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Confraria Pane, Vinum et Caseus

           3º encontro
           12/set/2009
Nossa degustação de hoje
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Comparação Velho x Novo Mundo
  "Produzir vinho é relativamente simples, só os primeiros duzentos anos
  são difíceis", declarou a baronesa Philippine de Rothschild
  "A razão de o vinho ser tão fascinante é porque existem tantos tipos
  diferentes e cada um é distinto do outro." , observa Hugh Johnson
  Gosto Pessoal: “Ninguém sabe melhor do que a própria pessoa até onde
  seu paladar resiste, com que sabores se sente mais à vontade, como reage
  diante dos diferentes estímulos” (Patricia Tapia, livro “Vinho sem
  Segredos”)
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  "Produzir vinho é relativamente simples, só os primeiros duzentos anos são
  difíceis", declarou a baronesa Philippine de Rothschild
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  e cada um é distinto do outro." , observa Hugh Johnson
  Gosto Pessoal: “Ninguém sabe melhor do que a própria pessoa até onde seu
  paladar resiste, com que sabores se sente mais à vontade, como reage diante
  dos diferentes estímulos” (Patricia Tapia, livro “Vinho sem Segredos”)
  "O grande charme do vinho é a sua variedade e a fidelidade as suas
  origens", avalia Jancis Robinson, "Master of Wine (MW)”
  A França e a Itália produzem mais da metade do vinho do
  mundo, mas, observa Hugh Johnson, inglês, "a Itália sempre tem
  novidades, sempre está-se mexendo, causando agitação", e "na França as
  coisas mudam, mas muitas vezes é uma questão de acento, de uma evolução
  gradual e de pequenos pormenores".
  O vinho <do velho mundo>, nesse caso, é o produto da vontade de Deus... se a
  safra é boa a gente agradece, se a safra é ruim a gente lamenta... (Blog Ivania
  Amaral)
Comparação Velho x Novo Mundo
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                   Ao redor do Mediterrâneo, mas
   Países                                               Austrália, Estados Unidos, Argentina,
                            principalmente
                                                                 Chile e África do Sul
                   França, Itália, Espanha, Portugal
  Definição           Região e produtor (terroir)       padronização, similaridade, varietais

  Produção       Desconcentrados (15 mil produtores     concentrados - Chile 90% 5 produtores
                          em Bordeaux)                      - Australia 80% 4 produtores
                                DOC, AOC
                      não permite a irrigação das
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                     pode acidificar, chaptalizar, ou    falta de acidez corrigida pela adição
                 chiptalizar e em casos mais extremos              de ácido tartárico
                 nem as leveduras podem ser "criadas
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   Tempo                   Envelhecimento                        Consumo imediato

