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A  Moreninha: Uma obra de Joaquim Manuel de Macedo Joaquim nasceu em  Itaboraí , em 1820. Fez o curso de Medicina e no mesmo ano de sua formatura, 1844, publicou  A Moreninha. Foi jornalista, professor secundário, dramaturgo, e romancista, obtendo destaque  literário com este último gênero. Fundou em 1849, a Revista Guanabara, junto com Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre. Morreu no Rio de Janeiro, em 1822.  Curiosidades sobre a obra: é considerado o primeiro romance tipicamente brasileiro, pois retratou hábitos da juventude burguesa carioca, contemporânea à época de sua publicação. Esse livro faz parte da fase do romantismo no Brasil, e tem grande sucesso ainda nos dias de hoje
 O Juramento de Amor –                  parte I
    Foi, pois, há sete anos, e tinha eu então treze anos, que, brincando em uma das praias do Rio de Janeiro, vi uma menina que não poderia ter ainda oito. Figure-se a mais bonita criança do mundo, com um vivo, agradável e alegre semblante, com cabelos negros e anelados voando ao derredor de seu pescoço, com o fogo do céu nos olhos, com o sorrir dos anjos nos lábios, com a graça divina em toda ela, e se fará ainda uma idéia incompleta dela. Ela estava à borda do mar e seu rosto voltado para ele; aproximei-me devagarinho. Uma criança viva e espirituosa, quando está quieta, é porque imagina novas travessuras ou combina os meios para executar alguma coisa; eu sabia isto por experiência própria; cheguei para saber em que pensava a menina; a pequena distância dela parei, porque já sabia no que ela pensava. Na praia estava deposta uma concha, mas tão perto do mar, que quem a quisesse tomar e não fosse ligeiro e experiente se expunha a ser apanhado pelas ondas, que rebentavam com força, então.
Eu vi a travessa menina hesitar longo tempo entre o desejo de possuir a concha e o receio de ser molhada pelas vagas; depois pareceu haver tomado uma resolução: o capricho de criança tinha vencido. Com suas lindas mãozinhas arregaçou o vestido até aos joelhos, e quando a onda recuou, ela fez um movimento, mas ficou ainda no mesmo lugar. Finalmente, ao refluxo da sexta onda, ela precipitou-se sobre a concha; mas a areia escorregou debaixo de seus pés e ela caiu na praia, sem risco e com graça: erguendo-se logo e, espantada ao ver perto de si a nova onda, que desta vez vinha mansa, fraca e respeitosa, correu para trás  e se aproximou de mim ...
  Este acontecimento fez-nos logo camaradas. Nós brincamos juntos, corríamos e caíamos na areia, e depois ríamos ambos de nós mesmos.   Tínhamos esquecido todo o mundo, e pensávamos somente em nos divertir, como os melhores amigos.    Ouvindo a sua voz harmoniosa e vibrante, não quis saber de fluxos nem refluxos de ondas; corri para elas com entusiasmo e, radiante de prazer e felicidade, apresentei-me à linda menina, embora um pouco molhado, mas trazendo a concha desejada. Ainda continuamos a brincar juntos; e, sem o pensar, nós esquecemos de procurar saber os nossos verdadeiros nomes, porque nos bastavam esses com que já nos tratávamos, de: meu marido, minha mulher!
   Nós estávamos como dois antigos camaradas, quando fomos interrompidos em nossas travessuras por um outro menino que para nós corria chorando.— O que tem? perguntamos ambos.—É meu pai que morre! exclamou ele, apontando para uma casinha que avistamos algumas braças distante de nós.Ficamos um momento tristemente surpreendidos; depois, como dominados pelo mesmo pensamento, ela e eu dissemos a um tempo:— Vamos lá.E corremos para subir até a pequena casa.
