SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Revolução Industrial

Revolução Industrial
1 - Introdução

A Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra integra o conjunto das “Revoluções
Burguesas” do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na
passagem do capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos
que a acompanham são a independência dos EUA e a Revolução Francesa, que
sob influência dos principais iluministas, assinalam a transição da Idade
Moderna para a Contemporânea.
História . Aula 01

Revolução Industrial

2 – O processo da produção
Nessa evolução, a produção manual que antecede a industrial conheceu duas
etapas bem definidas dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo:
– Artesanato
Foi a forma de produção
característica da Baixa Idade
Média, durante o renascimento
urbano e comercial, sendo
representado
por
uma
produção de caráter familiar,
na qual o produtor (artesão),
possuía os meios de produção
(era o proprietário da oficina e
das ferramentas) e trabalhava
com a família em sua própria
casa, realizando todas as
etapas da produção, desde o
preparo da matéria-prima, até
o acabamento final; ou seja,
não havia divisão do trabalho
ou especialização.
História . Aula 01

Revolução Industrial

 Manufatura
Foi a forma de produção que predominou ao longo da Idade Moderna,
resultando da ampliação do mercado consumidor com o desenvolvimento
do comércio marítimo. Nesse momento, já ocorre um aumento na
produtividade do trabalho, devido à divisão social da produção, onde cada
trabalhador realizava uma etapa na confecção de um produto. Outra
característica desse período foi a interferência do capitalista no processo
produtivo, passando a comprar a matéria-prima e a determinar o ritmo de
produção, uma vez que controlava os principais mercados consumidores.
História . Aula 01

Revolução Industrial

3 – A maquinofatura
Na maquinofatura, o trabalhador estava submetido ao regime de
funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta
etapa que se consolidou a Revolução Industrial. A partir da máquina, falase numa primeira, numa segunda e até numa terceira Revolução industrial.
 Primeira Fase (1760 a 1860): A Revolução Industrial ficou limitada,
basicamente, à Inglaterra, o primeiro país europeu a conhecer um rápido
processo de industrialização, baseado na utilização do carvão e do ferro e
na fabricação de tecidos com a utilização do tear mecânico.

Máquina a vapor usada em mina de
carvão, no século XVIII
História . Aula 01

Revolução Industrial

 Segunda Fase (1860 a 1900): A industrialização espalhou-se por diversas
regiões da Europa, atingindo países como França, Alemanha, Itália, Bélgica e
Holanda. Em outros continentes, o processo de industrialização alcançou os
Estados Unidos e o Japão. Nesse período, as principais inovações técnicas
foram a utilização da energia elétrica e o desenvolvimento dos produtos
químicos.

As primeiras experiências com a então recém-descoberta
eletricidade demonstraram que o corpo humano é um bom
condutor elétrico. O menino suspenso por cordas isolantes
recebe estímulos elétricos nos pés, os quais são
transmitidos a outra criança (à esquerda) a quem está
dando a mão.
História . Aula 01
•

Revolução Industrial

Terceira Fase (1 8 6 0 a 1 9 0 0 ): 1900 até hoje – Surgem conglomerados
industriais e multinacionais. A produção se automatiza; começa a produção
em série e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão
dos meios de comunicação. A indústria química e eletrônica, a engenharia
genética e a robótica avançam.
História . Aula 01

Revolução Industrial

4 – O pioneirismo da Inglaterra
O pioneirismo inglês no processo de Revolução Industrial
em meados do século XVIII, pode ser explicado por
diversos fatores:
 POLÍTICA ECONÔMICA LIBERAL
Antes da liberalização econômica, as atividades
industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rígido
sistemas de guildas, e por causa disso a entrada de
novos competidores e a inovação tecnológica eram muito
limitadas. Com a liberalização da indústria e do comércio,
ocorreu um enorme progresso tecnológico e um grande
aumento da produtividade em um curto espaço de tempo
 RESERVAS DE CARVÃO MINERAL
A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral
em seu subsolo, sendo essa a principal fonte de energia
para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor.
História . Aula 01

