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A sociedade é um complexo entrelaçamento de todos
                  os intricados padrões
            de relações sociais humanas;
              um homem poderá atuar
               de um modo econômico,
             ou de um modo religiosos,
               ou de um modo político
          – mas continua sendo um homem
           em relação com outros homens
     e as suas atividades têm esse foco comum.
Poderemos estudar
       essas relações sociais isoladamente,
        em certa medida, a fim de elaborar
 as nossas bem arrumadas tabelas estatísticas e os
              nossos dados sociológicos.
                     Entretanto,
        quaisquer juízos finais formulados
               na base desses dados,
            a respeito de causa e efeito,
devem estar atentos à totalidade das relações e não
             apenas a uma ordem destas.
                 (Morrish, 1975, p. 17)
A
sociedade e as relações sociais
    vistas por esse ângulo,
  nos levam a compreender
      uma outra questão
 de fundamental importância
na vida das criaturas humanas.
A influência das coisas sobre os homens,
  já pelos processos, já pelos resultados,
                 é diversa
daquela que provém dos próprios homens.

            EDUCAÇÃO
    Ação dos membros de uma
mesma geração, uns sobre os outros,
 difere da que os adultos exercem
 sobre as crianças e adolescentes.
          (Durkheim, 1973, p. 330)
Refletindo sobre
       tudo o que foi dito anteriormente
  e olhando as sociedades contemporâneas,

     a cultura capitalista põe a ciência
em destaque, mostrando que a vida moderna
      só pode ser entendida pela ótica
          dos métodos científicos
                 e, com isso,
    a educação deixa de refletir apenas
            os valores religiosos
    como no tempo da sociedade feudal
       para ter a ciência como base.
Será nesse contexto ideológico
da nascente sociedade industrial
  que se manifesta instituição
responsável por essa educação:
                 a



        ESCOLA
       (Meksenas, 1988, p. 30)
EDUCAÇÃO:
um objeto de estudo para a
       SOCIOLOGIA
O que diz Émile DURKHEIM?
              (1973, pp. 89, 90 e 91)


                                        EDUCAÇÃO
        EDUCAÇÃO

  Quer se trate dos fins, a que vise,
quer se trate dos meios que empregue,
  é sempre às necessidades sociais
            que ela atende;
  são idéias e sentimentos coletivos
           o que ela exprime.
É, pois, ao estudo da sociedade
que o pedagogo deve voltar-se,
 pois somente nele encontrará
          a razão de ser
     de suas especulações.
As transformações profundas


            que as
 sociedades contemporâneas
      têm experimentado,
  e estão para experimentar,
necessitam de transformações
     correspondentes nos
      planos de educação.
Não se trata de realizar
           idéias formadas,
                  mas
         de encontrar mesmo
        idéias que nos guiem.
         E como descobri-las
      se não remontarmos até
a origem mesma da vida educativa,
                 isto é,
     à evolução da vida social?
É à sociedade, pois,
 que devemos interrogar;
são as suas necessidades
 que devemos conhecer,
    porquanto a elas
é que nos cumpre atender.
Jamais
a cultura sociológica
  foi tão necessária
     ao educador
       como hoje.
E, segundo Ivor Morrish,
             (1975, p. 231)




   A sociedade não é composta
de um certo número de instituições
      em completo isolamento
         umas das outras,
embora seja verdade que algumas
    tendem a ser mais isoladas
          do que outras.
Do mesmo modo,
a escola não dever ser vista
           isolada
   do resto da sociedade,
  embora algumas escolas
 e alguns tipos de escolas
  estejam mais envolvidos
        do que outros
    na comunidade total.
em nossa sociedade,
                          À medida
é uma instituição artificial estabelecida
                         que a escola,
       para fins de socialização
       e transmissão de cultura,
deve ter relações com as organizações
    políticas e quase políticas que,
   quer através do governo central
      ou da administração local,
          controlam as formas
   e os meios de educação formal.
IDEOLOGIA
    e
 EDUCAÇÃO
POSITIVISMO:
a visão de DURKHEIM
       (1858-1917)
Vivendo numa sociedade em desordem,
ele preocupou em buscar a ordem das coisas.




            FUNCIONALISMO



 A sociedade é um imenso CORPO SOCIAL.
 Se toda a anatomia social funcionar bem,
        o corpo todo será saudável.
Para DURKHEIM

                                Cada
      A                      instituição
 sociedade                      tem
      é                     uma função.
constituída
     de                           Elas
instituições.                      se
                                completam.
Portanto,

      uma sociedade é saudável quando
suas instituições funcionam harmonicamente.
       E isso só será possível se houver

  uma consciência coletiva: moral social,
        divisão do trabalho social,
          solidariedade orgânica.
 Valores e ideais compartilhados por todos
       como corretos e verdadeiros.
Uma sociedade enferma precisa de um
   sociólogo, o médico da sociedade.

       Tarefa do sociólogo


Diagnosticar os males da sociedade:
     observar a moral social,
      analisá-la, classificá-la
                  e
 propor um plano de regeneração.
E à ESCOLA,
             cabe fazer o quê?

 Elemento adaptador       Socialização metódica
e normalizador básico      das novas gerações.
    na integração         Diante da diversidade,
 indivíduo-sociedade.    constituir um ser social.


