1) O documento discute patologias em estruturas de concreto, incluindo causas como corrosão, sobrecarga, falta de manutenção.
2) São descritas classes de agressividade ambiental e sintomas como fissuras e manchas.
3) Detalha técnicas de diagnóstico, reparo e prevenção de degradação em estruturas de concreto.
UGB Materiais Unidade 9 Patologias das Estruturas.pptx
1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
Materiais de
Construção
Plano CoVid Unidade 8
CURSO: Arquitetura
NOME DO DOCENTE: Prof. Dr. Marcello Silva e Santos (D.Sc.)
2. As Patologias do Concreto
• Relacionadas ao conjunto estrutural
• Risco no carregamento ou
transferência de carga
• Podem resultar em danos parciais ou
totais
• Normalmente associadas às
fundações, pilares, engastes e
vigamento.
ESTRUTURAIS NÃO ESTRUTURAIS
• Relacionadas aos outros
elementos da edificação
(revestimentos, por exemplo)
• Riscos geralmente limitados a
umidade, infiltrações,
descolamentos parciais
• Em geral, advém da falta de
manutenção
• Se não tratadas, podem
evoluir para falhas estruturais
3. Patologia das Estruturas de Concreto
• Podem ocorrer por falhas
na manutenção.
• Trazem risco à estabilidade
do conjunto arquitetônico e
à vida dos usuários;
• Decorrem normalmente de
erros de projeto, de falhas
de controle na execução da
obra ou na utilização
indevida de cargas;
4. Patologia das Estruturas de Concreto
4
As falhas na manutenção expõem os
concretos aos agentes agressivos do
meio. Os ataques químicos e
ambientais acontecem quando o
concreto se torna vulnerável, com baixa
resistência proveniente da alta
porosidade, fissuração e insuficiente
recobrimento de armaduras.
5. Patologia das Estruturas de Concreto
5
Origem: - falha de projeto; -execução; -uso inadequado;
- falta de manutenção.
Causas: - sobrecargas; -impactos; -abrasão, -
movimentação térmica; -concentração de armaduras; -
retração hidráulica e térmica, -alta relação
água/cimento; -exposição a ambientes marinhos; -ação
da água; -excesso de vibração; falhas de concretagem;
-falta de proteção superficial.
6. Patologia das Estruturas de Concreto
Agressões podem ser:
Físicas: variação de temperatura, umidade;
Químicas: carbonatação, maresia, chuva ácida, corrosão,
ataques de sulfatos; ataque de ácidos; águas brandas e
resíduos industriais (cloretos);
Biológicas: micro-organismos, algas, solos e água
contaminada;
Sintomas:
Fissuras, -eflorescências, -desagregação, -lixiviação, -
manchas, -expansão por sulfatos, -reação álcalis-
agregado
7. Vertical / Oblíquo – Usualmente por recalque
Horizontal – Geralmente em função de retração/contração
Patologia das Estruturas de Concreto
8. Patologia das Estruturas de Concreto
Classe I – rural ou menos problemático;
Classe II – urbano;
Classe III – marinho ou industrial;
Classe IV – polos industriais, os mais agressivos;
Auxilia o projetista de estruturas ao:
Dimensionamento correto, especificar o cobrimento das
armaduras, e elaborar recomendações sobre o traço do
concreto, relação água/cimento, compacidade.
Classes de agressividades de ambientes
9. Patologia das Estruturas de Concreto
Causas Usuais de Patologias
9
1º Cobertura insuficiente das armaduras;
2º Falhas de execução;
3º Agressividade dos ambientes;
4º Falhas de projeto
15. Ruptura de pilar comprometido por falta de manutenção e erro no reparo
Patologia das Estruturas de Concreto
16. Falta de Manutenção e desconsideração de fatores ambientais no cálculo
causou a queda de um grandes vão (200 metros) em concreto
Patologia das Estruturas de Concreto
17. Sinais de possível recalque de fundações
Patologia das Estruturas de Concreto
18. Excesso de ferragem nos elementos estruturais
Patologia das Estruturas de Concreto
19. Degradação das Estruturas
• Processo de corrosão se acelera entre 60 a 80 vezes em
atmosferas industriais (produzem cloro, soda, celulose,
fertilizantes, petróleo, químicas, ETEs...), quando
comparados com um meio neutro (rural);
• Zonas industriais contaminadas por gases e cinzas (H2S,
SO2, NOX) reduz alcalinidade do concreto e aumenta a
velocidade de carbonatação, destruindo a película
apassivadora que protege o aço;
20. Degradação das Estruturas
• Orla Marinha (corrosão de 30
a 40 vezes superior que meio
rural).
