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1
QUÍMICA APLICADA
Módulo 3
BIOMOLÉCULAS
Alexandra Nobre
2015/2016
Célula é a unidade estrutural e funcional
comum a todos os seres vivos, sendo que estes
podem ser constituídos por uma ou mais
células.
O QUE É UMA CÉLULA?
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2
São elas que realizam todas as funções fundamentais dos
seres vivos, como por exemplo,
reprodução,
crescimento,
alimentação,
movimentação,
reação a estímulos externos e
respiração.
CÉLULA – Unidade da vida
Sendo assim, a célula é a menor parte de um ser vivo
capaz de se desenvolver e reproduzir, ou seja, a menor
parte de um ser vivo onde reconhecemos as
propriedades básicas da vida.
CÉLULA – Unidade da vida
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A descoberta da célula
O mundo microscópico:
Surgiu há menos de 400 anos;
A invenção do microscópio possibilitou a descoberta das
células;
A descoberta da célula
O holândes Antonie van Leeuwehnoek (1632 – 1723):
Mercador de tecidos
Criou um microscópio simples
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4
Embora os seus estudos necessitassem da organização
formal da pesquisa científica, a sua competência como
observador criterioso capacitaram-no a fazer descobertas
de importância fundamental.
A partir de 1674 começou a observar bactérias,
protozoários e leveduras que isolava da água da chuva, de
lagos, poços, de tecidos da boca, dentes, saliva e de
vinagre.
A descoberta da célula
A descoberta da célula
Robert Hooke (1635 – 1703):
Criou um microscópio composto constituído por lentes
múltiplas (geralmente três - uma ocular, uma lente de
campo e uma objetiva)
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A descoberta da célula
Robert Hooke (1635 – 1703):
O objetivo da sua investigação era descobrir o motivo
da leveza e compressibilidade da cortiça.
• Porque era tão leve?
• Porque era tão compressível?
Queria descobrir se o aspeto estrutural da cortiça
estava ou não na base destas propriedades.
Cortou pedaços finos de cortiça para observação ao
microscópio.
Robert Hook descreveu a estrutura da cortiça como
semelhante a um favo de mel, composta por pequenos
compartimentos, que batizou de "células".
A descoberta da célula
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As primeiras observações de células
(Robert Hooke)
Citação:
«… pude perceber claramente que toda a
cortiça era perfurada e porosa,
semelhante a um favo de mel… esses
poros ou células não eram muito
profundos e eram semelhantes a um
grande número de pequenas caixas…»
A descoberta da célula
No entanto, a teoria celular só foi formulada em 1839,
por Schleiden e Schwann. Através de suas observações,
esses dois cientistas concluíram que todo o ser vivo é
constituído por unidades fundamentais: as células.
A descoberta da célula
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A descoberta da célula
Desenho de células
publicados por Theodor
Schwann
Em 1855, o médico e biologista
alemão Rudolf Virchow ampliou o
significado da teoria celular:
A célula é a unidade básica de
estrutura e função de todos os
seres vivos, isto é, todos os
organismos são constituídos por
células, onde se desenvolvem os
processos vitais.
Teoria celular
The wacky history of cell theory
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Todas as células provêm de células pré-existentes
(mitose).
A célula é a unidade de reprodução, de
desenvolvimento e de hereditariedade dos seres vivos.
Teoria celular
Os vírus e a Teoria Celular:
Estudos detalhados da estrutura dos vírus surgiram na década
de 1950;
Vírus são acelulares;
Será que essas descobertas enfraquecem a Teoria Celular?
Teoria celular
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Microscopia
Na parte inferior
do canhão
(cabeça de
visualização)
estão as
objetivas,
acopladas ao
revólver.
Microscopia
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10
Entre o canhão e a
base existe uma
plataforma metálica
(platina).
Sobre a platina é
colocada a lâmina
com a preparação a
ser examinada.
Charriot: dispositivo
que auxilia no
deslocamento da
lâmina (para percorrer
todo o campo).
Microscopia
Diafragma:
controlar a
quantidade de
luz desejada.
Microscopia
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Objetivas: conjunto de lentes. A maioria dos microscópios possuem 3 objetivas
(4x; 10x; 40x) e uma objetiva de imersão (100x)
Objetiva de imersão: dá maior aumento e permite ver o objeto com mais nitidez
ao se colocar uma gota de óleo de cedro ou óleo mineral sobre a preparação e
baixar a objetiva sobre a lâmina (os raios luminosos não sofrem desvios).
Microscopia – tipos de objetiva
Microscopia – tipos de objetiva
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Microscopia – tipos de objetiva
Fonte: http://www.blog.mcientifica.com.br/componentes-de-um-microscopio/
Microscopia – Amplitude da imagem
observada
Para além das objetivas, também a ocular do
microscópio permite ampliação da observação.
A amplitude da imagem observada será:
Amplitude = Ocular x Objetiva
Se
Ocular: 10x
Objetiva: 40x
Então A = 10 x 40 = 400x
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Preparação de material para microscopia
ótica
Preparação temporária
Preparação efetuada na altura e que se destina a
uma observação rápida, uma vez que o material
se altera.
Preparação definitiva
Preparação efetuada mediante um processo em que
o material é submetido a um tratamento (fixação,
desidratação, …) que o torna não alterável.
Preparação de material para microscopia
ótica
Uma preparação microscópica é constituída por:
• Objeto ou material biológico
• Lâmina de vidro, onde é colocado o material a observar
• Lamela, igualmente de vidro, mas muito mais fina que a
lâmina e que se coloca sobre o material a observar
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Preparação de material para microscopia
ótica
Uma preparação microscópica é constituída por:
• Meio de montagem, líquido que pode ser incolor ou não
e que é colocado entre a lâmina e a lamela e que embebe
o material a observar. Um exemplo de meio de montagem
é a água ou a solução de Ringer.
Células procarióticas ou
procariotas (seres procariontes)
Tipos de Células
Células eucarióticas ou
eucariotas (seres eucariontes)
Existem dois tipos de células:
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Células Procariotas vs Células Eucariotas
Células Procariotas vs Células Eucariotas
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Os seres constituídos por células procariotas são as
bactérias e as cianobactérias.
Células Procariotas
Todos os organismos constituídos por células
procariotas são seres unicelulares, ou seja constituídos
por uma única célula.
As células procarióticas são extremamente simples e de
reduzidas dimensões.
Células Procariotas
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Células Procariotas
Células Procariotas
Cápsula
(apenas em algumas bactérias)
Invólucro gelatinoso em bactérias patogénicas
Confere resistência à secura
Aderência à superfície e a outras células
Impedir a fagocitose
Impedir a ação de vírus e de substâncias tóxicas
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Células Procariotas
Parede celular
Proteção mecânica
Rigidez (Forma)
Impedir a lise osmótica (destruição da célula por “invasão” de água)
Fator de patogenicidade
Proteção contra substâncias tóxicas
Células Procariotas
Membrana celular ou
membrana plasmática
É o invólucro celular
Sua composição química é lipoproteica (gordura +
proteína)
“Controla” a entrada e saída de substâncias na célula
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Células Procariotas
Citoplasma
Matriz amorfa constituída por água, iões e moléculas
dissolvidas
Possui inúmeros ribossomas, no entanto é desprovido
de todos os organelos membranares tais como
(Mitocôndrias, Retículo endoplasmático, Complexo de
Golgi, Lisossomas)
Células Procariotas
Ribossomas
São responsáveis por sintetizar proteínas é através
deles que os aminoácidos se conciliam para produzir as
proteínas.
Mesossoma (invaginação na membrana celular)
Está relacionado com a divisão celular ou com a
produção de energia (respiração)
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Células Procariotas
Plasmídeo
Moléculas circulares duplas de ADN
capazes de se reproduzir independentemente do DNA
cromossómico
Capacidade de resistência aos antibióticos
Células Procariotas
Nucleoide
O material nuclear (ADN) não está delimitado por um
invólucro nuclear, assim não possuem um verdadeiro
núcleo, mas sim um nucleoide.
Flagelo
Confere mobilidade à célula
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As células eucarióticas são próprias dos seres eucariontes
e tanto podem ser unicelulares como pluricelulares.
A diversidade em termos de tamanho e forma é muito
grande.
Existem componentes celulares que são comuns às células
animais e vegetais.