  A educação perpetua e reforça no indivíduo
um modo de ser fundamental para a vida coletiva.
Esse modo de ser,
      de ver
        e
 de ler o mundo
         é


IDEOLOGIA
Em posição oposta a Durkheim,


MATERIALISMO DIALÉTICO

 encontra-se o pensamento de
         KARL MARX
               e
       Frederico Engels
O materialismo dialético e histórico
      é o método de investigação
         da vida em sociedade.


           KARL MARX
                (1818-1883)


Concepções formuladas a partir da análise
         da sociedade capitalista.
 Daí, como conseqüência, o pensar crítico
     a educação e a escola capitalista.
Nesse sentido,

             IDEOLOGIA


  Sistema de opiniões, de idéias e conceitos
          professados por uma classe
           ou por um partido político.
   As opiniões políticas, a filosofia, a arte,
  a religião, constituem formas da ideologia.
Para MARX,
       toda ideologia é o reflexo da
 existência social, do sistema econômico
que predomina em determinado momento.

    Consciência, idéias e valores
   resultam das relações sociais.

  Numa sociedade de classes, a ideologia
é ideologia de classe: exprime e defende os
       interesses da classe dominante.
Assim,
               a classe dominante
       utiliza os meios de comunicação
            de massa, por exemplo,
       para impor suas idéias e valores
     como sendo os únicos e verdadeiros,
 na tentativa de fazer com que todos pensem,
              olhem e lêem o mundo
            a partir de seus valores.
A

               EDUCAÇÃO
          está entre os meios utilizados
pela classe dominante para inculcar suas idéias e
                      valores.

         Nas sociedades capitalistas,
    regras de funcionamento das escolas,
     conteúdos e propostas pedagógicas
        reproduzem as desigualdades
      produzidas pela própria sociedade.
EDUCAÇÃO
      e
classes sociais
Para encontrar uma educação

  Para   absolutamente homogênea
DURKHEIM
 (1973, p. 77)
                          e
                     igualitária,
            seria preciso remontar até às
             sociedades pré-históricas,
No seio das quais não existe diferenciação
    Mas essa espécie deem teoria.não representa
          - ao menos sociedade
   senão um momento ideal na história da humanidade.
Até bem pouco – e
                                   ainda hoje as
         Ainda                 exceções podem ser
       DURKHEIM                    contadas – os
      (1973, pp. 75 e 76)          pedagogistas
                               estavam quase todos
                                de acordo em ver,
             na educação,
  um fenômeno eminentemente individual.
Admitia-se que houvesse uma natureza humana, cujas formas
   e propriedades seriam determinadas uma vez por todas;
e o problema pedagógico consistiria em verificar de que modo
             a ação educativa deveria exercer-se,
         sobre a natureza do homem, assim definitiva.
Infelizmente, essa concepção da educação
se acha em contradição formal com tudo quanto nos
 ensina a história; não se aponta só povo, com efeito,
             que a tenha posto em prática.

   A educação varia de uma casta a outra

    Não vemos, ainda hoje, a educação variar,
             com as classes sociais
          e até mesmo com o habitat?
       A da cidade não é a do campo,
      a do burguês não é a do operário.
Numa sociedade
dividida por classes sociais
 em contradição e conflito,
           temos
uma educação e uma escola
      que reproduzem
    a divisão e o conflito.

                    (MEKSENAS, 2007, p. 68)
No entendimento de Karl MARX,

         (Apud. Meksenas, 2007, p. 68)



     toda educação é de classe,
           pois a educação
   que a classe empresarial recebe
         Educados para dirigir
         é diferente daquela
        da classe trabalhadora
      Disciplinados e adestrados
Desse modo,
a escolaridade para a classe trabalhadora tem
                dois objetivos:

             I
         preparar                   II
      a consciência
            do                  preparar
      Indivíduo para           o indivíduo
     perceber apenas               para
    a visão de mundo                o
  da classe empresarial         trabalho.
      como correta;
O conhecimento é fonte de poder;
         a partir do conhecimento,
    é possível dominar mais facilmente
               outra pessoa;
   faz sentido que em nossa sociedade
    a classe empresarial tenha acesso
            às melhores escolas
enquanto aos trabalhadores reste apenas
  o acesso àquele conhecimento parcial
 que lhe garanta a condição de dominado
                  ‘eficiente’.
           (MEKSENAS, 2007, p. 68)
KARL MARX
                          Alemanha (1818-1883)

• Marx nasceu numa família de classe média. Seus pais
eram judeus que tiveram que se converter ao cristianismo
em função das restrições impostas à presença de
membros de etnia judaica no serviço público.



Principais obras: Manuscritos econômico-filosóficos (Ökonomisch-
philosophische Manuskripte), 1844;
A Guerra Civil na França; Crítica da Filosofia do Direito de Hegel;
A Sagrada Família (Die heilige Familie), 1845;
A Ideologia Alemã (Die deutsche Ideologie), 1845-46;
Miséria da Filosofia (Das Elend der Philosophie), 1847;
Manifesto do Partido Comunista (Manifest der Kommunistischen
Partei), 1848; ENTRE OUTROS.
Visão de Sociedade

•      Crítica radical ao capitalismo:
  antagonismo,        contradição      e
  transitoriedade.
•       Explicação da realidade na
  totalidade – macrosociologia
• Teoria ligada à prática/ciência ligada
  aos interesses de classe – Relação
  sujeito-objeto.
Visão de Sociedade


• Conhecimento = instrumento
político para a transformação.
•        Foco      de    pensamento:
contradições do capitalismo
a) luta de classes X harmonia
b) divisão do trabalho gera
exploração,        antagonismo     e
alienação
Visão de Sociedade


c) Burguesia X proletariado
- dominação econômica
(meios de produção)
- dominação política (Estado)
-dominação cultural
( ideologia, valores)
Luta de Classes e o
           Trabalho


• De acordo com Marx, o motor da história é a
eterna luta de classes, entre aqueles que detêm os
modos de produção e aqueles que possuem apenas a
força de trabalho para vender.

