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É JOGANDO QUE SE APRENDE Profa. Tania Leandra Bandeira [email_address]
Essa é uma proposta de aproximação do ensino com o desenvolvimento de jogos/esportes coletivos, neste caso o voleibol, privilegiando a aprendizagem pela compreensão do jogo. A ênfase desta proposta está na ação de  jogar para aprender e não aprender para jogar.  Isso nos leva a crer que é necessário que o aluno jogue para aprender a desenvolver a técnica a partir da compreensão da sua necessidade numa situação tática.
O voleibol é um esporte com características aéreas.  Ao observarmos as trajetórias que o seu objeto de jogo percorre,  é possível verificar a diferença do tempo de contato da bola com os jogadores em relação ao tempo de vôo  (tempo da bola no ar). Isso torna compreensível a regra que diz: no voleibol, bola no chão (alvo) é bola fora de jogo.
Além disso,  na fase de aprendizagem de qualquer esporte, não há de ter grandes habilidades técnicas para poder jogar , já que adaptações podem ser feitas.  Do reconhecimento dos objetivos que aquela prática esportiva determina , crianças, adolescentes e adultos podem  utilizar-se de adaptações para fazer o esporte/jogo possível de ser praticado , adequando-o às suas condições sem descaracterizá-los.
Discorrendo sobre as habilidades dos estudantes, Oslin (1996, p. 27 apud SOUZA, 1999, p. 87) diz que: Em vez de se concentrar em habilidades que os  estudantes  não têm ou não têm totalmente  desenvolvidas , as aproximações    táticas concentram-se nas habilidades que os  estudantes têm , e permitem a eles jogar  para aprender sobre o jogo.
Para Mitchell (1996 apud SOUZA, 1999, p. 89)  a apreciação pela execução da técnica é maior quanto maior for sua necessidade para o desenrolar do jogo , por vezes, imposto pelo professor, já contendo algumas mudanças para facilitar o desenvolvimento.
É importante salientar que, ao propormos uma aproximação do ensino dos esportes pela tática e pela compreensão do enredo do jogo, as regras adaptadas e a liberdade de mudanças podem, muitas vezes, deixar o jogo mais fácil.  Isso permite a participação de mais indivíduos, mas não nega a melhoria da técnica. Esse objetivo deve ser alcançado à medida que o aluno se conscientiza de sua necessidade  e, com o aumento da intensidade de treino, busca melhorar.  (vídeo “dormir no calor”)
Alterar as regras  é um dos meios mais eficazes para que os alunos possam jogar sem grandes habilidades, e assim estimular sua automotivação. Modificar o espaço, altura de rede e número de jogadores, por exemplo, além do número de contatos permitidos com a bola também são possibilidades importantes. Ou seja, variar as características das 6 invariantes:  um objeto  (geralmente uma bola) ; um espaço determinado; um alvo a atacar e outro a defender; a presença de parceiros; a  presença de adversários; regras específicas.
Graça e Oliveira (1995, p. 158 apud SOUZA, 1999, p. 94) dizem que  as crianças não conseguem sustentar a bola no ar por muito tempo, pois o espaço a ser defendido é muito grande e a velocidade da bola é muita alta.  Com isso, há uma constante ruptura no jogo. Conseqüentemente, as crianças têm pouco contato com a bola.  Para que haja uma aprendizagem  válida é necessário que a bola fique mais tempo no ar pelo maior tempo possível e, para que isso aconteça  “parece ser determinante que a escolha de estratégias que promovam o aumento do número de contatos com a bola e o grau de êxito nas tarefas, utilizando para tal situações facilitadoras da sustentação da bola  (diminuição do espaço de jogo e do número de jogadores por equipe) .
Segundo Oliveira (2006, p. 41) “ É importante que os alunos participem ativamente do desenvolvimento dos jogos , desde a apresentação do jogo, da discussão das regras, das possibilidades de jogar, da sua participação dentro do grupo.” Para Paes (1992 apud OLIVEIRA, 2006, p. 42)  “mesmo aqueles que não optarem pela sua prática, terão tido a oportunidade de conhecer a modalidade, podendo ter através dela uma nova experiência pessoal.”
