6 ) apositiva 1. ( ) É preciso que todos esteja atentos. 2. ( ) O governo acha que tudo vai bem. 3. ( ) Conta-se que já vivemos isso antes. 4. ( ) Não sei se ele teria razão. 5. ( ) Seria preciso que novos líderes surgissem. 6. ( ) Parece que ninguém tem a solução. 11) Identifique as orações subordinadas substantivas e coloque: ( a ) objetiva direta ( b ) objetiva indireta ( c ) predicativa ( d ) completiva nominal ( e ) subjetiva ( f ) apositiva 1. ( ) Eu tenho a impressão de que o samba vem aí. 2. ( ) "Até pensei em cantar na televisão." 3. ( ) Ela ignora quanto me custa seu abandono. 4. ( ) Esqueci-me de onde ela veio. 5. ( ) Exigiu que entrássemos na roda. 6. ( ) O psiquiatra diz que uma criança de dez anos sabe mais do que Galileu Galilei. 7. ( ) O senhor acredita que a criança percebe o mundo a sua volta? CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 32
  • 33. 12) Classifique as orações subordinadas substantivas de acordo com o código: a) subjetiva b) objetiva direta c) objetiva indireta d) predicativa e) completiva nominal f) apositiva 1. ( ) A verdade é que a alegria predominou entre os mendigos. 2. ( ) Sou favorável a que se realizem outros concursos. 3. ( ) Convém que se solucione o problema da mendicância. 4. ( ) O mendigo tinha consciência de que quase nada mudaria sua condição. 5. ( ) Não compreendo por que existe tanta miséria. 6. ( ) Só tenho um desejo: que haja uma vida melhor para todos. 7. ( ) A prefeitura não se opõe a que se organizem os mendigos. 8. ( ) Já me convenci de que há solução para a questão social. RESPOSTAS 1) a 3) a 5) d 7) a 9) b 2) c 4) b 6) c 8) a 10) 1.1 3.1 5.2 2.2 4.2 6.1 11) 1. (d) 3. (a) 5. (a) 7. (a) 2. (b) 4. (b) 6. (a) 12) 1. a 3. a 5. b 7. c 2. e 4. e 6. f 8. c ORAÇAO SUBORDINADA ADJETIVA Esse tipo de oração não é introduzida por conjunções, mas por pronomes relativos: que, quanto, qual, cujo etc. Vejamos os exemplos abaixo: a) Premiaram os alunos estudiosos. ! estudiosos = adjunto adnominal b) Premiaram os alunos que estudam. ! que estudam = oração subordinada adjetiva. Em "a", temos uma única oração: trata-se, portanto, de um período simples, em que o termo em destaque (um adjetivo) exerce a função sintática de adjunto adnominal. Já em "b", temos um período composto, formado por duas orações (Premiaram os alunos e que estudam). Verifique que, nesse caso, a função sintática de adjunto adnominal não é mais exercida por um adjetivo, mas por uma oração. A essa oração que exerce a função sintática de adjunto adnominal de um nome da oração principal damos o nome de: oração: porque possui um verbo. subordinada: porque exerce uma função sintática em relação a outra oração, chamada principal. adjetiva: porque exerce uma função sintática de adjunto adnominal, função própria do adjetivo. Vamos a alguns exemplos: CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 33
  • 34. Oração principal oração subordinada adjetiva Não vimos as pessoas São assuntos Eram atletas Feliz o pai Falaram tudo que saíram. aos quais nos dedicamos. em quem confiávamos. cujos filhos são ajuizados. quanto queriam. As orações subordinadas adjetivas classificam-se em: a) RESTRITIVAS - São aquelas que delimitam a significação do nome a que se referem, particularizandoa. Na fala, são entoadas sem pausa, na escrita, significa que não são separadas do termo a que se referem por vírgula. Batalharam grana e seguraram legal A barra mais pesada que tiveram. (Renato Russo). b) EXPLICATIVAS - Explicam, isto é, realçam a significação do nome a que se referem, acrescentandolhe uma característica que já lhe é própria. São marcadas na fala por forte pausa, o que, na escrita, significa que serão separadas por vírgula. Machado de Assis, que escreveu Dom Casmurro, fundou a Academia Brasileira de Letras. EXERCÍCIOS 1) Transforme os termos grifados em orações adjetivas: a) Ela tem um olhar fascinante. b) Há insetos transmissores de doenças. c) Aquele vendedor irritante me deixou nervosa. d) A mãe preocupada saiu à procura da filha. e) Aquela senhora simpática e alegre mora na casa ao lado. a) ______________________________________ b) ______________________________________ c) ______________________________________ d) ______________________________________ e) ______________________________________ 2) O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom (...). A oração destacada é: a) subordinada adjetiva explicativa b) subordinada substantiva apositiva c) subordinada substantiva completiva nominal d) subordinada adjetiva restritiva e) subordinada substantiva objetiva direta 3) Não compreendíamos a razão por que o ladrão não montava a cavalo. A oração destacada é: a) subordinada adjetiva restritiva b) subordinada adjetiva explicativa c) subordinada adverbial causal d) subordinada adverbial final e) subordinada substantiva completiva nominal CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 34
  • 35. 4) Escreva E para as orações adjetivas Explicativas e R para as Restritivas: 1. ( ) A mãe, que era surda, estava na sala com ela. 2. ( ) Ela reparou nas roupas curiosas que as crianças usavam. 3. ( ) Ele próprio desculpou a irritação com que lhe falei. 4. ( ) É preciso gozarmos a vida, que é breve. 5. ( ) Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar. 6. ( ) Esse professor de quem falo era um homem magro e triste. 7. ( ) O instinto moral é a razão em botão, a qual se desenvolve com o tempo, experiência e reflexão. 8. ( ) O velho pajé, para quem são estas dádivas, as recebe com desdém. 9. ( ) Onde está a vela do saveiro que o mar engoliu? 10. ( ) Por que estará de implicância comigo, que nunca lhe pisei nos calos? 5) Distinga pronome relativo de conjunção subordinada integrante: (1) pronome relativo: oração adjetiva (2) conjunção integrante: oração substantiva ( ) Este é um mal que tem cura. ( ) Confesso que errei. ( ) Não sabemos o que querem. ( ) Não é justo que o magoes. RESPOSTAS 1) a) Ela tem um olhar que fascina. b) Há insetos que transmitem doenças. c) Aquele vendedor que é irritante me deixou nervosa. d) A mãe que estava preocupada saiu à procura da filha. e) Aquela senhora que é simpática e alegre mora na casa ao lado. 2) d - 3) a 4) 1. E 3. R 5. R 7. E 9. R 2. R 4. E 6. R 8. E 10. E 5) (1) (2) (2) (1) ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL Observemos os seguintes exemplos: a) Chegamos cedo. ! cedo = adjunto adverbial. b) Chegamos quando ainda era cedo. ! quando ainda era cedo = oração subordinada adverbial. Em "a", temos uma única oração, portanto um período simples, em que o termo destacado, um advérbio, exerce a função sintática de adjunto adverbial. Já em "b", temos duas orações (Chegamos e quando ainda era cedo). Trata-se, portanto, de um período composto. Observe que, nesse exemplo, a função sintática de adjunto adverbial não é mais exercida por um simples advérbio, mas por uma oração inteira. A essa oração que exerce a função de adjunto adverbial em relação a uma outra oração, chamada principal, damos o nome de: oração: porque apresenta verbo. subordinada: porque exerce uma função sintática em relação a outra oração. adverbial: porque exerce a função sintática de adjunto adverbial, função própria do advérbio. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 35
  • 36. Observação: As orações subordinadas adverbiais são introduzidas pelas conjunções subordinativas, exceto as integrantes, que, como foi visto, introduzem as orações subordinadas substantivas. As orações subordinadas adverbiais são classificadas, de acordo com a circunstância que expressam, conforme veremos abaixo. VALOR LÓGICO DOS NEXOS ORACIONAIS Conjunções subordinativas causais - introduzem orações subordinadas que dão idéia de causa: porque, que, pois, visto que, já que, uma vez que, como (em início de oração), etc. ! Não fui à aula porque choveu. ! Como fiquei doente, não pude ir à aula. comparativas - introduzem orações subordinativas que dão idéia de comparação: que ou do que (após mais, menos, maior, menor melhor, pior), como, etc. Minha escola sempre foi melhor que a sua. ! Essa mulher fala como papagaio. concessivas - iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal, mas não suficiente para anulá-lo: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por menor que, por maior que, por pior que, por melhor que, por pouco que, etc. ! Vou ao clube, embora esteja chovendo. ! Por pior que fosse o espetáculo, o