• De acordo com Marx, com o Capitalismo há o
desvirtuamento do trabalho humano com a
conseqüente servilização do proletário.
O Capitalismo
•   O capitalismo, segundo o pensamento marxista, pode ser
apontado como responsável pelo aumento das desigualdades
sociais, à medida em que concentra os meios de produção e de
aquisição de capital nas mãos de pouco, deixando uma grande
massa de despossuídos que se vêem obrigados a vender sua força
de trabalho para sobreviverem.

Ou seja:

“Quanto mais aumenta o capital produtivo, tanto mais se estendem
a divisão do trabalho e o emprego da máquina, quanto mais a
divisão do trabalho e o emprego do maquinismo aumentam, mais a
concorrência entre os operários cresce e mais se contrai seu
salário.”

“A parte do capital, o lucro, sobe na mesma medida em que a parte
do trabalho, o salário, baixa, e vice-versa.”

                                                           Marx
Capitalismo e a Sociedade Civil


A sociedade civil é vista pela teoria marxista como
uma construção cuja base é a economia.

A organização da produção econômica é o fim da
sociedade, que se concretiza por meio de instituições
sociais, como a família, igrejas, escolas, polícia etc.

Dentro do sistema capitalista, as instituições sociais
são utilizadas como ideologia para a opressão dos
trabalhadores.
Burguesia e Proletariado



“Por burguesia entende-se a classe de capitalistas
modernos, proprietários dos meios de produção
social, que empregam o trabalho assalariado. Por
proletários compreende-se a classe dos trabalhadores
assalariados modernos que, privados de meios de
produção próprios, se vêem obrigados a vender sua
força de trabalho para poder existir.”

                                             (Marx)
Revolução do Proletariado



A revolução proletária levaria a um regime
intermediário e de caráter provisório, a ser conhecido
como “ditadura do proletariado”.

Nesse momento, passando de despossuídos a
detentores do poder, o proletariado trataria de
arrancar pouco a pouco o capital das mãos dos
burgueses, centralizando os instrumentos de
produção nas mãos do Estado para, enfim, chegar ao
comunismo completo, em que os meios de produção
serão repassadas a associações.
O Materialismo histórico-dialético


É a filosofia fundamentada por Karl Marx e Friedrich
Engels (1820-1895), que visa explicar como se formaram as
classes sociais e, posteriormente, o Estado que possui dois
momentos, a saber:
1º Momento: surge para evitar ou amenizar o conflito
entre classes;
2º Momento: torna-se parcial, representando os interesses
das classes dominantes e servindo como aparelho de
coerção contra as classes dominadas.
Em seguida, provar que a história da humanidade é uma
história de luta de classes.
O Materialismo histórico-dialético



Opõe-se as concepções idealistas de Schelling, Fichte e
principalmente, Hegel.

  ● Para os idealistas, em específico Hegel, o real é guia e
fundamento do pensar na história e as contradições
ocorrem naturalmente.

  ● Para Marx o real também é guia e fundamento do
pensar, mas as contradições históricas não ocorrem
naturalmente, elas são provocadas pela diferença
econômica de classes.
O Materialismo histórico-dialético


 A realidade imaterial: que se refere ao nível político-
ideológico, comumente chamado de Superestrutura. É
constituído:
  ● pela estrutura jurídico-política representada pelo Estado e
pelo direito.
    ● pela estrutura ideológica referente às formas de
pensamento, sentimento e consciência social, tais como:
       ▪ Filosofia;      ▪ Literatura;     ▪ Estética;
       ▪ Ciência;        ▪ Religião;       ▪ Moral;
       ▪ Arte;           ▪ Educação;       ▪ Música.
O Materialismo histórico-dialético

                Modos de produção da vida material


Refere-se a infra-estrutura, que é um composto de força
produtivas e relações sociais de produção. Ou seja, é a maneira
pela qual os homens obtêm seus meios necessários de existência
material – comumente chamado por Marx de econômica.

Ou...

Refere-se a determinado estágio de desenvolvimento das forças
produtivas, que por sua vez, determinam as relações sociais de
produção em um dado momento histórico.


Logo:    Modo de produção = forças produtivas + relações sociais de
                       produção = Infra-estrutura
O Materialismo histórico-dialético
 Forças produtivas: é a relação do ser humano com a natureza no esforço
de produzir a própria existência – isto é, relação dialética entre homem e
natureza, que permite desenvolver instrumentos, ferramentas etc.


Homem                            trabalho                        Natureza


• Trabalho: Ação humana transformadora da natureza que visa suprir as
necessidades materiais.

