Ensaio acelerado de avaliação de anodos galvânicos para reparo de estruturas ...
Corrosão estruturas concreto
1. Estudo de corrosão em estruturas de concreto
Adriana de Araujo
Laboratório de Corrosão e Proteção
REUNIÃO DO GRUPO DE GESTÃO E CONTROLE DA CORROSÃO DO E&P
PETROBRAS - EDITA
Rio de
Janeiro Rio de Janeiro, 27/28 de novembro de 2013
2. CONTEÚDO
A corrosão nas estruturas de concreto
Principais fatores desencadeadores da corrosão:
degradação do concreto por processo físico-mecânico;
degradação do concreto por processo físico-químico.
Principais técnicas de proteção das estruturas:
tratamento superficial do concreto;
revestimento da armadura ou uso de aços especiais;
Inibidores de corrosão;
Exemplos e
estudo de casos
proteção catódica.
Monitoramento das estruturas:
sensores de embutimento no concreto de cobrimento da armadura.
3. Nas estruturas de concreto, a corrosão é uma ameaça silenciosa!
...geralmente é detectada somente com o aparecimento de
anomalias na superfície do concreto!
Os principais fatores desencadeadores da
corrosão, seriam a falta de manutenções
periódicas e a não adoção de técnicas
adequadas de avaliação e de proteção
contra corrosão.
4. Elevado do Joá – RJ
Manutenção somente após um grande período
sem intervenções com a estrutura já em estado
crítico de deterioração!
Custo estimado de R$ 70 milhões!
"O viaduto está sob ataque de corrosão generalizada. Mesmo com os reparos
que estão sendo feitos, vai haver necessidade de intervenção no futuro"
Eduardo Batista, professor da Coppe/UFRJ (04/2013)
Ponte dos remédios - SP
Após 14 anos sem manutenção, a Ponte
dos Remédios é interditada em 2011
após o desabamento de parte de sua
estrutura no Rio Tietê!...
Em 1997 uma rachadura também
resultou na interdição da ponte
e...muitos transtornos na cidade.
5. Dentre as manifestações patológicas que mais atingem as estruturas
de concreto, pesquisadores apontam que no mínimo 30 % delas
estão relacionadas com a corrosão das armaduras!
Em ambientes de forte agressividade, é ainda maior!
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS ESTRUTURAS DE RECIFE:
4%
detalhes construtivos
14 %
problemas estruturais
15 % causas não identificadas
9%
outras manifestações
58 %
corrosão de armaduras
(ANDRADE; DAL MOLIN, 1997)
6. Estima-se que 3 % do PIB do Brasil é consumido pela corrosão!
US$ 15 bilhões anuais!
(abraco.org.br)
Adotando-se práticas adequadas para o controle da corrosão,
podem ser economizados cerca de 30 % deste valor!
US$ 5 bilhões!
No caso das estruturas de concreto, os
custos econômicos associados a sua
recuperação são também bastante
significativos!
Como referência, cita-se que em cinco anos
(2006 a 2011) foram gastos cerca de R$ 120
milhões em serviços de reparos, manutenção
e reforço estrutural de somente
27 obras de arte da cidade de SP. (metalica.com.br)
7. CONTEÚDO
Principais fatores desencadeadores da corrosão:
degradação do concreto por processo físico-mecânico;
degradação do concreto por processo físico-químico.
Técnicas de proteção das estruturas:
tratamento superficial do concreto;
revestimento da armadura ou aços especiais;
Inibidores de corrosão;
proteção catódica.
Monitoramento das estruturas:
sensores de embutimento no concreto de cobrimento da armadura.
8. A corrosão é resultante da degradação do concreto de
cobrimento....
