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O EGITO ANTIGO
95% do território do Egito é composto por desertos.
O rio Nilo - “dádiva” para o Egito, pois ele nasça na África Central e vai atravessando o deserto egípcio até
desembocar no Mar Mediterrâneo.
Cheias (julho a outubro). Suas águas alagam vastas áreas e na vazante ocorre um verdadeiro milagre: nas
terras inundadas fica depositada uma matéria orgânica (húmus) que fertiliza o solo.
O deserto presentava uma vantagem: ajudava os egípcios a se defenderem dos inimigos, pois os povos
estrangeiros desanimavam atravessar o deserto para atacar as cidades.
Egito no Paleolítico:
selva tropical = estepe = deserto (500 a 30 mil anos antes de cristo – período Glaciário).
Migração em busca de refúgio: lagos interiores = depois afluentes do Nilo = margens do rio Nilo.
7000 A.C. = processo de sedentarização (características do Neolítico)
PERÍODO PRÉ-DINÁSTICO (400 a.C. / 3200 a.C.)
 Aglomerados humanos se instalam nas margens do rio.
 Grupos clânicos vão dar origens aos nomos (comunidades de base familiar independentes entre si).
 Da união dos nomos surgem dois reinos: Baixo Egito (norte) e Alto Egito (sul).
 Menés (Alto Egito) unifica os dois reinos. Primeiro faraó.
 Capital Tinis.
ANTIGO IMPÉRIO (2700 a.C. – 2200 a.C.)
 Paz interna e prosperidade.
 Capital Mênfis.
 Construção das grandes pirâmides de Gizé.
 Rebeliões dos nobres e enfraquecimento do poder central.
1º PERÍODO INTERMEDIÁRIO (2200 a.C. – 2000 a.C.)
 Desintegração do poder político (guerras civis).
 Nomarcas assumem o poder (Estados independentes).
MÉDIO IMPÉRIO (2000 a.C. – 1785 a.C.)
 Restauração do poder do faraó.
 Capital Tebas
 Rompimento do isolamento: relações comerciais com outros povos.
 Grandes obras públicas de irrigação.
 Ampliação da área agrícola.
 Invasão dos hicsos.
2º PERÍODO INTERMEDIÁRIO (1785 a.C. – 1552 a.C.)
 Domínio dos hicsos.
 Chegada dos hebreus.
NOVO IMPÉRIO (1552 a.C. – 1069 a.C.)
 Expulsão dos hicsos. Escravização dos hebreus.
 É o período mais rico e conhecido.
 Grande expansionismo: domínio da Núbia, Síria, Fenícia e a Palestina.
 Aumento do prestígio dos sacerdotes (reforma monoteísta do faraó Amenófis IV).
O faraó Amenófis IV realizou uma reforma religiosa que tinha como justificativa maior a limitação dos poderes
da classe sacerdotal egípcia. Oficializou o culto monoteísta no Egito: o deus Aton, comumente simbolizado pela
figura do círculo solar. Mudou seu nome para Akhenaton (“aquele que adora a Aton”).
 Declínio após a morte do Faraó Ramsés II.
3º PERÍODO INTERMEDIÁRIO
 Invasão dos assírios, seguido dos persas, dos gregos, romanos...
A ECONOMIA: graças à fertilidade do vale, a agricultura pôde ser largamente desenvolvida, constituindo a
base da economia egípcia (era considerado o “celeiro do mundo”).
Os egípcios aprenderam a aproveitar as águas do Nilo, construindo diques e canais de irrigação, o que
possibilitava aumentar a área de cultivo. Eram cultivados: cereais, oliveiras, alface, cebola, alho, uva, figo, linho,
legumes, grão de bico etc.
A pecuária não apresentou grande desenvolvimento, sendo criados bois, burros, porcos carneiros, cabras e
aves. Praticavam a caça e criavam peixes em tanques.
O comércio realizava-se em mercados. Por ausência de moedas, as trocas eram diretas (in natura).
Os egípcios também desenvolveram o artesanato e as manufaturas. Produziam joias, móveis, armas,
ferramentas, tecidos, enfeites, utensílios de vidro etc.
A SOCIEDADE EGÍPCIA: havia uma rígida hierarquia entre as camadas sociais.
 Faraó: principal figura do Egito. Era considerado um Deus vivo. Concentrava em suas mãos o poder
político e espiritual. Ele e sua família ocupavam a posição mais alta no Egito.
 Nobres: eram donos de grandes propriedades, ocupavam os principais postos no governo e no
exército.