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 Estratégia                    Tradição                               inovação
Passos da Degustação
  O EXAME VISUAL
     1. LIMPIDEZ
     2. TRANSPARÊNCIA
     3. BRILHO
     4. VISCOSIDADE
     5. GÁS
     6. COR
     RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIAÇÕES DE COR
          TINTOS JOVENS: De violeta pálido a rubi intenso
          TINTOS MADUROS: De rubi pálido com reflexos
          alaranjados a marrom tijolo (âmbar)
          BRANCOS JOVENS: De amarelo palha com reflexos
          esverdeados ou com reflexos dourados
          BRANCOS MADUROS: De levemente dourado a
          intensamente dourado
          ROSÉS JOVENS: De rosa claro à
          rosa escuro
          ROSÉS MADUROS: De rosa escuro
          com reflexos dourados até ambar
  EVOLUÇÃO DA COR
Passos da degustação
  O EXAME OLFATÓRIO
     OS AROMAS
     1. QUALIDADE
     2. INTENSIDADE
     3. CLASSIFICAÇÃO
     3.1 Aromas Primários
     3.2 Aromas Secundários
     BRANCOS - frutas frescas (maçã, abacaxi, pêssego, pêra, etc.), flores (rosa, cravo,
     jasmim, etc.) e às vezes, aromas mais complexos: aromas adocicados (compota,
     mel, melado, etc.), aromas vegetais ou herbáceos (feno, grama, hortelã, menta,
     etc.) e minerais (petróleo, etc.).
     TINTOS - frutas vermelhas (cereja, amora, groselha, cassis, etc.), de frutas secas
     (ameixa, avelã, amêndoa, nozes, passas, etc.), de especiarias (pimenta, canela,
     baunilha, noz moscada, orégano, tomilho, alcaçuz, anis, etc.) e vegetais ou
     herbáceos (feno, grama, hortelã, menta, etc.), aromas animais (couro, suor, etc.),
     aromas empireumáticos (torrefação, tostado, defumado, tabaco, café, chocolate,
     açúcar-queimado, etc.), aromas de madeira (baunilha, serragem, etc.), aromas
     adocicados (compota, mel, melado, etc.), aromas químicos e etéreos (acetona,
     álcool, enxofre, fermento, pão, leite, manteiga, etc.) e muitos outros aromas!
     3.3 Aromas Terciários
Passos da degustação
  O EXAME GUSTATIVO
     1. PERCEPÇÃO DOS SABORES
         DOCE
         ÁCIDO
         AMARGO
         SALGADO
     2. O "TATO“
         CORPO
         ADSTRINGÊNCIA (TANICIDADE
         GÁS CARBÔNICO
         TEOR ALCOÓLICO
         TEMPERATURA
         EQUILÍBRIO
Passos da degustação
  IV. SENSAÇÕES COMPLEXAS
     RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA:
     É a sensação olfatória percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca, ou
     ao fungar depois de engolir o vinho, de modo que aromas desprendidos sejam
     levados da orofaringe até cavidade nasal onde serão sentidos na área
     olfatória.
     PERSISTÊNCIA:
     É o tempo de duração da sensação de retrogosto. Vai de 0 a 3 segundos nos
     vinhos inferiores, ditos curtos; de 4 a 7 segundos nos vinhos médios e acima
     de 8 segundos nos bons vinhos, denominados longos.
Degustação
  Exame Organoléptico
Carmenere
 Originalmente da região do Médoc (Bordéus, França), onde
 era usada para a produção de vinhos tintos intensos e
 ocasionalmente para mistura de modo semelhante à
 casta Petit Verdot. Os cachos dessa cepa possuem frutos que
 variam entre os tamanhos pequeno e médio e cores que tendem ao preto
 azulado. Na Europa, as videiras desta variedade foram dizimadas por uma
 praga e substituídas por outras castas mais resistentes. Atualmente, é
 exclusiva do Chile.
Carmenere
 História
 A casta Carménère foi uma das mais amplamente cultivadas em
 inícios do século XIX no Médoc e Graves. Na década de 1860 as
 videiras européias desta variedade foram dizimadas pela filoxera,
 um insecto diminuto que afecta as folhas e a raiz sugando a seiva das plantas, e
 substituídas por outras castas menos sensíveis, como a Merlot.
 Julgada extinta, foi redescoberta em 1994 no Chile Jean-Michel Boursiquot, que
 notou que algumas cepas de Merlot demoravam a maturar. Os resultados de
 estudos realizados concluíram que se tratava na realidade da antiga variedade de
 Bordeaux Carménère, cultivada inadvertidamente, misturada com pés de Merlot.[1]
 Levada por engano aos vales vinícolas chilenos, a Carménère se adaptou ao clima
 agradável e aos solos férteis obtendo êxito ao ponto de ser considerada uma das
 uvas mais importantes do Chile por sua qualidade e sabor excepcional. É no Vale do
 Colchagua onde está seu maior cultivo, que se mantém restrito ao Chile devido à
 fragilidade da cepa, que sobrevive graças ao bom clima e solo, mas sobretudo, ao
 isolamento físico e geográfico criado por barreiras naturais como o Oceano Pacífico,
 o Deserto do Atacama, a Cordilheira dos Andes e as águas frias do provenientes do
 Pólo Sul, que protegem essa região de pragas.
Carmenere
 Características
 Os vinhos produzidos a partir da cepa Carménère possuem
 cor vermelha lilás, bastante profunda, aromas de frutas
 vermelhas, terra umidade e especiarias com notas vegetais
 que vão se suavizando na medida em que a uva amadurece na própria
 planta.
 Os taninos são mais amigáveis e suaves que os do Cabernet Sauvignon.
 Notas vegetais tornam-no porém menos elegante que um Merlot. Faz um
 vinho de corpo médio, fácil de beber e que deve beber-se jovem, quando
 apresenta sabor persistente que tente ao gosto de framboesa madura e
 beterraba doce.
Errazuriz Reserva Carmenere 2008
            CaracterÍsticas Técnicas
            Produtor: Errazuriz
            País: Chile
            Região: Chile
            Safra: 2008
            Tipo: Tinto
            Volume: 750 ml
            Uva: Caménère
            Vinhedos: Vinhedos localizados na região do Vale do Aconcagua.
            Vinificação: Fermentação tradicional com controle de temperatura.
            Maturação: Matura de 6 a 8 meses em carvalho francês e americano, barricas
            de 1 a 3 anos de uso.
            Temperatura de Serviço: 15º a 16ºC
            Teor Alcoólico: 13,5%
            Corpo: médio
            Sugestão de Guarda: de 2 até 3 anos
            Combinações: Carnes Grelhadas, Risoto cremoso de champignon, Massa
            Bolonhesa.
            Notas: Com a excelente nota 90 do guia Descorchados, o ótimo Carmenère de
            Errazuriz mostra cativantes aromas de fruta madura e deliciosas e complexas
            notas de especiarias, sem o toque vegetal presente na maioria dos Carmenère
            produzidos no Chile. Sedoso e equilibrado, enche a boca com um conjunto
            longo e saboroso. Ótima relação qualidade/preço.
Casa Silva Reserva Carmerene 2007
Ventisquero Queulat Gran Reserva Carmenere 2006

