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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Antonio Fernando de Araújo Navarro Pereira
As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Trabalho da disciplina de Engenharia Civil do
Programa de Doutorado em Engenharia Civil da
Universidade Federal Fluminense
Prof. Orlando Longo, D. Sc.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
2009
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
SUMÁRIO
1 – Introdução............................................................................................................ 4
2 - Formulação da situação problema.......................................................................... 4
3 – Objetivos............................................................................................................... 8
4 – Metodologia.......................................................................................................... 9
5 - Revisão bibliográfica.............................................................................................. 9
5.1 – Materiais com menores custos.................................................................... 9
5.2 – Projetos com menores custos......................................................................14
6 – Estudo de Caso......................................................................................................17
7 - Conclusões.............................................................................................................27
8 – Bibliografia............................................................................................................29
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
As habitações e as questões de
cidadania: projetos cidadãos
Resumo
Trata-se neste artigo das questões relativas à cidadania, aplicadas a projetos de
habitações residenciais para população de baixa renda, apresentando-se alternativas de
projetos e materiais e um estudo de caso, onde essas questões foram abordadas, desde a fase
de planejamento do empreendimento até a entrega do imóvel aos compradores.
Palavras-chave: Habitações populares, Cidadania, Projetos Cidadãos
Abstract
This article of the questions concerning citizenship applied residential housing
projects for low-income, presenting alternative projects and materials and a case study,
where these issues were discussed, from the planning phase of joint venture onto the
delivery of property buyers.
Keywords: Popular housing projects, citizenship, citizens projects.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
1. INTRODUÇÃO
Passa a ser comum observar-se em localidades nas periferias das cidades, onde
vive a população de menor renda, pelo menos em tese, habitações mais modestas e em maior
número que as demais habitações. Por outro lado, em ambientes onde predomina uma
população de maior renda observam-se habitações de melhor padrão. Essas associações
visuais, em primeiro lugar nos remetem à associação de habitações simples com população de
baixa renda, e habitações de melhor acabamento construtivo com população de classe média,
por fim, terminam por fazer com que habitações simples e desprovidas que qualquer esmero
tendam a ser ocupadas por pessoas de menor renda, sendo o inverso, habitações mais bem
desenvolvidas e planejadas ocupadas por pessoas de maior renda também uma realidade. Essa
mesma associação de idéias se verifica no tamanho das residências; as maiores ocupadas por
população mais abastada e as menores por população menos favorecida financeiramente.
Neste artigo apresentam-se algumas considerações a esse respeito, demonstrando que esses
conceitos nem sempre podem estar corretos e que as habitações ditas populares não precisam
ser necessariamente construções frágeis ou de menor impacto visual. Também são
apresentadas tecnologias e processos inovadores de terminam por baratear os custos das
habitações e como um adequado projeto é importante para a racionalização dos custos das
construções. Após essas informações apresenta-se um estudo de caso, com um projeto
desenvolvido para populações de menor renda e com melhor acabamento construtivo, e com
melhor padrão visual. Afora isso, essas habitações foram projetadas para um custo menor e
maior produtividade de construção, com a entrega de um bloco, constituído por duas
habitações geminadas, com aproximadamente 50m2
de área construída sendo entregues em no
máximo 30 dias, inteiramente concluídas.
2. FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA
A baixa qualidade das habitações populares sempre foi um fato que chamava à
atenção de todos, não só em função da precariedade das mesmas como também pelas
condições de conforto e de dignidade oferecidas, e mesmo de cidadania. Essas habitações,
algumas vezes construídas em locais inapropriados eram sempre as primeiras a ruírem nas
ocorrências de tormentas naturais. As reconstruções ocorriam nos mesmos locais ou nas
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
proximidades do local original, propiciando que mais tormentas as atingissem com facilidade.
Não se está falando de simples construções, mas sim de famílias desabrigadas que perdiam os
poucos pertences acumulados ao longo dos tempos.
Falar-se em cidadania quando as cenas eram uma flagrante constatação do oposto,
isso apresentado a milhões de telespectadores todos os anos não era apropriado. As tormentas
causadas por fortes chuvas que atingiram o Estado de Santa Catarina levaram de roldão
milhares de casas, deixando seus moradores à mercê da caridade dos cidadãos, que se
cotizando em ações coletivas enviavam seus donativos para a reconstrução de novas
moradias. Nessas horas brotam idéias inovadoras, como:
... vamos empregar pneus velhos nas fundações, ... ;
... vamos criar um ambiente mais confortável inserindo garrafas PET nas paredes, ... .
Ora, está se falando de seres humanos desassistidos que precisam ser abrigados do
tempo e continuar suas vidas em um ritmo normal. Não que as propostas não pudessem ser
boas, mas será esse o momento de se tentar novas tecnologias ainda não testadas e que
possam assegurar que aquelas famílias não voltem a ter os mesmos problemas?
Os conceitos de cidadania quase sempre convergem para a definição do indivíduo
cidadão. Em uma linguagem mais simples é o indivíduo capaz, produtivo, ao qual são
atribuídas obrigações e concedidas benesses ou direitos. Para que isso ocorra o indivíduo
precisa fazer parte de um grupo homogêneo ligado por objetivo comum, que pode ser o
habitante da cidade, do estado, ou, enfim, da pátria, nesse exemplo associando a cidadania à
nacionalidade. Em qualquer desses casos se associa o fato desse Ser estar, viver e sentir-se em
um ambiente igualitário, onde seus direitos e deveres sejam similares ou idênticos aos
concedidos e praticados pelos demais. Assim, o conceito de cidadania pode estar vinculado ao
de liberdade, igualdade e fraternidade, símbolo do movimento que derrubou a monarquia
francesa no século XVIII, substituindo os burgueses pelo povo, alçando o povo ao poder,
dando-lhe o status de cidadão. Essa onda que se iniciou na França foi lentamente se
espalhando pelo resto do mundo, com os conceitos se embaralhando qual novelo de lã solto
ao chão.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Segundo Pinsky & Pinsky em História da Cidadania (2003), ser cidadão é ter
direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos
civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os
direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que
garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao
salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila.
Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais, fruto de um longo
processo histórico que levou a sociedade ocidental a conquistar parte desses direitos.
Cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico, o que significa que seu
sentido varia no tempo e no espaço. É muito diferente ser cidadão na Alemanha, nos Estados
Unidos ou no Brasil (para não falar dos países em que a palavra é tabu), não apenas pelas
regras que definem quem é ou não titular da cidadania (por direito territorial ou de sangue),
mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos
Estados-nacionais contemporâneos.
Mesmo dentro de cada Estado-nacional o conceito e a prática da cidadania vêm se
alterando ao longo dos últimos duzentos ou trezentos anos. Isso ocorre tanto em relação a uma
abertura maior ou menor do estatuto de cidadão para sua população (por exemplo, pela maior
ou menor incorporação dos imigrantes à cidadania), ao grau de participação política de
diferentes grupos (o voto da mulher, do analfabeto), quanto aos direitos sociais, à proteção
social oferecida pelos Estados aos que dela necessitam.
Esses conceitos muitas vezes são atropelados por uma série de circunstâncias
quase sempre associadas a fatores econômico-financeiros, que terminam por criar castas,
como os cidadãos de 1ª classe, de 2ª classe e por aí segue.
Há países onde a cidadania é extremada e vista com uma ponta de orgulho: ... sou
cidadão do país X ... De outra feita, ser cidadão de um país, longe de trazer o orgulho
representa um estigma, pois naquele país específico não há direitos assegurados a ninguém,
ou melhor, a quase ninguém.
A partir do momento em que os títulos – rótulos, são atribuídos os padrões,
concessões e tudo o mais são radicalmente alterados. Em um país com os contrastes como o
nosso Brasil e um território imenso, a pobreza muda de cor, de sotaque e de cara de acordo
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
com a região. A casa de madeira pobre existente no sul passa a ser aconchegante ou
“bonitinha” em outras regiões. Não se questionando aqui a “dignidade”.
Em uma vinculação com as construções, há habitações populares ou sociais que
abrigam famílias menos abastadas, shoppings populares freqüentados pela população de
menor renda, ruas populares, como a 23 de Maio (São Paulo) ou SAARA (Rio de Janeiro) que
oferecem produtos mais baratos.
Na associação, vinculam-se as classes sociais ao poder de compra que essas
podem exercer, adquirindo produtos que estejam mais próximos de suas realidades
econômico-financeiras.
Consegue-se entender mas não compreender que os cidadãos de 3ª, 4ª e 5ª classes
precisem sobreviver em habitações que não ofereçam nenhum tipo de conforto ou de
qualidade, pois foram aquelas que “seu dinheiro conseguiu adquirir”. Essas mesmas pessoas
não “moram mal” porque querem. Não necessariamente sobem o morro para ali edificar suas
moradias porque o local é mais aprazível. Fazem-no porque suas condições financeiras não
conseguem adquirir melhores imóveis. Aqui, propositalmente associa-se “melhores imóveis”
à questão da pobreza.
Por não terem os recursos necessários os projetos são desenvolvidos na mesa da
cozinha pelo marido e mulher, essas algumas vezes, onde os espaços para os cômodos são
aqueles delimitados pelo “fio de arame farpado” que traça os limites do terreno. Foram
observadas habitações com três cômodos: no primeiro, com 1m2
ficava o banheiro, ou melhor,
um orifício no chão com 1m de profundidade, empregado pela família para suas necessidades
fisiológicas. O segundo cômodo, de 2m2
era destinado à cozinha, ou a um pequeno armário
com duas prateleiras e uma velha cuba de uma antiga pia, apoiada por duas travessas de
madeira. Por fim, um grande salão de aproximadamente 3m x 3m onde ficava uma cama
construída por caixotes de madeira cobertos por um lençol onde se abrigavam o pai, mãe e 5
filhos. O pai trabalhava recolhendo materiais na rua para vender, como pequenos pedaços de
metal, papelão e latas de alumínio. A mãe, ainda nova, ficava tomando conta dos 5 filhos e
com uma gravidez pronunciada. Isso tudo ocorrendo a 15km do centro de uma metrópole
brasileira, como poderia ocorrer em qualquer periferia de qualquer cidade brasileira. Falar em
cidadania nessa situação talvez não fosse adequado.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Como citado anteriormente, não se questionando os méritos e eventuais vantagens,
lê-se sobre propostas de habitações que empregam pneus nas fundações e garrafas PET nas
paredes, em construções ditas ecológicas, com o pretexto de oferecer conforto térmico ou
edificações mais baratas, mas, não se menciona o fato de que nessas o lixo das sociedades de
maior posse passa a ser escondido no concreto, o dito lixo inconveniente. Será essa uma ação
cidadã? O que a família poderá perceber ao residir nesse tipo de habitação, sem ser
adequadamente informada dos benefícios auferidos? Como os filhos poderão reagir, se
confrontados com os seus colegas no colégio? As propostas, tanto arquitetônicas quanto do
emprego de materiais deve considerar as questões de constrangimentos futuros, que terminam
por ocorrer. Contrariamente ao yin e yang não se posicionam a pobreza e a riqueza em pólos
opostos para se defender o conceito apresentado.
Muitos questionam o fato de que os cidadãos da enésima categoria social não têm
como pagar os custos de uma construção voltada para os das categorias superiores, pois seus
componentes são quase sempre mais caros. Um piso de porcelanato é mais caro do que um
piso de cimento pintado de vermelhão, certo? Não necessariamente isso é verdade. Custos
costumam estar associados à produção, volume, produtividade, insumos, impostos, encargos e
todo o mais. Se as placas de porcelanato são feitas em maior quantidade e se a produtividade
também é maior talvez seus custos não fossem tão elevados. Assim, aquele que tem um piso
cimentado com vermelhão talvez pudesse por algumas placas em sua casa.
Por que uma habitação popular deve ter uma cara de “pobre”? e uma mansão uma
“cara” de rico? Aí entre em cena a questão dos padrões, que podem ser visuais, arquitetônicos
e outros. Uma simples parede pintada de cor mais viva pode transformar um ambiente. Um
telhado com um caimento mais pronunciado pode valorizar um projeto. Assim associa-se a
arquitetura e o urbanismo ao tema das habitações e as questões de cidadania.
3. OBJETIVOS
Busca-se neste artigo traçar um paralelo entre as construções, representadas por
obras residenciais e os seus modelos e as classes sociais, e demonstrar, ao final, que esse
paralelo é um paradigma que pode ser revisto, pois a qualidade pode caminhar lado a lado
com os padrões construtivos das edificações, independentemente das classes sociais que as
adquiram. Também se pretende apresentar uma relação entre os custos de uma habitação com
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
um padrão simples, edificada através de métodos tradicionais e com a introdução de novas
tecnologias.
Também se busca apresentar que por mais que os projetos sejam simples e os
materiais empregados em uma edificação dita popular mais baratas, consegue-se manter um
padrão de dignidade compatível com os conceitos de cidadania, objetivo maior do artigo, ao
associar as habitações e as questões de cidadania.
4. METODOLOGIA
A metodologia empregada abrange a revisão bibliográfica contemplando as
questões e a apresentação de um estudo de caso, aplicado em Santa Catarina, no município de
Navegantes, em um projeto de habitações populares.
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Materiais com menores custos:
Muitos têm sido os projetos utilizando materiais recicláveis ou resíduos de processos,
compactados para a transformação em blocos de alvenaria, misturados à argamassa para o
concreto armado, ou servindo de base para as fundações. Ressalta-se que são projetos
interessantes e que podem servir para a redução dos resíduos gerados por essas indústrias e,
por conseguinte, preservar o meio ambiente. Todavia, deve-se levar em consideração os
impactos a médio e longo prazo que os componentes desses resíduos podem causar à saúde
dos moradores, como no caso das areias empregadas na fabricação de moldes para a fundição
ou escórias de aciaria.
A proposta do Tijolo Ecológico, disponível no endereço eletrônico citado, surgiu em função
de pressões ambientais pela redução do emprego da lenha no cozimento dos tijolos
(http://www.new-ventures.org/UserFiles/File/Enterprise%20Portfolio/Tijolo%20ecologico%20-
%20New%20Ventures%20Finalist.pdf, acesso em 26-06-2009, às 14:52). Assim, pela proposta as ditas
agressões ambientais seriam atenuadas, como justificado pelo autor:
· Proporcionar redução de custos na construção civil.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
· Apresentar um produto economicamente viável com redução de custos da ordem de 40%
(quarenta por cento) do total, incluindo dispensa de reboque na parede, argamassa e
pintura, além da redução do custo unitário do Tijolo Ecológico.
Em uma comparação em função dos custos de produção o autor chega aos seguintes números:
Produto Custo por milheiro
Tijolo convencional R$ 230,00
Tijolo ecológico R$ 180,00
Como justificativa para a redução dos impactos ambientais com o emprego da lenha para o
cozimento do produto são apresentadas as seguintes considerações:
Para o cozimento de um milheiro são consumidos de 1,5m3
a 1,8m3
de lenha
Consumo de tijolos por casa popular: equivalente a 5 mil tijolos, o que totaliza um consumo
de aproximadamente 9,0m3
de lenha. Como uma árvore de médio porte cortada para essa
finalidade gera 1,0m3
de lenha, evita-se o corte de 9 árvores por cada casa construída.
Uma segunda proposta é a da utilização de concreto auto-adensável em estruturas
de edifícios com custos inferiores ao concreto convencional
(http://www.realmixconcreto.com.br/downloads/Nova_Tecnica_Concreto_Auto_Adensavel.pdf ) (...) o uso do CAA
traz vários benefícios: redução de custos, melhoria da qualidade das estruturas de concreto,
diminuição de desperdícios, melhoria das condições de trabalho no canteiro de obras, redução
da poluição e preservação do meio ambiente. O CAA é uma nova técnica que veio para ficar
no mercado, pois uma vez compatibilizados os aspectos de produção, dosagem e custos não
existem razões para se continuar utilizando o concreto convencional. (...) Esse tipo de
argamassa possui melhor trabalhabilidade, facilitando o lançamento da mesma e aumentando
a rapidez da conclusão dos serviços.
Bonin & Amorim (2006), no volume 6 da Coleção HABITARE, da Associação
Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído – ANTAC, que trata da Inovação
Tecnológica na Construção Habitacional, apresentam uma série de projetos desenvolvidos
com o apoio daquele órgão, como:
O projeto Desenvolvimento de tecnologia para fabricação de telhas de
fibrocimento, realizado sob a coordenação do Prof. Holmer Savastano Júnior, teve por
objetivo o desenvolvimento de uma nova tecnologia de produção de telhas de cimento
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
reforçado com fibras de celulose e fibras sintéticas, utilizando o processo Hatschek
modificado. Realizado em parceria com duas empresas de capital e tecnologia nacionais já
presentes no mercado brasileiro, o projeto respondeu a uma demanda por uma nova
tecnologia de produção de componentes de fibrocimento isentos de fibras de amianto,
reconhecidas como nocivas à saúde humana. No relato dos resultados do projeto são descritos
aspectos da formulação do compósito fibroso, da caracterização e seleção das fibras e da
matriz cimentícia, da determinação das propriedades mecânicas, físicas e microestruturais do
novo material e da comprovação do desempenho de componentes produzidos com o
compósito. Embora não estejam detalhados neste relato publicado na Coletânea, são
mencionadas pelos autores como presentes no escopo do projeto a formação de mão-de-obra
qualificada para o setor produtivo e a assessoria tecnológica para a adaptação de uma linha
industrial de produção utilizando o novo compósito desenvolvido.
O projeto Desenvolvimento de componentes de edificações em fibra de sisal-
argamassa a serem produzidos de forma autogestionária, realizado sob a coordenação da
Prof.ª Suely da Silva Guimarães, teve por objetivo a pesquisa e a transferência de tecnologia
para a utilização de compósitos de matrizes de argamassa reforçados com fibras de sisal na
produção autogestionária de componentes para edificações, drenagem e irrigação. Neste
projeto foi retomada pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade
Estadual da Bahia (ITCP-UNEB) uma linha de pesquisa desenvolvida pelo CEPED na década
de 80 a partir da demanda de uma cooperativa popular, a Cooperativa de Produção dos Jovens
da Região do Sisal (COOPERJOVENS). O relato dos resultados obtidos pelo projeto mostra
alguns aspectos do processo de mobilização da cooperativa, da pesquisa de componentes com
potencial de comercialização no mercado regional e da pesquisa para a melhoria das
propriedades do compósito e para o desenvolvimento dos componentes.
O projeto Sistema STELLA/UFSC: Avaliação e desenvolvimento de sistema
construtivo em madeira de reflorestamento voltado para programas de habitação social,
realizado sob a coordenação da Prof.ª Carolina Palermo Szucs, teve por objetivo a avaliação e
o desenvolvimento de proposta construtiva em madeira de reflorestamento para a produção de
habitações de interesse social. O projeto utilizou como referência o Sistema Stella Casa
Pronta, produzido pela empresa Batistella e colocado no mercado para uma população de
renda média a alta, procurando o seu barateamento sem perda de qualidade. No relato dos
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
resultados obtidos são descritas as etapas para a produção de um protótipo de habitação com
componentes de madeira de reflorestamento, construído dentro do Campus da UFSC com o
sistema estudado no projeto. Um resumo das avaliações realizadas sobre o protótipo
construído é apresentado abordando aspectos do desempenho do espaço construído e do
processo de construção dos seguintes subsistemas: piso, parede, entrepiso, telhado, instalações
elétricas e instalações hidráulicas.