Degradação do concreto por processo
físico - mecânico
Desagregação
abrasão
erosão
AGENTES:
gases, líquidos e
partículas
cavitação
Fissuração
mudanças de volume
(retração e mov. higrotérmica),
cargas estruturais
(flexão, torção e cisalhamento)
AGENTES:
variações térmicas e de
umidade
sobrecarga e vibrações
9. Independente da origem, abertura e quantidade, a
fissura facilita o ingresso, no concreto de cobrimento
da armadura, de agentes desencadeadores da
corrosão!
Corrosão severa: formação de uma
macrocélula de corrosão na área do concreto
fissurado
11. Concreto
degradação por processo físico - químico
Carbonatação
reações com
componentes da pasta
de cimento
Redução
do pH
Lixiviação
ação extrativa de
componentes da pasta
de cimento e dos agregados
eflorescência
AGENTES:
aumento da
porosidade
Disgregação
reações envolvendo
formação de
produtos expansivos
diminuição
da resistência
diminuição
da resistência
perda da
integridade
dióxido de carbono (CO2)
Líquidos (águas moles e ácidas)
AGENTES:
sulfatos (SO42-)
Reação álcali-agregados
12. Carbonatação:
A portlandita (com contribuição dos álcalis dissolvidos na água
dos poros), confere uma elevada alcalinidade ao
concreto (pH ≥ 12).
Nesta condição, há a formação de um filme protetor de
óxidos na superfície das armaduras (resistente e aderente),
que impede o desencadeamento da corrosão (armaduras
passivadas).
A penetração do CO2 nos poros e capilares do concreto
desencadeia uma reação química com compostos do cimento,
reduzindo o pH do meio (frente de carbonatação).
Como consequência... há dissolução do filme protetor da
armadura (corrosão).
16. Com a despassivação da armadura, um processo corrosivo pode ser
estabelecido, sendo visualizadas as seguintes anomalias:
Corrosão
Mancha de oxidação:
lixiviação dos
produtos de corrosão
Disgregação:
fissuração e
desplacamento
Exposição da armadura
(perda da seção e
da aderência)
AGENTES AGRESSIVOS:
CO2
(frente de carbonatação)
íons cloreto (Cl-)
dissolução do filme
protetor
Quebra localizada do
filme protetor
17. ÍONS CLORETO (Cl-)
Mesmo em concreto com pH da ordem de 12, os íons
danificam localmente a camada passivamente (filme
protetor), ocasionando corrosão.
Teor crítico de cloreto para início da corrosão
(ABNT NBR 12655, 2006):
• concreto armado: 0,15 %,
• concreto protendido: 0,05 %
Todos os fatores que favorecem o ingresso de
água, favorecem também o ingresso do cloreto.
Presença: ambiente marinho e industrial, aditivos e sal
de degelo.
18. EVOLUÇÃO DA CORROSÃO
Y
Y
A) Penetração de agentes
B) Fissuração devida às forç
agressivos por difusão,
de expansão dos produtos d
A) Penetração de agentes
B) Fissuração devida às forças
absorção ou permeabilidade
corrosão
agressivos por difusão,
absorção ou permeabilidade
de expansão dos produtos de
corrosão
C) Lascamento do concreto e
D) Lascamento acentuado
C) Lascamento do concreto acentuada Lascamento acentuado
D)
corrosão e
e redução significativa da
corrosão acentuada
e redução significativa da de armadura
seção
seção de armadura
Volume dos produtos
de corrosão
22. CONTEÚDO
Técnicas de proteção das estruturas:
tratamento superficial do concreto;
revestimento da armadura ou aços especiais;
Inibidores de corrosão;
proteção catódica.
Monitoramento das estruturas:
sensores de embutimento no concreto de cobrimento da armadura.
23. O Brasil é um país tropical com uma vasta faixa litorânea:
muitas edificações estão sujeitas a ambientes agressivos.
É comum a realização de manutenção inadequada
(especificação, execução e fiscalização) e a ocorrência de
acidentes e sobrecargas que resultam no aparecimento de
patologias prematuras!
A presença de patologias eleva o ingresso de agentes agressivos no concreto,
acelerando a degradação da estrutura e elevando os custos de sua manutenção.
