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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO -- UNIRIO

Escola de História
POR VANIA VIDAL LUIZ
MAT. 20051311147
TRABALHO DE DIDATICA
PROFA. RACHEL COLACIQUE
http://www.youtube.com/watch?v=q0ME7RLaUSs
O VÍDEO TEM DURAÇÃO APROXIMADA DE 40 MIN, O QUE SATISFAZ UM TEMPO DE AULA DE 4550 MIN. PODE SER APRESENTADO PARA ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. Trabalha
conceitos fundamentais sobre Idade Média, como sociedade feudal, vassalidade, senhorio e servidão.
Traz uma curiosidade acerca dos debates recentes sobre a existência de “Idade Média” no Brasil. o vídeo
tem a duração de um tempo de aula.
AS INVASÕES BÁRBARAS:
a) declínio do império romano do Ocidente:
Uma confluência complexa de fatores como impostos crescentes, insegurança, crise de
abastecimento, corrupção, disputas políticas e sucessivos assassinatos aliados à
paulatina perda de controle sobre as províncias ocasionou o declínio do Império
Romano no sec. V de nossa era.

b) as incursões germânicas:

,

as chamadas tribos germânicas na verdade,
eram diversos povos diferentes que habitavam a região centro-norte da Europa. Tribos
nômades, sem escrita e de acentuado caráter guerreiro, durante séculos fizeram
intercâmbios comerciais e culturais com o Império Romano, havendo inclusive uma
fluidez bastante grande nas áreas de fronteira (os limes), com populações germânicas
vivendo dentro dos limites de Roma e gozando até de alguns privilégios. Entretanto,
com o passar do tempo essas tribos começam a migrar e a avançar sobre as
fronteiras do Império em direção ao centro.
1-- As invasões bárbaras

2--os reinos bárbaros

O mapa 1 -- incursões bárbaras. Repare que o movimento de infiltração é sempre para o centro. O Império
Romano está representado de vermelho, repare no tamanho e extensão.
Note, no mapa 2, percebe-se que a unidade existente no Imp. Romano não mais existe. Observe que não há mais
centro de poder, sim fragmentação territorial e política.
Um limes: a fronteira do Império Romano

Por acaso essa é a muralha de Adriano, demarca uma das fronteiras do Império Romano, onde hoje é a atual
Escócia.
EM UMA MANHÃ ENSOLARADA DE ALGUM DIA NO ANO DE 456 ALGUMAS TRIBOS
SIMPÁTICAS COMO ESSAS CONSEGUEM FAZER COM QUE ROMA SE MUDE PARA
CONSTANTINOPLA… E ASSIM COMEÇA A IDADE MÉDIA!
Asterix e Obelix são gauleses. Personagens criados por Urdezo e Goscinny em 1959,
rapidamente se tornaram um grande sucesso das histórias em quadrinhos.
Membros da única tribo ‘bárbara’ da região da Galícia não dominada pelo Império Romano, estão
sempre resistindo contra as incursões das legiões. Estão ambientadas em período histórico
anterior à Idade Média, mas podemos dizer que a duplinha mais espetacular da história é a
precursora dos invasores do séc. IV e V de nossa era.
… tudo bem… nem todas eram tão simpáticas assim.

O período das invasões bárbaras deve ter sido bastante violento, gerando muita insegurança nas
populações que residiam nas regiões mais afetadas. Não deve ter sido muito fácil para um romano estar
feliz e contente em sua casa, de banho tomado, cabelinho cortado e barba feita... e de repente ver um
monte de gente peluda, barbada e alguns com os corpos pintados de azul e correndo nus invadindo as
cidades, pilhando coisas e roubando as mulheres...não deve ter sido lá muito agradável...
ESTUDOS DE IDADE MÉDIA -- A ALTA IDADE MÉDIA
SÉC. v-x
PARA FINS DIDÁTICOS A IDADE MÉDIA SE DIVIDE NOS SEGUINTES PERÍODOS:

1- ALTA IDADE MÉDIA -- séc. v-x
2- IDADE MÉDIA CENTRAL -- XI- XIII

3- BAIXA IDADE MÉDIA -- XIV--XVI
O QUE SE DIZIA DELES NA ÉPOCA:
ASPECTO E COSTUME DOS HUNOS
“O povo dos Hunos, pouco conhecido pelos antigos monumentos, vivendo por trás da lagoa Meótis,
perto do oceano glacial, excede todos os modos de ferocidade. Todos eles têm membros
compactos e firmes pescoços grossos, e são tão prodigiosamente disformes e feios que os
poderíamos tomar por animais bípedes ou pelos toros desbastados em figuras que se usam nos
lados das pontes.
Tendo porém o aspecto de homens, embora desagradáveis, são rudes no seu modo de vida, de tal
maneira que não têm necessidade nem de fogo nem de comida saborosa; comem as raízes das
plantas selvagens e a carne semicrua de qualquer espécie de animal que colocam entre as suas
coxas e os dorsos dos cavalos para as aquecer um pouco.
Vestem-se com tecidos de linho ou com as peles de ratos-silvestres cozidas umas às
outras, e esta veste serve tanto para uso doméstico como de fora. Mas, uma vez que meteram o
pescoço numa túnica desbotada, não a tiram ou mudam até que pelo uso quotidiano se faça em
tiras e caia aos pedaços. (...)
Este era um Huno:

e este um romano:

Na figura 1: Reparem nas roupas, no tamanho dos cabelos...
Na figura 2: reparem na ausência de barba, no cabelo curto... Nas vestimentas...
Aqui o professor pode dialogar com a fonte histórica apresentada no slide anterior, fazendo uma comparação
entre os dois povos e as possíveis percepções sobre o outro de cada um.
1- A ALTA IDADE MÉDIA: DECOMPOSIÇÃO DO SISTEMA ROMANO

a) desaparecimento do estado: o estado centralizado de Roma entra em
decadência, sobretudo pelo abandono paulatino das cidades; há
fragmentação política.
b) regionalização política e econômica: há fragmentação política com a
mudança do centro de poder de Roma para Costantinopla. A nova
configuração política é inicialmente clanica, ligada aos cheges guerreiros;
c) declínio das cidades e ruralização: o espaço urbano se reorganiza em
núcleos menores;
d) lenta mudança do sistema de mão de obra: da escravidão para o servil
e) o reordenamento da sociedade -- a sociedade feudal.
a sociedade feudal:

não esquecer de mencionar que essa disposição da sociedade não é válida para todo o período da Idade
Média. Na Idade Média Central ocorre uma nova configuração social com o florescimento urbano: os
mercadores.
2- A ALTA IDADE MÉDIA: RECOMPOSIÇÃO DA EUROPA OCIDENTAL
a) novo centro de gravidade política: não mais em Roma, articula-se na região que
hoje compreende a França e a Alemanha
b) síntese romano-germânica e estabelecimento de laços pessoais de poder: os laços
de vassalagem – rei ou imperador e a aristocracia
c) estruturação da Igreja Romana: os monastérios e abadias substituem as antigas
estruturas administrativas locais de Roma;
d) lenta recuperação da produção: retorno do comércio de longa distância,
assentamento agrícola.
-

3 A ALTA IDADE MÉDIA: ALIANÇA ENTRE O BISPADO DE ROMA E O
REINO FRANCO
a) conversão de Clóvis (séc. V): Clóvis, rei dos Francos e pai de Carlos Magno, vendo
que a Igreja poderia lhe fornecer garantias militares e também coesão no seu reino,
converte-se ao cristianismo.

b) coroação de Carlos Magno em 800: Carlos Magno foi o grande unificador dos
francos. Fixa as fronteiras, começa uma série de reformas culturais e administrativas
importantes.
Carlos Magno