Revolução Industrial

RESERVAS DE MINÉRIO DE FERRO
A Inglaterra possuía grandes reservas de minério de ferro, sendo essa a principal
matéria-prima utilizada na indústria.
 MÃO-DE-OBRA DISPONÍVEL
A aprovação da Lei dos Cercamentos de Terra (enclousures) na Inglaterra foi
responsável por um grande êxodo no campo, e consequentemente pela
disponibilidade de mão-de-obra abundante e barata nas cidades.
ACUMULAÇÃO DE CAPITAL
A grande quantidade de capital acumulado durante a fase do mercantilismo,
permitiu que a burguesia inglesa tivesse recursos financeiros suficientes para
financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar
empregados.
História . Aula 01

Revolução Industrial

5 – O liberalismo de Adam Smith
As novidades da Revolução Industrial trouxeram muitas
dúvidas. O pensador escocês Adam Smith procurou
responder racionalmente às perguntas da época. Seu
livro “ A Riqueza das Nações” (1776) é considerada
uma das obras fundadoras da ciência econômica.

 “O egoísmo é útil para a sociedade”
Segundo Smith, quando uma pessoa busca o melhor para si, toda a sociedade é
beneficiada. Portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus
lucros. Mas, para lucrar têm de contratar empregados e vender produtos bons e
baratos. O que, no fim, é ótimo para os consumidores e para toda a sociedade.
 “ O Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia”
Se as forças do mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com
vigor. Desse modo, cada empresário faria o que bem entendesse com seu
capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo.
História . Aula 01

Revolução Industrial

6 - OS PRINCIPAIS AVANÇOS DA MAQUINOFATURA
A industrialização da segunda metade do século XVIII iniciou-se com a
mecanização do setor têxtil, cuja produção tinha amplos mercados nas colônias,
inglesas ou não, da América, África e Ásia.
Entre as principais invenções mecânicas do período destacam-se:
 1767 – Máquina de fiar (spinning jenny) de James Hargreaves
Essa máquina era capaz de fiar 80 quilos de fios de um só vez sob os
cuidados de um só operário.
História . Aula 01

Revolução Industrial

 1768 – Máquina a vapor
Todas as invenções mecânicas ganharam maior capacidade quando
passaram a ser acoplados à máquina a vapor, inventada por Thomas
Newcomen (1712) e aperfeiçoada por James Watt. Com a gradativa
sofisticação das máquinas, houve aumento da produção e geração de
capitais, que eram reaplicados em novas máquinas. Após o setor têxtil, a
mecanização alcançou o setor metalúrgico, impulsionou a produção em
série e levou à modernização e expansão dos transportes.
 1769 - Tear hidráulico ( water frame), de Richard Arkwright
 1779 – Samuel Crompton inventa a “mule” uma combinação da “water
frame” com a “spinning jenny” com os fios finos e resistentes.
História . Aula 01

 1785 - Tear mecânico de Edmond Cartwright

Revolução Industrial
História . Aula 01

Revolução Industrial

 1814 – George Stephenson idealizou a LOCOMOTIVA A VAPOR
 1805 – O norte-americano Robert Fulton revoluciou a navegação marítima
criando o BARCO A VAPOR.
História . Aula 01

Revolução Industrial

CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA INGLESA
História . Aula 01
8-

Revolução Industrial

O CONTROLE DA PRODUÇÃO

O uso da energia elétrica e do petróleo graças à maior potência e eficiência
das fontes de energia, permitiu a intensificação e diversificação do
desenvolvimento tecnológico. A busca dos maiores lucros em relação aos
investimentos feitos levou à especialização do trabalho ao extremo.
 FORDISMO – Esse método foi testado e implantado na indústria
automobilística Ford; as esteiras levavam o chassi do carro a percorrer
toda a fábrica. Do lado delas ficavam os operários operando com as
suas mãos. Além disso, o fordismo defendia o princípio de que a
empresa deveria dedicar-se a apenas um produto, além de dominar as
fontes de matérias-primas.
 TAYLORISMO – O engenheiro norte-americano Frederick Wilson
Taylor visava buscar o aumento da produtividade, controlando os
movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção.
História . Aula 01