 Relações sociais de produção: é a relação dos indivíduos entre si - isto é, é
a relação dialética entre homem e homem, que pode ser de dois tipos:
 ● explorador-explorado;                          Formas de ação entre os
 ● solidariedade e respeito recíproco.                  indivíduos



Homem                      um age sobre o outro                 Homem
O Materialismo histórico-dialético

 Tipos de modo de produção:


 Comunismo ou sociedades primitivas: os seres humanos se
unem para enfrentar os desafios da natureza hostil e dos
animais ferozes. Os meios de produção, as áreas de caça, assim
como os produtos, são propriedades comuns, isto é, pertencem
a toda a sociedade. A base econômica determina certa maneira
de pensar peculiar, em que não há sentimento de posse, uma
vez que não existe propriedade privada.


Aspectos fundamentais das sociedades primitivas:
 ▪ Não há sentimento de posse;
 ▪ A propriedade é comum.
                                               Continuação...
O Materialismo histórico-dialético
Tipos de modo de produção:
 O modo de produção patriarcal: surge quando se inicia a
domesticação de animais e se desenvolve a agricultura graças ao
uso de instrumentos de metal e à fabricação de vasilhas de barro,
o que possibilita fazer reservas. Quais as conseqüências das
modificações das forças produtivas? Alteram-se as relações de
produção e o modo de produção: aparece uma forma específica
de propriedade (a propriedade familiar); diferenciam-se funções
de classe (autoridade do patriarca, pai de família); muda o direito
hereditário, ao se substituir a filiação materna pela paterna.

Aspectos fundamentais da produção patriarcal:
 ▪ Surge a classe como hierarquia social;
 ▪ Surge a propriedade familiar em sentido amplo;
 ▪ A produção é para subsistência.
                                                     Continuação...
O Materialismo histórico-dialético
Tipos de modo de produção:
 O modo de produção escravista: decorre do aumento da
produção além do necessário para a subsistência, o que exige o
recurso de novas forças de trabalho, conseguidas geralmente
entre prisioneiros de guerra, transformados em escravos. Com
isso surge a propriedade priva dos meios de produção, e a
contradição entre senhores e escravos, como exemplo da
primeira forma de exploração humana.


Aspectos fundamentais da produção escravista:
 ▪ Surge, pela primeira vez na história, a classe como modo de
exploração humana;
 ▪ Surge a propriedade privada, devido a produção excedente;
 ▪ Ocorre a separação entre trabalho intelectual e trabalho
manual.
                                                Continuação...
O Materialismo histórico-dialético

Tipos de modo de produção:
O modo de produção feudal: a base econômica é a propriedade
dos modos de produção pelo senhor feudal. O servo trabalha
um tempo para si e outro para o senhor, o qual, além de se
apropriar de parte da produção do servo, ainda lhe cobra
impostos pelo uso comum do moinho, do lagar etc.
Aspectos fundamentais da produção feudal:
 ▪ Permanece a classe como modo de exploração humana;
   ▪ Permanece a propriedade privada, devido a produção
excedente;
  ▪ Surge o burguês, habitante dos burgos, isto é, dos arredores
das cidades, que dentre os servos são os que se dedicam ao
artesanato e ao comércio, e que consegue aos poucos a
liberdade pessoal e a das cidades.
                                                 Continuação...
O Materialismo histórico-dialético

Tipos de modo de produção:

O modo de produção capitalista: é a nova síntese que
surge das ruínas do sistema feudal, ou seja, da
contradição entre a tese (senhor feudal) e a antítese
(servo). Neste contexto, para Marx, o movimento
dialético pelo qual a história se faz tem um motor: a
luta de classes. Chama-se luta de classes ao confronto
entre duas classes antagônicas quando lutam por seus
interesses de classe. No modo de produção
capitalista, a relação antitética se faz entre o
burguês, que é o detentor do capital, e o proletário,
que nada possui e só vive porque vende sua força de
trabalho.
Aspectos fundamentais da produção capitalista:


  ▪ Permanece a classe como modo de exploração
humana;
   ▪ Permanece a propriedade privada, devido a
produção excedente;
  ▪ Ocorre a consolidação do Estado moderno ou
burguês (Estado-nação), como aparelho coercitivo;
    ▪ Cria-se a alienação na produção, que é o
estranhamento [o produtor deixa de se reconhecer no
que produz] do trabalhador diante da mercadoria que
ele produziu – a esse processo Marx chama
fetichismo da mercadoria;
              mercadoria
▪ Intensifica-se a mais-valia.
O Samba da Mais-valia
Síntese de muitas determinações
A realidade social é feita de contradições
Mas a árvore não pode esconder o arvoredo
Vem o grande analista, revela o segredo
da acumulação de capital

É mais-valia pra cá, É mais-valia pra lá.
Capitalismo é selvagem, É global.
É mais-valia pra cá, É mais-valia pra lá,
Tempo roubado do trabalho social.

Mercadoria é alienação,
Trabalho, salário: a danação
A grana diz ‘trabalho sozinha’,
A fórmula é DMD’.

Síntese de muitas determinações
A realidade brasileira é feita de contradições
Mas o grande analista indicou o caminho
Ninguém pode vencer essa luta sozinho.
É luta de classes e coração.