Carlos Magno foi o imperador franco responsável pela unificação deste povo. Amante das artes e das
letras, foi responsável por importantes inovações culturais em seu tempo. Embora fosse
reconhecidamente um rei sábio e culto, extremamente habilidoso para tecer alianças e obter vitórias
militares, Carlos Magno nunca aprendeu a escrever. Um de seus cronistas (historiadores da idade média)
relata que o monarca dormia com moldes de letras debaixo do travesseiro para que ‘as letras entrassem
na sua cabeça’ e suas mãos se acostumassem ao traço.
4-- A ALTA IDADE MÉDIA: IMPÉRIO CAROLÍNGIO
a) Domínio Rural (reserva senhorial e mansos camponeses):
b) vassalagem e benefício: relação de poder homem a homem, em que um guerreiro
(vassalo) presta juramento de fidelidade e a um outro (senhor) em troca de um
privilégio (feudo) a quem irá proteger e por quem irá guerrear sempre que necessário;
c) servidão: relação de submissão a um senhor em troca de proteção e assentamento.
Não possuem a posse da terra. Não são livres, mas não são escravos. São regidos
por estatutos específicos. Prestam obrigações em troca dessa proteção e do uso da
terra:
c.1) corveia, chevage, mainmorte, farmariage: são as obrigações servis.
d) Fim do Império Carolíngio: tratado de Verdun (843): Após a morte de Carlos Magno,
e a divisão do reino pelos seus três filhos, esfacela a unidade alcançada por Carlos
Magno.
O domínio:

Essa figura representa um feudo. Dá-se o nome de privilégio a um direito de exclusividade detido pelo senhor, que então o concede. Observe
que há o castelo do senhor, que mantém o privilégio sobre o forno, o celeiro, o moinho e o açude. Observe, também, que a ponte não está em
área comum, sua passagem constitui privilégio específico senhorial. Embora colocada em terras do senhor, e isso fosse possível, a Igreja na
Idade Média também tinha terras, e servos, podendo conceder privilégios. O esquema é importante para que o aluno possa entender como
funcionava o sistema agrícola na Idade Média, os tipos e épocas de colheita, a forma do uso do solo, e sobretudo as reservas senhoriais, onde
o servo trabalharia de graça alguns dias na semana como sinal de sua obrigação (corvéia). As matas, pontes e rios constituem áreas de
domínio senhorial (privilégio). A aldeia dos servos e homens livres normalmente ficava um pouco afastada do Castelo, ou do solar senhorial,
gozando de certa autonomia. Esse esquema corresponde a uma configuração existente no final da alta idade média.
O cultivo da terra
5- A ALTA IDADE MÉDIA: SACRO IMPÉRIO (SÉC. X)
a) Frágil aliança com o papado: conflitos de legitimidade e por zonas de influência entre
o papa e o imperador da Sacro-império são constantes .

b) Domínio restrito da Germânia e da Itália: Nessas duas regiões, o desenvolvimento
não é imperial, e sim predominantemente urbano. Ss comunas são um tipo especial
de cidade, gozam de autonomia concedidas por uma franquia de direitos, e são
bastantes comuns na península itálica. Na Germânia a fragmentação política faz com
que as cidades se agrupem em ligas de comércio e defesa mútuas.
A Idade Média está presente na nossa vida cotidiana:
1– nas histórias em quadrinhos e nos desenhos animados: A Caverna do Dragão
2- nos contos de fadas:

