O documento fornece uma visão geral da célula, desde a invenção do microscópio até a descoberta da teoria celular. Resume a descoberta da célula por Robert Hooke em 1665 usando um microscópio composto e as contribuições posteriores de Brown, Schleiden e Schwann que levaram à teoria celular de que todas as células vêm de outras células. Também diferencia células procarióticas e eucarióticas.
2. A Invenção do Microscópio
Em 1590, o holandês Hans Janssen e o seu filho, Zacharias, planearam
o primeiro microscópio. Era composto por uma objectiva de lente
convexa e uma lente (de luneta) côncava, conforme relatou Galileu
Galilei em 1609.
Outro holandês, Anton van Leeuwenhoek (1632-1723), trabalhava
numa loja de tecidos e, nas horas vagas, fazia experiências com vidro
moído para produzir lentes.
Usava o microscópio para observar os fios e depois passou a examinar
a anatomia dos menores animais conhecidos. Ele produziu
microscópios tão eficientes que estabeleceu, praticamente sozinho, o
ramo da microbiologia.
Aos poucos, ele convenceu uma comunidade científica bastante
céptica (descrente ou desconfiado) que uma importante teoria da
época, a da geração espontânea (a crença de que organismos vivos
podem originar de matéria inanimada), era um grande engano.
Leeuwenhoek também é considerado o primeiro a realizar descrições
precisas dos glóbulos vermelhos (para espanto dos fisiologistas da
época), das bactérias que habitam a boca e os intestinos dos seres
humanos (para horror da população) e da forma e locomoção do
espermatozóide humano.
Microscópio óptico: funciona com luz e tem pequeno poder de resolução*. É possível observar células vivas em atividade.
Microscópio eletrônico: usa feixes de elétrons e tem grande poder de resolução (mais de 500 000 vezes). Só é possível observar células mortas,
porém em todas as dimensões.
* poder de resolução é a capacidade de aumento ou de distinguir entre dois pontos muito próximos.
3. Microscopia: “ver o pequeno”
Com essas descobertas, Robert Hooke foi encarregado de construir um microscópio ainda mais poderoso. Ele desenvolveu um
aparelho com duas lentes ajustadas nas extremidades de um tubo de metal. E por possuir duas lentes, a ocular e a objetiva, ficou
conhecido como microscópio composto. Com isso, novas pesquisas foram realizadas e a tecnologia aprimorada.
Atualmente, os aparelhos utilizados nos laboratórios de biologia de escolas e universidades são, na maioria, microscópios ópticos
ou fotônicos, que utilizam luz. Eles possuem dois conjuntos de lentes de vidro ou de cristal, e geralmente fornecem ampliações de
100 a 1000 vezes. A luz, projetada através do objeto em observação, atravessa as lentes da objetiva e chega ao olho do observador.
Utiliza-se então um micrômetro e um macrômetro para focalizar o objeto fracionado na lâmina estudada e o charriot para efetuar a
varredura, que é a visualização dos diferentes campos de uma lâmina.
Para a melhor utilização do microscópio, diversas técnicas foram formalizadas e inovações foram feitas. Corantes, fixadores,
micrótomo, esfregaço, esmagamento. Esses são alguns materiais e algumas técnicas que são necessárias em um laboratório que
utiliza microscopia.
As diferentes técnicas utilizadas em microscopia dependem também das finalidades laboratoriais. Por exemplo, se as lâminas forem
para fins educacionais, deve-se tentar montar uma lâmina permanente, no entanto, se a lâmina for preparada para testes
laboratoriais na área de saúde, como contagem de células, tal técnica deve ser descartada, seguindo as normas de biossegurança
necessárias.
Há também os microscópios eletrônicos, que permitem o estudo mais detalhado da estrutura interna da célula, podendo
proporcionar aumentos de 5 mil e 100 mil vezes.
No microscópio eletrônico de transmissão há, em vez de luz, um feixe de elétrons que atravessa o material biológico, produzindo a
imagem. Já o microscópio eletrônico de varredura por meio também de elétrons, estuda-se detalhes de superfícies de objetos
sólidos. O material deve ser desidratado e recoberto com uma fina camada de metal. Com a movimentação de um feixe de elétrons,
a superfície do material é captada por um sensor e então há uma interpretação computadorizada dessa superfície.
5. A Descoberta da Célula
• Mais tarde, em 1665, o inglês Robert
Hooke(1635-1703) publicou suas observações
de estruturas visíveis ao microscópio de luz,
só que esse microscópio era construído com
duas lentes de aumento associados a tubo.
Essas observações lhe creditaram pela
descoberta da célula.
Microscópios, possibilitam o conhecimento e o estudo de estruturas invisíveis a
olho nu.