   Era um quadro de dor e luto que tínhamos ido ver. Uma pobre velha cercava o leito em que jazia moribundo ancião de cinqüenta anos, mais ou menos. Pelo que agora posso concluir, uma síncope havia causado todo o movimento, pranto e desolação que observamos. Quando chegamos ao pé de seu leito, ele tornava a si.— Ainda não morri, dizia olhando com ternura para sua esposa, e deixando cair dos olhos grossas lágrimas. Depois, deparando conosco, continuou:— Quem são estes dois meninos?...Ninguém lhe respondeu. — Não chorem ao pé de mim, exclamou o velho, sufocado em pranto.     A minha camarada dirigiu-se então à velha.— O que tem então ele?... perguntou com viva demonstração de interesse.— Oh, meus meninos, respondeu a aflita velha, ele sofre uma enfermidade cruel, mas que poderia não ser mortal... Morremos de fome...
  Queríamos então ajudar. Instintivamente minha interessante companheira tirou do bolso do seu avental uma moeda de ouro e, dando-a à velha, disse:— Foi meu padrinho que me deu hoje de manhã... eu não preciso dela... não tenho fome.   E eu tirei do meu bolso uma nota, não me lembro de que valor, e a entreguei, dizendo:— Foi minha mãe que me deu e ela me dá um abraço, sempre que faço esmolas aos pobres.   A velha nos abraçou e nos deu mil beijos de gratidão, e ele nos disse que éramos anjos e abençoou o nosso desejo de nos casar, dizendo assim: — Os meninos que entraram na casa do miserável, que enxugaram o pranto e mataram a fome da indigência, são abençoados por Deus e unidos em nome d’Ele!... Meus filhos, eu os vejo casados lá no futuro!
         Escutando suas palavras, eu acreditei que estávamos ouvindo uma profecia pronunciada por um inspirado do Senhor. O doente tirou de uma pequena e antiga caixa dois breves, os deu à velha dizendo:— Minha mãe, descosa esses dois    breves.    Depois o ancião, voltando-se para mim, disse: — Menino! Que trazeis convosco que possais oferecer a esta menina?...Eu corri com os olhos tudo que em mim havia e só achei um lindo alfinete de camafeu. Pus-lhe nas mãos o meu camafeu. E voltando-se para minha bela camarada, continuou:— Menina! Que trazeis convosco que possais oferecer a este menino?...   A menina, entregou-lhe um botão de esmeralda que trazia em sua roupa. Quando as ordens do ancião foram completamente executadas, ele tomou os dois breves e, dando-me o de cor branca, disse-me:— Tomai este breve, cuja cor exprime a candura da alma daquela menina. Ele contém o vosso camafeu: se tendes bastante força para ser constante e amar para sempre aquele belo anjo, dai-lho a fim de que ela o guarde com desvelo.   Eu mal compreendi o que o velho queria: mas entreguei o breve à linda menina. Chegou a vez dela. O homem deu-lhe o outro, dizendo:— Tomai este breve, cuja cor exprime as esperanças do coração daquele menino. Ele contém a vossa esmeralda: se tendes bastante força para ser constante e amar para sempre aquele bom anjo, dai-lho, a fim de que ele o guarde com desvelo.Minha bela mulher executou a insinuação do velho com prontidão, e eu prendi o breve ao meu pescoço, com uma fita. Quando tudo isto estava feito, o velho prosseguiu ainda:— Ide, meus meninos; crescei e sede felizes! Vós olhastes para mim, pobre e miserável, e Deus olhará para vós...Então, apertou nossas mãos com força... Sinto ainda sobre os meus dedos o calor abrasador dos seus e agora compreendo que, com efeito, ele delirava quando assim falou à nós.Enfim, deixamos aquela morada aflitos e admirados. Sós, pensamos no velho e choramos juntos.
— Oh! Eu o prometo.— Eu o juro. — Eu o guardarei!