A maior parte dos contos de fadas que conhecemos hoje e que
já fazem parte do imaginário de nossas crianças foram obra de
recolha oral de estórias ancestrais, algumas possuem
obviamente traços e estruturas (castelos, senhorio,
cavaleiros...) medievais e remontam mesmo à época. É o caso
das lendas de Pearrault, algumas muito conhecidas como o
Chapeuzinho Vermelho.
3– nas lendas:
Thor
Odim
Rei Artur
Tristão e Isolda
Yvain
THOR
THOR, DEUS DO TROVÃO
Thor é um deus forte, e foi um dos mais amados e respeitados da região da Escandinávia, que fica no extremo norte da
Europa, há séculos e séculos atrás.
Filho do poderoso Odin, o deus maior da mitologia escandinava, e de Terra (Jord), Thor, ao contrário do que se pensa por
causa de seu martelo e de estar relacionado com o trovão, representava a ordem e a estabilidade, como contraste de seu pai
brigão Odin, que representava a violência e a guerra.
Thor era invocado em nome da justiça e da estabilidade.
Segundo nos contam os monges antigos, que escreveram as histórias que os escandinavos ouviam de suas mães, Thor era um
Deus alto, forte, de belos e longos cabelos vermelhos. Ele possuía um martelo de guerra mágico chamado Mjolnnir, que
carregava para cima e para baixo, em todos os lugares.
Esse martelo mágico podia capturar os principais inimigos de Thor, os gigantes de gelo, e enfrentar a temível serpente
Jormungand, que era tão grande que circundava a terra, e por isso mesmo, Thor precisava vestir luvas especiais de ferro para
poder segurá-lo, e um cinto mágico (megingjard), que aumentava a força de seu brinquedinho em dez vezes.
Thor foi casado duas vezes. Para vocês terem uma ideia, a primeira mulher de Thor, Járnsaxa, era uma gigante! E com ela,
Thor teve um filho chamado Magni (força).
Sua segunda mulher foi uma deusa guerreira muito bonita, de cabelos tão dourados que eram mais dourados que o ouro,
chamada Sif, com quem teve duas filhas, Lorrid e Thrud.
Thor gostava de encrencas, por isso mesmo, um de seus melhores amigos era o Loki, conhecido deus trapaceiro que metia a
ambos nas piores encrencas.
Como todo deus. Thor adorava aparecer, e para tal, usava uma carruagem voadora puxada por dois bodes. Quando a
carruagem passava a toda pelos céus, as montanhas estremeciam sob o peso de suas rodas, fazendo um ruído... o trovão!
E como todos os deuses nórdicos, Thor participa da Batalha do Ragnarock (Crepúsculo dos Deuses), em que mata a serpente
Jormungand, sendo morto por ela.
Thor era tão querido que, em homenagem a ele, os antigos nórdicos lhe dedicaram a quinta-feira. É por isso que em inglês ela
se chama Thursday... dia de Thor!
5– nos filmes e nos livros:

Você sabia que a série de filmes A Guerra nas Estrelas é inspirada nas lendas do Rei Artur?
Bernard Cornwell -- http://www.bernardcornwell.net/
Ken Follet – Os Pilares da Terra -- http://ken-follett.com/
George Martin: A Guerra dos Tronos -- http://www.georgerrmartin.com/
J.R Tolkien: O Hobbit e o Senhor dos Anéis -- http://tolkienbrasil.com/
E também na mais medieval de todas as instituições que nos restaram... A universidade!!!
bibliografia básica:
BASCHET, Jérôme. A Civilização Feudal – Do Ano Mil à Colonização da América. São Paulo: Editora Globo, 2011.
CARDINI, Franco. Dois Ensaios sobre o Espírito da Europa. São Paulo: Companhia Ilimitada, 1993.
LE GOFF, Jacques. Em Busca da Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
______________ Memória. In: Dicionário Temático do Ocidente medieval. Vol. II. São Paulo: Edusc, 2002.
______________ O Apogeu da Cidade Medieval. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
_______________ Cidade. In: Dicionário Temático do Ocidente medieval. Vol. II. São Paulo: Edusc, 2002.
_______________Tempo. Dicionário Temático do Ocidente medieval. Vol. II. São Paulo: Edusc, 2002.
FIM

