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IRRADIAÇÃO DE ALIMENTOS




O USO DE ALIMENTOS IRRADIADOS NO TRATAMENTO
      DE PACIENTES COM BAIXA IMUNIDADE




               Brasília-DF, setembro de 2007
O USO DE ALIMENTOS IRRADIADOS NO TRATAMENTO DE
         PACIENTES COM BAIXA IMUNIDADE




                                   Autores:

               MARCÍLIO ANTONIO ALVES DA ROCHA
         Estudante do Curso Superior RADIOLOGIA MÉDICA - UNIP

              QUÉREN-HAPUQUE FERREIRA DE SOUSA
         Estudante do Curso Superior RADIOLOGIA MÉDICA - UNIP


                                 Orientador:

                     MÁRCIO VIEWEGER VASQUES
Coordenador e Professor Adjunto do Curso Superior de Radiologia Médica - UNIP


                               Co-orientadora:

         PATRÍCIA DE FÁTIMA PIRES DE ALCÂNTARA, MSC.
   Professora de Biologia do Curso Superior RADIOLOGIA MÉDICA - UNIP
                      Mestre em Biotecnologia Genômica




                         Brasília-DF, setembro de 2007
RESUMO



      O uso de alimentos irradiados no tratamento de pacientes com deficiência
no sistema imune pode revolucionar o campo da medicina no que diz respeito a
conservação da saúde,     diminuição dos riscos de contaminação, melhora na
eficiência dos tratamentos e redução do tempo e custos de internação. Podem ser
usados nos casos de pacientes que, pelas conseqüências da própria doença ou
pela ação de elementos químicos, tem o sistema imunológico e seus organismos
de defesa prejudicados. Citamos os casos de pacientes oncológicos, portadores
do HIV em estágio avançado da doença, e pacientes internados em UTI’s.
      O emprego de radiações ionizantes pode contribuir muito para a otimização
do tempo de vida útil desses alimentos e para a diminuição de microorganismos.
Trata-se de raios com alta freqüência de onda que podem atingir o interior da
matéria, ou até mesmo atravessá-la, o que permite a eliminação de
microorganismos patógenos, tais como alguns tipos de vírus, bactérias e parasitos
presentes no interior dos alimentos. As técnicas de tratamento dos alimentos
utilizadas atualmente nos hospitais não são eficientes e expõem os pacientes a
riscos que podem prolongar ou até mesmo agravar o estado de saúde.
      O processo de esterilização com o uso de radiação pode proporcionar uma
dieta livre de agentes patológicos presentes na superfície ou no interior dos
alimentos devido a má higienização ou pelo processo natural de decomposição.
Isso pode ser explicado pelo fenômeno físico que ocorre com toda matéria viva,
que ao ter o ciclo de vida interrompido, ou seja, ao cessar a fonte geradora ou
mantenedora, começa a ocorrer a deterioração das células, o que propicia o
surgimento de microorganismos que podem ser nocivos aos pacientes com baixa
imunidade.
      O uso de alimentos esterilizados por radiação pode contribuir muito para a
otimização dos resultados durante o tratamento e recuperação dos pacientes com
doenças crônicas. Com o aperfeiçoamento dessa forma de esterilização, essa
técnica pode se tornar a mais eficiente e a menos danosa, pois não é intrusiva e
não deixa resíduos.
Irradiação de Alimentos

        Consiste num método preventivo de segurança alimentar. A sua utilização
adapta-se à necessidade de melhorar a confiabilidade da gestão das unidades de
saúde que incluam no seu serviço o fornecimento de alimentos, principalmente
nos hospitais, onde o público-alvo é particularmente susceptível.

        Com o descobrimento e desenvolvimento de técnicas utilizando material
radioativo muitos setores foram beneficiados, um deles foi o setor alimentício que
através de radiações ionizantes conseguiu obter resultados que podem amenizar
e até mesmo evitar uma série de problemas quanto as enfermidades de origem
alimentar. Somados a esses objetivos temos também o aumento da lucratividade
sobre os produtos, onde é possível proporcionar o aumento da durabilidade e a
perecibilidade dos produtos.

                                                       A      Irradiação   consiste   em   um
                                                 processo em que o alimento já embalado
                                                 ou a granel (figura 1) é submetido a uma
                                                 quantidade controlada de radiação visando
                                                 a Inibição de brotamentos; retardo na
 Figura 1: Irradiador Japonês                    maturação; redução da carga microbiana;
 Fonte: Faculdade de Ciências Farmacêuticas da
 Universidade de São Paulo                       eliminação         de       microorganismos
patogênicos; esterilização; desinfecção de grãos, cereais, frutas e especiarias. As
radiações ionizantes usadas são os raios gama, obtidos por meio de fontes
radioativas como o Cobalto 60 e o Césio 137, e aparelhos especiais como o
irradiador Japonês ilustrado na figura 1.
Muitas pessoas ainda tem certo receio no consumo de alimentos irradiados
temendo que a radiação a que o alimento é submetido lhe seja passada. O
processo radioativo não pode aumentar o nível de radioatividade normal dos
alimentos, ou seja, após a exposição á radiação gama, os alimentos não ficam
radiantes, independentemente do tempo de exposição ou da dose absorvida, e
não fazem mal algum á saúde, estando prontos para consumo.