Células Eucariotas
Célula Animal e Célula Vegetal
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Núcleo
Citoplasma
Complexo de Golgi
Mitocôndrias
Retículo endoplasmático
Vacúolos
Membrana plasmática
Aspetos comuns às células animais e
vegetais
É a estrutura que cobre as células de muitos seres vivos,
como plantas, fungos entre outros.
A parede celular é, dentro de certos limites, uma
estrutura permeável, não exercendo controlo sobre as
substâncias que penetram na célula ou que dela saem.
PAREDE CELULAR
ORGANELOS CELULARES
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MEMBRANA CELULAR
Delimita exteriormente o citoplasma, fazendo assim uma
separação entre o meio extracelular e o intracelular.
Também pode denominar-se membrana citoplasmática ou
membrana plasmática.
ORGANELOS CELULARES
CITOPLASMA
ORGANELOS CELULARES
O citoplasma é constituído por
um material mais ou menos
viscoso, chamado hialoplasma.
Nele estão mergulhadas
estruturas consideradas vivas,
os organitos ou organelos do
citoplasma.
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As mitocôndrias são organelos celulares responsáveis pela
respiração da célula.
Encontram-se dispersas no hialoplasma de todas as células
eucarióticas, podendo assumir diferentes formas:
esférica, discóide ou em bastonete.
MITOCÔNDRIAS
ORGANELOS CELULARES
O número varia com o tamanho da célula e com a
atividade fisiológica, existindo, por exemplo:
uma única nas células de algumas espécies de algas,
aproximadamente mil nas células do fígado.
MITOCÔNDRIAS
ORGANELOS CELULARES
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Está presente em quase todas as células eucarióticas e é
formado por várias bolsas achatadas, dispostas uma ao
lado da outra.
Essas bolsas servem para receber proteínas ribossomais
em forma de vesículas, provenientes do retículo
endoplasmático.
Dentro da bolsa, essas vesículas são processadas,
transformadas e enviadas para vários lugares da célula.
COMPLEXO DE GOLGI
ORGANELOS CELULARES
COMPLEXO DE GOLGI
ORGANELOS CELULARES
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RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
ORGANELOS CELULARES
Organelo exclusivo de células
eucariotas.
Formado a partir da
invaginação da membrana
plasmática, é constituído por
uma rede de túbulos e vesículas
achatados e interconectados,
que comunicam com o
envoltório nuclear (carioteca).
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO
ORGANELOS CELULARES
Tem, como uma de suas principais
funções, a desintoxicação do
organismo
degradação do etanol ingerido
em bebidas alcoólicas
degradação de medicamentos
ingeridos pelo organismo como
antibióticos e barbitúricos
(substâncias anestésicas)
Células do fígado
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RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO
ORGANELOS CELULARES
Participa na síntese de proteínas,
que serão enviadas para o exterior
da célula.
É muito desenvolvido em células
com funções secretoras, por
exemplo:
células do pâncreas, que
segregam enzimas digestivas,
células caliciformes da parede
do intestino, que segregam muco.
Estrutura celular, limitada por membrana, cuja função é
armazenar água com substâncias dissolvidas absorvida
pela célula ou elaborada por ela.
Nas células vegetais o vacúolo é grande e normalmente
apenas um (fusão de muitos pequenos).
Nas células animais os vacúolos são raros e quando
existem são muito pequenos.
VACÚOLOS
ORGANELOS CELULARES
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VACÚOLOS
ORGANELOS CELULARES
Célula animal Célula vegetal
VACÚOLOS
ORGANELOS CELULARES
Formação de vacúolo na
célula vegetal adulta
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É o cérebro da célula.
Geralmente único e aproximadamente esférico. É uma
estrutura presente nas células eucariotas que contém o
ADN da célula. Está rodeado pelo invólucro nuclear.
Possui duas funções básicas: regular as reações químicas
que ocorrem dentro da célula, e armazenar as
informações genéticas da célula.
NÚCLEO
ORGANELOS CELULARES
É um organito presente
nas células das
plantas e outros
organismos
fotossintetizadores
como as algas e
alguns protistas É
onde ocorrem as
reações de
fotossíntese.
CLOROPLASTOS
ORGANELOS CELULARES
Possui clorofila, pigmento responsável
pela cor verde.
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CLOROPLASTOS
ORGANELOS CELULARES
Organelos locomotores
Cílios – São finos e numerosos
Flagelos – Longos e em pequeno
número
CÍLIOS E FLAGELOS
ORGANELOS CELULARES
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Células Procariotas vs Células Eucariotas
Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
Quando se observam ao microscópio ótico preparações de
material biológico fresco, pouco se distingue da estrutura
interna das células, ao contrário do que acontece no
microscópio eletrónico.
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Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
As diferentes estruturas celulares apresentam pouco
contraste ótico, isto é, têm um determinado grau de
transparência à luz, de modo que, aparentemente, o
conteúdo celular é homogéneo, por isso temos de recorrer a
estratégias que permitam melhor visualização do conteúdo
celular.
Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
Superar o
problema
Técnicas de
coloração
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Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
Mergulhar a célula numa
substância denominada corante,
capaz de tingir diferencialmente
uma ou mais partes celulares.
Técnicas de
coloração
No microscópio eletrónico não se usam corantes porque a
imagem obtida é sempre a preto e branco.
Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
Corantes vitaisCorantes vitais (usados em
células vivas sem as matarem)
Preparações
temporárias
Concentrações muito baixas
(0,01%) a fim de diminuir a
toxicidade nas células
O mesmo corante pode ser vital ou não, dependendo da
concentração em que se encontra.
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Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
O mesmo corante pode ser vital ou não, dependendo da
concentração em que se encontra.
Exemplos:
Azul de metileno – pode ser um corante vital se
estiver em baixa concentração.
Solução de lugol (água iodada) é um corante não
vital pois mata rapidamente o material biológico.
Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
Não existe uma técnica de coloração que ponha em
evidência todas as estruturas celulares.
Coloração
das células
Combinação dos
corantes com as
proteínas (dependendo
da carga elétrica e pH)
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Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
Corantes
seletivos
Corantes com especificidade para
determinada carga elétrica ou pH que
permita atração e que possam ocorrer
ligações químicas.
Coram especificamente um organelo
(diferença de cargas elétricas
existente entre as proteínas dos
diferentes organelos celulares)
Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
Corantes
seletivos
Quando coramos com azul de
metileno uma preparação podemos
verificar de início que toda a
preparação fica azul mas, se lavarmos
a preparação fazendo correr água
desionizada pelo esguicho, o corante
que não se encontra ligado a
nenhuma estrutura é arrastado pela
água.
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Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
Corantes seletivos
Corantes básicos ou
nucleares
Estruturas evidenciadas
Azul de metileno Cora o núcleo de azul
Vermelho neutro Acumula-se em vacúolos
Água iodada
Cora o núcleo e
amiloplastos (grãos de
amido)
Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
Os corantes básicos coram elementos celulares
basófilos.
As moléculas ácidas como o DNA e o RNA são basófilas,
pois têm afinidade para os corantes básicos.
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Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias - coloração
Os corantes ácidos coram elementos celulares acidófilos.
O citoplasma tem proteínas básicas ou acidófilas.
Corantes ácidos Estruturas evidenciadas
Eosina Citoplasma
Fucsina ácida Citoplasma
Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias – técnicas de coloração
• Coloração por imersão
O material biológico fica imerso durante alguns
minutos no corante selecionado.
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Observação de células com o m.o.c.
Preparações temporárias – técnicas de coloração
• Coloração por irrigação
Substitui-se o meio de montagem de uma
preparação por outro, que neste caso é o corante.
Constituintes químicos dos seres vivos
Todos os organismos são constituídos essencialmente
pelos mesmos elementos químicos.
22 dos 92 elementos químicos existentes na crosta
terrestre fazem parte dos seres vivos.
