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Lições Adultos

O Santuário

Lição 12 - O conflito cósmico sobre o caráter de Deus

Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR:

14 a 21 de dezembro

Ano Bíblico: Hb 7–9
"Ouvi do altar que se dizia: Certamente, ó Senhor Deus, todo-poderoso, verdadeiros e justos são os
Teus juízos." Ap 16:7.

Leituras da Semana: Ez 28:12-17; Is 14:12-15; Jó 1:6-12; Zc 3:1-5; 1Jo 4:10; 2Tm 4:8; Ez 36:23-27
Os adventistas do sétimo dia compreendem a realidade por meio do conceito bíblico do "grande conflito entre Cristo e
Satanás". Para usar uma expressão da filosofia, é a "metanarrativa", a grande e abrangente história, que ajuda a explicar
nosso mundo e as coisas que acontecem nele.
Muito importante nesse conflito é o santuário, que, como vimos, apresenta um tema recorrente que vai do começo ao fim da
história da salvação: a redenção da humanidade mediante a morte de Jesus. Adequadamente compreendida, a mensagem
do santuário também ajuda a ilustrar o caráter de Deus, que Satanás tem atacado desde o início do grande conflito no Céu.
Nesta semana, estudaremos alguns fatos importantes no grande conflito entre Cristo e Satanás, que revelam a verdade
sobre o caráter de Deus e expõem as mentiras de Satanás.
Domingo - Revolta no santuário celestial

Ano Bíblico: Hb 10, 11

1. Leia Ezequiel 28:12-17 e Isaías 14:12-15. O que esses versos ensinam sobre a queda de Lúcifer?
Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Tu és o aferidor da
medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. 13 Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua
cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a
obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados. 14 Tu eras querubim
ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. 15
Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti. 16 Na multiplicação do
teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te
farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. 17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura,
corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.
Ez 28:12-17 RC
Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! 13 E tu
dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da
congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. 14 Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao
Altíssimo. 15 E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo. Is 14:12-15 RC
À primeira vista, Ezequiel 28:11, 12 parece estar falando apenas sobre um monarca terrestre. Vários aspectos, no entanto,
sugerem que o texto realmente se refere a Satanás.
Veio mais a mim a palavra do SENHOR, dizendo: EZ 28:11 RC
Para começar, esse ser é mencionado como o querubim da guarda ungido (ou "querubim ungido que cobre", Ez 28:14,
Tradução Brasileira), o que relembra o lugar santíssimo do santuário terrestre, onde dois querubins cobriam a arca e a
presença do Senhor (Êx 37:7-9). Esse ser celestial também andava "no meio das pedras afogueadas", isto é, no "monte
santo de Deus" (Ez 28:14, RC) e no centro do "Éden, jardim de Deus" (Ez 28:13), ambas sendo expressões das figuras do
santuário. A cobertura de pedras preciosas, descrita no verso 13, contém nove pedras que também são encontradas no
peitoral do sumo sacerdote (Êx 39:10–13). Portanto, nesse ponto também temos mais referências ao santuário.
Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
Fez também dois querubins de ouro; de obra batida os fez, às duas extremidades do propiciatório; 8 um querubim a uma
extremidade desta banda, e o outro querubim à outra extremidade da outra banda; do mesmo propiciatório fez sair os
querubins às duas extremidades dele. 9 E os querubins estendiam as asas por cima, cobrindo com as asas o propiciatório;
e os seus rostos estavam defronte um do outro; o rosto dos querubins estava virado para o propiciatório. Ex 37:7-9 RC
Fez também o peitoral de obra de artífice, como a obra do éfode, de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e
de linho fino torcido. 9 Quadrado era; dobrado fizeram o peitoral; o seu comprimento era de um palmo, e a sua largura, de
um palmo dobrado. 10 E engastaram nele quatro ordens de pedras: uma ordem de um sárdio, um topázio e um carbúnculo;
esta é a primeira ordem. 11 E a segunda ordem, de uma esmeralda, uma safira e um diamante; 12 e a terceira ordem, de um
jacinto, uma ágata e uma ametista; 13 e a quarta ordem, de uma turquesa, uma sardônica e um jaspe; e todas eram
engastadas nos seus engastes de ouro. 14 Estas pedras, pois, eram, segundo os nomes dos filhos de Israel, doze, segundo
os seus nomes; de gravura de selo, cada uma com o seu nome, segundo as doze tribos. Ex 39:8-14 RC
Depois de descrever o incomparável esplendor do querubim, o texto passa a falar de sua queda moral. Sua glória "subiu
para a cabeça". Sua beleza tornou orgulhoso seu coração, seu esplendor corrompeu sua sabedoria e seu "comércio", que
provavelmente se refira à sua difamação do caráter de Deus e incitação da rebelião, o tornaram violento.
Da mesma forma, poderes terrestres arrogantes procuram se mover da Terra para o Céu. Em Isaías 14:12-15, o "filho da
alva" (em latim lucifere, de onde vem o nome Lúcifer) vai numa direção diferente: ele cai do Céu para a Terra, indicando sua
origem sobrenatural, não terrena. Outras expressões como "acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono", "monte da
congregação", "nas extremidades do Norte", e "Altíssimo" reforçam a impressão de que esse é um ser celestial. Embora os
versos 12 e 13 estejam no passado, o verso 15 de repente muda para o futuro. Essa mudança do tempo verbal indica que
houve primeiramente uma queda, do Céu para a Terra (Is 14:12), e que haverá uma segunda queda, da Terra ao Sheol (a
sepultura), em algum momento no futuro (Is 14:15). Isso não se refere a nenhum rei de Babilônia, mas, em vez disso, é
uma clara referência a Lúcifer.
Um ser perfeito, criado por um Deus perfeito caiu em pecado? O que isso nos diz sobre a realidade da liberdade moral no
Universo de Deus? E o que essa liberdade revela sobre o caráter de Deus?
Segunda - As acusações

Ano Bíblico: Hb 12, 13

Depois de cair do Céu, Satanás tentou distorcer e difamar o caráter de Deus. Ele fez isso no Éden (Gn 3:1-5), no meio do
primeiro "santuário" na Terra. Satanás trouxe sua rebelião, que se originou no santuário celestial, para o santuário terrestre
do Éden. Depois de iniciar o contato com Eva por meio da serpente, ele plantou na mente dela a ideia de que Deus os
estava privando de algo que seria bom para eles, que Ele estava retendo alguma coisa que eles deviam ter. Dessa forma,
sutilmente, o inimigo estava deturpando o caráter de Deus.
Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É
assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? 2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do
jardim comeremos, 3 mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele
tocareis, para que não morrais. 4 Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. 5 Porque Deus sabe que no dia em
que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Gn 3:1-5 RC
A queda de Adão e Eva colocou Satanás temporariamente no trono do mundo. Vários textos sugerem que Satanás havia
obtido acesso à corte celestial novamente, porém como "príncipe deste mundo" (Jo 12:31, RC), como aquele que mantém a
Terra sob controle, mas não é seu proprietário, de modo muito similar à ação de um ladrão.
2. Leia Jó 1:6-12 e Zacarias 3:1-5. Como o grande conflito é revelado nesses textos?
E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. 7
Então, o SENHOR disse a Satanás: De onde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear
por ela. 8 E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele,
homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal. 9 Então, respondeu Satanás ao SENHOR e disse:
Porventura, teme Jó a Deus debalde? 10 Porventura, não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A
obra de suas mãos abençoaste, e o seu gado está aumentado na terra. 11 Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo
quanto tem, e verás se não blasfema de ti na tua face! 12 E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto tem está na
tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR. Jó 1:6-12 RC
E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita,
para se lhe opor. 2 Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreende, ó Satanás, sim, o SENHOR, que escolheu
Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? 3 Ora, Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo. 4
Então, falando, ordenou aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estas vestes sujas. E a ele lhe disse: Eis que tenho
feito com que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de vestes novas. 5 E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a
sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre sua cabeça e o vestiram de vestes; e o anjo do SENHOR estava ali. Zc 3:1-5
RC
Esses textos nos dão um vislumbre do aspecto celestial do grande conflito. Satanás apresenta a retidão de Jó
Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
simplesmente como interesse próprio: se eu sou bom, Deus me abençoará. A implicação é que Jó não servia a Deus
porque Ele é digno, mas porque tiraria vantagens disso. De acordo com Satanás, se fosse demonstrado que servir a Deus
não traria bênção, Jó abandonaria sua fé.
No caso do sumo sacerdote Josué (note o tema do santuário) e de outros cristãos (veja Ap 12:10), Ellen G. White diz que
Satanás está acusando "os filhos de Deus e faz seu caso parecer tão desesperador quanto possível. Ele expõe ao Senhor
seus pecados e faltas" (Parábolas de Jesus, p. 167).
E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do
seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.
Ap 12:10 RC
Em ambos os casos, porém, a verdadeira questão é a justiça de Deus. A questão por trás de todas as acusações é: Deus é
justo e reto em Seus procedimentos? O caráter de Deus está em julgamento. Deus é justo quando salva os pecadores?
Deus é reto quando declara justo o injusto? Se Ele é justo, deve punir os injustos; mas se é misericordioso, deve perdoálos. Como Deus pode ser as duas coisas?
Se Deus fosse apenas um Deus de justiça, qual seria o seu destino? Por quê?
Terça - Vindicação na cruz