Com o avanço da degradação, há diminuição da vida útil* e comprometimento da
integridade da estrutura!
Vida útil é o período de tempo no qual a estrutura é capaz de desempenhar as
funções, sem a necessidades de intervenções não previstas (CEB/FIP, 1990).
Durabilidade é a capacidade do concreto de manter-se em condições plenas e de
resistir às influências ambientais previstas em projetos (NBR 6118, 2003).
24. Por que garantir e aumentar a durabilidade?
Altos custos de investimento na construção e de mobilização de equipe.
Grande impacto social e ambiental (na construção e na demolição).
Importância da preservação da aparência da estrutura
para a imagem da cidade/empresa.
Responsabilidade técnica permanente dos
construtores e proprietários.
MANUTENÇÃO
USO
QUALIDADE DO
CONCRETO EXECUTADO
MEIO AMBIENTE
CIRCUNDANTE
DURABILIDADE DAS
ESTRUTURAS
25. Durabilidade e literatura
VAYBURD e EMMONS (2000): em ambiente agressivo, um processo de
degradação pode ocorrer em um curto intervalo de tempo, sendo que, na
presença de cloretos, a estratégia é adotar concreto
de qualidade
e adicionar proteção.
DHIR et al. (1991): a especificação do concreto não é um guia da
provável durabilidade da estrutura. Somente as suas características (fck,
% C, a/c) não garantem uma adequada durabilidade em ambiente
contaminado com cloreto.
SANDBERG (1996): a corrosão por cloretos é o problema mais comum de
durabilidade associada com o moderno concreto de qualidade exposto
ao ambiente marinho.
ACI 222.3R (2003): estruturas marinhas, como píeres, são vulneráveis à
corrosão. Por causa deste risco, outras proteções podem ser requeridas.
Destaca-se que.... a garantia da qualidade do concreto é
dependente de diversos fatores: projeto, execução, cura,
transporte e manutenção.
26. Técnicas de proteção e recuperação das estruturas
Classe 1
Tratamento da superfície do concreto
Impedir ingresso dos agentes que determinam ou
aceleram a corrosão: adequado para concretos não
contaminados ou pouco contaminados. Para concretos
contaminados, estende a vida por alguns anos:
NACE RP 0390
Classe 2
Proteção catódica
Reparo (retirada do concreto danificado e reconstrução)
Realcalinização ou extração de cloretos
Alterar o meio junto às armaduras
27. Técnicas de proteção e recuperação das estruturas
NACE RP 0187
Seleção de materiais:
o uso de aços mais resistentes, como os aços inoxidáveis.
Tratamento do concreto:
substituição do concreto deteriorado/contaminado por outro
com características melhores (a/c, espessura de cobrimento,
propriedades), uso de inibidores de corrosão, realcalinização e
extração de cloretos do concreto e/ou tratar a superfície.
Tratamento do aço:
aplicar revestimento orgânico ou metálico.
Técnicas eletroquímica:
proteção catódica (corrente impressa ou anodos de
sacrifício), realcalinização e extração de cloretos.
28. REVESTIMENTO SUPERFICIAL DO CONCRETO
uma das maneiras mais práticas e econômicas de garantir e/ou
aumentar a durabilidade das estruturas de concreto.
Estruturas íntegras (preventiva): minimizar o ingresso de agentes
agressivos e da água. Princípio 1 (PI) da EN 1504-9
Estruturas deterioradas (conservação): controlar o ingresso da
água, aumento da resistividade. Princípios 2 (MC) e 8 (IR) da EN
1504-9
.....além disto, os revestimentos devem ser duráveis e
compatíveis com as condições de serviço (NACE SP0187)
29. Dentre os produtos, destacam-se (ISO 1504-2):
Impregnação hidrofóbica
Restringe a penetração da
água líquida, permitindo a
liberação de seus vapores.