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Constituintes químicos dos seres vivos
COMPOSTOS
INORGÂNICOS
Água e sais minerais
(provêm basicamente do
meio físico externo)
COMPOSTOS
ORGÂNICOS
Glícidos, lípidos, prótidos e
ácidos nucleicos (ADN)
Constituintes químicos dos seres vivos
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ÁGUA
Compostos inorgânicos
Constituinte químico vital de todas as células
Faz parte do habitat de muitos seres vivos
Água (%)
Células animais
Células de plantas
Diversos Ser humano
0 - 20 Sementes
21 – 26 Frutos oleaginosos
61 – 70 Rins
71 – 76 Estrela – do - mar Pulmões Batata
77 – 80 Anémona – do – mar Cérebro Cenoura
81 – 85 Caracol Músculos Luzerna
86 - 98 Medusa
ÁGUA
Compostos inorgânicos
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É uma substância com elevada coesão molecular
(capacidade que uma substância tem de permanecer
unida, resistindo à separação)
Ponto de ebulição elevado
Boa condutibilidade térmica
ÁGUA - Propriedades
Compostos inorgânicos
Intervém nas reações químicas – ex. reações de
hidrólise
É um regulador da temperatura (ambiente e corporal)
Excelente solvente (no sangue, por exemplo, várias
substâncias - como sais minerais, vitaminas, açucares,
entre outras - são transportadas dissolvidas na água)
Atua como meio de difusão de muitas substâncias
ÁGUA - Importância
Compostos inorgânicos
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As substâncias minerais sólidas constituem depósitos que
podem ser formados no interior das células ou segregados
para o exterior.
Compostos inorgânicos
Sais minerais, iões e gases dissolvidos
Diatomáceas (organismos unicelulares) possuem
membranas reforçadas exteriormente por placas de sílica.
Compostos inorgânicos
Sais minerais, iões e gases dissolvidos
Estrutura de carbonato de cálcio que
constitui o esqueleto interno dos chocos e
lulas;
As conchas das amêijoas que são formadas
por camadas de carbonato de cálcio
envolvendo as células que as segregam.
As conchas dos caracóis também são formadas
por estas secreções.
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A maior parte dos compostos inorgânicos sólidos
constituintes dos organismos vivos são sais:
Carbonato de cálcio;
Fosfato de cálcio;
Cloreto de sódio;
Fluoreto de cálcio,
etc.
Compostos inorgânicos
Sais minerais, iões e gases dissolvidos
A maior parte dos compostos orgânicos são formados por
moléculas muito grandes e complexas – MACROMOLÉCULAS.
Muitas destas moléculas podem ser sintetizadas pelos seres
vivos.
Compostos orgânicos
Glícido Lípido Proteína Ácido
nucleico
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Os compostos orgânicos estão presentes em todas as
células, caracterizando a matéria viva, mas não fazem
parte do ambiente físico.
Por esta razão, as moléculas destes compostos são
também designados por biomoléculasbiomoléculas.
Compostos orgânicos
Biomoléculas
Glícido Lípido Proteína Ácido
nucleico
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Compostos por:
Carbono,
Oxigénio e
Hidrogénio
Glícidos (hidratos de carbono)
Compostos
ternários
São moléculas de dimensões variadas, solúveis na
água e que são frequentemente denominadas de
açúcares.
O hidrogénio e o oxigénio encontram-se geralmente
combinados na mesma proporção da molécula da
água (2 H para 1 O) hidratos de carbono.
Classificam-se em três grupos principais (de acordo com a
complexidade):
Monossacarídeos (unidade estrutural dos glícidos),
Oligossacarídeos (2 a 10 monossacarídeos),
Polissacarídeos (>10 monossacarídeos).
Glícidos (hidratos de carbono)
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Também designados por -oses,
Glícidos mais simples base de constituição dos
restantes
Fórmula empírica: (CH2O)n, (n = 3 a 9)
Sólidos cristalinos de cor branca
Solúveis em água
Redutores
Não são hidrolisáveis
Glícidos (hidratos de carbono)
Monossacarídeos
Classificados consoante o número de átomos de C:
trioses (C3) – ex. o gliceroaldeído e a dihidroxiacetona;
tetroses (C4) – ex. a eritrose e a eritrulose;
pentoses (C5) – ex. a desoxirribose, a ribose e ribulose;
hexoses (C6) – ex. a glicose, a frutose e a galactose;
...
Glícidos (hidratos de carbono)
Monossacarídeos
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Glicose
Frutose
Galactose
Glícidos (hidratos de carbono)
Monossacarídeos
Mesma fórmula
química C6H12O6
Estrutura diferente
Isómeros
estruturais
Resultam da ligação de 2 a 10 monossacarídeos
Exemplos:
SACAROSE (glicose + frutose)
MALTOSE (glicose + glicose)
LACTOSE (glicose + galactose)
Reação de hidrólise liberta as moléculas de
monossacarídeos que os constituem.
Glícidos (hidratos de carbono)
Oligossacarídeos
Dissacarídeos
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Glícidos (hidratos de carbono)
Oligossacarídeos
Glícidos mais importantes, abundantes e complexos
(macromoléculas).
Constituídos por numerosas unidades de
monossacarídeos, a glicose normalmente.
A sua fórmula geral é (C6H10O5)n em que n representa o
número de monómeros.
(Designam-se por polímeros as moléculas que, como os
polissacarídeos, são formadas por outras mais simples, monómeros,
unidas pelo mesmo tipo de ligação química.)
Glícidos (hidratos de carbono)
Polissacarídeos
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Exemplos:
Celulose: existe nas plantas e tem uma função estrutural
Amido: existe nas células vegetais e tem uma função
energética
Glicogénio: existe nos músculos e fígado e tem uma
função energética
Glícidos (hidratos de carbono)
Polissacarídeos
Glícidos (hidratos de carbono)
Polissacarídeos
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Glicose
Amido
Glicogénio
Glícidos (hidratos de carbono)
Polissacarídeos
Diferentes tipos
de ligação entre
os monómeros
São todos polímeros de glicose
Características e
funções diferentes
Função energética (Sacarose)
Função de reserva (Amido, Glicogénio)
Função estrutural (Celulose e Quitina)
Glícidos (hidratos de carbono)
Importância biológica
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Vulgarmente designados por gorduras (azeite, óleo,
ceras, colesterol, etc.)
Estruturalmente são biomoléculas muito heterogéneas
Distinguem-se pela sua fraca solubilidade em água e
pela sua solubilidade em solventes orgânicos (éter,
clorofórmio).
Lípidos
Gorduras (lípidos simples; constituem um dos principais
grupos de lípidos com funções de reserva)
Fosfolípidos (lípidos complexos; compostos celulares
com função estrutural – membrana plasmática)
Lípidos
Classificação
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Moléculas de ácidos gordos + uma molécula de glicerol
Lípidos
Gorduras
São constituídos por C, H, O, P e N
São moléculas polares (uma parte hidrofílica e outra
parte hidrofóbica – moléculas anfipáticas)
Lípidos
Fosfolípidos
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Resultam da ligação de:
1 grupo fosfato
1 molécula de glicerol
2 moléculas de ácidos
gordos
Lípidos
Fosfolípidos
Lípidos
Fosfolípidos
Extremidade
hidrofílica
ou hidrófila
Extremidade
hidrofóbica
ou hidrófoba
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Lípidos
Fosfolípidos
Função Energética
Função Estrutural - fosfolípidos e o colesterol são
importantes constituintes das membranas celulares
Lípidos
Importância biológica
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55
Função Protetora - há lípidos, como as ceras, que
revestem folhas e frutos das plantas assim como a
pele, pêlos e penas de muitos animais tornando
essas superfícies impermeáveis à água
Função vitamínica e hormonal - há lípidos que
entram na constituição de vitaminas, como as
vitaminas E e K, e fazem parte de algumas
hormonas, nomeadamente hormonas sexuais
Lípidos
Importância biológica
Constituintes estruturais dos seres vivos
Compostos quaternários compostos por C, O, H e N
(podendo no entanto conter outros elementos).
Constituídos por AMINOÁCIDOS (moléculas unitárias -
monómeros).
Os aminoácidos podem ligar-se através de reações de
condensação, formando cadeias de tamanho e
complexidade variáveis péptidos e proteínas.
Prótidos
26-11-2015
56
Possuem um grupo amina (NH2), um grupo carboxilo
(COOH) e um átomo de H ligados ao mesmo C.
Prótidos
Aminoácidos
Prótidos
Aminoácidos
Glicina Alanina
Conhecem-se muitos aminoácidos, mas apenas cerca de 20
entram na constituição das proteínas biológicas, desde as
bactérias até ao Homem.
26-11-2015
57
Os aminoácidos podem reagir entre si estabelecendo-se
entre eles uma ligação química covalente - ligação
peptídica.
Para formar um péptido é necessário estabelecer
ligações entre o grupo carboxilo (COOH) de um
aminoácido e o grupo amina (NH2) de outro aminoácido.
Prótidos
Péptidos
Prótidos
Péptidos
Ligação peptídica
Dipéptido Água
Aminoácido 1 Aminoácido 2
26-11-2015
58
Longas cadeias formadas por muitos aminoácidos
POLIPÉPTIDOS.