O projeto Pesquisa e desenvolvimento de processos construtivos industrializados
em cerâmica estrutural, realizado sob a coordenação do Prof. Humberto Ramos Roman, teve
por objetivo oferecer ao mercado soluções construtivas otimizadas na forma de painéis
cerâmicos pré-moldados, com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade,
redução dos desperdícios e custos, e aumento de produtividade e competitividade, tanto para o
setor de produção de componentes cerâmicos quanto para o setor de construção. O relato
apresenta uma descrição geral da tecnologia de pré-fabricação de painéis cerâmicos planos e
curvos para a construção de paredes e coberturas de edificações, apontando suas vantagens
potenciais, seguida da descrição de detalhes técnicos do projeto de um protótipo projetado e
construído dentro do Campus da UFSC com essa tecnologia. Nesta descrição do protótipo são
comentadas características do canteiro de produção dos painéis cerâmicos, e fotograficamente
ilustrados detalhes da fabricação, movimentação, armazenamento e montagem dos painéis.
O projeto Alvenaria estrutural com blocos estruturais cerâmicos, realizado sob a
coordenação do Prof. Paulo de Tarso Cronemberger Mendes, teve por objetivo introduzir, na
construção civil do Piauí, componentes estruturais cerâmicos para serem empregados na
produção de conjuntos habitacionais e casas populares em alvenaria estrutural. Com base em
uma parceria firmada com o Sindicato da Indústria Cerâmica do Estado do Piauí, o projeto
utilizou resultados anteriores de caracterização dos produtos cerâmicos comercializados na
região e dos processos produtivos onde eles eram empregados. O relato descreve inovações
introduzidas na fabricação de blocos estruturais cerâmicos, a realização de cursos de
qualificação de mão-de-obra na produção de alvenaria estrutural e a construção de protótipos
de demonstração para o meio técnico local das características da tecnologia. Também são
apresentados resultados do controle tecnológico realizado sobre blocos cerâmicos estruturais e
sobre prismas de alvenaria produzidos com estes blocos em diferentes canteiros de obras que
demonstram a assimilação da inovação tecnológica pelo mercado local.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
O projeto Construção de habitações de interesse social, realizado sob a
coordenação do Prof. José Mario Doleys Soares, teve por objetivo a construção de um
protótipo de demonstração de cada uma das quatro tipologias definidas em estudo anterior
sobre as características de conjuntos habitacionais construídos nas principais cidades das sete
regiões que compõem o Estado do Rio Grande do Sul.
O relato do projeto descreve os aspectos de racionalidade e compatibilidade com a
tradição material regional associadas à escolha da utilização da alvenaria cerâmica estrutural
como tecnologia construtiva, e é justificada a escolha da produção dos protótipos em regime
de mutirão para demonstrar a viabilidade e as vantagens da tecnologia nesta forma de
produção. Embora a avaliação das unidades construídas ainda esteja em desenvolvimento, é
apresentada a discussão de uma série de detalhes construtivos interferentes na qualidade das
habitações, assim como aspectos da documentação técnica produzida para orientar a
construção.
O projeto Desenvolvimento de terminologia e codificação de materiais e serviços
para construção, realizado sob a coordenação do Prof. Sergio Roberto Leusin de Amorim,
teve por objetivo o desenvolvimento de uma terminologia e de um sistema de codificação de
materiais e serviços para construção, oferecendo uma base segura para o desenvolvimento de
sistemas de apoio à gestão da produção, em especial para a gestão do conhecimento na
construção. O relato do projeto apresenta uma justificativa da realização de estudos de
terminologia e classificação dos materiais, serviços e equipamentos utilizados na indústria da
construção como uma etapa fundamental para a consolidação do domínio técnico nesta área
de conhecimento, visando a facilitar a comunicação e, por conseqüência, o comércio e o
controle da qualidade na produção. A partir da apresentação dos conceitos básicos adotados
nos estudos desenvolvidos no projeto é descrita uma proposta de estrutura de classificação
para os objetos relacionados com a produção do ambiente construído, e também um esquema
de codificação dos objetos de forma coerente com esta estrutura de classificação.
O projeto Aproveitamento de cinzas residuais de mineração em construção,
realizado sob a coordenação da Prof.ª Janaíde Cavalcante Rocha, teve por objetivo
desenvolver tecnologias apropriadas para reciclagem e aproveitamento de cinzas pesadas
provenientes da queima do carvão mineral em usinas termelétricas e cinzas de casca de arroz
empregadas como combustível em usinas beneficiadoras, para uso na produção de concretos
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
usinados, argamassas e artefatos pré-moldados de concreto. Infelizmente, a coordenadora do
projeto declinou do convite para relatar, nesta Coletânea, os resultados obtidos no estudo
realizado.
Projetos com menores custos:
Um projeto é um detalhamento de uma idéia de modo que essa seja executada de
acordo com o imaginado. Em um projeto deve-se avaliar as questões de ampliação das
construções no futuro, quando essas são iniciadas sem que se tenha recursos suficientes para a
conclusão, deve-se também identificar os prováveis locais onde ficarão os móveis e a partir
daí definir os pontos de luz, definir as dimensões das janelas para que os cômodos não fiquem
muito escuros e quentes ou úmidos, e outros fatores mais. Um bom projeto é um forte indutor
de redução de custos nas construções e de aumento de satisfação dos usuários.
Segundo Couto & Couto (2007) A sociedade está cada vez mais consciente da
importância da qualidade em todos os sectores de atividade, em particular no sector da
construção. Essa tomada de consciência tenderá a traduzir-se, numa valorização do fator
qualidade como critério de seleção dos fornecedores de produtos e serviços deste sector,
dentre os quais sobressaem os edifícios. Apenas cerca de 3% dos custos totais envolvidos pela
construção e exploração de um edifício correspondem à concepção, projeto e fiscalização. No
entanto, a qualidade do projeto é primordial para a redução dos custos ao longo da vida útil do
edifício. Hoje, reconhece-se que a falta de qualidade dos projetos se traduz, frequentemente,
em descontrolo dos custos das obras e reduzida durabilidade. Estudos em diversos países,
onde o controlo de projeto é mais apertado, concluíram que 40 a 50% dos custos necessários
para a reabilitação das construções novas afetadas por defeitos dizem respeito a situações
originadas por erros ou por omissões de projeto. Estes e outros estudos no mercado
internacional comprovam que a melhoria de qualidade dos projetos influencia de forma
drástica o custo total do investimento. Desta forma, para além da racionalização dos custos
imediatos da obra (fase de construção), a necessidade de rever e melhorar a qualidade dos
projetos coloca-se, também, em termos dos custos de manutenção. Nesse sentido, neste
trabalho, faz-se uma abordagem aos novos desafios e exigências que os projetos enfrentam e
identificam-se as principais causas da falta de qualidade das construções com origem na fase
de projeto e que posteriormente se refletem no descontrolo dos custos de manutenção dos
edifícios. Apresentam-se também linhas de conduta com vista a minorar a ocorrência e
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
impacto desses problemas e referem-se as vantagens de investir na revisão do projeto ou “peer
review”, um conceito já solidamente implantado com sucesso noutros países.
Greven & Baldauf (2007) Introdução à coordenação modular da construção no
Brasil: uma abordagem atualizada, da Coleção HABITARE, da Associação Nacional de
Tecnologia do Ambiente Construído – ANTAC, quando tratam da questão modular,
alternativa que se apresenta para as construções de habitações populares, assentadas em um
terreno normalmente disponibilizado pela administração pública e normalmente escassos para
maiores empreendimentos, assim se manifestam. Deve-se levar em consideração que a
proposta do projeto é bem simples. Se um dos aspectos importantes no barateamento dos
custos é o da padronização, ou modulação, por que se adotar um padrão? Em outro ponto, a
partir do momento que se padronizam as áreas e dimensões pode se partir para o próximo
passo que é o da produção seriada. Assim, produzindo-se maiores quantidades dos mesmos
produtos consegue-se um produto final mais barato. Além disso, com a padronização
reduzem-se os naturais desperdícios, que sempre foram um dos calcanhares de Aquiles da
indústria da construção, por estarem esses em patamares elevados. O pedreiro prepara a
concretagem da laje; o bombeiro hidráulico abre-a para a instalação das tubulações de água e
esgoto; o eletricista abre-a também para a instalação dos conduítes e caixas de passagem. A
cada “quebradeira” disparam os custos.
A proposição de Greven & Baldauf (2007) é a seguinte: Estudos desenvolvidos
por vários setores da indústria e da academia buscam definir as necessidades e as soluções
para a cadeia da construção civil no Brasil. Esses trabalhos mostram que há problemas em
todos os elos. O setor de insumos necessita melhorar a produtividade e a qualidade além de
aumentar o valor agregado. A cadeia produtiva busca aumentar a produtividade, reduzir o
custo dos insumos e, ao mesmo tempo, estar em conformidade com as normas vigentes.
Enquanto isso o consumidor final anseia por edificações de melhor qualidade e menor preço.
Uma das formas de atingir os objetivos acima é a busca da racionalização e
industrialização da construção, de tal maneira que a construção de edificações possa aplicar
efetivamente as melhores práticas tanto no projeto como na produção. Edificações projetadas
não mais com o paradigma da produção em massa, mas em sintonia com o pensamento atual
em sistemas de produção, a customização em massa. Em suma, procura-se permitir que o
usuário possa efetivamente escolher o habitat que melhor se aproxima de seus anseios
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
individuais e, ao mesmo tempo, possibilitar um processo de projeto e produção com baixos
níveis de perdas. Para que isso seja possível, é imprescindível, entre outras coisas, que os
insumos estejam em conformidade com as normas e que estas contemplem os conceitos de
Coordenação Modular. Além disso, esses conceitos devem ser incorporados nas práticas dos
outros membros da cadeia produtiva: os projetistas e os construtores.
O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a aprovar uma norma de
Coordenação Modular decimétrica (módulo de 10cm), a NB-25R, em 1950. Nos anos 70 e
início dos 80, o Banco Nacional da Habitação (BNH) patrocinou diversos estudos que
destacaram a implementação da Coordenação Modular na construção como ferramenta
importante para a racionalização. Essa filosofia teve grande expansão até o início da década
de 70, começando a dar sinais de queda gradual a partir do seu final, intensificando-se com a
recessão de meados da década de 80.
Apesar das quase três dezenas de normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) sobre Coordenação Modular, vigentes há mais de 30 anos, essas raramente
são utilizadas pelo meio técnico, seja pelos projetistas, seja pelos produtores de insumos para
a construção civil. No princípio, a normalização não interessou ao setor da construção civil,
que estava direcionado às classes mais privilegiadas. Além disso, a década de 70 também
correspondeu à produção maciça de habitações de interesse social, que apresentava a
característica oposta ao carecer de uma solução tecnológica que exprimisse a racionalização
construtiva e a redução de custos. A tecnologia era precária e fez com que o tema
Coordenação Modular fosse relacionado pejorativamente com as construções econômicas de
baixa qualidade. Atualmente, a necessidade de redução de custos e de aumento da
produtividade faz com que processos de racionalização e compatibilização construtiva e
dimensional voltem a ser considerados.
Poucos objetivos foram alcançados, mesmo com toda a promoção para a
racionalização da construção. O fato é que, hoje, a indústria da construção civil apresenta-se
como um setor de caráter heterogêneo em relação à sua produção, marcada, de um lado, por
obras com um alto índice de produtividade e, de outro, por obras artesanais com altos índices
de desperdício associados à baixa produtividade.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Para que a construção civil torne-se apta a desempenhar o papel a que é exigida
pela realidade moderna, é necessário que esteja capacitada a produzir edificações que, além de
respeitarem condições indispensáveis – como habitabilidade, funcionalidade, durabilidade,
segurança e acabamento –, também apresentem características relacionadas à produtividade,
construtividade, baixo custo e desempenho ambiental, quesitos de grande importância, que
atualmente representam um desafio para os profissionais da área.
As questões econômicas dizem respeito à redução de custos em várias etapas do
processo construtivo quando do uso da Coordenação Modular. Essa redução de custos ocorre
seja por otimização do uso da matéria-prima, seja pela agilidade no processo de decisão de
projeto ou compra dos componentes, seja por aumento da produtividade, seja por diminuição
das perdas.
6. ESTUDO DE CASO
O estudo de caso apresenta um projeto habitacional de casas populares,
desenvolvido no segundo semestre de 2001 em Santa Catarina, na localidade de Porto das
Balsas, no Município de Navegantes, vizinho ao de Itajaí, caracterizado por blocos de
construções com duas habitações geminadas por bloco, com as seguintes características:
6.1. Características da Localidade:
A localidade, Porto das Balsas, escolhida para a implantação do empreendimento
dista aproximadamente 10km do centro da cidade de Itajaí, do outro lado do Rio Itajaí-Açu
que separa os dois municípios, onde o meio de locomoção mais empregado pela população é
o ferryboat.
No bairro vive uma população de baixa renda, principalmente porque os terrenos à
época eram mais baratos do que os demais em outras localidades, além do fato das pessoas
estarem mais próximas do centro de Itajaí, que apresentava melhores condições de
empregabilidade. Porém esse bairro, por estar mais distante da sede do município de
Navegantes tinha uma baixa estrutura urbana. Assim, através de um projeto que se
apresentava mais atraente em termos de custos, as possibilidades de venda dos imóveis foram
maiores.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Como atrativo adicional, obteve-se financiamento bancário através da Caixa
Econômica Federal, com custo financeiro menor, por se tratar de construção habitacional de
baixa renda.
O folder distribuído para a divulgação do empreendimento é o apresentado a
seguir, onde foram omitidos os telefones e endereço da empresa que comercializava o
empreendimento.
6.2. Aspectos desfavoráveis ao desenvolvimento do projeto:
No início das pesquisas para a implantação do empreendimento foram observados
alguns aspectos desfavoráveis ao projeto, que, de certa maneira, contribuíram para a
implantação de alterações conceituais e de projeto. As principais foram:
· Pequeno desnível entre o terreno e o nível médio do canal;
· Terreno com baixa capacidade de compactação, inviabilizando a opção por fundação
direta em sapatas ou baldrames;
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
· Lençol d’água raso, prejudicando a drenagem do sistema de esgotamento sanitário,
caracterizado por filtro, fossa e sumidouro;
· Proximidade do mar e ambiente úmido podendo causar danos precoces nas argamassas de
revestimento da alvenaria.
6.3. Aspectos favoráveis ao desenvolvimento do projeto:
Da mesma forma que apresentado anteriormente os aspectos desfavoráveis, que de
certa forma produziram algumas alterações conceituais, não só no formato da comercialização
das unidades e nas estratégias estabelecidas, existiam fatores favoráveis ou atratores, como
por exemplo:
· Proximidade do centro da cidade de Itajaí, principal ponto de empregabilidade da mão-de-
obra residente na localidade;
· Facilidade de transporte, através do ferryboat, ligando a localidade ao centro da cidade de
Itajaí. Da estação pelo lado de Itajaí ao centro dessa cidade os moradores tinham a opção
de ônibus municipais, caminhada por não estar muito distante do centro de Itajaí, ou por
bicicleta, veículo muito utilizado.
· Carência de moradias na região;
· Facilidade de obtenção de financiamento imobiliário.
6.4. Características do projeto:
a) Resumo do Contrato
O projeto foi anotado no CREA de Santa Catarina, com ART no
1923402-0,
emitida para o profissional Antonio Fernando de Araújo Navarro Pereira, CREA/SC (visto)
58.802-1 [CREA original no
42.758-D-RJ], com o seguinte resumo do contrato: Contrato de
prestação de serviços referentes à Execução de um condomínio residencial composto por 96
casas geminadas de 2 dormitórios com área individual de 49,12m2
, estando inclusos neste
contrato os projetos arquitetônicos, hidrossanitário, elétrico, rede de drenagem, rede de
esgoto, rede de água, sistema de tratamento de efluentes e pavimentação.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
No lançamento inicial foram construídos 4 blocos, ou 8 residências geminadas,
duas por bloco, comercializadas em aproximadamente 35 dias.
b) Acompanhamento das atividades
Pelas peculiaridades do projeto, do local e da forma de comercialização a empresa
preparou uma das casas para ali estabelecer seu escritório local e possibilitar a visitação pelos
clientes. Durante essas visitas os potenciais clientes eram entrevistados, com perguntas
abertas e pré-formatadas, registradas em formulários específicos.
As atividades eram acompanhadas constantemente pela equipe do empreendedor.
No texto a seguir, extraído de uma ata de reunião de 13/09/2001 pode ser observado
(excluídos os nomes dos participantes):
(...) b) Obra Navegantes:
Orçamento – Deverá ser definido o orçamento da construção das casas. Em
princípio os orçamentos serão por bloco de duas casas, contemplando todos os custos
envolvidos, acrescidos do custo de mão-de-obra e de materiais. Os responsáveis pelo assunto
serão: Engº Navarro, Sr. A [empreiteiro] e Sr. B [comprador da empresa].
Kit Casa – O Engº Navarro e Sr. B [comprador da empresa] ficarão responsáveis
pelo desenvolvimento do Kit Casa, abrangendo não só a obra de Navegantes como também
todos os projetos que venham a empregar a mesma tecnologia e projeto. O Sr. A [empreiteiro]
irá apoiar a elaboração do trabalho por já ter todos os custos envolvidos.
Registro de Funcionários – Em função de problemas com Sindicato e legais todos
os funcionários da obra deverão ser registrados. (Em visita à obra após a realização desta
reunião o Empreiteiro informou que estará apresentando nova proposta de custos de mão-de-
obra para a conclusão dos serviços das 8 casas, e para a construção de novas casas. O assunto
será avaliado em reunião marcada para o dia 14 pelos Senhores: A, B , ... (...)
c) Quantitativo de materiais empregados
O quantitativo de materiais empregados na construção de cada bloco (conjunto de
duas casas geminadas) é o apresentado a seguir:
Área construída por bloco: 98,24 m2 – Área construída individual: 49,12 m2
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
FUNDAÇÃO
Radier
Concreto 18,0 MPA M3 17,00
Tela Q-92 M2 147,00
Impermeabilização com NeutroL GL 1,00
ESTRUTURA
Aço CA-50 para canaletas e pilaretes 1/4" 12m BR 30,00
Arame recozido KG 1,00
ALVENARIA ESTRUTURAL
Tijolo 11 x 12 x 24,5 PÇ 7.200,00
Tijolo 11 x 12 x 24,5 1/2 PÇ 500,00
Canaletas 11 x 12 x 24,5 PÇ 400,00
COBERTURA
Laje pre-moldada para forro M2 126,00
Aço CA-50 para cobertura 4,2 mm 12m BR 56,00
Escoramento (escoras de eucalipto) PÇ 100,00
Concreto FCK 18,0 MPA M3 6,50
Sarrafo para telha -2,5 x 5,0 ML 450,00
Testeira 2,5 x 20 ML 53,00
Telhas PÇ 2.170,00
Pontaletes 5 x 5 ML 30,00
Goivas PÇ 37,00
1/2 telha PÇ 28,00
Arame recozido KG 5,00
Laje pre-moldada para bwc M2 3,12
Concreto para laje bwc M3 0,20
ESQUADRIAS
Esquadria madeira - janelas e portas
Janela- 1,5 x 1,20 UN 6,00
Janela- 1,0 x 1,0 UN 2,00
Janela basculante – 40 x 60 UN 2,00
Vistas para janelas -5 cm ML 88,80
Porta externa- 80 x 210 UN 4,00
Porta interna- 70 x 210 UN 4,00
Porta interna- 60 x 210 UN 2,00
Vidro liso 3mm M2 9,48
Puxadores para janelas UN 6,00
Trinco para janela de correr-cozinha UN 2,00
Ferrolho para basculante UN 2,00
REVESTIMENTO TETO E PAREDES
Reboco nos tetos M3 1,88
Revestimento cerâmico
Azulejo para cozinha e bwc M2 60,00
Piso cerâmico 30 x 30 cm M2 99,00
Rejunte para piso KG 50,00
Rejunte para azulejo KG 25,00
Argamassa KG 600,00
MUROS
Bloco de concreto 10 x 19 x 40 UN 680,00
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Bloco de concreto 15 x 19 x 40 UN 140,00
FILTRO, FOSSA E SUMIDOURO
Tijolo 06 furos 10 x 15 x 20 PÇ 1.100,00
Cimento KG 200,00
Areia média M3 2,00
Cal KG 40,00
Brita 04 M3 3,00
Brita 01 M3 0,50
Laje pré-moldada M2 6,00
Aço CA-50 para cobertura 4,2 mm 12 metros BR 11,00
DIVERSOS
Cimento
Cimento muro KG 225,00
Cimento estrutura e alvenaria estrutural KG 300,00
Cimento reboco teto e paredes KG 500,00
Areia M3 2,50
Areia média muro M3 1,20
Brita M3 0,20
Tábua de pinus M3 2,00
Cal hidratada KG 200,00
6.5. Aspectos inovadores:
· Adoção de blocos com duas casas geminadas;
· Emprego de uma placa de radier abrangendo a totalidade das duas casas, com espessura de
12cm, e com dimensões que superavam as construções em 40cm, de maneira a criar uma
calçada externa, possibilitando maior limpeza ao redor, além de ampliar a distribuição das
cargas sobre o terreno, com baixa capacidade de carga;
· Emprego de tela soldada como ferragem do radier, facilitando a montagem;
· Substituição das lajes tradicionais por laje inclinada com o mesmo caimento do telhado;
· Eliminação de estrutura de madeira para o apoio das telhas, passando essas a serem
fixadas sobre a laje através de arame. Para a montagem das telhas foram deixadas sobre a
superfície da laje filetes de argamassa de 2 x 2, em substituição às ripas;
· Redução da área de circulação interna para apenas 1m2
;
· Integração da cozinha com a sala, reduzindo paredes internas;
· Emprego de tijolos cerâmicos estruturais da Bossi, que forneceu os blocos com as mesmas
características para a montagem das vergas e contravergas. O fabricante forneceu também
½ tijolo para o fechamento das paredes;
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
· Eliminação de estruturas convencionais de pilares e vigas, com o preenchimento de
concreto no interior dos blocos cerâmicos e adição de ferragem longitudinal;
· Eliminação do emboço e reboco, substituídos pela aplicação de verniz de poliuretano
sobre os tijolos com o preparo das superfícies por lixagem simples.