Ano Bíblico: Tiago

Desde o princípio, Deus não deixou dúvida de que iria invalidar as acusações de Satanás e demonstrar Seu supremo amor
e justiça. Sua justiça exige que haja pagamento da penalidade pelo pecado da humanidade. Seu amor procura restaurar a
humanidade à comunhão com Ele. Como Deus poderia manifestar as duas coisas?
3. Como Deus demonstrou tanto Seu amor quanto Sua justiça? 1Jo 4:10; Rm 3:21-26
Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para
propiciação pelos nossos pecados. 1Jo 4:10 RC
A justificação pela fé
Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas, 22 isto é, a justiça de
Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. 23 Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo
Jesus, 25 ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos
pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; 26 para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que
ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Rm. 3:21-26 RC
O caráter de amor e justiça de Deus foi revelado em sua mais plena manifestação na morte de Cristo. Deus nos amou e
enviou Seu Filho como sacrifício expiatório pelos nossos pecados (1Jo 4:10; Jo 3:16). Ao pagar em Si mesmo a penalidade
pela transgressão da lei, Deus mostrou Sua justiça: as exigências da lei tinham que ser cumpridas, e isso ocorreu na cruz,
mas na pessoa de Jesus.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna. Jo 3:16 RC
Ao mesmo tempo, por esse ato de justiça, Deus também pôde revelar Sua graça e amor, porque a morte de Jesus foi
substitutiva. Ele morreu por nós, em nosso lugar, para que não tenhamos que enfrentar a morte eterna. Esta é a incrível
provisão do evangelho: que Deus suportaria em Si mesmo o castigo que Sua justiça exigia, o castigo que legitimamente
pertencia a nós.
Romanos 3:21-26 é uma joia bíblica sobre o tema da justiça de Deus e da redenção em Jesus Cristo. A morte sacrifical de
Cristo é uma demonstração da justiça de Deus "para Ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus"
(Rm 3:26).
Mais uma vez, imagens do santuário proveem a moldura para a morte de Cristo. Nas semanas anteriores, vimos que Sua
morte foi um sacrifício perfeito e substitutivo e que Cristo é a "propiciação" [ou propiciatório] (Rm 3:25). Em resumo, o
Antigo e o Novo Testamentos revelam que a missão de Cristo foi tipificada pelo serviço do santuário terrestre.
"Com intenso interesse, os mundos não caídos observavam para ver Jeová Se levantar e assolar os habitantes da Terra.
[...] Em lugar de destruir o mundo, porém, Deus enviou Seu Filho para o salvar. [...] Justo no momento da crise, quando
Satanás parecia prestes a triunfar, veio o Filho de Deus com a embaixada da graça divina" (Ellen G. White, O Desejado de
Todas as Nações, p. 37). O que essa citação fala sobre o caráter de Deus?
Quarta - Vindicação no juízo

Ano Bíblico: 1 Pedro

Como as Escrituras mostram, o juízo de Deus é uma boa notícia para os que acreditam nEle, que confiam nEle e que são
leais a Ele, mesmo que não possamos "contestar as acusações de Satanás contra nós" (Ellen G. White, Testemunhos para
Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
a Igreja, v. 5, p. 472). No entanto, o julgamento não é apenas para nós. Ele também serve ao propósito de vindicar a Deus
perante todo o Universo.
4. Como o caráter de Deus é apresentado nos seguintes textos sobre o juízo? Sl 96:10, 13; 2Tm 4:8;Ap 16:5, 7; 19:2
Dizei entre as nações: O SENHOR reina! O mundo também se firmará para que se não abale. Ele julgará os povos com
retidão. Sl 96:10 RC
ante a face do SENHOR, porque vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com a sua
verdade. Sl 96:13 RC
Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim,
mas também a todos os que amarem a sua vinda. 2 Tm 4:8 RC
E, depois disto, olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu. Ap 16:5 RC
E um dos quatro animais deu aos sete anjos sete salvas de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. Ap
16:7 RC
porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua
prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos. Ap 19:2 RC
O caráter de Deus será revelado em Seu julgamento. No fim, o que Abraão já havia compreendido será manifestado a toda
a humanidade: "Não fará justiça o Juiz de toda a Terra?" (Gn 18:25). As diferentes fases do juízo, com suas investigações
do livro aberto, garantem que os anjos (no juízo pré-advento) e os justos (no juízo durante o milênio) podem comprovar e
ter certeza de que Deus é justo em Sua maneira de lidar com a humanidade e que Ele tem sido misericordioso em cada
caso.
5. Leia Filipenses 2:5-11. Que evento é descrito nesses versos?
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 que, sendo em forma de Deus, não
teve por usurpação ser igual a Deus. 7 Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. 9
Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, 10 para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus
Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Fp 2:5-11 RC
Os versos 9-11 preveem a exaltação de Cristo. As duas principais ações expressam o mesmo pensamento: Jesus é
Senhor, e toda a criação O reconhecerá como tal. Primeiro, todo joelho se dobrará (v. 10). O ato de dobrar os joelhos é uma
ação habitual para reconhecer a autoridade de alguém. Aqui a expressão se refere à homenagem prestada a Cristo,
reconhecendo Sua soberania suprema. A dimensão da homenagem é Universal. "Nos Céus, na Terra e debaixo da Terra", o
que inclui todos os seres vivos: os seres sobrenaturais no Céu, os seres vivos na Terra e os mortos ressuscitados.
Aparentemente, os que prestarão homenagem não são apenas os salvos. Todos reconhecerão o senhorio de Cristo,
mesmo os perdidos.
A segunda ação é que todos devem confessar "que Jesus Cristo é Senhor" (v. 11). No fim, todos reconhecerão a justiça de
Deus em exaltar Cristo como Senhor. Dessa forma, toda a criação reconhecerá o caráter de Deus, que tem estado no
centro do grande conflito, como sendo justo e fiel. Mesmo Satanás, o arqui-inimigo de Cristo, reconhecerá a justiça de Deus
e se curvará à supremacia de Cristo (leia de Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 670, 671).
Quinta - O espetáculo cósmico