Revolução Industrial

O fordismo e o taylorismo propiciaram o surgimento de grandes indústrias e a
geração de uma grande concentração de capital, dando origem aos holdings, trustes
e cartéis.
HOLDINGS – correspondem a grandes empresas
financeiras que controlam vastos complexos
industriais a partir da posse da maior parte de suas
ações.
TRUSTES – são grandes companhias que absorvem
seus concorrentes ou estabelecem acordos entre
si, monopolizando a produção de certas
mercadorias, determinando seus preços e
dominando o mercado; consiste, portanto, num
domínio vertical da produção.
CARTÉIS – são grandes empresas independentes
produtoras de mercadorias de um mesmo ramo que
se associam para evitar a concorrência,
estabelecendo divisão de mercados e definindo
preços; faz-se, assim, o domínio horizontal da
produção.
História . Aula 01

Revolução Industrial

9 – OS DESDOBRAMENTOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL PARA A
SOCIEDADE
A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do
trabalhador braçal.
 Provocou inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as
cidades, com enormes concentrações urbanas.
História . Aula 01

Revolução Industrial

 A produção em larga escala e dividida em etapas distanciou cada
vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de
trabalhadores domina apenas uma etapa da produção.

O proletariado urbano surgiu como uma classe bem definida e submetida
às péssimas condições de moradia (cortiços), salários irrisórios e com uma
extensa jornada de trabalho diante da ausência de leis trabalhistas:
1780 – em torno de 80 horas por semana;
1820 – 67 horas por semana;
1860 – 53 horas por semana
História . Aula 01

Revolução Industrial

 O agravamento dos problemas sócio-econômicos com o desemprego e a
fome, foram acompanhados de outros problemas, como a prostituição e o
alcoolismo.
 O barulho e poluição passaram a fazer parte do cotidiano dos moradores
dos centros urbanos.
 O desenvolvimento das ferrovias irá absorver grande parte da mão-de-obra
masculina adulta, provocando, em escala crescente, a utilização de
mulheres e crianças como trabalhadores nas fábricas têxteis e nas minas.
História . Aula 01

Revolução Industrial

10 – AS REAÇÕES DOS TRABALHADORES
Os trabalhadores reagiram das mais
diferentes formas. Podemos destacar alguns dos
movimentos:
LUDISMO: o nome vem de Ned Ludlan),
caracterizado pela destruição das máquinas.
CARTISMO : organizado pela “Associação dos
Operários”, que exigiam melhores condições de
trabalho e o fim do voto censitário.
TRADE–UNIONS: associações de operários
que
evoluíram
lentamente
em
suas
reivindicações , originando os primeiros
sindicatos modernos.
11 – CONCLUSÃO
A Revolução Industrial estabeleceu a definitiva supremacia burguesa na
ordem econômica, ao mesmo tempo que acelerou o êxodo rural, o
crescimento urbano e a formação da classe operária. Inaugurava-se uma
nova época, na qual a política, a ideologia e a cultura gravitariam entre dois
pólos: a burguesia industrial e o proletariado. Estavam fixadas as bases do
progresso tecnológico e científico, visando a invenção de novos produtos e
técnicas para o maior e melhor desempenho industrial. Abriram-se também
as condições para o imperialismo colonialista e a luta de classes, formando
o conjunto das bases do mundo contemporâneo.
História . Aula 01

Revolução Industrial

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

As fases da revolução industrial
As fases  da revolução industrialAs fases  da revolução industrial
As fases da revolução industrial
 
Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrial
 
A Revolução Russa
A Revolução RussaA Revolução Russa
A Revolução Russa
 
Renascimento cultural
Renascimento culturalRenascimento cultural
Renascimento cultural
 
Economia Planificada
Economia PlanificadaEconomia Planificada
Economia Planificada
 
A globalização
A globalizaçãoA globalização
A globalização
 
Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial
 
Revolução russa slide
Revolução russa slideRevolução russa slide
Revolução russa slide
 
A Nova Ordem Mundial (PDF)
A Nova Ordem Mundial (PDF)A Nova Ordem Mundial (PDF)
A Nova Ordem Mundial (PDF)
 
O mundo pos guerra fria
O mundo pos guerra friaO mundo pos guerra fria
O mundo pos guerra fria
 
O Antigo Regime
O Antigo RegimeO Antigo Regime
O Antigo Regime
 
Capitalismo industrial
Capitalismo industrialCapitalismo industrial
Capitalismo industrial
 
2° ano EM - Revolução Industrial.
2° ano EM - Revolução Industrial.2° ano EM - Revolução Industrial.
2° ano EM - Revolução Industrial.
 