   Classificação

        A irradiação de alimentos pode ser subdividida em três categorias
classificadas pela quantidade de radiação aplicada: Radurização, Radiciação e
Radapertização.

                                                 Radurização

        É um processo pelo qual o alimento é submetido a doses baixas de
radiação (<1kGy).

   Aplicações:

   1) Inibir brotamentos em cebolas, batatas e alhos. (figuras 2 e 3).




 Figura 2:                                                     Figura 3
 Fonte: Faculdade de Ciências Farmacêuticas da                 Fonte: CENA/USP
 Universidade de São Paulo
2) Retardar o processo de maturação e deteriorização em frutas e hortaliças
      além de agir contra insetos infestadores de cereais e leguminosas.

                    Figura 4




                               Figura 4
                               Fonte: CENA USP




                                              Radiciação

      Radiciação ou radiopasteurização é o tratamento do alimento com uma
dose intermediária de energia ionizante (1kGy - 10kGy) suficiente para que ocorra
a redução de bactérias e fungos presentes na superfície ou no interior dos
alimentos




                           Figura 5 : Língua de Boi contaminada
                           Fonte:: Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de
                           São Paulo




            Por ocorrer uma redução parcial dos microorganismos os produtos
    radiciados como peixes e carnes ainda assim necessitam de refrigeração.
Radapertização

       Produz um efeito semelhante ao da esterilização comercial. Consiste na
aplicação de uma dose mais alta de radiação (10kGy – 45 kGy) que permite a
destruição de populações de microrganismos que promovem estrago de
alimentos, destruição de patógenos. Esse processo é utilizado na conservação de
carnes, dietas e outros produtos.

       Na foto abaixo essa técnica foi utilizada em produtos cárneos (filés de
frango e peito de peru) eles fora produzidos pela NASA (EUA) e não tem prazo de
validade mesmo em temperatura ambiente desde que a embalagem seja mantida
intacta.




                              Figura 6: Frango irradiado
                              Fonte: CNEN




                       Vantagens da Irradiação de alimentos


       Além de aumentar a durabilidade dos alimentos, promove a eliminação
parcial ou total de microrganismos patogênicos ou parasitos presentes na
estrutura física dos alimentos, evitando suas ações espoliativas, tóxicas,
mecânicas, traumáticas, inflamatórias e enzimáticas, de modo a melhorar a
eficiência nos tratamentos de doentes crônicos, proporcionando ainda a redução
de tempo de internação e custos hospitalares.

   A irradiação de alimentos é uma técnica que viabiliza o controle e a redução de
diversos problemas. Como alguns abaixo sitados:
   Devido ao seu poder de penetração nos substratos, exercem sobre os
        alimentos, atividade bactericida.

       Exterminam os insetos, atuando sobre suas células.

       Em    alguns    casos   os    alimentos    irradiados     em     temperatura       de
        armazenamento ideal e em embalagens a vácuo durarão mais e manterão
        por mais tempo sua textura original, sabor e valor nutritivo se comparadas
        com aqueles termicamente pasteurizados, esterilizados ou enlatados;

       Ocorre a diminuição do tempo de cozimento de alguns alimentos
        principalmente os desidratados;

       Fornece uma alternativa ao uso de formigantes e substâncias químicas que
        deixam resíduos nos alimentos;

       No caso de produtos avícolas, garante ao consumidor proteção contra
        doenças    transmitidas por    alimentos,     principalmente      salmonelose       e
        campilobacteriose, por atingir organismos (ovos e larvas de insetos,
        vermes, etc) dentro dos alimentos;

       Estima-se que 25% da produção mundial de alimentos é perdida pela ação
        de insetos, bactérias e roedores. Acredita-se que o uso da técnica de
        radiação seria útil para diminuir este desperdício.

                       Efeitos da Radiação em alguns alimentos

                                                  DOSE
          TIPO DE ALIMENTO                                                 EFEITO
                                                  (kGy)


                                                                   Esterilização. Os produtos
CARNE, FRANGO, PEIXE, MARISCO, ALGUNS
                                                  20 a 70       tratados podem ser armazenados.
  VEGETAIS, ALIMENTOS PREPARADOS
                                                                   (~ temperatura ambiente)


                                                                       Reduz o número de
   ESPECIARIAS E OUTROS TEMPEROS                   8 a 30
                                                              microorganismos e destrói insetos.
Substitui produtos químicos.


                                                                            Retarda a deterioração. Mata
         CARNE, FRANGO, PEIXE                            1 a 10               alguns tipos de bactérias
                                                                              patogênicas (Salmonela).


   MORANGOS E OUTRAS FRUTAS                                                Aumenta o tempo de prateleira,
                                                          1a4
                                                                           retarda o aparecimento de mofo.


                                                                              Mata insetos ou evita sua
       GRÃOS, FRUTAS E VEGETAIS                         0,1 a 1              reprodução. Pode substituir,
                                                                            parcialmente, os fumigantes.


BANANAS, ABACATE, MANGA, MAMÃO E                     0,25 a 0,35
                                                                                Retarda a maturação.
   OUTRAS FRUTAS NÃO CÍTRICAS


           CARNE DE PORCO                             0,08 a 0,15               Inativa a Trinchinela.