Ano Bíblico: 2 Pedro

Durante o Sermão da Montanha, Jesus proferiu estas palavras surpreendentes: "Assim brilhe também a vossa luz diante
dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus" (Mt 5:16). Com isso, Ele
revelou um princípio que, embora seja facilmente mal-interpretado, ainda assim é visto em toda a Bíblia: o princípio de que,
sendo seguidores de Cristo, podemos trazer glória ou vergonha a Deus pelas nossas ações.
6. Leia Ezequiel 36:23-27. Como Deus vindicaria Seu nome no antigo Israel?
E eu santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; e as nações
saberão que eu sou o SENHOR, diz o Senhor JEOVÁ, quando eu for santificado aos seus olhos. 24 E vos tomarei dentre as
nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. 25 Então, espalharei água pura sobre vós, e
ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. 26 E vos darei um coração
novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne.
27 E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.
Ez 36:23-27 RC
Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
Esses versos contêm uma das passagens clássicas sobre a nova aliança. Deus deseja operar uma impressionante
transformação entre Seu povo. Ele vai purificá-lo (v. 25) e conceder-lhe novo coração e novo espírito (v. 26), de modo que
ele se torne um povo santo e siga Seus mandamentos. O que o Senhor deseja realizar é justificar e santificar os fiéis, e, por
sua vida, eles honrarão a Deus pelo que Ele é e faz (v. 23).
O elemento-chave na vindicação do caráter do Senhor perante o Universo é a cruz. "Satanás viu que estava
desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o Universo celestial. Revelara-se um
homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais" (Ellen G.
White, O Desejado de Todas as Nações, p. 761).
Ao mesmo tempo, os seguidores de Cristo do Novo Testamento são chamados de "espetáculo ao mundo, tanto a anjos,
como a homens" (1Co 4:9). Isto é, o que fazemos está sendo visto não apenas por outras pessoas, mas também por seres
celestiais. Que tipo de testemunho apresentamos? Por nossa vida, podemos dar a conhecer "a multiforme sabedoria de
Deus" diante "dos principados e potestades nos lugares celestiais" (Ef 3:10). Ou nossa vida pode trazer vergonha e desonra
ao nome do Senhor a quem professamos servir.
para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes Ef 3:10 RA
Que tipo de espetáculo sua vida apresenta para outras pessoas e aos anjos? Por meio dele, Deus é glorificado, ou Satanás
pode exultar, considerando que você professa seguir a Jesus?
Sexta - Estudo adicional