Prótidos
Péptidos
Por cada ligação peptídica estabelecida forma-se
uma molécula de água.
Problema:
Um péptido é constituído por 29 aminoácidos.
Quantas moléculas de água se formaram?
Prótidos
Péptidos
26-11-2015
59
Apesar de existirem apenas cerca de 20 aminoácidos
diferentes, os polipéptidos apresentam uma
variabilidade quase infinita sob o ponto de vista
químico. Porquê?
Prótidos
Péptidos
Porque:
Podem conter apenas alguns ou então todos os 20 tipos
diferentes de aminoácidos
O número de cada um dos aminoácidos é variável de
acordo com o polipéptido
A sequência específica em que determinado número e
tipo de aminoácidos se liga pode ser extremamente
variada.
Prótidos
Péptidos
26-11-2015
60
Prótidos
Péptidos
Considerando os aminoácidos como os representantes de um
“alfabeto” de 20 “letras”
Escrever uma infinidade de “palavras” diferentes
Polipéptidos
Prótidos
Péptidos
Determinada sequência de letras forma uma
palavra com determinada mensagem
Cada sequência de aminoácidos apresenta um
comportamento diferente de qualquer outra
A substituição de um único aminoácido pode alterar
completamente o “significado” desse polipéptido, ou seja,
a sua função biológica.
26-11-2015
61
São macromoléculas de elevada massa molecular
Constituídas por uma ou mais cadeias polipeptídicas e
possuem uma conformação tridimensional definida
Possuem um alto grau de especificidade e estão
envolvidas em todos os aspetos da vida
(Polipéptidos com mais de 50 aminoácidos)
Prótidos
Proteínas
Prótidos
Proteínas
Primária
Secundária
Terciária
Quaternária
Estrutura
26-11-2015
62
ESTRUTURAESTRUTURA PRIMÁRIAPRIMÁRIA
A sua estrutura é somente
sequência de aminoácidos
ligados por ligações peptídicas.
É o nível estrutural mais
simples e mais importante, pois
dele deriva todo o arranjo
espacial da molécula.
Prótidos
Proteínas
ESTRUTURAESTRUTURA SECUNDÁRIASECUNDÁRIA
Uma cadeia polipeptídica pode
enrolar-se em hélice devido à
interação entre diversas zonas
da molécula.
Prótidos
Proteínas
26-11-2015
63
ESTRUTURAESTRUTURA TERCIÁRIATERCIÁRIA
A cadeia em hélice pode
enrolar-se e dobrar-se sobre si
mesma, tornando-se globular.
Prótidos
Proteínas
ESTRUTURAESTRUTURA QUATERNÁRIAQUATERNÁRIA
Várias cadeias
polipeptídicas globulares
organizam-se,
estabelecendo interligações
entre si.
Prótidos
Proteínas
26-11-2015
64
1 – Estrutura primária
2 – Estrutura secundária em folha pregueada
3 – Estrutura secundária em hélice
4 – Estrutura terciária
5 – Estrutura quaternária
Prótidos
Proteínas
Possuem estruturas tridimensionais bem definidas
Cadeia polipeptídica estirada não tem atividade
biológica. A função advém da conformação, que é a
organização dos átomos de maneira tridimensional na
sua estrutura. Porém, é a sequência de aminoácidos na
cadeia que especifica essa conformação.
Prótidos
Proteínas
26-11-2015
65
Quando submetidas a:
Calor
Agitação
Radiação
Variação de pH
Prótidos
Proteínas
Deixam de exercer as suas
funções biológicas
Alterações das características
estruturais da proteína
(quebra de ligações)
Desnaturação da proteína
Função estrutural: fazem parte da estrutura de todos
os constituintes celulares
Função enzimática: atuam como biocatalisadores de
quase todas as reações químicas que ocorrem nos seres
vivos
Função de transporte: muitos iões e moléculas
pequenas são transportados por proteínas. Por
exemplo, a hemoglobina transporta o oxigénio até aos
tecidos
Prótidos
Proteínas – Importância biológica
26-11-2015
66
Função hormonal: muitas hormonas, como a insulina, a
adrenalina, etc., têm constituição proteica
Função imunológica: certas proteínas altamente
específicas reconhecem e combinam-se com substâncias
estranhas ao organismo, permitindo a sua neutralização
Prótidos
Proteínas – Importância biológica
Função motora: são os componentes maioritários dos
músculos
Função de reserva alimentar: algumas proteínas
funcionam como reserva, fornecendo aminoácidos ao
organismo durante o seu desenvolvimento.
Prótidos
Proteínas – Importância biológica
26-11-2015
67
Biomoléculas mais importantes do
controlo celular contêm a
informação genética
Existem dois tipos de ácidos
nucleicos:
ácido desoxirribonucleico – DNA
(segundo a terminologia inglesa)
ácido ribonucleico – RNA
(também segundo a terminologia
inglesa)
Ácidos nucleicos
Isolando e purificando o conteúdo nuclear, foi possível
identificar os seus constituintes:
Ácido fosfórico
Pentoses
Bases azotadas
Ácidos nucleicos
26-11-2015
68
Ácido fosfórico (Grupo Fosfato) – presente em ambos os
tipos de ácidos nucleicos - é o responsável pelo caráter
ácido destas biomoléculas.
Ácidos nucleicos
Pentoses – os glícidos de 5 carbonos presentes podem
ser de dois tipos:
Ribose – C5H10O5 está presente no ácido ribonucleico
(RNA);
Desoxirribose – C5H10O4 está presente no ácido
desoxirribonucleico (DNA).
Ácidos nucleicos
26-11-2015
69
Bases azotadas – existem cinco tipos de bases azotadas
diferentes, que podem ser divididas em dois grupos:
Púricas ou de anel duplo
Pirimídicas ou de anel simples
Ácidos nucleicos
Púricas ou de anel duplo:
Adenina (A)
Guanina (G)
Ácidos nucleicos
26-11-2015
70
Pirimídicas ou de anel simples:
Citosina (C)
Timina (T) – presente apenas no DNA
Uracilo (U) – presente apenas no RNA
Ácidos nucleicos
São polímeros nucleótidos são os monómeros
Um nucleótido é constituído por três componentes
diferentes: um grupo fosfato, uma pentose (açúcar) e
uma base azotada.
Ácidos nucleicos
26-11-2015
71
Ácidos nucleicos
Os nucleótidos designam-se pela base azotada que
entra na sua constituição, assim, podem considerar-se
cinco categorias de nucleótidos:
nucleótido adenina nucleótido guanina
nucleótido citosina nucleótido timina
nucleótido uracilo
Ácidos nucleicos
Como se ligam as bases azotadas?
Sempre aos pares:
Adenina com Timina (A-T) e
Citosina com Guanina (C-G).
No caso do RNA, a Adenina liga-se ao Uracilo (A-U e C-G).
26-11-2015
72
Ácidos nucleicos
Como se ligam as bases azotadas?
Ácidos nucleicos
26-11-2015
73
Ácidos nucleicos
A molécula de ADN apresenta uma organização e um
funcionamento universal em todos os seres vivos. Quer
nos procariontes quer nos eucariontes o ADN é o
suporte universal da informação hereditária
(informação genética), controlando a atividade celular.
O ADN é responsável por toda a informação hereditária
que passa de geração em geração.
Ácidos nucleicos
Importância biológica
26-11-2015
74
A grande diversidade de moléculas de ADN confere
grande diversidade à vida, pois cada organismo contém
o seu ADN, que o torna único.
O ARN intervém na síntese de proteínas.
Ácidos nucleicos
Importância biológica
Ácidos nucleicos
Resumo
ARN ADN
Bases
Uracilo, Citosina,
Adenina e Guanina
Timina, Citosina,
Adenina e Guanina
Localização
Ribossomas (dentro,
bem como fora do
Núcleo)
Cromossomas (somente dentro
do Núcleo)
Estrutura
Cadeia curta de
Nucleótidos
Cadeia longa de Nucleótidos
26-11-2015
75
Ácidos nucleicos
Resumo
ARN ADN
Funções
• Transferência de
informação genética
do DNA para as
proteínas
• Transportar para
fora do núcleo
• Armazenar informações
genéticas
• Direcionar a síntese de
proteínas
• Determinar a codificação
genética
• É directamente responsável por
actividades metabólicas,
hereditariedade, evolução e
diferenciação

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Células eucariotas e procariotas: estrutura e diferenças

  • 1. 26-11-2015 1 QUÍMICA APLICADA Módulo 3 BIOMOLÉCULAS Alexandra Nobre 2015/2016 Célula é a unidade estrutural e funcional comum a todos os seres vivos, sendo que estes podem ser constituídos por uma ou mais células. O QUE É UMA CÉLULA?