        BATATA, CEBOLA, ALHO                         0,05 a 0,15                 Inibe o brotamento.

                           http://www.cena.usp.br/irradiacao/efeitos.htm




                    Desvantagens da Irradiação de alimentos

        A irradiação pode causar algumas alterações nos alimentos.

       Os radicais livres fazem com que o alimento adquira sabor desagradável,
        característico de alimentos irradiados. Alterações de cor também podem ser
        observadas em carnes e peixes.

       As proteínas, o amido e a celulose podem ser quebrados por ação das
        radiações sofrendo modificações benéficas, como o amolecimento de
        carnes, ou maléficas com a perda do nutriente.
   As vitaminas C, Tiamina e K sofrem alterações semelhantes às observadas
       no processamento térmico. Os radicais livres produzidos com as radiações
       provocam oxidação das gorduras do alimento, um processo que é
       responsável pelo sabor rançoso em produtos gordurosos.




                    GESTÃO DE ALIMENTOS IRRADIADOS


       A ação dos alimentos, abrangente e complexa, é de grande relevância no
intercâmbio entre os meios ambiente e orgânico.
       Sua principal função é a de carrear para o interior do corpo humano o
material nutriente de que este necessita; essa missão transportadora pode, porém,
tornar-se negativa, quando, em casos especiais, os alimentos também veiculam
agentes nocivos.
       As técnicas de esterilização com o emprego de radiação apresentam
alternativas que colaboram para a redução ou até mesmo a eliminação total
desses problemas. Consiste num método preventivo de segurança alimentar.

 SELEÇÃO E LIMPEZA DOS PRODUTOS ANTES E DEPOIS DA IRRADIAÇÃO

       Antes da sua irradiação e com o intuito de resguardar suas qualidades, os
alimentos devem ser protegidos, através de cuidadosa seleção, limpeza e
tratamento térmico prévio (segundo o caso); após a irradiação, os alimentos
também devem ser submetidos a cuidados especiais quanto as condições de
armazenamento.

       SAÚDE - Entendendo a importância do uso de alimentos confiáveis:


       A falta de cuidados com a higiene na limpeza de alimentos para consumo
ou em sua conservação pode levar à ingestão de alimentos contaminados. Com
isso, quadros de verminoses e gastrenterites, que podem manifestar-se,
apresentando como diarréia de variados graus, ou quadros mais graves que
podem agravar o estado de saúde dos pacientes.
      Para ilustrar a importância do uso de alimentos confiáveis durante o
tratamento de pacientes imunodepressivos, explanamos sobre as conseqüências
da desnutrição nos hospitais.
      O objetivo é a conscientizar sobre os riscos e conseqüências da diminuição
da função digestiva causada pela ingestão de alimentos portadores de patógenos
(bactérias, vírus, parasitos e outros agentes biológicos prejudiciais á saúde) que
podem piorar o quadro clínico dos pacientes, prolongando o tempo de tratamento
e aumentando os custos de internação.


                       DESNUTRIÇÃO NOS HOSPITAIS


      Os pacientes hospitalizados podem sofrer influências de muitas variáveis de
risco para desenvolvimento de desnutrição, inerentes a própria doença e a
hospitalização. Acreditamos que boa parte desses casos ocorrem devido a
contaminação alimentar.
      Por muitos anos, acreditou-se que a principal causa de perda de peso em
doentes internados fosse o aumento do gasto energético e do catabolismo
associados ao estresse metabólico. Em geral, pacientes que demandam cuidados
em unidade de terapia intensiva (UTI).
      Diversos    fenômenos     orgânicos   ocorrem   como    conseqüência     da
desnutrição, afetando praticamente todos os sistemas. Um dos mais afetados é o
trato gastrointestinal, que, além da sua função na digestão e na absorção de
nutrientes, é considerado importante órgão imunológico ao atuar como barreira a
entrada de microorganismos.
      Os componentes da barreira intestinal são a própria mucosa intestinal, a
mucina, a microflora simbiótica, os anticorpos secretórios específicos, os
macrófagos e outras células imunológicas da lâmina própria do intestino e dos
linfonodos mesentéricos. Todos esses componentes dependem de nutrição
adequada para a sua preservação. Assim sendo, a ausência de nutrientes, a
diminuição do fluxo circulatório e fenômenos hormonais podem interferir
diretamente na capacidade de regeneração da mucosa intestinal.
      A desnutrição é fator de risco para resposta imunológica diminuída, isso,
provavelmente, incorre na incidência aumentada de complicações infecciosas.
      Durante os últimos 20 anos, vários estudos têm demonstrado, em todo o
mundo, as consequências da desnutrição para os pacientes hospitalizados.
      A Sociedade Brasileira de Nutrição Pareneteral e Enteral (SBNPE), com o
objetivo de investigar o índice de desnutrição hospitalar no Brasil, coletou dados
de hospitais da rede pública do País, atingindo 12 Estados mais o Distrito Federal.