Ano Bíblico: 1 João

Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 33-43: "Por que Foi Permitido o Pecado?"; Testemunhos Para a Igreja, v. 5,
p. 737-746: "O Caráter de Deus Revelado em Cristo".
"Havia no mundo Alguém que foi perfeito Representante do Pai, Alguém cujo caráter e prática refutavam as falsas
representações que Satanás fazia de Deus. Satanás atribuiu a Deus as qualidades por ele mesmo possuídas. Em Cristo,
ele via Deus revelado em Seu verdadeiro caráter – Pai compassivo e misericordioso, não querendo que ninguém se perca,
mas que todos se cheguem a Ele, arrependidos, e tenham vida eterna" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 254).
"A missão de Cristo, compreendida tão vagamente, e tão debilmente assimilada, e que O chamou do trono de Deus para o
mistério do altar da cruz do Calvário, se desdobrará mais e mais à mente, e se verá que, no sacrifício de Cristo se encontra
a fonte e princípio de todas as outras missões de amor" (Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 319).
Perguntas para reflexão
1. Pense na ideia de que, no momento em que o grande conflito terminar, todos os seres inteligentes no Universo, incluindo
Satanás e os perdidos, reconhecerão a justiça e retidão de Deus em Sua maneira de tratar o pecado e a rebelião. Embora
seja difícil entender esse conceito, o que isso nos diz sobre o caráter de Deus? O que nos ensina sobre a realidade da
liberdade moral? A liberdade é importante para o Universo criado por Deus?
2. Há muitos cristãos que negam a existência de Satanás, vendo-o apenas como uma antiga superstição de povos
primitivos que procuravam explicar o mal e o sofrimento no mundo. Pense no grande engano dessa visão. É difícil imaginar
que tipo de cristianismo poderia negar a realidade de um poder tantas vezes revelado na Bíblia, especialmente no Novo
Testamento, como um ser real. O que isso nos diz sobre a forte influência exercida sobre algumas igrejas pelas incursões
do modernismo e secularismo? O que podemos aprender com os erros que vemos outros cometendo a fim de não cairmos
no mesmo engano? Sem Satanás como um ser literal, o que aconteceria com o tema do grande conflito?
Respostas sugestivas: 1. Lúcifer foi corrompido pela própria beleza, esplendor e capacidade. Cobiçou a adoração devida a
Deus, difamou o caráter de Deus e foi expulso do Céu. 2. Enquanto Satanás acusa o ser humano de seguir a Deus por
interesse próprio e aponta a impureza de suas vestes, tentando levá-lo à condenação, Deus justifica Seus servos e os
purifica pela fé em Sua misericórdia. 3. Sua justiça foi demonstrada no sacrifício de Cristo para pagar o preço do pecado;
Seu amor foi demonstrado no perdão oferecido mediante a fé no sacrifício de Cristo. 4. Deus é Juiz justo e verdadeiro. 5.
Jesus Cristo Se esvaziou e Se humilhou para nos salvar. No fim, Deus e o Universo inteiro exaltarão a Cristo. Todo joelho
se dobrará diante dEle, reconhecendo que Seu nome está acima de todo nome. 6. Deus iria libertar e trazer Seu povo do
cativeiro; iria purificá-lo e transformá-lo. Dessa forma, Seu nome seria santificado e vindicado entre as nações.
Auxiliar – Resumo
Texto-chave: Apocalipse 16:7
E ouvi uma voz do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos. Ap
16:7
O aluno deverá...
Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
Conhecer: A essência do ataque de Satanás contra Deus na revolta original no Céu e como os juízos de Deus refletem Seu
amor e justiça.
Sentir: Apreciar e perceber como o caráter amoroso de Deus foi revelado na vida, morte e ressurreição de Cristo.
Fazer: Permanecer constantemente no serviço do Senhor, deixando Deus ser Deus em sua vida.
Esboço
I. Conhecer: A primeira revolta no santuário celestial
A. Como Isaías 14 e Ezequiel 28 descrevem Satanás antes de sua queda?
B. Quais foram as alegações originais de Satanás contra Deus?
C. O que significa o fato de que fomos criados como seres morais livres?
II. Sentir: Vindicação de Deus na cruz
A. Que lições a cruz ensinou aos anjos?
B. O pecado começou com o orgulho de Lúcifer e foi derrotado pela humildade de Jesus. Que aspecto do orgulho é tão
traiçoeiro que até mesmo uma criatura perfeita de Deus caiu nele?
C. Como Deus pode ser justo e misericordioso ao mesmo tempo?
III. Fazer: A igreja e os cristãos individuais como atores no teatro do Universo
A. Como nossa fé e obediência podem vindicar o amoroso caráter de Deus?
B. Como os cristãos podem viver para vergonha de Deus e desonrar Seu nome?
C. A rebelião no Céu foi promovida por meio de fofocas. Como você pode deixar de participar de todas as formas de fofoca?
Resumo: Por Suas ações, Deus justifica a Si mesmo diante de todo o Universo. O poder do Seu amor vencerá.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Jó 1:6-12; Ez 36:26, 27
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus deseja que compreendamos as questões do grande conflito e
conheçamos nosso papel nessa guerra espiritual entre o bem e o mal, entre Cristo e Satanás. Não somos espectadores,
mas parte do drama, estamos no palco. Se permanecermos em estreita relação com o Deus vivo, seremos participantes de
Sua vitória final sobre o mal, o que é assegurado devido à Sua vitória na cruz. Na batalha final com o mal, Deus será visto
como Aquele que é a garantia da verdadeira liberdade, e todos entenderão que Ele é o Deus de amor, verdade e justiça.
Então, todos os redimidos e os habitantes do Céu servirão ao Senhor com profunda devoção, corações dispostos e alegria
por toda a eternidade.
Somente para o professor: Deus realmente nos convida a compreender Suas decisões, a fim de que sejamos capazes de
ver que Ele é o Deus do amor e justiça (Rm 3:4; Sl 51:4; 34:8; Fp 2:10, 11). Sua autoridade, palavra e Seu caráter foram
desafiados e ridicularizados desde o princípio (Gn 3:1-5; veja também Is 14:12-15; Ez 28:11-19). É interessante que a raiz
hebraica rakal (usada em Ezequiel 28:16), também pode significar "andar por aí fazendo fofoca ou difamando", o que revela
o método de trabalho de Satanás, assim como ocorreu quando ele acusou Deus de injustiça (hebraico 'avelah). A lição
desta semana ajuda o estudante da Bíblia a compreender as questões do grande conflito. Na seção Compreensão,
focalizaremos o livro de Jó, que provê uma visão significativa do tema da guerra espiritual.
Compreensão
Somente para o professor: O livro de Jó começa com um prólogo que descreve duas cenas celestiais de intensa
controvérsia entre Deus e Satanás (1:6-12; 2:1-7). Ali é descrita uma assembleia celestial diante do Governante Soberano
do Universo, na qual os filhos de Deus se reuniram diante dEle. Satanás, o adversário "veio também [...] entre eles" (1:6). A
palavra também sugere que ele não era um membro regular desse grupo. O contexto imediato dá a impressão de que ele
se comporta como aquele a quem a Terra pertence: "De rodear a Terra e passear por ela" (v. 7). Satanás é caracterizado
como um intruso, assumindo os papéis de acusador e proprietário do planeta Terra.
Comentário Bíblico
De acordo com o prólogo do livro de Jó, Deus justifica esse patriarca diante de uma assembleia solene (1:8; 2:3). Duas
vezes nos dois primeiros capítulos, Deus declarou que Jó era justo, íntegro, reto, temente a Deus, e que se desviava do
mal. Seu caráter era inquestionável não porque ele estivesse sem pecado (Jó sabia que era pecador; leia Jó 7:21; 10:6;
14:17), mas por causa da graça transformadora de Deus. Nesses dois encontros, realizados por Deus, Ele dirigiu Suas
palavras a Satanás e o envolveu em intenso diálogo. Deus é apresentado como defendendo Jó de modo veemente. Mas
Satanás não compartilhava do amor de Deus por Jó e envolveu Jó em seu argumento contra Deus.
I. A primeira questão: Deus é justo ao justificar pecadores? (Recapitule com a classe Jó 1:8-11; Rm 3:26.)
Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
Satanás não concordou com a declaração divina de que Jó era justo, e O desafiou com uma pergunta aparentemente
inocente: "Será que Jó não tem razões para temer a Deus?" (Jó 1:9, NVI). À primeira vista, essa pergunta foi dirigida contra
Jó, mas na realidade foi um ataque a Deus, na tentativa de refutar Sua declaração sobre Jó. O verdadeiro drama gira em
torno do fato de que Deus é por nós e nos proclama justos. Assim, o tema principal do livro de Jó é a justiça de Deus
(teodiceia): Deus é justo quando nos justifica?
Pergunta para discussão: Por que o povo de Deus aparentemente é mais provado do que os incrédulos? Qual propósito
especial há por trás dessas aflições?
II. A segunda questão: Por quais motivos os cristãos servem a Deus? (Recapitule com a classe Jó 1:9; Jó 2:3.)
Para entender a pergunta cínica de Satanás ("Será que Jó não tem razões para temer a Deus?" [NVI] ou "Porventura teme
Jó a Deus debalde?" [RC]), que introduz o tema e o enredo do livro, é necessário estudar a expressão-chave da pergunta,
"debalde" (ou "não tem razões", ou "por nada?" [New King James Version]. O termo hebraico para essa expressão,
chinnam, ocorre quatro vezes no livro (1:9; 2:3; 9:17; 22:6). Ele pode ser traduzido também como "grátis", "sem razão", "por
nada", "espontaneamente", "sem nenhum propósito", "em vão" e "sem causa". A pergunta de Satanás pode ser expressa
assim: "Será que Jó serve a Deus sem interesse? Sua piedade é altruísta e sua devoção é sincera?" Ou, em outras
palavras: Ele serve a Deus por amor, ou seja, por nada? Assim, diante de todo o Universo devem ser esclarecidos os
nossos motivos para servir a Deus. É por medo e para escapar da punição e morte? É pela recompensa da vida eterna e
muitas outras bênçãos? Ou nós obedecemos por gratidão, porque O amamos por causa de Sua pessoa, pelo que Ele é?
Pergunta para discussão: Por que nossos motivos são tão importantes que precisam ser revelados na corte celestial?
Atividade: Peça que os alunos comentem seus motivos para seguir a Deus. Que papel nossos motivos desempenham na
vida? Que diferenças eles fazem?
III. A terceira questão: Em quem confiamos e a quem obedecemos? (Recapitule com a classe Gn 2:16, 17; 3:4; Jó 13:15.)
Jó confessou sua confiança total no Senhor, embora não entendesse o que estava acontecendo em sua vida. Ele conhecia
Deus a partir de sua experiência anterior como um Deus bom, amoroso e carinhoso. Por isso, ele permanecia com o
Senhor:
"Ainda que Ele me mate, nEle esperarei" (Jó 13:15). Em outra ocasião, ele proclamou poderosamente sua fé pessoal em
um Deus pessoal: "Eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim Se levantará sobre a Terra. E depois de consumida a
minha pele, ainda em minha carne verei a Deus. Vê-Lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, O verão" (Jó
19:25-27, RC).
Em última análise, o que é realmente importante é em quem nós confiamos. Seguimos Deus e Suas instruções, ou vivemos
de acordo com nossas opiniões egoístas e ofertas de Satanás? Nossa orientação e direção na vida são as coisas que
devem ser claramente reveladas no grande conflito.
O profeta Ezequiel anunciou a promessa de Deus de dar Seu Espírito ao Seu povo, a fim de que ele obedecesse Suas leis:
"Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um
coração de carne. Porei o Meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os Meus decretos e a obedecerem
fielmente às Minhas leis" (Ez 36:26, 27, NVI). O transplante de coração é necessário para que sejamos capazes de seguir a
Deus e a Seus preceitos. A circuncisão do coração só pode ser realizada pelo cirurgião celestial. O Espírito muda e
transforma vidas. Ele é o que habita no coração, o Santificador e Recriador. Ele é o Espírito transformador, que habita
conosco e em nós. O Espírito de Deus traz vida nova (Ez 37:1-14).
A lei de Deus é colocada em nosso coração somente pela obra do Espírito Santo. Ezequiel 36:27 diz literalmente: "Eu darei
o Meu Espírito a vocês, e farei com que vocês andem nos Meus estatutos e guardem os Meus mandamentos, e vocês os
cumprirão" (tradução do autor). Em outras palavras, Deus diz: "Eu farei com que vocês façam", o que significa que Deus
nos moverá ou motivará a obedecer pelo Seu Espírito. O Senhor ordena a obediência, e devemos tomar a decisão de
obedecer, mas somos incapazes de cumprir essa decisão. No entanto, quando cooperamos com Deus, Ele nos dá Seu
Espírito para fazer com que essa obediência aconteça. O que Deus ordena a Seu povo, Ele sempre o ajuda a fazer. O que
Ele requer, Ele provê. A obediência é um dom de Deus, não nosso desempenho nem nossa realização, e ela prova também
que Deus é justo.
Perguntas para discussão: Como Deus pode nos ensinar a cumprir Sua vontade e nos conduzir pelo Seu Espírito? Como
você pode reconhecer a vontade de Deus para sua vida? Por que Davi pediu: "Ensina-me a fazer a Tua vontade, pois Tu és
o meu Deus; guie-me o Teu bom Espírito por terreno plano" (Sl 143:10)?
Aplicação
Somente para o professor: O livro de Jó lança luz sobre muitas questões importantes, além das mencionadas nesta lição
(por exemplo, Deus não é o autor do sofrimento; o Senhor não é o responsável pelo mal no mundo; os seguidores de Deus
estão dispostos a fazer a vontade dEle e morrer por Ele, em vez de garantir a própria vida; a soberania de Deus e a
liberdade humana). Comente com a classe as implicações práticas dessas muitas questões.
Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
Atividades práticas
Somente para o professor: Quando Jó sofreu, seus amigos o visitaram e apresentaram uma teologia errada. A solidariedade
que mostramos aos que sofrem é a coisa mais importante. Os que sofrem precisam da nossa presença, não das nossas
explicações. Pergunte aos alunos: A quem você deve visitar a fim de fazer diferença em sua vida e trazer luz e esperança a
essa pessoa?