            VARIEDADE: 85% Carménére, 10% Cabernet Sauvignon 10% e 5% Syrah.

            VINHEDO: Vale de Maipo.

            VINDIMA: Colheita realizada em fins de abril e início de maio. Os cachos são
            colhidos manualmente, para logo ser transportados e selecionados.

            VINIFICAÇÃO: Maceração pré-fermentativa a baixas temperaturas, seguida
            de fermentação do mosto em tanques de aço inoxidável.

            ÁLCOOL: 14,50%GL.

            COR E AROMA: Vermelho cereja escuro. Ressalta aromas de frutas pretas e
            vermelhas maduras, notas de especiarias, chocolate, tabaco e carvalho.

            SOLO: Franco. Profundidade de 1,0 m.

            GUARDA: Repousa de 12 a 14 meses em barricas de carvalho
            francês, permanecendo engarrafado por mais 6 meses.

            TEMPO PARA CONSUMO: 1 a 5 anos.

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  • 2. Nossa degustação de hoje Comparação Velho x Novo Mundo Relembrar os passos de uma degustação Carmenere Degustação Barão do Sul – Alentejo Quinta das Pedras Altas – Douro Cartuxa – Alentejo
  • 3. Comparação Velho x Novo Mundo "Produzir vinho é relativamente simples, só os primeiros duzentos anos são difíceis", declarou a baronesa Philippine de Rothschild "A razão de o vinho ser tão fascinante é porque existem tantos tipos diferentes e cada um é distinto do outro." , observa Hugh Johnson Gosto Pessoal: “Ninguém sabe melhor do que a própria pessoa até onde seu paladar resiste, com que sabores se sente mais à vontade, como reage diante dos diferentes estímulos” (Patricia Tapia, livro “Vinho sem Segredos”)
  • 4. Comparação Velho x Novo Mundo "Produzir vinho é relativamente simples, só os primeiros duzentos anos são difíceis", declarou a baronesa Philippine de Rothschild "A razão de o vinho ser tão fascinante é porque existem tantos tipos diferentes e cada um é distinto do outro." , observa Hugh Johnson Gosto Pessoal: “Ninguém sabe melhor do que a própria pessoa até onde seu paladar resiste, com que sabores se sente mais à vontade, como reage diante dos diferentes estímulos” (Patricia Tapia, livro “Vinho sem Segredos”) "O grande charme do vinho é a sua variedade e a fidelidade as suas origens", avalia Jancis Robinson, "Master of Wine (MW)” A França e a Itália produzem mais da metade do vinho do mundo, mas, observa Hugh Johnson, inglês, "a Itália sempre tem novidades, sempre está-se mexendo, causando agitação", e "na França as coisas mudam, mas muitas vezes é uma questão de acento, de uma evolução gradual e de pequenos pormenores". O vinho <do velho mundo>, nesse caso, é o produto da vontade de Deus... se a safra é boa a gente agradece, se a safra é ruim a gente lamenta... (Blog Ivania Amaral)
  • 5. Comparação Velho x Novo Mundo Velho Mundo Novo Mundo Ao redor do Mediterrâneo, mas Países Austrália, Estados Unidos, Argentina, principalmente Chile e África do Sul França, Itália, Espanha, Portugal Definição Região e produtor (terroir) padronização, similaridade, varietais Produção Desconcentrados (15 mil produtores concentrados - Chile 90% 5 produtores em Bordeaux) - Australia 80% 4 produtores DOC, AOC não permite a irrigação das parreiras, adubação, aplicação de livres de normas certos produtos agratóxicos. Na maquiados com carvalho (lascas de Processos fabricação do vinho o produtor não madeira) pode acidificar, chaptalizar, ou falta de acidez corrigida pela adição chiptalizar e em casos mais extremos de ácido tartárico nem as leveduras podem ser "criadas em laboratório". Tempo Envelhecimento Consumo imediato Característica Sutileza, Elegância personalidade forte Estratégia Tradição inovação