 Sacerdotes: eram considerados intermediários entre os deuses e os homens. Classe rica e
privilegiada.
 Escribas: eram os funcionários reais. Eram cultos e encarregavam da cobrança de impostos.
 Os artesãos, comerciantes e militares.
 Os Camponeses ou felás: ocupavam a posição inferior da sociedade egípcia, eram os trabalhadores
braçais. Compunham a maioria da população, trabalhavam nas terras do faraó, dos nobres e dos
sacerdotes. Eram obrigados a entregar ao faraó parte de sua colheita, além de pagar impostos aos
nobres e sacerdotes. Também eram submetidos a trabalhos forçados nas construções de palácios,
templos, canais de irrigação etc.
 Escravos: pequena camada formada por estrangeiros aprisionados nas guerras. Eram encarregados
das tarefas domésticas ou dos trabalhos mais pesados.
A RELIGIÃO
Os egípcios eram politeístas, acreditando em muitos deuses representados com formas humanas
(antropomórficas), de animais (zoomórficos) ou corpo humano e cabeça de animal (antropozoomórficos).
Certos animais eram considerados sagrados, como o gato, o crocodilo, o escaravelho, o boi.
Acreditavam na vida após a morte e no retorno da alma ao corpo. Essa crença levou-os a desenvolver
técnicas para a conservação dos corpos dos mortos, a mumificação.
O corpo era “esvaziado” e colocado em uma espécie de salmora durante 60 dias. Depois era lavado com
óleos, enfaixado e colocados em sarcófagos, eram as múmias. Junto ao morto, eram colocados alimentos, armas,
ferramentas, barcos etc.
Os primeiros grandes faraós mandaram construir os maiores túmulos da história: as pirâmides.
A ESCRITA: Era feita com sinais que representavam imagens de pássaros, insetos, objetos etc. É uma das escritas
mais antigas do mundo:
 Hieróglifos: usado nos textos sagrados
 Hierático: usado em documentos oficiais
 Demótico: a mais simples – uso cotidiano
O papiro: tipo de papel fabricado com o talo de uma planta que também se chamava papiro e crescia nas
margens do rio Nilo.
A Pedra da Roseta: bloco de pedra encontrado por soldados franceses em 1821. Nele Jean François
Champollion descobriu inscrições em três sistemas de escrita: hieróglifo, demótico e grego.

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  • 1. O EGITO ANTIGO 95% do território do Egito é composto por desertos. O rio Nilo - “dádiva” para o Egito, pois ele nasça na África Central e vai atravessando o deserto egípcio até desembocar no Mar Mediterrâneo. Cheias (julho a outubro). Suas águas alagam vastas áreas e na vazante ocorre um verdadeiro milagre: nas terras inundadas fica depositada uma matéria orgânica (húmus) que fertiliza o solo. O deserto presentava uma vantagem: ajudava os egípcios a se defenderem dos inimigos, pois os povos estrangeiros desanimavam atravessar o deserto para atacar as cidades. Egito no Paleolítico: selva tropical = estepe = deserto (500 a 30 mil anos antes de cristo – período Glaciário). Migração em busca de refúgio: lagos interiores = depois afluentes do Nilo = margens do rio Nilo. 7000 A.C. = processo de sedentarização (características do Neolítico) PERÍODO PRÉ-DINÁSTICO (400 a.C. / 3200 a.C.)  Aglomerados humanos se instalam nas margens do rio.  Grupos clânicos vão dar origens aos nomos (comunidades de base familiar independentes entre si).  Da união dos nomos surgem dois reinos: Baixo Egito (norte) e Alto Egito (sul).  Menés (Alto Egito) unifica os dois reinos. Primeiro faraó.  Capital Tinis. ANTIGO IMPÉRIO (2700 a.C. – 2200 a.C.)  Paz interna e prosperidade.  Capital Mênfis.  Construção das grandes pirâmides de Gizé.  Rebeliões dos nobres e enfraquecimento do poder central. 1º PERÍODO INTERMEDIÁRIO (2200 a.C. – 2000 a.C.)  Desintegração do poder político (guerras civis).  Nomarcas assumem o poder (Estados independentes). MÉDIO IMPÉRIO (2000 a.C. – 1785 a.C.)  Restauração do poder do faraó.  Capital Tebas  Rompimento do isolamento: relações comerciais com outros povos.  Grandes obras públicas de irrigação.  Ampliação da área agrícola.  Invasão dos hicsos. 2º PERÍODO INTERMEDIÁRIO (1785 a.C. – 1552 a.C.)  Domínio dos hicsos.  Chegada dos hebreus. NOVO IMPÉRIO (1552 a.C. – 1069 a.C.)  Expulsão dos hicsos. Escravização dos hebreus.  É o período mais rico e conhecido.  Grande expansionismo: domínio da Núbia, Síria, Fenícia e a Palestina.  Aumento do prestígio dos sacerdotes (reforma monoteísta do faraó Amenófis IV). O faraó Amenófis IV realizou uma reforma religiosa que tinha como justificativa maior a limitação dos poderes da classe sacerdotal egípcia. Oficializou o culto monoteísta no Egito: o deus Aton, comumente simbolizado pela figura do círculo solar. Mudou seu nome para Akhenaton (“aquele que adora a Aton”).  Declínio após a morte do Faraó Ramsés II.