      De acordo com o IBRANUTRI - Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional
Hospitalar, que avaliou 4.000 doentes adultos, internados pelo SUS - Sistema
Único de Saúde, em hospitais gerais, quase metade (48,1%) dos pacientes
internados na rede pública de nosso País apresentam algum grau de desnutrição.
Entre estes pacientes desnutridos, 12,6% eram pacientes desnutridos graves e
35,5% eram desnutridos moderados, como mostra o gráfico 1.




      Pacientes    hospitalizados    desnutridos    apresentaram     chances     de
complicações na sua evolução clínica entre 2 e 20 vezes maiores, quando
comparados com enfermos nutridos. Pacientes com desnutrição grave tiveram
índices de complicações de 42%, enquanto aqueles com desnutrição moderada
apresentaram 9%.
Evidenciou também, que pacientes desnutridos apresentaram incidência de
complicações significativamente aumentada quando comparados com os nutridos
(27% versus 16,8%). O tempo de internação hospitalar foi maior no grupo de
pacientes desnutridos (16,7 dias versus 10,1 dias) e a mortalidade também foi
superior em pacientes desnutridos (12,4,% versus 4,7%).
       A desnutrição influencia negativamente a evolução dos pacientes, como
concomitante aumento de tempo de internação e custos.


     PREJUÍZOS CAUSADOS PELA CONTAMINAÇÃO POR ALIMENTOS.


       Os riscos podem ir desde uma simples diarréia a dores de cabeça, vômitos,
mal-estar geral, até estados mais graves, como a infecção intestinal, paralisia
muscular, problemas respiratórios, convulsões e até mesmo a morte. Tudo isso,
depende muito da qualidade ou da quantidade de mircrorganismos e toxinas que a
pessoa ingeriu através dos alimentos. Dependerá do poder inerente aos
microrganismos em causar doenças e fazer mal a saúde e também da resistência
da pessoa afetada.
       Um alimento contaminado, porém, causa danos não só a saúde do ser
humano, como também á sociedade como um todo.
       Um alimento assim pode alastrar sua contaminação para toneladas e
toneladas de alimentos, preparados ou não, sendo boa parte destinados ao lixo.
Quando isso ocorre, o prejuízo não agrega a perda somente aos produtos, mas
também para parte do trabalho do agricultor durante a plantação, colheita e
transporte. Podendo prejudicar a empresa e, consequentemente, parte de seu
capital.
       Para a sociedade, hoje, sufocada por contínuas épocas de crises
financeiras, jogar fora alimentos é desperdiçar energia rara e agravar uma
situação, sem deixarmos de mencionar que é nos países subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento que reside a maior carência de saneamento básico e,
consequentemente,     maior   índice   de   doenças,      maior   quantidade   de
microrganismos patogênicos, resultando em maior incidência de alimentos
contaminados.
      O quadro descrito acima demonstra claramente as consequências vividas
atualmente e as problemáticas enfrentadas pelos responsáveis / gestores de
(unidades de terapia intensiva) que tratam de pacientes imunodepressivos, que,
se não bastassem todas as dificuldades na tentativa de cura (ou reversão) do
quadro clínico dos doentes, ainda convivem com todos esses agravantes e
condicionais de risco.

                               NOSSOS OBJETIVOS

      Iniciamos, a partir deste trabalho, uma jornada rumo aos estudos e
pesquisas, com o objetivo de popularizar a técnica de Irradiação de alimentos, de
modo a oferecer novas alternativas no fornecimento de alimentos, visto a
necessidade de se utilizar alimentos confiáveis durante o tratamento de pacientes
imunodepressivos (com imunidade baixa).
      Diante desta situação, nós, tecnólogos, pesquisadores, estamos incluídos
neste contexto, não apenas como espectadores, mas como participantes
responsáveis pelas mudanças na área tecnológica. Devemos atuar efetivamente,
e assumir nossos postos, vistos os novos rumos a caminho desta revolução na
área de alimentos.

      Sugerimos que algumas atitudes devam ser tomadas:

      a) Melhorar o conhecimento da comunidade científica, médicos e população
sobre os benefícios dos alimentos irradiados.
      b) Realizar investimentos e incentivar pesquisas e estudos na área de
irradiação de alimentos, de modo a aumentar a eficácia da ação esterilizante e
reduzir os efeitos indesejáveis.
      c) Estimular a consciência dos profissionais de saúde sobre o uso de
alimentos irradiados, de modo a melhorar a eficiência nos tratamentos de doentes
crônicos, proporcionando ainda a redução de tempo de internação e custos
hospitalares.
CONCLUSÃO




      Visto as necessidades de otimizar os resultados no tratamento de alimentos
para consumo dos pacientes nas unidades hospitalares, concluímos que o
emprego de radiações pode, além de aumentar a durabilidade dos alimentos,
promover a eliminação parcial ou total de microrganismos patogênicos ou
parasitos presentes na estrutura física dos alimentos, evitando suas ações
espoliativas, tóxicas, mecânicas, traumáticas, inflamatórias e enzimáticas, de
modo a reduzir os riscos a saúde dos pacientes, reduzir custos hospitalares e o
tempo de internação.
      O objetivo principal é direcionar a aplicação das técnicas radiológicas
existentes para melhorar a eficácia da higienização dos alimentos utilizados nas
unidades de saúde que incluam no seu serviço o fornecimento de alimentos.
      Este trabalho visa também despertar a comunidade científica sobre a
importância do desenvolvimento de pesquisas para otimização dos resultados da
aplicação das radiações ionizantes sobre os alimentos, visando á extinção
completa dos efeitos inconvenientes ou, quando não, ao seu abrandamento.
BIBLIOGRAFIA