Islamismo
IslamismoIslamismo
Islamismo
 
A 2ª Guerra Mundial
A 2ª Guerra MundialA 2ª Guerra Mundial
A 2ª Guerra Mundial
 
Baixa idade média
Baixa idade médiaBaixa idade média
Baixa idade média
 
A Segunda Guerra MUndial
A Segunda Guerra MUndialA Segunda Guerra MUndial
A Segunda Guerra MUndial
 
Capitalismo e socialismo
Capitalismo e socialismoCapitalismo e socialismo
Capitalismo e socialismo
 
crise de 1929 e a grande depressão
  crise de 1929 e a grande depressão  crise de 1929 e a grande depressão
crise de 1929 e a grande depressão
 
3º ano - Revolução Russa 1917
3º ano - Revolução Russa 19173º ano - Revolução Russa 1917
3º ano - Revolução Russa 1917
 

Destaque

Adam smith e a Revolução Industrial
Adam smith e a Revolução IndustrialAdam smith e a Revolução Industrial
Adam smith e a Revolução IndustrialPedro Tomé
 
Revoluçao Agricola e Revolução Industrial
Revoluçao Agricola e Revolução IndustrialRevoluçao Agricola e Revolução Industrial
Revoluçao Agricola e Revolução IndustrialNelson Faustino
 
Revoluções: Agrícola, Industrial e Liberais
Revoluções: Agrícola, Industrial e LiberaisRevoluções: Agrícola, Industrial e Liberais
Revoluções: Agrícola, Industrial e Liberaisinessalgado
 
Adam Smith - Quem foi, contribuições e contexto histórico
Adam Smith - Quem foi, contribuições e contexto históricoAdam Smith - Quem foi, contribuições e contexto histórico
Adam Smith - Quem foi, contribuições e contexto históricoDiego Lopes
 
revolução industrial
revolução industrialrevolução industrial
revolução industrialAna Batista
 
Revolucao industrial
Revolucao industrialRevolucao industrial
Revolucao industrialmarcusejoao
 
A Revolução industrial
A Revolução industrialA Revolução industrial
A Revolução industrialCarlos Pinheiro
 
Revolução industrial slide
Revolução industrial slideRevolução industrial slide
Revolução industrial slideHary Duarte
 
Unidade 5 da_revolução_agrivcola_à_revolução_industrial
Unidade 5 da_revolução_agrivcola_à_revolução_industrialUnidade 5 da_revolução_agrivcola_à_revolução_industrial
Unidade 5 da_revolução_agrivcola_à_revolução_industrialVítor Santos
 
Getting Started With SlideShare
Getting Started With SlideShareGetting Started With SlideShare
Getting Started With SlideShareSlideShare
 

Destaque (19)

revolução industrial
revolução industrialrevolução industrial
revolução industrial
 
Revolucao industrial
Revolucao industrialRevolucao industrial
Revolucao industrial
 
Adam smith e a Revolução Industrial
Adam smith e a Revolução IndustrialAdam smith e a Revolução Industrial
Adam smith e a Revolução Industrial
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
Revoluçao Agricola e Revolução Industrial
Revoluçao Agricola e Revolução IndustrialRevoluçao Agricola e Revolução Industrial
Revoluçao Agricola e Revolução Industrial
 
Revoluções: Agrícola, Industrial e Liberais
Revoluções: Agrícola, Industrial e LiberaisRevoluções: Agrícola, Industrial e Liberais
Revoluções: Agrícola, Industrial e Liberais
 
Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrial
 
Adam Smith - Quem foi, contribuições e contexto histórico
Adam Smith - Quem foi, contribuições e contexto históricoAdam Smith - Quem foi, contribuições e contexto histórico
Adam Smith - Quem foi, contribuições e contexto histórico
 
Revolução industrial pdf
Revolução industrial pdfRevolução industrial pdf
Revolução industrial pdf
 
revolução industrial
revolução industrialrevolução industrial
revolução industrial
 
Revolucao industrial
Revolucao industrialRevolucao industrial
Revolucao industrial
 
A Revolução industrial
A Revolução industrialA Revolução industrial
A Revolução industrial
 