          O Reencontro-                  parte II
    Alguns anos depois...    -Bravo! exclamou Filipe - entrando e despindo a casaca, que pendurou em um cabide velho- Bravo!...interessante cena! Mas certo que desonrosa fora para casa de um estudante de Medicina e já no sexto ano, a não valer-lhe o adágio antigo: - o hábito não faz o monge.  - Temos discurso!... atenção!... ordem!... gritaram a um tempo três vozes.   - Coisa célebre! acrescentou Leopoldo.    Filipe sempre se torna orador depois do jantar... O motivo da aposta é que Augusto, no fim do curso de Medicina, não consegue permanecer com nenhuma mulher por muito tempo e  faz a seguinte aposta com Filipe: aquele que não conseguir namorar por mais de 15 dias uma mulher terá que escrever um romance contando a história dessa desventura.
Filipe convida a todos para participarem da Festa de Sant’Ana em uma tal Ilha... Filipe fala que lá no Casarão de sua Avó D. Ana, conhecida carinhosamente por Donana, coabitam com ela duas primas: D. Joaninha, D. Joaquina e sua irmã Carolina, conhecida como A Moreninha.  - Então tuas primas são gentis?... perguntou Leopoldo a Filipe.  - A mais velha, respondeu este, tem dezessete anos, chama-se Joana, tem cabelos negros, belos olhos da mesma cor, e é pálida.   - Hein?... exclamou Augusto, pondo-se de um pulo duas braças longe do canapé onde estava deitado, então ela é pálida?...   - A mais moça tem um ano de menos: loura, de olhos azuis, faces cor-de-rosa... seio de alabastro... dentes...    - Como se chama?   - Joaquina.   - Ai, meus pecados!... disse Augusto.   - Vejam como Augusto já está enternecido...   - Mas, Filipe, tu já me disseste que tinhas uma irmã.     - Sim, é uma moreninha de quatorze anos.   - Moreninha? diabo!... exclamou outra vez Augusto, dando novo pulo. Vão a Ilha... lá conhecem as moças, começam as paqueras e o início das paixões, entre essas paixões a de Augusto, que sem perceber vai perdendo a sua inconstância e insistindo no amor de Carolina, que o maltrata veemente.
Com a intervenção da mucama de Carolina e do escravo acompanhante de Augusto Tobias, que estão apaixonados, Carolina descobre uma promessa de amor feita por Augusto em sua infância. Tudo porque resolveu revelar essa paixão numa conversa com Donana, como as paredes tem ouvidos. Carolina fica sabendo desse amor de infância.
Ela se revolta, pois uma promessa não pode quebrada, principalmente de amor. Ela associa a sua história que Augusto não conhecia e descobre que a menina era ela. A Revolta, o sentimento de traição em seu coração é grande. Augusto resolve pedir para casar com ela, que o repudia terrivelmente, pedi-o para procurar a menina de seu passado e casar-se com ela. Augusto volta A Ilha para noivar definitivamente pois encontrou o seu verdadeiro amor. A menina, com efeito, entregou o breve ao estudante, que começou a descosê-lo precipitadamente. Aquela relíquia, que se dizia milagrosa, era sua última esperança; e, semelhante ao náufrago que no derradeiro extremo se agarra à mais leve tábua, ele se abraçava com ela. Só falta a derradeira capa do breve... ei-la que cede e se descose...salta uma pedra... e Augusto, entusiasmado e como delirante, cai aos pés de D. Carolina, exclamando:           - O meu camafeu!... o meu camafeu! Achei minha mulher!... bradava Augusto. Encontrei minha mulher!               Ela era sua amada, ele pega seu breve a apresenta também para ela, dentro deles um Camafeu de Augusto e uma pedra preciosa de Carolina. Agora o amor pode ocorrer, o casamento pode ser marcado.
No dia do Casamento, Filipe cobra aposta que fizeram no passado. Ele responde que o livro já está pronto e vai se chamar A Moreninha. Fim.