Livros

Nutrição Clínica, Faustino Teixeira Neto
Editora Guanabara Koogan

Tecnologia de Alimentos, José Evangelista
Editora Atheneu 2ª edição

Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação, Dr Eneo
Alves da Silva., PhD.
Editora e livraria Varela 6ª edição



Sites

www.cnen.gov.br
www.hgb.rj.saude.gov.br/ciencia/nutri/nut01.asp
www.anvisa.gov.br
www.conter.gov.br
www.fcf.usp.br
www.engalimentos.com.br

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  • 1. IRRADIAÇÃO DE ALIMENTOS O USO DE ALIMENTOS IRRADIADOS NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM BAIXA IMUNIDADE Brasília-DF, setembro de 2007
  • 2. O USO DE ALIMENTOS IRRADIADOS NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM BAIXA IMUNIDADE Autores: MARCÍLIO ANTONIO ALVES DA ROCHA Estudante do Curso Superior RADIOLOGIA MÉDICA - UNIP QUÉREN-HAPUQUE FERREIRA DE SOUSA Estudante do Curso Superior RADIOLOGIA MÉDICA - UNIP Orientador: MÁRCIO VIEWEGER VASQUES Coordenador e Professor Adjunto do Curso Superior de Radiologia Médica - UNIP Co-orientadora: PATRÍCIA DE FÁTIMA PIRES DE ALCÂNTARA, MSC. Professora de Biologia do Curso Superior RADIOLOGIA MÉDICA - UNIP Mestre em Biotecnologia Genômica Brasília-DF, setembro de 2007
  • 3. RESUMO O uso de alimentos irradiados no tratamento de pacientes com deficiência no sistema imune pode revolucionar o campo da medicina no que diz respeito a conservação da saúde, diminuição dos riscos de contaminação, melhora na eficiência dos tratamentos e redução do tempo e custos de internação. Podem ser usados nos casos de pacientes que, pelas conseqüências da própria doença ou pela ação de elementos químicos, tem o sistema imunológico e seus organismos de defesa prejudicados. Citamos os casos de pacientes oncológicos, portadores do HIV em estágio avançado da doença, e pacientes internados em UTI’s. O emprego de radiações ionizantes pode contribuir muito para a otimização do tempo de vida útil desses alimentos e para a diminuição de microorganismos. Trata-se de raios com alta freqüência de onda que podem atingir o interior da matéria, ou até mesmo atravessá-la, o que permite a eliminação de microorganismos patógenos, tais como alguns tipos de vírus, bactérias e parasitos presentes no interior dos alimentos. As técnicas de tratamento dos alimentos utilizadas atualmente nos hospitais não são eficientes e expõem os pacientes a riscos que podem prolongar ou até mesmo agravar o estado de saúde. O processo de esterilização com o uso de radiação pode proporcionar uma dieta livre de agentes patológicos presentes na superfície ou no interior dos alimentos devido a má higienização ou pelo processo natural de decomposição. Isso pode ser explicado pelo fenômeno físico que ocorre com toda matéria viva, que ao ter o ciclo de vida interrompido, ou seja, ao cessar a fonte geradora ou mantenedora, começa a ocorrer a deterioração das células, o que propicia o surgimento de microorganismos que podem ser nocivos aos pacientes com baixa imunidade. O uso de alimentos esterilizados por radiação pode contribuir muito para a otimização dos resultados durante o tratamento e recuperação dos pacientes com doenças crônicas. Com o aperfeiçoamento dessa forma de esterilização, essa técnica pode se tornar a mais eficiente e a menos danosa, pois não é intrusiva e não deixa resíduos.
  • 4. Irradiação de Alimentos Consiste num método preventivo de segurança alimentar. A sua utilização adapta-se à necessidade de melhorar a confiabilidade da gestão das unidades de saúde que incluam no seu serviço o fornecimento de alimentos, principalmente nos hospitais, onde o público-alvo é particularmente susceptível. Com o descobrimento e desenvolvimento de técnicas utilizando material radioativo muitos setores foram beneficiados, um deles foi o setor alimentício que através de radiações ionizantes conseguiu obter resultados que podem amenizar e até mesmo evitar uma série de problemas quanto as enfermidades de origem alimentar. Somados a esses objetivos temos também o aumento da lucratividade sobre os produtos, onde é possível proporcionar o aumento da durabilidade e a perecibilidade dos produtos. A Irradiação consiste em um processo em que o alimento já embalado ou a granel (figura 1) é submetido a uma quantidade controlada de radiação visando a Inibição de brotamentos; retardo na Figura 1: Irradiador Japonês maturação; redução da carga microbiana; Fonte: Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo eliminação de microorganismos patogênicos; esterilização; desinfecção de grãos, cereais, frutas e especiarias. As radiações ionizantes usadas são os raios gama, obtidos por meio de fontes radioativas como o Cobalto 60 e o Césio 137, e aparelhos especiais como o irradiador Japonês ilustrado na figura 1.