Essas inovações possibilitaram uma redução dos custos de mão-de-obra e de
materiais, facilitando a comercialização das unidades, além de reduzir os tempos de
construção.
6.6. Problemas observados ao longo da construção:
Os principais problemas observados ao longo da construção foram os
apresentados a seguir, solucionados ao longo da obra:
· Excesso de umidade ambiente que prejudicava a aplicação do verniz sobre os blocos
cerâmicos;
· Aparecimento de manchas devido ao cimento na superfície dos blocos;
· Elevação do nível do canal acima do normal, fazendo com que fosse elevada a camada de
aterro e a alteração no projeto do esgotamento sanitário;
· Necessidade de tratamento prévio das madeiras das portas, janelas e rodapés em função da
umidade ambiente;
· Substituição dos arames deixados na laje para prender as telhas, substituindo-os por outro
de maior diâmetro e qualidade;
· Dificuldade no fornecimento de materiais em função das dificuldades de transporte pelo
ferryboat;
· Dificuldade de armazenamento de materiais, obrigando às compras e entregas serem
parceladas, para o emprego semanal.
6.7. Acompanhamento dos prazos e insumos:
O descritivo dos valores de construção de cada bloco é apresentado a seguir,
segregado por etapa do projeto, com a descrição das atividades, os valores relativos a
materiais e mão-de-obra, o somatório desses valores e o peso de cada um desses tópicos sobre
o total do ítem:
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
a) Materiais empregados no projeto e seus respectivos custos, com a indicação dos
percentuais relativos ao item específico
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
1 PRELIMINARES
1.1 LEGALIZACAO E APROVACAO DOS PROJETOS VB 1,00 10,00 10,00 10,00 7,69
1.2 PROJETOS (ELÉTRICOS/HIDRAULICO/ ARQUITETONICO)VB 1,00 50,00 50,00 50,00 38,46
1.3 LIGAÇÃO DE ÁGUA E LUZ TX 1,00
1.4 CONSUMO DE AGUA E LUZ DURANTE A CONSTRUÇÃOTX 1,00 70,00 70,00 70,00 53,85
T O T A L D O I T E M 0 1 70,00 60,00 130,00 1,01
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
2 TRABALHOS EM TERRA
2.1 ATERRO E COMPACTAÇÃO M3 100,00 6,35 635,00 635,00 100,00
T O T A L D O I T E M 0 2 635,00 635,00 4,95
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
3 FUNDAÇÃO
3.1 RADIER
3.1.1 CONCRETO FCK 18,0 MPA M3 17,00 118,00 2.006,00 2.006,00 84,82
3.1.2 TELA Q-92 M2 147,00 2,37 348,39 348,39 14,73
3.1.3 IMPERMEABILIZAÇÃO COM NEUTROL GL 1,00 10,50 10,50 10,50 0,44
T O T A L D O I T E M 0 3 2.364,89 2.364,89 18,43
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
4 ESTRUTURA
4.1 AÇO CA-50 PARA CANALETAS E PILARETES 1/4" 12 mBR 30,00 4,10 123,00 123,00 96,46
4.2 ARAME RECOZIDO KG 2,00 2,26 4,52 4,52 3,54
T O T A L D O I T E M 0 4 127,52 127,52 0,99
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
5 ALVENARIA ESTRUTURAL
5.1 TIJOLO 11X12X24,5 PÇ 7.200,00 0,274 1.972,80 1.972,80 90,92
5.2 TIJOLO 11X12X24,5 1/2 PÇ 500,00 0,219 109,50 109,50 5,05
5.3 CANALETAS 11X12X24,5 PÇ 400,00 0,219 87,60 87,60 4,04
T O T A L D O I T E M 0 5 2.169,90 2.169,90 16,91
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
6 COBERTURA
6.1 LAJE PRE-MOLDADA PARA FORRO M2 126,00 6,70 844,20 844,20 34,60
6.1.1 AÇO CA-50 PARA COBERTURA 4,2 MM 12 METROSBR 65,00 2,14 139,10 139,10 5,70
6.1.2 ESCORAMENTO (ESCORAS DE EUCALIPTO) PÇ 100,00 1,30 130,00 130,00 5,33
6.1.3 CONCRETO FCK 18,0 MPA M3 5,00 123,00 615,00 615,00 25,20
6.1.4 TELHAS PÇ 2.170,00 0,28 607,60 607,60 24,90
6.1.5 GOIVAS PÇ 37,00 0,80 29,60 29,60 1,21
6.1.6 1/2 TELHA PÇ 28,00 0,80 22,40 22,40 0,92
6.1.7 ARAME RECOZIDO KG 3,00 2,26 6,78 6,78 0,28
6.1.8 LAJE PRE-MOLDADA PARA BWC M2 3,12 6,70 20,90 20,90 0,86
6.1.9 CONCRETO PARA LAJE BWC M3 0,20 123,00 24,60 24,60 1,01
T O T A L D O I T E M 0 6 2.440,18 2.440,18 19,01
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
7 ESQUADRIAS
7.1 ESQUADRIA MADEIRA - JANELAS E PORTAS
7.1.1 JANELA- 1,5X1,20 UN 6,00 45,00 270,00 270,00 23,46
7.1.2 JANELA- 1,0X1,0 UN 2,00 34,00 68,00 68,00 5,91
7.1.3 JANELA BASCULANTE- 40X60 UN 2,00 9,00 18,00 18,00 1,56
7.1.4 PORTA EXTERNA- 80X210 UN 4,00 77,50 310,00 310,00 26,93
7.1.5 PORTA INTERNA- 70X210 UN 4,00 48,00 192,00 192,00 16,68
7.1.6 PORTA INTERNA- 60X210 UN 2,00 48,00 96,00 96,00 8,34
7.2 VIDRO LISO 3MM M2 9,48 17,93 170,00 170,00 14,77
7.3 PUXADORES PARA JANELAS UN 6,00 3,70 22,20 22,20 1,93
7.4 TRINCO PARA JANELA DE CORRER-COZINHA UN 2,00 1,70 3,40 3,40 0,30
7.5 FERROLHO PARA BASCULANTE UN 2,00 0,72 1,44 1,44 0,13
T O T A L D O I T E M 0 7 1.151,04 1.151,04 8,97
MÃO-DE-OBRAMaterial
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
8 REVESTIMENTO TETO E PAREDES
8.1 REBOCO NOS TETOS M3 1,88 52,00 97,76 97,76 9,78
8.2 REVESTIMENTO CERÂMICO
8.2.1 AZULEJO PARA COZINHA E BWC M2 58,00 4,10 237,80 237,80 23,80
8.2.2 PISO CERÂMICO 30X30 CM M2 102,00 4,60 469,20 469,20 46,95
8.3 REJUNTE PARA PISO KG 50,00 0,97 48,50 48,50 4,85
8.4 REJUNTE PARA AZULEJO KG 30,00 0,97 29,10 29,10 2,91
8.5 ARGAMASSA KG 600,00 0,195 117,00 117,00 11,71
T O T A L D O I T E M 0 8 999,36 999,36 7,79
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
9 MUROS
9.1 BLOCO DE CONCRETO 10X19X40 UN 750,00 0,45 337,50 337,50 81,78
9.2 BLOCO DE CONCRETO 15X19X40 UN 160,00 0,47 75,20 75,20 18,22
T O T A L D O I T E M 0 9 412,70 412,70 3,22
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
10. FILTRO, FOSSA E SUMIDOURO
10.1 TIJOLO 06 FUROS 10X15X20 PÇ 1.000,00 0,085 85,00 85,00 26,68
10.2 CIMENTO KG 200,00 0,25 50,00 50,00 15,70
10.3 AREIA MÉDIA M3 2,00 15,00 30,00 30,00 9,42
10.4 CAL KG 40,00 0,12 4,80 4,80 1,51
10.5 BRITA 04 M3 3,00 25,00 75,00 75,00 23,54
10.6 BRITA 01 M3 0,50 20,00 10,00 10,00 3,14
10.7 LAJE PRÉ-MOLDADA M2 6,00 6,70 40,20 40,20 12,62
10.8 AÇO CA-50 PARA COBERTURA 4,2 MM 12 METROSBR 11,00 2,14 23,54 23,54 7,39
T O T A L D O I T E M 10 318,54 318,54 2,48
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
11. INSTALAÇÃO ELÉTRICA
11.1 PADRÃO
11.1.1 ARMAÇÃO 1X1 C/ 01 ROLDANA PÇ 1,00 3,50 3,50 3,50 0,85
11.1.2 ARMAÇÃO 4X1 C/ 04 ROLDANAS PÇ 1,00 10,20 10,20 10,20 2,49
11.1.3 POSTE 7 MTS. CONCRETO PÇ 1,00 95,00 95,00 95,00 23,15
11.1.4 CINTA DE ALUMÍNIO PÇ 4,00 0,70 2,80 2,80 0,68
11.1.5 ELETRODUTO 3/4" BR 4,00 1,33 5,32 5,32 1,30
11.1.6 CURVA 180.º 3/4" PÇ 6,00 0,37 2,22 2,22 0,54
11.1.7 BUCHA ARRUELA 3/4" PAR 7,00 0,21 1,47 1,47 0,36
11.1.8 CAIXA MONOFÁSICA PÇ 2,00 12,00 24,00 24,00 5,85
11.1.9 CAIXA PARA ATERRAMENTO PÇ 1,00 7,50 7,50 7,50 1,83
11.1.10 CONJ. ABRAÇADEIRAS PARA CX. MONOFÁSICA CJ 2,00 2,46 4,92 4,92 1,20
11.1.11 DISJUNTOR 30A PÇ 2,00 2,90 5,80 5,80 1,41
11.1.12 HASTE TERRA BR 1,00 5,40 5,40 5,40 1,32
11.1.13 LUVA 3/4" PÇ 6,00 0,16 0,96 0,96 0,23
11.1.14 PARAFUSO PARA POSTE PÇ 6,00 1,35 8,10 8,10 1,97
11.1.15 PIMENTÃO PÇ 4,00 0,97 3,88 3,88 0,95
11.2 INST. ELÉTRICA DO BLOCO
11.2.1 CAIXA PARA 03 DISJUNTORES PÇ 2,00 4,20 8,40 8,40 2,05
11.2.2 FITA ISOLANTE 20 METROS RL 1,00 1,84 1,84 1,84 0,45
11.2.3 INTERRUPTOR DUPLO PÇ 2,00 1,97 3,94 3,94 0,96
11.2.4 INTERRUPTOR DUPLO + TOMADA PÇ 2,00 2,50 5,00 5,00 1,22
11.2.5 TOMADAS PÇ 22,00 1,06 23,32 23,32 5,68
11.2.6 INTERRUPTOR + TOMADA PÇ 2,00 1,57 3,14 3,14 0,77
11.2.7 CX. DE LUZ 2X4" PÇ 34,00 0,10 3,40 3,40 0,83
11.2.8 CX. DE LUZ 4X4" TETO PÇ 14,00 0,29 4,06 4,06 0,99
11.2.9 DISJUNTOR 15A PÇ 2,00 2,90 5,80 5,80 1,41
11.2.10 DISJUNTOR 20A PÇ 2,00 2,90 5,80 5,80 1,41
11.2.11 CORRUGADO 3/4" 50 MTS RL 3,00 6,90 20,70 20,70 5,04
11.2.12 FIO SÓLIDO 1,5 MM M 100,00 0,125 12,50 12,50 3,05
11.2.13 FIO SÓLIDO 2,5 MM M 200,00 0,197 39,40 39,40 9,60
11.2.14 FIO SÓLIDO 6,0 MM M 200,00 0,45 90,00 90,00 21,93
11.2.15 PLACA CEGA 2X4" PÇ 4,00 0,52 2,08 2,08 0,51
T O T A L D O I T E M 11 410,45 410,45 3,20
MÃO-DE-OBRAMaterial
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
12. INSTALAÇÃO HIDRÁULICA
12.1 ÁGUA
12.1.1 REGISTRO 3/4" GAVETA PÇ 2,00 10,50 21,00 21,00 3,37
12.1.2 REGISTRO 3/4" PRESSÃO PÇ 2,00 8,50 17,00 17,00 2,73
12.1.3 TEE 25MM X 1/2" AZUL PÇ 2,00 2,23 4,46 4,46 0,72
12.1.4 JOELHO 25MM X 3/4" AZUL PÇ 4,00 1,40 5,60 5,60 0,90
12.1.5 JOELHO 25MM X 1/2" AZUL PÇ 6,00 1,61 9,66 9,66 1,55
12.1.6 TEE 25MM PÇ 12,00 0,23 2,76 2,76 0,44
12.1.7 JOELHO 25MM PÇ 15,00 0,15 2,25 2,25 0,36
12.1.8 CURVAS 25MM PÇ 6,00 0,60 3,60 3,60 0,58
12.1.9 ADAPT. C/ FLANGE 25MM X 3/4" PÇ 6,00 2,51 15,06 15,06 2,42
12.1.10 ADAPT. C/ FLANGE 32MM X 1" PÇ 2,00 4,18 8,36 8,36 1,34
12.1.11 REGISTRO PLÁSTICO 25 MM ESFERA PÇ 2,00 4,00 8,00 8,00 1,28
12.1.12 CAIXA D'ÁGUA 250 LITROS FIBROCIMENTO PÇ 2,00 39,00 78,00 78,00 12,52
12.1.13 JOELHO 32MM PÇ 4,00 0,43 1,72 1,72 0,28
12.1.14 ADAPTADOR 25MM X 3/4" PÇ 6,00 0,15 0,90 0,90 0,14
12.1.15 LUVA 25MM X 3/4" AZUL PÇ 2,00 1,51 3,02 3,02 0,48
12.1.16 ADESIVO 175GR C/ PINCEL TIGRE TB 2,00 2,49 4,98 4,98 0,80
12.1.17 TUBO 25MM 6 METROS TB 4,00 5,35 21,40 21,40 3,43
12.1.18 TUBO 32MM 6 METROS TB 1,00 12,35 12,35 12,35 1,98
12.1.19 LUVA 25MM PÇ 10,00 0,15 1,50 1,50 0,24
12.1.20 CONJUNTO SANITÁRIO (PIA, COLUNA E BACIO) CJ 2,00 69,00 138,00 138,00 22,14
12.1.21 CAIXA DESCARGA ACOPLADA AKROS CJ 2,00 22,09 44,18 44,18 7,09
12.1.22 VÁLVULA CROMADA PARA LAVATÓRIO PÇ 2,00 2,70 5,40 5,40 0,87
12.1.23 TORNEIRA BÓIA 3/4" PÇ 2,00 2,58 5,16 5,16 0,83
12.1.24 FITA VEDAROSCA PÇ 4,00 0,62 2,48 2,48 0,40
12.1.25 JOELHO 25MM 45.º PÇ 10,00 0,20 2,00 2,00 0,32
12.2 ESGOTO
12.2.1 TEE 150MM ESGOTO PÇ 2,00 13,42 26,84 26,84 4,31
12.2.2 JOELHO 150MM ESGOTO PÇ 2,00 17,13 34,26 34,26 5,50
12.2.3 JOELHO 50MM ESGOTO PÇ 8,00 0,51 4,08 4,08 0,65
12.2.4 JOELHO 40MM ESGOTO PÇ 8,00 0,35 2,80 2,80 0,45
12.2.5 CAP 150 MM ESGOTO PÇ 2,00 10,70 21,40 21,40 3,43
12.2.6 CAP 100 MM ESGOTO PÇ 2,00 2,78 5,56 5,56 0,89
12.2.7 TUBO 100 MM ESGOTO 6 METROS TB 1,00 19,73 19,73 19,73 3,17
12.2.8 TUBO 150 MM ESGOTO 6 METROS TB 1,00 48,00 48,00 48,00 7,70
12.2.9 TUBO 40 MM ESGOTO 6 METROS TB 1,00 7,10 7,10 7,10 1,14
12.2.10 TUBO 50 MM ESGOTO 6 METROS TB 1,00 13,14 13,14 13,14 2,11
12.2.11 CAIXA SIFONADA 150X150X50MM PÇ 2,00 4,50 9,00 9,00 1,44
12.2.12 JOELHO 40MM 45.º ESGOTO PÇ 2,00 0,35 0,70 0,70 0,11
12.2.13 PROLONGAMENTO CX. SIFONADA 150MM PÇ 2,00 2,50 5,00 5,00 0,80
12.2.14 TEE 100X50MM ESGOTO PÇ 2,00 3,40 6,80 6,80 1,09
T O T A L D O I T E M 12 623,25 623,25 4,86
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
13. PINTURA
13.1 TINTA LATEX PAREDES E TETO L 36,00 1,75 63,00 63,00 15,15
13.2 FUNDO A ÓLEO PARA MADEIRA L 14,40 4,10 59,04 59,04 14,19
13.3 ZWINCRIL BX 1020 L 18,00 8,90 160,20 160,20 38,52
13.4 SOLVENTE L 3,00 2,48 7,44 7,44 1,79
13.5 LIXA 80/120 M 6,00 1,70 10,20 10,20 2,45
13.6 ESMALTE SINTÉTICO L 14,40 4,94 71,14 71,14 17,10
13.7 SELADOR ACRÍLICO L 18,00 1,94 34,92 34,92 8,40
13.8 ÁCIDO MURIÁTICO L 10,00 1,00 10,00 10,00 2,40
T O T A L D O I T E M 13 415,94 415,94 3,24
MÃO-DE-OBRAMaterial
Preço total
Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO %
14. DIVERSOS
14.1 CIMENTO
14.1.1 CIMENTO MURO KG 225,00 0,25 56,25 56,25 8,86
14.1.2 CIMENTO ESTRUTURA E ALVENARIA ESTRUTURALKG 300,00 0,25 75,00 75,00 11,81
14.1.3 CIMENTO REBOCO TETO E PAREDES KG 500,00 0,25 125,00 125,00 19,68
14.2 AREIA
14.2.1 AREIA FINA M3 2,50 17,00 42,50 42,50 6,69
14.2.2 AREIA MÉDIA MURO M3 1,20 17,00 20,40 20,40 3,21
14.3 BRITA M3 0,20 20,00 4,00 4,00 0,63
14.4 TÁBUA DE PINUS M3 2,00 144,00 288,00 288,00 45,34
14.5 CAL HIDRATADA KG 200,00 0,12 24,00 24,00 3,78
T O T A L D O I T E M 14 635,15 635,15 4,95
T O T A L G E R A L 12.833,92 100,00
MÃO-DE-OBRAMaterial
O cronograma físico da obra, considerado por bloco é o seguinte, incluindo-se não
só os dias de serviços despendidos na execução de cada uma das atividades, como também o
efetivo de pessoal para a execução das atividades. Em uma situação com a maior coincidência
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
de atividades, a equipe máxima para a construção de um bloco com duas residências foi de 7
pessoas, incluindo o encarregado das atividades.