Revolução industrial slide
Revolução industrial slideRevolução industrial slide
Revolução industrial slide
 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
REVOLUÇÃO INDUSTRIALREVOLUÇÃO INDUSTRIAL
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrial
 
Slides revolução industrial
Slides revolução industrialSlides revolução industrial
Slides revolução industrial
 
Unidade 5 da_revolução_agrivcola_à_revolução_industrial
Unidade 5 da_revolução_agrivcola_à_revolução_industrialUnidade 5 da_revolução_agrivcola_à_revolução_industrial
Unidade 5 da_revolução_agrivcola_à_revolução_industrial
 
Classe de palavras
Classe de palavrasClasse de palavras
Classe de palavras
 
Getting Started With SlideShare
Getting Started With SlideShareGetting Started With SlideShare
Getting Started With SlideShare
 

Semelhante a Revolucao industrial

As Revoluções Industriais.pptx
As Revoluções Industriais.pptxAs Revoluções Industriais.pptx
As Revoluções Industriais.pptxHitaloSantos8
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrialRose Vital
 
1ª Revolução Industrial
1ª Revolução Industrial1ª Revolução Industrial
1ª Revolução IndustrialLaerciolns12
 
Revolução industrial PIBID História UEPB Campus I
Revolução industrial PIBID História UEPB Campus IRevolução industrial PIBID História UEPB Campus I
Revolução industrial PIBID História UEPB Campus INaldo Stithi
 
A revolução industrial
A revolução industrialA revolução industrial
A revolução industrialMarcos Venicios
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrialZeze Silva
 
A Revolução Industrial 2.ppt
A Revolução Industrial 2.pptA Revolução Industrial 2.ppt
A Revolução Industrial 2.pptJosWilliam14
 
Aula revolução industrial
Aula revolução industrialAula revolução industrial
Aula revolução industrialMarcos Azevedo
 
Revolução industrial atividade revisão
Revolução industrial   atividade revisãoRevolução industrial   atividade revisão
Revolução industrial atividade revisãoCarlos Zaranza
 
Revolução industrial ricardo carvalho
Revolução industrial   ricardo carvalhoRevolução industrial   ricardo carvalho
Revolução industrial ricardo carvalhoCristiane81
 

Semelhante a Revolucao industrial (20)

Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrial
 
As Revoluções Industriais.pptx
As Revoluções Industriais.pptxAs Revoluções Industriais.pptx
As Revoluções Industriais.pptx
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrial
 
Revolução..,
Revolução..,Revolução..,
Revolução..,
 
1ª Revolução Industrial
1ª Revolução Industrial1ª Revolução Industrial
1ª Revolução Industrial
 
Revolução industrial PIBID História UEPB Campus I
Revolução industrial PIBID História UEPB Campus IRevolução industrial PIBID História UEPB Campus I
Revolução industrial PIBID História UEPB Campus I
 
A revolução industrial
A revolução industrialA revolução industrial
A revolução industrial
 
3 revolução industrial
3   revolução industrial3   revolução industrial
3 revolução industrial
 
Revolucao
RevolucaoRevolucao
Revolucao
 
Historia jakeee
Historia jakeeeHistoria jakeee
Historia jakeee
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrial
 
Rindustrial
RindustrialRindustrial
Rindustrial
 
Revolução industrial 2012
Revolução industrial 2012Revolução industrial 2012
Revolução industrial 2012
 
A Revolução Industrial
A Revolução IndustrialA Revolução Industrial
A Revolução Industrial
 
A Revolução Industrial 2.ppt
A Revolução Industrial 2.pptA Revolução Industrial 2.ppt
A Revolução Industrial 2.ppt
 
revolução industrial.pptx
revolução industrial.pptxrevolução industrial.pptx
revolução industrial.pptx
 
Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrial
 
Aula revolução industrial
Aula revolução industrialAula revolução industrial
Aula revolução industrial
 
Revolução industrial atividade revisão
Revolução industrial   atividade revisãoRevolução industrial   atividade revisão
Revolução industrial atividade revisão
 
Revolução industrial ricardo carvalho
Revolução industrial   ricardo carvalhoRevolução industrial   ricardo carvalho
Revolução industrial ricardo carvalho
 