público deveria aplaudi-lo. condicionais - iniciam orações subordinativas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou não: se, caso, contanto que, salvo se, desde que (com verbo no subjuntivo), a menos que, a não ser que, etc. ! Se não chover, irei ao clube. ! A menos que aconteça algum imprevisto, estarei aí amanhã. conformativas - iniciam orações que exprimem acordo, concordância, conformidade de um fato com outro: conforme, consoante, segundo, como, etc. ! Cada um colhe conforme semeia. consecutivas - iniciam orações subordinadas que exprimem a conseqüência ou efeito do que se declara na oração principal: que (após os termos reforçativos tão, tanto, tamanho, tal ou após as expressões adverbiais de sorte, de modo, de maneira, de forma, com subentendimento do pronome tal), de sorte que, de modo que, de maneira, de forma que (todas quatro com subentendimento do pronome tal). ! Ela gritou tanto, que ficou rouca. ! Todos chegamos exaustos, de modo que fomos cedo para a cama. temporais - iniciam orações subordinadas que dão idéia de tempo: quando, logo que, depois que, antes que, sempre que, desde que, até que, assim que, enquanto que, mal, etc. ! Quando as férias chegarem, viajaremos. ! Saímos assim que começou a chover. proporcionais - iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância, simultaneidade: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto maior, quanto melhor, quanto pior. ! Os funcionários recebiam à medida que saíam. ! Quanto mais trabalho, menos recebo. finais - iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: para que, a fim de que. ! Vimos aqui para que eles ficassem sossegados. ! O professor trabalha a fim de que todos adquiram erudição. O organograma apresentado a seguir simboliza a hierarquia constante na subordinação das orações em relação à principal. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 36
  • 37. EXERCÍCIOS 1) Classifique as orações subordinadas adverbiais grifadas, usando o código: 1. causal 6. consecutiva 2. temporal 7. proporcional 3. condicional 8. comparativa 4. concessiva 9. Conformativa 5. final a) ( ) Se Roberto quiser, Liliane casará com ele. b) ( ) Quando o filho de Ataliba foi atropelado, D. Mariquinha quase morreu. c) ( ) Ananias foi solto porque não havia feito nada de delituoso. d) ( ) Como estava cansado, Dr. Emanuel foi para casa mais cedo. e) ( ) Embora Aristides esteia apaixonado por Clotildes, ela não lhe dá confiança. f) ( ) Jeferson fez tudo conforme havia nos prometido. g) ( ) Mais longe que a de Jesus, foi a agonia de Maria. h) ( ) Assim que Arnaldo chegou, rumou-se para casa de Agnaldo. i) ( ) À medida que íamos andando, aproximávamos da cidade. j) ( ) Visto que estava cansado, Ari foi descansar. I) ( ) Conforme havia prometido, ficarei hoje com você, Paula. m) ( ) Jane insistiu tanto, que ele prometeu fazer o solene pedido. n) ( ) Antônio estuda para que tenha no futuro uma vida melhor iunto de Ritinha. o) ( ) Caso chegue à casa de Amaral primeiro, espere os demais colegas. 2) No período: Se ele pudesse, viria., a oração grifada classifica-se como: a) subordinada adverbial condicional b) subordinada adverbial temporal c) subordinada adverbial concessiva d) subordinada substantiva objetiva direta e) coordenada sindética explicativa 3) No período "Bentinho estaria metido no seminário, para não mais se encontrar com Capitu”, a oração adverbial grifada é: CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 37
  • 38. a) concessiva b) final c) comparativa d) proporcional e) consecutiva 4) No período: Visto que estivesse cansado, fiquei no escritório até mais tarde. A oração grifada é: a) principal b) subordinada adverbial causal c) subordinada adverbial concessiva d) subordinada adverbial temporal e) n.d.a 5) As orações destacadas nos períodos compostos são subordinadas adverbiais. Coloque o número correspondente à idéia que cada uma delas acrescenta à principal: (1) tempo (2) causa (3) conseqüência (4) condição (5) finalidade (6) proporção ( ) Vim aqui hoje para cumprimentá-lo pelo seu aniversário. ( ) Dei-lhe um sinal para que recolhesse as roupas estendidas. ( ) Se lêssemos os iornais todos os dias, seríamos bem informados. ( ) A vegetação rareava à medida que o trem avançava. ( ) Quando eu nasci, meu irmão tinha três anos. ( ) Visto que o bairro era longe, tomou o ônibus. ( ) Quando o professor viu a limpeza da sala, ficou surpreso. ( ) O povoado cresceu tanto que não o reconhecemos. ( ) Não pude participar do campeonato que fiquei gripado. ( ) Se vocês fizerem barulho, não sairão para o recreio. 