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Lições sobre o conflito cósmico e o caráter de Deus

  • 1. Lições Adultos O Santuário Lição 12 - O conflito cósmico sobre o caráter de Deus Sábado à tarde VERSO PARA MEMORIZAR: 14 a 21 de dezembro Ano Bíblico: Hb 7–9 "Ouvi do altar que se dizia: Certamente, ó Senhor Deus, todo-poderoso, verdadeiros e justos são os Teus juízos." Ap 16:7. Leituras da Semana: Ez 28:12-17; Is 14:12-15; Jó 1:6-12; Zc 3:1-5; 1Jo 4:10; 2Tm 4:8; Ez 36:23-27 Os adventistas do sétimo dia compreendem a realidade por meio do conceito bíblico do "grande conflito entre Cristo e Satanás". Para usar uma expressão da filosofia, é a "metanarrativa", a grande e abrangente história, que ajuda a explicar nosso mundo e as coisas que acontecem nele. Muito importante nesse conflito é o santuário, que, como vimos, apresenta um tema recorrente que vai do começo ao fim da história da salvação: a redenção da humanidade mediante a morte de Jesus. Adequadamente compreendida, a mensagem do santuário também ajuda a ilustrar o caráter de Deus, que Satanás tem atacado desde o início do grande conflito no Céu. Nesta semana, estudaremos alguns fatos importantes no grande conflito entre Cristo e Satanás, que revelam a verdade sobre o caráter de Deus e expõem as mentiras de Satanás. Domingo - Revolta no santuário celestial Ano Bíblico: Hb 10, 11 1. Leia Ezequiel 28:12-17 e Isaías 14:12-15. O que esses versos ensinam sobre a queda de Lúcifer? Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. 13 Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados. 14 Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. 15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti. 16 Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. 17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Ez 28:12-17 RC Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! 13 E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. 14 Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. 15 E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo. Is 14:12-15 RC À primeira vista, Ezequiel 28:11, 12 parece estar falando apenas sobre um monarca terrestre. Vários aspectos, no entanto, sugerem que o texto realmente se refere a Satanás. Veio mais a mim a palavra do SENHOR, dizendo: EZ 28:11 RC Para começar, esse ser é mencionado como o querubim da guarda ungido (ou "querubim ungido que cobre", Ez 28:14, Tradução Brasileira), o que relembra o lugar santíssimo do santuário terrestre, onde dois querubins cobriam a arca e a presença do Senhor (Êx 37:7-9). Esse ser celestial também andava "no meio das pedras afogueadas", isto é, no "monte santo de Deus" (Ez 28:14, RC) e no centro do "Éden, jardim de Deus" (Ez 28:13), ambas sendo expressões das figuras do santuário. A cobertura de pedras preciosas, descrita no verso 13, contém nove pedras que também são encontradas no peitoral do sumo sacerdote (Êx 39:10–13). Portanto, nesse ponto também temos mais referências ao santuário. Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
  • 2. Fez também dois querubins de ouro; de obra batida os fez, às duas extremidades do propiciatório; 8 um querubim a uma extremidade desta banda, e o outro querubim à outra extremidade da outra banda; do mesmo propiciatório fez sair os querubins às duas extremidades dele. 9 E os querubins estendiam as asas por cima, cobrindo com as asas o propiciatório; e os seus rostos estavam defronte um do outro; o rosto dos querubins estava virado para o propiciatório. Ex 37:7-9 RC Fez também o peitoral de obra de artífice, como a obra do éfode, de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido. 9 Quadrado era; dobrado fizeram o peitoral; o seu comprimento era de um palmo, e a sua largura, de um palmo dobrado. 10 E engastaram nele quatro ordens de pedras: uma ordem de um sárdio, um topázio e um carbúnculo; esta é a primeira ordem. 11 E a segunda ordem, de uma esmeralda, uma safira e um diamante; 12 e a terceira ordem, de um jacinto, uma ágata e uma ametista; 13 e a quarta ordem, de uma turquesa, uma sardônica e um jaspe; e todas eram engastadas nos seus engastes de ouro. 14 Estas pedras, pois, eram, segundo os nomes dos filhos de Israel, doze, segundo os seus nomes; de gravura de selo, cada uma com o seu nome, segundo as doze tribos. Ex 39:8-14 RC Depois de descrever o incomparável esplendor do querubim, o texto passa a falar de sua queda moral. Sua glória "subiu para a cabeça". Sua beleza tornou orgulhoso seu coração, seu esplendor corrompeu sua sabedoria e seu "comércio", que provavelmente se refira à sua difamação do caráter de Deus e incitação da rebelião, o tornaram violento. Da mesma forma, poderes terrestres arrogantes procuram se mover da Terra para o Céu. Em Isaías 14:12-15, o "filho da alva" (em latim lucifere, de onde vem o nome Lúcifer) vai numa direção diferente: ele cai do Céu para a Terra, indicando sua origem sobrenatural, não terrena. Outras expressões como "acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono", "monte da congregação", "nas extremidades do Norte", e "Altíssimo" reforçam a impressão de que esse é um ser celestial. Embora os versos 12 e 13 estejam no passado, o verso 15 de repente muda para o futuro. Essa mudança do tempo verbal indica que houve primeiramente uma queda, do Céu para a Terra (Is 14:12), e que haverá uma segunda queda, da Terra ao Sheol (a sepultura), em algum momento no futuro (Is 14:15). Isso não se refere a nenhum rei de Babilônia, mas, em vez disso, é uma clara referência a Lúcifer. Um ser perfeito, criado por um Deus perfeito caiu em pecado? O que isso nos diz sobre a realidade da liberdade moral no Universo de Deus? E o que essa liberdade revela sobre o caráter de Deus? Segunda - As acusações Ano Bíblico: Hb 12, 13 Depois de cair do Céu, Satanás tentou distorcer e difamar o caráter de Deus. Ele fez isso no Éden (Gn 3:1-5), no meio do primeiro "santuário" na Terra. Satanás trouxe sua rebelião, que se originou no santuário celestial, para o santuário terrestre do Éden. Depois de iniciar o contato com Eva por meio da serpente, ele plantou na mente dela a ideia de que Deus os estava privando de algo que seria bom para eles, que Ele estava retendo alguma coisa que eles deviam ter. Dessa forma, sutilmente, o inimigo estava deturpando o caráter de Deus. Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? 2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, 3 mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. 4 Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. 5 Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Gn 3:1-5 RC A queda de Adão e Eva colocou Satanás temporariamente no trono do mundo. Vários textos sugerem que Satanás havia obtido acesso à corte celestial novamente, porém como "príncipe deste mundo" (Jo 12:31, RC), como aquele que mantém a Terra sob controle, mas não é seu proprietário, de modo muito similar à ação de um ladrão. 2. Leia Jó 1:6-12 e Zacarias 3:1-5. Como o grande conflito é revelado nesses textos? E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. 7 Então, o SENHOR disse a Satanás: De onde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela. 8 E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal. 9 Então, respondeu Satanás ao SENHOR e disse: Porventura, teme Jó a Deus debalde? 10 Porventura, não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e o seu gado está aumentado na terra. 11 Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema de ti na tua face! 12 E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR. Jó 1:6-12 RC E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor. 2 Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreende, ó Satanás, sim, o SENHOR, que escolheu Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? 3 Ora, Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo. 4 Então, falando, ordenou aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estas vestes sujas. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de vestes novas. 5 E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre sua cabeça e o vestiram de vestes; e o anjo do SENHOR estava ali. Zc 3:1-5 RC Esses textos nos dão um vislumbre do aspecto celestial do grande conflito. Satanás apresenta a retidão de Jó Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