b) Cronograma de execução dos serviços
O tempo máximo de execução de cada bloco de construção com duas residências
geminadas, desde a limpeza do terreno até a limpeza da obra para a entrega aos compradores
foi de 30 dias. A casa era entregue com a instalação da água e da luz já em funcionamento e
no nome dos compradores, representando esse um grande diferencial no atendimento aos
clientes:
CustoVariação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Qde R$/d Qde R$/d Qde R$/d Qde R$/d Qde R$/d Qde R$/d MO (*) %
Limpeza/preparação do terreno 2 32,00 0 53,00 0 60,00 0 60,00 0 53,00 0 53,00 128,00
Fundação (radier) 2 32,00 1 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 53,00 510,00
Instalação hidráulica 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 0 0,00 120,00
Alvenaria 2 32,00 2 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 53,00 3.345,00
Instalação de esgoto 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 0 0,00 120,00
Instalação elétrica 0 32,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 120,00
Fossa/filtro/sumidouro 2 32,00 1 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 351,00
Muro externo 2 32,00 1 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 351,00
Laje de cobertura 2 32,00 2 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 53,00 892,00
Telhado 2 32,00 2 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 53,00 669,00
Reboco da laje 2 32,00 1 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 181,00
Instalação de portas e janelas 1 32,00 1 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 85,00
impermeabilização/rejunte 2 32,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 64,00
Pintura 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 53,00 1 53,00 795,00
Ligação de água 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 0 0,00 60,00
Ligação de Luz 0 0,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 60,00
Limpeza da obra e terreno 1 32,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 32,00
7.883,00
Prazo de execução de cada etapa dos serviços (em dias)
Serventes
Cronograma físico - Obra Navegantes - para cada bloco de duas casas
Encarregado
Quantidade de operários
Pedreiros Eletricista Encanador Pintor
Total
Atividades
6.8. Diferenciais apresentados:
· Imóvel entregue com instalações de água e luz em funcionamento;
· Entrega de caderno com as plantas e as instruções para a operação das instalações do
imóvel juntamente com as chaves;
· Entrega ao cliente do compromisso de qualidade fornecido pela construtora e um
questionário onde podem ser indicados os problemas observados e as considerações e
elogios, se desejável;
· Entrega das chaves através de documento onde é evidenciado a vistoria do imóvel pelo
cliente;
· A construtora desenvolveu uma série de procedimentos e instruções, como apresentado
nos anexos:
6.9. Principais ganhos obtidos com a implantação do projeto:
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Vários foram os benefícios obtidos pela população local, obtidos direta e
indiretamente com a implantação do projeto. Como principais destaca-se o fato do padrão das
moradias haver mudado para melhor, e que na localidade passaram a se instalar comércios
com um melhor padrão, não só construtivo como também de produtos comercializados.
Anexos:
Anexo 1 – Check list parcial de recebimento de materiais
Anexo 2 – Lista Mestra de procedimentos adotados pela construtora
Anexo 3 – Caderno de procedimentos de execução de serviços controlados
Anexo 4 – Autorização do fabricante dos blocos cerâmicos para o emprego dos mesmos nesse
tipo de construção e do treinamento a que foram submetidos os engenheiros responsáveis pelo
projeto
Anexo 5 – Anotação de Responsabilidade Técnica do Projeto – CREA/SC
7. CONCLUSÕES
Um dos aspectos mais estudados pela gerência da construtora foi o fato do
lançamento ter sido um sucesso, com a comercialização dos quatro blocos em
aproximadamente 35 dias. Por que ocorreu esse sucesso de vendas, em um momento com
grandes incertezas econômicas, mercado retraído pela elevação do dollar e baixo nível de
turismo, já que o país onde vinha o maior número de turistas, Argentina, estava atravessando
um momento de crise?
Várias foram as causas. Em primeiro lugar, desde a concepção do projeto, à fase
de construção e a entrega das obras sempre se teve como elemento fundamental a questão da
cidadania. Mesmo em se tratando de imóveis de baixo custo houve uma grande preocupação
para que o projeto oferecesse todo o conforto aos moradores. Desta maneira passaram a ser
adotadas as seguintes premissas:
A adoção de uma laje inclinada, incorporada ao telhado, propiciando que a altura
mínima do piso à laje, junto à porta de entrada fosse de 230cm e, na linha de cumieira fosse
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
de 450cm. Isso possibilitava uma ventilação interna adequada, com a residência sempre
ventilada. O posicionamento das janelas favorecia a ventilação natural.
Incorporação ao radier de uma calçada a toda a volta do imóvel, mantendo o entorno sempre
limpo, mesmo em época de chuvas fortes.
Integração da cozinha à sala, com a inserção de um detalhe arquitetônico
diferenciando os ambientes, através de azulejos em apenas duas paredes na cozinha.
Criação de uma varanda à frente da porta da sala e de uma área de serviço à frente
da porta da cozinha, possibilitando uma noção de maior amplidão dos espaços, com as portas
abertas.
Posicionamento dos blocos de modo que um morador de um dos blocos não
tivesse a visão franca da residência mais próxima. Além da manutenção da privacidade houve
um ganho adicional com a circulação das correntes de vento entre os blocos.
Todos os blocos foram construídos com alvenaria de blocos cerâmicos revestidos de verniz,
dando-lhes uma aparência moderna e atraente.
O fundo da laje incorporada ao telhado foi pintada em cores claras, sobre um
chapisco interior, único revestimento adotado, afora o verniz na alvenaria e dos azulejos em
parte da cozinha e no banheiro.
O menor quarto foi dimensionado com 9m2
. Permitindo que uma família média
pudesse ter o necessário conforto. Nesses cômodos a definição do posicionamento das portas
e janelas levou em consideração a possibilidade de uma parede de meios comprimento para
um armário.
Tanto a cozinha quanto o banheiro foram entregues com as peças instaladas e as
torneiras e registros já posicionados e em funcionamento.
A busca pelo atendimento aos anseios dos compradores, pessoas de baixa renda, o
respeito às suas opiniões, através de entrevistas ocorridas antes do lançamento do
empreendimento, durante a construção e após a entrega das obras foi importante para a
comercialização dos imóveis, inclusive porque perceberam que suas sugestões passaram a ser
incorporadas ao projeto.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Por fim, deve-se enfatizar a transparência das ações, com as obras abertas e
franqueadas às visitas. O comprador podia acompanhar a evolução de sua construção
diariamente. Os moradores das vizinhanças acompanhavam cada passo da construção.
A questão da cidadania é importante nesses processos. A reação das pessoas
quando percebem que são importantes e consideradas altera substancialmente o
relacionamento com a construtora, facilitando bastante a solução dos vários problemas que
podem ocorrer durante a construção. O fato de a construção ser “mais barata” não significa
que o produto final tenha baixa qualidade e que o comprador não seja importante. Há
inúmeros exemplos onde se consegue reduzir os custos e aumentar a produtividade através de
ações bem simples, que começam com:
· Renegociação com os fornecedores;
· Redução das margens de lucro;
· Busca dos materiais de menor custo, mantendo-se a qualidade dos mesmos;
· Elaboração de adequados projetos, que contemplem a racionalização dos serviços.
Somente com a revisão dos conceitos e a quebra de paradigmas é que irá se
atender ao objetivo maior, de atender desigualmente os desiguais, tratando-os com respeito e
observando as questões de cidadania. Somente assim poder-se-á integrar as habitações e as
questões de cidadania.
8. BIBLIOGRAFIA
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Síntese da Coordenação
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
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BOUWCENTRUM. Plano da Coordenação Modular da Construção. BNH/CBC, 1. etapa, 20
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BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO; INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
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BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO; INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
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Coordenação Modular. São Paulo: BNH/CBC, n. 1, dez. 1969.
CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO BOUWCENTRUM. Noticiário da
Coordenação Modular. São Paulo: BNH/CBC, n. 2, jan. 1970a.
CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO BOUWCENTRUM. Noticiário da
Coordenação Modular. São Paulo: BNH/CBC, n. 12-13, nov./dez. 1970b.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO BOUWCENTRUM. Plano de implantação da
Coordenação Modular. BNH/CBC, 1. fase, 2. etapa, 3. volume, 1970c
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Engenharia da Universidade do Porto, Departamento de Engenharia Civil, 2002.
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As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Anexo 1
Check list [parcial] de materiais aplicado no recebimento dos mesmos pela construtora e no
recebimento no canteiro de obras
Materiais e/ou insumos Lista de verificação
Aço para concreto armado q conformidade com a requisição,
q fornecedor,
q quantidade,
q bitola,
q procedência,
q aspecto de corrosão,
q acondicionamento sobre toras de madeira
Arames q conformidade com a requisição,
q fornecedor,
q quantidade,
q bitola,
q procedência,
q aspecto de corrosão,
q acondicionamento em prateleiras
Argamassa de assentamento q conformidade com a requisição,
q fornecedor,
q volume,
q granulometria,
q procedência,
q validade,
q forma de acondicionamento em masseiras,
q tempo de descanso da argamassa
Argamassa de reboco q conformidade com a requisição,
q fornecedor,
q volume,
q granulometria,
q procedência,
q validade,
q forma de acondicionamento em masseiras,
q tempo de descanso da argamassa
Argamassa de rejunte q conformidade com a requisição,
q fornecedor,
q volume,
q granulometria,
q procedência,
q validade,
q embalagem,
q forma de acondicionamento em sacos,
q tempo de descanso da argamassa
Azulejos cerâmicos q conformidade com a requisição,
q fornecedor,
q quantidade,
q dimensões,
q formas geométricas,
q tonalidades rugosidade,
q imperfeições da superfície,
q procedência,
q integridade da embalagem,
q sinais de deterioração das embalagens,
q sinais de danos ao produto,
q formas de acondicionamento em caixas de papelão sobre estrados
Bloco cerâmico estrutural q conformidade com a requisição,
q fornecedor,
q quantidade,
q dimensões que não podem variar mais de que 3 mm,
q formas geométricas,
q tonalidades,
q procedência,
q percentual de danos/quebras inferiores a 1%,
q forma de acondicionamento sobre piso nivelado
34 de 39
As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Anexo 2
Lista mestra de procedimentos adotados pela construtora
Nº Nº da Norma Título Folha
1. PQ 01 Política da Qualidade - Capa
2. PQ 01 Política da Qualidade - Selo do PBQP - H
3. PQ 01 Política da Qualidade - Termo de Adesão
4. PQ 01 Política da Qualidade - Carta de prorrogação
5. PQ 01 Política da Qualidade - Apresentação da MS
6. PQ 01 Política da Qualidade - Política da Qualidade
7. PQ 01 Política da Qualidade - Comprometimento da MS com a Política da Qualidade
8. PQ 01 Política da Qualidade - Introdução parte A
9. PQ 01 Política da Qualidade - Introdução parte B
10. PQ 01 Política da Qualidade - Objetivos da Mendes Sibara
11. PQ 01 Política da Qualidade - Indicadores da Qualidade
12. PQ 01 Política da Qualidade - Comitê da Qualidade
13. PQ 01 Política da Qualidade - Ata de reunião do Comitê da Qualidade
14. PQ 01 Política da Qualidade - Administração e Controle do Sistema da Qualidade
15. PQ 01 Política da Qualidade - Análise Crítica pela Administração
16. PQ 01 Política da Qualidade - Análise Crítica do Sistema da Qualidade
17. PQ 01 Política da Qualidade – Treinamento - Treinamento Comportamental,
Operacional
18. PQ 01 Política da Qualidade – Treinamento - Registro da atividade de treinamento
19. PQ 01 Política da Qualidade – Treinamento - Planejamento das atividades de
treinamento
20. PQ 01 Política da Qualidade – Treinamento - Solicitação de Assistência Educacional
21. MQ 01 Manual da Qualidade – Capa
22. MQ 01 Manual da Qualidade – Índice
23. MQ 01 Manual da Qualidade – Apresentação
24. MQ 01 Manual da Qualidade – Referências
25. MQ 01 Manual da Qualidade - Objetivo do Manual
26. MQ 01 Manual da Qualidade - Organograma da Mendes Sibara
27. MQ 01 Manual da Qualidade - Objetivos macro dos cargos
28. MQ 01 Manual da Qualidade - Responsabilidades e Atribuições
29. MQ 01 Manual da Qualidade - Organograma da Obra
30. MQ 01 Manual da Qualidade - Responsabilidade da Administração
31. MQ 01 Manual da Qualidade - Contratos - Análise Crítica de Contrato
32. MQ 01 Manual da Qualidade - Contratos - Contrato de fornecimento de mão-de-obra
33. MQ 01 Manual da Qualidade - Contratos - Contrato de fornecimento de materiais e
insumos
34. MQ 01 Manual da Qualidade - Contratos - Rotina de Contratação de Empreiteiros
35. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Aquisição, cadastramento de fornecedores e
verificação do produto adquirido
36. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Qualificação de fornecedores de materiais
37. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Relatório de Tomada de Preços
38. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Requisição de Material
39. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Pedido de Compras
40. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Recebimento de Materiais
41. MQ/MA 03/07 Manual da Qualidade - Materiais - Controle de Produtos fornecidos pelo Cliente
42. MQ/MA 03/08 Manual da Qualidade - Materiais - Inspeção e Ensaios
43. MQ/MA 03/09 Manual da Qualidade - Materiais - Controle de produto não-conforme
44. MQ/MA 03/10 Manual da Qualidade - Materiais - Materiais obrigatoriamente controlados
35 de 39
As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
45. MQ/MA 03/11 Manual da Qualidade - Materiais - Identificação e rastreabilidade de produtos
46. MQ/NO 04/01 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Planejamento e administração /
controle de processos
47. MQ/NO 04/02 Manual da Qualidade- Normas de Obra - Controle de projeto
48. MQ/NO 04/03 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Ata de reunião do Comitê de Análise de
Projeto
49. MQ/NO 04/04 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Serviços obrigatoriamente controlados
50. MQ/NO 04/05 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Procedimentos para os serviços
obrigatoriamente controlados
51. MQ/NO 04/06 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Uso de Instalações – Banheiro
52. MQ/NO 04/07 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Uso de Instalações – Depósito de
Material
53. MQ/NO 04/08 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Uso de Instalações – Refeitório
54. MQ/NO 04/09 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Uso de Instalações – Vestiário
55. MQ/NO 04/10 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Utilização de Uniformes
56. MQ/NO 04/11 Manual da Qualidade – Procedimentos - Rotina de Admissão de funcionários
57. MQ/NO 04/12 Manual da Qualidade – Procedimentos - Rotina de Demissão de funcionários
58. MQ/NO 04/13 Manual da Qualidade – Procedimentos - Termo de entrega das chaves
59. MQ/NO 04/14 Manual da Qualidade – Procedimentos - Manual de entrega das chaves
60. MQ/NO 04/15 Manual da Qualidade - Procedimentos - Termo de compromisso de entrega da
obra
61. MQ/AU 05/01 Manual da Qualidade - Auditoria - Auditorias Internas da Qualidade
62. MQ/AU 05/02 Manual da Qualidade - Auditoria - Avaliação de Auditores do Sistema da
Qualidade
63. MQ/AU 05/03 Manual da Qualidade - Auditoria - Lista de pendências
64. MQ/AU 05/04 Manual da Qualidade - Auditoria - Memorando de transmissão de documentos
65. MQ/AU 05/05 Manual da Qualidade - Auditoria - Circular de comentários
66. MQ/AU 05/06 Manual da Qualidade - Auditoria - Controle de documentos e dados
67. MQ/AU 05/07 Manual da Qualidade - Auditoria - Controle de registros da Qualidade
68. MQ/AU 05/08 Manual da Qualidade - Auditoria - Ação corretiva e ação preventiva
69. MQ/AU 05/09 Manual da Qualidade - Auditoria - Controle de documentos emitidos
70. MQ/AU 05/10 Manual da Qualidade - Auditoria - Controle de revisão de documentos do
sistema da qualidade
71. MQ/AU 05/11 Manual da Qualidade - Auditoria - Rotina de revisão de documentos
72. MQ/AU 05/12 Manual da Qualidade - Auditoria - Formulário de sugestões
73. MQ/AU 05/13 Manual da Qualidade - Auditoria - Relatório de não-conformidade
Elaboração: AFANP Revisão: Aprovação: LAM
Rubrica Rubrica Rubrica
36 de 39
As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Anexo 3
Caderno de Procedimentos de execução de serviços controlados
Aprovação: 11/03/02 Substitui Datada De: 00/00/00
Aplicação DIRETORIA, GERÊNCIA ADMINISTRATIVA, GERÊNCIA TÉCNICA, COMPRAS, QUALIDADE,
GERÊNCIA DE OBRAS RESIDENCIAIS, GERÊNCIA DE OBRAS ESPECIAIS, GERÊNCIA DE OBRAS
PREDIAIS, PROJETOS.
1. SUMÁRIO:
Aplicação: Diretoria, Gerência Administrativa, Gerência Técnica, Compras, Qualidade, Gerência de
Obras Residenciais, Gerência de Obras Especiais, Gerência de Obras Prediais, Projetos
1. Sumário
2. Objetivo
3. Normas e ou documentos complementares
4. Definições
5. Condições gerais
5.1 Conscientização dos funcionários
5.2 Execução e controle dos processos
5.2.1 Serviços obrigatoriamente controlados
5.2.2 Projeto básico
a) Locação de obra
b) Limpeza de terreno
c) Marcação do terreno
d) Escavação
e) Execução das fundações
f) Execução das formas
g) Montagem das armaduras
h) Concretagem das peças estruturais
i) Execução de alvenarias não estruturais e de divisória leve
j) Execução de alvenaria estrutural
k) Execução de revestimento interno de área seca
l) Execução de revestimento interno de área úmida
m) Execução de revestimento externo
n) Execução de contrapiso
37 de 39
As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
o) Execução de revestimento de piso interno de área seca
p) Execução de revestimento de piso interno de área úmida
q) Execução de revestimento de piso externo
r) Execução de forro
s) Execução de impermeabilização:
t) Execução de cobertura de telhado
u) Colocação de batentes e portas
v) Colocação de janelas
x) Pintura interna e externa
y) Execução de Instalações elétricas
z) Execução de Instalações hidro-sanitárias
z.1) Instalação Sanitária
z.2) Instalação Hidráulica
6. Padrões aplicáveis
38 de 39
As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Anexo 4
39 de 39
As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos
Anexo 5

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As habitações e as questões de cidadania

  • 1. 1 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Antonio Fernando de Araújo Navarro Pereira As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Trabalho da disciplina de Engenharia Civil do Programa de Doutorado em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense Prof. Orlando Longo, D. Sc. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 2009
  • 2. 2 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos SUMÁRIO 1 – Introdução............................................................................................................ 4 2 - Formulação da situação problema.......................................................................... 4 3 – Objetivos............................................................................................................... 8 4 – Metodologia.......................................................................................................... 9 5 - Revisão bibliográfica.............................................................................................. 9 5.1 – Materiais com menores custos.................................................................... 9 5.2 – Projetos com menores custos......................................................................14 6 – Estudo de Caso......................................................................................................17 7 - Conclusões.............................................................................................................27 8 – Bibliografia............................................................................................................29
  • 3. 3 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Resumo Trata-se neste artigo das questões relativas à cidadania, aplicadas a projetos de habitações residenciais para população de baixa renda, apresentando-se alternativas de projetos e materiais e um estudo de caso, onde essas questões foram abordadas, desde a fase de planejamento do empreendimento até a entrega do imóvel aos compradores. Palavras-chave: Habitações populares, Cidadania, Projetos Cidadãos Abstract This article of the questions concerning citizenship applied residential housing projects for low-income, presenting alternative projects and materials and a case study, where these issues were discussed, from the planning phase of joint venture onto the delivery of property buyers. Keywords: Popular housing projects, citizenship, citizens projects.
