O documento fornece informações biográficas e literárias sobre o poeta brasileiro Luís Nicolau Fagundes Varella, incluindo sua vida, características, obras e uma análise do poema "Deixa-me!".
Fagundes Varela: vida e obra do poeta romântico brasileiro
1. Fagundesvarela E. E. WaldemonMoraes Coelho Alunos: Fernando da Silva; Marciel Prof.: Cida Rangel Disciplina: Língua Portuguesa
2. Vida Nome: Luís Nicolau Fagundes Varella Nascimento: 17 de agosto de 1841 (Rio Claro – RJ) Falecimento: 18 de fevereiro de 1875 (Niterói – RJ, 33 anos) Nacionalidade: Brasileiro Ocupação: Poeta
5. Obras Noturnas - 1861 Vozes da América - 1864 Pendão Auri-verde - poemas patrióticos, acerca da Questão Christie. Cantos e Fantasias - 1865 Cantos Meridionais - 1869 Cantos do Ermo e da Cidade - 1869 Anchieta ou O Evangelho nas Selvas - 1875 (publicação póstuma) Diário de Lázaro - 1880
6. Análise DEIXA-ME! Quando cansado da vigília insana Declino a fronte num dormir profundo, Por que teu nome vem ferir-me o ouvido, Lembrar-me o tempo que passei no mundo? Por que teu vulto se levanta airoso, Tremente em ânsias de volúpia infinda? E as formas nuas, e ofegante o seio, No meu retiro vens tentar-me ainda?
7. Por que me falas de venturas longas, Por que me apontas um porvir de amores? E o lume pedes à fogueira extinta, Doces perfumes a polutas flores? Não basta ainda essa existência escura, Página treda que a teus pés compus? Nem essas fundas, perenais angústias, Dias sem crenças e serões sem luz? Não basta o quadro de meus verdes anos Manchado e roto, abandonado ao pó? Nem este exílio, do rumor no centro, Onde pranteio desprezado e só?
8. Ah! não me lembres do passado as cenas, Nem essa jura desprendida a esmo! Guardaste a tua? a quantos outros, dize, A quantos outros não fizeste o mesmo? A quantos outros, inda os lábios quentes De ardentes beijos que eu te dera então, Não apertaste no vazio seio Entre promessas de eternal paixão? Oh! fui um doido que segui teus passos, Que dei-te em versos de beleza a palma; Mas tudo foi-se, e esse passado negro Por que sem pena me despertas n’alma?
9. Deixa-me agora repousar tranqüilo, Deixa-me agora dormitar em paz, E com teus risos de infernal encanto Em meu retiro não me tentes mais!