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  • 2. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -- UNIRIO Escola de História POR VANIA VIDAL LUIZ MAT. 20051311147 TRABALHO DE DIDATICA PROFA. RACHEL COLACIQUE
  • 3. http://www.youtube.com/watch?v=q0ME7RLaUSs O VÍDEO TEM DURAÇÃO APROXIMADA DE 40 MIN, O QUE SATISFAZ UM TEMPO DE AULA DE 4550 MIN. PODE SER APRESENTADO PARA ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. Trabalha conceitos fundamentais sobre Idade Média, como sociedade feudal, vassalidade, senhorio e servidão. Traz uma curiosidade acerca dos debates recentes sobre a existência de “Idade Média” no Brasil. o vídeo tem a duração de um tempo de aula.
  • 4. AS INVASÕES BÁRBARAS: a) declínio do império romano do Ocidente: Uma confluência complexa de fatores como impostos crescentes, insegurança, crise de abastecimento, corrupção, disputas políticas e sucessivos assassinatos aliados à paulatina perda de controle sobre as províncias ocasionou o declínio do Império Romano no sec. V de nossa era. b) as incursões germânicas: , as chamadas tribos germânicas na verdade, eram diversos povos diferentes que habitavam a região centro-norte da Europa. Tribos nômades, sem escrita e de acentuado caráter guerreiro, durante séculos fizeram intercâmbios comerciais e culturais com o Império Romano, havendo inclusive uma fluidez bastante grande nas áreas de fronteira (os limes), com populações germânicas vivendo dentro dos limites de Roma e gozando até de alguns privilégios. Entretanto, com o passar do tempo essas tribos começam a migrar e a avançar sobre as fronteiras do Império em direção ao centro.
  • 5. 1-- As invasões bárbaras 2--os reinos bárbaros O mapa 1 -- incursões bárbaras. Repare que o movimento de infiltração é sempre para o centro. O Império Romano está representado de vermelho, repare no tamanho e extensão. Note, no mapa 2, percebe-se que a unidade existente no Imp. Romano não mais existe. Observe que não há mais centro de poder, sim fragmentação territorial e política.
  • 6. Um limes: a fronteira do Império Romano Por acaso essa é a muralha de Adriano, demarca uma das fronteiras do Império Romano, onde hoje é a atual Escócia.
  • 7. EM UMA MANHÃ ENSOLARADA DE ALGUM DIA NO ANO DE 456 ALGUMAS TRIBOS SIMPÁTICAS COMO ESSAS CONSEGUEM FAZER COM QUE ROMA SE MUDE PARA CONSTANTINOPLA… E ASSIM COMEÇA A IDADE MÉDIA! Asterix e Obelix são gauleses. Personagens criados por Urdezo e Goscinny em 1959, rapidamente se tornaram um grande sucesso das histórias em quadrinhos. Membros da única tribo ‘bárbara’ da região da Galícia não dominada pelo Império Romano, estão sempre resistindo contra as incursões das legiões. Estão ambientadas em período histórico anterior à Idade Média, mas podemos dizer que a duplinha mais espetacular da história é a precursora dos invasores do séc. IV e V de nossa era.
  • 8. … tudo bem… nem todas eram tão simpáticas assim. O período das invasões bárbaras deve ter sido bastante violento, gerando muita insegurança nas populações que residiam nas regiões mais afetadas. Não deve ter sido muito fácil para um romano estar feliz e contente em sua casa, de banho tomado, cabelinho cortado e barba feita... e de repente ver um monte de gente peluda, barbada e alguns com os corpos pintados de azul e correndo nus invadindo as cidades, pilhando coisas e roubando as mulheres...não deve ter sido lá muito agradável...
  • 9. ESTUDOS DE IDADE MÉDIA -- A ALTA IDADE MÉDIA SÉC. v-x PARA FINS DIDÁTICOS A IDADE MÉDIA SE DIVIDE NOS SEGUINTES PERÍODOS: 1- ALTA IDADE MÉDIA -- séc. v-x 2- IDADE MÉDIA CENTRAL -- XI- XIII 3- BAIXA IDADE MÉDIA -- XIV--XVI