Não forma filme.
Impregnação
Restringe a penetração da
água (< porosidade) e
aumenta dureza superficial.
Forma filme não uniforme.
Revestimentos
Restringe a penetração de
água, cloretos e gases.
Forma filme uniforme.
O atendimento a essas exigências deve ser verificado por meio da
avaliação das propriedades do revestimento, específicas para cada
caso.
30. Critérios da ISO1504-2:
Propriedades
Aplicação e valores limites
Impregnantes hidrofóbicos (H) e não hidrofóbicos (I) e
Revestimento por pintura (P)
Permeabilidade à água
líquida, absorção capilar (W)
Permeabilidade ao vapor de
água (SD,)
Permeabilidade ao dióxido de
carbono (SD,)
I e P: Classe I: SD < 5 mm, Classe II: ≤ 5 mm SD ≤ 50
mm e Classe III: SD > 50 mm (EN ISO 7783- 1 e 2)
Envelhecimento artificial (em
câmara de intemperismo)
P: ausência de bolhas, fissuração e delaminação
após 2000 horas de exposição (EN 1062-11)
Aderência ao substrato úmido
(resistência a tração, pull off)
P: ausência de bolhas, fissuração e delaminação
após carga e resistência ao arrancamento:
≥ 0,8 N/mm2 (elástico) e ≥ 1,0 N/mm2 (rígidos)
(EN 13578)
H, I e P: W 0,1 kg.m-2. h-0,5 (EN 1062-3)
P: SD > 50 m (EN 1062-6)
31. Mercado brasileiro
Não há normalização nacional e nem laboratórios que realizem os
ensaios correntemente, adaptando critérios existentes ao padrão
brasileiro
Poucos boletins técnicos de produtos informam o atendimento a
critérios de desempenho contra a corrosão
Necessidade de estudo de avalição de produtos e proposição de
procedimentos de ensaios/normalização e estudos de
desenvolvimento de produtos com uso de novas tecnologias (ex.
autolimpante)!
REVESTIMENTO SUPERFICIAL DO CONCRETO
32. Estudo de caso
O LCP tem uma série de estudos de revestimento
orgânicos para substrato metálico, no entanto, para
concreto os estudos ainda são restritos. Isso devido ao
desconhecimento no mercado da necessidade da
aplicação de critérios rígidos de seleção dos produtos.
Avaliação do desempenho de um verniz acrílico e um
verniz poliuretano antipichação como revestimentos de
proteção superficial do concreto contra a ação deletéria
do dióxido de carbono e de íons cloreto.
Ensaios LCP:
Caracterização;
Potencial de corrosão;
Resistência de polarização; e
Taxa de corrosão.
35. CONTEÚDO
Técnicas de proteção das estruturas:
revestimento da armadura ou aços especiais;
Inibidores de corrosão;
proteção catódica.
Monitoramento das estruturas:
sensores de embutimento no concreto de cobrimento da armadura.
36. A proteção superficial é feita por pintura epoxídica da armadura ou
por zincagem, ou ainda, as duas em sistema dúplex.
A epoxídica é uma pintura eletrostática que atua como
barreira de proteção ao ingresso da H2O, Cl- , O2 (NACE SP0187).
ASTM A775:
• Defeito < 1 % da área a cada 0,3 m
• Permite reparo com tinta epoxídica
• Espessura:
175 µm a 300 µm (Ø ≤10 mm) e,
175 µm a 400 µm (até Ø ≤ 58 mm).
37. Woodrow Wilson - Virgínea
Holden Beach Bridge –
Calolina do Norte
No LCP, há somente um
estudo de revisão
bibliográfica (2004).
38. A zincagem do aço é feita por imersão a quente.
O zinco atua como proteção galvânica do aço. A sua taxa
de consumo é em função da estrutura da camada, como
também, do teor de íons cloreto e do pH do concreto.