  • 3. simplesmente como interesse próprio: se eu sou bom, Deus me abençoará. A implicação é que Jó não servia a Deus porque Ele é digno, mas porque tiraria vantagens disso. De acordo com Satanás, se fosse demonstrado que servir a Deus não traria bênção, Jó abandonaria sua fé. No caso do sumo sacerdote Josué (note o tema do santuário) e de outros cristãos (veja Ap 12:10), Ellen G. White diz que Satanás está acusando "os filhos de Deus e faz seu caso parecer tão desesperador quanto possível. Ele expõe ao Senhor seus pecados e faltas" (Parábolas de Jesus, p. 167). E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. Ap 12:10 RC Em ambos os casos, porém, a verdadeira questão é a justiça de Deus. A questão por trás de todas as acusações é: Deus é justo e reto em Seus procedimentos? O caráter de Deus está em julgamento. Deus é justo quando salva os pecadores? Deus é reto quando declara justo o injusto? Se Ele é justo, deve punir os injustos; mas se é misericordioso, deve perdoálos. Como Deus pode ser as duas coisas? Se Deus fosse apenas um Deus de justiça, qual seria o seu destino? Por quê? Terça - Vindicação na cruz Ano Bíblico: Tiago Desde o princípio, Deus não deixou dúvida de que iria invalidar as acusações de Satanás e demonstrar Seu supremo amor e justiça. Sua justiça exige que haja pagamento da penalidade pelo pecado da humanidade. Seu amor procura restaurar a humanidade à comunhão com Ele. Como Deus poderia manifestar as duas coisas? 3. Como Deus demonstrou tanto Seu amor quanto Sua justiça? 1Jo 4:10; Rm 3:21-26 Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. 1Jo 4:10 RC A justificação pela fé Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas, 22 isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. 23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, 25 ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; 26 para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Rm. 3:21-26 RC O caráter de amor e justiça de Deus foi revelado em sua mais plena manifestação na morte de Cristo. Deus nos amou e enviou Seu Filho como sacrifício expiatório pelos nossos pecados (1Jo 4:10; Jo 3:16). Ao pagar em Si mesmo a penalidade pela transgressão da lei, Deus mostrou Sua justiça: as exigências da lei tinham que ser cumpridas, e isso ocorreu na cruz, mas na pessoa de Jesus. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Jo 3:16 RC Ao mesmo tempo, por esse ato de justiça, Deus também pôde revelar Sua graça e amor, porque a morte de Jesus foi substitutiva. Ele morreu por nós, em nosso lugar, para que não tenhamos que enfrentar a morte eterna. Esta é a incrível provisão do evangelho: que Deus suportaria em Si mesmo o castigo que Sua justiça exigia, o castigo que legitimamente pertencia a nós. Romanos 3:21-26 é uma joia bíblica sobre o tema da justiça de Deus e da redenção em Jesus Cristo. A morte sacrifical de Cristo é uma demonstração da justiça de Deus "para Ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus" (Rm 3:26). Mais uma vez, imagens do santuário proveem a moldura para a morte de Cristo. Nas semanas anteriores, vimos que Sua morte foi um sacrifício perfeito e substitutivo e que Cristo é a "propiciação" [ou propiciatório] (Rm 3:25). Em resumo, o Antigo e o Novo Testamentos revelam que a missão de Cristo foi tipificada pelo serviço do santuário terrestre. "Com intenso interesse, os mundos não caídos observavam para ver Jeová Se levantar e assolar os habitantes da Terra. [...] Em lugar de destruir o mundo, porém, Deus enviou Seu Filho para o salvar. [...] Justo no momento da crise, quando Satanás parecia prestes a triunfar, veio o Filho de Deus com a embaixada da graça divina" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 37). O que essa citação fala sobre o caráter de Deus? Quarta - Vindicação no juízo Ano Bíblico: 1 Pedro Como as Escrituras mostram, o juízo de Deus é uma boa notícia para os que acreditam nEle, que confiam nEle e que são leais a Ele, mesmo que não possamos "contestar as acusações de Satanás contra nós" (Ellen G. White, Testemunhos para Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
  • 4. a Igreja, v. 5, p. 472). No entanto, o julgamento não é apenas para nós. Ele também serve ao propósito de vindicar a Deus perante todo o Universo. 4. Como o caráter de Deus é apresentado nos seguintes textos sobre o juízo? Sl 96:10, 13; 2Tm 4:8;Ap 16:5, 7; 19:2 Dizei entre as nações: O SENHOR reina! O mundo também se firmará para que se não abale. Ele julgará os povos com retidão. Sl 96:10 RC ante a face do SENHOR, porque vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com a sua verdade. Sl 96:13 RC Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. 2 Tm 4:8 RC E, depois disto, olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu. Ap 16:5 RC E um dos quatro animais deu aos sete anjos sete salvas de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. Ap 16:7 RC porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos. Ap 19:2 RC O caráter de Deus será revelado em Seu julgamento. No fim, o que Abraão já havia compreendido será manifestado a toda a humanidade: "Não fará justiça o Juiz de toda a Terra?" (Gn 18:25). As diferentes fases do juízo, com suas investigações do livro aberto, garantem que os anjos (no juízo pré-advento) e os justos (no juízo durante o milênio) podem comprovar e ter certeza de que Deus é justo em Sua maneira de lidar com a humanidade e que Ele tem sido misericordioso em cada caso. 5. Leia Filipenses 2:5-11. Que evento é descrito nesses versos? De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. 7 Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Fp 2:5-11 RC Os versos 9-11 preveem a exaltação de Cristo. As duas principais ações expressam o mesmo pensamento: Jesus é Senhor, e toda a criação O reconhecerá como tal. Primeiro, todo joelho se dobrará (v. 10). O ato de dobrar os joelhos é uma ação habitual para reconhecer a autoridade de alguém. Aqui a expressão se refere à homenagem prestada a Cristo, reconhecendo Sua soberania suprema. A dimensão da homenagem é Universal. "Nos Céus, na Terra e debaixo da Terra", o que inclui todos os seres vivos: os seres sobrenaturais no Céu, os seres vivos na Terra e os mortos ressuscitados. Aparentemente, os que prestarão homenagem não são apenas os salvos. Todos reconhecerão o senhorio de Cristo, mesmo os perdidos. A segunda ação é que todos devem confessar "que Jesus Cristo é Senhor" (v. 11). No fim, todos reconhecerão a justiça de Deus em exaltar Cristo como Senhor. Dessa forma, toda a criação reconhecerá o caráter de Deus, que tem estado no centro do grande conflito, como sendo justo e fiel. Mesmo Satanás, o arqui-inimigo de Cristo, reconhecerá a justiça de Deus e se curvará à supremacia de Cristo (leia de Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 670, 671). Quinta - O espetáculo cósmico Ano Bíblico: 2 Pedro Durante o Sermão da Montanha, Jesus proferiu estas palavras surpreendentes: "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus" (Mt 5:16). Com isso, Ele revelou um princípio que, embora seja facilmente mal-interpretado, ainda assim é visto em toda a Bíblia: o princípio de que, sendo seguidores de Cristo, podemos trazer glória ou vergonha a Deus pelas nossas ações. 6. Leia Ezequiel 36:23-27. Como Deus vindicaria Seu nome no antigo Israel? E eu santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; e as nações saberão que eu sou o SENHOR, diz o Senhor JEOVÁ, quando eu for santificado aos seus olhos. 24 E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. 25 Então, espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. 26 E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. 27 E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis. Ez 36:23-27 RC Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