  • 2. 26-11-2015 2 São elas que realizam todas as funções fundamentais dos seres vivos, como por exemplo, reprodução, crescimento, alimentação, movimentação, reação a estímulos externos e respiração. CÉLULA – Unidade da vida Sendo assim, a célula é a menor parte de um ser vivo capaz de se desenvolver e reproduzir, ou seja, a menor parte de um ser vivo onde reconhecemos as propriedades básicas da vida. CÉLULA – Unidade da vida
  • 3. 26-11-2015 3 A descoberta da célula O mundo microscópico: Surgiu há menos de 400 anos; A invenção do microscópio possibilitou a descoberta das células; A descoberta da célula O holândes Antonie van Leeuwehnoek (1632 – 1723): Mercador de tecidos Criou um microscópio simples
  • 4. 26-11-2015 4 Embora os seus estudos necessitassem da organização formal da pesquisa científica, a sua competência como observador criterioso capacitaram-no a fazer descobertas de importância fundamental. A partir de 1674 começou a observar bactérias, protozoários e leveduras que isolava da água da chuva, de lagos, poços, de tecidos da boca, dentes, saliva e de vinagre. A descoberta da célula A descoberta da célula Robert Hooke (1635 – 1703): Criou um microscópio composto constituído por lentes múltiplas (geralmente três - uma ocular, uma lente de campo e uma objetiva)
  • 5. 26-11-2015 5 A descoberta da célula Robert Hooke (1635 – 1703): O objetivo da sua investigação era descobrir o motivo da leveza e compressibilidade da cortiça. • Porque era tão leve? • Porque era tão compressível? Queria descobrir se o aspeto estrutural da cortiça estava ou não na base destas propriedades. Cortou pedaços finos de cortiça para observação ao microscópio. Robert Hook descreveu a estrutura da cortiça como semelhante a um favo de mel, composta por pequenos compartimentos, que batizou de "células". A descoberta da célula
  • 6. 26-11-2015 6 As primeiras observações de células (Robert Hooke) Citação: «… pude perceber claramente que toda a cortiça era perfurada e porosa, semelhante a um favo de mel… esses poros ou células não eram muito profundos e eram semelhantes a um grande número de pequenas caixas…» A descoberta da célula No entanto, a teoria celular só foi formulada em 1839, por Schleiden e Schwann. Através de suas observações, esses dois cientistas concluíram que todo o ser vivo é constituído por unidades fundamentais: as células. A descoberta da célula
  • 7. 26-11-2015 7 A descoberta da célula Desenho de células publicados por Theodor Schwann Em 1855, o médico e biologista alemão Rudolf Virchow ampliou o significado da teoria celular: A célula é a unidade básica de estrutura e função de todos os seres vivos, isto é, todos os organismos são constituídos por células, onde se desenvolvem os processos vitais. Teoria celular The wacky history of cell theory
  • 8. 26-11-2015 8 Todas as células provêm de células pré-existentes (mitose). A célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade dos seres vivos. Teoria celular Os vírus e a Teoria Celular: Estudos detalhados da estrutura dos vírus surgiram na década de 1950; Vírus são acelulares; Será que essas descobertas enfraquecem a Teoria Celular? Teoria celular
  • 9. 26-11-2015 9 Microscopia Na parte inferior do canhão (cabeça de visualização) estão as objetivas, acopladas ao revólver. Microscopia
  • 10. 26-11-2015 10 Entre o canhão e a base existe uma plataforma metálica (platina). Sobre a platina é colocada a lâmina com a preparação a ser examinada. Charriot: dispositivo que auxilia no deslocamento da lâmina (para percorrer todo o campo). Microscopia Diafragma: controlar a quantidade de luz desejada. Microscopia
  • 11. 26-11-2015 11 Objetivas: conjunto de lentes. A maioria dos microscópios possuem 3 objetivas (4x; 10x; 40x) e uma objetiva de imersão (100x) Objetiva de imersão: dá maior aumento e permite ver o objeto com mais nitidez ao se colocar uma gota de óleo de cedro ou óleo mineral sobre a preparação e baixar a objetiva sobre a lâmina (os raios luminosos não sofrem desvios). Microscopia – tipos de objetiva Microscopia – tipos de objetiva
  • 12. 26-11-2015 12 Microscopia – tipos de objetiva Fonte: http://www.blog.mcientifica.com.br/componentes-de-um-microscopio/ Microscopia – Amplitude da imagem observada Para além das objetivas, também a ocular do microscópio permite ampliação da observação. A amplitude da imagem observada será: Amplitude = Ocular x Objetiva Se Ocular: 10x Objetiva: 40x Então A = 10 x 40 = 400x
  • 13. 26-11-2015 13 Preparação de material para microscopia ótica Preparação temporária Preparação efetuada na altura e que se destina a uma observação rápida, uma vez que o material se altera. Preparação definitiva Preparação efetuada mediante um processo em que o material é submetido a um tratamento (fixação, desidratação, …) que o torna não alterável. Preparação de material para microscopia ótica Uma preparação microscópica é constituída por: • Objeto ou material biológico • Lâmina de vidro, onde é colocado o material a observar • Lamela, igualmente de vidro, mas muito mais fina que a lâmina e que se coloca sobre o material a observar
  • 14. 26-11-2015 14 Preparação de material para microscopia ótica Uma preparação microscópica é constituída por: • Meio de montagem, líquido que pode ser incolor ou não e que é colocado entre a lâmina e a lamela e que embebe o material a observar. Um exemplo de meio de montagem é a água ou a solução de Ringer. Células procarióticas ou procariotas (seres procariontes) Tipos de Células Células eucarióticas ou eucariotas (seres eucariontes) Existem dois tipos de células:
  • 15. 26-11-2015 15 Células Procariotas vs Células Eucariotas Células Procariotas vs Células Eucariotas
  • 16. 26-11-2015 16 Os seres constituídos por células procariotas são as bactérias e as cianobactérias. Células Procariotas Todos os organismos constituídos por células procariotas são seres unicelulares, ou seja constituídos por uma única célula. As células procarióticas são extremamente simples e de reduzidas dimensões. Células Procariotas
  • 17. 26-11-2015 17 Células Procariotas Células Procariotas Cápsula (apenas em algumas bactérias) Invólucro gelatinoso em bactérias patogénicas Confere resistência à secura Aderência à superfície e a outras células Impedir a fagocitose Impedir a ação de vírus e de substâncias tóxicas
  • 18. 26-11-2015 18 Células Procariotas Parede celular Proteção mecânica Rigidez (Forma) Impedir a lise osmótica (destruição da célula por “invasão” de água) Fator de patogenicidade Proteção contra substâncias tóxicas Células Procariotas Membrana celular ou membrana plasmática É o invólucro celular Sua composição química é lipoproteica (gordura + proteína) “Controla” a entrada e saída de substâncias na célula
  • 19. 26-11-2015 19 Células Procariotas Citoplasma Matriz amorfa constituída por água, iões e moléculas dissolvidas Possui inúmeros ribossomas, no entanto é desprovido de todos os organelos membranares tais como (Mitocôndrias, Retículo endoplasmático, Complexo de Golgi, Lisossomas) Células Procariotas Ribossomas São responsáveis por sintetizar proteínas é através deles que os aminoácidos se conciliam para produzir as proteínas. Mesossoma (invaginação na membrana celular) Está relacionado com a divisão celular ou com a produção de energia (respiração)
  • 20. 26-11-2015 20 Células Procariotas Plasmídeo Moléculas circulares duplas de ADN capazes de se reproduzir independentemente do DNA cromossómico Capacidade de resistência aos antibióticos Células Procariotas Nucleoide O material nuclear (ADN) não está delimitado por um invólucro nuclear, assim não possuem um verdadeiro núcleo, mas sim um nucleoide. Flagelo Confere mobilidade à célula
  • 21. 26-11-2015 21 As células eucarióticas são próprias dos seres eucariontes e tanto podem ser unicelulares como pluricelulares. A diversidade em termos de tamanho e forma é muito grande. Existem componentes celulares que são comuns às células animais e vegetais. Células Eucariotas Célula Animal e Célula Vegetal
  • 22. 26-11-2015 22 Núcleo Citoplasma Complexo de Golgi Mitocôndrias Retículo endoplasmático Vacúolos Membrana plasmática Aspetos comuns às células animais e vegetais É a estrutura que cobre as células de muitos seres vivos, como plantas, fungos entre outros. A parede celular é, dentro de certos limites, uma estrutura permeável, não exercendo controlo sobre as substâncias que penetram na célula ou que dela saem. PAREDE CELULAR ORGANELOS CELULARES
  • 23. 26-11-2015 23 MEMBRANA CELULAR Delimita exteriormente o citoplasma, fazendo assim uma separação entre o meio extracelular e o intracelular. Também pode denominar-se membrana citoplasmática ou membrana plasmática. ORGANELOS CELULARES CITOPLASMA ORGANELOS CELULARES O citoplasma é constituído por um material mais ou menos viscoso, chamado hialoplasma. Nele estão mergulhadas estruturas consideradas vivas, os organitos ou organelos do citoplasma.