  • 4. 4 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos 1. INTRODUÇÃO Passa a ser comum observar-se em localidades nas periferias das cidades, onde vive a população de menor renda, pelo menos em tese, habitações mais modestas e em maior número que as demais habitações. Por outro lado, em ambientes onde predomina uma população de maior renda observam-se habitações de melhor padrão. Essas associações visuais, em primeiro lugar nos remetem à associação de habitações simples com população de baixa renda, e habitações de melhor acabamento construtivo com população de classe média, por fim, terminam por fazer com que habitações simples e desprovidas que qualquer esmero tendam a ser ocupadas por pessoas de menor renda, sendo o inverso, habitações mais bem desenvolvidas e planejadas ocupadas por pessoas de maior renda também uma realidade. Essa mesma associação de idéias se verifica no tamanho das residências; as maiores ocupadas por população mais abastada e as menores por população menos favorecida financeiramente. Neste artigo apresentam-se algumas considerações a esse respeito, demonstrando que esses conceitos nem sempre podem estar corretos e que as habitações ditas populares não precisam ser necessariamente construções frágeis ou de menor impacto visual. Também são apresentadas tecnologias e processos inovadores de terminam por baratear os custos das habitações e como um adequado projeto é importante para a racionalização dos custos das construções. Após essas informações apresenta-se um estudo de caso, com um projeto desenvolvido para populações de menor renda e com melhor acabamento construtivo, e com melhor padrão visual. Afora isso, essas habitações foram projetadas para um custo menor e maior produtividade de construção, com a entrega de um bloco, constituído por duas habitações geminadas, com aproximadamente 50m2 de área construída sendo entregues em no máximo 30 dias, inteiramente concluídas. 2. FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA A baixa qualidade das habitações populares sempre foi um fato que chamava à atenção de todos, não só em função da precariedade das mesmas como também pelas condições de conforto e de dignidade oferecidas, e mesmo de cidadania. Essas habitações, algumas vezes construídas em locais inapropriados eram sempre as primeiras a ruírem nas ocorrências de tormentas naturais. As reconstruções ocorriam nos mesmos locais ou nas
  • 5. 5 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos proximidades do local original, propiciando que mais tormentas as atingissem com facilidade. Não se está falando de simples construções, mas sim de famílias desabrigadas que perdiam os poucos pertences acumulados ao longo dos tempos. Falar-se em cidadania quando as cenas eram uma flagrante constatação do oposto, isso apresentado a milhões de telespectadores todos os anos não era apropriado. As tormentas causadas por fortes chuvas que atingiram o Estado de Santa Catarina levaram de roldão milhares de casas, deixando seus moradores à mercê da caridade dos cidadãos, que se cotizando em ações coletivas enviavam seus donativos para a reconstrução de novas moradias. Nessas horas brotam idéias inovadoras, como: ... vamos empregar pneus velhos nas fundações, ... ; ... vamos criar um ambiente mais confortável inserindo garrafas PET nas paredes, ... . Ora, está se falando de seres humanos desassistidos que precisam ser abrigados do tempo e continuar suas vidas em um ritmo normal. Não que as propostas não pudessem ser boas, mas será esse o momento de se tentar novas tecnologias ainda não testadas e que possam assegurar que aquelas famílias não voltem a ter os mesmos problemas? Os conceitos de cidadania quase sempre convergem para a definição do indivíduo cidadão. Em uma linguagem mais simples é o indivíduo capaz, produtivo, ao qual são atribuídas obrigações e concedidas benesses ou direitos. Para que isso ocorra o indivíduo precisa fazer parte de um grupo homogêneo ligado por objetivo comum, que pode ser o habitante da cidade, do estado, ou, enfim, da pátria, nesse exemplo associando a cidadania à nacionalidade. Em qualquer desses casos se associa o fato desse Ser estar, viver e sentir-se em um ambiente igualitário, onde seus direitos e deveres sejam similares ou idênticos aos concedidos e praticados pelos demais. Assim, o conceito de cidadania pode estar vinculado ao de liberdade, igualdade e fraternidade, símbolo do movimento que derrubou a monarquia francesa no século XVIII, substituindo os burgueses pelo povo, alçando o povo ao poder, dando-lhe o status de cidadão. Essa onda que se iniciou na França foi lentamente se espalhando pelo resto do mundo, com os conceitos se embaralhando qual novelo de lã solto ao chão.
  • 6. 6 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Segundo Pinsky & Pinsky em História da Cidadania (2003), ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais, fruto de um longo processo histórico que levou a sociedade ocidental a conquistar parte desses direitos. Cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço. É muito diferente ser cidadão na Alemanha, nos Estados Unidos ou no Brasil (para não falar dos países em que a palavra é tabu), não apenas pelas regras que definem quem é ou não titular da cidadania (por direito territorial ou de sangue), mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos Estados-nacionais contemporâneos. Mesmo dentro de cada Estado-nacional o conceito e a prática da cidadania vêm se alterando ao longo dos últimos duzentos ou trezentos anos. Isso ocorre tanto em relação a uma abertura maior ou menor do estatuto de cidadão para sua população (por exemplo, pela maior ou menor incorporação dos imigrantes à cidadania), ao grau de participação política de diferentes grupos (o voto da mulher, do analfabeto), quanto aos direitos sociais, à proteção social oferecida pelos Estados aos que dela necessitam. Esses conceitos muitas vezes são atropelados por uma série de circunstâncias quase sempre associadas a fatores econômico-financeiros, que terminam por criar castas, como os cidadãos de 1ª classe, de 2ª classe e por aí segue. Há países onde a cidadania é extremada e vista com uma ponta de orgulho: ... sou cidadão do país X ... De outra feita, ser cidadão de um país, longe de trazer o orgulho representa um estigma, pois naquele país específico não há direitos assegurados a ninguém, ou melhor, a quase ninguém. A partir do momento em que os títulos – rótulos, são atribuídos os padrões, concessões e tudo o mais são radicalmente alterados. Em um país com os contrastes como o nosso Brasil e um território imenso, a pobreza muda de cor, de sotaque e de cara de acordo
  • 7. 7 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos com a região. A casa de madeira pobre existente no sul passa a ser aconchegante ou “bonitinha” em outras regiões. Não se questionando aqui a “dignidade”. Em uma vinculação com as construções, há habitações populares ou sociais que abrigam famílias menos abastadas, shoppings populares freqüentados pela população de menor renda, ruas populares, como a 23 de Maio (São Paulo) ou SAARA (Rio de Janeiro) que oferecem produtos mais baratos. Na associação, vinculam-se as classes sociais ao poder de compra que essas podem exercer, adquirindo produtos que estejam mais próximos de suas realidades econômico-financeiras. Consegue-se entender mas não compreender que os cidadãos de 3ª, 4ª e 5ª classes precisem sobreviver em habitações que não ofereçam nenhum tipo de conforto ou de qualidade, pois foram aquelas que “seu dinheiro conseguiu adquirir”. Essas mesmas pessoas não “moram mal” porque querem. Não necessariamente sobem o morro para ali edificar suas moradias porque o local é mais aprazível. Fazem-no porque suas condições financeiras não conseguem adquirir melhores imóveis. Aqui, propositalmente associa-se “melhores imóveis” à questão da pobreza. Por não terem os recursos necessários os projetos são desenvolvidos na mesa da cozinha pelo marido e mulher, essas algumas vezes, onde os espaços para os cômodos são aqueles delimitados pelo “fio de arame farpado” que traça os limites do terreno. Foram observadas habitações com três cômodos: no primeiro, com 1m2 ficava o banheiro, ou melhor, um orifício no chão com 1m de profundidade, empregado pela família para suas necessidades fisiológicas. O segundo cômodo, de 2m2 era destinado à cozinha, ou a um pequeno armário com duas prateleiras e uma velha cuba de uma antiga pia, apoiada por duas travessas de madeira. Por fim, um grande salão de aproximadamente 3m x 3m onde ficava uma cama construída por caixotes de madeira cobertos por um lençol onde se abrigavam o pai, mãe e 5 filhos. O pai trabalhava recolhendo materiais na rua para vender, como pequenos pedaços de metal, papelão e latas de alumínio. A mãe, ainda nova, ficava tomando conta dos 5 filhos e com uma gravidez pronunciada. Isso tudo ocorrendo a 15km do centro de uma metrópole brasileira, como poderia ocorrer em qualquer periferia de qualquer cidade brasileira. Falar em cidadania nessa situação talvez não fosse adequado.
  • 8. 8 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Como citado anteriormente, não se questionando os méritos e eventuais vantagens, lê-se sobre propostas de habitações que empregam pneus nas fundações e garrafas PET nas paredes, em construções ditas ecológicas, com o pretexto de oferecer conforto térmico ou edificações mais baratas, mas, não se menciona o fato de que nessas o lixo das sociedades de maior posse passa a ser escondido no concreto, o dito lixo inconveniente. Será essa uma ação cidadã? O que a família poderá perceber ao residir nesse tipo de habitação, sem ser adequadamente informada dos benefícios auferidos? Como os filhos poderão reagir, se confrontados com os seus colegas no colégio? As propostas, tanto arquitetônicas quanto do emprego de materiais deve considerar as questões de constrangimentos futuros, que terminam por ocorrer. Contrariamente ao yin e yang não se posicionam a pobreza e a riqueza em pólos opostos para se defender o conceito apresentado. Muitos questionam o fato de que os cidadãos da enésima categoria social não têm como pagar os custos de uma construção voltada para os das categorias superiores, pois seus componentes são quase sempre mais caros. Um piso de porcelanato é mais caro do que um piso de cimento pintado de vermelhão, certo? Não necessariamente isso é verdade. Custos costumam estar associados à produção, volume, produtividade, insumos, impostos, encargos e todo o mais. Se as placas de porcelanato são feitas em maior quantidade e se a produtividade também é maior talvez seus custos não fossem tão elevados. Assim, aquele que tem um piso cimentado com vermelhão talvez pudesse por algumas placas em sua casa. Por que uma habitação popular deve ter uma cara de “pobre”? e uma mansão uma “cara” de rico? Aí entre em cena a questão dos padrões, que podem ser visuais, arquitetônicos e outros. Uma simples parede pintada de cor mais viva pode transformar um ambiente. Um telhado com um caimento mais pronunciado pode valorizar um projeto. Assim associa-se a arquitetura e o urbanismo ao tema das habitações e as questões de cidadania. 3. OBJETIVOS Busca-se neste artigo traçar um paralelo entre as construções, representadas por obras residenciais e os seus modelos e as classes sociais, e demonstrar, ao final, que esse paralelo é um paradigma que pode ser revisto, pois a qualidade pode caminhar lado a lado com os padrões construtivos das edificações, independentemente das classes sociais que as adquiram. Também se pretende apresentar uma relação entre os custos de uma habitação com
  • 9. 9 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos um padrão simples, edificada através de métodos tradicionais e com a introdução de novas tecnologias. Também se busca apresentar que por mais que os projetos sejam simples e os materiais empregados em uma edificação dita popular mais baratas, consegue-se manter um padrão de dignidade compatível com os conceitos de cidadania, objetivo maior do artigo, ao associar as habitações e as questões de cidadania. 4. METODOLOGIA A metodologia empregada abrange a revisão bibliográfica contemplando as questões e a apresentação de um estudo de caso, aplicado em Santa Catarina, no município de Navegantes, em um projeto de habitações populares. 5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Materiais com menores custos: Muitos têm sido os projetos utilizando materiais recicláveis ou resíduos de processos, compactados para a transformação em blocos de alvenaria, misturados à argamassa para o concreto armado, ou servindo de base para as fundações. Ressalta-se que são projetos interessantes e que podem servir para a redução dos resíduos gerados por essas indústrias e, por conseguinte, preservar o meio ambiente. Todavia, deve-se levar em consideração os impactos a médio e longo prazo que os componentes desses resíduos podem causar à saúde dos moradores, como no caso das areias empregadas na fabricação de moldes para a fundição ou escórias de aciaria. A proposta do Tijolo Ecológico, disponível no endereço eletrônico citado, surgiu em função de pressões ambientais pela redução do emprego da lenha no cozimento dos tijolos (http://www.new-ventures.org/UserFiles/File/Enterprise%20Portfolio/Tijolo%20ecologico%20- %20New%20Ventures%20Finalist.pdf, acesso em 26-06-2009, às 14:52). Assim, pela proposta as ditas agressões ambientais seriam atenuadas, como justificado pelo autor: · Proporcionar redução de custos na construção civil.
  • 10. 10 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos · Apresentar um produto economicamente viável com redução de custos da ordem de 40% (quarenta por cento) do total, incluindo dispensa de reboque na parede, argamassa e pintura, além da redução do custo unitário do Tijolo Ecológico. Em uma comparação em função dos custos de produção o autor chega aos seguintes números: Produto Custo por milheiro Tijolo convencional R$ 230,00 Tijolo ecológico R$ 180,00 Como justificativa para a redução dos impactos ambientais com o emprego da lenha para o cozimento do produto são apresentadas as seguintes considerações: Para o cozimento de um milheiro são consumidos de 1,5m3 a 1,8m3 de lenha Consumo de tijolos por casa popular: equivalente a 5 mil tijolos, o que totaliza um consumo de aproximadamente 9,0m3 de lenha. Como uma árvore de médio porte cortada para essa finalidade gera 1,0m3 de lenha, evita-se o corte de 9 árvores por cada casa construída. Uma segunda proposta é a da utilização de concreto auto-adensável em estruturas de edifícios com custos inferiores ao concreto convencional (http://www.realmixconcreto.com.br/downloads/Nova_Tecnica_Concreto_Auto_Adensavel.pdf ) (...) o uso do CAA traz vários benefícios: redução de custos, melhoria da qualidade das estruturas de concreto, diminuição de desperdícios, melhoria das condições de trabalho no canteiro de obras, redução da poluição e preservação do meio ambiente. O CAA é uma nova técnica que veio para ficar no mercado, pois uma vez compatibilizados os aspectos de produção, dosagem e custos não existem razões para se continuar utilizando o concreto convencional. (...) Esse tipo de argamassa possui melhor trabalhabilidade, facilitando o lançamento da mesma e aumentando a rapidez da conclusão dos serviços. Bonin & Amorim (2006), no volume 6 da Coleção HABITARE, da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído – ANTAC, que trata da Inovação Tecnológica na Construção Habitacional, apresentam uma série de projetos desenvolvidos com o apoio daquele órgão, como: O projeto Desenvolvimento de tecnologia para fabricação de telhas de fibrocimento, realizado sob a coordenação do Prof. Holmer Savastano Júnior, teve por objetivo o desenvolvimento de uma nova tecnologia de produção de telhas de cimento
  • 11. 11 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos reforçado com fibras de celulose e fibras sintéticas, utilizando o processo Hatschek modificado. Realizado em parceria com duas empresas de capital e tecnologia nacionais já presentes no mercado brasileiro, o projeto respondeu a uma demanda por uma nova tecnologia de produção de componentes de fibrocimento isentos de fibras de amianto, reconhecidas como nocivas à saúde humana. No relato dos resultados do projeto são descritos aspectos da formulação do compósito fibroso, da caracterização e seleção das fibras e da matriz cimentícia, da determinação das propriedades mecânicas, físicas e microestruturais do novo material e da comprovação do desempenho de componentes produzidos com o compósito. Embora não estejam detalhados neste relato publicado na Coletânea, são mencionadas pelos autores como presentes no escopo do projeto a formação de mão-de-obra qualificada para o setor produtivo e a assessoria tecnológica para a adaptação de uma linha industrial de produção utilizando o novo compósito desenvolvido. O projeto Desenvolvimento de componentes de edificações em fibra de sisal- argamassa a serem produzidos de forma autogestionária, realizado sob a coordenação da Prof.ª Suely da Silva Guimarães, teve por objetivo a pesquisa e a transferência de tecnologia para a utilização de compósitos de matrizes de argamassa reforçados com fibras de sisal na produção autogestionária de componentes para edificações, drenagem e irrigação. Neste projeto foi retomada pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Estadual da Bahia (ITCP-UNEB) uma linha de pesquisa desenvolvida pelo CEPED na década de 80 a partir da demanda de uma cooperativa popular, a Cooperativa de Produção dos Jovens da Região do Sisal (COOPERJOVENS). O relato dos resultados obtidos pelo projeto mostra alguns aspectos do processo de mobilização da cooperativa, da pesquisa de componentes com potencial de comercialização no mercado regional e da pesquisa para a melhoria das propriedades do compósito e para o desenvolvimento dos componentes. O projeto Sistema STELLA/UFSC: Avaliação e desenvolvimento de sistema construtivo em madeira de reflorestamento voltado para programas de habitação social, realizado sob a coordenação da Prof.ª Carolina Palermo Szucs, teve por objetivo a avaliação e o desenvolvimento de proposta construtiva em madeira de reflorestamento para a produção de habitações de interesse social. O projeto utilizou como referência o Sistema Stella Casa Pronta, produzido pela empresa Batistella e colocado no mercado para uma população de renda média a alta, procurando o seu barateamento sem perda de qualidade. No relato dos
  • 12. 12 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos resultados obtidos são descritas as etapas para a produção de um protótipo de habitação com componentes de madeira de reflorestamento, construído dentro do Campus da UFSC com o sistema estudado no projeto. Um resumo das avaliações realizadas sobre o protótipo construído é apresentado abordando aspectos do desempenho do espaço construído e do processo de construção dos seguintes subsistemas: piso, parede, entrepiso, telhado, instalações elétricas e instalações hidráulicas. O projeto Pesquisa e desenvolvimento de processos construtivos industrializados em cerâmica estrutural, realizado sob a coordenação do Prof. Humberto Ramos Roman, teve por objetivo oferecer ao mercado soluções construtivas otimizadas na forma de painéis cerâmicos pré-moldados, com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade, redução dos desperdícios e custos, e aumento de produtividade e competitividade, tanto para o setor de produção de componentes cerâmicos quanto para o setor de construção. O relato apresenta uma descrição geral da tecnologia de pré-fabricação de painéis cerâmicos planos e curvos para a construção de paredes e coberturas de edificações, apontando suas vantagens potenciais, seguida da descrição de detalhes técnicos do projeto de um protótipo projetado e construído dentro do Campus da UFSC com essa tecnologia. Nesta descrição do protótipo são comentadas características do canteiro de produção dos painéis cerâmicos, e fotograficamente ilustrados detalhes da fabricação, movimentação, armazenamento e montagem dos painéis. O projeto Alvenaria estrutural com blocos estruturais cerâmicos, realizado sob a coordenação do Prof. Paulo de Tarso Cronemberger Mendes, teve por objetivo introduzir, na construção civil do Piauí, componentes estruturais cerâmicos para serem empregados na produção de conjuntos habitacionais e casas populares em alvenaria estrutural. Com base em uma parceria firmada com o Sindicato da Indústria Cerâmica do Estado do Piauí, o projeto utilizou resultados anteriores de caracterização dos produtos cerâmicos comercializados na região e dos processos produtivos onde eles eram empregados. O relato descreve inovações introduzidas na fabricação de blocos estruturais cerâmicos, a realização de cursos de qualificação de mão-de-obra na produção de alvenaria estrutural e a construção de protótipos de demonstração para o meio técnico local das características da tecnologia. Também são apresentados resultados do controle tecnológico realizado sobre blocos cerâmicos estruturais e sobre prismas de alvenaria produzidos com estes blocos em diferentes canteiros de obras que demonstram a assimilação da inovação tecnológica pelo mercado local.