  • 5. Muitas pessoas ainda tem certo receio no consumo de alimentos irradiados temendo que a radiação a que o alimento é submetido lhe seja passada. O processo radioativo não pode aumentar o nível de radioatividade normal dos alimentos, ou seja, após a exposição á radiação gama, os alimentos não ficam radiantes, independentemente do tempo de exposição ou da dose absorvida, e não fazem mal algum á saúde, estando prontos para consumo. Classificação A irradiação de alimentos pode ser subdividida em três categorias classificadas pela quantidade de radiação aplicada: Radurização, Radiciação e Radapertização. Radurização É um processo pelo qual o alimento é submetido a doses baixas de radiação (<1kGy). Aplicações: 1) Inibir brotamentos em cebolas, batatas e alhos. (figuras 2 e 3). Figura 2: Figura 3 Fonte: Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Fonte: CENA/USP Universidade de São Paulo
  • 6. 2) Retardar o processo de maturação e deteriorização em frutas e hortaliças além de agir contra insetos infestadores de cereais e leguminosas. Figura 4 Figura 4 Fonte: CENA USP Radiciação Radiciação ou radiopasteurização é o tratamento do alimento com uma dose intermediária de energia ionizante (1kGy - 10kGy) suficiente para que ocorra a redução de bactérias e fungos presentes na superfície ou no interior dos alimentos Figura 5 : Língua de Boi contaminada Fonte:: Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo Por ocorrer uma redução parcial dos microorganismos os produtos radiciados como peixes e carnes ainda assim necessitam de refrigeração.
  • 7. Radapertização Produz um efeito semelhante ao da esterilização comercial. Consiste na aplicação de uma dose mais alta de radiação (10kGy – 45 kGy) que permite a destruição de populações de microrganismos que promovem estrago de alimentos, destruição de patógenos. Esse processo é utilizado na conservação de carnes, dietas e outros produtos. Na foto abaixo essa técnica foi utilizada em produtos cárneos (filés de frango e peito de peru) eles fora produzidos pela NASA (EUA) e não tem prazo de validade mesmo em temperatura ambiente desde que a embalagem seja mantida intacta. Figura 6: Frango irradiado Fonte: CNEN Vantagens da Irradiação de alimentos Além de aumentar a durabilidade dos alimentos, promove a eliminação parcial ou total de microrganismos patogênicos ou parasitos presentes na estrutura física dos alimentos, evitando suas ações espoliativas, tóxicas, mecânicas, traumáticas, inflamatórias e enzimáticas, de modo a melhorar a eficiência nos tratamentos de doentes crônicos, proporcionando ainda a redução de tempo de internação e custos hospitalares. A irradiação de alimentos é uma técnica que viabiliza o controle e a redução de diversos problemas. Como alguns abaixo sitados:
  • 8. Devido ao seu poder de penetração nos substratos, exercem sobre os alimentos, atividade bactericida.  Exterminam os insetos, atuando sobre suas células.  Em alguns casos os alimentos irradiados em temperatura de armazenamento ideal e em embalagens a vácuo durarão mais e manterão por mais tempo sua textura original, sabor e valor nutritivo se comparadas com aqueles termicamente pasteurizados, esterilizados ou enlatados;  Ocorre a diminuição do tempo de cozimento de alguns alimentos principalmente os desidratados;  Fornece uma alternativa ao uso de formigantes e substâncias químicas que deixam resíduos nos alimentos;  No caso de produtos avícolas, garante ao consumidor proteção contra doenças transmitidas por alimentos, principalmente salmonelose e campilobacteriose, por atingir organismos (ovos e larvas de insetos, vermes, etc) dentro dos alimentos;  Estima-se que 25% da produção mundial de alimentos é perdida pela ação de insetos, bactérias e roedores. Acredita-se que o uso da técnica de radiação seria útil para diminuir este desperdício. Efeitos da Radiação em alguns alimentos DOSE TIPO DE ALIMENTO EFEITO (kGy) Esterilização. Os produtos CARNE, FRANGO, PEIXE, MARISCO, ALGUNS 20 a 70 tratados podem ser armazenados. VEGETAIS, ALIMENTOS PREPARADOS (~ temperatura ambiente) Reduz o número de ESPECIARIAS E OUTROS TEMPEROS 8 a 30 microorganismos e destrói insetos.
  • 9. Substitui produtos químicos. Retarda a deterioração. Mata CARNE, FRANGO, PEIXE 1 a 10 alguns tipos de bactérias patogênicas (Salmonela). MORANGOS E OUTRAS FRUTAS Aumenta o tempo de prateleira, 1a4 retarda o aparecimento de mofo. Mata insetos ou evita sua GRÃOS, FRUTAS E VEGETAIS 0,1 a 1 reprodução. Pode substituir, parcialmente, os fumigantes. BANANAS, ABACATE, MANGA, MAMÃO E 0,25 a 0,35 Retarda a maturação. OUTRAS FRUTAS NÃO CÍTRICAS CARNE DE PORCO 0,08 a 0,15 Inativa a Trinchinela. BATATA, CEBOLA, ALHO 0,05 a 0,15 Inibe o brotamento. http://www.cena.usp.br/irradiacao/efeitos.htm Desvantagens da Irradiação de alimentos A irradiação pode causar algumas alterações nos alimentos.  Os radicais livres fazem com que o alimento adquira sabor desagradável, característico de alimentos irradiados. Alterações de cor também podem ser observadas em carnes e peixes.  As proteínas, o amido e a celulose podem ser quebrados por ação das radiações sofrendo modificações benéficas, como o amolecimento de carnes, ou maléficas com a perda do nutriente.