  • 24. 26-11-2015 24 As mitocôndrias são organelos celulares responsáveis pela respiração da célula. Encontram-se dispersas no hialoplasma de todas as células eucarióticas, podendo assumir diferentes formas: esférica, discóide ou em bastonete. MITOCÔNDRIAS ORGANELOS CELULARES O número varia com o tamanho da célula e com a atividade fisiológica, existindo, por exemplo: uma única nas células de algumas espécies de algas, aproximadamente mil nas células do fígado. MITOCÔNDRIAS ORGANELOS CELULARES
  • 25. 26-11-2015 25 Está presente em quase todas as células eucarióticas e é formado por várias bolsas achatadas, dispostas uma ao lado da outra. Essas bolsas servem para receber proteínas ribossomais em forma de vesículas, provenientes do retículo endoplasmático. Dentro da bolsa, essas vesículas são processadas, transformadas e enviadas para vários lugares da célula. COMPLEXO DE GOLGI ORGANELOS CELULARES COMPLEXO DE GOLGI ORGANELOS CELULARES
  • 26. 26-11-2015 26 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO ORGANELOS CELULARES Organelo exclusivo de células eucariotas. Formado a partir da invaginação da membrana plasmática, é constituído por uma rede de túbulos e vesículas achatados e interconectados, que comunicam com o envoltório nuclear (carioteca). RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO ORGANELOS CELULARES Tem, como uma de suas principais funções, a desintoxicação do organismo degradação do etanol ingerido em bebidas alcoólicas degradação de medicamentos ingeridos pelo organismo como antibióticos e barbitúricos (substâncias anestésicas) Células do fígado
  • 27. 26-11-2015 27 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO ORGANELOS CELULARES Participa na síntese de proteínas, que serão enviadas para o exterior da célula. É muito desenvolvido em células com funções secretoras, por exemplo: células do pâncreas, que segregam enzimas digestivas, células caliciformes da parede do intestino, que segregam muco. Estrutura celular, limitada por membrana, cuja função é armazenar água com substâncias dissolvidas absorvida pela célula ou elaborada por ela. Nas células vegetais o vacúolo é grande e normalmente apenas um (fusão de muitos pequenos). Nas células animais os vacúolos são raros e quando existem são muito pequenos. VACÚOLOS ORGANELOS CELULARES
  • 28. 26-11-2015 28 VACÚOLOS ORGANELOS CELULARES Célula animal Célula vegetal VACÚOLOS ORGANELOS CELULARES Formação de vacúolo na célula vegetal adulta
  • 29. 26-11-2015 29 É o cérebro da célula. Geralmente único e aproximadamente esférico. É uma estrutura presente nas células eucariotas que contém o ADN da célula. Está rodeado pelo invólucro nuclear. Possui duas funções básicas: regular as reações químicas que ocorrem dentro da célula, e armazenar as informações genéticas da célula. NÚCLEO ORGANELOS CELULARES É um organito presente nas células das plantas e outros organismos fotossintetizadores como as algas e alguns protistas É onde ocorrem as reações de fotossíntese. CLOROPLASTOS ORGANELOS CELULARES Possui clorofila, pigmento responsável pela cor verde.
  • 30. 26-11-2015 30 CLOROPLASTOS ORGANELOS CELULARES Organelos locomotores Cílios – São finos e numerosos Flagelos – Longos e em pequeno número CÍLIOS E FLAGELOS ORGANELOS CELULARES
  • 31. 26-11-2015 31 Células Procariotas vs Células Eucariotas Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração Quando se observam ao microscópio ótico preparações de material biológico fresco, pouco se distingue da estrutura interna das células, ao contrário do que acontece no microscópio eletrónico.
  • 32. 26-11-2015 32 Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração As diferentes estruturas celulares apresentam pouco contraste ótico, isto é, têm um determinado grau de transparência à luz, de modo que, aparentemente, o conteúdo celular é homogéneo, por isso temos de recorrer a estratégias que permitam melhor visualização do conteúdo celular. Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração Superar o problema Técnicas de coloração
  • 33. 26-11-2015 33 Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração Mergulhar a célula numa substância denominada corante, capaz de tingir diferencialmente uma ou mais partes celulares. Técnicas de coloração No microscópio eletrónico não se usam corantes porque a imagem obtida é sempre a preto e branco. Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração Corantes vitaisCorantes vitais (usados em células vivas sem as matarem) Preparações temporárias Concentrações muito baixas (0,01%) a fim de diminuir a toxicidade nas células O mesmo corante pode ser vital ou não, dependendo da concentração em que se encontra.
  • 34. 26-11-2015 34 Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração O mesmo corante pode ser vital ou não, dependendo da concentração em que se encontra. Exemplos: Azul de metileno – pode ser um corante vital se estiver em baixa concentração. Solução de lugol (água iodada) é um corante não vital pois mata rapidamente o material biológico. Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração Não existe uma técnica de coloração que ponha em evidência todas as estruturas celulares. Coloração das células Combinação dos corantes com as proteínas (dependendo da carga elétrica e pH)
  • 35. 26-11-2015 35 Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração Corantes seletivos Corantes com especificidade para determinada carga elétrica ou pH que permita atração e que possam ocorrer ligações químicas. Coram especificamente um organelo (diferença de cargas elétricas existente entre as proteínas dos diferentes organelos celulares) Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração Corantes seletivos Quando coramos com azul de metileno uma preparação podemos verificar de início que toda a preparação fica azul mas, se lavarmos a preparação fazendo correr água desionizada pelo esguicho, o corante que não se encontra ligado a nenhuma estrutura é arrastado pela água.
  • 36. 26-11-2015 36 Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração Corantes seletivos Corantes básicos ou nucleares Estruturas evidenciadas Azul de metileno Cora o núcleo de azul Vermelho neutro Acumula-se em vacúolos Água iodada Cora o núcleo e amiloplastos (grãos de amido) Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração Os corantes básicos coram elementos celulares basófilos. As moléculas ácidas como o DNA e o RNA são basófilas, pois têm afinidade para os corantes básicos.
  • 37. 26-11-2015 37 Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias - coloração Os corantes ácidos coram elementos celulares acidófilos. O citoplasma tem proteínas básicas ou acidófilas. Corantes ácidos Estruturas evidenciadas Eosina Citoplasma Fucsina ácida Citoplasma Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias – técnicas de coloração • Coloração por imersão O material biológico fica imerso durante alguns minutos no corante selecionado.
  • 38. 26-11-2015 38 Observação de células com o m.o.c. Preparações temporárias – técnicas de coloração • Coloração por irrigação Substitui-se o meio de montagem de uma preparação por outro, que neste caso é o corante. Constituintes químicos dos seres vivos Todos os organismos são constituídos essencialmente pelos mesmos elementos químicos. 22 dos 92 elementos químicos existentes na crosta terrestre fazem parte dos seres vivos.