Como o microscópio do holandês, Anton van Leeuwenhoek era formado por
uma só lente de aumento, era chamado de microscópio simples, e por usar a
luz para iluminar os objetos observados é também chamado de microscópio de
luz(ML) ou microscópio óptico(MO).
6. O cientista Robert Hooke observou pedaços de cortiça com o auxílio de um
microscópio composto por duas lentes. Ele descreveu pequenas cavidades no interior
daqueles pedaços e deu o nome de células ( diminutivo latino de cella, lugar fechado,
pequeno cômodo). Como a cortiça é um tecido de células mortas o que Hooke viu foi
apenas o envoltório da célula ( a parede de celular) e o espaço vazio antes ocupado
pela célula viva.
Cortiça é um material de origem vegetal da casca dos sobreiros, leve e com grande poder isolante.
7. •1820 - O botânico Robert Brown descobriu um pequeno corpo no interior da
célula e o chamou de núcleo.
•1838 - O botânico alemão Mathias Schleiden concluiu que a célula era a unidade
básica de todas as plantas.
•1839 – O zoólogo alemão Theodor Schwann generalizou esse conceito e surgiu
assim a teoria celular: ‘ Todos os seres vivos são formados por células”.
•1858 – O médico alemão Rudolf Virhow afirmou que toda célula provém de outra
célula (capaz de reproduzir)
•Ao longo do século XIX, foram descobertas várias estruras, chamadas organelas
responsáveis por diferentes funções no interior da célula.
8. Teoria Celular
• A Teoria Celular, foi uma das mais importantes generalizações da história da Biologia. Ficou claro que,
apesar das diferenças quanto à forma e função, todos os seres vivos têm em comum o fato de serem
formados por células. Portanto, para a plena compreensão do fenômeno da vida, é preciso conhecer as
células.
• Toda célula é portadora de material genético, o DNA e o RNA
• A célula é responsável por todo o metabolismo do organismo, em conjunto com outras, forma os sistemas
• Idéias principais:
• Novas células formam-se pela reprodução de outras células preexistentes, por meio da divisão celular.
Nem todos os seres vivos possuem organização celular: os vírus não possuem tal organização, ou seja, são
acelulares. Por isso, alguns cientistas não os consideram seres vivos. Entretanto, todos concordam que os
vírus são estruturas biológicas, pois precisam necessariamente invadir células vivas para se reproduzir. Eles
são parasitas intracelulares obrigatórias e, se não encontrarem células vivas dentro das quais possam
produzir novos vírus, permanecem inertes, sem realizar nenhuma atividade viral, pois são formados por
uma cápsula de proteína e cromossomos. As outras células podem ser unicelulares procariontes ou
unicelulares eucariontes ou até mesmo pluricelulares eucariontes, com várias células com núcleo
membranoso, pois um ser pluricelular raramente possui células procariontes.
• A célula é a menor porção de matéria viva capaz de realizar as diversas funções que mantêm vivo um
organismo, do contrário dos vírus, que são parasitas, menores que uma célula, e só possuem vida quando
parasitam uma bactéria ou célula.
9. Teoria celular
atual
Todos os seres são
formados por células
Toda célula tem
metabolismo próprio
Toda célula vem de
outra preexistente
Toda célula tem
material genético
10. O Tamanho e a Forma das Células
• No corpo de um ser humano adulto existem aproximadamente 65
trilhões de células. A grande maioria ou quase totalidade das células
tem dimensões microscópicas, medidas em micrômetros. Existem,
porém, células macroscópicas como a gema do ovo, a fibra do
algodão que são medidas em centímetros (cm).
• As menores células conhecidas pertencem às bactérias do
gênero Mycoplasma (PPLO), que podem ser menores que alguns
vírus e são medidas em nanômetros.
• As células são medidas em:
µm (micrometro) = 0,001 mm (1 milésimo de milímetro)
nm (nanometro) = 0,000 001 mm (1 milionésimo de milímetro)
Å (Ångström) = 0,000 000 1 mm (1 décimo milionésimo de milímetro)
12. Forma e Função das Células
• Uma célula, de acordo com o controle genético, possui forma relacionada com a função que desempenha. Nos
vegetais, a morfologia é limitada em razão da presença da parede celulósica conferindo angulosidades às células
com aspecto romboédrico, enquanto nos animais a não existência da parede permite variados formatos.
- No epitélio estratificado pavimentoso (da pele, por exemplo), as células possuem formas poliédricas,
conferindo um grau de proximidade que desempenha proteção mecânica, bem como evitando a perda de água
por desidratação, revestindo o organismo com muita eficácia.
- No tecido muscular, a forma alongada e a estrutura das células contribuem com a capacidade de contração e
distensão.