ASTM A A767:
• defeito < 1 % da área a cada 0,3 m;
• permite reparo dos defeitos com tintas
ricas em zinco;
• cromatização recomendada.
Classe I
Classe II
Ø =10 mm
915 g/m2
130 µm
Ø ≥13 mm
1070 g/m2
150 µm
Ø ≥10 mm
610 g/m2
85 µm
39. o zinco é anfótero:
– meio muito alcalino
– meio muito ácido
pH 9 a 12,5
Barreira protetora
Concreto com
> Tcrít
Cl-
Cl-
Ataque severo
Adequado para
concreto
carbonatado
Há restrições!
Adequado para
concreto com Cl-
e VFe -corr = (4 a 5) x VZn -corr
Bolhas de hidrogênio na interface
Zn/concreto novo: ataque pronunciado do zinco e formação de hidroxizincita de
caráter protetor.
Consumo de ~10 µm de Zn
Zn + 2H20 Zn(OH)2 + H2
2Zn(OH)2 + 2H20 + Ca(OH)2 Ca(Zn(OH3)2.2H20
40. Caleta Lo Rojas, Coronel
Central Colbún - Puerto de Coronel
Piscicultura Los Fiordos - Agrosuper
41. Estudo de caso
Estudo em conjuntos habitacionais: inspeções em campo e
ensaios em laboratório para avaliação da passivação e da taxa de
corrosão do aço-carbono zincado em água de poro de concreto
convencional e com ar incorporado.
Exame visual
Ensaios:
Potencial de corrosão
Resistência de polarização e taxa
de corrosão
45. O aço inoxidável tem resistência elevada à corrosão, sendo utilizado
no exterior em estruturas que requerem vida útil ≥ 100 anos.
A utilização de aços inoxidáveis, especialmente do Lean dúplex (baixos
teores de níquel e molibdênio) vem crescendo gradualmente em obras
públicas e privadas de grande porte e outras de valor histórico e de
elevada responsabilidade técnica.
O seu uso limita-se às armaduras superficiais e
às armaduras de regiões críticas, podendo ser
associado ao projeto de estruturas mais
esbeltas (menor espessura de concreto de
cobrimento da armadura).
BS 6744
47. Mercado brasileiro
FBE/aço inoxidável: não há mercado desenvolvido no Brasil, embora
Gerdau produza armaduras com FBE nos USA.
Zinco: revestimento adotada no exterior e, recentemente, introduzido no
Brasil. O revestimento do aço é obtido por processo de imersão a quente
e, também, por eletrodeposição. Ambos os processos seguem padrão de
revestimentos de aço para exposição atmosférica.
Não há normalização nacional e nem laboratórios que realizem os ensaios
de desempenho correntemente. As informações disponíveis de
desempenho são de estudos no exterior.
Há necessidade urgente de estudos do desempenho de armaduras
zincadas, considerado a composição química do vergalhões e do
cimentos brasileiros e as condições climáticas do nosso país.