  • 39. 26-11-2015 39 Constituintes químicos dos seres vivos COMPOSTOS INORGÂNICOS Água e sais minerais (provêm basicamente do meio físico externo) COMPOSTOS ORGÂNICOS Glícidos, lípidos, prótidos e ácidos nucleicos (ADN) Constituintes químicos dos seres vivos
  • 40. 26-11-2015 40 ÁGUA Compostos inorgânicos Constituinte químico vital de todas as células Faz parte do habitat de muitos seres vivos Água (%) Células animais Células de plantas Diversos Ser humano 0 - 20 Sementes 21 – 26 Frutos oleaginosos 61 – 70 Rins 71 – 76 Estrela – do - mar Pulmões Batata 77 – 80 Anémona – do – mar Cérebro Cenoura 81 – 85 Caracol Músculos Luzerna 86 - 98 Medusa ÁGUA Compostos inorgânicos
  • 41. 26-11-2015 41 É uma substância com elevada coesão molecular (capacidade que uma substância tem de permanecer unida, resistindo à separação) Ponto de ebulição elevado Boa condutibilidade térmica ÁGUA - Propriedades Compostos inorgânicos Intervém nas reações químicas – ex. reações de hidrólise É um regulador da temperatura (ambiente e corporal) Excelente solvente (no sangue, por exemplo, várias substâncias - como sais minerais, vitaminas, açucares, entre outras - são transportadas dissolvidas na água) Atua como meio de difusão de muitas substâncias ÁGUA - Importância Compostos inorgânicos
  • 42. 26-11-2015 42 As substâncias minerais sólidas constituem depósitos que podem ser formados no interior das células ou segregados para o exterior. Compostos inorgânicos Sais minerais, iões e gases dissolvidos Diatomáceas (organismos unicelulares) possuem membranas reforçadas exteriormente por placas de sílica. Compostos inorgânicos Sais minerais, iões e gases dissolvidos Estrutura de carbonato de cálcio que constitui o esqueleto interno dos chocos e lulas; As conchas das amêijoas que são formadas por camadas de carbonato de cálcio envolvendo as células que as segregam. As conchas dos caracóis também são formadas por estas secreções.
  • 43. 26-11-2015 43 A maior parte dos compostos inorgânicos sólidos constituintes dos organismos vivos são sais: Carbonato de cálcio; Fosfato de cálcio; Cloreto de sódio; Fluoreto de cálcio, etc. Compostos inorgânicos Sais minerais, iões e gases dissolvidos A maior parte dos compostos orgânicos são formados por moléculas muito grandes e complexas – MACROMOLÉCULAS. Muitas destas moléculas podem ser sintetizadas pelos seres vivos. Compostos orgânicos Glícido Lípido Proteína Ácido nucleico
  • 44. 26-11-2015 44 Os compostos orgânicos estão presentes em todas as células, caracterizando a matéria viva, mas não fazem parte do ambiente físico. Por esta razão, as moléculas destes compostos são também designados por biomoléculasbiomoléculas. Compostos orgânicos Biomoléculas Glícido Lípido Proteína Ácido nucleico
  • 45. 26-11-2015 45 Compostos por: Carbono, Oxigénio e Hidrogénio Glícidos (hidratos de carbono) Compostos ternários São moléculas de dimensões variadas, solúveis na água e que são frequentemente denominadas de açúcares. O hidrogénio e o oxigénio encontram-se geralmente combinados na mesma proporção da molécula da água (2 H para 1 O) hidratos de carbono. Classificam-se em três grupos principais (de acordo com a complexidade): Monossacarídeos (unidade estrutural dos glícidos), Oligossacarídeos (2 a 10 monossacarídeos), Polissacarídeos (>10 monossacarídeos). Glícidos (hidratos de carbono)
  • 46. 26-11-2015 46 Também designados por -oses, Glícidos mais simples base de constituição dos restantes Fórmula empírica: (CH2O)n, (n = 3 a 9) Sólidos cristalinos de cor branca Solúveis em água Redutores Não são hidrolisáveis Glícidos (hidratos de carbono) Monossacarídeos Classificados consoante o número de átomos de C: trioses (C3) – ex. o gliceroaldeído e a dihidroxiacetona; tetroses (C4) – ex. a eritrose e a eritrulose; pentoses (C5) – ex. a desoxirribose, a ribose e ribulose; hexoses (C6) – ex. a glicose, a frutose e a galactose; ... Glícidos (hidratos de carbono) Monossacarídeos
  • 47. 26-11-2015 47 Glicose Frutose Galactose Glícidos (hidratos de carbono) Monossacarídeos Mesma fórmula química C6H12O6 Estrutura diferente Isómeros estruturais Resultam da ligação de 2 a 10 monossacarídeos Exemplos: SACAROSE (glicose + frutose) MALTOSE (glicose + glicose) LACTOSE (glicose + galactose) Reação de hidrólise liberta as moléculas de monossacarídeos que os constituem. Glícidos (hidratos de carbono) Oligossacarídeos Dissacarídeos
  • 48. 26-11-2015 48 Glícidos (hidratos de carbono) Oligossacarídeos Glícidos mais importantes, abundantes e complexos (macromoléculas). Constituídos por numerosas unidades de monossacarídeos, a glicose normalmente. A sua fórmula geral é (C6H10O5)n em que n representa o número de monómeros. (Designam-se por polímeros as moléculas que, como os polissacarídeos, são formadas por outras mais simples, monómeros, unidas pelo mesmo tipo de ligação química.) Glícidos (hidratos de carbono) Polissacarídeos
  • 49. 26-11-2015 49 Exemplos: Celulose: existe nas plantas e tem uma função estrutural Amido: existe nas células vegetais e tem uma função energética Glicogénio: existe nos músculos e fígado e tem uma função energética Glícidos (hidratos de carbono) Polissacarídeos Glícidos (hidratos de carbono) Polissacarídeos
  • 50. 26-11-2015 50 Glicose Amido Glicogénio Glícidos (hidratos de carbono) Polissacarídeos Diferentes tipos de ligação entre os monómeros São todos polímeros de glicose Características e funções diferentes Função energética (Sacarose) Função de reserva (Amido, Glicogénio) Função estrutural (Celulose e Quitina) Glícidos (hidratos de carbono) Importância biológica
  • 51. 26-11-2015 51 Vulgarmente designados por gorduras (azeite, óleo, ceras, colesterol, etc.) Estruturalmente são biomoléculas muito heterogéneas Distinguem-se pela sua fraca solubilidade em água e pela sua solubilidade em solventes orgânicos (éter, clorofórmio). Lípidos Gorduras (lípidos simples; constituem um dos principais grupos de lípidos com funções de reserva) Fosfolípidos (lípidos complexos; compostos celulares com função estrutural – membrana plasmática) Lípidos Classificação
  • 52. 26-11-2015 52 Moléculas de ácidos gordos + uma molécula de glicerol Lípidos Gorduras São constituídos por C, H, O, P e N São moléculas polares (uma parte hidrofílica e outra parte hidrofóbica – moléculas anfipáticas) Lípidos Fosfolípidos
  • 53. 26-11-2015 53 Resultam da ligação de: 1 grupo fosfato 1 molécula de glicerol 2 moléculas de ácidos gordos Lípidos Fosfolípidos Lípidos Fosfolípidos Extremidade hidrofílica ou hidrófila Extremidade hidrofóbica ou hidrófoba
  • 54. 26-11-2015 54 Lípidos Fosfolípidos Função Energética Função Estrutural - fosfolípidos e o colesterol são importantes constituintes das membranas celulares Lípidos Importância biológica
  • 55. 26-11-2015 55 Função Protetora - há lípidos, como as ceras, que revestem folhas e frutos das plantas assim como a pele, pêlos e penas de muitos animais tornando essas superfícies impermeáveis à água Função vitamínica e hormonal - há lípidos que entram na constituição de vitaminas, como as vitaminas E e K, e fazem parte de algumas hormonas, nomeadamente hormonas sexuais Lípidos Importância biológica Constituintes estruturais dos seres vivos Compostos quaternários compostos por C, O, H e N (podendo no entanto conter outros elementos). Constituídos por AMINOÁCIDOS (moléculas unitárias - monómeros). Os aminoácidos podem ligar-se através de reações de condensação, formando cadeias de tamanho e complexidade variáveis péptidos e proteínas. Prótidos
  • 56. 26-11-2015 56 Possuem um grupo amina (NH2), um grupo carboxilo (COOH) e um átomo de H ligados ao mesmo C. Prótidos Aminoácidos Prótidos Aminoácidos Glicina Alanina Conhecem-se muitos aminoácidos, mas apenas cerca de 20 entram na constituição das proteínas biológicas, desde as bactérias até ao Homem.