6) Todas as orações adverbiais abaixo classificam-se como ______________: EXCETO: a) Como a mente humana sempre busca proteção, nós criamos os deuses. b) Como o autor enfatizou, há muitos ídolos que nos controlam. c) Como a televisão ultrapassa suas funções, ela consegue manter seus assistentes atentos. d) Como somos muito ligados à vaidade, o consumismo nos controla. e) Como o automóvel é um ídolo esbelto e lépido, ele atrai crianças, jovens e adultos. 7) Todas as orações subordinadas abaixo são adverbiais, EXCETO: a) Os operários não previam quando terminariam a construção da arca. b) Se é a vontade de todos, devemos nos reunir em busca de uma solução. c) Desenvolveremos um projeto arrojado para concorrer ao prêmio da academia. d) Ao entardecer, o grupo se reunia defronte à chácara. e) Como só levava livros em sua maleta, não corria perigo algum. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 38
  • 39. RESPOSTAS 1) a) 3 d) 1 g) 8 j) 1 n) 5 b) 2 e) 4 h) 2 I) 9 o) 3 c) 1 f) 9 i) 7 m) 6 2) a 3) b 4) c 5) 5 / 5 / 4 / 6 / 1 / 2 / 1 / 3 / 2 / 4 6) causal / b 7) a CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 39
  • 40. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS MORFOLOGIA O estudo das palavras, quanto a sua espécie, quer dizer, a morfologia, leva em conta a natureza de cada palavra: como se comporta, como se flexiona em gênero, número e grau. Em português, há dez categorias, espécies de palavras, que chamamos de classe gramatical. Cada classe gramatical possui sua peculiaridade. As classes são divididas em variáveis e invariáveis. São variáveis: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo. As invariáveis são: advérbio, preposição, conjunção e interjeição. SUBSTANTIVO É a palavra que usamos para nomear os seres, os inanimados, os sentimentos, enfim, nomeia todos os seres em geral. Os substantivos são classificados em: a) COMUNS E PRÓPRIOS Comuns são os substantivos que indicam todos os seres da mesma espécie. Próprios são os substantivos que indicam exclusivamente um elemento da espécie. Exemplos: mãe, terra, água, respostas – comuns João, França, Marta, Rex - próprios b) CONCRETO E ABSTRATO Concreto é aquele que se refere ao ser propriamente dito, ou seja, os nomes das pessoas, das ruas, das cidades, etc. Abstrato é aquele que se refere a qualidades (bravura, mediocridade); sentimentos (saudades, amor, ódio); sensações (dor, fome); ações (defesa, resposta); estados (gravidez, maturidade). Exemplos: mulher, gato, Paulo – concretos doença, vida, doçura - abstratos c) PRIMITIVO E DERIVADO Primitivo é aquele que dá origem a outras palavras da mesma família. Derivado é aquele que foi gerado por outra palavra. Exemplos: Ferro, Terra, Novo- primitivos ferreiro, subterrâneo, novidade - derivados d) SIMPLES E COMPOSTO Simples é aquele que possui apenas uma forma gráfica. Composto é aquele que possui mais de uma forma gráfica. Exemplos: couve, alto, perna – simples couve-flor, alto-falante, pernalonga - compostos e) COLETIVO Refere-se ao conjunto dos seres. Exemplos: bois - manada ilhas - arquipélago CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 40
  • 41. PRINCIPAIS COLETIVOS abelhas ............................................... colméia assembléia religiosa ........................... sínodo astros ................................................. constelação barcos ................................................ arriçada, frota bois .................................................... armento, armentio burros ................................................ burrama cabelos .............................................. madeixa, chumaço cabras ................................................ fato cães ................................................... matilha camelos ............................................. cáfila caranguejos ....................................... mexoalha cardeais ............................................. consistório, conclave cebolas .............................................. réstia cônegos ............................................. cabido deputados .......................................... congresso, câmara dogmas .............................................. doutrina escritores ........................................... plêiade espigas .............................................. atilho, ganela feixes ................................................. farrucho, fascículo gado .................................................. armentio hinos ................................................. hinário imigrantes ..............……………......... leva, colônia irmãos ..............………………........... irmandade javalis ..............………………............ encame ladrões .........………………….......... quadrilha, caterva leis .........................………………..... código lobos ..............……………................ alcatéia mapas ...................…………............ Atlas montanhas ………………................. serra, cordilheira ovelhas ..........……………................ chafardel peixes .................……………........... cardume porcos ...........…………....................vara questões ............………………........ questionários rãs ............……………….................. ranário sábios ......……………...................... academia sinos .............……………................. carrilhão tolices ..............…………….............. acervo trapos ................………………......... mancalho tripas ....................………………...... maranho uvas .....................…………….......... cachos vacas .................……………............ manada vadios .........………………................ cambada Para classificarmos um substantivo devemos levar em conta a totalidade da sua classificação. Exemplo: CASA: substantivo comum, concreto, primitivo, simples. FLEXÃO NOMINAL O substantivo pode flexionar-se em gênero, número e grau. A flexão em gênero é a mudança de feminino para masculino nas palavras. Essa mudança ocorre pela desinência de gênero a; por exemplo: gato /gata. Contudo, há ainda outras formas de flexionarmos em gênero: a) Terminações em: esa / isa / ina / essa / iz: maestro - maestrina ator – atriz visconde – viscondessa embaixador – embaixatriz profeta – profetisa * EMBAIXADORA é a mulher que exerce a função. b) Os substantivos terminados em ão podem fazer o feminino em oa / ã / ona: leão – leoa cidadão – cidadã CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 41
  • 42. solteirão - solteirona Quando os substantivos flexionam-se em gênero, dizemos que são biformes; contudo, há substantivos que não possuem flexão de gênero, são os substantivos uniformes. Os substantivos uniformes se classificam em: a) Epicenos - Referem-se a nomes de animais, acrescidos dos termos macho / fêmea ou outros adjetivos que façam o mesmo efeito. Exemplos: cobra macho / fêmea tatu macho / fêmea b) Sobrecomuns - Referem-se a pessoas; são substantivos que possuem apenas um gênero. Exemplos: a criança, a testemunha, o bebê. c) Comum de dois gêneros - Referem-se a pessoas; são substantivos que apresentam uma única forma. O artigo é que distinguirá o gênero. Exemplos: o colega l a colega o cliente l a cliente Alguns substantivos mudam sua significação ao mudarem de gênero; eis alguns mais importantes: o baliza (soldado) a baliza (marco) o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo) o capital (dinheiro) a capital (cidade) o guia (pessoa) a guia (documento) o rádio (aparelho) a rádio (estação receptora) o coral (grupo / cor) a coral (cobra) o lente (professor) a lente (vidro de aumento) Alguns outros substantivos flexionados em gênero: abade – abadessa herói - heroína ajudante - ajudanta hóspede - hóspeda alfaiate - modista imperador - imperatriz aprendiz - aprendiza javali - gironda bispo - episcopisa ladrão - ladra capitari - tartaruga leão - leoa cavalheiro - dama macharão - onça caxaréu - baleia marechal - marechala cônego - canonisa mocetão - mocetona cônsul - consulesa monge - monja cupim - arará mu - mula czar - czarina papa - papisa diácono - diaconisa pardal - pardoca, pardaloca donzel - donzela peão - peã elefante - elefoa presidente - presidenta faisão - faisã réu - ré gamo - corça senador - senatriz genro - nora sultão - sultana gigante - giganta valentão - valentona guaiamu - pata-choca zangão – abelha * senadora é a mulher que exerce a função. Obs.: Eis alguns substantivos que muitos confundem seu gênero: o telefonema, a personagem, o diabete, o tapa, o dó (pena), a omoplata, o suéter, o champanha, o lança-perfume, o eclipse. Os substantivos são flexionados em número: singular e plural. O singular é marcado pela ausência do s (desinência de número) e o plural, pela presença do s. Existem outras regras que norteiam a flexão de número. 1) O plural dos substantivos terminados em vogal ou ditongo forma-se pelo acréscimo de s ao singular. Singular I Plural abacaxi abacaxis jê jês álcali álcalis jiló jilós CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 42
  • 43. babalaô babalaôs liceu liceus boi bois mão mãos café cafés órgão órgãos degrau degraus rei reis grau graus tiziu tizius guaraná guaranás troféu troféus herói heróis urubu urubus Incluem-se nesta regra os substantivos terminados em vogal nasal. Como a nasalidade das vogais e, i, o e u, em posição final, é representada graficamente por m e não se pode escrever ms, muda-se o m em n. Assim: virgem faz no plural virgens, pudim faz pudins, tom faz tons, atum faz atuns. 2) Os substantivos terminados em ão formam o plural de três maneiras: a) a maioria muda o ão em ões. Singular I Plural ação ações ladrão ladrões botão botões lição lições canção canções procissão procissões coração corações reunião reuniões eleição eleições talão talões fração frações boqueirão boqueirões Neste grupo se incluem todos os aumentativos: Singular I Plural amigalhão amigalhões moleirão moleirões bobalhão bobalhões narigão narigões casarão casarões pobretão pobretões chapelão chapelões rapagão rapagões dramalhão dramalhões sabichão sabichões espertalhão espertalhões vagalhão vagalhões b) um reduzido número muda o final ão em ães: Singular I Plural alemão alemães charlatão charlatães bastião bastiães escrivão escrivães cão cães guardião guardiães capelão capelães pão pães capitão capitães sacristão sacristães catalão catalães tabelião tabeliães CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 43
  • 44. c) um número pequeno de oxítonas e todas as paroxítonas simplesmente acrescentam um s à forma singular. Singular I Plural cidadão cidadãos acórdão acórdãos cortesão cortesãos bênção bênçãos cristão cristãos gólfão gólfãos desvão desvãos órfão órfãos irmão irmãos órgão órgãos pagão pagãos sótão sótãos Observações: 1ª) Neste grupo incluem-se os monossílabos tônicos chão, grão, mão e vôo, que fazem no plural chãos, grãos, mãos e vôos. 2ª) Artesão, quando significa "artífice", faz no plural artesãos; no sentido de "adorno arquitetônico", o seu plural pode ser artesãos ou artesões. 3ª) Para alguns substantivos finalizados em ão, não há ainda uma forma de plural definitivamente fixada, notando- se, porém, na linguagem corrente, uma preferência sensível pela formação mais comum, em ões. É o caso dos seguintes: Singular I Plural alãos alão - alões – alães ermitão ermitãos- ermitões - ermitães alazão alazões – alazães hortelão hortelãos - hortelões aldeãos aldeão - aldeões – aldeães refrão refrões - refrãos anão anãos – anões rufião rufiães - rufiões anciãos ancião – anciões – anciães sultão sultões – sultãos - sultães castelão castelãos – castelões truão truães - truões corrimão corrimãos – corrimões verão verões - verãos deão deães – deões vilão vilãos - vilões Observações: 1ª) Corrimão, como composto de mão, deveria apresentar apenas o plural corrimãos; a existência de corrimões explica-se pelo esquecimento da formação original da palavra. 2ª) A lista destes plurais vacilantes poderia ser acrescida com formas como charlatões, cortesões, guardiões e sacristãos, que coexistem com charlatães, cortesãos, guardiães e sacristães, as preferidas na língua culta. 3ª) Os substantivos terminados em r, z e n formam o plural pelo acréscimo de es ao singular. Singular I Plural abdômen abdômenes feitor feitores açúcar açúcares líquen líquenes cânon cânones matiz matizes cartaz cartazes mulher mulheres cruz cruzes pilar pilares dólmen dólmenes vez vezes CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 44