OLIVEIRA, Maria Cecília Mariano de.  Atletismo escolar : uma proposta de ensino na educação infantil . Rio de Janeiro: Sprint, 2006. SOUZA, Adriano José de. É jogando que se aprende: o caso do voleibol. In: NISTA-PICCOLO, Vilma. (Org.)  Pedagogia dos esportes . Campinas, SP: Papirus, 1999. (Vídeo “Gladiador”)

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O Ensino

  • 1. É JOGANDO QUE SE APRENDE Profa. Tania Leandra Bandeira [email_address]
  • 2. Essa é uma proposta de aproximação do ensino com o desenvolvimento de jogos/esportes coletivos, neste caso o voleibol, privilegiando a aprendizagem pela compreensão do jogo. A ênfase desta proposta está na ação de jogar para aprender e não aprender para jogar. Isso nos leva a crer que é necessário que o aluno jogue para aprender a desenvolver a técnica a partir da compreensão da sua necessidade numa situação tática.
  • 3. O voleibol é um esporte com características aéreas. Ao observarmos as trajetórias que o seu objeto de jogo percorre, é possível verificar a diferença do tempo de contato da bola com os jogadores em relação ao tempo de vôo (tempo da bola no ar). Isso torna compreensível a regra que diz: no voleibol, bola no chão (alvo) é bola fora de jogo.
  • 4. Além disso, na fase de aprendizagem de qualquer esporte, não há de ter grandes habilidades técnicas para poder jogar , já que adaptações podem ser feitas. Do reconhecimento dos objetivos que aquela prática esportiva determina , crianças, adolescentes e adultos podem utilizar-se de adaptações para fazer o esporte/jogo possível de ser praticado , adequando-o às suas condições sem descaracterizá-los.
  • 5. Discorrendo sobre as habilidades dos estudantes, Oslin (1996, p. 27 apud SOUZA, 1999, p. 87) diz que: Em vez de se concentrar em habilidades que os estudantes não têm ou não têm totalmente desenvolvidas , as aproximações táticas concentram-se nas habilidades que os estudantes têm , e permitem a eles jogar para aprender sobre o jogo.
  • 6. Para Mitchell (1996 apud SOUZA, 1999, p. 89) a apreciação pela execução da técnica é maior quanto maior for sua necessidade para o desenrolar do jogo , por vezes, imposto pelo professor, já contendo algumas mudanças para facilitar o desenvolvimento.
  • 7. É importante salientar que, ao propormos uma aproximação do ensino dos esportes pela tática e pela compreensão do enredo do jogo, as regras adaptadas e a liberdade de mudanças podem, muitas vezes, deixar o jogo mais fácil. Isso permite a participação de mais indivíduos, mas não nega a melhoria da técnica. Esse objetivo deve ser alcançado à medida que o aluno se conscientiza de sua necessidade e, com o aumento da intensidade de treino, busca melhorar. (vídeo “dormir no calor”)
  • 8. Alterar as regras é um dos meios mais eficazes para que os alunos possam jogar sem grandes habilidades, e assim estimular sua automotivação. Modificar o espaço, altura de rede e número de jogadores, por exemplo, além do número de contatos permitidos com a bola também são possibilidades importantes. Ou seja, variar as características das 6 invariantes: um objeto (geralmente uma bola) ; um espaço determinado; um alvo a atacar e outro a defender; a presença de parceiros; a presença de adversários; regras específicas.
  • 9. Graça e Oliveira (1995, p. 158 apud SOUZA, 1999, p. 94) dizem que as crianças não conseguem sustentar a bola no ar por muito tempo, pois o espaço a ser defendido é muito grande e a velocidade da bola é muita alta. Com isso, há uma constante ruptura no jogo. Conseqüentemente, as crianças têm pouco contato com a bola. Para que haja uma aprendizagem válida é necessário que a bola fique mais tempo no ar pelo maior tempo possível e, para que isso aconteça “parece ser determinante que a escolha de estratégias que promovam o aumento do número de contatos com a bola e o grau de êxito nas tarefas, utilizando para tal situações facilitadoras da sustentação da bola (diminuição do espaço de jogo e do número de jogadores por equipe) .
  • 10. Segundo Oliveira (2006, p. 41) “ É importante que os alunos participem ativamente do desenvolvimento dos jogos , desde a apresentação do jogo, da discussão das regras, das possibilidades de jogar, da sua participação dentro do grupo.” Para Paes (1992 apud OLIVEIRA, 2006, p. 42) “mesmo aqueles que não optarem pela sua prática, terão tido a oportunidade de conhecer a modalidade, podendo ter através dela uma nova experiência pessoal.”
  • 11. OLIVEIRA, Maria Cecília Mariano de. Atletismo escolar : uma proposta de ensino na educação infantil . Rio de Janeiro: Sprint, 2006. SOUZA, Adriano José de. É jogando que se aprende: o caso do voleibol. In: NISTA-PICCOLO, Vilma. (Org.) Pedagogia dos esportes . Campinas, SP: Papirus, 1999. (Vídeo “Gladiador”)