  • 5. Esses versos contêm uma das passagens clássicas sobre a nova aliança. Deus deseja operar uma impressionante transformação entre Seu povo. Ele vai purificá-lo (v. 25) e conceder-lhe novo coração e novo espírito (v. 26), de modo que ele se torne um povo santo e siga Seus mandamentos. O que o Senhor deseja realizar é justificar e santificar os fiéis, e, por sua vida, eles honrarão a Deus pelo que Ele é e faz (v. 23). O elemento-chave na vindicação do caráter do Senhor perante o Universo é a cruz. "Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o Universo celestial. Revelara-se um homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 761). Ao mesmo tempo, os seguidores de Cristo do Novo Testamento são chamados de "espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens" (1Co 4:9). Isto é, o que fazemos está sendo visto não apenas por outras pessoas, mas também por seres celestiais. Que tipo de testemunho apresentamos? Por nossa vida, podemos dar a conhecer "a multiforme sabedoria de Deus" diante "dos principados e potestades nos lugares celestiais" (Ef 3:10). Ou nossa vida pode trazer vergonha e desonra ao nome do Senhor a quem professamos servir. para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes Ef 3:10 RA Que tipo de espetáculo sua vida apresenta para outras pessoas e aos anjos? Por meio dele, Deus é glorificado, ou Satanás pode exultar, considerando que você professa seguir a Jesus? Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: 1 João Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 33-43: "Por que Foi Permitido o Pecado?"; Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 737-746: "O Caráter de Deus Revelado em Cristo". "Havia no mundo Alguém que foi perfeito Representante do Pai, Alguém cujo caráter e prática refutavam as falsas representações que Satanás fazia de Deus. Satanás atribuiu a Deus as qualidades por ele mesmo possuídas. Em Cristo, ele via Deus revelado em Seu verdadeiro caráter – Pai compassivo e misericordioso, não querendo que ninguém se perca, mas que todos se cheguem a Ele, arrependidos, e tenham vida eterna" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 254). "A missão de Cristo, compreendida tão vagamente, e tão debilmente assimilada, e que O chamou do trono de Deus para o mistério do altar da cruz do Calvário, se desdobrará mais e mais à mente, e se verá que, no sacrifício de Cristo se encontra a fonte e princípio de todas as outras missões de amor" (Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 319). Perguntas para reflexão 1. Pense na ideia de que, no momento em que o grande conflito terminar, todos os seres inteligentes no Universo, incluindo Satanás e os perdidos, reconhecerão a justiça e retidão de Deus em Sua maneira de tratar o pecado e a rebelião. Embora seja difícil entender esse conceito, o que isso nos diz sobre o caráter de Deus? O que nos ensina sobre a realidade da liberdade moral? A liberdade é importante para o Universo criado por Deus? 2. Há muitos cristãos que negam a existência de Satanás, vendo-o apenas como uma antiga superstição de povos primitivos que procuravam explicar o mal e o sofrimento no mundo. Pense no grande engano dessa visão. É difícil imaginar que tipo de cristianismo poderia negar a realidade de um poder tantas vezes revelado na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, como um ser real. O que isso nos diz sobre a forte influência exercida sobre algumas igrejas pelas incursões do modernismo e secularismo? O que podemos aprender com os erros que vemos outros cometendo a fim de não cairmos no mesmo engano? Sem Satanás como um ser literal, o que aconteceria com o tema do grande conflito? Respostas sugestivas: 1. Lúcifer foi corrompido pela própria beleza, esplendor e capacidade. Cobiçou a adoração devida a Deus, difamou o caráter de Deus e foi expulso do Céu. 2. Enquanto Satanás acusa o ser humano de seguir a Deus por interesse próprio e aponta a impureza de suas vestes, tentando levá-lo à condenação, Deus justifica Seus servos e os purifica pela fé em Sua misericórdia. 3. Sua justiça foi demonstrada no sacrifício de Cristo para pagar o preço do pecado; Seu amor foi demonstrado no perdão oferecido mediante a fé no sacrifício de Cristo. 4. Deus é Juiz justo e verdadeiro. 5. Jesus Cristo Se esvaziou e Se humilhou para nos salvar. No fim, Deus e o Universo inteiro exaltarão a Cristo. Todo joelho se dobrará diante dEle, reconhecendo que Seu nome está acima de todo nome. 6. Deus iria libertar e trazer Seu povo do cativeiro; iria purificá-lo e transformá-lo. Dessa forma, Seu nome seria santificado e vindicado entre as nações. Auxiliar – Resumo Texto-chave: Apocalipse 16:7 E ouvi uma voz do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos. Ap 16:7 O aluno deverá... Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
  • 6. Conhecer: A essência do ataque de Satanás contra Deus na revolta original no Céu e como os juízos de Deus refletem Seu amor e justiça. Sentir: Apreciar e perceber como o caráter amoroso de Deus foi revelado na vida, morte e ressurreição de Cristo. Fazer: Permanecer constantemente no serviço do Senhor, deixando Deus ser Deus em sua vida. Esboço I. Conhecer: A primeira revolta no santuário celestial A. Como Isaías 14 e Ezequiel 28 descrevem Satanás antes de sua queda? B. Quais foram as alegações originais de Satanás contra Deus? C. O que significa o fato de que fomos criados como seres morais livres? II. Sentir: Vindicação de Deus na cruz A. Que lições a cruz ensinou aos anjos? B. O pecado começou com o orgulho de Lúcifer e foi derrotado pela humildade de Jesus. Que aspecto do orgulho é tão traiçoeiro que até mesmo uma criatura perfeita de Deus caiu nele? C. Como Deus pode ser justo e misericordioso ao mesmo tempo? III. Fazer: A igreja e os cristãos individuais como atores no teatro do Universo A. Como nossa fé e obediência podem vindicar o amoroso caráter de Deus? B. Como os cristãos podem viver para vergonha de Deus e desonrar Seu nome? C. A rebelião no Céu foi promovida por meio de fofocas. Como você pode deixar de participar de todas as formas de fofoca? Resumo: Por Suas ações, Deus justifica a Si mesmo diante de todo o Universo. O poder do Seu amor vencerá. Ciclo do Aprendizado Motivação Focalizando as Escrituras: Jó 1:6-12; Ez 36:26, 27 Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus deseja que compreendamos as questões do grande conflito e conheçamos nosso papel nessa guerra espiritual entre o bem e o mal, entre Cristo e Satanás. Não somos espectadores, mas parte do drama, estamos no palco. Se permanecermos em estreita relação com o Deus vivo, seremos participantes de Sua vitória final sobre o mal, o que é assegurado devido à Sua vitória na cruz. Na batalha final com o mal, Deus será visto como Aquele que é a garantia da verdadeira liberdade, e todos entenderão que Ele é o Deus de amor, verdade e justiça. Então, todos os redimidos e os habitantes do Céu servirão ao Senhor com profunda devoção, corações dispostos e alegria por toda a eternidade. Somente para o professor: Deus realmente nos convida a compreender Suas decisões, a fim de que sejamos capazes de ver que Ele é o Deus do amor e justiça (Rm 3:4; Sl 51:4; 34:8; Fp 2:10, 11). Sua autoridade, palavra e Seu caráter foram desafiados e ridicularizados desde o princípio (Gn 3:1-5; veja também Is 14:12-15; Ez 28:11-19). É interessante que a raiz hebraica rakal (usada em Ezequiel 28:16), também pode