• Lugares com elevados índice
de poluição e Chuvas ácidas
e CO2, microclimas (garagens
de edifícios, reservatório de
água clorada). Meio rural = 8
anos, litoral = 2 anos.
21. Degradação das Estruturas
• Lixiviação / Eflorescência: É
provocada quando águas puras com
poucos ou nenhum íon de cálcio
entram em contacto com a pasta de
cimento Portland, que tendem a
hidrolisar – especialmente os mais
“puros” – ou dissolver os produtos
contendo cálcio. Ao ser carreado
para o exterior, o hidróxido de cálcio
do interior do concreto se transforma
em carbonato de cálcio. Essa
manifestação patológica recebe o
nome de lixiviação, sendo seu efeito
visível conhecido por “eflorescência”.
Em
paredes
Sob a laje
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• Evitar mudanças drásticas de temperatura e secagem (cura) prematura
durante a execução.
• Temperatura baixa durante a concretagem (< 7ºC) inibe as reações
químicas de endurecimento do cimento e permite a evaporação da água
de mistura.
• Baixas taxas de umidade relativa do ar causam a evaporação mais rápida
da água, tornando-se insuficiente para a reação química do cimento.
"A continuidade da cura úmida por mais dias repõe a perda de água por
evaporação. A falta de cura úmida do concreto faz com que se perca a
água de hidratação, perdendo resistência e tornando o mesmo
permeável aos agentes agressivos“ (GRANATO, 2010)
Degradação das Estruturas - Prevenção
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• Vistoria preliminar
• Anamnese
• Levantamento documental
• Vistoria detalhada
• Ensaios
• Conclusão - Compilação dos
dados, análise criteriosa e parecer
final, com indicação de reparos.
Degradação das Estruturas - Diagnóstico
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Degradação das Estruturas - Reparos
Fissuração e destacamento
de concreto dos pilares de
borda de condomínio
residencial devido à
corrosão das armaduras do
concreto (carbonatação, e
pequeno cobrimento das
armaduras)
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Degradação das Estruturas - Reparos
1. Pilar de borda (fachada)
fissuração e destacamento de
concreto;
2. Reparo corte da área
afetada e a escarificação do
concreto;
3. Limpeza do substrato com
água potável e pulverizador;
26. 26
Degradação das Estruturas - Reparos
4. Aplicar uma argamassa cimentícia tixotrópica,
modificada com polímeros e, preferencialmente,
reforçada com fibras, que recebe depois o
acabamento com desempenadeira de madeira;
5. Uma manta de cura molhada com água é
aplicada sobre a argamassa, evitando
evaporação da água de amassamento e a
fissuração;
6. Em alguns casos, executar pintura protetora.
27. Lixiviação
Quando a manifestação patológica começar a aparecer, o tratamento da
superfície se resume a uma limpeza para retirada do carbonato de cálcio.
Essa atividade é realizada simplesmente utilizando um jato d’água sob
pressão. Em situações mais graves, é recomendada a presença de profissional
capacitado para avaliar se há algum tipo de comprometimento da estrutura.
Prevenção
Existem diferentes maneiras de evitar a lixiviação, principalmente no momento
de preparação do concreto. Uma das alternativas é a utilização de cimentos
compostos, já que o uso de adições auxilia na redução da perda de
hidróxido de cálcio. Outra opção é a redução da quantidade de água
colocada na mistura do concreto, pois isso leva à produção de um concreto
mais impermeável, evitando a entrada de água e reduzindo a ocorrência da
lixiviação.
Degradação das Estruturas - Recuperação
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Curiosidades Diversas
▰ Um recurso possível para recuperação estrutural consiste do
tamponamento de ferragem eventualmente exposta com graute e
o “encamisamento” de estruturas, como pode ser visto na
imagem ao lado.
▰ O anfiteatro de Fidenae foi o primeiro caso de queda de edificação
por problema estrutural. Na ausência do aço, o construtor Atilius
utilizou a madeira como elemento estrutural, porém a carga de 50
mil pessoas, que pulavam nas arquibancadas fez com que quase
a construção inteira ruísse.
▰ O Pavilhão de Exposições da Gameleira, que ruiu em 1971na
cidade de Belo Horizonte e que causou a morte de 69 pessoas e
ferimentos em mais de 50, é tido como um dos maiores desastres
em estruturas de concreto no mundo e ainda é até hoje o maior
acidente da construção civil brasileira.
29. REFERÊNCIAS
29
BAUER, L. A., Materiais de Construção. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636632/cfi/6/2!/4/2@0.00:0