Tem a novela, meu bem
E tem a Xuxa, também.
Proselitismo tem no Jornal Nacional.
O Samba da Mais-valia
  Tem desemprego, meu bem
  E tem a dengue, também.
  Desigualdade e tortura federal

  No Brasil todo foi um ti-ti-ti
  Todo mundo pensando
  Do Oiapoque ao Chuí
  Mas agora é a hora da transformação,
  O carnaval traz nossa revolução.

  Síntese de muitas determinações
  A realidade social é feita de contradições
  Mas a árvore não pode esconder o arvoredo
  Vem o grande analista, revela o segredo
  da acumulação de capital.

  O manifesto falou, o comunismo escutou:
  Tem que seguir o movimento popular.
  O grande mestre mostrou,
  A grande escola ensinou:
  Dizer o samba no pé, se revoltar

  Lá no rio vermelho, Na Filosofia
  Descobrir o pandeiro, a cuíca, a magia.
  Mas agora é a hora da transformação:
  O carnaval traz nossa revolução

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Teorias sociológicas na história da humanidade

  • 1.
  • 2.
  • 3. A sociedade é um complexo entrelaçamento de todos os intricados padrões de relações sociais humanas; um homem poderá atuar de um modo econômico, ou de um modo religiosos, ou de um modo político – mas continua sendo um homem em relação com outros homens e as suas atividades têm esse foco comum.
  • 4. Poderemos estudar essas relações sociais isoladamente, em certa medida, a fim de elaborar as nossas bem arrumadas tabelas estatísticas e os nossos dados sociológicos. Entretanto, quaisquer juízos finais formulados na base desses dados, a respeito de causa e efeito, devem estar atentos à totalidade das relações e não apenas a uma ordem destas. (Morrish, 1975, p. 17)
  • 5. A sociedade e as relações sociais vistas por esse ângulo, nos levam a compreender uma outra questão de fundamental importância na vida das criaturas humanas.
  • 6. A influência das coisas sobre os homens, já pelos processos, já pelos resultados, é diversa daquela que provém dos próprios homens. EDUCAÇÃO Ação dos membros de uma mesma geração, uns sobre os outros, difere da que os adultos exercem sobre as crianças e adolescentes. (Durkheim, 1973, p. 330)
  • 7. Refletindo sobre tudo o que foi dito anteriormente e olhando as sociedades contemporâneas, a cultura capitalista põe a ciência em destaque, mostrando que a vida moderna só pode ser entendida pela ótica dos métodos científicos e, com isso, a educação deixa de refletir apenas os valores religiosos como no tempo da sociedade feudal para ter a ciência como base.
  • 8. Será nesse contexto ideológico da nascente sociedade industrial que se manifesta instituição responsável por essa educação: a ESCOLA (Meksenas, 1988, p. 30)
  • 9. EDUCAÇÃO: um objeto de estudo para a SOCIOLOGIA
  • 10. O que diz Émile DURKHEIM? (1973, pp. 89, 90 e 91) EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO Quer se trate dos fins, a que vise, quer se trate dos meios que empregue, é sempre às necessidades sociais que ela atende; são idéias e sentimentos coletivos o que ela exprime.
  • 11. É, pois, ao estudo da sociedade que o pedagogo deve voltar-se, pois somente nele encontrará a razão de ser de suas especulações.
  • 12. As transformações profundas que as sociedades contemporâneas têm experimentado, e estão para experimentar, necessitam de transformações correspondentes nos planos de educação.
  • 13. Não se trata de realizar idéias formadas, mas de encontrar mesmo idéias que nos guiem. E como descobri-las se não remontarmos até a origem mesma da vida educativa, isto é, à evolução da vida social?
  • 14. É à sociedade, pois, que devemos interrogar; são as suas necessidades que devemos conhecer, porquanto a elas é que nos cumpre atender.
  • 15. Jamais a cultura sociológica foi tão necessária ao educador como hoje.
  • 16. E, segundo Ivor Morrish, (1975, p. 231) A sociedade não é composta de um certo número de instituições em completo isolamento umas das outras, embora seja verdade que algumas tendem a ser mais isoladas do que outras.
  • 17. Do mesmo modo, a escola não dever ser vista isolada do resto da sociedade, embora algumas escolas e alguns tipos de escolas estejam mais envolvidos do que outros na comunidade total.
  • 18. em nossa sociedade, À medida é uma instituição artificial estabelecida que a escola, para fins de socialização e transmissão de cultura, deve ter relações com as organizações políticas e quase políticas que, quer através do governo central ou da administração local, controlam as formas e os meios de educação formal.
  • 19. IDEOLOGIA e EDUCAÇÃO
  • 20. POSITIVISMO: a visão de DURKHEIM (1858-1917)
  • 21. Vivendo numa sociedade em desordem, ele preocupou em buscar a ordem das coisas. FUNCIONALISMO A sociedade é um imenso CORPO SOCIAL. Se toda a anatomia social funcionar bem, o corpo todo será saudável.
  • 22. Para DURKHEIM Cada A instituição sociedade tem é uma função. constituída de Elas instituições. se completam.
  • 23. Portanto, uma sociedade é saudável quando suas instituições funcionam harmonicamente. E isso só será possível se houver uma consciência coletiva: moral social, divisão do trabalho social, solidariedade orgânica. Valores e ideais compartilhados por todos como corretos e verdadeiros.