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  • 1. A Moreninha: Uma obra de Joaquim Manuel de Macedo Joaquim nasceu em Itaboraí , em 1820. Fez o curso de Medicina e no mesmo ano de sua formatura, 1844, publicou A Moreninha. Foi jornalista, professor secundário, dramaturgo, e romancista, obtendo destaque literário com este último gênero. Fundou em 1849, a Revista Guanabara, junto com Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre. Morreu no Rio de Janeiro, em 1822. Curiosidades sobre a obra: é considerado o primeiro romance tipicamente brasileiro, pois retratou hábitos da juventude burguesa carioca, contemporânea à época de sua publicação. Esse livro faz parte da fase do romantismo no Brasil, e tem grande sucesso ainda nos dias de hoje
  • 2. O Juramento de Amor – parte I
  • 3. Foi, pois, há sete anos, e tinha eu então treze anos, que, brincando em uma das praias do Rio de Janeiro, vi uma menina que não poderia ter ainda oito. Figure-se a mais bonita criança do mundo, com um vivo, agradável e alegre semblante, com cabelos negros e anelados voando ao derredor de seu pescoço, com o fogo do céu nos olhos, com o sorrir dos anjos nos lábios, com a graça divina em toda ela, e se fará ainda uma idéia incompleta dela. Ela estava à borda do mar e seu rosto voltado para ele; aproximei-me devagarinho. Uma criança viva e espirituosa, quando está quieta, é porque imagina novas travessuras ou combina os meios para executar alguma coisa; eu sabia isto por experiência própria; cheguei para saber em que pensava a menina; a pequena distância dela parei, porque já sabia no que ela pensava. Na praia estava deposta uma concha, mas tão perto do mar, que quem a quisesse tomar e não fosse ligeiro e experiente se expunha a ser apanhado pelas ondas, que rebentavam com força, então.
  • 4. Eu vi a travessa menina hesitar longo tempo entre o desejo de possuir a concha e o receio de ser molhada pelas vagas; depois pareceu haver tomado uma resolução: o capricho de criança tinha vencido. Com suas lindas mãozinhas arregaçou o vestido até aos joelhos, e quando a onda recuou, ela fez um movimento, mas ficou ainda no mesmo lugar. Finalmente, ao refluxo da sexta onda, ela precipitou-se sobre a concha; mas a areia escorregou debaixo de seus pés e ela caiu na praia, sem risco e com graça: erguendo-se logo e, espantada ao ver perto de si a nova onda, que desta vez vinha mansa, fraca e respeitosa, correu para trás e se aproximou de mim ...
  • 5. Este acontecimento fez-nos logo camaradas. Nós brincamos juntos, corríamos e caíamos na areia, e depois ríamos ambos de nós mesmos. Tínhamos esquecido todo o mundo, e pensávamos somente em nos divertir, como os melhores amigos. Ouvindo a sua voz harmoniosa e vibrante, não quis saber de fluxos nem refluxos de ondas; corri para elas com entusiasmo e, radiante de prazer e felicidade, apresentei-me à linda menina, embora um pouco molhado, mas trazendo a concha desejada. Ainda continuamos a brincar juntos; e, sem o pensar, nós esquecemos de procurar saber os nossos verdadeiros nomes, porque nos bastavam esses com que já nos tratávamos, de: meu marido, minha mulher!
  • 6. Nós estávamos como dois antigos camaradas, quando fomos interrompidos em nossas travessuras por um outro menino que para nós corria chorando.— O que tem? perguntamos ambos.—É meu pai que morre! exclamou ele, apontando para uma casinha que avistamos algumas braças distante de nós.Ficamos um momento tristemente surpreendidos; depois, como dominados pelo mesmo pensamento, ela e eu dissemos a um tempo:— Vamos lá.E corremos para subir até a pequena casa.