  • 2. 3º PERÍODO INTERMEDIÁRIO  Invasão dos assírios, seguido dos persas, dos gregos, romanos... A ECONOMIA: graças à fertilidade do vale, a agricultura pôde ser largamente desenvolvida, constituindo a base da economia egípcia (era considerado o “celeiro do mundo”). Os egípcios aprenderam a aproveitar as águas do Nilo, construindo diques e canais de irrigação, o que possibilitava aumentar a área de cultivo. Eram cultivados: cereais, oliveiras, alface, cebola, alho, uva, figo, linho, legumes, grão de bico etc. A pecuária não apresentou grande desenvolvimento, sendo criados bois, burros, porcos carneiros, cabras e aves. Praticavam a caça e criavam peixes em tanques. O comércio realizava-se em mercados. Por ausência de moedas, as trocas eram diretas (in natura). Os egípcios também desenvolveram o artesanato e as manufaturas. Produziam joias, móveis, armas, ferramentas, tecidos, enfeites, utensílios de vidro etc. A SOCIEDADE EGÍPCIA: havia uma rígida hierarquia entre as camadas sociais.  Faraó: principal figura do Egito. Era considerado um Deus vivo. Concentrava em suas mãos o poder político e espiritual. Ele e sua família ocupavam a posição mais alta no Egito.  Nobres: eram donos de grandes propriedades, ocupavam os principais postos no governo e no exército.  Sacerdotes: eram considerados intermediários entre os deuses e os homens. Classe rica e privilegiada.  Escribas: eram os funcionários reais. Eram cultos e encarregavam da cobrança de impostos.  Os artesãos, comerciantes e militares.  Os Camponeses ou felás: ocupavam a posição inferior da sociedade egípcia, eram os trabalhadores braçais. Compunham a maioria da população, trabalhavam nas terras do faraó, dos nobres e dos sacerdotes. Eram obrigados a entregar ao faraó parte de sua colheita, além de pagar impostos aos nobres e sacerdotes. Também eram submetidos a trabalhos forçados nas construções de palácios, templos, canais de irrigação etc.  Escravos: pequena camada formada por estrangeiros aprisionados nas guerras. Eram encarregados das tarefas domésticas ou dos trabalhos mais pesados. A RELIGIÃO Os egípcios eram politeístas, acreditando em muitos deuses representados com formas humanas (antropomórficas), de animais (zoomórficos) ou corpo humano e cabeça de animal (antropozoomórficos). Certos animais eram considerados sagrados, como o gato, o crocodilo, o escaravelho, o boi. Acreditavam na vida após a morte e no retorno da alma ao corpo. Essa crença levou-os a desenvolver técnicas para a conservação dos corpos dos mortos, a mumificação. O corpo era “esvaziado” e colocado em uma espécie de salmora durante 60 dias. Depois era lavado com óleos, enfaixado e colocados em sarcófagos, eram as múmias. Junto ao morto, eram colocados alimentos, armas, ferramentas, barcos etc. Os primeiros grandes faraós mandaram construir os maiores túmulos da história: as pirâmides. A ESCRITA: Era feita com sinais que representavam imagens de pássaros, insetos, objetos etc. É uma das escritas mais antigas do mundo:  Hieróglifos: usado nos textos sagrados  Hierático: usado em documentos oficiais  Demótico: a mais simples – uso cotidiano O papiro: tipo de papel fabricado com o talo de uma planta que também se chamava papiro e crescia nas margens do rio Nilo. A Pedra da Roseta: bloco de pedra encontrado por soldados franceses em 1821. Nele Jean François Champollion descobriu inscrições em três sistemas de escrita: hieróglifo, demótico e grego.