  • 10. O QUE SE DIZIA DELES NA ÉPOCA: ASPECTO E COSTUME DOS HUNOS “O povo dos Hunos, pouco conhecido pelos antigos monumentos, vivendo por trás da lagoa Meótis, perto do oceano glacial, excede todos os modos de ferocidade. Todos eles têm membros compactos e firmes pescoços grossos, e são tão prodigiosamente disformes e feios que os poderíamos tomar por animais bípedes ou pelos toros desbastados em figuras que se usam nos lados das pontes. Tendo porém o aspecto de homens, embora desagradáveis, são rudes no seu modo de vida, de tal maneira que não têm necessidade nem de fogo nem de comida saborosa; comem as raízes das plantas selvagens e a carne semicrua de qualquer espécie de animal que colocam entre as suas coxas e os dorsos dos cavalos para as aquecer um pouco. Vestem-se com tecidos de linho ou com as peles de ratos-silvestres cozidas umas às outras, e esta veste serve tanto para uso doméstico como de fora. Mas, uma vez que meteram o pescoço numa túnica desbotada, não a tiram ou mudam até que pelo uso quotidiano se faça em tiras e caia aos pedaços. (...)
  • 11. Este era um Huno: e este um romano: Na figura 1: Reparem nas roupas, no tamanho dos cabelos... Na figura 2: reparem na ausência de barba, no cabelo curto... Nas vestimentas... Aqui o professor pode dialogar com a fonte histórica apresentada no slide anterior, fazendo uma comparação entre os dois povos e as possíveis percepções sobre o outro de cada um.
  • 12. 1- A ALTA IDADE MÉDIA: DECOMPOSIÇÃO DO SISTEMA ROMANO a) desaparecimento do estado: o estado centralizado de Roma entra em decadência, sobretudo pelo abandono paulatino das cidades; há fragmentação política. b) regionalização política e econômica: há fragmentação política com a mudança do centro de poder de Roma para Costantinopla. A nova configuração política é inicialmente clanica, ligada aos cheges guerreiros; c) declínio das cidades e ruralização: o espaço urbano se reorganiza em núcleos menores; d) lenta mudança do sistema de mão de obra: da escravidão para o servil e) o reordenamento da sociedade -- a sociedade feudal.
  • 13. a sociedade feudal: não esquecer de mencionar que essa disposição da sociedade não é válida para todo o período da Idade Média. Na Idade Média Central ocorre uma nova configuração social com o florescimento urbano: os mercadores.
  • 14. 2- A ALTA IDADE MÉDIA: RECOMPOSIÇÃO DA EUROPA OCIDENTAL a) novo centro de gravidade política: não mais em Roma, articula-se na região que hoje compreende a França e a Alemanha b) síntese romano-germânica e estabelecimento de laços pessoais de poder: os laços de vassalagem – rei ou imperador e a aristocracia c) estruturação da Igreja Romana: os monastérios e abadias substituem as antigas estruturas administrativas locais de Roma; d) lenta recuperação da produção: retorno do comércio de longa distância, assentamento agrícola.
  • 15. - 3 A ALTA IDADE MÉDIA: ALIANÇA ENTRE O BISPADO DE ROMA E O REINO FRANCO a) conversão de Clóvis (séc. V): Clóvis, rei dos Francos e pai de Carlos Magno, vendo que a Igreja poderia lhe fornecer garantias militares e também coesão no seu reino, converte-se ao cristianismo. b) coroação de Carlos Magno em 800: Carlos Magno foi o grande unificador dos francos. Fixa as fronteiras, começa uma série de reformas culturais e administrativas importantes.