Mais de GabrielaLimaPereira (20)

Trabalho sobre a cidade de Ubatuba
Trabalho sobre a cidade de UbatubaTrabalho sobre a cidade de Ubatuba
Trabalho sobre a cidade de Ubatuba
 
Braztoa
Braztoa Braztoa
Braztoa
 
Operadora de Turismo Braztoa
Operadora de Turismo BraztoaOperadora de Turismo Braztoa
Operadora de Turismo Braztoa
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
Cobreagem
CobreagemCobreagem
Cobreagem
 
Semana da arte moderna 1992
Semana da arte moderna 1992Semana da arte moderna 1992
Semana da arte moderna 1992
 
Semana da arte moderna 1992
Semana da arte moderna 1992Semana da arte moderna 1992
Semana da arte moderna 1992
 
Pontos Negativos da Copa no Brasil 2014
Pontos Negativos da Copa no Brasil 2014Pontos Negativos da Copa no Brasil 2014
Pontos Negativos da Copa no Brasil 2014
 
Pontos Negativos da Copa no Brasil 2014
Pontos Negativos da Copa no Brasil 2014Pontos Negativos da Copa no Brasil 2014
Pontos Negativos da Copa no Brasil 2014
 
Tabela de NCM
Tabela de NCMTabela de NCM
Tabela de NCM
 
3ª geração do romantismo no brasil
3ª geração do romantismo no brasil3ª geração do romantismo no brasil
3ª geração do romantismo no brasil
 
Experiência da casca de ovo
Experiência da casca de ovoExperiência da casca de ovo
Experiência da casca de ovo
 
Guia ortografico
Guia ortograficoGuia ortografico
Guia ortografico
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
Mercosul
MercosulMercosul
Mercosul
 
Til
TilTil
Til
 
Dalton trevisan
Dalton trevisanDalton trevisan
Dalton trevisan
 
Bálcãs
BálcãsBálcãs
Bálcãs
 
3ª geração do romantismo no brasil
3ª geração do romantismo no brasil3ª geração do romantismo no brasil
3ª geração do romantismo no brasil
 