  • 45. Caráter faz no plural caracteres, com deslocamento do acento tônico e com permanência do c que possuía de origem. Também com deslocamento do acento é o plural dos substantivos espécimen, Júpiter e Lúcifer: especímenes, Jupíteres e Lucíferes. 4) Os substantivos terminados em s, quando oxítonos, formam o plural acrescentando também es ao singular, quando paroxítonos, são invariáveis: Singular I Plural o ananás os ananases o atlas os atlas o inglês os inglêses o pires os pires o revés os revóses o lápis os lápis o país os países o oásis os oásis o obus os obuses o ônibus os ônibus Observações: 1ª) O monossílabo cais é invariável. Cós é geralmente invariável, mas documenta-se também o plural coses. 2ª) Como os paroxítonos terminados em s, os poucos substantivos existentes finalizados em x, são invariáveis: o tórax - os tórax, o ônix - os ônis. 5) Os substantivos terminados em al, el, ol e ul substituem no plural o I por is: Singular I Plural tribunal tribunais pastel pasteis nível níveis anzol anzóis álcool álcoois paul pauis Observação: Excetuam-se as palavras mal, real (moeda antiga), cônsul e seus derivados, que fazem, respectiva- mente, males, réis, cônsules e por este, procônsules, vice-cônsules. 6) Os substantivos oxítonos terminados em il mudam o l em s: Singular I Plural barril barris funil funis 7) Os substantivos paroxítonos terminados em il substituem essa terminação por eis: Singular I Plural fóssil fósseis réptil répteis Observação: 1 a ) A palavra projétil possui uma escrita variante: projetil; conseqüentemente, o plural poderá ser feito em projéteis ou projetis. 2 a ) A palavra réptil pode ser escrita reptil, tendo o plural em reptis. Para os substantivos compostos, há regras específicas: 1) As duas palavras irão para o plural quando: a) Houver substantivo + substantivo ! tenente-coronel - tenentes-coronéis ; couve-flor - couves-flores b) Houver substantivo + adjetivo CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 45
  • 46. ! amor-perfeito - amores-perfeitos ; obra-prima - obras-primas c) Houver adjetivo + substantivo ! gentil-homem - gentis-homens ; boa-vida - boas-vidas d) Houver numeral + substantivo ! primeira-fila - primeiras-filas segunda-feira - segundas-feiras 2) Somente a primeira palavra irá para o plural quando: a) as duas palavras forem ligadas por preposição. ! leão-de-chácara - leões-de-chácara ; pé-de-moleque - pés-de-moleque b) A segunda palavra limitar ou especificar a primeira, como se fosse um adjetivo. ! pombo-correio - pombos-correio ; navio-escola - navios-escola 3) Somente a segunda palavra irá para o plural quando: a) As palavras forem ligadas sem o hífen ! passatempo - passatempos ; girassol - girassóis b) Houver verbo + substantivo ! beija-flor - beija-flores ; quebra-mar - quebra-mares c) Houver duas palavras repetidas ! reco-reco - reco-recos ; tico-tico - tico-ticos d) A primeira palavra for invariável ! sempre-viva - sempre-vivas ; ex-aluno - ex-alunos 4) As duas palavras ficarão invariáveis quando: a) Houver um verbo + advérbio ! o bota-fora - os bota-fora b) Houver verbo + substantivo no plural ! o saca-rolhas - os saca-rolhas O substantivo também flexiona-se em grau. Grau é a capacidade que o substantivo possui para indicar palavras aumentativas, diminutivas e normais. Por exemplo: Rapaz está no grau normal; para indicarmos o aumentativo, dizemos Rapagão; para indicarmos o diminutivo, dizemos Rapazinho. O aumentativo e o diminutivo são feitos acrescentando-se sufixos ou através de certas expressões, tais como: grande, pequeno, etc. Quando fazemos o aumentativo / diminutivo com o auxílio dos sufixos, dizemos que é sintético; quando fazemos com os adjetivos, dizemos que é analítico. Exemplos: ! A casa grande foi vendida. (aumentativo analítico) ! A casa pequena foi vendida. (diminutivo analítico) ! O casarão foi vendido. (aumentativo sintético) ! A casinha foi vendida. (diminutivo sintético) Principais sufixos formadores do grau aumentativo sintético - aça: barcaça, carcaça, mulheraça - aço: calhamaço; animalaço - alha: muralha; fornalha - ão: homenzarrão; mocetão; rapagão; capeirão - arra: bocarra; naviarra - ázio: copázio; tirázio; balázio - ona: solteirona; mulherona; mocetona; vacona - orra: cabeçorra; sapatorra; beiçorra; manzorra - uça: dentuça - aréu: fogaréu; povaréu; folharéu CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 46