  • 7. Era um quadro de dor e luto que tínhamos ido ver. Uma pobre velha cercava o leito em que jazia moribundo ancião de cinqüenta anos, mais ou menos. Pelo que agora posso concluir, uma síncope havia causado todo o movimento, pranto e desolação que observamos. Quando chegamos ao pé de seu leito, ele tornava a si.— Ainda não morri, dizia olhando com ternura para sua esposa, e deixando cair dos olhos grossas lágrimas. Depois, deparando conosco, continuou:— Quem são estes dois meninos?...Ninguém lhe respondeu. — Não chorem ao pé de mim, exclamou o velho, sufocado em pranto. A minha camarada dirigiu-se então à velha.— O que tem então ele?... perguntou com viva demonstração de interesse.— Oh, meus meninos, respondeu a aflita velha, ele sofre uma enfermidade cruel, mas que poderia não ser mortal... Morremos de fome...
  • 8. Queríamos então ajudar. Instintivamente minha interessante companheira tirou do bolso do seu avental uma moeda de ouro e, dando-a à velha, disse:— Foi meu padrinho que me deu hoje de manhã... eu não preciso dela... não tenho fome. E eu tirei do meu bolso uma nota, não me lembro de que valor, e a entreguei, dizendo:— Foi minha mãe que me deu e ela me dá um abraço, sempre que faço esmolas aos pobres. A velha nos abraçou e nos deu mil beijos de gratidão, e ele nos disse que éramos anjos e abençoou o nosso desejo de nos casar, dizendo assim: — Os meninos que entraram na casa do miserável, que enxugaram o pranto e mataram a fome da indigência, são abençoados por Deus e unidos em nome d’Ele!... Meus filhos, eu os vejo casados lá no futuro!
  • 9. Escutando suas palavras, eu acreditei que estávamos ouvindo uma profecia pronunciada por um inspirado do Senhor. O doente tirou de uma pequena e antiga caixa dois breves, os deu à velha dizendo:— Minha mãe, descosa esses dois breves. Depois o ancião, voltando-se para mim, disse: — Menino! Que trazeis convosco que possais oferecer a esta menina?...Eu corri com os olhos tudo que em mim havia e só achei um lindo alfinete de camafeu. Pus-lhe nas mãos o meu camafeu. E voltando-se para minha bela camarada, continuou:— Menina! Que trazeis convosco que possais oferecer a este menino?... A menina, entregou-lhe um botão de esmeralda que trazia em sua roupa. Quando as ordens do ancião foram completamente executadas, ele tomou os dois breves e, dando-me o de cor branca, disse-me:— Tomai este breve, cuja cor exprime a candura da alma daquela menina. Ele contém o vosso camafeu: se tendes bastante força para ser constante e amar para sempre aquele belo anjo, dai-lho a fim de que ela o guarde com desvelo. Eu mal compreendi o que o velho queria: mas entreguei o breve à linda menina. Chegou a vez dela. O homem deu-lhe o outro, dizendo:— Tomai este breve, cuja cor exprime as esperanças do coração daquele menino. Ele contém a vossa esmeralda: se tendes bastante força para ser constante e amar para sempre aquele bom anjo, dai-lho, a fim de que ele o guarde com desvelo.Minha bela mulher executou a insinuação do velho com prontidão, e eu prendi o breve ao meu pescoço, com uma fita. Quando tudo isto estava feito, o velho prosseguiu ainda:— Ide, meus meninos; crescei e sede felizes! Vós olhastes para mim, pobre e miserável, e Deus olhará para vós...Então, apertou nossas mãos com força... Sinto ainda sobre os meus dedos o calor abrasador dos seus e agora compreendo que, com efeito, ele delirava quando assim falou à nós.Enfim, deixamos aquela morada aflitos e admirados. Sós, pensamos no velho e choramos juntos.
  • 10. — Oh! Eu o prometo.— Eu o juro. — Eu o guardarei!