- No tecido conjuntivo sanguíneo, os glóbulos vermelhos do sangue (as hemácias), com forma achatada e região
central abaulada (bicôncava), proporcionam melhor transporte de gás oxigênio e distribuição aos diversos
tecidos do organismo.
- No tecido nervoso, as numerosas ramificações (dendritos e telodendros) das células nervosas realizam a
recepção de estímulos e a transmissão de impulsos nervosos, muitas vezes com grande velocidade.
- O formato do espermatozoide, constituído por uma cabeça, uma peça intermediária e uma cauda, permite sua
maior mobilidade.
Fatores externos podem influenciar no comportamento anatômico de uma célula. A pressão exercida pelo
aglomerado celular em um tecido pode remodelar a estruturação de cada unidade, visto a maleabilidade
conferida pela membrana plasmática.
13.
14. Tipos de Células:
Célula Procariótica: possuem núcleo desorganizado (material
genético solto no citoplasma) e não apresentam organelas com
membranas (possuem apenas ribossomos). Ex. Bactérias e
cianobactérias
15. PROCARIOTAS
As células procariontes ou procarióticas, também chamadas de protocélulas, são muito
diferentes das eucariontes. A sua principal característica é a ausência
de carioteca individualizando o núcleo celular, pela ausência de alguns organelas e pelo
pequeno tamanho que se acredita que se deve ao fato de não possuírem
compartimentos membranosos originados por evaginação ou invaginação. Também
possuem DNA na forma de um anel não-associado a proteínas (como acontece nas
células eucarióticas, nas quais o DNA se dispõe em filamentos espiralados e associados à
histonas). No citoplasma encontramos também os ribossomos, organelas respponsaveis
pela síntese de proteínas.
Todo esse conjunto é envolvido pela membrana plasmática, existe ainda um reforço
externo, a parede celular, compposta de cadeias de glicídios e amijnoácidos.
Estas células são desprovidas de mitocôndrias, plastídios, complexo de Golgi, retículo
endoplasmático e sobretudo cariomembrana o que faz com que o DNA fique disperso no
citoplasma.
A este grupo pertencem seres unicelulares ou coloniais:
• Bactérias
• Cianofitas (algas cianofíceas, algas azuis ou ainda
Cyanobacteria)
16.
17. Célula Eucariótica: Possuem núcleo organizado ou
verdadeiro( membrana nuclear contendo o material
genético) e organelas membranosas.
18. Eucariotas
As células eucariontes ou eucarióticas, (eu = verdadeiro; cario = núcleo; ontos
= ser) também chamadas de eucélulas, medindo entre 10 µm e 100 µm de
tamanho é bem maior e mais complexas que as procariontes, Possuem
membrana nuclear individualizada e vários tipos de organelas. A maioria dos
animais e plantas a que estamos habituados são dotados deste tipo de células.
Seu material genético é constituido por DNA associado a proteínas – formando
os cromossomos – e está envolvido por uma membrana, o envelope nuclear
(chamada de carioteca). Forma-se assim, um núcleo individualizado.
No citoplasma dos eucariontes existe além dos ribossomos, uma série de
organelas, envolvidas por uma membrana, que estão ausentes nos
procariontes: mitocôndrias, retículo endoplasmático, complexo golgiense,
cloroplastos, lisossomos, etc., que serão estudados logo logo.
Os organismos uni ou pluricelulares formados por células eucarióticas são
chamados eucariontes.
23. Evolução da estrutura da célula
Podemos supor que as células eucariotas se originaram, por evolução de
células procariotas que aumentaram de tamanho. Com isso, surgia uma
desproporção entre sua superfície e seu volume (lei de Spencer).
Em alguns organismos apareceram, então, dobras ou invaginações da
membrana plasmática, que aumentaram a superfície da célula. A partir delas,
teriam surgido no citoplasma vários organoides, como o retículo
endoplasmático, aparelho de Golgi, lisossomos, peroxissomos, vacúolos e
outros.
Do mesmo modo, essas invaginações teriam envolvido o material genético, os
cromossomos, formando a membrana nuclear dos eucariontes.
Surgia assim uma célula dividida em compartimentos. Cada um desses
compartimentos passou a desempenhar uma função definida. Essa divisão de
trabalho permitiu que cada função se realizasse com maior eficiência, o que,
por sua vez, possibilitou o aparecimento de eucariontes maiores e
pluricelulares.
24. Aspecto de uma Célula Animal
Observe que essa célula é envolvida por uma membrana
plasmática, a qual controla a passagem de substâncias. O
núcleo é circundado também por uma membrana e contém o
material genético, a cromatina que vai formar os cromossomos
durante a divisão celular. Além disso, o núcleo apresenta
nucléolo.