Último

Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 

Revolucao industrial

  • 1. Revolução Industrial Revolução Industrial 1 - Introdução A Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra integra o conjunto das “Revoluções Burguesas” do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que a acompanham são a independência dos EUA e a Revolução Francesa, que sob influência dos principais iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Contemporânea.
  • 2. História . Aula 01 Revolução Industrial 2 – O processo da produção Nessa evolução, a produção manual que antecede a industrial conheceu duas etapas bem definidas dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo: – Artesanato Foi a forma de produção característica da Baixa Idade Média, durante o renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão), possuía os meios de produção (era o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final; ou seja, não havia divisão do trabalho ou especialização.
  • 3. História . Aula 01 Revolução Industrial  Manufatura Foi a forma de produção que predominou ao longo da Idade Moderna, resultando da ampliação do mercado consumidor com o desenvolvimento do comércio marítimo. Nesse momento, já ocorre um aumento na produtividade do trabalho, devido à divisão social da produção, onde cada trabalhador realizava uma etapa na confecção de um produto. Outra característica desse período foi a interferência do capitalista no processo produtivo, passando a comprar a matéria-prima e a determinar o ritmo de produção, uma vez que controlava os principais mercados consumidores.
  • 4. História . Aula 01 Revolução Industrial 3 – A maquinofatura Na maquinofatura, o trabalhador estava submetido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial. A partir da máquina, falase numa primeira, numa segunda e até numa terceira Revolução industrial.  Primeira Fase (1760 a 1860): A Revolução Industrial ficou limitada, basicamente, à Inglaterra, o primeiro país europeu a conhecer um rápido processo de industrialização, baseado na utilização do carvão e do ferro e na fabricação de tecidos com a utilização do tear mecânico. Máquina a vapor usada em mina de carvão, no século XVIII
  • 5. História . Aula 01 Revolução Industrial  Segunda Fase (1860 a 1900): A industrialização espalhou-se por diversas regiões da Europa, atingindo países como França, Alemanha, Itália, Bélgica e Holanda. Em outros continentes, o processo de industrialização alcançou os Estados Unidos e o Japão. Nesse período, as principais inovações técnicas foram a utilização da energia elétrica e o desenvolvimento dos produtos químicos. As primeiras experiências com a então recém-descoberta eletricidade demonstraram que o corpo humano é um bom condutor elétrico. O menino suspenso por cordas isolantes recebe estímulos elétricos nos pés, os quais são transmitidos a outra criança (à esquerda) a quem está dando a mão.
  • 6. História . Aula 01 • Revolução Industrial Terceira Fase (1 8 6 0 a 1 9 0 0 ): 1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; começa a produção em série e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. A indústria química e eletrônica, a engenharia genética e a robótica avançam.
  • 7. História . Aula 01 Revolução Industrial 4 – O pioneirismo da Inglaterra O pioneirismo inglês no processo de Revolução Industrial em meados do século XVIII, pode ser explicado por diversos fatores:  POLÍTICA ECONÔMICA LIBERAL Antes da liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo rígido sistemas de guildas, e por causa disso a entrada de novos competidores e a inovação tecnológica eram muito limitadas. Com a liberalização da indústria e do comércio, ocorreu um enorme progresso tecnológico e um grande aumento da produtividade em um curto espaço de tempo  RESERVAS DE CARVÃO MINERAL A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, sendo essa a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor.
  • 8. História . Aula 01 Revolução Industrial RESERVAS DE MINÉRIO DE FERRO A Inglaterra possuía grandes reservas de minério de ferro, sendo essa a principal matéria-prima utilizada na indústria.  MÃO-DE-OBRA DISPONÍVEL A aprovação da Lei dos Cercamentos de Terra (enclousures) na Inglaterra foi responsável por um grande êxodo no campo, e consequentemente pela disponibilidade de mão-de-obra abundante e barata nas cidades. ACUMULAÇÃO DE CAPITAL A grande quantidade de capital acumulado durante a fase do mercantilismo, permitiu que a burguesia inglesa tivesse recursos financeiros suficientes para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados.
  • 9. História . Aula 01 Revolução Industrial 5 – O liberalismo de Adam Smith As novidades da Revolução Industrial trouxeram muitas dúvidas. O pensador escocês Adam Smith procurou responder racionalmente às perguntas da época. Seu livro “ A Riqueza das Nações” (1776) é considerada uma das obras fundadoras da ciência econômica.  “O egoísmo é útil para a sociedade” Segundo Smith, quando uma pessoa busca o melhor para si, toda a sociedade é beneficiada. Portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. Mas, para lucrar têm de contratar empregados e vender produtos bons e baratos. O que, no fim, é ótimo para os consumidores e para toda a sociedade.  “ O Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia” Se as forças do mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor. Desse modo, cada empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo.
