1. 1º CHECK DO PAPER
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – 5º PERÍODO
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I
PROF(A): JOSÉ MURILO REIS
TEMA: DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO EM
CIDADES LITORÂNEAS:
NOME: Jadna Soares Coutinho
DELIMITAÇÃO DO TEMA: Estudo da Corrosão em estruturas de concreto na faixa
litorânea da cidade de São Luís do Maranhão.
CONTRUÇÃO DO PROBLEMA:
Algumas patologias encontradas nos concretos estão ligadas diretamente
ao material utilizado e a execução do processo. A degradação dessas estruturas em
regiões litorâneas é um fenômeno extremamente comum no mundo. Em regiões à
beira-mar, a atmosfera encontra-se salinizada impregnada, principalmente, por íons
cloreto. Estes íons são adsorvidos pelos poros da estrutura e, posteriormente, invadem
o concreto em direção à armadura de aço. A taxa de corrosão das armaduras é
acelerada em caso de concreto carbonatado e sujeito à atmosfera salina. Que medidas
podem ser tomadas para minimizar, ou até mesmo, evitar este tipo de patologia em
estruturas de concreto, na região litorânea da cidade de São Luís?
HIPOTESES:
Segundo Andrade, 2001 A corrosão das armaduras é caracterizada por ser
um processo eletroquímico gerador de óxidos e hidróxidos de ferro, denominada
produtos de corrosão. O concreto é um material composto pela mistura de água,
aditivos, cimento Portlant e agregados. Um concreto de boa qualidade tem uma vida
útil maior e protegendo a armadura de algumas patologias que possam atacar. Gentil
1996, afirma que quando o concreto é executado sem os devidos cuidados, pode não
funcionar perfeitamente como uma barreira protetora, permitindo assim que as
armaduras sofram ataques de íons agressivos ou de substâncias ácidas existentes na
2. atmosfera, danificando a camada passivadora da armadura, sendo os principais
agentes responsáveis pela perda dessa proteção são: o dióxido de carbono (CO2)
e os íons cloreto (Cl-).
JUSTIFICATIVA:
O ambiente marinho é reconhecidamente agressivo ao ambiente construído.
Em particular, nas regiões litorâneas a agressividade do ambiente é muito grande e o
concreto pode experimentar problemas que diminuem sua durabilidade e vida útil.
Dessa forma, a garantia da durabilidade de uma estrutura de concreto de uma
determinada edificação somente será atingida se certas premissas ligadas às
características do concreto, do projeto e execução e interação com o meio ambiente
forem cumpridas. Analisamos que a agressão em estruturas de concreto localizadas na
orla de São Luís remete à necessidade constante de manutenções preventivas, devida à
presença de névoa salina que age sobre a região. A falta de uma cultura de
manutenção, principalmente preventiva, faz com que os órgãos responsáveis pelas
obras públicas priorizem apenas a execução, em detrimento das questões relacionadas
à conservação. Ao longo deste trabalho, iremos estudar in loco, o surgimento dessa
patologia nas estruturas de concreto na faixa costeira da cidade e sua influencia na
durabilidade dessas construções.
Fonte: Google Maps
OBJETIVOS:
OBJETIVO GERAL: Estabelecer a influência da corrosão atribuída por íons cloreto
em estruturas de concreto na faixa costeira da cidade de São Luís do Maranhão e
Figura 1 - Extensão de estudo das estruturas de concretos atingidas pela corrosão
3. propor medidas que corroborem para aumento da durabilidade das mesmas.
OBJETVOS ESPECÍFICOS:
Mostrar as influências do ambiente marinho na durabilidade das construções e
suas reações de degradação características.
Realizar estudo teórico do processo corrosivo nas estruturas de concreto
localizadas na faixa litorânea de São Luís e elencar os procedimentos
adequados para evitar essa patologia.
REFERÊNCIAL TEÓRICO:
Uma das formas catalisadoras do processo de surgimento de patologias em
estruturas de concreto armado em regiões marinhas é a ação agressiva imposta pela
névoa salina. Há alguns fatores e propriedades do concreto que podemos ligar a
corrosão, tais como: o cobrimento, a temperatura e a relação água/cimento. O
cobrimento é um elemento de grande importância para um bom estado de conservação
das estruturas de concreto armado, conforme descrito NBR 6118, norma que
compreende procedimentos de projeto e une os concretos simples, armado e
protendido.
“... um bom cobrimento das armaduras, com concreto de alta compacidade,
sem ninhos e com um perfeito equilibro entre seus elementos e
homogeneidade garante por impermeabilidade a proteção do aço ao ataque
de agentes agressivos externos. Esses agentes podem estar contidos na
atmosfera, em águas residuais, águas do mar, águas industriais, dejetos
orgânicos, etc. (HELENE, 1993, p.4)
A durabilidade das estruturas expostas a esses ambientes agressivos pode
ser garantida pelo uso de concretos mais impermeáveis, com baixa relação água e
cimento, e sempre que possível utilizar cimentos de alto-forno, resistentes aos sulfatos,
que apresentam um comportamento mais favorável com relação à durabilidade.
Podemos observar desta forma que, apesar do avanço tecnológico no
campo das técnicas e dos materiais de construção, a corrosão das armaduras está
associada também ao uso inadequado de materiais, aliado à falta de cuidados na
execução e mesmo adaptações quando do seu uso.
4. METODOLOGIA:
Para obter os objetivos esperados foi agregada metodologia baseada na
realização de pesquisa bibliográfica contendo estudo sobre o surgimento da corrosão
em estruturas de concreto e análise realizada “in loco” para observamos este tipo de
agressão nessas estruturas localizadas na orla marítima de São Luís do Maranhão.
REFERÊNCIAS:
ANDRADE, J. J.O. Contribuição à previsão da vida útil das estruturas de
concreto armado atacadas pela corrosão das armaduras: iniciação por cloretos
.2001. Tese (Doutorado) -, Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul–UFRGS, Porto Alegre, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: (2004)
projeto de estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro.
GENTIL, V. Corrosão. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996.
HELENE, P. R.L. Contribuição ao estudo da corrosão em armaduras de concreto
armado. 1993. 231 f. Tese (Livre Docência em Engenharia Civil). - Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.