REVESTIMENTO DA ARMADURA e AÇO INOXIDÁVEL
48. Revestimento
Item
Zincagem
Galvanização
Pintura
Aço inox
Aderência ao aço-carbono
JJJJ
JJJ
_
Aderência ao concreto
JJJJ
JJJ
JJJ
Resistência à corrosão
JJJ
JJJ
JJJJ
Resistência química
JJJ
JJ
JJJJ
Resistência à abrasão
JJJJ
JJ
JJJJ
Resistência ao impacto
JJJ
JJJ
JJJJ
JJ
JJJ
JJJJ
JJJJ
JJJ
JJJJ
Resistência à carbonatação
JJJ
JJJ
JJJJ
Proteção catódica
JJJ
JJ
_
JJJJ
JJJJ
_
JJ
JJJ
JJJJ
Baixo
Regular
Elevado
Resistência aos íons cloreto
Resistência aos raios ultravioleta e a umidade
Proteção por barreira
J
Inexistente/Muito Pouca
49. Revestimento
Item
Zincagem
Galvanização
Pintura
Aço inox
LLL
LL
L
LLL
L
LL
Dificuldade de manuseio na obra (dobrar, transportar
e armazenar)
LL
LLLL
L
Geração de falhas no manuseio
LL
LLLL
_
Necessidade de correção de falhas após fabricação
LLL
LLLL
_
Necessidade de correção de falhas após instalação
na obra
LL
LLL
_
Diminuição de desempenho em função de falhas
remanescentes
LL
LLL
_
Custo adicional ao de fabricação do aço
LL
LL
LLL
LLL
LLLL
LLLL
LL
LLL
LLLL
L
LL
_
LL
L
_
LL
LLL
LLLL
Baixa
Regular
Elevada
Reação química c/ o cimento
Alterações no projeto estrutural convencional
Custo adicional ao do aço-carbono
Elevação do custo adicional ao da obra
convencional
Necessidade de pré-tratamento do aço para receber
o revestimento
Necessidade de tratamento após revestimento
L
Inexistente/Muito Pouca
50. Estudo de caso
Avaliação de diferentes tipos de aços
inoxidáveis com enfoque na influência do
molibdênio na resistência à corrosão por
pite em concreto contaminado com íons
cloreto e carbonatado.
Ensaios
Exame visual
Potencial de corrosão
Levantamento das
curvas de polarização
51. A ocorrência de corrosão preferencial nas frestas formadas entre a
resina e as pastilhas dos aços inoxidáveis e no fio de cobre
impossibilitou a sua avaliação quanto à resistência à corrosão por pite.
A avaliação da corrosão em fresta
possibilitou verificar uma tendência de
maior resistência à corrosão dos aços com
adição de Mo. Esta tendência era maior
para os aços dúplex com 3 % de Mo, em
relação aos austeníticos e aos ferríticos.
Aços inoxidáveis austenítico
Aços inoxidáveis ferríticos
52. CONTEÚDO
Técnicas de proteção das estruturas:
Inibidores de corrosão;
proteção catódica.
Monitoramento das estruturas:
sensores de embutimento no concreto de cobrimento da armadura.
53. Inibidores são substâncias que se adicionadas ao concreto
diminuem a velocidade de corrosão sem causar grandes modificações
ao mesmo.
INIBIDORES NA SUPERFÍCIE DO CONCRETO:
Usado na forma líquida aplicada sobre a superfície do concreto endurecido.
Atravessa a camada de cobrimento por difusão líquida e gasosa.
• mono-flúor fosfato de sódio;
• aminas, amino-álcool ou amino-carboxilato;
• Silano organo-funcional base flúor.
INIBIDORES NA MASSA DE CONCRETO OU ARGAMASSA DE REPARO:
Adicionados, na forma líquida ou em pó, no concreto ou na argamassa.
• nitrito de cálcio;
• benzoato de sódio e cromatos
• aminas, amino-álcool ou amino-carboxilato.
54. Mercado brasileiro
Não há normalização nacional e nem laboratórios que realizem os ensaios
de desempenho correntemente. A maioria das informações disponíveis de
desempenho são de estudos no exterior.
Há carência de estudos amplos do desempenho de inibidores,
especialmente dos de novas tecnologias (ex. aplicados na superfície
do concreto)
INIBIDORES
55. Estudo de caso
Silano organo-funcional
Associa o hidrofugante com amina.
silano:
ligação química que evita a lixiviação de inibidor;
restringe o ingresso de água contaminada com
íons cloreto.
SP348 – KM 062+695 N
56. Velocidade de difusão de inibidores (VCI) no concreto
Estudo de caso
Solução saturada de
Ca(OH)2
Inibidor
Determinação do perfil de
penetração do inibido
Graute condutivo e
concreto padrão
•
•
CorroLogic 690 (Cortec)
Zerust Zerion C-711 (Zerust)
Amônia
Determinação da
presença amônia
(eletrodo Orion 95-12)
57. CONTEÚDO
Técnicas de proteção das estruturas:
proteção catódica.