  • 13. 13 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos O projeto Construção de habitações de interesse social, realizado sob a coordenação do Prof. José Mario Doleys Soares, teve por objetivo a construção de um protótipo de demonstração de cada uma das quatro tipologias definidas em estudo anterior sobre as características de conjuntos habitacionais construídos nas principais cidades das sete regiões que compõem o Estado do Rio Grande do Sul. O relato do projeto descreve os aspectos de racionalidade e compatibilidade com a tradição material regional associadas à escolha da utilização da alvenaria cerâmica estrutural como tecnologia construtiva, e é justificada a escolha da produção dos protótipos em regime de mutirão para demonstrar a viabilidade e as vantagens da tecnologia nesta forma de produção. Embora a avaliação das unidades construídas ainda esteja em desenvolvimento, é apresentada a discussão de uma série de detalhes construtivos interferentes na qualidade das habitações, assim como aspectos da documentação técnica produzida para orientar a construção. O projeto Desenvolvimento de terminologia e codificação de materiais e serviços para construção, realizado sob a coordenação do Prof. Sergio Roberto Leusin de Amorim, teve por objetivo o desenvolvimento de uma terminologia e de um sistema de codificação de materiais e serviços para construção, oferecendo uma base segura para o desenvolvimento de sistemas de apoio à gestão da produção, em especial para a gestão do conhecimento na construção. O relato do projeto apresenta uma justificativa da realização de estudos de terminologia e classificação dos materiais, serviços e equipamentos utilizados na indústria da construção como uma etapa fundamental para a consolidação do domínio técnico nesta área de conhecimento, visando a facilitar a comunicação e, por conseqüência, o comércio e o controle da qualidade na produção. A partir da apresentação dos conceitos básicos adotados nos estudos desenvolvidos no projeto é descrita uma proposta de estrutura de classificação para os objetos relacionados com a produção do ambiente construído, e também um esquema de codificação dos objetos de forma coerente com esta estrutura de classificação. O projeto Aproveitamento de cinzas residuais de mineração em construção, realizado sob a coordenação da Prof.ª Janaíde Cavalcante Rocha, teve por objetivo desenvolver tecnologias apropriadas para reciclagem e aproveitamento de cinzas pesadas provenientes da queima do carvão mineral em usinas termelétricas e cinzas de casca de arroz empregadas como combustível em usinas beneficiadoras, para uso na produção de concretos
  • 14. 14 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos usinados, argamassas e artefatos pré-moldados de concreto. Infelizmente, a coordenadora do projeto declinou do convite para relatar, nesta Coletânea, os resultados obtidos no estudo realizado. Projetos com menores custos: Um projeto é um detalhamento de uma idéia de modo que essa seja executada de acordo com o imaginado. Em um projeto deve-se avaliar as questões de ampliação das construções no futuro, quando essas são iniciadas sem que se tenha recursos suficientes para a conclusão, deve-se também identificar os prováveis locais onde ficarão os móveis e a partir daí definir os pontos de luz, definir as dimensões das janelas para que os cômodos não fiquem muito escuros e quentes ou úmidos, e outros fatores mais. Um bom projeto é um forte indutor de redução de custos nas construções e de aumento de satisfação dos usuários. Segundo Couto & Couto (2007) A sociedade está cada vez mais consciente da importância da qualidade em todos os sectores de atividade, em particular no sector da construção. Essa tomada de consciência tenderá a traduzir-se, numa valorização do fator qualidade como critério de seleção dos fornecedores de produtos e serviços deste sector, dentre os quais sobressaem os edifícios. Apenas cerca de 3% dos custos totais envolvidos pela construção e exploração de um edifício correspondem à concepção, projeto e fiscalização. No entanto, a qualidade do projeto é primordial para a redução dos custos ao longo da vida útil do edifício. Hoje, reconhece-se que a falta de qualidade dos projetos se traduz, frequentemente, em descontrolo dos custos das obras e reduzida durabilidade. Estudos em diversos países, onde o controlo de projeto é mais apertado, concluíram que 40 a 50% dos custos necessários para a reabilitação das construções novas afetadas por defeitos dizem respeito a situações originadas por erros ou por omissões de projeto. Estes e outros estudos no mercado internacional comprovam que a melhoria de qualidade dos projetos influencia de forma drástica o custo total do investimento. Desta forma, para além da racionalização dos custos imediatos da obra (fase de construção), a necessidade de rever e melhorar a qualidade dos projetos coloca-se, também, em termos dos custos de manutenção. Nesse sentido, neste trabalho, faz-se uma abordagem aos novos desafios e exigências que os projetos enfrentam e identificam-se as principais causas da falta de qualidade das construções com origem na fase de projeto e que posteriormente se refletem no descontrolo dos custos de manutenção dos edifícios. Apresentam-se também linhas de conduta com vista a minorar a ocorrência e
  • 15. 15 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos impacto desses problemas e referem-se as vantagens de investir na revisão do projeto ou “peer review”, um conceito já solidamente implantado com sucesso noutros países. Greven & Baldauf (2007) Introdução à coordenação modular da construção no Brasil: uma abordagem atualizada, da Coleção HABITARE, da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído – ANTAC, quando tratam da questão modular, alternativa que se apresenta para as construções de habitações populares, assentadas em um terreno normalmente disponibilizado pela administração pública e normalmente escassos para maiores empreendimentos, assim se manifestam. Deve-se levar em consideração que a proposta do projeto é bem simples. Se um dos aspectos importantes no barateamento dos custos é o da padronização, ou modulação, por que se adotar um padrão? Em outro ponto, a partir do momento que se padronizam as áreas e dimensões pode se partir para o próximo passo que é o da produção seriada. Assim, produzindo-se maiores quantidades dos mesmos produtos consegue-se um produto final mais barato. Além disso, com a padronização reduzem-se os naturais desperdícios, que sempre foram um dos calcanhares de Aquiles da indústria da construção, por estarem esses em patamares elevados. O pedreiro prepara a concretagem da laje; o bombeiro hidráulico abre-a para a instalação das tubulações de água e esgoto; o eletricista abre-a também para a instalação dos conduítes e caixas de passagem. A cada “quebradeira” disparam os custos. A proposição de Greven & Baldauf (2007) é a seguinte: Estudos desenvolvidos por vários setores da indústria e da academia buscam definir as necessidades e as soluções para a cadeia da construção civil no Brasil. Esses trabalhos mostram que há problemas em todos os elos. O setor de insumos necessita melhorar a produtividade e a qualidade além de aumentar o valor agregado. A cadeia produtiva busca aumentar a produtividade, reduzir o custo dos insumos e, ao mesmo tempo, estar em conformidade com as normas vigentes. Enquanto isso o consumidor final anseia por edificações de melhor qualidade e menor preço. Uma das formas de atingir os objetivos acima é a busca da racionalização e industrialização da construção, de tal maneira que a construção de edificações possa aplicar efetivamente as melhores práticas tanto no projeto como na produção. Edificações projetadas não mais com o paradigma da produção em massa, mas em sintonia com o pensamento atual em sistemas de produção, a customização em massa. Em suma, procura-se permitir que o usuário possa efetivamente escolher o habitat que melhor se aproxima de seus anseios
  • 16. 16 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos individuais e, ao mesmo tempo, possibilitar um processo de projeto e produção com baixos níveis de perdas. Para que isso seja possível, é imprescindível, entre outras coisas, que os insumos estejam em conformidade com as normas e que estas contemplem os conceitos de Coordenação Modular. Além disso, esses conceitos devem ser incorporados nas práticas dos outros membros da cadeia produtiva: os projetistas e os construtores. O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a aprovar uma norma de Coordenação Modular decimétrica (módulo de 10cm), a NB-25R, em 1950. Nos anos 70 e início dos 80, o Banco Nacional da Habitação (BNH) patrocinou diversos estudos que destacaram a implementação da Coordenação Modular na construção como ferramenta importante para a racionalização. Essa filosofia teve grande expansão até o início da década de 70, começando a dar sinais de queda gradual a partir do seu final, intensificando-se com a recessão de meados da década de 80. Apesar das quase três dezenas de normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) sobre Coordenação Modular, vigentes há mais de 30 anos, essas raramente são utilizadas pelo meio técnico, seja pelos projetistas, seja pelos produtores de insumos para a construção civil. No princípio, a normalização não interessou ao setor da construção civil, que estava direcionado às classes mais privilegiadas. Além disso, a década de 70 também correspondeu à produção maciça de habitações de interesse social, que apresentava a característica oposta ao carecer de uma solução tecnológica que exprimisse a racionalização construtiva e a redução de custos. A tecnologia era precária e fez com que o tema Coordenação Modular fosse relacionado pejorativamente com as construções econômicas de baixa qualidade. Atualmente, a necessidade de redução de custos e de aumento da produtividade faz com que processos de racionalização e compatibilização construtiva e dimensional voltem a ser considerados. Poucos objetivos foram alcançados, mesmo com toda a promoção para a racionalização da construção. O fato é que, hoje, a indústria da construção civil apresenta-se como um setor de caráter heterogêneo em relação à sua produção, marcada, de um lado, por obras com um alto índice de produtividade e, de outro, por obras artesanais com altos índices de desperdício associados à baixa produtividade.
  • 17. 17 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Para que a construção civil torne-se apta a desempenhar o papel a que é exigida pela realidade moderna, é necessário que esteja capacitada a produzir edificações que, além de respeitarem condições indispensáveis – como habitabilidade, funcionalidade, durabilidade, segurança e acabamento –, também apresentem características relacionadas à produtividade, construtividade, baixo custo e desempenho ambiental, quesitos de grande importância, que atualmente representam um desafio para os profissionais da área. As questões econômicas dizem respeito à redução de custos em várias etapas do processo construtivo quando do uso da Coordenação Modular. Essa redução de custos ocorre seja por otimização do uso da matéria-prima, seja pela agilidade no processo de decisão de projeto ou compra dos componentes, seja por aumento da produtividade, seja por diminuição das perdas. 6. ESTUDO DE CASO O estudo de caso apresenta um projeto habitacional de casas populares, desenvolvido no segundo semestre de 2001 em Santa Catarina, na localidade de Porto das Balsas, no Município de Navegantes, vizinho ao de Itajaí, caracterizado por blocos de construções com duas habitações geminadas por bloco, com as seguintes características: 6.1. Características da Localidade: A localidade, Porto das Balsas, escolhida para a implantação do empreendimento dista aproximadamente 10km do centro da cidade de Itajaí, do outro lado do Rio Itajaí-Açu que separa os dois municípios, onde o meio de locomoção mais empregado pela população é o ferryboat. No bairro vive uma população de baixa renda, principalmente porque os terrenos à época eram mais baratos do que os demais em outras localidades, além do fato das pessoas estarem mais próximas do centro de Itajaí, que apresentava melhores condições de empregabilidade. Porém esse bairro, por estar mais distante da sede do município de Navegantes tinha uma baixa estrutura urbana. Assim, através de um projeto que se apresentava mais atraente em termos de custos, as possibilidades de venda dos imóveis foram maiores.
  • 18. 18 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Como atrativo adicional, obteve-se financiamento bancário através da Caixa Econômica Federal, com custo financeiro menor, por se tratar de construção habitacional de baixa renda. O folder distribuído para a divulgação do empreendimento é o apresentado a seguir, onde foram omitidos os telefones e endereço da empresa que comercializava o empreendimento. 6.2. Aspectos desfavoráveis ao desenvolvimento do projeto: No início das pesquisas para a implantação do empreendimento foram observados alguns aspectos desfavoráveis ao projeto, que, de certa maneira, contribuíram para a implantação de alterações conceituais e de projeto. As principais foram: · Pequeno desnível entre o terreno e o nível médio do canal; · Terreno com baixa capacidade de compactação, inviabilizando a opção por fundação direta em sapatas ou baldrames;
  • 19. 19 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos · Lençol d’água raso, prejudicando a drenagem do sistema de esgotamento sanitário, caracterizado por filtro, fossa e sumidouro; · Proximidade do mar e ambiente úmido podendo causar danos precoces nas argamassas de revestimento da alvenaria. 6.3. Aspectos favoráveis ao desenvolvimento do projeto: Da mesma forma que apresentado anteriormente os aspectos desfavoráveis, que de certa forma produziram algumas alterações conceituais, não só no formato da comercialização das unidades e nas estratégias estabelecidas, existiam fatores favoráveis ou atratores, como por exemplo: · Proximidade do centro da cidade de Itajaí, principal ponto de empregabilidade da mão-de- obra residente na localidade; · Facilidade de transporte, através do ferryboat, ligando a localidade ao centro da cidade de Itajaí. Da estação pelo lado de Itajaí ao centro dessa cidade os moradores tinham a opção de ônibus municipais, caminhada por não estar muito distante do centro de Itajaí, ou por bicicleta, veículo muito utilizado. · Carência de moradias na região; · Facilidade de obtenção de financiamento imobiliário. 6.4. Características do projeto: a) Resumo do Contrato O projeto foi anotado no CREA de Santa Catarina, com ART no 1923402-0, emitida para o profissional Antonio Fernando de Araújo Navarro Pereira, CREA/SC (visto) 58.802-1 [CREA original no 42.758-D-RJ], com o seguinte resumo do contrato: Contrato de prestação de serviços referentes à Execução de um condomínio residencial composto por 96 casas geminadas de 2 dormitórios com área individual de 49,12m2 , estando inclusos neste contrato os projetos arquitetônicos, hidrossanitário, elétrico, rede de drenagem, rede de esgoto, rede de água, sistema de tratamento de efluentes e pavimentação.
  • 20. 20 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos No lançamento inicial foram construídos 4 blocos, ou 8 residências geminadas, duas por bloco, comercializadas em aproximadamente 35 dias. b) Acompanhamento das atividades Pelas peculiaridades do projeto, do local e da forma de comercialização a empresa preparou uma das casas para ali estabelecer seu escritório local e possibilitar a visitação pelos clientes. Durante essas visitas os potenciais clientes eram entrevistados, com perguntas abertas e pré-formatadas, registradas em formulários específicos. As atividades eram acompanhadas constantemente pela equipe do empreendedor. No texto a seguir, extraído de uma ata de reunião de 13/09/2001 pode ser observado (excluídos os nomes dos participantes): (...) b) Obra Navegantes: Orçamento – Deverá ser definido o orçamento da construção das casas. Em princípio os orçamentos serão por bloco de duas casas, contemplando todos os custos envolvidos, acrescidos do custo de mão-de-obra e de materiais. Os responsáveis pelo assunto serão: Engº Navarro, Sr. A [empreiteiro] e Sr. B [comprador da empresa]. Kit Casa – O Engº Navarro e Sr. B [comprador da empresa] ficarão responsáveis pelo desenvolvimento do Kit Casa, abrangendo não só a obra de Navegantes como também todos os projetos que venham a empregar a mesma tecnologia e projeto. O Sr. A [empreiteiro] irá apoiar a elaboração do trabalho por já ter todos os custos envolvidos. Registro de Funcionários – Em função de problemas com Sindicato e legais todos os funcionários da obra deverão ser registrados. (Em visita à obra após a realização desta reunião o Empreiteiro informou que estará apresentando nova proposta de custos de mão-de- obra para a conclusão dos serviços das 8 casas, e para a construção de novas casas. O assunto será avaliado em reunião marcada para o dia 14 pelos Senhores: A, B , ... (...) c) Quantitativo de materiais empregados O quantitativo de materiais empregados na construção de cada bloco (conjunto de duas casas geminadas) é o apresentado a seguir: Área construída por bloco: 98,24 m2 – Área construída individual: 49,12 m2
  • 21. 21 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos FUNDAÇÃO Radier Concreto 18,0 MPA M3 17,00 Tela Q-92 M2 147,00 Impermeabilização com NeutroL GL 1,00 ESTRUTURA Aço CA-50 para canaletas e pilaretes 1/4" 12m BR 30,00 Arame recozido KG 1,00 ALVENARIA ESTRUTURAL Tijolo 11 x 12 x 24,5 PÇ 7.200,00 Tijolo 11 x 12 x 24,5 1/2 PÇ 500,00 Canaletas 11 x 12 x 24,5 PÇ 400,00 COBERTURA Laje pre-moldada para forro M2 126,00 Aço CA-50 para cobertura 4,2 mm 12m BR 56,00 Escoramento (escoras de eucalipto) PÇ 100,00 Concreto FCK 18,0 MPA M3 6,50 Sarrafo para telha -2,5 x 5,0 ML 450,00 Testeira 2,5 x 20 ML 53,00 Telhas PÇ 2.170,00 Pontaletes 5 x 5 ML 30,00 Goivas PÇ 37,00 1/2 telha PÇ 28,00 Arame recozido KG 5,00 Laje pre-moldada para bwc M2 3,12 Concreto para laje bwc M3 0,20 ESQUADRIAS Esquadria madeira - janelas e portas Janela- 1,5 x 1,20 UN 6,00 Janela- 1,0 x 1,0 UN 2,00 Janela basculante – 40 x 60 UN 2,00 Vistas para janelas -5 cm ML 88,80 Porta externa- 80 x 210 UN 4,00 Porta interna- 70 x 210 UN 4,00 Porta interna- 60 x 210 UN 2,00 Vidro liso 3mm M2 9,48 Puxadores para janelas UN 6,00 Trinco para janela de correr-cozinha UN 2,00 Ferrolho para basculante UN 2,00 REVESTIMENTO TETO E PAREDES Reboco nos tetos M3 1,88 Revestimento cerâmico Azulejo para cozinha e bwc M2 60,00 Piso cerâmico 30 x 30 cm M2 99,00 Rejunte para piso KG 50,00 Rejunte para azulejo KG 25,00 Argamassa KG 600,00 MUROS Bloco de concreto 10 x 19 x 40 UN 680,00
  • 22. 22 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Bloco de concreto 15 x 19 x 40 UN 140,00 FILTRO, FOSSA E SUMIDOURO Tijolo 06 furos 10 x 15 x 20 PÇ 1.100,00 Cimento KG 200,00 Areia média M3 2,00 Cal KG 40,00 Brita 04 M3 3,00 Brita 01 M3 0,50 Laje pré-moldada M2 6,00 Aço CA-50 para cobertura 4,2 mm 12 metros BR 11,00 DIVERSOS Cimento Cimento muro KG 225,00 Cimento estrutura e alvenaria estrutural KG 300,00 Cimento reboco teto e paredes KG 500,00 Areia M3 2,50 Areia média muro M3 1,20 Brita M3 0,20 Tábua de pinus M3 2,00 Cal hidratada KG 200,00 6.5. Aspectos inovadores: · Adoção de blocos com duas casas geminadas; · Emprego de uma placa de radier abrangendo a totalidade das duas casas, com espessura de 12cm, e com dimensões que superavam as construções em 40cm, de maneira a criar uma calçada externa, possibilitando maior limpeza ao redor, além de ampliar a distribuição das cargas sobre o terreno, com baixa capacidade de carga; · Emprego de tela soldada como ferragem do radier, facilitando a montagem; · Substituição das lajes tradicionais por laje inclinada com o mesmo caimento do telhado; · Eliminação de estrutura de madeira para o apoio das telhas, passando essas a serem fixadas sobre a laje através de arame. Para a montagem das telhas foram deixadas sobre a superfície da laje filetes de argamassa de 2 x 2, em substituição às ripas; · Redução da área de circulação interna para apenas 1m2 ; · Integração da cozinha com a sala, reduzindo paredes internas; · Emprego de tijolos cerâmicos estruturais da Bossi, que forneceu os blocos com as mesmas características para a montagem das vergas e contravergas. O fabricante forneceu também ½ tijolo para o fechamento das paredes;