  • 24. Uma sociedade enferma precisa de um sociólogo, o médico da sociedade. Tarefa do sociólogo Diagnosticar os males da sociedade: observar a moral social, analisá-la, classificá-la e propor um plano de regeneração.
  • 25. E à ESCOLA, cabe fazer o quê? Elemento adaptador Socialização metódica e normalizador básico das novas gerações. na integração Diante da diversidade, indivíduo-sociedade. constituir um ser social. A educação perpetua e reforça no indivíduo um modo de ser fundamental para a vida coletiva.
  • 26. Esse modo de ser, de ver e de ler o mundo é IDEOLOGIA
  • 27. Em posição oposta a Durkheim, MATERIALISMO DIALÉTICO encontra-se o pensamento de KARL MARX e Frederico Engels
  • 28. O materialismo dialético e histórico é o método de investigação da vida em sociedade. KARL MARX (1818-1883) Concepções formuladas a partir da análise da sociedade capitalista. Daí, como conseqüência, o pensar crítico a educação e a escola capitalista.
  • 29. Nesse sentido, IDEOLOGIA Sistema de opiniões, de idéias e conceitos professados por uma classe ou por um partido político. As opiniões políticas, a filosofia, a arte, a religião, constituem formas da ideologia.
  • 30. Para MARX, toda ideologia é o reflexo da existência social, do sistema econômico que predomina em determinado momento. Consciência, idéias e valores resultam das relações sociais. Numa sociedade de classes, a ideologia é ideologia de classe: exprime e defende os interesses da classe dominante.
  • 31. Assim, a classe dominante utiliza os meios de comunicação de massa, por exemplo, para impor suas idéias e valores como sendo os únicos e verdadeiros, na tentativa de fazer com que todos pensem, olhem e lêem o mundo a partir de seus valores.
  • 32. A EDUCAÇÃO está entre os meios utilizados pela classe dominante para inculcar suas idéias e valores. Nas sociedades capitalistas, regras de funcionamento das escolas, conteúdos e propostas pedagógicas reproduzem as desigualdades produzidas pela própria sociedade.
  • 33. EDUCAÇÃO e classes sociais
  • 34. Para encontrar uma educação Para absolutamente homogênea DURKHEIM (1973, p. 77) e igualitária, seria preciso remontar até às sociedades pré-históricas, No seio das quais não existe diferenciação Mas essa espécie deem teoria.não representa - ao menos sociedade senão um momento ideal na história da humanidade.
  • 35. Até bem pouco – e ainda hoje as Ainda exceções podem ser DURKHEIM contadas – os (1973, pp. 75 e 76) pedagogistas estavam quase todos de acordo em ver, na educação, um fenômeno eminentemente individual. Admitia-se que houvesse uma natureza humana, cujas formas e propriedades seriam determinadas uma vez por todas; e o problema pedagógico consistiria em verificar de que modo a ação educativa deveria exercer-se, sobre a natureza do homem, assim definitiva.
  • 36. Infelizmente, essa concepção da educação se acha em contradição formal com tudo quanto nos ensina a história; não se aponta só povo, com efeito, que a tenha posto em prática. A educação varia de uma casta a outra Não vemos, ainda hoje, a educação variar, com as classes sociais e até mesmo com o habitat? A da cidade não é a do campo, a do burguês não é a do operário.
  • 37. Numa sociedade dividida por classes sociais em contradição e conflito, temos uma educação e uma escola que reproduzem a divisão e o conflito. (MEKSENAS, 2007, p. 68)
  • 38. No entendimento de Karl MARX, (Apud. Meksenas, 2007, p. 68) toda educação é de classe, pois a educação que a classe empresarial recebe Educados para dirigir é diferente daquela da classe trabalhadora Disciplinados e adestrados
  • 39. Desse modo, a escolaridade para a classe trabalhadora tem dois objetivos: I preparar II a consciência do preparar Indivíduo para o indivíduo perceber apenas para a visão de mundo o da classe empresarial trabalho. como correta;
  • 40. O conhecimento é fonte de poder; a partir do conhecimento, é possível dominar mais facilmente outra pessoa; faz sentido que em nossa sociedade a classe empresarial tenha acesso às melhores escolas enquanto aos trabalhadores reste apenas o acesso àquele conhecimento parcial que lhe garanta a condição de dominado ‘eficiente’. (MEKSENAS, 2007, p. 68)
  • 41. KARL MARX Alemanha (1818-1883) • Marx nasceu numa família de classe média. Seus pais eram judeus que tiveram que se converter ao cristianismo em função das restrições impostas à presença de membros de etnia judaica no serviço público. Principais obras: Manuscritos econômico-filosóficos (Ökonomisch- philosophische Manuskripte), 1844; A Guerra Civil na França; Crítica da Filosofia do Direito de Hegel; A Sagrada Família (Die heilige Familie), 1845; A Ideologia Alemã (Die deutsche Ideologie), 1845-46; Miséria da Filosofia (Das Elend der Philosophie), 1847; Manifesto do Partido Comunista (Manifest der Kommunistischen Partei), 1848; ENTRE OUTROS.
  • 42. Visão de Sociedade • Crítica radical ao capitalismo: antagonismo, contradição e transitoriedade. • Explicação da realidade na totalidade – macrosociologia • Teoria ligada à prática/ciência ligada aos interesses de classe – Relação sujeito-objeto.
  • 43. Visão de Sociedade • Conhecimento = instrumento político para a transformação. • Foco de pensamento: contradições do capitalismo a) luta de classes X harmonia b) divisão do trabalho gera exploração, antagonismo e alienação
