2. A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre
3200 a.C (unificação entre baixo e alto Egito) a 32 a.C (domínio romano).
3. A unificação
Por volta do ano 3500 a.C. o Egito Antigo ainda não existia como um Estado unificado. A região
era composta por várias tribos que habitavam às margens do rio Nilo. Estas tribos, formadas por
clãs familiares, eram unificadas em pequenas confederações tribais denominadas nomos. Cada
nomo cultuava uma divindade específica, mantendo uma organização político-religiosa
independente das vizinhas. Os líderes eram chamados de monarcas e, em geral, eram
escolhidos entre os chefes dos clãs. Por meio de guerras, iniciou-se um processo de unificação.
Inicialmente ocorreram duas unificações: Alto Egito e Baixo Egito.
A unificação dos dois reinos somente ocorreu por volta no ano 3100 a.C. com o primeiro
faraó, Menés I, Menés também foi o responsável por fundar a primeira das 30 dinastias que
governariam o Egito Antigo entre 3100 e 332 a.C.
4.
5. Coroa do Baixo Egito Coroa do Alto Egito Unificação do Alto e Baixo Egito
7. O poder divino do
faraó
No alto da estrutura
hierárquica encontrava-
se o faraó, considerado
uma divindade viva, tinha
um poder absoluto, era
amo e senhor de todas as
terras e pessoas e era
responsável pela
proteção e prosperidade
de seu povo. De modo
geral, detinha autoridade
religiosa , administrativa,
judicial e militar.
8. A autoridade do faraó estendia-se por todo Egito graças a uma
numerosa rede de funcionários e sacerdotes. Os mesmos assumiam
os cargos hereditários de administradores de províncias e de
comandantes dos principais postos do exército. Entre a nobreza
egípcia destinguia-se o ‘’vizir’’, que era o chefe da administração e
justiça, encarregado de executar a vontade do faraó.
Classe Sacerdotal
9. Escribas
Conheciam a escrita egípcia e
tinham diferentes graus de
prestígio e poder. Uma das
funções era visitar as
províncias e os campos para
cobrar tributos e fiscalizar os
serviços de construção de
canais, diques, estradas,
templos e pirâmides.
10. - Agricultura: os
principais produtos
A maioria da população egípcia era utilizados eram o
Camponeses composta por camponeses, cerca de 90%, os trigo, a cevada e o
mesmos executavam inúmeros trabalhos linho. Os camponeses
relacionados a: também se
dedicavam à
plantação de
legumes, verduras,
uva e frutas variadas;
- Criação de animais:
havia criação de bois,
asnos, carneiros,
cabras, porcos e
cavalos. Criavam-se
também diversas
aves. Porém para a
maioria da população
a carne era um luxo,
os mais pobres só a
consumiam em
ocasiões especiais.
- Caça e pesca: as
atividades
agropastoris eram
complementadas pela
pesca(no Nilo, nos
pântanos e nos
11. Artesãos
No Egito Antigo, existiam artesãos de qualificações diferentes. Aqueles que produziam
artigos de luxo trabalhavam, geralmente, nas oficinas urbanas, muitas vezes instaladas nos
templos e palácios. Já os artesãos menos qualificados trabalhavam em oficinas rurais,
produzindo tecidos rústicos, artigos de couro, entre outros.
12. Escravos
Os escravos formavam um grupo social numericamente pequeno diante do conjunto da
população e eram constituídos principalmente por prisioneiros de guerra. Trabalhavam em
serviços variados(em casas, pedreiras, minas e campos). As condições de vida variavam de
acordo com o tipo de atividade que exerciam.
13. Períodos do Egito Antigo
No decorrer de sua história o Egito passou por épocas de grande centralização do poder político,
mas teve também fases de descentralização. Atravessou períodos de prosperidade e fases de
crise econômica, guerras internas e invasões.
Os egiptólogos costumas dividir a história do Egito Antigo em diversos períodos, chamando os
três principais de Antigo império, Médio Império e Novo Império.
14. Antigo Império(c. 2600-2040 a.C)
A capital do país era Mênfis; houve forte centralização política com os faraós e a montagem
de uma eficiente estrutura administrativa; foram construídas grandes pirâmides( como a de
Quéops, Quéfren e Miquerinos). No final deste império os faraós perderam poder para os
governantes das províncias. O final foi marcado por descentralização do poder, distúrbios
socias e instabilidade política.
15. Médio Império(c. 2040-1550 a.C)
Representantes da nobreza conseguiram reprimir as revoltas locais dos governantes das
províncias; os faraós recuperaram e centralizaram o poder, foi um período de estabilidade
política e prosperidade econômica. Por volta de 1750 a.C a região do norte do país foi
invadida pelos hicsos(povo de origem asiática), que estabeleceram capital em Avaris.
16. Novo Império(c. 1550-1070 a.C)
Conseguiu-se novamente restaurar a unidade política do Egito, expulsando os hicsos. Época
de apogeu econômico , refinamento artístico e grande expansão militar no Egito. O final
deste período foi marcado por uma série de problemas: revoltas, perdas territoriais, más
colheitas, fome.
17. Declínio do Egito
Depois do século XII a.C, o Egito foi sucessivamente invadido por diferentes povos, iniciando
um processo de decadência. Em 670 a.C chegaram os assírios, que dominaram o território
egípcio por oito anos. Após se libertar dos assírios, os egípcios iniciaram uma fase de
recuperação econômica e cultural conhecida como Renascença Saíta. A prosperidade não foi
duradoura. Em 525 a.C, o Egito foi conquistado pelos persas. Dois séculos depois , foram os
macedônios, comandados por Alexandre Magno. Finalmente em 30 a.C, o Egito foi
dominado pelos romanos.