  • 10. As vitaminas C, Tiamina e K sofrem alterações semelhantes às observadas no processamento térmico. Os radicais livres produzidos com as radiações provocam oxidação das gorduras do alimento, um processo que é responsável pelo sabor rançoso em produtos gordurosos. GESTÃO DE ALIMENTOS IRRADIADOS A ação dos alimentos, abrangente e complexa, é de grande relevância no intercâmbio entre os meios ambiente e orgânico. Sua principal função é a de carrear para o interior do corpo humano o material nutriente de que este necessita; essa missão transportadora pode, porém, tornar-se negativa, quando, em casos especiais, os alimentos também veiculam agentes nocivos. As técnicas de esterilização com o emprego de radiação apresentam alternativas que colaboram para a redução ou até mesmo a eliminação total desses problemas. Consiste num método preventivo de segurança alimentar. SELEÇÃO E LIMPEZA DOS PRODUTOS ANTES E DEPOIS DA IRRADIAÇÃO Antes da sua irradiação e com o intuito de resguardar suas qualidades, os alimentos devem ser protegidos, através de cuidadosa seleção, limpeza e tratamento térmico prévio (segundo o caso); após a irradiação, os alimentos também devem ser submetidos a cuidados especiais quanto as condições de armazenamento. SAÚDE - Entendendo a importância do uso de alimentos confiáveis: A falta de cuidados com a higiene na limpeza de alimentos para consumo ou em sua conservação pode levar à ingestão de alimentos contaminados. Com isso, quadros de verminoses e gastrenterites, que podem manifestar-se,
  • 11. apresentando como diarréia de variados graus, ou quadros mais graves que podem agravar o estado de saúde dos pacientes. Para ilustrar a importância do uso de alimentos confiáveis durante o tratamento de pacientes imunodepressivos, explanamos sobre as conseqüências da desnutrição nos hospitais. O objetivo é a conscientizar sobre os riscos e conseqüências da diminuição da função digestiva causada pela ingestão de alimentos portadores de patógenos (bactérias, vírus, parasitos e outros agentes biológicos prejudiciais á saúde) que podem piorar o quadro clínico dos pacientes, prolongando o tempo de tratamento e aumentando os custos de internação. DESNUTRIÇÃO NOS HOSPITAIS Os pacientes hospitalizados podem sofrer influências de muitas variáveis de risco para desenvolvimento de desnutrição, inerentes a própria doença e a hospitalização. Acreditamos que boa parte desses casos ocorrem devido a contaminação alimentar. Por muitos anos, acreditou-se que a principal causa de perda de peso em doentes internados fosse o aumento do gasto energético e do catabolismo associados ao estresse metabólico. Em geral, pacientes que demandam cuidados em unidade de terapia intensiva (UTI). Diversos fenômenos orgânicos ocorrem como conseqüência da desnutrição, afetando praticamente todos os sistemas. Um dos mais afetados é o trato gastrointestinal, que, além da sua função na digestão e na absorção de nutrientes, é considerado importante órgão imunológico ao atuar como barreira a entrada de microorganismos. Os componentes da barreira intestinal são a própria mucosa intestinal, a mucina, a microflora simbiótica, os anticorpos secretórios específicos, os macrófagos e outras células imunológicas da lâmina própria do intestino e dos linfonodos mesentéricos. Todos esses componentes dependem de nutrição adequada para a sua preservação. Assim sendo, a ausência de nutrientes, a
  • 12. diminuição do fluxo circulatório e fenômenos hormonais podem interferir diretamente na capacidade de regeneração da mucosa intestinal. A desnutrição é fator de risco para resposta imunológica diminuída, isso, provavelmente, incorre na incidência aumentada de complicações infecciosas. Durante os últimos 20 anos, vários estudos têm demonstrado, em todo o mundo, as consequências da desnutrição para os pacientes hospitalizados. A Sociedade Brasileira de Nutrição Pareneteral e Enteral (SBNPE), com o objetivo de investigar o índice de desnutrição hospitalar no Brasil, coletou dados de hospitais da rede pública do País, atingindo 12 Estados mais o Distrito Federal. De acordo com o IBRANUTRI - Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar, que avaliou 4.000 doentes adultos, internados pelo SUS - Sistema Único de Saúde, em hospitais gerais, quase metade (48,1%) dos pacientes internados na rede pública de nosso País apresentam algum grau de desnutrição. Entre estes pacientes desnutridos, 12,6% eram pacientes desnutridos graves e 35,5% eram desnutridos moderados, como mostra o gráfico 1. Pacientes hospitalizados desnutridos apresentaram chances de complicações na sua evolução clínica entre 2 e 20 vezes maiores, quando comparados com enfermos nutridos. Pacientes com desnutrição grave tiveram índices de complicações de 42%, enquanto aqueles com desnutrição moderada apresentaram 9%.