  • 11. O Reencontro- parte II
  • 12. Alguns anos depois... -Bravo! exclamou Filipe - entrando e despindo a casaca, que pendurou em um cabide velho- Bravo!...interessante cena! Mas certo que desonrosa fora para casa de um estudante de Medicina e já no sexto ano, a não valer-lhe o adágio antigo: - o hábito não faz o monge. - Temos discurso!... atenção!... ordem!... gritaram a um tempo três vozes. - Coisa célebre! acrescentou Leopoldo. Filipe sempre se torna orador depois do jantar... O motivo da aposta é que Augusto, no fim do curso de Medicina, não consegue permanecer com nenhuma mulher por muito tempo e faz a seguinte aposta com Filipe: aquele que não conseguir namorar por mais de 15 dias uma mulher terá que escrever um romance contando a história dessa desventura.
  • 13. Filipe convida a todos para participarem da Festa de Sant’Ana em uma tal Ilha... Filipe fala que lá no Casarão de sua Avó D. Ana, conhecida carinhosamente por Donana, coabitam com ela duas primas: D. Joaninha, D. Joaquina e sua irmã Carolina, conhecida como A Moreninha. - Então tuas primas são gentis?... perguntou Leopoldo a Filipe. - A mais velha, respondeu este, tem dezessete anos, chama-se Joana, tem cabelos negros, belos olhos da mesma cor, e é pálida. - Hein?... exclamou Augusto, pondo-se de um pulo duas braças longe do canapé onde estava deitado, então ela é pálida?... - A mais moça tem um ano de menos: loura, de olhos azuis, faces cor-de-rosa... seio de alabastro... dentes... - Como se chama? - Joaquina. - Ai, meus pecados!... disse Augusto. - Vejam como Augusto já está enternecido... - Mas, Filipe, tu já me disseste que tinhas uma irmã. - Sim, é uma moreninha de quatorze anos. - Moreninha? diabo!... exclamou outra vez Augusto, dando novo pulo. Vão a Ilha... lá conhecem as moças, começam as paqueras e o início das paixões, entre essas paixões a de Augusto, que sem perceber vai perdendo a sua inconstância e insistindo no amor de Carolina, que o maltrata veemente.
  • 14. Com a intervenção da mucama de Carolina e do escravo acompanhante de Augusto Tobias, que estão apaixonados, Carolina descobre uma promessa de amor feita por Augusto em sua infância. Tudo porque resolveu revelar essa paixão numa conversa com Donana, como as paredes tem ouvidos. Carolina fica sabendo desse amor de infância.
  • 15. Ela se revolta, pois uma promessa não pode quebrada, principalmente de amor. Ela associa a sua história que Augusto não conhecia e descobre que a menina era ela. A Revolta, o sentimento de traição em seu coração é grande. Augusto resolve pedir para casar com ela, que o repudia terrivelmente, pedi-o para procurar a menina de seu passado e casar-se com ela. Augusto volta A Ilha para noivar definitivamente pois encontrou o seu verdadeiro amor. A menina, com efeito, entregou o breve ao estudante, que começou a descosê-lo precipitadamente. Aquela relíquia, que se dizia milagrosa, era sua última esperança; e, semelhante ao náufrago que no derradeiro extremo se agarra à mais leve tábua, ele se abraçava com ela. Só falta a derradeira capa do breve... ei-la que cede e se descose...salta uma pedra... e Augusto, entusiasmado e como delirante, cai aos pés de D. Carolina, exclamando: - O meu camafeu!... o meu camafeu! Achei minha mulher!... bradava Augusto. Encontrei minha mulher! Ela era sua amada, ele pega seu breve a apresenta também para ela, dentro deles um Camafeu de Augusto e uma pedra preciosa de Carolina. Agora o amor pode ocorrer, o casamento pode ser marcado.
  • 16. No dia do Casamento, Filipe cobra aposta que fizeram no passado. Ele responde que o livro já está pronto e vai se chamar A Moreninha. Fim.