1. Radiação e a indústria de alimentos
Química
1o bimestre – Aula 2
Ensino Médio
2. ● Radioisótopos. ● Avaliar as potencialidades e
os riscos do uso da radiação
na conservação de alimentos.
3. Você conhece o processo de conservação de alimentos por irradiação?
Comeria um alimento irradiado? Por quê? Consumir alimentos irradiados faz
mal para a saúde? O tratamento por irradiação altera o valor nutricional dos
alimentos? Quais alimentos podem ser irradiados?
Leia as perguntas a seguir, pense por alguns instantes,
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4. Hoje existe uma preocupação global com as perdas na produção de
alimentos, que representa cerca de um terço do total produzido, e a
necessidade de reduzir essas perdas para equilibrar a oferta e a demanda,
de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
A cada dia, torna-se mais vital encontrar métodos eficazes para estender a
vida útil e garantir a segurança dos produtos alimentícios.
Por que investir em métodos de conservação de
alimentos?
5. A irradiação de alimentos é uma ferramenta
eficaz, já aprovada por autoridades sanitárias
de 37 países para mais 40 tipos de alimentos,
incluindo especiarias, grãos, carnes, frutas e
legumes.
O tratamento por irradiação elimina ou inativa
larvas de insetos, parasitas, fungos e bactérias,
aumentando significativamente a vida útil dos
alimentos e garantindo maior segurança
alimentar.
Alimentos irradiados
devem apresentar a
seguinte indicação em
seus rótulos
6. Importante! Alimentos irradiados não se tornam radioativos. Na irradiação de
alimentos, podem ocorrer transformações químicas, mas nunca transformações
nucleares, que poderiam tornar o alimento radioativo. A radiação não continua
no alimento.
Dependendo do alimento ou da quantidade de radiação utilizada, o alimento
pode sofrer com alterações de sabor e aroma.
Estudos que indicaram, por exemplo, o amolecimento do tecido celular em
morangos que foram irradiados com 4 kGy*, após a colheita. Além disso, pode
ocorrer a perda de alguns nutrientes. Mas vale lembrar que essa perda também
pode ocorrer em outros procedimentos, como na pasteurização e na
esterilização.
*kGy: kilogray (unidade de medida para quantidade de radiação absorvida).
7. • Na desinfestação, são eliminados os organismos vivos em todas as
suas fases de evolução;
• Pode ocorrer a descontaminação de alimentos in natura, refrigerados
e congelados;
• Não deixa resíduos químicos nos alimentos;
• Pode ser utilizada em produtos embalados;
• Aumenta a vida útil dos alimentos, favorecendo a exportação, a
distribuição e a venda de produtos agroindustriais;
• Atenua as perdas na cadeia de distribuição.
Principais vantagens da utilização da radiação:
8. • Não é para qualquer alimento: em produtos com alto teor de gordura,
pode ocorrer a rancificação, que gera um sabor desagradável.
• Custo: equipamentos usados na irradiação são caros e demandam
infraestrutura específica.
• Impactos ambientais: a destinação inadequada dos equipamentos e dos
rejeitos radioativos decorrentes do processo causam danos ao meio
ambiente.
• Consumidor: devido à falha da divulgação de informações do processo e
sua segurança, consumidores podem deixar de consumir um produto,
impactando o consumo, a produção e o investimento em novas tecnologias.
Principais desvantagens da utilização da radiação:
9. A exposição à ação de ondas eletromagnéticas pode ocorrer já com o
produto embalado. Existem diferentes radioisótopos utilizados para esse
processo. A escolha é feita de acordo com o objetivo pretendido e o
alimento.
Vale reforçar que essa radiação diminui com o tempo e que o alimento não
fica radioativo.
10. Considerando as afirmações a seguir sobre o processo de irradiação de alimentos:
I. Estender a vida útil de alimentos.
II. Aumentar os nutrientes dos alimentos, tornando-os radioativos.
III. Não deixar resíduos químicos nos alimentos.
IV. Atenuar as perdas na cadeia de distribuição.
V. Eliminar os organismos vivos que aceleram a decomposição dos alimentos em
todas as suas fases de evolução.
As afirmações que correspondem aos benefícios desse procedimento são:
a. I, II, III. d. I, II, e V.
b. I, III, IV e V. e. I, II, III, IV e V.
c. I, IV e V.
11. Considerando as afirmações a seguir sobre o processo de irradiação de alimentos:
I. Estender a vida útil de alimentos.
II. Aumentar os nutrientes dos alimentos, tornando-os radioativos.
III. Não deixar resíduos químicos nos alimentos.
IV. Atenuar as perdas na cadeia de distribuição.
V. Eliminar os organismos vivos que aceleram a decomposição dos alimentos em
todas as suas fases de evolução.
As afirmações que correspondem aos benefícios desse procedimento são:
a. I, II, III. d. I, II, e V.
b. I, III, IV e V. e. I, II, III, IV e V.
c. I, IV e V.
Correção
12. A taxa à qual um elemento radioativo se desintegra varia, porém há uma
constância que é diretamente proporcional ao número de núcleos
radioativos presentes em determinado instante. Chamamos essa constância
de desintegração de meia-vida.
Meia-vida ou período de semidesintegração (representada por P ou t1/2) é
o tempo necessário para que a metade dos núcleos radioativos presente em
uma amostra sofra decaimento radioativo, ou seja, para que uma amostra
radioativa se reduza à metade.
Meia-vida
13. Tanto na explosão de uma bomba atômica como em um acidente com
vazamento, numa usina nuclear, são liberados isótopos radioativos. Porém,
o tempo de meia-vida muito pequeno de alguns radioisótopos impede
que eles sejam fixados no solo, na vegetação ou nas águas por muito tempo.