significar "andar por aí fazendo fofoca ou difamando", o que revela o método de trabalho de Satanás, assim como ocorreu quando ele acusou Deus de injustiça (hebraico 'avelah). A lição desta semana ajuda o estudante da Bíblia a compreender as questões do grande conflito. Na seção Compreensão, focalizaremos o livro de Jó, que provê uma visão significativa do tema da guerra espiritual. Compreensão Somente para o professor: O livro de Jó começa com um prólogo que descreve duas cenas celestiais de intensa controvérsia entre Deus e Satanás (1:6-12; 2:1-7). Ali é descrita uma assembleia celestial diante do Governante Soberano do Universo, na qual os filhos de Deus se reuniram diante dEle. Satanás, o adversário "veio também [...] entre eles" (1:6). A palavra também sugere que ele não era um membro regular desse grupo. O contexto imediato dá a impressão de que ele se comporta como aquele a quem a Terra pertence: "De rodear a Terra e passear por ela" (v. 7). Satanás é caracterizado como um intruso, assumindo os papéis de acusador e proprietário do planeta Terra. Comentário Bíblico De acordo com o prólogo do livro de Jó, Deus justifica esse patriarca diante de uma assembleia solene (1:8; 2:3). Duas vezes nos dois primeiros capítulos, Deus declarou que Jó era justo, íntegro, reto, temente a Deus, e que se desviava do mal. Seu caráter era inquestionável não porque ele estivesse sem pecado (Jó sabia que era pecador; leia Jó 7:21; 10:6; 14:17), mas por causa da graça transformadora de Deus. Nesses dois encontros, realizados por Deus, Ele dirigiu Suas palavras a Satanás e o envolveu em intenso diálogo. Deus é apresentado como defendendo Jó de modo veemente. Mas Satanás não compartilhava do amor de Deus por Jó e envolveu Jó em seu argumento contra Deus. I. A primeira questão: Deus é justo ao justificar pecadores? (Recapitule com a classe Jó 1:8-11; Rm 3:26.) Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
  • 7. Satanás não concordou com a declaração divina de que Jó era justo, e O desafiou com uma pergunta aparentemente inocente: "Será que Jó não tem razões para temer a Deus?" (Jó 1:9, NVI). À primeira vista, essa pergunta foi dirigida contra Jó, mas na realidade foi um ataque a Deus, na tentativa de refutar Sua declaração sobre Jó. O verdadeiro drama gira em torno do fato de que Deus é por nós e nos proclama justos. Assim, o tema principal do livro de Jó é a justiça de Deus (teodiceia): Deus é justo quando nos justifica? Pergunta para discussão: Por que o povo de Deus aparentemente é mais provado do que os incrédulos? Qual propósito especial há por trás dessas aflições? II. A segunda questão: Por quais motivos os cristãos servem a Deus? (Recapitule com a classe Jó 1:9; Jó 2:3.) Para entender a pergunta cínica de Satanás ("Será que Jó não tem razões para temer a Deus?" [NVI] ou "Porventura teme Jó a Deus debalde?" [RC]), que introduz o tema e o enredo do livro, é necessário estudar a expressão-chave da pergunta, "debalde" (ou "não tem razões", ou "por nada?" [New King James Version]. O termo hebraico para essa expressão, chinnam, ocorre quatro vezes no livro (1:9; 2:3; 9:17; 22:6). Ele pode ser traduzido também como "grátis", "sem razão", "por nada", "espontaneamente", "sem nenhum propósito", "em vão" e "sem causa". A pergunta de Satanás pode ser expressa assim: "Será que Jó serve a Deus sem interesse? Sua piedade é altruísta e sua devoção é sincera?" Ou, em outras palavras: Ele serve a Deus por amor, ou seja, por nada? Assim, diante de todo o Universo devem ser esclarecidos os nossos motivos para servir a Deus. É por medo e para escapar da punição e morte? É pela recompensa da vida eterna e muitas outras bênçãos? Ou nós obedecemos por gratidão, porque O amamos por causa de Sua pessoa, pelo que Ele é? Pergunta para discussão: Por que nossos motivos são tão importantes que precisam ser revelados na corte celestial? Atividade: Peça que os alunos comentem seus motivos para seguir a Deus. Que papel nossos motivos desempenham na vida? Que diferenças eles fazem? III. A terceira questão: Em quem confiamos e a quem obedecemos? (Recapitule com a classe Gn 2:16, 17; 3:4; Jó 13:15.) Jó confessou sua confiança total no Senhor, embora não entendesse o que estava acontecendo em sua vida. Ele conhecia Deus a partir de sua experiência anterior como um Deus bom, amoroso e carinhoso. Por isso, ele permanecia com o Senhor: "Ainda que Ele me mate, nEle esperarei" (Jó 13:15). Em outra ocasião, ele proclamou poderosamente sua fé pessoal em um Deus pessoal: "Eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim Se levantará sobre a Terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus. Vê-Lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, O verão" (Jó 19:25-27, RC). Em última análise, o que é realmente importante é em quem nós confiamos. Seguimos Deus e Suas instruções, ou vivemos de acordo com nossas opiniões egoístas e ofertas de Satanás? Nossa orientação e direção na vida são as coisas que devem ser claramente reveladas no grande conflito. O profeta Ezequiel anunciou a promessa de Deus de dar Seu Espírito ao Seu povo, a fim de que ele obedecesse Suas leis: "Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o Meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os Meus decretos e a obedecerem fielmente às Minhas leis" (Ez 36:26, 27, NVI). O transplante de coração é necessário para que sejamos capazes de seguir a Deus e a Seus preceitos. A circuncisão do coração só pode ser realizada pelo cirurgião celestial. O Espírito muda e transforma vidas. Ele é o que habita no coração, o Santificador e Recriador. Ele é o Espírito transformador, que habita conosco e em nós. O Espírito de Deus traz vida nova (Ez 37:1-14). A lei de Deus é colocada em nosso coração somente pela obra do Espírito Santo. Ezequiel 36:27 diz literalmente: "Eu darei o Meu Espírito a vocês, e farei com que vocês andem nos Meus estatutos e guardem os Meus mandamentos, e vocês os cumprirão" (tradução do autor). Em outras palavras, Deus diz: "Eu farei com que vocês façam", o que significa que Deus nos moverá ou motivará a obedecer pelo Seu Espírito. O Senhor ordena a obediência, e devemos tomar a decisão de obedecer, mas somos incapazes de cumprir essa decisão. No entanto, quando cooperamos com Deus, Ele nos dá Seu Espírito para fazer com que essa obediência aconteça. O que Deus ordena a Seu povo, Ele sempre o ajuda a fazer. O que Ele requer, Ele provê. A obediência é um dom de Deus, não nosso desempenho nem nossa realização, e ela prova também que Deus é justo. Perguntas para discussão: Como Deus pode nos ensinar a cumprir Sua vontade e nos conduzir pelo Seu Espírito? Como você pode reconhecer a vontade de Deus para sua vida? Por que Davi pediu: "Ensina-me a fazer a Tua vontade, pois Tu és o meu Deus; guie-me o Teu bom Espírito por terreno plano" (Sl 143:10)? Aplicação Somente para o professor: O livro de Jó lança luz sobre muitas questões importantes, além das mencionadas nesta lição (por exemplo, Deus não é o autor do sofrimento; o Senhor não é o responsável pelo mal no mundo; os seguidores de Deus estão dispostos a fazer a vontade dEle e morrer por Ele, em vez de garantir a própria vida; a soberania de Deus e a liberdade humana). Comente com a classe as implicações práticas dessas muitas questões. Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html
  • 8. Atividades práticas Somente para o professor: Quando Jó sofreu, seus amigos o visitaram e apresentaram uma teologia errada. A solidariedade que mostramos aos que sofrem é a coisa mais importante. Os que sofrem precisam da nossa presença, não das nossas explicações. Pergunte aos alunos: A quem você deve visitar a fim de fazer diferença em sua vida e trazer luz e esperança a essa pessoa? Veja esta e outras lições sobre o santuário em: https://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html