  • 44. Visão de Sociedade c) Burguesia X proletariado - dominação econômica (meios de produção) - dominação política (Estado) -dominação cultural ( ideologia, valores)
  • 45. Luta de Classes e o Trabalho • De acordo com Marx, o motor da história é a eterna luta de classes, entre aqueles que detêm os modos de produção e aqueles que possuem apenas a força de trabalho para vender. • De acordo com Marx, com o Capitalismo há o desvirtuamento do trabalho humano com a conseqüente servilização do proletário.
  • 46. O Capitalismo • O capitalismo, segundo o pensamento marxista, pode ser apontado como responsável pelo aumento das desigualdades sociais, à medida em que concentra os meios de produção e de aquisição de capital nas mãos de pouco, deixando uma grande massa de despossuídos que se vêem obrigados a vender sua força de trabalho para sobreviverem. Ou seja: “Quanto mais aumenta o capital produtivo, tanto mais se estendem a divisão do trabalho e o emprego da máquina, quanto mais a divisão do trabalho e o emprego do maquinismo aumentam, mais a concorrência entre os operários cresce e mais se contrai seu salário.” “A parte do capital, o lucro, sobe na mesma medida em que a parte do trabalho, o salário, baixa, e vice-versa.” Marx
  • 47. Capitalismo e a Sociedade Civil A sociedade civil é vista pela teoria marxista como uma construção cuja base é a economia. A organização da produção econômica é o fim da sociedade, que se concretiza por meio de instituições sociais, como a família, igrejas, escolas, polícia etc. Dentro do sistema capitalista, as instituições sociais são utilizadas como ideologia para a opressão dos trabalhadores.
  • 48. Burguesia e Proletariado “Por burguesia entende-se a classe de capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção social, que empregam o trabalho assalariado. Por proletários compreende-se a classe dos trabalhadores assalariados modernos que, privados de meios de produção próprios, se vêem obrigados a vender sua força de trabalho para poder existir.” (Marx)
  • 49. Revolução do Proletariado A revolução proletária levaria a um regime intermediário e de caráter provisório, a ser conhecido como “ditadura do proletariado”. Nesse momento, passando de despossuídos a detentores do poder, o proletariado trataria de arrancar pouco a pouco o capital das mãos dos burgueses, centralizando os instrumentos de produção nas mãos do Estado para, enfim, chegar ao comunismo completo, em que os meios de produção serão repassadas a associações.
  • 50. O Materialismo histórico-dialético É a filosofia fundamentada por Karl Marx e Friedrich Engels (1820-1895), que visa explicar como se formaram as classes sociais e, posteriormente, o Estado que possui dois momentos, a saber: 1º Momento: surge para evitar ou amenizar o conflito entre classes; 2º Momento: torna-se parcial, representando os interesses das classes dominantes e servindo como aparelho de coerção contra as classes dominadas. Em seguida, provar que a história da humanidade é uma história de luta de classes.
  • 51. O Materialismo histórico-dialético Opõe-se as concepções idealistas de Schelling, Fichte e principalmente, Hegel. ● Para os idealistas, em específico Hegel, o real é guia e fundamento do pensar na história e as contradições ocorrem naturalmente. ● Para Marx o real também é guia e fundamento do pensar, mas as contradições históricas não ocorrem naturalmente, elas são provocadas pela diferença econômica de classes.
  • 52. O Materialismo histórico-dialético  A realidade imaterial: que se refere ao nível político- ideológico, comumente chamado de Superestrutura. É constituído: ● pela estrutura jurídico-política representada pelo Estado e pelo direito. ● pela estrutura ideológica referente às formas de pensamento, sentimento e consciência social, tais como: ▪ Filosofia; ▪ Literatura; ▪ Estética; ▪ Ciência; ▪ Religião; ▪ Moral; ▪ Arte; ▪ Educação; ▪ Música.
  • 53. O Materialismo histórico-dialético Modos de produção da vida material Refere-se a infra-estrutura, que é um composto de força produtivas e relações sociais de produção. Ou seja, é a maneira pela qual os homens obtêm seus meios necessários de existência material – comumente chamado por Marx de econômica. Ou... Refere-se a determinado estágio de desenvolvimento das forças produtivas, que por sua vez, determinam as relações sociais de produção em um dado momento histórico. Logo: Modo de produção = forças produtivas + relações sociais de produção = Infra-estrutura
  • 54. O Materialismo histórico-dialético  Forças produtivas: é a relação do ser humano com a natureza no esforço de produzir a própria existência – isto é, relação dialética entre homem e natureza, que permite desenvolver instrumentos, ferramentas etc. Homem trabalho Natureza • Trabalho: Ação humana transformadora da natureza que visa suprir as necessidades materiais.  Relações sociais de produção: é a relação dos indivíduos entre si - isto é, é a relação dialética entre homem e homem, que pode ser de dois tipos: ● explorador-explorado; Formas de ação entre os ● solidariedade e respeito recíproco. indivíduos Homem um age sobre o outro Homem