  • 13. Evidenciou também, que pacientes desnutridos apresentaram incidência de complicações significativamente aumentada quando comparados com os nutridos (27% versus 16,8%). O tempo de internação hospitalar foi maior no grupo de pacientes desnutridos (16,7 dias versus 10,1 dias) e a mortalidade também foi superior em pacientes desnutridos (12,4,% versus 4,7%). A desnutrição influencia negativamente a evolução dos pacientes, como concomitante aumento de tempo de internação e custos. PREJUÍZOS CAUSADOS PELA CONTAMINAÇÃO POR ALIMENTOS. Os riscos podem ir desde uma simples diarréia a dores de cabeça, vômitos, mal-estar geral, até estados mais graves, como a infecção intestinal, paralisia muscular, problemas respiratórios, convulsões e até mesmo a morte. Tudo isso, depende muito da qualidade ou da quantidade de mircrorganismos e toxinas que a pessoa ingeriu através dos alimentos. Dependerá do poder inerente aos microrganismos em causar doenças e fazer mal a saúde e também da resistência da pessoa afetada. Um alimento contaminado, porém, causa danos não só a saúde do ser humano, como também á sociedade como um todo. Um alimento assim pode alastrar sua contaminação para toneladas e toneladas de alimentos, preparados ou não, sendo boa parte destinados ao lixo. Quando isso ocorre, o prejuízo não agrega a perda somente aos produtos, mas também para parte do trabalho do agricultor durante a plantação, colheita e transporte. Podendo prejudicar a empresa e, consequentemente, parte de seu capital. Para a sociedade, hoje, sufocada por contínuas épocas de crises financeiras, jogar fora alimentos é desperdiçar energia rara e agravar uma situação, sem deixarmos de mencionar que é nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento que reside a maior carência de saneamento básico e, consequentemente, maior índice de doenças, maior quantidade de microrganismos patogênicos, resultando em maior incidência de alimentos
  • 14. contaminados. O quadro descrito acima demonstra claramente as consequências vividas atualmente e as problemáticas enfrentadas pelos responsáveis / gestores de (unidades de terapia intensiva) que tratam de pacientes imunodepressivos, que, se não bastassem todas as dificuldades na tentativa de cura (ou reversão) do quadro clínico dos doentes, ainda convivem com todos esses agravantes e condicionais de risco. NOSSOS OBJETIVOS Iniciamos, a partir deste trabalho, uma jornada rumo aos estudos e pesquisas, com o objetivo de popularizar a técnica de Irradiação de alimentos, de modo a oferecer novas alternativas no fornecimento de alimentos, visto a necessidade de se utilizar alimentos confiáveis durante o tratamento de pacientes imunodepressivos (com imunidade baixa). Diante desta situação, nós, tecnólogos, pesquisadores, estamos incluídos neste contexto, não apenas como espectadores, mas como participantes responsáveis pelas mudanças na área tecnológica. Devemos atuar efetivamente, e assumir nossos postos, vistos os novos rumos a caminho desta revolução na área de alimentos. Sugerimos que algumas atitudes devam ser tomadas: a) Melhorar o conhecimento da comunidade científica, médicos e população sobre os benefícios dos alimentos irradiados. b) Realizar investimentos e incentivar pesquisas e estudos na área de irradiação de alimentos, de modo a aumentar a eficácia da ação esterilizante e reduzir os efeitos indesejáveis. c) Estimular a consciência dos profissionais de saúde sobre o uso de alimentos irradiados, de modo a melhorar a eficiência nos tratamentos de doentes crônicos, proporcionando ainda a redução de tempo de internação e custos hospitalares.
  • 15. CONCLUSÃO Visto as necessidades de otimizar os resultados no tratamento de alimentos para consumo dos pacientes nas unidades hospitalares, concluímos que o emprego de radiações pode, além de aumentar a durabilidade dos alimentos, promover a eliminação parcial ou total de microrganismos patogênicos ou parasitos presentes na estrutura física dos alimentos, evitando suas ações espoliativas, tóxicas, mecânicas, traumáticas, inflamatórias e enzimáticas, de modo a reduzir os riscos a saúde dos pacientes, reduzir custos hospitalares e o tempo de internação. O objetivo principal é direcionar a aplicação das técnicas radiológicas existentes para melhorar a eficácia da higienização dos alimentos utilizados nas unidades de saúde que incluam no seu serviço o fornecimento de alimentos. Este trabalho visa também despertar a comunidade científica sobre a importância do desenvolvimento de pesquisas para otimização dos resultados da aplicação das radiações ionizantes sobre os alimentos, visando á extinção completa dos efeitos inconvenientes ou, quando não, ao seu abrandamento.
  • 16. BIBLIOGRAFIA Livros Nutrição Clínica, Faustino Teixeira Neto Editora Guanabara Koogan Tecnologia de Alimentos, José Evangelista Editora Atheneu 2ª edição Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação, Dr Eneo Alves da Silva., PhD. Editora e livraria Varela 6ª edição Sites www.cnen.gov.br www.hgb.rj.saude.gov.br/ciencia/nutri/nut01.asp www.anvisa.gov.br www.conter.gov.br www.fcf.usp.br www.engalimentos.com.br