  • 6. Passos da Degustação O EXAME VISUAL 1. LIMPIDEZ 2. TRANSPARÊNCIA 3. BRILHO 4. VISCOSIDADE 5. GÁS 6. COR RESUMO DAS PRINCIPAIS VARIAÇÕES DE COR TINTOS JOVENS: De violeta pálido a rubi intenso TINTOS MADUROS: De rubi pálido com reflexos alaranjados a marrom tijolo (âmbar) BRANCOS JOVENS: De amarelo palha com reflexos esverdeados ou com reflexos dourados BRANCOS MADUROS: De levemente dourado a intensamente dourado ROSÉS JOVENS: De rosa claro à rosa escuro ROSÉS MADUROS: De rosa escuro com reflexos dourados até ambar EVOLUÇÃO DA COR
  • 7. Passos da degustação O EXAME OLFATÓRIO OS AROMAS 1. QUALIDADE 2. INTENSIDADE 3. CLASSIFICAÇÃO 3.1 Aromas Primários 3.2 Aromas Secundários BRANCOS - frutas frescas (maçã, abacaxi, pêssego, pêra, etc.), flores (rosa, cravo, jasmim, etc.) e às vezes, aromas mais complexos: aromas adocicados (compota, mel, melado, etc.), aromas vegetais ou herbáceos (feno, grama, hortelã, menta, etc.) e minerais (petróleo, etc.). TINTOS - frutas vermelhas (cereja, amora, groselha, cassis, etc.), de frutas secas (ameixa, avelã, amêndoa, nozes, passas, etc.), de especiarias (pimenta, canela, baunilha, noz moscada, orégano, tomilho, alcaçuz, anis, etc.) e vegetais ou herbáceos (feno, grama, hortelã, menta, etc.), aromas animais (couro, suor, etc.), aromas empireumáticos (torrefação, tostado, defumado, tabaco, café, chocolate, açúcar-queimado, etc.), aromas de madeira (baunilha, serragem, etc.), aromas adocicados (compota, mel, melado, etc.), aromas químicos e etéreos (acetona, álcool, enxofre, fermento, pão, leite, manteiga, etc.) e muitos outros aromas! 3.3 Aromas Terciários
  • 8. Passos da degustação O EXAME GUSTATIVO 1. PERCEPÇÃO DOS SABORES DOCE ÁCIDO AMARGO SALGADO 2. O "TATO“ CORPO ADSTRINGÊNCIA (TANICIDADE GÁS CARBÔNICO TEOR ALCOÓLICO TEMPERATURA EQUILÍBRIO
  • 9. Passos da degustação IV. SENSAÇÕES COMPLEXAS RETROGOSTO ou AROMA DE BOCA: É a sensação olfatória percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca, ou ao fungar depois de engolir o vinho, de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe até cavidade nasal onde serão sentidos na área olfatória. PERSISTÊNCIA: É o tempo de duração da sensação de retrogosto. Vai de 0 a 3 segundos nos vinhos inferiores, ditos curtos; de 4 a 7 segundos nos vinhos médios e acima de 8 segundos nos bons vinhos, denominados longos.
  • 10. Degustação Exame Organoléptico
  • 11. Carmenere Originalmente da região do Médoc (Bordéus, França), onde era usada para a produção de vinhos tintos intensos e ocasionalmente para mistura de modo semelhante à casta Petit Verdot. Os cachos dessa cepa possuem frutos que variam entre os tamanhos pequeno e médio e cores que tendem ao preto azulado. Na Europa, as videiras desta variedade foram dizimadas por uma praga e substituídas por outras castas mais resistentes. Atualmente, é exclusiva do Chile.