Alguns apresentam, no entanto, uma meia-vida muito longa, o que permite
sua fixação no meio ambiente, contaminando-o e tornando-o radioativo.
Vejamos alguns exemplos:
Carbono-15 2,4 segundos
Xenônio-135 9 horas
Fósforo-32 32 dias
Césio-137 30,17 anos
Urânio-238 4,5 bilhões de anos
14. Imaginem um radioisótopo com meia-vida de 250 anos. Qual é a porcentagem
que permanecerá radioativa após 1.000 anos de exposição desse material?
Temos a redução da massa/porcentagem pela metade a cada 250 anos, assim:
Exemplos:
Tempo 0 250 anos 250 anos 250 anos 250 anos
Porcentagem 100% 50% 25% 12,50% 6,25%
de massa
15. O iodo-125, isótopo radioativo do iodo com diversas aplicações, como em
tratamentos na saúde, tem meia-vida de 60 dias. Qual a massa, em gramas
de iodo-125, que restará após seis meses de uma amostra contendo 2,00 g
do radioisótopo?
a) 0,25
b) 0,75
c) 0,66
d) 1,50
e) 0,10
16. O iodo-125, isótopo radioativo do iodo com diversas aplicações, como em
tratamentos na saúde, tem meia-vida de 60 dias. Qual a massa, em gramas
de iodo-125, que restará após seis meses de uma amostra contendo 2,00 g
do radioisótopo?
a) 0,25
b) 0,75
c) 0,66
d) 1,50
e) 0,10
Correção
17. ● Em Goiânia, 100 g de 137CsCℓ foram liberados de uma cápsula, antes
utilizada em radioterapia, e causaram um grave acidente nuclear. O
gráfico representa a cinética de desintegração desse isótopo.
18. O césio-137 possui meia-vida de 30 anos. Se tivermos 12 g desse
elemento, após quanto tempo essa massa será reduzida para 0,75 g?
a) 30 anos.
b) 60 anos.
c) 90 anos.
d) 120 anos.
e) 150 anos.
19. ● Bomba de cobalto é um aparelho muito usado na radioterapia para
tratamento de pacientes, especialmente portadores de câncer. O
material radioativo usado nesse aparelho é o 27
60Co, com um período de
meia-vida de aproximadamente 5 anos.
● Admita que a bomba de cobalto foi danificada e o material radioativo
exposto à população. Após 25 anos, a atividade deste elemento ainda se
faz sentir num percentual, em relação à massa inicial, de:
20. Assista ao vídeo a seguir e, com base nos conhecimentos desta aula,
elabore um infográfico de divulgação das potencialidades do uso da
irradiação em alimentos. Além disso, inclua ações individuais que possam
mitigar o desperdício de alimentos.
https://youtu.be/C__CsA5EGvk?si=pZevouGZulJ8Ps5z
Atividade de intervenção
21. • Avaliamos as potencialidades e os riscos
do uso da radiação na conservação de
alimentos.
22. LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso,
2023.
PACHECO, Natália. Irradiação de alimentos: um estudo de caso. UTFPR, 2013. Disponível em:
https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/23330/1/PG_CEEST_04_2012_19.pdf. Acesso em: 17
nov. 2023.
PERUZZO, F. M.; (Tito), CANTO, E. L. Moderna Plus: Química, v. 2 – Química na Abordagem do Cotidiano.
5. ed. São Paulo: Moderna, 2009. p. 464.
SÃO PAULO (Estado). Currículo em Ação: Caderno do Professor – Química – Ensino Médio – 2ª série – 1º
semestre. São Paulo: Seduc-SP. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-
content/uploads/2023/01/2s%C3%A9rie-Professor-CNT-1sem-parte1.pdf. Acesso em: 17 nov. 2023.
USBERCO, J.; SALVADOR. Volume único. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
23. Lista de imagens e vídeos
Slide 3 – https://pixabay.com/pt/photos/morangos-fruta-temporada-comendo-
3359755/; https://pixabay.com/pt/photos/barriga-de-porco-eu-no-churrasco-1122171/.
Slide 5 –
https://pt.wikipedia.org/wiki/Irradia%C3%A7%C3%A3o_de_alimentos#/media/Ficheiro:Radura-
Symbol.svg
Slide 17 – https://youtu.be/C__CsA5EGvk?si=pZevouGZulJ8Ps5z
Notas do Editor
(EM13CNT103) Utilizar o conhecimento sobre as radiações e suas origens para avaliar as potencialidades e os riscos de sua aplicação em equipamentos de uso cotidiano, na saúde, no ambiente, na indústria, na agricultura e na geração de energia elétrica.
Alternativa ‘d’.
Pelo gráfico concluímos que o tempo de meia-vida é de 30 anos.
100 – 87,5 = 12,5%
100% → 50% → 25% → 12,5% 30 anos 30 anos 30 anos
O tempo para que 87,5% da amostra tenha se desintegrado é de 90 anos.
Alternativa “d”
12g → 6g → 3g → 1,5g → 0,75g 30 anos 30 anos 30 anos 30 anos
Serão necessários 120 anos para que essa amostra de césio-137 reduza-se a 0,75 g.
Alternativa ‘a’.
100% x → 5 anos → 50% x → 5 anos → 25% x → 5 anos → 12,5% x → 5 anos → 6,25% x → 5 anos → 3,125% x
5 . 5 = 25 anos.
Professor, a construção do infográfico pode ser realizada de forma analógica ou digital. Caso opte pelo formato digital, é possível utilizar a seguinte plataforma: https://www.canva.com/pt_br/criar/infografico/