  • 57. 26-11-2015 57 Os aminoácidos podem reagir entre si estabelecendo-se entre eles uma ligação química covalente - ligação peptídica. Para formar um péptido é necessário estabelecer ligações entre o grupo carboxilo (COOH) de um aminoácido e o grupo amina (NH2) de outro aminoácido. Prótidos Péptidos Prótidos Péptidos Ligação peptídica Dipéptido Água Aminoácido 1 Aminoácido 2
  • 58. 26-11-2015 58 Longas cadeias formadas por muitos aminoácidos POLIPÉPTIDOS. Prótidos Péptidos Por cada ligação peptídica estabelecida forma-se uma molécula de água. Problema: Um péptido é constituído por 29 aminoácidos. Quantas moléculas de água se formaram? Prótidos Péptidos
  • 59. 26-11-2015 59 Apesar de existirem apenas cerca de 20 aminoácidos diferentes, os polipéptidos apresentam uma variabilidade quase infinita sob o ponto de vista químico. Porquê? Prótidos Péptidos Porque: Podem conter apenas alguns ou então todos os 20 tipos diferentes de aminoácidos O número de cada um dos aminoácidos é variável de acordo com o polipéptido A sequência específica em que determinado número e tipo de aminoácidos se liga pode ser extremamente variada. Prótidos Péptidos
  • 60. 26-11-2015 60 Prótidos Péptidos Considerando os aminoácidos como os representantes de um “alfabeto” de 20 “letras” Escrever uma infinidade de “palavras” diferentes Polipéptidos Prótidos Péptidos Determinada sequência de letras forma uma palavra com determinada mensagem Cada sequência de aminoácidos apresenta um comportamento diferente de qualquer outra A substituição de um único aminoácido pode alterar completamente o “significado” desse polipéptido, ou seja, a sua função biológica.
  • 61. 26-11-2015 61 São macromoléculas de elevada massa molecular Constituídas por uma ou mais cadeias polipeptídicas e possuem uma conformação tridimensional definida Possuem um alto grau de especificidade e estão envolvidas em todos os aspetos da vida (Polipéptidos com mais de 50 aminoácidos) Prótidos Proteínas Prótidos Proteínas Primária Secundária Terciária Quaternária Estrutura
  • 62. 26-11-2015 62 ESTRUTURAESTRUTURA PRIMÁRIAPRIMÁRIA A sua estrutura é somente sequência de aminoácidos ligados por ligações peptídicas. É o nível estrutural mais simples e mais importante, pois dele deriva todo o arranjo espacial da molécula. Prótidos Proteínas ESTRUTURAESTRUTURA SECUNDÁRIASECUNDÁRIA Uma cadeia polipeptídica pode enrolar-se em hélice devido à interação entre diversas zonas da molécula. Prótidos Proteínas
  • 63. 26-11-2015 63 ESTRUTURAESTRUTURA TERCIÁRIATERCIÁRIA A cadeia em hélice pode enrolar-se e dobrar-se sobre si mesma, tornando-se globular. Prótidos Proteínas ESTRUTURAESTRUTURA QUATERNÁRIAQUATERNÁRIA Várias cadeias polipeptídicas globulares organizam-se, estabelecendo interligações entre si. Prótidos Proteínas
  • 64. 26-11-2015 64 1 – Estrutura primária 2 – Estrutura secundária em folha pregueada 3 – Estrutura secundária em hélice 4 – Estrutura terciária 5 – Estrutura quaternária Prótidos Proteínas Possuem estruturas tridimensionais bem definidas Cadeia polipeptídica estirada não tem atividade biológica. A função advém da conformação, que é a organização dos átomos de maneira tridimensional na sua estrutura. Porém, é a sequência de aminoácidos na cadeia que especifica essa conformação. Prótidos Proteínas
  • 65. 26-11-2015 65 Quando submetidas a: Calor Agitação Radiação Variação de pH Prótidos Proteínas Deixam de exercer as suas funções biológicas Alterações das características estruturais da proteína (quebra de ligações) Desnaturação da proteína Função estrutural: fazem parte da estrutura de todos os constituintes celulares Função enzimática: atuam como biocatalisadores de quase todas as reações químicas que ocorrem nos seres vivos Função de transporte: muitos iões e moléculas pequenas são transportados por proteínas. Por exemplo, a hemoglobina transporta o oxigénio até aos tecidos Prótidos Proteínas – Importância biológica
  • 66. 26-11-2015 66 Função hormonal: muitas hormonas, como a insulina, a adrenalina, etc., têm constituição proteica Função imunológica: certas proteínas altamente específicas reconhecem e combinam-se com substâncias estranhas ao organismo, permitindo a sua neutralização Prótidos Proteínas – Importância biológica Função motora: são os componentes maioritários dos músculos Função de reserva alimentar: algumas proteínas funcionam como reserva, fornecendo aminoácidos ao organismo durante o seu desenvolvimento. Prótidos Proteínas – Importância biológica
  • 67. 26-11-2015 67 Biomoléculas mais importantes do controlo celular contêm a informação genética Existem dois tipos de ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico – DNA (segundo a terminologia inglesa) ácido ribonucleico – RNA (também segundo a terminologia inglesa) Ácidos nucleicos Isolando e purificando o conteúdo nuclear, foi possível identificar os seus constituintes: Ácido fosfórico Pentoses Bases azotadas Ácidos nucleicos
  • 68. 26-11-2015 68 Ácido fosfórico (Grupo Fosfato) – presente em ambos os tipos de ácidos nucleicos - é o responsável pelo caráter ácido destas biomoléculas. Ácidos nucleicos Pentoses – os glícidos de 5 carbonos presentes podem ser de dois tipos: Ribose – C5H10O5 está presente no ácido ribonucleico (RNA); Desoxirribose – C5H10O4 está presente no ácido desoxirribonucleico (DNA). Ácidos nucleicos
  • 69. 26-11-2015 69 Bases azotadas – existem cinco tipos de bases azotadas diferentes, que podem ser divididas em dois grupos: Púricas ou de anel duplo Pirimídicas ou de anel simples Ácidos nucleicos Púricas ou de anel duplo: Adenina (A) Guanina (G) Ácidos nucleicos
  • 70. 26-11-2015 70 Pirimídicas ou de anel simples: Citosina (C) Timina (T) – presente apenas no DNA Uracilo (U) – presente apenas no RNA Ácidos nucleicos São polímeros nucleótidos são os monómeros Um nucleótido é constituído por três componentes diferentes: um grupo fosfato, uma pentose (açúcar) e uma base azotada. Ácidos nucleicos
  • 71. 26-11-2015 71 Ácidos nucleicos Os nucleótidos designam-se pela base azotada que entra na sua constituição, assim, podem considerar-se cinco categorias de nucleótidos: nucleótido adenina nucleótido guanina nucleótido citosina nucleótido timina nucleótido uracilo Ácidos nucleicos Como se ligam as bases azotadas? Sempre aos pares: Adenina com Timina (A-T) e Citosina com Guanina (C-G). No caso do RNA, a Adenina liga-se ao Uracilo (A-U e C-G).
  • 72. 26-11-2015 72 Ácidos nucleicos Como se ligam as bases azotadas? Ácidos nucleicos
  • 73. 26-11-2015 73 Ácidos nucleicos A molécula de ADN apresenta uma organização e um funcionamento universal em todos os seres vivos. Quer nos procariontes quer nos eucariontes o ADN é o suporte universal da informação hereditária (informação genética), controlando a atividade celular. O ADN é responsável por toda a informação hereditária que passa de geração em geração. Ácidos nucleicos Importância biológica
  • 74. 26-11-2015 74 A grande diversidade de moléculas de ADN confere grande diversidade à vida, pois cada organismo contém o seu ADN, que o torna único. O ARN intervém na síntese de proteínas. Ácidos nucleicos Importância biológica Ácidos nucleicos Resumo ARN ADN Bases Uracilo, Citosina, Adenina e Guanina Timina, Citosina, Adenina e Guanina Localização Ribossomas (dentro, bem como fora do Núcleo) Cromossomas (somente dentro do Núcleo) Estrutura Cadeia curta de Nucleótidos Cadeia longa de Nucleótidos
  • 75. 26-11-2015 75 Ácidos nucleicos Resumo ARN ADN Funções • Transferência de informação genética do DNA para as proteínas • Transportar para fora do núcleo • Armazenar informações genéticas • Direcionar a síntese de proteínas • Determinar a codificação genética • É directamente responsável por actividades metabólicas, hereditariedade, evolução e diferenciação