Monitoramento das estruturas:
sensores de embutimento no concreto de cobrimento da armadura.
58. PROTEÇÃO CATÓDICA
É reconhecida como a técnica que melhor pode proteger, a longo prazo,
as estruturas de concreto contra a corrosão.
Princípio: estabelecer um fluxo de corrente que torna o aço-carbono
catodicamente protegido.
Corrente impressa: o fluxo de corrente de proteção é fornecido por
uma fonte externa permanente de energia elétrica (retificador).
Neste sistema, adotam-se anodos inertes (na superfície do concreto),
como tinta ou revestimento cimentício com carbono, revestimento
metálico, malhas e fitas de titânio revestido (metal nobre).
Anodo de sacrifício: o fluxo de corrente de proteção é fornecido por
anodos consumíveis (na massa ou na superfície do concreto).
Neste sistema, adotam-se anodos consumíveis, como revestimento,
chapa, malha e pastilhas de zinco.
59. Classicamente, a proteção catódica leva o potencial da interface
aço/meio ao domínio de imunidade do ferro/água do ou a um potencial
muito próximo a este domínio. Em estruturas de concreto, este conceito
pode ser aplicado somente as estruturas submersas ou enterradas
2H+ + 2e-
H2
Diagrama de Pourbaix do ferro/água
Em estruturas atmosféricas, o conceito é diferenciado...
60. Em estruturas atmosféricas, aplica-se o critério de 100 mV de
decaimento!
Curva típica de decaimento de potencial após o
desligamento da corrente de proteção
61. Há um grande impacto das reações anódicas e catódicas no concreto!
Alcalinização
Acidificação
65. Argamassa especial
alta condutividade
iônica (porosa).
Fios para a conexão
elétrica
Pastilha de zinco
GALVASHIELD XP
Postergar o aparecimentos de regiões anódicas em estruturas
submetidas ao ataque de cloretos.
66. Compatibilidade eletroquímica: a armadura fica embutida parte no
material de reparo e parte no concreto antigo o que pode gerar o surgimento
de uma pilha de corrosão
69. O monitoramento das estruturas de concreto possibilita que o
risco de corrosão das armaduras seja estimado ao longo dos anos de
sua utilização.
Sabendo-se o risco, medidas de prevenção da ocorrência da corrosão
ou de seu controle podem ser definidas corretamente.
Vantagens do uso de sensores:
• permitem o melhor conhecimento dos mecanismos de deterioração;
• Obtenção de modelos matemáticos bastante seguros para a previsão de
vida útil da estrutura;
• otimização e melhor planejamento das intervenções de inspeção e de
reparo da estrutura;
• avaliação de diferentes cenários, por exemplo, mudança do sistema de
tratamento superficial, troca de material ou interrupção da proteção
catódica.
70. A maioria dos sensores disponíveis no mercado internacional
fundamenta-se no monitoramento da variação da corrente
galvânica entre barras de aço-carbono (anodo) e uma barra de
metal mais nobre (catodo) embutidas no concreto.
Sensor galvânico tipo escada
barras de aço-carbono - ANODO
embutidas em diferentes profundidades
do concreto de cobrimento da armadura
Obras
novas!
Barras de metal nobre -
CATODO
Terminal de medição, instalado
na superfície do concreto
Barra de metal nobre - CATODO
embutida próximo das barras de açocarbono
71. Penetração de agentes
agressivos no concreto de
cobrimento da armadura
Avaliação do risco de corrosão
conforme ocorre a despassivação
gradativa das barras do aço-carbono
(anodo)
CO2
O2
ClH2O
Superfície do concreto
Catodo
Armadura
Anodo
(barras de aço-carbono do
sensor)
72. Monitoramento do perfil de umidade do concreto de
cobrimento da armadura
Obras
Anéis de açoinoxidável
Anéis de vedação
Resistividade
entre 2 aneis
adjacentes
novas!