  • 16. Carlos Magno Carlos Magno foi o imperador franco responsável pela unificação deste povo. Amante das artes e das letras, foi responsável por importantes inovações culturais em seu tempo. Embora fosse reconhecidamente um rei sábio e culto, extremamente habilidoso para tecer alianças e obter vitórias militares, Carlos Magno nunca aprendeu a escrever. Um de seus cronistas (historiadores da idade média) relata que o monarca dormia com moldes de letras debaixo do travesseiro para que ‘as letras entrassem na sua cabeça’ e suas mãos se acostumassem ao traço.
  • 17. 4-- A ALTA IDADE MÉDIA: IMPÉRIO CAROLÍNGIO a) Domínio Rural (reserva senhorial e mansos camponeses): b) vassalagem e benefício: relação de poder homem a homem, em que um guerreiro (vassalo) presta juramento de fidelidade e a um outro (senhor) em troca de um privilégio (feudo) a quem irá proteger e por quem irá guerrear sempre que necessário; c) servidão: relação de submissão a um senhor em troca de proteção e assentamento. Não possuem a posse da terra. Não são livres, mas não são escravos. São regidos por estatutos específicos. Prestam obrigações em troca dessa proteção e do uso da terra: c.1) corveia, chevage, mainmorte, farmariage: são as obrigações servis. d) Fim do Império Carolíngio: tratado de Verdun (843): Após a morte de Carlos Magno, e a divisão do reino pelos seus três filhos, esfacela a unidade alcançada por Carlos Magno.
  • 18. O domínio: Essa figura representa um feudo. Dá-se o nome de privilégio a um direito de exclusividade detido pelo senhor, que então o concede. Observe que há o castelo do senhor, que mantém o privilégio sobre o forno, o celeiro, o moinho e o açude. Observe, também, que a ponte não está em área comum, sua passagem constitui privilégio específico senhorial. Embora colocada em terras do senhor, e isso fosse possível, a Igreja na Idade Média também tinha terras, e servos, podendo conceder privilégios. O esquema é importante para que o aluno possa entender como funcionava o sistema agrícola na Idade Média, os tipos e épocas de colheita, a forma do uso do solo, e sobretudo as reservas senhoriais, onde o servo trabalharia de graça alguns dias na semana como sinal de sua obrigação (corvéia). As matas, pontes e rios constituem áreas de domínio senhorial (privilégio). A aldeia dos servos e homens livres normalmente ficava um pouco afastada do Castelo, ou do solar senhorial, gozando de certa autonomia. Esse esquema corresponde a uma configuração existente no final da alta idade média.
  • 19. O cultivo da terra
  • 20. 5- A ALTA IDADE MÉDIA: SACRO IMPÉRIO (SÉC. X) a) Frágil aliança com o papado: conflitos de legitimidade e por zonas de influência entre o papa e o imperador da Sacro-império são constantes . b) Domínio restrito da Germânia e da Itália: Nessas duas regiões, o desenvolvimento não é imperial, e sim predominantemente urbano. Ss comunas são um tipo especial de cidade, gozam de autonomia concedidas por uma franquia de direitos, e são bastantes comuns na península itálica. Na Germânia a fragmentação política faz com que as cidades se agrupem em ligas de comércio e defesa mútuas.
  • 21. A Idade Média está presente na nossa vida cotidiana: 1– nas histórias em quadrinhos e nos desenhos animados: A Caverna do Dragão
  • 22. 2- nos contos de fadas: A maior parte dos contos de fadas que conhecemos hoje e que já fazem parte do imaginário de nossas crianças foram obra de recolha oral de estórias ancestrais, algumas possuem obviamente traços e estruturas (castelos, senhorio, cavaleiros...) medievais e remontam mesmo à época. É o caso das lendas de Pearrault, algumas muito conhecidas como o Chapeuzinho Vermelho.