  • 55. O Materialismo histórico-dialético Tipos de modo de produção:  Comunismo ou sociedades primitivas: os seres humanos se unem para enfrentar os desafios da natureza hostil e dos animais ferozes. Os meios de produção, as áreas de caça, assim como os produtos, são propriedades comuns, isto é, pertencem a toda a sociedade. A base econômica determina certa maneira de pensar peculiar, em que não há sentimento de posse, uma vez que não existe propriedade privada. Aspectos fundamentais das sociedades primitivas: ▪ Não há sentimento de posse; ▪ A propriedade é comum. Continuação...
  • 56. O Materialismo histórico-dialético Tipos de modo de produção:  O modo de produção patriarcal: surge quando se inicia a domesticação de animais e se desenvolve a agricultura graças ao uso de instrumentos de metal e à fabricação de vasilhas de barro, o que possibilita fazer reservas. Quais as conseqüências das modificações das forças produtivas? Alteram-se as relações de produção e o modo de produção: aparece uma forma específica de propriedade (a propriedade familiar); diferenciam-se funções de classe (autoridade do patriarca, pai de família); muda o direito hereditário, ao se substituir a filiação materna pela paterna. Aspectos fundamentais da produção patriarcal: ▪ Surge a classe como hierarquia social; ▪ Surge a propriedade familiar em sentido amplo; ▪ A produção é para subsistência. Continuação...
  • 57. O Materialismo histórico-dialético Tipos de modo de produção:  O modo de produção escravista: decorre do aumento da produção além do necessário para a subsistência, o que exige o recurso de novas forças de trabalho, conseguidas geralmente entre prisioneiros de guerra, transformados em escravos. Com isso surge a propriedade priva dos meios de produção, e a contradição entre senhores e escravos, como exemplo da primeira forma de exploração humana. Aspectos fundamentais da produção escravista: ▪ Surge, pela primeira vez na história, a classe como modo de exploração humana; ▪ Surge a propriedade privada, devido a produção excedente; ▪ Ocorre a separação entre trabalho intelectual e trabalho manual. Continuação...
  • 58. O Materialismo histórico-dialético Tipos de modo de produção: O modo de produção feudal: a base econômica é a propriedade dos modos de produção pelo senhor feudal. O servo trabalha um tempo para si e outro para o senhor, o qual, além de se apropriar de parte da produção do servo, ainda lhe cobra impostos pelo uso comum do moinho, do lagar etc. Aspectos fundamentais da produção feudal: ▪ Permanece a classe como modo de exploração humana; ▪ Permanece a propriedade privada, devido a produção excedente; ▪ Surge o burguês, habitante dos burgos, isto é, dos arredores das cidades, que dentre os servos são os que se dedicam ao artesanato e ao comércio, e que consegue aos poucos a liberdade pessoal e a das cidades. Continuação...
  • 59. O Materialismo histórico-dialético Tipos de modo de produção: O modo de produção capitalista: é a nova síntese que surge das ruínas do sistema feudal, ou seja, da contradição entre a tese (senhor feudal) e a antítese (servo). Neste contexto, para Marx, o movimento dialético pelo qual a história se faz tem um motor: a luta de classes. Chama-se luta de classes ao confronto entre duas classes antagônicas quando lutam por seus interesses de classe. No modo de produção capitalista, a relação antitética se faz entre o burguês, que é o detentor do capital, e o proletário, que nada possui e só vive porque vende sua força de trabalho.
  • 60. Aspectos fundamentais da produção capitalista: ▪ Permanece a classe como modo de exploração humana; ▪ Permanece a propriedade privada, devido a produção excedente; ▪ Ocorre a consolidação do Estado moderno ou burguês (Estado-nação), como aparelho coercitivo; ▪ Cria-se a alienação na produção, que é o estranhamento [o produtor deixa de se reconhecer no que produz] do trabalhador diante da mercadoria que ele produziu – a esse processo Marx chama fetichismo da mercadoria; mercadoria ▪ Intensifica-se a mais-valia.
  • 61. O Samba da Mais-valia Síntese de muitas determinações A realidade social é feita de contradições Mas a árvore não pode esconder o arvoredo Vem o grande analista, revela o segredo da acumulação de capital É mais-valia pra cá, É mais-valia pra lá. Capitalismo é selvagem, É global. É mais-valia pra cá, É mais-valia pra lá, Tempo roubado do trabalho social. Mercadoria é alienação, Trabalho, salário: a danação A grana diz ‘trabalho sozinha’, A fórmula é DMD’. Síntese de muitas determinações A realidade brasileira é feita de contradições Mas o grande analista indicou o caminho Ninguém pode vencer essa luta sozinho. É luta de classes e coração. Tem a novela, meu bem E tem a Xuxa, também. Proselitismo tem no Jornal Nacional.
  • 62. O Samba da Mais-valia Tem desemprego, meu bem E tem a dengue, também. Desigualdade e tortura federal No Brasil todo foi um ti-ti-ti Todo mundo pensando Do Oiapoque ao Chuí Mas agora é a hora da transformação, O carnaval traz nossa revolução. Síntese de muitas determinações A realidade social é feita de contradições Mas a árvore não pode esconder o arvoredo Vem o grande analista, revela o segredo da acumulação de capital. O manifesto falou, o comunismo escutou: Tem que seguir o movimento popular. O grande mestre mostrou, A grande escola ensinou: Dizer o samba no pé, se revoltar Lá no rio vermelho, Na Filosofia Descobrir o pandeiro, a cuíca, a magia. Mas agora é a hora da transformação: O carnaval traz nossa revolução