  • 23. 23 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos · Eliminação de estruturas convencionais de pilares e vigas, com o preenchimento de concreto no interior dos blocos cerâmicos e adição de ferragem longitudinal; · Eliminação do emboço e reboco, substituídos pela aplicação de verniz de poliuretano sobre os tijolos com o preparo das superfícies por lixagem simples. Essas inovações possibilitaram uma redução dos custos de mão-de-obra e de materiais, facilitando a comercialização das unidades, além de reduzir os tempos de construção. 6.6. Problemas observados ao longo da construção: Os principais problemas observados ao longo da construção foram os apresentados a seguir, solucionados ao longo da obra: · Excesso de umidade ambiente que prejudicava a aplicação do verniz sobre os blocos cerâmicos; · Aparecimento de manchas devido ao cimento na superfície dos blocos; · Elevação do nível do canal acima do normal, fazendo com que fosse elevada a camada de aterro e a alteração no projeto do esgotamento sanitário; · Necessidade de tratamento prévio das madeiras das portas, janelas e rodapés em função da umidade ambiente; · Substituição dos arames deixados na laje para prender as telhas, substituindo-os por outro de maior diâmetro e qualidade; · Dificuldade no fornecimento de materiais em função das dificuldades de transporte pelo ferryboat; · Dificuldade de armazenamento de materiais, obrigando às compras e entregas serem parceladas, para o emprego semanal. 6.7. Acompanhamento dos prazos e insumos: O descritivo dos valores de construção de cada bloco é apresentado a seguir, segregado por etapa do projeto, com a descrição das atividades, os valores relativos a materiais e mão-de-obra, o somatório desses valores e o peso de cada um desses tópicos sobre o total do ítem:
  • 24. 24 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos a) Materiais empregados no projeto e seus respectivos custos, com a indicação dos percentuais relativos ao item específico Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 1 PRELIMINARES 1.1 LEGALIZACAO E APROVACAO DOS PROJETOS VB 1,00 10,00 10,00 10,00 7,69 1.2 PROJETOS (ELÉTRICOS/HIDRAULICO/ ARQUITETONICO)VB 1,00 50,00 50,00 50,00 38,46 1.3 LIGAÇÃO DE ÁGUA E LUZ TX 1,00 1.4 CONSUMO DE AGUA E LUZ DURANTE A CONSTRUÇÃOTX 1,00 70,00 70,00 70,00 53,85 T O T A L D O I T E M 0 1 70,00 60,00 130,00 1,01 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 2 TRABALHOS EM TERRA 2.1 ATERRO E COMPACTAÇÃO M3 100,00 6,35 635,00 635,00 100,00 T O T A L D O I T E M 0 2 635,00 635,00 4,95 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 3 FUNDAÇÃO 3.1 RADIER 3.1.1 CONCRETO FCK 18,0 MPA M3 17,00 118,00 2.006,00 2.006,00 84,82 3.1.2 TELA Q-92 M2 147,00 2,37 348,39 348,39 14,73 3.1.3 IMPERMEABILIZAÇÃO COM NEUTROL GL 1,00 10,50 10,50 10,50 0,44 T O T A L D O I T E M 0 3 2.364,89 2.364,89 18,43 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 4 ESTRUTURA 4.1 AÇO CA-50 PARA CANALETAS E PILARETES 1/4" 12 mBR 30,00 4,10 123,00 123,00 96,46 4.2 ARAME RECOZIDO KG 2,00 2,26 4,52 4,52 3,54 T O T A L D O I T E M 0 4 127,52 127,52 0,99 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 5 ALVENARIA ESTRUTURAL 5.1 TIJOLO 11X12X24,5 PÇ 7.200,00 0,274 1.972,80 1.972,80 90,92 5.2 TIJOLO 11X12X24,5 1/2 PÇ 500,00 0,219 109,50 109,50 5,05 5.3 CANALETAS 11X12X24,5 PÇ 400,00 0,219 87,60 87,60 4,04 T O T A L D O I T E M 0 5 2.169,90 2.169,90 16,91 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 6 COBERTURA 6.1 LAJE PRE-MOLDADA PARA FORRO M2 126,00 6,70 844,20 844,20 34,60 6.1.1 AÇO CA-50 PARA COBERTURA 4,2 MM 12 METROSBR 65,00 2,14 139,10 139,10 5,70 6.1.2 ESCORAMENTO (ESCORAS DE EUCALIPTO) PÇ 100,00 1,30 130,00 130,00 5,33 6.1.3 CONCRETO FCK 18,0 MPA M3 5,00 123,00 615,00 615,00 25,20 6.1.4 TELHAS PÇ 2.170,00 0,28 607,60 607,60 24,90 6.1.5 GOIVAS PÇ 37,00 0,80 29,60 29,60 1,21 6.1.6 1/2 TELHA PÇ 28,00 0,80 22,40 22,40 0,92 6.1.7 ARAME RECOZIDO KG 3,00 2,26 6,78 6,78 0,28 6.1.8 LAJE PRE-MOLDADA PARA BWC M2 3,12 6,70 20,90 20,90 0,86 6.1.9 CONCRETO PARA LAJE BWC M3 0,20 123,00 24,60 24,60 1,01 T O T A L D O I T E M 0 6 2.440,18 2.440,18 19,01 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 7 ESQUADRIAS 7.1 ESQUADRIA MADEIRA - JANELAS E PORTAS 7.1.1 JANELA- 1,5X1,20 UN 6,00 45,00 270,00 270,00 23,46 7.1.2 JANELA- 1,0X1,0 UN 2,00 34,00 68,00 68,00 5,91 7.1.3 JANELA BASCULANTE- 40X60 UN 2,00 9,00 18,00 18,00 1,56 7.1.4 PORTA EXTERNA- 80X210 UN 4,00 77,50 310,00 310,00 26,93 7.1.5 PORTA INTERNA- 70X210 UN 4,00 48,00 192,00 192,00 16,68 7.1.6 PORTA INTERNA- 60X210 UN 2,00 48,00 96,00 96,00 8,34 7.2 VIDRO LISO 3MM M2 9,48 17,93 170,00 170,00 14,77 7.3 PUXADORES PARA JANELAS UN 6,00 3,70 22,20 22,20 1,93 7.4 TRINCO PARA JANELA DE CORRER-COZINHA UN 2,00 1,70 3,40 3,40 0,30 7.5 FERROLHO PARA BASCULANTE UN 2,00 0,72 1,44 1,44 0,13 T O T A L D O I T E M 0 7 1.151,04 1.151,04 8,97 MÃO-DE-OBRAMaterial
  • 25. 25 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 8 REVESTIMENTO TETO E PAREDES 8.1 REBOCO NOS TETOS M3 1,88 52,00 97,76 97,76 9,78 8.2 REVESTIMENTO CERÂMICO 8.2.1 AZULEJO PARA COZINHA E BWC M2 58,00 4,10 237,80 237,80 23,80 8.2.2 PISO CERÂMICO 30X30 CM M2 102,00 4,60 469,20 469,20 46,95 8.3 REJUNTE PARA PISO KG 50,00 0,97 48,50 48,50 4,85 8.4 REJUNTE PARA AZULEJO KG 30,00 0,97 29,10 29,10 2,91 8.5 ARGAMASSA KG 600,00 0,195 117,00 117,00 11,71 T O T A L D O I T E M 0 8 999,36 999,36 7,79 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 9 MUROS 9.1 BLOCO DE CONCRETO 10X19X40 UN 750,00 0,45 337,50 337,50 81,78 9.2 BLOCO DE CONCRETO 15X19X40 UN 160,00 0,47 75,20 75,20 18,22 T O T A L D O I T E M 0 9 412,70 412,70 3,22 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 10. FILTRO, FOSSA E SUMIDOURO 10.1 TIJOLO 06 FUROS 10X15X20 PÇ 1.000,00 0,085 85,00 85,00 26,68 10.2 CIMENTO KG 200,00 0,25 50,00 50,00 15,70 10.3 AREIA MÉDIA M3 2,00 15,00 30,00 30,00 9,42 10.4 CAL KG 40,00 0,12 4,80 4,80 1,51 10.5 BRITA 04 M3 3,00 25,00 75,00 75,00 23,54 10.6 BRITA 01 M3 0,50 20,00 10,00 10,00 3,14 10.7 LAJE PRÉ-MOLDADA M2 6,00 6,70 40,20 40,20 12,62 10.8 AÇO CA-50 PARA COBERTURA 4,2 MM 12 METROSBR 11,00 2,14 23,54 23,54 7,39 T O T A L D O I T E M 10 318,54 318,54 2,48 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 11. INSTALAÇÃO ELÉTRICA 11.1 PADRÃO 11.1.1 ARMAÇÃO 1X1 C/ 01 ROLDANA PÇ 1,00 3,50 3,50 3,50 0,85 11.1.2 ARMAÇÃO 4X1 C/ 04 ROLDANAS PÇ 1,00 10,20 10,20 10,20 2,49 11.1.3 POSTE 7 MTS. CONCRETO PÇ 1,00 95,00 95,00 95,00 23,15 11.1.4 CINTA DE ALUMÍNIO PÇ 4,00 0,70 2,80 2,80 0,68 11.1.5 ELETRODUTO 3/4" BR 4,00 1,33 5,32 5,32 1,30 11.1.6 CURVA 180.º 3/4" PÇ 6,00 0,37 2,22 2,22 0,54 11.1.7 BUCHA ARRUELA 3/4" PAR 7,00 0,21 1,47 1,47 0,36 11.1.8 CAIXA MONOFÁSICA PÇ 2,00 12,00 24,00 24,00 5,85 11.1.9 CAIXA PARA ATERRAMENTO PÇ 1,00 7,50 7,50 7,50 1,83 11.1.10 CONJ. ABRAÇADEIRAS PARA CX. MONOFÁSICA CJ 2,00 2,46 4,92 4,92 1,20 11.1.11 DISJUNTOR 30A PÇ 2,00 2,90 5,80 5,80 1,41 11.1.12 HASTE TERRA BR 1,00 5,40 5,40 5,40 1,32 11.1.13 LUVA 3/4" PÇ 6,00 0,16 0,96 0,96 0,23 11.1.14 PARAFUSO PARA POSTE PÇ 6,00 1,35 8,10 8,10 1,97 11.1.15 PIMENTÃO PÇ 4,00 0,97 3,88 3,88 0,95 11.2 INST. ELÉTRICA DO BLOCO 11.2.1 CAIXA PARA 03 DISJUNTORES PÇ 2,00 4,20 8,40 8,40 2,05 11.2.2 FITA ISOLANTE 20 METROS RL 1,00 1,84 1,84 1,84 0,45 11.2.3 INTERRUPTOR DUPLO PÇ 2,00 1,97 3,94 3,94 0,96 11.2.4 INTERRUPTOR DUPLO + TOMADA PÇ 2,00 2,50 5,00 5,00 1,22 11.2.5 TOMADAS PÇ 22,00 1,06 23,32 23,32 5,68 11.2.6 INTERRUPTOR + TOMADA PÇ 2,00 1,57 3,14 3,14 0,77 11.2.7 CX. DE LUZ 2X4" PÇ 34,00 0,10 3,40 3,40 0,83 11.2.8 CX. DE LUZ 4X4" TETO PÇ 14,00 0,29 4,06 4,06 0,99 11.2.9 DISJUNTOR 15A PÇ 2,00 2,90 5,80 5,80 1,41 11.2.10 DISJUNTOR 20A PÇ 2,00 2,90 5,80 5,80 1,41 11.2.11 CORRUGADO 3/4" 50 MTS RL 3,00 6,90 20,70 20,70 5,04 11.2.12 FIO SÓLIDO 1,5 MM M 100,00 0,125 12,50 12,50 3,05 11.2.13 FIO SÓLIDO 2,5 MM M 200,00 0,197 39,40 39,40 9,60 11.2.14 FIO SÓLIDO 6,0 MM M 200,00 0,45 90,00 90,00 21,93 11.2.15 PLACA CEGA 2X4" PÇ 4,00 0,52 2,08 2,08 0,51 T O T A L D O I T E M 11 410,45 410,45 3,20 MÃO-DE-OBRAMaterial
  • 26. 26 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 12. INSTALAÇÃO HIDRÁULICA 12.1 ÁGUA 12.1.1 REGISTRO 3/4" GAVETA PÇ 2,00 10,50 21,00 21,00 3,37 12.1.2 REGISTRO 3/4" PRESSÃO PÇ 2,00 8,50 17,00 17,00 2,73 12.1.3 TEE 25MM X 1/2" AZUL PÇ 2,00 2,23 4,46 4,46 0,72 12.1.4 JOELHO 25MM X 3/4" AZUL PÇ 4,00 1,40 5,60 5,60 0,90 12.1.5 JOELHO 25MM X 1/2" AZUL PÇ 6,00 1,61 9,66 9,66 1,55 12.1.6 TEE 25MM PÇ 12,00 0,23 2,76 2,76 0,44 12.1.7 JOELHO 25MM PÇ 15,00 0,15 2,25 2,25 0,36 12.1.8 CURVAS 25MM PÇ 6,00 0,60 3,60 3,60 0,58 12.1.9 ADAPT. C/ FLANGE 25MM X 3/4" PÇ 6,00 2,51 15,06 15,06 2,42 12.1.10 ADAPT. C/ FLANGE 32MM X 1" PÇ 2,00 4,18 8,36 8,36 1,34 12.1.11 REGISTRO PLÁSTICO 25 MM ESFERA PÇ 2,00 4,00 8,00 8,00 1,28 12.1.12 CAIXA D'ÁGUA 250 LITROS FIBROCIMENTO PÇ 2,00 39,00 78,00 78,00 12,52 12.1.13 JOELHO 32MM PÇ 4,00 0,43 1,72 1,72 0,28 12.1.14 ADAPTADOR 25MM X 3/4" PÇ 6,00 0,15 0,90 0,90 0,14 12.1.15 LUVA 25MM X 3/4" AZUL PÇ 2,00 1,51 3,02 3,02 0,48 12.1.16 ADESIVO 175GR C/ PINCEL TIGRE TB 2,00 2,49 4,98 4,98 0,80 12.1.17 TUBO 25MM 6 METROS TB 4,00 5,35 21,40 21,40 3,43 12.1.18 TUBO 32MM 6 METROS TB 1,00 12,35 12,35 12,35 1,98 12.1.19 LUVA 25MM PÇ 10,00 0,15 1,50 1,50 0,24 12.1.20 CONJUNTO SANITÁRIO (PIA, COLUNA E BACIO) CJ 2,00 69,00 138,00 138,00 22,14 12.1.21 CAIXA DESCARGA ACOPLADA AKROS CJ 2,00 22,09 44,18 44,18 7,09 12.1.22 VÁLVULA CROMADA PARA LAVATÓRIO PÇ 2,00 2,70 5,40 5,40 0,87 12.1.23 TORNEIRA BÓIA 3/4" PÇ 2,00 2,58 5,16 5,16 0,83 12.1.24 FITA VEDAROSCA PÇ 4,00 0,62 2,48 2,48 0,40 12.1.25 JOELHO 25MM 45.º PÇ 10,00 0,20 2,00 2,00 0,32 12.2 ESGOTO 12.2.1 TEE 150MM ESGOTO PÇ 2,00 13,42 26,84 26,84 4,31 12.2.2 JOELHO 150MM ESGOTO PÇ 2,00 17,13 34,26 34,26 5,50 12.2.3 JOELHO 50MM ESGOTO PÇ 8,00 0,51 4,08 4,08 0,65 12.2.4 JOELHO 40MM ESGOTO PÇ 8,00 0,35 2,80 2,80 0,45 12.2.5 CAP 150 MM ESGOTO PÇ 2,00 10,70 21,40 21,40 3,43 12.2.6 CAP 100 MM ESGOTO PÇ 2,00 2,78 5,56 5,56 0,89 12.2.7 TUBO 100 MM ESGOTO 6 METROS TB 1,00 19,73 19,73 19,73 3,17 12.2.8 TUBO 150 MM ESGOTO 6 METROS TB 1,00 48,00 48,00 48,00 7,70 12.2.9 TUBO 40 MM ESGOTO 6 METROS TB 1,00 7,10 7,10 7,10 1,14 12.2.10 TUBO 50 MM ESGOTO 6 METROS TB 1,00 13,14 13,14 13,14 2,11 12.2.11 CAIXA SIFONADA 150X150X50MM PÇ 2,00 4,50 9,00 9,00 1,44 12.2.12 JOELHO 40MM 45.º ESGOTO PÇ 2,00 0,35 0,70 0,70 0,11 12.2.13 PROLONGAMENTO CX. SIFONADA 150MM PÇ 2,00 2,50 5,00 5,00 0,80 12.2.14 TEE 100X50MM ESGOTO PÇ 2,00 3,40 6,80 6,80 1,09 T O T A L D O I T E M 12 623,25 623,25 4,86 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 13. PINTURA 13.1 TINTA LATEX PAREDES E TETO L 36,00 1,75 63,00 63,00 15,15 13.2 FUNDO A ÓLEO PARA MADEIRA L 14,40 4,10 59,04 59,04 14,19 13.3 ZWINCRIL BX 1020 L 18,00 8,90 160,20 160,20 38,52 13.4 SOLVENTE L 3,00 2,48 7,44 7,44 1,79 13.5 LIXA 80/120 M 6,00 1,70 10,20 10,20 2,45 13.6 ESMALTE SINTÉTICO L 14,40 4,94 71,14 71,14 17,10 13.7 SELADOR ACRÍLICO L 18,00 1,94 34,92 34,92 8,40 13.8 ÁCIDO MURIÁTICO L 10,00 1,00 10,00 10,00 2,40 T O T A L D O I T E M 13 415,94 415,94 3,24 MÃO-DE-OBRAMaterial Preço total Item DISCRIMINAÇÃO UN QDE Preço UN. Sub-total Preço UN. Sub-total MAT + MO % 14. DIVERSOS 14.1 CIMENTO 14.1.1 CIMENTO MURO KG 225,00 0,25 56,25 56,25 8,86 14.1.2 CIMENTO ESTRUTURA E ALVENARIA ESTRUTURALKG 300,00 0,25 75,00 75,00 11,81 14.1.3 CIMENTO REBOCO TETO E PAREDES KG 500,00 0,25 125,00 125,00 19,68 14.2 AREIA 14.2.1 AREIA FINA M3 2,50 17,00 42,50 42,50 6,69 14.2.2 AREIA MÉDIA MURO M3 1,20 17,00 20,40 20,40 3,21 14.3 BRITA M3 0,20 20,00 4,00 4,00 0,63 14.4 TÁBUA DE PINUS M3 2,00 144,00 288,00 288,00 45,34 14.5 CAL HIDRATADA KG 200,00 0,12 24,00 24,00 3,78 T O T A L D O I T E M 14 635,15 635,15 4,95 T O T A L G E R A L 12.833,92 100,00 MÃO-DE-OBRAMaterial O cronograma físico da obra, considerado por bloco é o seguinte, incluindo-se não só os dias de serviços despendidos na execução de cada uma das atividades, como também o efetivo de pessoal para a execução das atividades. Em uma situação com a maior coincidência
  • 27. 27 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos de atividades, a equipe máxima para a construção de um bloco com duas residências foi de 7 pessoas, incluindo o encarregado das atividades. b) Cronograma de execução dos serviços O tempo máximo de execução de cada bloco de construção com duas residências geminadas, desde a limpeza do terreno até a limpeza da obra para a entrega aos compradores foi de 30 dias. A casa era entregue com a instalação da água e da luz já em funcionamento e no nome dos compradores, representando esse um grande diferencial no atendimento aos clientes: CustoVariação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Qde R$/d Qde R$/d Qde R$/d Qde R$/d Qde R$/d Qde R$/d MO (*) % Limpeza/preparação do terreno 2 32,00 0 53,00 0 60,00 0 60,00 0 53,00 0 53,00 128,00 Fundação (radier) 2 32,00 1 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 53,00 510,00 Instalação hidráulica 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 0 0,00 120,00 Alvenaria 2 32,00 2 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 53,00 3.345,00 Instalação de esgoto 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 0 0,00 120,00 Instalação elétrica 0 32,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 120,00 Fossa/filtro/sumidouro 2 32,00 1 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 351,00 Muro externo 2 32,00 1 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 351,00 Laje de cobertura 2 32,00 2 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 53,00 892,00 Telhado 2 32,00 2 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 53,00 669,00 Reboco da laje 2 32,00 1 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 181,00 Instalação de portas e janelas 1 32,00 1 53,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 85,00 impermeabilização/rejunte 2 32,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 64,00 Pintura 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 53,00 1 53,00 795,00 Ligação de água 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 0 0,00 60,00 Ligação de Luz 0 0,00 0 0,00 1 60,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 60,00 Limpeza da obra e terreno 1 32,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 32,00 7.883,00 Prazo de execução de cada etapa dos serviços (em dias) Serventes Cronograma físico - Obra Navegantes - para cada bloco de duas casas Encarregado Quantidade de operários Pedreiros Eletricista Encanador Pintor Total Atividades 6.8. Diferenciais apresentados: · Imóvel entregue com instalações de água e luz em funcionamento; · Entrega de caderno com as plantas e as instruções para a operação das instalações do imóvel juntamente com as chaves; · Entrega ao cliente do compromisso de qualidade fornecido pela construtora e um questionário onde podem ser indicados os problemas observados e as considerações e elogios, se desejável; · Entrega das chaves através de documento onde é evidenciado a vistoria do imóvel pelo cliente; · A construtora desenvolveu uma série de procedimentos e instruções, como apresentado nos anexos: 6.9. Principais ganhos obtidos com a implantação do projeto:
  • 28. 28 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Vários foram os benefícios obtidos pela população local, obtidos direta e indiretamente com a implantação do projeto. Como principais destaca-se o fato do padrão das moradias haver mudado para melhor, e que na localidade passaram a se instalar comércios com um melhor padrão, não só construtivo como também de produtos comercializados. Anexos: Anexo 1 – Check list parcial de recebimento de materiais Anexo 2 – Lista Mestra de procedimentos adotados pela construtora Anexo 3 – Caderno de procedimentos de execução de serviços controlados Anexo 4 – Autorização do fabricante dos blocos cerâmicos para o emprego dos mesmos nesse tipo de construção e do treinamento a que foram submetidos os engenheiros responsáveis pelo projeto Anexo 5 – Anotação de Responsabilidade Técnica do Projeto – CREA/SC 7. CONCLUSÕES Um dos aspectos mais estudados pela gerência da construtora foi o fato do lançamento ter sido um sucesso, com a comercialização dos quatro blocos em aproximadamente 35 dias. Por que ocorreu esse sucesso de vendas, em um momento com grandes incertezas econômicas, mercado retraído pela elevação do dollar e baixo nível de turismo, já que o país onde vinha o maior número de turistas, Argentina, estava atravessando um momento de crise? Várias foram as causas. Em primeiro lugar, desde a concepção do projeto, à fase de construção e a entrega das obras sempre se teve como elemento fundamental a questão da cidadania. Mesmo em se tratando de imóveis de baixo custo houve uma grande preocupação para que o projeto oferecesse todo o conforto aos moradores. Desta maneira passaram a ser adotadas as seguintes premissas: A adoção de uma laje inclinada, incorporada ao telhado, propiciando que a altura mínima do piso à laje, junto à porta de entrada fosse de 230cm e, na linha de cumieira fosse
  • 29. 29 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos de 450cm. Isso possibilitava uma ventilação interna adequada, com a residência sempre ventilada. O posicionamento das janelas favorecia a ventilação natural. Incorporação ao radier de uma calçada a toda a volta do imóvel, mantendo o entorno sempre limpo, mesmo em época de chuvas fortes. Integração da cozinha à sala, com a inserção de um detalhe arquitetônico diferenciando os ambientes, através de azulejos em apenas duas paredes na cozinha. Criação de uma varanda à frente da porta da sala e de uma área de serviço à frente da porta da cozinha, possibilitando uma noção de maior amplidão dos espaços, com as portas abertas. Posicionamento dos blocos de modo que um morador de um dos blocos não tivesse a visão franca da residência mais próxima. Além da manutenção da privacidade houve um ganho adicional com a circulação das correntes de vento entre os blocos. Todos os blocos foram construídos com alvenaria de blocos cerâmicos revestidos de verniz, dando-lhes uma aparência moderna e atraente. O fundo da laje incorporada ao telhado foi pintada em cores claras, sobre um chapisco interior, único revestimento adotado, afora o verniz na alvenaria e dos azulejos em parte da cozinha e no banheiro. O menor quarto foi dimensionado com 9m2 . Permitindo que uma família média pudesse ter o necessário conforto. Nesses cômodos a definição do posicionamento das portas e janelas levou em consideração a possibilidade de uma parede de meios comprimento para um armário. Tanto a cozinha quanto o banheiro foram entregues com as peças instaladas e as torneiras e registros já posicionados e em funcionamento. A busca pelo atendimento aos anseios dos compradores, pessoas de baixa renda, o respeito às suas opiniões, através de entrevistas ocorridas antes do lançamento do empreendimento, durante a construção e após a entrega das obras foi importante para a comercialização dos imóveis, inclusive porque perceberam que suas sugestões passaram a ser incorporadas ao projeto.