  • 10. História . Aula 01 Revolução Industrial 6 - OS PRINCIPAIS AVANÇOS DA MAQUINOFATURA A industrialização da segunda metade do século XVIII iniciou-se com a mecanização do setor têxtil, cuja produção tinha amplos mercados nas colônias, inglesas ou não, da América, África e Ásia. Entre as principais invenções mecânicas do período destacam-se:  1767 – Máquina de fiar (spinning jenny) de James Hargreaves Essa máquina era capaz de fiar 80 quilos de fios de um só vez sob os cuidados de um só operário.
  • 11. História . Aula 01 Revolução Industrial  1768 – Máquina a vapor Todas as invenções mecânicas ganharam maior capacidade quando passaram a ser acoplados à máquina a vapor, inventada por Thomas Newcomen (1712) e aperfeiçoada por James Watt. Com a gradativa sofisticação das máquinas, houve aumento da produção e geração de capitais, que eram reaplicados em novas máquinas. Após o setor têxtil, a mecanização alcançou o setor metalúrgico, impulsionou a produção em série e levou à modernização e expansão dos transportes.  1769 - Tear hidráulico ( water frame), de Richard Arkwright  1779 – Samuel Crompton inventa a “mule” uma combinação da “water frame” com a “spinning jenny” com os fios finos e resistentes.
  • 12. História . Aula 01  1785 - Tear mecânico de Edmond Cartwright Revolução Industrial
  • 13. História . Aula 01 Revolução Industrial  1814 – George Stephenson idealizou a LOCOMOTIVA A VAPOR  1805 – O norte-americano Robert Fulton revoluciou a navegação marítima criando o BARCO A VAPOR.
  • 14. História . Aula 01 Revolução Industrial CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA INGLESA
  • 15. História . Aula 01 8- Revolução Industrial O CONTROLE DA PRODUÇÃO O uso da energia elétrica e do petróleo graças à maior potência e eficiência das fontes de energia, permitiu a intensificação e diversificação do desenvolvimento tecnológico. A busca dos maiores lucros em relação aos investimentos feitos levou à especialização do trabalho ao extremo.  FORDISMO – Esse método foi testado e implantado na indústria automobilística Ford; as esteiras levavam o chassi do carro a percorrer toda a fábrica. Do lado delas ficavam os operários operando com as suas mãos. Além disso, o fordismo defendia o princípio de que a empresa deveria dedicar-se a apenas um produto, além de dominar as fontes de matérias-primas.  TAYLORISMO – O engenheiro norte-americano Frederick Wilson Taylor visava buscar o aumento da produtividade, controlando os movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção.
  • 16. História . Aula 01 Revolução Industrial O fordismo e o taylorismo propiciaram o surgimento de grandes indústrias e a geração de uma grande concentração de capital, dando origem aos holdings, trustes e cartéis. HOLDINGS – correspondem a grandes empresas financeiras que controlam vastos complexos industriais a partir da posse da maior parte de suas ações. TRUSTES – são grandes companhias que absorvem seus concorrentes ou estabelecem acordos entre si, monopolizando a produção de certas mercadorias, determinando seus preços e dominando o mercado; consiste, portanto, num domínio vertical da produção. CARTÉIS – são grandes empresas independentes produtoras de mercadorias de um mesmo ramo que se associam para evitar a concorrência, estabelecendo divisão de mercados e definindo preços; faz-se, assim, o domínio horizontal da produção.
  • 17. História . Aula 01 Revolução Industrial 9 – OS DESDOBRAMENTOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL PARA A SOCIEDADE A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal.  Provocou inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, com enormes concentrações urbanas.
  • 18. História . Aula 01 Revolução Industrial  A produção em larga escala e dividida em etapas distanciou cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores domina apenas uma etapa da produção. O proletariado urbano surgiu como uma classe bem definida e submetida às péssimas condições de moradia (cortiços), salários irrisórios e com uma extensa jornada de trabalho diante da ausência de leis trabalhistas: 1780 – em torno de 80 horas por semana; 1820 – 67 horas por semana; 1860 – 53 horas por semana
  • 19. História . Aula 01 Revolução Industrial  O agravamento dos problemas sócio-econômicos com o desemprego e a fome, foram acompanhados de outros problemas, como a prostituição e o alcoolismo.  O barulho e poluição passaram a fazer parte do cotidiano dos moradores dos centros urbanos.  O desenvolvimento das ferrovias irá absorver grande parte da mão-de-obra masculina adulta, provocando, em escala crescente, a utilização de mulheres e crianças como trabalhadores nas fábricas têxteis e nas minas.
  • 20. História . Aula 01 Revolução Industrial 10 – AS REAÇÕES DOS TRABALHADORES Os trabalhadores reagiram das mais diferentes formas. Podemos destacar alguns dos movimentos: LUDISMO: o nome vem de Ned Ludlan), caracterizado pela destruição das máquinas. CARTISMO : organizado pela “Associação dos Operários”, que exigiam melhores condições de trabalho e o fim do voto censitário. TRADE–UNIONS: associações de operários que evoluíram lentamente em suas reivindicações , originando os primeiros sindicatos modernos. 11 – CONCLUSÃO A Revolução Industrial estabeleceu a definitiva supremacia burguesa na ordem econômica, ao mesmo tempo que acelerou o êxodo rural, o crescimento urbano e a formação da classe operária. Inaugurava-se uma nova época, na qual a política, a ideologia e a cultura gravitariam entre dois pólos: a burguesia industrial e o proletariado. Estavam fixadas as bases do progresso tecnológico e científico, visando a invenção de novos produtos e técnicas para o maior e melhor desempenho industrial. Abriram-se também as condições para o imperialismo colonialista e a luta de classes, formando o conjunto das bases do mundo contemporâneo.
  • 21. História . Aula 01 Revolução Industrial