Concreto de cobrimento da
armadura
Sensor de umidade
Avaliação do risco de
corrosão pela variação do
Perfil de umidade
eletrodo de
temperatura (embutido)
Perfil de umidade elevado, menor deve ser o ingresso de gases e maior
deve ser o ingresso de íons cloreto no concreto
Perfil de umidade muito elevado ou baixo, menor deve ser a taxa de
corrosão
73. Eletrodo de referência ER (Mn/MnO2) Contra eletrodo - CE
barra de aço inoxidável
Eletrodo de trabalho
armadura
Sensor
Técnica de resistência de polarização - 3
eletrodos
Superfície do concreto
Monitoramento do risco de corrosão pela avaliação da
taxa instantânea de corrosão da armadura
Guard-rings
(p/ confinamento da corrente)
Concreto
Contato elétrico
c/ armadura
terminal de aquisição e armazenamento dos
dados
74. Mercado brasileiro
Os sensores são pouco conhecidos e utilizados. Esse fato está
relacionado com a restrição de tecnologia nacional e de pessoal
qualificado. Isso abre um novo campo de investigação muito
promissor!
Acredita-se que há um mercado crescente, tendo-se no futuro
próximo cada vez mais sensores de melhor relação custo/benefício, o
que facilitará a monitoração permanente das estruturas de concreto.
MONITORAMENTO
75. Leia mais:
Proteção catódica de estruturas de concreto = Cathodic protection for concrete
structures. Revista IBRACON de Estruturas e Materiais- RIEM, v. 6, n. 2, p. 178-193,
apr., 2013
Carbonated and chloride contaminated concrete structure: the role of molybdenum
in corrosion of stainless steel reinforcement. Corrosão e Protecção de Materiais, v.
32, n. 1, p.42-49, 2013. 8p
Monitoramento da corrosão em estruturas de concreto: sensor galvânico. Téchne,
v.21, Ed.194, p.62-66, maio, 2013. 5p.
Monitoramento da corrosão em estruturas de concreto: sensor de umidade, de
taxa de corrosão e de fibra óptica. Téchne, v.21, Ed.195, p.62-65, jun., 2013. 4p.
Monitoramento da corrosão em estruturas de concreto com uso de sensores. In:
CONFERÊNCIA SOBRE TECNOLOGIA DE EQUIPAMENTOS, 12., 2013, Porto de Galinhas.
Anais... 15p. (Artigo 338).
Resistividade elétrica do concreto. Téchne, v.21, Ed.200, p.62-65, nov., 2013. 5p.
76. Leia mais:
Behavior of carbon steel in simulated concrete pore solutions of air-entrained and
conventional concrete. In: EUROPEAN CORROSION CONGRESS, 2012. (resumo 1176).
The effect of molybdenum on the corrosion performance of stainless steel in
chloride-contaminated and carbonated concrete. In: EUROPEAN CORROSION
CONGRESS, 2012, Istambul., 2012. 17p (Artigo 1177).
Estudos da influência do molibdênio na resistência à corrosão de aços inoxidáveis
ferríticos, austeníticos e dúplex em solução simulada de água de poro e em concreto.
INTERCORR 2012, 32, 2012. (artigo 093).
Galvanização e pintura epoxídica de armaduras de estruturas de concreto como
proteção adicional contra a sua corrosão. In CONFERÊNCIA SOBRE TECNOLOGIA DE
EQUIPAMENTOS, COTEQ, 11, 2011,
Extensão da vida útil das estruturas de concreto armado com uso de armaduras
zincadas. Téchne, v.19, n.170, p.72-76, maio, 2011. 5p.
Proteção de estruturas de concreto. congresso brasileiro do concreto, CBC2010, 52,
2010, Fortaleza. Anais... Fortaleza: IBRACON, 2010. 16 p. (Artigo 0257)