  • 23. 3– nas lendas: Thor Odim Rei Artur Tristão e Isolda Yvain
  • 24. THOR
  • 25. THOR, DEUS DO TROVÃO Thor é um deus forte, e foi um dos mais amados e respeitados da região da Escandinávia, que fica no extremo norte da Europa, há séculos e séculos atrás. Filho do poderoso Odin, o deus maior da mitologia escandinava, e de Terra (Jord), Thor, ao contrário do que se pensa por causa de seu martelo e de estar relacionado com o trovão, representava a ordem e a estabilidade, como contraste de seu pai brigão Odin, que representava a violência e a guerra. Thor era invocado em nome da justiça e da estabilidade. Segundo nos contam os monges antigos, que escreveram as histórias que os escandinavos ouviam de suas mães, Thor era um Deus alto, forte, de belos e longos cabelos vermelhos. Ele possuía um martelo de guerra mágico chamado Mjolnnir, que carregava para cima e para baixo, em todos os lugares. Esse martelo mágico podia capturar os principais inimigos de Thor, os gigantes de gelo, e enfrentar a temível serpente Jormungand, que era tão grande que circundava a terra, e por isso mesmo, Thor precisava vestir luvas especiais de ferro para poder segurá-lo, e um cinto mágico (megingjard), que aumentava a força de seu brinquedinho em dez vezes. Thor foi casado duas vezes. Para vocês terem uma ideia, a primeira mulher de Thor, Járnsaxa, era uma gigante! E com ela, Thor teve um filho chamado Magni (força). Sua segunda mulher foi uma deusa guerreira muito bonita, de cabelos tão dourados que eram mais dourados que o ouro, chamada Sif, com quem teve duas filhas, Lorrid e Thrud. Thor gostava de encrencas, por isso mesmo, um de seus melhores amigos era o Loki, conhecido deus trapaceiro que metia a ambos nas piores encrencas. Como todo deus. Thor adorava aparecer, e para tal, usava uma carruagem voadora puxada por dois bodes. Quando a carruagem passava a toda pelos céus, as montanhas estremeciam sob o peso de suas rodas, fazendo um ruído... o trovão! E como todos os deuses nórdicos, Thor participa da Batalha do Ragnarock (Crepúsculo dos Deuses), em que mata a serpente Jormungand, sendo morto por ela. Thor era tão querido que, em homenagem a ele, os antigos nórdicos lhe dedicaram a quinta-feira. É por isso que em inglês ela se chama Thursday... dia de Thor!
  • 26. 5– nos filmes e nos livros: Você sabia que a série de filmes A Guerra nas Estrelas é inspirada nas lendas do Rei Artur? Bernard Cornwell -- http://www.bernardcornwell.net/ Ken Follet – Os Pilares da Terra -- http://ken-follett.com/ George Martin: A Guerra dos Tronos -- http://www.georgerrmartin.com/ J.R Tolkien: O Hobbit e o Senhor dos Anéis -- http://tolkienbrasil.com/
  • 27. E também na mais medieval de todas as instituições que nos restaram... A universidade!!!
  • 28. bibliografia básica: BASCHET, Jérôme. A Civilização Feudal – Do Ano Mil à Colonização da América. São Paulo: Editora Globo, 2011. CARDINI, Franco. Dois Ensaios sobre o Espírito da Europa. São Paulo: Companhia Ilimitada, 1993. LE GOFF, Jacques. Em Busca da Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. ______________ Memória. In: Dicionário Temático do Ocidente medieval. Vol. II. São Paulo: Edusc, 2002. ______________ O Apogeu da Cidade Medieval. São Paulo: Martins Fontes, 1992. _______________ Cidade. In: Dicionário Temático do Ocidente medieval. Vol. II. São Paulo: Edusc, 2002. _______________Tempo. Dicionário Temático do Ocidente medieval. Vol. II. São Paulo: Edusc, 2002.
  • 29. FIM