18. Cultura Egípcia
As pirâmides, os templos e os túmulos
são alguns dos monumentos mais
importantes para conhecer o passado
deste povo. No Egito foram encontrados
as primeiras manifestações artísticas em
que apareceram representadas
personagens históricos sobre as quais
também existe informação textual, pois
os egípcios e a civilização suméria
inventaram a escrita.
A religião era um aspecto muito
importante na vivência do Egito Antigo,
tanto que teve profunda influência nas
artes desenvolvidas pelos egípcios.
19. Religião politeísta
Os egípcios eram politeístas, adoravam diversos deuses, que simbolizavam forças e
fenômenos da natureza. Em geral, essas divindades eram representadas com a forma de um
animal ou mesclando a forma animal com a humana. Cada cidade costumava ter um deus
principal, para qual se construia um templo.
RELAÇÃO COM A MORTE
Os egípcios acreditavam na vida após a morte no reino de Osíris. Imaginavam que os mortos
seriam julgados por esse deus e poderiam retornar ao mundo dos vivos se fossem
absolvidos.
20. Produção artística
A produção artística do Egito Antigo foi influenciada pela religião. Isso é observado
especialmente na arquitetura, em que o culto aos Deuses levou a construção de templos, e a
crença na vida após a morte ocasionou a criação de grandes túmulos. Entre esses os mais
imponentes foram as pirâmides, cuja construção mobilizou mão de obra numerosa e que
serviam de sepultura para os faraós e sua família. Já os mortes de origem social mais
modesta erram enterrados em sepulturas mais simples, os hipogeus.
21. Arquitetura
As características gerais da arquitetura egípcia são:
- Solidez e durabilidade;
- Sentimento de eternidade;
- Aspecto misterioso e impenetrável.
22. Os Túmulos
A arquitetura funerária do Antigo Egito adotou três formas: a mastaba, a pirâmide e o
hipogeu.
23. Pirâmides
Tinham base
quadrangular, eram
feitas com predas
que pesavam cerca
de 20 toneladas e
mediam cerca de 10
metros de largura,
além de serem
lapidadas.
O interior era um
verdadeiro labirinto,
que ia dar na câmara
funerária, onde
estava o túmulo do
faraó.
24. Mastaba
A mastaba foi no início o monumento funerário para os faraós da I e II dinastia. A partir da III
e IV dinastias, o uso da mastaba estendeu-se à nobreza e à classe sacerdotal, adotando-se
então a forma trapezional.
26. Escultura
A escultura egípcia foi antes de tudo
animista, encontrando sua razão de
ser na eternização do homem após a
morte. Foi uma estatuária
principalmente religiosa. A
representação de um faraó ou um
nobre era o substituto físico da
morte, sua cópia em caso de
decomposição do corpo mumificado.
27. Pintura
Na Pintura Egípcia,a decoração colorida era um poderoso elemento de
complementação das atitudes religiosas. O local a ser trabalhado primeiramente
recebia um revestimento de gesso branco e em seguida se aplicava a tinta sobre gesso.
A pintura egípcia tem basicamente a função da escrita. Representa situações do dia-a-
dia (de pessoas simples ou de ilustres, como o faraó), ou serve para passar ao morto
todas as instruções necessárias para que o mesmo volte à vida.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
- Ausência de três dimensões;
- Ignorância da profundidade;
- Lei da Frontalidade: determinava que o tronco da pessoa fosse representado de frente,
enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil;
- O tamanho das pessoas e objetos não caracterizava necessariamente a distância um do
outro e sim a importância do objeto, o poder e o nível social.
28.
29. Ciência aplicada
Os egípcios desenvolveram um tipo de saber voltado principalmente à resolução de
problemas práticos. Esses conhecimentos foram absorvidos e re-elaborados por outros
povos. Os egípcios conheciam distintas áreas como a química, a matemática, a astronomia e
a medicina.
30. Curiosidades
- Os velhos eram muito respeitados no Egito Antigo, pois eles valorizavam muito o
conhecimento acumulado com o passar dos anos;
- No Egito Antigo, as crianças começavam a usar roupas a partir dos cinco anos de
idade. Os meninos usavam uma tanga e um cinto, enquanto as meninas usavam
um vestido;
- Somente os templos e túmulos eram feitos de pedra. As outras construções eram
feitas de tijolos de barro misturados com palha picada;
- As meninos das famílias mais ricas iam para a escola, onde tinham aula com
sacerdotes e sábios. As meninas só podiam ir para a escola a partir dos doze anos
de idade. As crianças usavam pranchas de gesso e lascas de pedra para
escreverem. A escola era muito rigorosa e os castigos físicos eram usados em caso
de erros;
31. - Os filhos de famílias mais pobres (exceto de escravos) aprendiam a profissão do
pai em casa ou no local de trabalho. Estas famílias não tinham condições de
manterem os filhos numa escola;
- Os sarcófagos dos faraós eram feitos de ouro com adornos de pedras preciosas.
Quanto mais poderoso e rico o faraó, mais luxuoso era seu sarcófago;
- No Egito Antigo havia o divórcio. As mulheres podiam ficar com os filhos e
também com parte dos bens do casal. Elas podiam também se casarem
novamente;
- Os egípcios eram muito supersticiosos e acreditavam que os sonhos sempre
significavam algo. Se alguém sonhasse com a queda dos próprios dentes, isso
significava que alguém da família poderia morrer.