  • 12. Carmenere História A casta Carménère foi uma das mais amplamente cultivadas em inícios do século XIX no Médoc e Graves. Na década de 1860 as videiras européias desta variedade foram dizimadas pela filoxera, um insecto diminuto que afecta as folhas e a raiz sugando a seiva das plantas, e substituídas por outras castas menos sensíveis, como a Merlot. Julgada extinta, foi redescoberta em 1994 no Chile Jean-Michel Boursiquot, que notou que algumas cepas de Merlot demoravam a maturar. Os resultados de estudos realizados concluíram que se tratava na realidade da antiga variedade de Bordeaux Carménère, cultivada inadvertidamente, misturada com pés de Merlot.[1] Levada por engano aos vales vinícolas chilenos, a Carménère se adaptou ao clima agradável e aos solos férteis obtendo êxito ao ponto de ser considerada uma das uvas mais importantes do Chile por sua qualidade e sabor excepcional. É no Vale do Colchagua onde está seu maior cultivo, que se mantém restrito ao Chile devido à fragilidade da cepa, que sobrevive graças ao bom clima e solo, mas sobretudo, ao isolamento físico e geográfico criado por barreiras naturais como o Oceano Pacífico, o Deserto do Atacama, a Cordilheira dos Andes e as águas frias do provenientes do Pólo Sul, que protegem essa região de pragas.
  • 13. Carmenere Características Os vinhos produzidos a partir da cepa Carménère possuem cor vermelha lilás, bastante profunda, aromas de frutas vermelhas, terra umidade e especiarias com notas vegetais que vão se suavizando na medida em que a uva amadurece na própria planta. Os taninos são mais amigáveis e suaves que os do Cabernet Sauvignon. Notas vegetais tornam-no porém menos elegante que um Merlot. Faz um vinho de corpo médio, fácil de beber e que deve beber-se jovem, quando apresenta sabor persistente que tente ao gosto de framboesa madura e beterraba doce.
  • 14. Errazuriz Reserva Carmenere 2008 CaracterÍsticas Técnicas Produtor: Errazuriz País: Chile Região: Chile Safra: 2008 Tipo: Tinto Volume: 750 ml Uva: Caménère Vinhedos: Vinhedos localizados na região do Vale do Aconcagua. Vinificação: Fermentação tradicional com controle de temperatura. Maturação: Matura de 6 a 8 meses em carvalho francês e americano, barricas de 1 a 3 anos de uso. Temperatura de Serviço: 15º a 16ºC Teor Alcoólico: 13,5% Corpo: médio Sugestão de Guarda: de 2 até 3 anos Combinações: Carnes Grelhadas, Risoto cremoso de champignon, Massa Bolonhesa. Notas: Com a excelente nota 90 do guia Descorchados, o ótimo Carmenère de Errazuriz mostra cativantes aromas de fruta madura e deliciosas e complexas notas de especiarias, sem o toque vegetal presente na maioria dos Carmenère produzidos no Chile. Sedoso e equilibrado, enche a boca com um conjunto longo e saboroso. Ótima relação qualidade/preço.
  • 15. Casa Silva Reserva Carmerene 2007
  • 16. Ventisquero Queulat Gran Reserva Carmenere 2006 VARIEDADE: 85% Carménére, 10% Cabernet Sauvignon 10% e 5% Syrah. VINHEDO: Vale de Maipo. VINDIMA: Colheita realizada em fins de abril e início de maio. Os cachos são colhidos manualmente, para logo ser transportados e selecionados. VINIFICAÇÃO: Maceração pré-fermentativa a baixas temperaturas, seguida de fermentação do mosto em tanques de aço inoxidável. ÁLCOOL: 14,50%GL. COR E AROMA: Vermelho cereja escuro. Ressalta aromas de frutas pretas e vermelhas maduras, notas de especiarias, chocolate, tabaco e carvalho. SOLO: Franco. Profundidade de 1,0 m. GUARDA: Repousa de 12 a 14 meses em barricas de carvalho francês, permanecendo engarrafado por mais 6 meses. TEMPO PARA CONSUMO: 1 a 5 anos.