O citoplasma, que ocupa a maior parte da célula, é
preenchido por um coloide, o hialoplasma, onde estão
mergulhados os orgânulos celulares que desempenham
funções vitais.
25. Aspecto de uma Célula Vegetal
As células vegetais, além de um formato mais típico, possuem certas
particularidades que as diferenciam de uma célula animal.
A membrana plasmática é envolvida por outra camada, a membrana celulósica
ou parede celular, mais espessa e mais rígida.
Observamos a presença de grandes vacúolos no citoplasma. Estes armazenam
água e substâncias dissolvidas. Comumente as células vegetais apresentam um só
vacúolo. É típico também a ocorrência de plastos no citoplasma. Estes podem ser
pigmentos; alguns armazenam amido. Os cloroplastos possuem a clorofila e são a
sede do processo de fotossíntese. O núcleo geralmente está deslocado da região
central.
26. Organelas de uma célula
animal e suas funções:
1- Nucléolo - produção dos componentes ribossômicos
2 - Núcleo - conservar e transmitir a informação genética na
reprodução das células e regular as funções celulares.
3 - Ribossomos - produção de proteínas
4 - Vesículas - transporte de substância e união com a membrana
para eliminar conteúdos para fora da célula.
5 - Retículo endoplasmático rugoso - participa da síntese e
transporte de proteínas.
6 - Complexo Golgiense - faz a secreção celular.
7 - Citoesqueleto - participam do transporte de substâncias e dão
forma a célula.
8 - Retículo endoplasmático Liso - participa do processo de
transporte celular, além de participar da síntese de lipídios.
9 - Mitocôndrias - são responsáveis pela respiração das células.
10 - Vacúolo - atuam no processo de digestão intracelular.
11 - Citoplasma - nele está um fluído chamado citosol, O
citoplasma tem a função de albergar as organelas e favorecer
seus movimentos.
12 - Lisossomos - participam da digestão de substâncias orgânicas.
13 - Centríolos : estão ligados à organização do citoesqueleto e aos
movimentos de flagelos e cílios
1 - Retículo Endoplasmático Liso e Rugoso - ampliar a
superfície interna da célula; favorecer a troca de substâncias
entre a parte interna e externa da célula; favorecer a
circulação dentro da célula; armazenar substâncias retiradas
do hialoplasma e síntese de lipídios.
2 - Núcleo celular - controlar e regular as reações químicas
que ocorrem no interior da célula; guardar as informações
genéticas da célula.
3 - Complexo Golgiense - participar do processo de secreção
celular.
4 - Ribossomos - atuam na formação das cadeias proteicas.
5 - Plastos - acumular substâncias usadas na nutrição dos
vegetais (leucoplastos); realizar a fotossíntese (cloroplastos).
6 - Mitocôndrias - fornecer energia para o metabolismo
celular.
7 - Vacúolos - atuam na regulação osmótica e
armazenamento de diversas substâncias.
8 - Peroxissomos - atuam no metabolismo dos lipídios e no
processo de fotorespiração.
Organelas de uma célula
vegetal e suas funções:
27. • Reticulo Endoplasmático Sistema membranoso de canais e vesículas
que serve para transportar e armazenam substâncias pela célula.
Podem ser rugosos ou granulosos (RER) se possuem ribossomos
(ligados a síntese de proteínas) ou lisos ( REL) sem ribossomos,
fazendo síntese de substâncias. lipídicas como hormônios sexuais.
28. • Citoplasma: (citosol ou hialoplasma), 55% do vol. Celular,
formado por águas íons, e substâncias para síntese de
proteínas.
• Ribossomos: pequenos grânulos formados por RNA e
proteínas onde acontece a síntese de proteínas.
29. • Mitocôndria: Organela que realiza a produção de energia (ATP) nas
células a partir da quebra da glicose (respiração celular).
30. • Complexo Golgiense (golgi): conjunto de sáculos membranosos,
serve para modificar (glicosilação) empacotar (lisossomo) e
endereçar proteínas (secreção celular).
31. • Lisossomo: Derivado do Golgi, faz digestão intracelular, e a autofagia
(reciclagem de organelas) inúteis.
32. • Centríolos: Estruturas composta por microtúbulos protéicos entra na
formação de cílios e flagelos celulares e participa dos processo de
divisão celular
34. • O Núcleo: estrutura delimitada pela membrana nuclear ou carioteca
que contém os cromossomos (grandes moléculas de DNA) que
guardam a informação genética. Responsável pelo controle das
funções celulares e reprodução.
35. • VÍRUS (estruturas acelulares)
• Não possuem metabolismo próprio, não possuem organização celular
e só se reproduzem parasitando uma célula (parasitas intracelulares
obrigatórios).
• São altamente específicos e infecciosos para a células hospedeiras