  • 47. Principais sufixos formadores do grau diminutivo sintético - acho: riacho; penacho; fogacho; rabicho - ebre: casebre - eco: livreco; boteco; jornaleco; baileco - ejo: vilarejo; lugarejo; animalejo - elho: rapazelho; antiguelho - eto, eta: livreto; folheto; poemeto; maleta; saleta; Julieta; papeleta - ico, ica: namorico; burrico; abanico - im: espadim; flautim; selim; tamborim; fortim; espadachim - inho, inha: livrinho; globulinho; cintinho; irmãozinho; partinha - ola, olo: bandeirola; nucléolo; sacola; casinhola - ito, ita: cabrito; mosquito; senhorita; Anita Diminutivo Analítico: ! A criança habitava a pequena aldeia indígena. ! Pegaram as pequenas pedras do caminho. Diminutivo Sintético: ! A criança habitava a aldeota indígena. ! Pegaram os pedriscos do caminho. ALGUNS SUBSTANTIVOS CURIOSOS ... casa - diminutivo - casucha cavalo - diminutivo - cavalicoque gema - diminutivo - gêmula igreja - diminutivo - igrejola questão - diminutivo - questiúncula ramo - diminutivo - ramúsculo rei - diminutivo - régulo saco - diminutivo - saquitel face - aumentativo - façoila ladrão - aumentativo - ladravaz ou ladroaço lobo - aumentativo - lobaz poeta - aumentativo - poetastro tiro - aumentativo - tirázio EXERCÍCIOS 1) Dê o plural de: a) cirurgião-dentista ! b) livre-pensador ! c) porta-retrato ! d) água-marinha ! e) grão-duque ! f) abaixo-assinado ! g) quinta-feira ! h) abelha-mestra ! i) alto-falante ! 2) A palavra pavão forma o plural da mesma maneira que a palavra: a) alemão d) procissão b) cristão e) capelão c) pagão 3) A alternativa em que todas as palavras têm o o aberto no plural é: a) subornos, gostos e adornos b) porcos, poros e esforços c) miolos, acórdãos e ferrolhos d) impostos, engodos e encostos e) reforços, piolhos e esposos 4) Os .......................... e os ....................... são verdadeiras ..................................... da natureza. a) amor-perfeitos / beija-flores / obras-primas b) amores-perfeitos / beijas-flores / obra-primas CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 47
  • 48. c) amores-perfeitos / beija-flores / obras-prima d) amores-perfeitos / beija-flores / obras-primas e) amor-perfeito / beija-flores / obra-primas 5) O plural de vice-presidente e tenente-coronel é: a) vice-presidentes / tenente-coronéis b) vices-presidentes / tenente-coronéis c) vices-presidente / tenentes-coronel d) vices-presidentes / tenentes-coronéis e) vice-presidentes / tenentes-coronéis 6) Passando os substantivos em destaque na frase: "O indiozinho queria comprar botão e papel." para o diminutivo plural, tem-se como resultado: a) botãozinhos e papelzinhos b) botõesinhos e papelzinhos c) botãozinhos e papeizinhos d) botõezinhos e papeizinhos e) botõezinhos e papelzinhos RESPOSTAS: 1) a) cirurgiões-dentistas ou cirurgiães-dentistas; b) livres-pensadores; c) porta-retratos; d) águas-marinhas; e) grão-duques; f) abaixo-assinados; g) quintas-feiras; h) abelhas-mestras; i) alto-falantes; 2) d - 4) d - 6) d 3) b - 5) e ADJETIVO (MORFOSSINTAXE - FLEXÃO NOMINAL) Adjetivo é a palavra que qualifica o substantivo, indicando-lhe qualidade, característica ou origem. O aluno moreno é brasileiro e muito inteligente. 1. CLASSIFICAÇÃO SEMÂNTICA 1. Restritivo Não pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie. ! Aluno inteligente. Mulher sincera. Homem fiel. Cidade limpa. 2. Explicativo (sem restrição) Pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie. ! Homem mortal. Água mole. Pedra dura. Animal irracional. 3. Uniforme (sem flexão de gênero) ! Aluno(a) gentil, inteligente e fiel. 4. Biforme (com flexão de gênero) ! Aluno(a) bonito(a), dedicado(a) e sincero(a). 2. CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL 1. Simples (um só radical): lindo, elegante, bom, verde, claro. CADERNOS DIGITAIS SÉRIE CONCURSO APOSTILA ANATEL - TÉCNICO EM REGULAÇÃO 48