  • 30. 30 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Por fim, deve-se enfatizar a transparência das ações, com as obras abertas e franqueadas às visitas. O comprador podia acompanhar a evolução de sua construção diariamente. Os moradores das vizinhanças acompanhavam cada passo da construção. A questão da cidadania é importante nesses processos. A reação das pessoas quando percebem que são importantes e consideradas altera substancialmente o relacionamento com a construtora, facilitando bastante a solução dos vários problemas que podem ocorrer durante a construção. O fato de a construção ser “mais barata” não significa que o produto final tenha baixa qualidade e que o comprador não seja importante. Há inúmeros exemplos onde se consegue reduzir os custos e aumentar a produtividade através de ações bem simples, que começam com: · Renegociação com os fornecedores; · Redução das margens de lucro; · Busca dos materiais de menor custo, mantendo-se a qualidade dos mesmos; · Elaboração de adequados projetos, que contemplem a racionalização dos serviços. Somente com a revisão dos conceitos e a quebra de paradigmas é que irá se atender ao objetivo maior, de atender desigualmente os desiguais, tratando-os com respeito e observando as questões de cidadania. Somente assim poder-se-á integrar as habitações e as questões de cidadania. 8. BIBLIOGRAFIA ALDAUF, A. S. F. Contribuição à implementação da coordenação modular da construção no Brasil. 146 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5706: Coordenação Modular da construção: procedimento. Rio de Janeiro, 1977. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5725: Ajustes modulares e tolerâncias: procedimento. Rio de Janeiro, 1982. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Síntese da Coordenação Modular. Rio de Janeiro, [1975].
  • 31. 31 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO; CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO BOUWCENTRUM. Plano da Coordenação Modular da Construção. BNH/CBC, 1. etapa, 20 jan. 1970. BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO; INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E GERENCIAL. Coordenação modular da construção. Rio de Janeiro: BNH/IDEG, 1976. BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO; INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E GERENCIAL. Elementos para a avaliação do impacto da racionalização e da Coordenação Modular na indústria de materiais de construção. Rio de Janeiro: BNH/IDEG, jul. 1978. BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO; INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E GERENCIAL. A Coordenação Modular da construção: síntese para divulgação. Rio de Janeiro: BNH/IDEG, jan. 1980. BIERMANN, V. et al. Teoría de la arquitectura: del renacimiento a la actualidad. Köln: Taschen, 2003. BRUNA, P. J. V. Arquitetura, industrialização e desenvolvimento. São Paulo: Perspectiva, 1976. BUSSAT, P. Die Modulordnung im Hochbau. Stuttgart: Karl Krämer, 1963. CAMPOS, M. L. A. A organização de unidades do conhecimento em hiperdocumentos: o modelo conceitual como um espaço comunicacional para realização da autoria. 2001b. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) - CNPq/IBICT, Universidade Federal do Rio de Janeiro/ECO, Rio de Janeiro, 2001b. Disponível em: < http://www.conexaorio.com/biti/tertulia/tertulia.htm>. Acesso em: 14 mar. 2003. CAPORIONI; GARLATTI; TENCA-MONTINI. La coordinación modular. Barcelona: GG, 1971. CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO BOUWCENTRUM. Noticiário da Coordenação Modular. São Paulo: BNH/CBC, n. 1, dez. 1969. CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO BOUWCENTRUM. Noticiário da Coordenação Modular. São Paulo: BNH/CBC, n. 2, jan. 1970a. CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO BOUWCENTRUM. Noticiário da Coordenação Modular. São Paulo: BNH/CBC, n. 12-13, nov./dez. 1970b.
  • 32. 32 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO BOUWCENTRUM. Plano de implantação da Coordenação Modular. BNH/CBC, 1. fase, 2. etapa, 3. volume, 1970c CIB. CIB Master List of Headings for the Arrangement and Presentation of Information in Technical Documents for Design and Construction. CIB Report. Publication 18:1993. Council Directive 89/106/CE. (1988). European Construction Products Directive, 1993. Disponível em: <http://europa.eu.int/comm/enterprise/construction/internal/cpd/cpd.htm>. Acesso em: 14 mar. 2003. CORVACHO, H.; SOUSA, H.; COSTA, J. M. et al. O Projecto CIC-NET: rede de cooperação estratégica entre empresas do processo de construção. Porto: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Departamento de Engenharia Civil, 2002.
  • 33. 33 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Anexo 1 Check list [parcial] de materiais aplicado no recebimento dos mesmos pela construtora e no recebimento no canteiro de obras Materiais e/ou insumos Lista de verificação Aço para concreto armado q conformidade com a requisição, q fornecedor, q quantidade, q bitola, q procedência, q aspecto de corrosão, q acondicionamento sobre toras de madeira Arames q conformidade com a requisição, q fornecedor, q quantidade, q bitola, q procedência, q aspecto de corrosão, q acondicionamento em prateleiras Argamassa de assentamento q conformidade com a requisição, q fornecedor, q volume, q granulometria, q procedência, q validade, q forma de acondicionamento em masseiras, q tempo de descanso da argamassa Argamassa de reboco q conformidade com a requisição, q fornecedor, q volume, q granulometria, q procedência, q validade, q forma de acondicionamento em masseiras, q tempo de descanso da argamassa Argamassa de rejunte q conformidade com a requisição, q fornecedor, q volume, q granulometria, q procedência, q validade, q embalagem, q forma de acondicionamento em sacos, q tempo de descanso da argamassa Azulejos cerâmicos q conformidade com a requisição, q fornecedor, q quantidade, q dimensões, q formas geométricas, q tonalidades rugosidade, q imperfeições da superfície, q procedência, q integridade da embalagem, q sinais de deterioração das embalagens, q sinais de danos ao produto, q formas de acondicionamento em caixas de papelão sobre estrados Bloco cerâmico estrutural q conformidade com a requisição, q fornecedor, q quantidade, q dimensões que não podem variar mais de que 3 mm, q formas geométricas, q tonalidades, q procedência, q percentual de danos/quebras inferiores a 1%, q forma de acondicionamento sobre piso nivelado
  • 34. 34 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Anexo 2 Lista mestra de procedimentos adotados pela construtora Nº Nº da Norma Título Folha 1. PQ 01 Política da Qualidade - Capa 2. PQ 01 Política da Qualidade - Selo do PBQP - H 3. PQ 01 Política da Qualidade - Termo de Adesão 4. PQ 01 Política da Qualidade - Carta de prorrogação 5. PQ 01 Política da Qualidade - Apresentação da MS 6. PQ 01 Política da Qualidade - Política da Qualidade 7. PQ 01 Política da Qualidade - Comprometimento da MS com a Política da Qualidade 8. PQ 01 Política da Qualidade - Introdução parte A 9. PQ 01 Política da Qualidade - Introdução parte B 10. PQ 01 Política da Qualidade - Objetivos da Mendes Sibara 11. PQ 01 Política da Qualidade - Indicadores da Qualidade 12. PQ 01 Política da Qualidade - Comitê da Qualidade 13. PQ 01 Política da Qualidade - Ata de reunião do Comitê da Qualidade 14. PQ 01 Política da Qualidade - Administração e Controle do Sistema da Qualidade 15. PQ 01 Política da Qualidade - Análise Crítica pela Administração 16. PQ 01 Política da Qualidade - Análise Crítica do Sistema da Qualidade 17. PQ 01 Política da Qualidade – Treinamento - Treinamento Comportamental, Operacional 18. PQ 01 Política da Qualidade – Treinamento - Registro da atividade de treinamento 19. PQ 01 Política da Qualidade – Treinamento - Planejamento das atividades de treinamento 20. PQ 01 Política da Qualidade – Treinamento - Solicitação de Assistência Educacional 21. MQ 01 Manual da Qualidade – Capa 22. MQ 01 Manual da Qualidade – Índice 23. MQ 01 Manual da Qualidade – Apresentação 24. MQ 01 Manual da Qualidade – Referências 25. MQ 01 Manual da Qualidade - Objetivo do Manual 26. MQ 01 Manual da Qualidade - Organograma da Mendes Sibara 27. MQ 01 Manual da Qualidade - Objetivos macro dos cargos 28. MQ 01 Manual da Qualidade - Responsabilidades e Atribuições 29. MQ 01 Manual da Qualidade - Organograma da Obra 30. MQ 01 Manual da Qualidade - Responsabilidade da Administração 31. MQ 01 Manual da Qualidade - Contratos - Análise Crítica de Contrato 32. MQ 01 Manual da Qualidade - Contratos - Contrato de fornecimento de mão-de-obra 33. MQ 01 Manual da Qualidade - Contratos - Contrato de fornecimento de materiais e insumos 34. MQ 01 Manual da Qualidade - Contratos - Rotina de Contratação de Empreiteiros 35. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Aquisição, cadastramento de fornecedores e verificação do produto adquirido 36. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Qualificação de fornecedores de materiais 37. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Relatório de Tomada de Preços 38. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Requisição de Material 39. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Pedido de Compras 40. MQ 01 Manual da Qualidade - Materiais - Recebimento de Materiais 41. MQ/MA 03/07 Manual da Qualidade - Materiais - Controle de Produtos fornecidos pelo Cliente 42. MQ/MA 03/08 Manual da Qualidade - Materiais - Inspeção e Ensaios 43. MQ/MA 03/09 Manual da Qualidade - Materiais - Controle de produto não-conforme 44. MQ/MA 03/10 Manual da Qualidade - Materiais - Materiais obrigatoriamente controlados
  • 35. 35 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos 45. MQ/MA 03/11 Manual da Qualidade - Materiais - Identificação e rastreabilidade de produtos 46. MQ/NO 04/01 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Planejamento e administração / controle de processos 47. MQ/NO 04/02 Manual da Qualidade- Normas de Obra - Controle de projeto 48. MQ/NO 04/03 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Ata de reunião do Comitê de Análise de Projeto 49. MQ/NO 04/04 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Serviços obrigatoriamente controlados 50. MQ/NO 04/05 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Procedimentos para os serviços obrigatoriamente controlados 51. MQ/NO 04/06 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Uso de Instalações – Banheiro 52. MQ/NO 04/07 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Uso de Instalações – Depósito de Material 53. MQ/NO 04/08 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Uso de Instalações – Refeitório 54. MQ/NO 04/09 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Uso de Instalações – Vestiário 55. MQ/NO 04/10 Manual da Qualidade - Normas de Obra - Utilização de Uniformes 56. MQ/NO 04/11 Manual da Qualidade – Procedimentos - Rotina de Admissão de funcionários 57. MQ/NO 04/12 Manual da Qualidade – Procedimentos - Rotina de Demissão de funcionários 58. MQ/NO 04/13 Manual da Qualidade – Procedimentos - Termo de entrega das chaves 59. MQ/NO 04/14 Manual da Qualidade – Procedimentos - Manual de entrega das chaves 60. MQ/NO 04/15 Manual da Qualidade - Procedimentos - Termo de compromisso de entrega da obra 61. MQ/AU 05/01 Manual da Qualidade - Auditoria - Auditorias Internas da Qualidade 62. MQ/AU 05/02 Manual da Qualidade - Auditoria - Avaliação de Auditores do Sistema da Qualidade 63. MQ/AU 05/03 Manual da Qualidade - Auditoria - Lista de pendências 64. MQ/AU 05/04 Manual da Qualidade - Auditoria - Memorando de transmissão de documentos 65. MQ/AU 05/05 Manual da Qualidade - Auditoria - Circular de comentários 66. MQ/AU 05/06 Manual da Qualidade - Auditoria - Controle de documentos e dados 67. MQ/AU 05/07 Manual da Qualidade - Auditoria - Controle de registros da Qualidade 68. MQ/AU 05/08 Manual da Qualidade - Auditoria - Ação corretiva e ação preventiva 69. MQ/AU 05/09 Manual da Qualidade - Auditoria - Controle de documentos emitidos 70. MQ/AU 05/10 Manual da Qualidade - Auditoria - Controle de revisão de documentos do sistema da qualidade 71. MQ/AU 05/11 Manual da Qualidade - Auditoria - Rotina de revisão de documentos 72. MQ/AU 05/12 Manual da Qualidade - Auditoria - Formulário de sugestões 73. MQ/AU 05/13 Manual da Qualidade - Auditoria - Relatório de não-conformidade Elaboração: AFANP Revisão: Aprovação: LAM Rubrica Rubrica Rubrica
  • 36. 36 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Anexo 3 Caderno de Procedimentos de execução de serviços controlados Aprovação: 11/03/02 Substitui Datada De: 00/00/00 Aplicação DIRETORIA, GERÊNCIA ADMINISTRATIVA, GERÊNCIA TÉCNICA, COMPRAS, QUALIDADE, GERÊNCIA DE OBRAS RESIDENCIAIS, GERÊNCIA DE OBRAS ESPECIAIS, GERÊNCIA DE OBRAS PREDIAIS, PROJETOS. 1. SUMÁRIO: Aplicação: Diretoria, Gerência Administrativa, Gerência Técnica, Compras, Qualidade, Gerência de Obras Residenciais, Gerência de Obras Especiais, Gerência de Obras Prediais, Projetos 1. Sumário 2. Objetivo 3. Normas e ou documentos complementares 4. Definições 5. Condições gerais 5.1 Conscientização dos funcionários 5.2 Execução e controle dos processos 5.2.1 Serviços obrigatoriamente controlados 5.2.2 Projeto básico a) Locação de obra b) Limpeza de terreno c) Marcação do terreno d) Escavação e) Execução das fundações f) Execução das formas g) Montagem das armaduras h) Concretagem das peças estruturais i) Execução de alvenarias não estruturais e de divisória leve j) Execução de alvenaria estrutural k) Execução de revestimento interno de área seca l) Execução de revestimento interno de área úmida m) Execução de revestimento externo n) Execução de contrapiso
  • 37. 37 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos o) Execução de revestimento de piso interno de área seca p) Execução de revestimento de piso interno de área úmida q) Execução de revestimento de piso externo r) Execução de forro s) Execução de impermeabilização: t) Execução de cobertura de telhado u) Colocação de batentes e portas v) Colocação de janelas x) Pintura interna e externa y) Execução de Instalações elétricas z) Execução de Instalações hidro-sanitárias z.1) Instalação Sanitária z.2) Instalação Hidráulica 6. Padrões aplicáveis
  • 38. 38 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Anexo 4
  • 39. 39 de 39 As habitações e as questões de cidadania: projetos cidadãos Anexo 5